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Processo Penal I
Livros utilizados para a Aula e elaboração dos slides: Renato Brasileiro, Gustavo Badaró
e Aury Lopes Júnior*
1- CONCEITO
PULO DO GATO: (cai muita pegadinha em provas que colocam alternativas dizendo
que o MP ou o juiz preside o Inquérito Policial)
2. NATUREZA JURÍDICA DO IP
MERA PEÇA INFORMATIVA produzida sem o crivo do contraditório – vícios não são
passíveis de contaminar o processo penal.
02) Finalidade DO IP
A partir do momento em que determinado delito é praticado surge para o Estado o JUS
PUNIENDI
INICIA-SE ENTÃO A PERSECUÇÃO PENAL
Para a deflagração da persecução penal é INDISPENSÁVEL a presença de elementos de
informações quanto à autoria e materialidade da infração penal indicando um LASTRO
PROBATÓRIO MINÍMO = JUSTA CAUSA (fumus comissi delicti = fumaça do delito)
Possui 02 FASES:
1 - INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR - (fase pré processual = Inquérito Policial,
Comissões parlamentares de Inquérito, sindicâncias, entre outros).
2 - INVESTIGAÇÃO PROCESSUAL – INICIA-SE COM A AÇÃO PENAL
Outras questões relevantes para a finalidade do IP:
1) Busca de fato oculto – precisa ser investigado
2) Função Simbólica – resposta do estado para reestabelecer a normalidade
3) Filtro Processual – evitar acusações infundadas
03) PROPÓSITOS DO IP
SOBRE MATERIALIDADE
Ex: Homicídio camuflado de “Suicídio” na PED!
EM ALGUNS CASOS É fácil identificar a materialidade, homicídio por arma de fogo,
roubo, outros não é tão simples assim.
No caso do goleiro bruno, a autoria era certa, quanto a materialidade, sem corpo fica
difícil demonstrar a materialidade.
Necessário para aferir qual delito vai ser imputado a esse sujeito.
b) Crimes Federais: contra a união, patrimônio - CF, art. 109 c/c art. 144, § 1.º. /
Art. 11 da Lei 13.260/16 - Polícia Federal
Órgãos que não tem poder de polícia * (receita federal) em forças tarefas
c) Crimes Eleitorais: Polícia Federal, mas pode ser investigado pela Polícia Civil.
Há uma lista de crimes no código eleitoral!
d) Crimes Estaduais: Polícia Civil, mas a Polícia Federal pode atuar quando a
repercussão do crime é interestadual ou internacional, dependendo, assim, de uma
investigação uniforme.
Atenção para um caso bem peculiar aqui do MS - Crimes de terras envolvendo
CONFLITOS indígenas EM VIA DE REGRA, são de competência estadual, mas podem
ser deslocados para justiça federal.
Houve um caso aqui no MS em que foi deslocado, pois no laudo antropológico do MPF,
identificou que há uma preconceito das pessoas daqui em relação aos indígenas e o
processo foi desaforado para SP.
6. DELEGACIA COMPETENTE:
“A competência territorial do juízo para processar e julgar o crime, a atribuição para as
investigações também é determinada em virtude do local onde se consumou a infração
penal, ou no caso de tentativa, com base no local em que foi praticado o último ato de
execução”.
Seguirá sendo o mesmo juiz durante a fase investigatória e depois no processo, até que o
dispositivo entre em vigor* (art. 3°-A).
CARACTERÍSTICAS DO IP
2 - Procedimento dispensável
O IP não é antecedente lógico da ação penal. Nem é requisito indispensável para a sua
instauração e desenvolvimento, pelo contrário, o art. 12 in contrario sensu, bem como o
artigo 27 e 39, § 5.º do CPP nos dá estes indicativos.
“Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra. (interpretação in contrario sensu)”
“Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público,
nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o
fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.”
“Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador
com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do
Ministério Público, ou à autoridade policial.
[...]
O artigo 20 em nenhum momento diz que o IP deve ser sigiloso, mas que pode ser, desde
que haja necessidade.
Incisos XXXIII e LX, c/c art. 93, IX e art. 792, § 1.º, CPP
Logo, se no mais, “ação penal” é possível a restrição da publicidade, no menos, IP,
também faz possível.
Não é pelo fato do IP ser sigiloso que o defensor do acusado não terá acesso às provas já
arquivadas. Inclusive, sobre este tema, o STF já editou a súmula vinculante 14. (as vezes
se faz necessária a autorização judicial – art. 23 da lei 12.850/13)
Afirma ser direito do defensor, no interesse da representado, ter acesso amplo aos meios
de prova, que já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária , digam respeito ao exercício de direito da defesa. Logo
admite-se que o sigilo pode prosseguir quanto aos elementos ainda não documentados.
Admite-se também que o sigilo seja oposto para não prejudicar o andamento de
determinadas diligências... (interceptação telefônica).
4 - Procedimento Inquisitório
A lei 13.245/16 alterou o Estatuto da OAB, determinando que aos advogados é atribuído
o direito de “assistir a seus clientes investigados sob pena de nulidade. (inciso XIV, art.
7.º do EOAB). Ou seja, pode o investigado ser acompanhado de defensor em todos os
atos, podendo inclusive negar de fornecer prova contra si mesmo.
Além disso, pode o defensor formular quesitos e requerer diligências investigatórias, o
que poderá ou não ser atendido pela autoridade policial.
O artigo abaixo determina que o investigado, membros das forças de segurança, nos casos
de ação letal, deverão ser acompanhado nas investigações de um defensor
preferencialmente, pela defensoria pública, mas onde não houver, por advogado custeado
pela própria instituição a que pertença.
5 - Procedimento discricionário
O Inquérito é desenvolvido de forma discricionária, as suas formas não possuem um rigor
ritualístico, cujas diligências se desenvolvem da melhor maneira a se chegar aos indícios
de autoria e materialidade delitiva.
Irá ser observado as particularidades do caso concreto e os trabalhos de investigações
serão realizados com base nisso .
(Vide art. 6.º e 7.º, CPP) – Não se aplica a instrumentalidade das formas no inquérito.
Não é o desenvolvimento conforme a lei determina, mas conforme ela não proíbe.
6 - Procedimento oficial
Compete ao Delegado (art. 144, § 1.º, CF) (Lei 12.830/13)
8 - Procedimento indisponível
CÉLERE: tendo em vista a limitação temporal que lhe é imposta pela lei. Os crimes vão
ficando difíceis de serem elucidados com o passar dos anos...
IMPORTANTE: a polícia judiciária não cabe o poder de esgotar os prazos previstos para
a conclusão do IP
A Lei 13.964/2019 trouxe um ponto de pode gerar dúvidas, isso porque o juiz de garantias
poderá prorrogar o prazo de duração do inquérito por apenas uma vez, por até 15 dias, se
o indiciado estiver preso (art. 3º-B § 2º do CPP).
PERGUNTA: O prazo para conclusão do IP de indiciado preso, que não seja da polícia
federal, passou a ser 15 dias ou fica mantido o prazo de 10 dias visto na tabela acima?
Haverá 2 posições:
a) Agora, o prazo passou a ser de 15 dias
b) O prazo continua sendo de 10 dias, mas poderá ser prorrogado pelo juiz
de garantias.
Sobre a PRORROGAÇÃO:
A prorrogação do inquérito estando o investigado em liberdade (ou mesmo quando não
definido ainda) se dará de forma direta entre polícia e MP, sem intervenção do juiz das
garantias, que somente será chamado para decidir quando o investigado estiver preso.
Polícia federal (art. 66, Lei. 5.010/1966) – solto: 30 dias prorrogáveis 15 dias (indiciado
preso)
IPM > Solto: 40 DIAS, prorrogáveis por mais vinte.
Imputado preso: 20 dias
Crimes contra a economia popular : Solto: 10 dias
Indiciado preso: 10 dias.
O inquérito tem como finalidade coletar elementos de informação que vão dar suporte
para a acusação, que se instrumentalizará via denúncia/queixa.
Também não é aceito em nosso sistema pátrio as chamadas fishing expedition, ou seja,
pesca de elementos probatórios, sem que haja lastro probatório mínimo para justificar
uma investigação (indício). Esta pesca de provas ocorre quando se investiga atos
genéricos, na esperança de se encontrar algum comportamento delituoso. Vide: art. 243
do CPP.
https://www.conjur.com.br/2021-jul-02/limite-penal-pratica-fishing-expedition-
processo-penal
O inquérito policial tem, via de regra, duas origens: a notícia de um crime (seja ela de
origem interna ou externa) - Notitia Criminis – ciência da autoridade policial sobre
determinado crime ou uma prisão em flagrante, formalizado pelo auto de prisão em
flagrante.
A relevância está no ato que dá causa à portaria, que, em última análise, carece de
importância jurídica. Por isso, dispõe o art. 5º do CPP, I, que o IP será iniciado:
a) De ofício: art. 5º, caput e 8º do CPP - pela própria autoridade policial - cuja
jurisdição ocorreu o delito que lhe compete averiguar em razão da matéria, tem o
dever de agir de ofício.
04 formas:
1 - informação reservada
2 - em virtude da situação de flagrância
3 - voz pública
4 - através da notoriedade do fato
Importante observar que no geral, no cotidiano, até pela elevada demanda, na maioria dos
casos, a polícia judiciária atua mediante invocação.
b) - Requisição do Ministério público art. 5.º, II e art. 13, II do CPP c/c art. 26, inc. IV
da lei 8.625/93 c/c CF, art. 129, inc. I e VIII) ou autoridade judiciária (juiz) - há
quem entenda que isso atinge o sistema acusatório, portanto é inconstitucional.
Quem deve decidir sobre a necessidade de diligências (e quais) é o titular da ação penal,
que poderá considerar-se suficientemente instruído para o imediato oferecimento da
denúncia. Tudo isso sem esquecer que o próprio MP poderá instaurar um procedimento
administrativo pré-processual destinado a aclarar os pontos que julgue necessário,
prescindindo da atuação policial.
É uma notícia-crime qualificada, pois exige uma especial condição do sujeito (ser o
ofendido), que, ademais de comunicar a ocorrência de um fato aparentemente punível,
requer que a autoridade policial diligencie no sentido
de apurá-lo.
No sistema adotado pelo CPP, nos delitos de ação penal de iniciativa pública, a fase pré-
processual está nas mãos da polícia, e a ação penal, com o Ministério Público. Sem
embargo, cabe à vítima atuar em caso de inércia dos órgãos oficiais, da seguinte forma:
• requerendo a abertura do IP se a autoridade policial não o instaurar de
ofício ou mediante a comunicação de qualquer pessoa;
• exercer a ação penal privada subsidiária da pública em caso de inércia do Ministério
Público (art. 5º, LIX, da CB c/c art. 29 do CPP).
e) Auto de prisão em flagrante delito: art. 5.º, CPP. Trata-se de uma forma de cognição
direta do fato delituoso, o seu diferencial é que não há necessidade de expedição de
portaria do Delegado de Polícia para a instauração do inquérito, o auto de prisão, por si
só, é a peça inaugural do IP
d) Notícia oferecida por qualquer do povo que não seja o ofendido ou seu
representante legal (delatio criminis) - (art. 5.º, § 3.º, CPP):
a não comunicação pode ter repercussões penais (art. 66 da LCP ou prevaricação do
funcionário público (art. 319, CP), mas pode haver responsabilização por crime de
denunciação caluniosa, quando se sabe que o crime é falso (art. 339, CP).
Crimes de ação penal pública condicionada à representação (art. 5 § 4º) e ação penal
privada (art. 5º § 5º).
Infrações penais que envolvam violência doméstica, de qualquer natureza, são de ação
penal pública incondicionada (ADI, 4424).
Ainda, a pessoa que comunica falsamente fato que não constitui crime pode ser
responsabilizada criminalmente (art. 339 e 340 do CP). Tais crimes tem os seus bens
jurídicos previstos nos incisos V e X do art. 5.º da CF.
Art. 340: é quando alguém comunica a uma autoridade um crime ou contravenção que
sabe que não ocorreu. A pessoa imputa falso crime, mas não imputa a alguém. Na
denunciação caluniosa (art. 339) a pessoa imputa a alguém.
Denúncia anônima não é prova, nem mesmo indiciária; é mera informação, podendo
até justificar iniciais providências investigatórias pela polícia ou Ministério Público, mas
jamais fundamentar restrições a direitos individuais.
Jurisprudência do STF:
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. IMPUTAÇÃO DA
PRÁTICA DOS DELITOS PREVISTOS NO ART. 3º, INC. II, DA LEI N. 8.137/1990
E NOS ARTS. 325 E 319 DO CÓDIGO PENAL. INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR
NÃO REALIZADA. PERSECUÇÃO CRIMINAL DEFLAGRADA APENAS COM
BASE EM DENÚNCIA ANÔNIMA. 1. Elementos dos autos que evidenciam não ter
havido investigação preliminar para corroborar o que exposto em denúncia
anônima. O Supremo Tribunal Federal assentou ser possível a deflagração da persecução
penal pela chamada denúncia anônima, desde que esta seja seguida de diligências
realizadas para averiguar os fatos nela noticiados antes da instauração do inquérito
policial. Precedente. 2. A interceptação telefônica é subsidiária e excepcional, só
podendo ser determinada quando não houver outro meio para se apurar os fatos
tidos por criminosos, nos termos do art. 2º, inc. II, da Lei n. 9.296/1996. Precedente.
3. Ordem concedida para se declarar a ilicitude das provas produzidas pelas
interceptações telefônicas, em razão da ilegalidade das autorizações, e a nulidade das
decisões judiciais que as decretaram amparadas apenas na denúncia anônima, sem
investigação preliminar. Cabe ao juízo da Primeira Vara Federal e Juizado Especial
Federal Cível e Criminal de Ponta Grossa/PR examinar as implicações da nulidade dessas
interceptações nas demais provas dos autos. Prejudicados os embargos de declaração
opostos contra a decisão que indeferiu a medida liminar requerida.
(HC 108147, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, julgado em 11/12/2012,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-022 DIVULG 31-01-2013 PUBLIC 01-02-2013)
NOMENCLATURA:
No IP utiliza-se o termo indiciado, investigado ou noticiado, conforme o caso.
DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS
COMO DITO ANTERIORMENTE, NÃO HÁ RITO A SER SEGUIDO PELA
AUTORIDADE POLICIAL...
No entanto, os artigos 6º e 7º do CPP trazem algumas indicações de como o delegado
deverá proceder logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, onde ela
deverá:
Art. 169, CPP - Marco da cadeia de custódia. (Será estudado na matéria de provas)
Exceção: art. 32 da lei 11.343/06.
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos
peritos criminais;
III - colher todas as provas (leia-se elementos informativos) que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
Se possível deve ser ouvido. Caso seja intimado, o ofendido deve comparecer (art.
201, § 1.º do CPP)
Neste momento, o indiciado deve ser indagado se possuem filhos menores (art. 6.º,
X da Lei 13.257/2016)
Direito à presença de defensor (art. 7.º, XXI, Lei 8.906/94 / art. 15, II, LAA
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito
de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser
reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e
no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art.
239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o
membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer
órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações
cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Identificação Criminal (art. 5.º, LVIII, CF – vide Súmula 568, STF) (Lei 12.037/09)
É a forma de aferir a real identidade do investigado, pode se dar pelo processo
datiloscópico, fotográfico ou genético.
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais: Órgão Gestor: art. 7.º-C.
A identificação criminal somente é autorizada nas seguintes hipóteses: art. 3.º da Lei
12.037/09.
Questão: A submissão à identificação criminal é violação ao princípio do nemo tenetur
se detegere (art. 8.º, 2, g, Dec. 678/92)?
INDICIAMENTO
Indiciar é atribuir a autoria de determinado fato criminoso.
“O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,
mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias” (art. 2.º, § 6.º da Lei 12.830/2013)
O indiciado é uma figura entre mero suspeito e acusado denunciado.
O momento do indiciamento é realizado após o relatório do delegado. Nele consta o
indiciamento. Pode ser possível o fracionamento do indiciamento, quando a investigação
tem fases, isto ocorre em crimes complexos, com vários autores e partícipes. É incorreto
dizer que é proibido o indiciamento de determinado fato quando já se ofertou a denúncia,
pode haver um fracionamento de investigação de crimes correlatos. Ex.: Crime 1 (IP-1),
Crime 2 (IP-2), Crime 3 (IP-3), e somente após da conclusão destes três inquéritos existir
uma associação criminosa (art. 299, CP).
O indiciamento deve se dar por ato fundamentado pelo Delegado, em que se verifica a
análise técnico jurídica do fato, autoria, materialidade e suas circunstâncias. (art. 2.º, §
6.º, lei 12.830/13).
Denomina-se desindiciamento, quando após o indiciamento o Tribunal competente
determinado o seu não-indiciamento (HC 85.541, STF)
Algumas pessoas não podem ser indiciadas: Membros do MP (art. 41, II, LOMP),
magistrados (art. 33, par. Único, LC 35/79), parlamentares sem que haja autorização para
tanto (questão de ordem) em Inq. 2.411 do STF, entendimento extensível aos demais foros
por prerrogativa de função.
Arquivamento (cont.)
Arquivamento indireto ou implícito: ocorre quando o MP não oferece
denúncia sob alguns dos fatos. Tal modalidade de arquivamento não é utilizada
aplicável ao sistema brasileiro nos termos do art. 28, CPP, que menciona que o
MP deverá requerer arquivamento quando inviável o oferecimento da denúncia.
Desarquivamento: quando houver novas provas/pesquisas ou coleta de dados
que possam ensejar a retomada das investigações. (art. 18, CPP)
Oferecimento de denúncia: Súmula 524 do STF
Investigação defensiva
Dispositivos:
Art. 8.2, c, CADH
Art. 14, CPP
Lei 13.432/2017
Consequências do IP → MP
a) Formalização de acordo de não persecução: art. 28-A, CPP
b) Oferecimento de denúncia
c) Arquivamento dos autos do inquérito policial: art. 395 e 397, CPP.
d) Requisição de Diligências
I) Requisitos cumulativos:
c) O crime praticado deve ter pena mínima inferior a 4 anos e ter sido
praticado sem violência ou grave ameaça. Para aferição dessa pena,
deve-se levar em consideração as causas de aumento (como o
concurso de crimes, por exemplo) e de redução (como a tentativa),
devendo incidir no máximo nas causas de diminuição e no mínimo
em relação as causas de aumento, pois o que se busca é a pena
mínima cominada;
a) Não poderá ser proposto o acordo quando for cabível transação penal
(cuja proposta antecede e prevalece, pois mais benéfica para o
imputado);
b) Quando as circunstâncias pessoais do imputado não recomendarem,
por ser ele reincidente ou existirem elementos probatórios suficientes
de que se trata de conduta criminosa habitual, reiterada ou
profissional, exceto quando as infrações penais anteriores forem
insignificantes. Esse é um critério vago e impreciso, que cria
inadequados espaços de discricionariedade por parte do MP;
Obrigada!
Bons estudos... 😊