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Instrucao TC Ih
Instrucao TC Ih
Revisão: Ago/2005
Sistema ABO
A definição do grupo sangüíneo de um indivíduo se dá por duas provas:
Prova Direta (ou Beth-Vincent): pesquisa dos antígenos fixados nas hemácias do paciente. Deve ser feita com soro
Anti-A, Anti-B e Anti-A,B.
Prova Reversa (ou prova de Simonin): pesquisa do anticorpo no soro do paciente. Deve ser feita com hemácias
tipadas A e B, com atenção para o fato de que o anticorpo B costuma ser mais fraco (título fraco) que os demais
anticorpos. A prova reversa é uma contra-prova fundamental para a conclusão do exame.
Assim, os resultados destas duas provas devem ser interpretados da seguinte forma:
Quando um anticorpo presente não é identificado, deve-se verificar a funcionalidade das Hemácias usadas na
realização das provas. Lembrando que as hemácias, comerciais ou preparadas pelo laboratório, devem ser
fenotipadas para os principais sistemas sangüíneos (Rh, Kell, Duffy, Kidd, Lewis, P, MNS, Luth e Xg).
Quando um anticorpo ausente é identificado, deve-se verificar a lavagem dos tubos e se as hemácias são específicas.
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Imunohematologia
Revisão: Ago/2005
Se, para um D fraco positivo o laboratório encontrar negativo, deve-se: (1) verificar se a potência (título) do Reativo
Rh(D) está de acordo; (2) observar se a temperatura do Banho-Maria está calibrada e constante; (3) fazer a lavagem
das hemácias corretamente e dentro da técnica exigida, tendo o cuidado de não perder material durante o
procedimento, pois perda de hemácias significa perda de antígeno; (4) verificar se a Antiglobulina Humana (AGH) está
dentro das conformidades do seu controle de qualidade; (5) verificar a limpeza da vidraria (existência de resíduos
químicos e biológicos); (6) observar presença de umidade na vidraria. Se o resultado permanecer negativo, deve-se
usar Hemácias Controle de Coombs, a fim de se detectar prováveis erros técnicos ou do reativo usado, pois com a
adição do Controle deverá a reação dar sempre positiva.
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Imunohematologia
Revisão: Ago/2005
Soro de Coombs: verificar a sua potência, pois pode estar diminuída para a captação do anticorpo; além disso
poderá estar inespecífico, contendo uma contaminação para outro anticorpo. Isto acarreta um falso positivo,
dependo o anticorpo contaminante.
Tubo: Após a lavagem pode ficar com resíduo de detergente ou com água destilada residual, o que interfere na
realização da prova. É aconselhável rinsar com salina fisiológica, caso haja umidade no tubo;
Soro fisiológico (Tubo): observar se o soro fisiológico usado na lavagem das hemácias não apresenta contaminação
fúngica, pois sua presença interfere dando falso negativo;
Gel: Para a metodologia em Gel, fazer o controle dos cartões usando o Controle de Coombs. Este controle tem um
anticorpo irregular fixado em sua hemácia, devendo dar positivo no cartão.
ATENÇÃO: A Portaria 1376 de 19/11/1993 define como obrigatória a realização da prova direta e reversa para Sistema
ABO, a Pesquisa do D fraco para o Sistema Rhesus e o uso de hemácias tipadas (com fenótipo conhecido) para o
Coombs Indireto.
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