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SÃO JOSÉ
2008
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André Luiz Zimmer
Charlene Cléia de Medeiros
Vilson Marcelo Rauch
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André Luiz Zimmer
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Charlene Cléia de Medeiros
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Vilson Marcelo Rauch
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Prof. Fabio Belmonte, Esp.
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Assinatura do coordenador
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Ao nosso amigo e consultor Rodrigo pela colaboração dada no estudo da UEP até tarde da
noite.
Aos amigos de turma, pelas provas, trabalho, palestras, visitas, festas e gargalhadas
compartilhadas ao longo destes três anos. Esperamos que esta parceria perpetue.
1. INTRODUÇÃO
Em um mundo cada vez mais globalizado e concorrido, a maioria das empresas busca
incessantemente maneiras de reduzir seus custos de produção, sem comprometer a qualidade de
seus produtos. Fazendo isso, aumentam as chances de sucesso no mercado, tornando seus produtos
mais competitivos e atraentes. Porém, não basta apenas reduzi-los; é preciso saber calcular todos os
custos de cada produto, separadamente, para que o preço final formado seja o mais correto possível.
1.1. TEMA
1.3. JUSTIFICATIVA
1.4. OBJETIVOS
- Comparar o novo sistema com o sistema antigo de custeio utilizado em uma empresa
produtora de bisnagas plásticas em São José/SC.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. CUSTOS
Colaborando com Drucker, um outro artigo publicado no jornal Gazeta Mercantil (1990),
ressaltou que:
Ao adotar novas técnicas de produção como projeto auxiliado por computador (CAD),
gerência de estoques ‘just in time’ e controle de qualidade total, muitas indústrias estão
descobrindo que seus sistemas de contabilidade têm de ser trazidos à força para a década de
90. A menos que os contadores adiram à revolução tecnológica, a tradicional contabilidade
de custos terá pequena utilidade na fábrica do futuro. ...a menos que os profissionais
responsáveis pela contabilidade gerencial andem rápido, eles serão praticamente inúteis
para o gerente de produção de 1995.
• a revolução das técnicas de gerenciamento dos processos produtivos, tais como MRP,
Kanban, TPM, CAD/CAM, TQM, TOC e etc., simplificadamente redirecionaram o processo
produtivo, passando de setorizado para o trabalho em células de produção (agrupamento de
equipamentos diferenciados que fabricam todo um produto ou parte deste), onde a mão-de-obra
direta realiza várias funções, como a operação propriamente dita (não mais dedicada a determinado
equipamento), o controle de qualidade das peças fabricadas, a limpeza do local, o set-up, a
manutenção dos equipamentos, entre outros;
Para as primeiras firmas manufaturadoras dos anos 1880 até os primeiros anos do século
XX, que buscavam o sucesso de seus empreendimentos reduzindo o custo do produto
através de economias de escala, os sistemas de custeio então desenvolvidos eram bastante
relevantes para todas as decisões gerenciais que afetassem a eficiência e a lucratividade,
porque as empresas operavam apenas uma planta e produziam um único produto.
Continuando com a história dos sistemas de custos no tempo, já adentrando o século XIX,
com o avanço nos transportes e comunicações, grandes organizações expandiram-se
geograficamente. Empresas distribuidoras, especificamente as grandes cadeias varejistas, como
Marshall Field, Sears e Woodworth necessitavam de informações sobre a eficácia e a eficiência de
suas atividades de compras, formação de preços e vendas no varejo; desenvolveram então, seus
próprios indicadores, como a margem bruta por departamento e o giro dos estoques. É importante
ressaltar que os indicadores foram projetados como forma de motivar e avaliar a eficiência dos
processos internos, e não para medir a “lucratividade” geral da empresa. Quando as empresas
possuíam algum tipo de sistema financeiro, ele era normalmente anual, operando independente do
sistema gerencial. No final do século XIX, nos Estados Unidos da América, Frederick W. Taylor
dedica-se a pesquisar medidas-padrão de operações realizadas no trabalho direto e de utilização dos
materiais, como ferramenta de planejamento do fluxo de trabalho e controle das perdas, o que dá
origem à Administração Científica. Estes padrões físicos, tais como grau e horas de trabalho por
unidade e quantidade de matéria-prima por unidade, foram facilmente convertidos em padrões
monetários para o custeio da mão-de-obra e das matérias-primas, contribuindo assim, para os
avanços na tecnologia dos sistemas de contabilidade gerencial, dando origem ao Método do Custo-
Padrão; de forma simplificada, esse método se resumia em calcular separada e antecipadamente os
custos de matéria-prima e mão-de-obra que seriam gastas em cada processo, produto a produto.
No final do século XIX e início deste século, ao lado da emergência das grandes
companhias abertas ao público, assistimos ao nascimento do administrador profissional,
personagem central da empresa moderna, cuja origem era a fábrica e cuja especialização
era a engenharia. São de engenheiros e não de contadores os primeiros métodos de custeio
dos produtos e foi um engenheiro eletricista (F. Donaldson Brown) - e não um contador ou
financista - quem concebeu o popular índice ROI (Return on Investiment), ou Método Du
Pont.
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Segundo Johnson; Kaplan (1987), muitas formas de medição de custos foram
desenvolvidas por empresas metal-mecânica, para analisar a relação produtividade versus
rentabilidade dos produtos. Embora estas técnicas não tenham sido inicialmente desenvolvidas para
a contabilização, foram de grande importância, pois serviram para alocar as despesas indiretas de
fabricação aos produtos, que até então eram totalmente ignoradas. No final do século XIX,
Alexander H. Church, contemporâneo de Taylor e especialista em administração, localiza a
necessidade de se desenvolver nova meta para a contabilidade de custos: avaliar a rentabilidade
global de toda a empresa. Afirmava que a distribuição dos custos fixos indiretos, pela média entre
os produtos que usavam recursos da fábrica em proporções muito variadas, era bastante inexata.
Sugeriu separar a fábrica em centros de produtos para melhor perceber as despesas gerais.
Apoiando o texto, Nakagawa (1991) escreveu que desde as primeiras formas de sistemas
administrativos utilizados para a gestão de fábricas têxteis integradas, do início dos anos 1880 até as
mais complexas organizações multidivisionais dos anos 1920, já se sentia a necessidade de usar
metodologias de controle e medição contábeis que atendessem à demanda por informações sobre a
eficiência com que eram conduzidas as atividades operacionais das empresas.
Com toda esta política de descentralização houve um ponto negativo: um maior risco de as
metas individuais de cada divisão, estarem em desacordo com as metas estratégicas da organização
como um todo. Para a cúpula administrativa, informações financeiras passaram a ter maior
significância que as gerenciais, pois ficava muito difícil criar medidas de eficiência que servissem
para todas as atividades. Como o controle individual não garantia o desempenho da empresa como
um todo, iniciou-se um processo de avaliação unificado, tendo como base o capital investido e o seu
retorno. Nas pequenas empresas estavam os gerentes divisionais, que por terem ocupado somente
cargos administrativos até aquele momento, não tinham o menor domínio tecnológico. Infelizmente,
a contabilidade acaba por focalizar-se apenas na parte financeira, sendo a parte gerencial relegada.
O elo com a fábrica e seus indicadores (desempenho, eficiência e produtividade) rompeu-se a partir
deste instante.
Ainda segundo Johnson; Kaplan (1987), até a década de 20 nos Estados Unidos, foram
desenvolvidos os principais mecanismos contábeis atualmente conhecidos e também mais
utilizados. Num primeiro momento o sucesso das empresas deveu-se aos ganhos de escala, pela
redução dos custos unitários; mais adiante em organizações multi-divisionais, o sucesso foi devido à
busca da rentabilidade global, isto é, o importante era o retorno gerado pelo conjunto dos produtos.
COMPLEXOS DE PRODUÇÃO
Este tópico apresenta as principais causas que concorreram para a falência dos sistemas
tradicionais de custeio, analisados tanto pelo princípio quanto pelo método empregado em
ambientes complexos de produção.
As práticas contábeis hoje utilizadas datam do início do século XX. Com o crescimento e
agigantamento das empresas foram surgindo obstáculos para seu sucesso. Notória foi a
burocratização gerada pela complexidade da verticalização, que induziu a uma indiferença
administrativa das próprias metas. Ao mesmo tempo, há um redirecionamento da contabilidade,
devido ao alto custo da coleta de dados para a geração das informações relativas às atividades
internas da empresa, associado à necessidade de captação de recursos externos. Sem muitos
questionamentos, as empresas passam a adotar métodos de contabilização financeira externa. O
controle interno é, então, relegado, dando-se início à estagnação da avaliação contábil gerencial. Na
Contabilidade Financeira é necessário que o custo e a avaliação dos produtos vendidos sejam
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concebidos a custos históricos e que o demonstrativo de resultados e o balanço sejam integrados,
isto é, baseados nas mesmas transações e eventos. Contadores não se interessavam em custos para
decisões gerenciais, 17 focalizavam-se apenas no impacto sobre os lucros. A preocupação maior
estava em separar custos do período, do custo dos estoques. Estando os custos totais corretos, não
era necessário conhecer o custo individual dos produtos.
Os sistemas tradicionais de custeio têm por característica básica a visão de curto prazo,
normalmente mensal. Focalizam mais os ganhos financeiros do que propriamente o
desenvolvimento de novos produtos ou a melhoria da eficiência nos processos produtivos.
Melhorias intangíveis não conseguem proporcionar justificativa plausível para novos investimentos,
principalmente no que se refere a tecnologias avançadas de produção. Atualmente, além de prover
dados para as demonstrações financeiras periódicas, os sistemas de custos têm outras funções
básicas, tais como: cálculo do custo dos produtos vendidos, controle e avaliação dos processos de
fabricação e apoio a estudos especiais.
Inicialmente cita-se um dos mestres no assunto Nakagawa (1991), que constatou que com
o ressurgimento da função de produção como base das estratégias de empresas que pretendem ter
sucesso e longevidade em um mercado global extremamente competitivo, a educação e a prática
baseadas nos sistemas tradicionais de custeio já não estão atendendo, satisfatoriamente, as
necessidades informativas dos gestores das áreas funcionais, que, ao tomarem decisões operacionais
e de investimentos, devem fazê-lo de forma completamente integrada. O que levou a esta perda de
relevância dos sistemas tradicionais, quando colocados no contexto das decisões tomadas, tendo em
vista o inteiro ciclo de vida dos produtos, reside no fato de que os sistemas tradicionais além de
distorcerem os custos dos produtos, não permitem que a gestão e mensuração estratégica das
atividades relacionadas com a produção de tais produtos sejam feitas de maneira adequada.
Ela (neste caso “ela” se refere à contabilidade de custos tradicional – nota do autor) ignora
os custos da não produção, sejam eles o resultado de uma máquina parada ou de um defeito
de fabricação, que irá requerer reparo no produto ou sua inutilização. A contabilidade de
custos-padrão considera que o processo de produção proporciona bons produtos 80% do
tempo. Mas hoje, sabemos que mesmo com a implantação do melhor controle estatístico de
qualidade, o tempo não produtivo consome mais que 20%. Em algumas fábricas, ele chega
a 50%. O tempo não produtivo custa tanto quanto o tempo em que há produção - em
salários, energia, juros e até matéria-prima. Entretanto, o sistema tradicional não leva em
conta nada disso.
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Os atuais sistemas de custos devem ser totalmente repensados, reestruturados, para melhor
adequarem-se à forma produtiva atual, não esquecendo que a geração do custo não ocorre somente
durante o processo de fabricação. Para certos tipos de produtos e/ou nichos de mercado, os valores
monetários empregados fora do processo produtivo, como por exemplo, distribuição, propaganda e
assistência técnica, ultrapassam os de fabricação. Desta maneira, muitas das contas administrativas
podem deixar de ser consideradas despesas, tornando-se uma das componentes do custo do produto
ou de uma família de produtos.
De acordo com Ornestein (1980), os sistemas de custeio podem ser regidos por três
princípios básicos, que têm por ponto comum tratarem da mesma forma os custos variáveis, mas
por outro lado, divergem entre si quanto aos critérios utilizados na apropriação dos custos fixos aos
produtos. O mais importante é compreender como eles interferem nas tomadas de decisão e na
avaliação dos custos. Esses princípios são os seguintes:
O custeio total considera que todos os custos fixos devem ser repassados aos produtos,
independentemente do nível de atividade da empresa, ou seja, utiliza o real nível de atividade em
cada período.
Enquanto isso, o custeio por absorção atribui aos produtos apenas a parcela ideal de custos
fixos aos produtos, associada ao nível de atividade normal da empresa. A parcela restante,
relacionada com a capacidade ociosa ou com a ineficiência da empresa, é lançada como perdas do
período. Por argumentação, justifica-se que o custo do produto em si é independente do volume
produzido, ou seja, não tem responsabilidade sobre as perdas ocorridas no período em questão.
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O custeio direto, por sua vez, considera que os custos fixos não devem ser incluídos no
custo dos produtos vendidos. São considerados como despesas do período. Defensores do custeio
direto afirmam que os custos fixos estão mais estreitamente relacionados com a capacidade de
produzir do que com o volume de produção, e que qualquer rateio destes aos produtos (ou as
atividades) é subjetivo e altamente questionável.
Os três princípios não são mutuamente exclusivos, podendo coexistir em uma mesma
empresa atendendo a diferentes objetivos, ou seja, distintos usos. Entretanto, a contabilidade fiscal
brasileira aceita somente o sistema do custeio total, e talvez por isso, ele tenha se verificado como o
de maior utilização nas empresas.
A contabilidade de custos, nos últimos anos, tem sido criticada por não apresentar sistemas
de custeio correspondentes à crescente complexidade e mutação dos sistemas produtivos das
organizações. Como ela não separa custos de gastos, tem dificuldades para a identificação e atuação
sobre as perdas do período (pois não utiliza o princípio do custeio por absorção). Como também não
discrimina as atividades que agregam valor das que não agregam, inviabiliza ações para reduzi-las
e, no limite, eliminá-las.
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Os expoentes destas críticas são dois renomados professores norteamericanos:
Esta realidade justificou a busca de novos métodos de controle de custos, vinculados aos
princípios de custeio existentes, que pudessem servir como informes gerenciais. Nesse sentido, o
Método das Unidades de Esforço de Produção (UEPs) associado ao princípio do custeio por
absorção, tem se mostrado adequado em satisfazer as necessidades gerenciais, quanto ao controle
dos custos e medição da produtividade para o chão-de-fábrica. Complementando-o, o Método do
Custeio Baseado em Atividades (ABC) vem se mostrando eficaz quanto ao entendimento, controle
e alocação aos produtos, dos custos de apoio à produção.
A partir da segunda metade da década de 80, foi desenvolvido nos Estados Unidos da
América um método de custos denominado de Activity-Based Costing - ABC (Método de Custeio
Baseado em Atividades), pelos professores Robert Kaplan e Robin Cooper, da Harvard Business
School, tendo por objetivo principal aprimorar a alocação dos custos indiretos fixos (overheads) aos
produtos, principalmente custos administrativos.
Simplificadamente, sua utilização se justifica por, num curto espaço de tempo, a empresa
necessitar de determinadas atividades consideradas fixas, que não variam segundo a quantidade
produzida, ou seja, independem do volume produzido. Para melhor compreensão do método é
importante, inicialmente, conceituar o que é uma atividade e onde ela está inserida.
O conceito de atividade, segundo Robles Jr. (1994) é que, na prática são consideradas as
atividades que consomem recurso, mesmo que num dado momento a empresa não esteja efetuando,
aparentemente, nenhuma demanda de trabalho. Podem ser citados como exemplos de atividades que
consomem recursos, independente se há ou não demanda de trabalho, os salários e benefícios,
suprimentos, espaço, depreciação, hardware e software, energia; enfim todos os insumos
econômicos aplicados ou utilizados no exercício das atividades. Dentro deste contexto, pode-se
incluir também como consumo de recursos a manutenção de estoques.
1º Funções;
2º Processos/Procedimentos;
3º Atividades;
4º Tarefas;
5º Subtarefas;
6º Operações.
Na continuação, Robles Jr. (1994) complementa mostrando que apesar da hierarquia que
existe entre os vários elementos, descritos anteriormente, o termo atividade também poderá ser
utilizado no entendimento do sentido geral de cada um deles (Berliner/Brimson,1988). Isso deverá
ser analisado no caso específico de cada empresa. Enquanto uma Função conglomera um nível um
tanto quanto elevado, as Tarefas às vezes englobam um detalhamento muito grande, o que dificulta
em muito o seu controle. A definição do nível de atividade dependerá de cada caso específico.
Ward; Patel (1990, p.34-36, jul/ago) definem razoavelmente bem o que são as atividades
da seguinte forma:
Um negócio pode ser visto como uma coleção de atividades formadas pelo projeto,
produção, mercado, entrega e suporte a estes produtos ou serviços. Desta forma as
atividades do negócio podem ser convertidas em entradas dos fornecedores e após, em
saídas para os clientes e, o valor adicionado para os clientes, através das atividades,
desempenhará as entradas.
Por fim, atribui o custo das atividades aos produtos conforme as intensidades utilizadas,
mensuradas pelos direcionadores de custos, com respeito a um determinado período de tempo.
O ABC difere do custeio dos produtos convencionais no tratamento dos custos que não se
relacionam ao volume. As despesas fixas indiretas aumentaram, criando-se a necessidade e
demanda do ABC. Set-up, obteníveis e controle de qualidade são todos exemplos de custos
os quais revelam variações e fatores tais como diversidade, complexidade e grau de taxação
de saídas, melhor do que simplesmente volume de produção.
Cooper; Kaplan (1991) argumentam que depesas de estrutura, tais como administrativas,
comerciais e financeiras, ultrapassam a 20% do faturamento da empresa. Portanto, devem ser
alocadas aos produtos de forma precisa. A não apropriação dos custos e despesas indiretas fixas aos
produtos é considerada como incorreta pelo custeio por atividades. O modelo tradicional, típico de
custos para as tomadas de decisão, é muito simplista, não representando adequadamente as
situações ocorridas na prática.
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Segundo os mesmos autores, muitos custos não variam de acordo com o volume
produzido, mas sim, com o número de itens utilizados e suas complexidades. Pode-se manter o
volume produzido constante, mas se a combinação dos produtos a serem fabricados variar, muitos
custos considerados fixos tendem a alterar-se significativamente. Exemplificando, é diferente
produzir 1.000 canetas de mesma cor, do que produzir 10 lotes de 100 canetas, cada um de uma cor.
Por lógica no segundo caso, os custos associados às atividades de apoio à produção em
determinadas atividades, será maior que no primeiro caso. Como exemplo pode-se citar ordens de
compra, itens de estoque, planejamento e controle da produção, preparação de máquinas,
quantidade de produtos em processo, controle de qualidade, expedição, atendimento a clientes e etc.
A sistemática de custeio utilizada pelo método ABC baseia-se numa técnica de distribuição
dos custos aos produtos que inclui mais do que o tempo de processamento tradicional. Diferencia-se
por incluir, também, movimentação, inspeção, filas, enfim, todos os aspectos que afetam o custo do
produto durante o seu processamento. Valoriza os custos relacionados às suas atividades e
peculiaridades.
Bases de relação, ou direcionadores de custos (cost drivers), são definidas como aquelas
atividades ou transações que determinam o custo das atividades, ou seja, são os principais
causadores dos custos destas atividades (relação de causa e efeito). A base de relação escolhida para
atribuir os custos de uma atividade aos produtos deve espelhar a unidade de medida de trabalho
desta atividade. Deve haver correlação direta entre a quantidade de trabalho efetuado pela atividade
em questão, mensurada pelo direcionador, e os custos incorridos nessa atividade. A seguir
apresentam-se algumas bases de relação recomendadas por vários autores, que são:
• número de ordens de compra, suprimento e venda como bases para custos associados
com inventários de matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados;
Custos fixos não utilizados são separados e alocados nas contas de gastos do período -
perdas. A capacidade normal de produção deve ser previamente projetada o que, neste ponto,
assemelha-se ao método do custo-padrão.
A Figura 2 é apresentada a seguir para melhor explicitar o sistema, segundo adaptação feita
por Nakagawa (1990) em sua tese de livre-docência, a partir da figura apresentada por Barry J.
Brinker, Emerging practices cost management, Warren Gorham & Lamont (1990) e, referenciado
por Robles Jr. (1994).
Deve-se salientar, ainda, que os autores do método consideram que todos os custos
envolvidos na empresa devem ser repassados aos produtos; assim sendo, as despesas
administrativas passam a merecer maior atenção, pois se torna componente de análise da
produtividade. A idéia de incorporar as despesas administrativas aos produtos visa acompanhar e
centrar maior atenção gerencial a estes custos, relacionando-os ao grau de complexidade produtiva.
Observa-se que o sistema de custeio ABC força os gerentes, quando da sua implantação, a um
entendimento completo de seus sistemas produtivos, já que o custo dos produtos baseia-se nos
recursos consumidos pelas atividades necessárias para produzi-los.
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A lógica ABC pode ser apresentada a partir de dois pontos de vista: dos custos, onde se
encontram os recursos, e do processo, onde se encontram as informações. Os dois estão ligados
através das atividades e é pelo reconhecimento delas que se fornecerão as informações necessárias
para um bom gerenciamento empresarial.
O método ABC defende que a análise dos custos deve estender-se também às despesas de
estrutura (administrativas, comerciais e financeiras). Para o custeio do chão-de-fábrica, quando em
processos produtivos muito complexos, ou para equipamentos muito diferenciados, ou mesmo
quando se trabalha em células de produção, na prática, a discriminação de cada atividade torna-se
quase impossível, ou seja, de difícil operacionalização. Isto, pode ser bem resolvido pelo emprego
do método das UEPs que, no limite, viabiliza o ABC no chão-de-fábrica, devido a unidade de
trabalho UEP funcionar como uma espécie de “cost-driver operacional”.
A quantificação do custo das atividades que não agregam valor aos produtos pode ser
considerada como um dos maiores ganhos da aplicação do método ABC, e constitui-se numa
informação puramente gerencial.
Conforme Dugdale (1990, p. 36-38), da Bristol Business School, afirma, o método ABC
tem sido amplamente recomendado nos últimos anos devido à compreensão que este permite das
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despesas fixas; tem sido também, elemento de grande importância no custo total das empresas pela
geração de informes de custo bastante precisos, em se tratando do custo unitário. Possibilita
controlar e gerenciar os custos através do entendimento dos eventos e das atividades que os
“dirigem” e entre outros, permite avaliar as implicações do custo total do negócio nas tomadas de
decisão.
Segundo o mesmo autor, os métodos de custos até o momento têm servido, tão somente,
para cumprir os requisitos da contabilidade financeira, tendo estes as seguintes características:
• a contabilidade dos custos toma por base somente a produção (sem vendas ou
administração), sendo as despesas fixas indiretas absorvidas de acordo com o custo do produto,
devido à proposta ser de valoração dos estoques;
• horas de MOD ou custo da MOD é usado como base “conveniente” de rateio para as
despesas fixas indiretas, apesar de a MOD ser uma pequena fração do custo total na maioria das
empresas da atualidade;
• a parcela das despesas fixas indiretas que complementa o custo total deve ser utilizada no
interesse da simplificação. Continuando, o autor enfatiza:
“... A relevância dos custos depende crucialmente da escala de tempo. Muitas teorias foram
desenvolvidas para resolver problemas de curto prazo, onde o custo marginal e a análise de
contribuição podem ser, particularmente, importantes. Já o ABC prevê uma estrutura de trabalho
para análise de problemas à médio e longo prazos, onde muitos custos que seriam fixos a curto
prazo, tornam-se variáveis.”
Continuando em sua argumentação, o mesmo autor afirma que o ABC surgiu pela
insatisfação com o custeio por absorção tradicional e com o custeio marginal (variável), apropriado
para tomadas de decisão de curto prazo. Afirma, ainda, que a técnica é particularmente apropriada
para decisões estratégicas de produto a médio e longo prazo, e sob esta escala de tempo os
chamados custos fixos podem tornar-se variáveis com o resultado da decisão tomada. Por fim,
ressalta que a ênfase original do ABC era mensurar e controlar todos os custos do produto, mas na
prática, tem sugerido que há custos que não podem ser bem resolvidos (captados) pelo método.
• preocupar-se em mensurar os custos que não agregam valor, os quais só assim poderão
ser eliminados ou, pelo menos, reduzidos;
• atentar para os custos de complexidade, que são desprezados pelos métodos que se
baseiam somente no volume de produção;
Um outro ponto é quanto à resolução da problemática, ou seja, permitir a real alocação das
atividades aos produtos, por meio de um direcionador eficaz. No limite, o método pode ser
considerado como o dos Centros de Custos, sendo que cada centro corresponderia a uma única
atividade. Muitas vezes, há tarefas que não se relacionam diretamente aos produtos, como por
exemplo, as atividades do setor de segurança, de manutenção predial, do setor financeiro e outras
tantas.
As informações geradas pelo método ABC servem como base para a tomada de decisão da
gerência quanto às atividades responsáveis pelo custo dos produtos, o que propicia melhor
visualização do impacto causado por estas decisões, melhorando o controle dos custos fixos. É
ainda importante ressaltar que o método exige coleta de dados periódica para a geração das
informações. Quanto maior for a necessidade de precisão dos informes, maior será o custo e o
tempo absorvido na coleta de dados. Para muitas empresas, este poderá ser um obstáculo para sua
implantação (relação custo - benefício negativa, ou de baixa potencialidade).
De acordo com Allora (1985) o método das UEPs (unidade de esforço da produção), surgiu
na década de 40, sendo criado pelo engenheiro francês Georges Perrin e, mais tarde, aperfeiçoado
pelo também engenheiro Franz Allora.
No Brasil, segundo Bornia (1995) a aplicação do método teve início nos anos 60, com
maior ênfase a partir de 1978 através da criação de uma empresa de consultoria em Blumenau(SC)
pelo Engenheiro Franz Allora. Sua efetiva divulgação científica deu-se na década de 80,
precisamente a partir de 1986, quando pesquisadores da UFSC se propuseram a estudar, divulgar e
aprimorar o método, através de congressos e seminários, e a partir daí, surgiram divulgações em
nível de dissertações de Mestrado.
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2.6.2.2. Conceitos e princípios teóricos
Em resumo, a produção geralmente não dispõe de uma unidade de medida própria para
medi-la, independente de quais sejam os produtos fabricados. A chave está em conseguir uma
unificação da medida da produção, fundamentando-se na noção de esforço de produção. Esta nova
noção representa, para uma máquina funcionando, o esforço humano, o esforço da própria máquina,
o esforço dos capitais, o esforço da energia aplicada e outros direta e indiretamente aplicados. Os
esforços de produção, assim definidos, provenientes de todos os setores da fábrica e de todas as
máquinas de cada setor, não importando suas origens mais diversas como torno, frezadora, retífica,
montagem, extrusora, impressora, etc., devem ser medidos e adicionados.
Allora (1995) afirma então que o esforço de produção total de uma fábrica é a resultante da
soma de todos os esforços de produção parciais desenvolvidos em cada posto operativo (operações
de trabalho). Cada produto, por mais complexo que seja, poderá ser medido pela quantidade de
esforço que foi necessário para fabricá-lo, uma vez que este produto foi concebido através da
passagem por diversos locais de trabalho que por sua vez realizam tal esforço. Pode-se também
tentar entender este esforço desenvolvido através do gráfico abaixo (Fig. 1), ou seja, o esforço de
produção é todo o trabalho realizado pela fábrica para transformar a matéria-prima em produto
acabado.
Para que isso seja feito mede-se, em um determinado momento, todos os esforços de
produção em dinheiro e calcula as relações entre eles. Feito isto, o dinheiro é abandonado e o
sistema opera sobre as relações, que assumem a denominação de UP' ou Unidades de Produção
(também conhecido como UEP - Unidade de Esforço de Produção). Os esforços de produção de
cada posto de trabalho são expressos e medidos em quantidades de UP/h e os inúmeros produtos
pelo número de UP's que acumulam durante seus respectivos processos produtivos. O total dos
esforços de produção em UP's, que é igual à soma de cada produto, mede a produção da fábrica. A
valorização periódica das UP's em dinheiro, cálculo bem simples, representa seu valor monetário no
momento, podendo assim quantificar em UP's e em dinheiro qualquer produto ou produção por
mais diversificada que seja.
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O método de custeio Unidade de Esforço de Produção (UEP ou UP) tem seu conceito
fundamental no pressuposto de que os controles de gestão produtiva das organizações possam ser
medidos por meio de um unificador e que, por meio de uma única unidade, toda e qualquer
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produção possa ser medida, por mais diversificada que seja (ALLORA; GANTZEL, 1996, p.47). A
literatura referente a esse método aponta que, há muitos anos, estudos e tentativas vêm sendo
elaborados para encontrar uma unidade de medida capaz de medir e custear produtos oriundos de
produções diversificadas, especialmente nas indústrias de transformação. A unidade de esforço de
produção (UEP) foi desenvolvida e aperfeiçoada a partir dos princípios e conceitos teóricos do
Método Perrin (homenagem ao seu criador, Georges Perrin), elaborado durante a Segunda Guerra
Mundial. Tal método representou um grande avanço no estabelecimento de uma unidade de
produção, denominada GP, cujo embasamento teórico está assentado sobre a equivalência de
máquinas, e não de produtos, e cujo valor é obtido através das etapas do processo de produção de
cada produto.
O princípio básico do Método de Perrin é o Princípio das Constantes Ocultas, definido pelo
autor como "qualquer que sejam os preços unitários, os esforços de produção desenvolvidos pelas
diversas operações elementares de trabalho de uma fábrica são interligados entre si, por relações
constantes no tempo". (ALLORA, 1985, p.66). No Brasil, o prof. Franz Allora desenvolveu e
aplicou essa técnica, introduzindo um novo conceito, mediante a utilização da noção do esforço de
produção. Para Allora (1985, p.65), "esta nova noção representa, para uma máquina funcionando, o
esforço da própria máquina, o esforço dos capitais, o esforço da energia aplicada, e outros direta e
indiretamente". As características essenciais dos procedimentos do método UEP, segundo Allora
(1985, p.66), são:
c) a soma das UEP acumuladas em todos os produtos mede a produção total da empresa;
e) as relações expressas pelas UEP se mantêm inalteradas por longo tempo, exigindo
poucas revisões periódicas.
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2.6.2.4. Exemplo Teórico do Cálculo da UP’s
Para cada posto operativo ou somente “PO” (que será cada operação de trabalho)
calculam-se os custos em valores de esforço de produção unitário e, assim, fixam-se estes esforços
em custo-valores/hora, denominados de foto-índice do posto operativo ou somente "FIPO", todos
estes em um determinado instante no tempo. Os principais itens de custo de transformação (esforço)
considerados para o cálculo dos FIPO são os seguintes:
a) Mão de Obra direta: Valor do salário de registro em carteira, isto é, salário puro sem
repouso remunerado, mas contendo os adicionais de periculosidade, insalubridade e noturno houver.
c) Encargos Sociais: São todos os encargos sociais de lei que a empresa é responsável a
pagar para cada unidade monetária de salário pago, mais os benefícios concedidos pela empresa
para cada funcionário.
g) Energia Elétrica: São os valores atribuídos pelo gasto de energia em cada equipamento,
calculado de acordo com seu consumo específico em KW.
i) Utilidades: São todos os gastos dos equipamentos que não transformam as matérias-
primas, mas ajudam os PO's a transformá-la. Por exemplo: Compressores, ponte rolante,
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equipamentos de geração de frio, caldeiras, que serão atribuídos somente aos postos que a
consomem e não ao setor.
Em função da definição dos PO e dos ítens de despesas que serão atribuídos a eles (itens
estes que foram descritos anteriormente), é possível partir para a coleta de dados necessários para o
cálculo dos foto-índices (FIPO). Uma vez obtidos estes dados, eles serão convenientemente
tratados, permitindo assim a realização do cálculo dos FIPO dos diversos PO. Os FIPO constituem-
se do somatório dos custos dos diversos ítens de custo alocados para cada PO.
Neste momento dispomos das UP's dos produtos, que representam a transformação da
matéria-prima em produto acabado, ou seja, o esforço para fabricá-las. Para obter o custo de
transformação de cada produto devemos contar quanto a empresa produziu em um determinado
período. Isto se obtém multiplicando-se os valores em UP' de cada produto pelas quantidades
produzidas de cada um, chegando assim a uma produção total da empresa expressa em UP's.
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Agora com a informação do total das despesas de produção (sem as matérias primas) (do
mesmo período), ou seja, todas as despesas gastas na produção: salários, energia, peças, etc...,
podemos calcular o valor de uma UP' neste período. Dividindo-se o total das despesas de produção
pelo total das UP's produzidas teremos o valor monetário para cada UP' produzida neste período.
Vamos montar uma tabela (Tabela 1) com todos os postos operativos e suas despesas
conforme descrito no ítem anterior, ou seja a montagem dos FIPO:
ES Encargos Sociais
AT Amortizações Técnicas
PM Peças de Manutenção
EE Energia Elétrica
MAN Manutenção
UTIL Utilidades
Supondo que escolhemos o produto base sendo o produto "X", vamos então calcular seu
foto-índice de base (FIPB):
Total 2,000
Dividindo os foto-índices dos PO's (FIPO) ($/h) pelo valor do produto base, foto-índice de
base (FIPB) ($), teremos os valores das UP/h dos PO's (equação 1):
Supondo que a empresa fabrique produtos A, B, C, D, etc. devemos então montar suas
folhas de processo (gamas), ou seja, fluxos e tempos em cada operação (Posto Operativo, PO).
Vamos montar as folhas de processo e analisar somente 2 produtos A e B, os demais seguem o
mesmo critério.
Produto A:
Total = 8,34
Produto B:
Total = 9,39
Valor da UP' ($/UP') = Total de despesas de produção (menos matéria prima) (2)
Total de UP's produzidas no período
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Valor da UP' ($/UP') = 11.765.000 $
90.500 UP's
Produto B: transformação
Obs.: Neste exemplo do sistema das UP’s estamos desenvolvendo somente o cálculo do custo do
trabalho realizado no produto (transformação), a matéria prima não está sendo considerada. Para o
cálculo da matéria prima é só calcular os consumos de cada produto e multiplicar pelo seu valor
unitário.
Total = 1.220,70 $
Podemos verificar com este cálculo o custo do produto em cada máquina ou em qualquer
etapa do processo, não é por aproximação, mas por um cálculo preciso.
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2.6.2.6. Vantagens e desvantagens do método das UEP’s
a) Simplicidade
b) Medidas físicas
c) Linguagem Comum
Desvantagens
Tendo em vista o fato do método não se concentrar nas despesas com estrutura, cada vez
mais representativa na empresa moderna, o mesmo torna-se, sob este aspecto, deficitário. Tais
gastos, além da grande relevância na estrutura atual das empresas, face às novas exigências do
mercado, os custos de transformação, por sua vez, dependendo da homogeneidade dos produtos,
não sofrem tanta alteração, levando, às vezes, a um alto custo.
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3. Visão do negócio
3.1. A Empresa
3.2. O Mercado
3.3. A Concorrência
Os insumos específicos de cada produto são adquiridos quando ocorre a entrada do pedido,
como tintas para decoração, onde cada produto possui cores diferenciadas.
Cada pedido do cliente é tratado com um lote dentro da fábrica, logo, o elevado volume de
produção e a quantidade de lotes exigem grande esforço administrativo.
A seqüência de decoração dos itens geralmente inicia pelo processo de offset, passando
pelo silk screen e hot-stamping. Porém, dependendo da necessidade do cliente, esta seqüência pode
ser alterada.
A produção de bisnagas ocorre vinte quatro horas por dia e os dois fatores principais que
imprimem este ritmo, são:
• A alta tecnologia agregada aos bens de capitais deste segmento, que eleva o custo
de aquisição e exige a aceleração da amortização;
A qualidade é controlada por inspeções que ocorrem durante os processos, sendo que cada
componente do produto poderá ser produzido pelo processo seguinte após ter sido liberado e
inspecionado.
Para iniciar o processo de cálculo, é necessário realizar as medições para definir o esforço
por milheiro de bisnagas. Utilizamos como exemplo, o levantamento de custo no processo Extrusão
2.
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Esse processo é composto por:
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Dividindo os foto-índices dos PO's (FIPO) ($/h) pelo valor do produto base, foto-índice de
base (FIPB) ($), teremos os valores das UP/h dos PO's (equação 1):
Para calcular a UP do produto, soma-se todas as UP/h por POs mais o valor dos insumos utilizados
no produto.
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Para calcular o valor monetário da UP, a empresa utilizou do seu histórico do período anual
anterior, relacionando todos os produtos e respectivas quantidades em UPs produzidas com os
custos diretos e indiretos do processo.
Para exemplificar, utilizaremos o produto real “X”, que utiliza os seguintes postos de operação:
TOTAL 279,51
Com base neste cálculo do custo do produto o gerente de contas no momento da cotação
junto ao cliente tem certeza da margem de lucro que o produto irá fornecer a empresa.
Devido a pressão sofrida para que os produtos cada vez tenham mais diminuição de preços,
os gestores da empresa podem detectar quais produtos estão dando prejuízo ou pouco lucro
em cima destes produtos são traçadas estratégias de demarketing a fim de diminuir a sua
participação no mercado, já os que apresentam lucro com margem satisfatória tem suas
vendas fomentadas através de estratégias de marketing.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Estratégica de Custos Como Ferramenta Para a Competitividade”. Editora Casa da Qualidade,
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