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Aula

Barthes se demonstra dialético já quando na primeira página fala “sou um


sujeito incerto, no qual cada atributo é, de certo modo, imediatamente
combatido por seus contrários” (P.7)

Sobre semiótica: para Barthes, sua definição e pesquisa sobre a semiótica é


deslocada de sua definição original, possivelmente aquela ligada
estritamente à linguística (Sausseure).

Buscar bibliografia Michelet.

“O poder (...) um objeto exemplarmente político; (...) agora (...) é também


um objeto ideológico que se insinua nos lugares onde não o ouvíamos de
início (...) está presente nos mais finos mecanismos do intercâmbio social”
(P. 11) Partindo dessa premissa a “guerra contra o poder” ensejada desde o
princípio da pós-modernidade não deve/é mais voltada para uma só esfera,
mas para diferentes formas de poder (instituições etc.) dentre as quais a
principal é a linguagem, na forma da língua. “Esse objeto em que se
inscreve o poder, desde toda eternidade humana, é a linguagem – ou, para
ser mais preciso, sua expressão obrigatória: a língua.” (P. 12)

Dúvida: porque a língua é a expressão obrigatória da linguagem?


Linguagem corporal.

Como estamos inseridos no contexto da língua, raramente, percebemos seu


poder. É fácil esquecer que trata-se de uma classificação e, por definição, é
opressiva (P. 12).

“Por sua própria estrutura, a língua implica uma relação fatal de alienação.
Falar (...) não é comunicar (...) é sujeitar-se” (P.13) Sujeitar-se a todos os
códigos de uma determinada língua.

Dúvida: A interpretação de uma imagem, não seria também sujeitá-la


ao contexto que se insere e, portanto, forçar a encaixá-la em uma relação
de poder que não é, necessariamente.

Rebate: “Os signos só existem na medida em que são reconhecidos”


(P. 15), portanto, sim, a análise é uma forma de sujeitar à uma relação de
poder, mas apenas assim é possível analisar porque, apenas quando os
símbolos são reconhecidos é que são passíveis de análise e, usualmente,
são reconhecidos quando fazem parte de uma dada cultura/contexto.

Uma forma de trapacear o poder da língua é por meio da literatura, que


subverte alguns de seus elementos utilizando-o a seu favor. “O texto, isto é,
o tecido dos significantes que constitui a obra, porque o texto é o próprio
aflorar da língua.” (P. 16)

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