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História da arte

Arte da Grécia Antiga


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Por arte da Grécia antiga compreende-se as


manifestações culturais de arte e arquitetura daquele
país desde o início da Idade do Ferro (século XI a.C.)
Por período
até o final do século I a.C. Antes disso (Idade do
Arte pré-histórica[Expandir]
Bronze), a arte grega do continente e das ilhas Arte antiga[Expandir]
(excetuando-se Creta, onde havia uma tradição Arte medieval[Expandir]
diferente chamada arte minóica) é conhecida como arte A. na Idade Moderna[Expandir]
micênica, e a arte grega mais tardia, chamada Arte moderna[Expandir]
helenística, é considerada integrante da cultura do Arte contemporânea[Expandir]
Império Romano (arte romana). Por expressão artística[Esconder]

Arquitectura - Pintura
Índice Escultura - Design
Literatura - Música
[esconder] Teatro - Cinema

• 1 Introdução
• 2 Arquitetura
• 3 Música
• 4 Artes plásticas
o 4.1 Escultura
o 4.2 Pintura
• 5 Artes decorativas e aplicadas
• 6 Legado da Arte Grega

• 7 Ver também

[editar] Introdução

Vaso grego, 500-490 a.C., Louvre, Paris.


Os gregos, inicialmente um conjunto de tribos relativamente autônomas que
apresentavam fatores culturais comuns, como a língua e a religião, instalaram-se no
Peloponeso nos inícios do primeiro milênio antes de Cristo, dando início a uma das
mais influentes culturas da Antiguidade.

Após a fase orientalizante (de 1100 a 650 a.C.), cujas manifestações artísticas foram
inspiradas pela cultura mesopotâmica, a arte grega conheceu um primeiro momento de
maturidade durante o período arcaico, que se prolongou até 475 a.C. Marcado pela
expansão geográfica, pelo desenvolvimento econômico e pelo incremento das relações
internacionais, assistiu-se nesta altura à definição dos fundamentos estéticos e formais
que caracterizarão as posteriores produções artísticas gregas.

Após as guerras com os Persas, a arte grega adquiriu maior independência em relação às
outras culturas mediterrânicas e expandiu-se para todas as suas colônias da Ásia Menor,
da Sicília e de Itália (conjunto de territórios conhecidos por Magna Grécia).

Protagonizado pela cidade de Atenas, sob o forte patrocínio de Péricles, o último


período artístico da Grécia, conhecido por Fase Clássica, estendeu-se desde 475 a.C. até
323 a.C., ano em que o macedônico Alexandre Magno conquistou as cidades-estados do
Peloponeso.

As manifestações artísticas gregas, que conheceram grande unidade ideológica e


morfológica, encontraram os seus alicerces numa filosofia antropocêntrica de sentido
racionalista que inspirou as duas características fundamentais deste estilo: por um lado a
dimensão humana e o interesse pela representação do homem e, por outro, a tendência
para o idealismo traduzido na adoção de cânones ou regras fixas (análogas às leis da
natureza) que definiam sistemas de proporções e de relações formais para todas as
produções artísticas, desde a arquitetura à escultura.

[editar] Arquitetura

Partenon de Atenas.
Ver artigo principal: Arquitetura da Grécia Antiga

A arquitetura grega apresenta uma história igualmente longa e característica. Os gregos


edificaram os seus primeiros templos no século VII a.C., influenciados pelas plantas das
casas micênicas que apresentavam uma sala central rodeada de colunas. Os primeiros
templos eram pequenas construções na forma de cabanas, feitas de madeira, cascalho ou
tijolos de barro, algumas vezes com telhado de folhas. Os templos com colunas de
pedras são raros antes do século VI a.C. A partir dai, os gregos concentraram as suas
pesquisas estruturais num único sistema: o trílito (formado por dois pilares de apoio e
por um elemento horizontal de fecho).

Na arquitetura, as formas variavam pouco de região para região. Os templos eram


construídos com linhas retas retangulares, sem arcos nem abóbodas. O projeto era
simples: uma construção de forma padronizada retangular sobre uma base ou
envasamento de geralmente três degraus, com colunas no pórtico, na extremidade
oposta ou em todos os seus lados e o entablamento de remate. O núcleo do templo era
uma zona fechada, formada por uma ou mais salas, onde era colocada a estátua do deus.
Este espaço era envolvido por pórticos com colunas que suportavam a cobertura de duas
águas, construída normalmente em madeira e rematada por dois frontões triangulares.
Sendo as cerimônias realizadas ao ar livre, os arquitectos gregos preocuparam-se mais
com a sua imagem exterior do que com o espaço interior, reservado aos sacerdotes. As
estátuas e as paredes dos templos eram, muitas vezes, desenhadas, mas nada dessa arte
chegou até nós.

As cariátides, no Erectéion.

Apesar da quase total normalização da forma do templo, existiram algumas exceções,


como o templo de planta circular, designado por tholos, ou a substituição das colunas
por estátuas femininas (cariátides) no pórtico lateral do Erectéion, outro dos templos
erguidos na Acrópole de Atenas.

Os gregos não usavam o arco; para suas construções, para produzirem efeito,
dependiam dos fortes contrastes entre luz e sombra nas superfícies horizontais e
verticais. Figuras esculpidas preenchiam o frontão de cada extremidade da construção e
relevos apareciam nas vigas apoiadas pelas colunas. A escultura normalmente evocava a
história de um deus ou herói do lugar. Frontões apresentando elaboradas cenas de ação
foram encontrados nos templos de Egina (início do século V a.C.), Olímpia e no
Partenon (meados do século V a.C.). Nos relevos, os artistas precisavam esculpir, em
planos diferenciados por poucos centímetros, figuras que avançavam e recuavam no
espaço. Este efeito foi brilhantemente alcançado no friso do Partenon de Atenas, onde
cavaleiros são apresentados em grupos.
As três ordens gregas (dórica, jônica e coríntia).

Este esquema tipológico foi concebido como um modelo que se repetiu indefinidamente
por todo o território grego, assumindo algumas variações que dependiam
fundamentalmente do sistema formal adotado. Na arte grega foram desenvolvidos três
sistemas formais: a ordem dórica, a jônica e a coríntia. A ordem dórica era a mais
simples. A jônica, mais esbelta, tinha um capitel decorado por duas volutas. A ordem
coríntia, que surge somente na época clássica, era ainda mais esbelta e ornamentada,
sendo famosa pelo seu alto capitel em forma de sino invertido, decorado com folhas de
acanto. No período arcaico eram usados os estilos dórico e jônico. O estílo coríntio
apareceu mais tarde. O Pártenon e o Templo de Teseu são de estílo dórico. O Erectéion
e o Templo de Atena Nike, ambos erguidos em Atenas, são de estilo jônico.

Os templos da Acrópole de Atenas, construídos no século V, representam o apogeu da


arquitetura grega. O Parténon, reconstruído em 447 a.C., tornou-se no mais importante
templo dórico da Grécia.

Outra das mais importantes invenções da arquitetura grega foi o teatro, geralmente
construído na encosta duma colina, aproveitando as características favoráveis do terreno
para ajustar as bancadas semicirculares. No centro do teatro ficava a orquestra, e ao
fundo a cena, que funcionava como cenário fixo. Dos muitos teatros construídos pelos
gregos destaca-se o famoso Teatro do Epidauro.

[editar] Música
Ver artigo principal: Música da Grécia Antiga
Apolo com uma kithara.

Um estilo de música com um perfil original e típicamente grego já havia se estabilizado


em suas formas e sistemas principais desde os tempos Homéricos, quando a récita de
poesia acompanhada de um ou poucos instrumentos se tornou o gênero mais cultivado.
O acompanhamento geralmente era feito com a lira, mais tarde com a kithara, e com
instrumentos de sopro dos quais o mais comum era o aulos. Com o tempo desenvolveu-
se um rico instrumental, que incluída diversos tipos de instrumentos de percussão, sopro
e cordas, e criaram o antecessor do atual órgão num instrumento chamado hydraulis,
movido a água.

A música era uma arte fortemente associada ao universo divino, era considerada um
poder efetivo, e estava presente em diversos dos mitos fundadores da etnia e cultura
gregas, e por extensão em virtualmente todos os momentos na vida do grego, desde o
culto público até a vida na intimidade familiar.

Praticamente toda a música grega era monódica e vocal, e dependia diretamente da


prosódia poética para se estruturar e desenvolver. O sistema usado pelos gregos era
modal, baseado numa célula de quatro notas chamada de tetracorde.

Cena de banquete ao som de música de aulos

A prática foi sistematizada em maior profundidade com o trabalho de Pitágoras, que


desenvolveu pesquisas científicas em torno dos efeitos dos sons e de suas combinações,
e fortaleceu as antigas e estritas associações de cada modo com determinado ethos. Na
época de Platão as regras antigas começaram a sofrer uma dissolução, e os músicos
passaram a explorar novidades rítmicas e melódicas sem as fortes associações
transcendentes dos primeiros tempos, inovações defendidas por Aristóteles a partir de
uma abordagem humanística e psicológica e não tanto religiosa e ética.

Além da profusa documentação literária e visual e do sistema modal, que permaneceria


influente até a Idade Média, das obras musicais propriamente ditas da antiga Grécia
infelizmente pouco restou salvo um punhado de fragmentos de notação, cujo
deciframento exato ainda é motivo de debates acadêmicos.

[editar] Artes plásticas


A principal característica das artes plásticas gregas está no fato de serem essencialmente
públicas, pois era o Estado que patrocinava as obras como fontes, praças, templos, etc.
Mesmo quando encomendadas por particulares, eram freqüentemente expostas em
locais públicos. Nas artes plásticas, evidencia-se a combinação do naturalismo (detalhes
dos corpos, como, por exemplo, o vigor dos músculos) com a severidade e a
regularidade do estilo.

[editar] Escultura

Kouros do período arcaico.


Ver artigo principal: Escultura da Grécia Antiga

Foram poucas as esculturas gregas que sobreviveram ao tempo. As obras atualmente


conhecidas são cópias realizadas durante o período romano. Estatuetas de bronze sólido,
retratando homens e especialmente cavalos, constituem os exemplos mais remotos de
escultura grega.

As primeiras estátuas de pedra, quase do tamanho humano, datam de 650 a.C; são
pesadas e unidimensionais. No início deste "período arcaico", o escultor representava
superficialmente as feições e músculos, evitando cortar a pedra com profundidade. As
estátuas do período arcaico revelam evidentes filiações na arte mesopotâmica, na arte
egípcia e na arte da Ásia Menor. Nesta fase houve dois tipos de estátuas que tiveram
especial divulgação: o Kouros e a Koré , a figura masculina e a feminina,
respectivamemente, em pé, numa pose de grande rigidez e frontalidade. Naquela época
as esculturas deveriam ter figuras masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e
com peso do corpo igualmente distribuido entre as duas pernas.

Cópia do Discóbolo de Míron.

Os escultores do século VI e início do V a.C. estudaram as formas do corpo, elaborando


gradualmente suas proporções. Na Grécia os artistas não estavam submetidos a
convenções rígidas, pois as estátuas não tinham uma função religiosa, como no Egito. A
escultura se desenvolveu livremente, tanto que as estátuas passaram a apresentar
detalhes em todos os ângulos de vista, em vez de apenas no plano frontal. Nessa postura
de procura de superação da rígidez das estátuas, o mármore mostrou-se um material
inadequado: era pesado demais e se quebrava sob seu próprio peso, quando
determinadas partes no corpo não estavam apoiadas. A solução para esse problema foi
trabalhar com um material mais resistente. Começaram então a fazer esculturas em
bronze, pois esse metal permitia ao artista criar figuras que expressassem melhor o
movimento. As estátuas eram pintadas durante todo o período grego. Muitas delas,
enterradas nas ruínas depois que os persas saquearam a Acrópole de Atenas, em 480
a.C., foram encontradas com a coloração preservada.

Escultura da oficina de Fídias, do Partenon de Atenas.

Às vitórias sobre os persas, no início do século V a.C., seguiu-se um estilo sombrio e


grandioso, cuja expressão característica se encontra nas esculturas de Olímpia. Foi uma
época de crescente naturalismo, durante a qual o escultor, seguro de seu domínio das
formas humanas, começou a representar todos os tipos de ação. Um exemplo clássico é
o Discóbolo de Míron, uma estátua de um atleta atirando o disco, executado por volta de
450 a.C. originalmente em bronze, mas sobreviveu apenas em cópias romanas em
mármore. Na verdade, a maioria dos escultores deste período trabalhava com bronze
fundido, oco, mas não perduraram as obras produzidas até o século V a.C. Poucos
exemplares de tamanho natural sobreviveram, salvo cópias, mas existe um, de autor
desconhecido, que deve estar entre os maiores: é o chamado deus do cabo Artemísio, e
representa talvez Zeus ou Poseidon. Foi encontrado no fundo do mar, perto do cabo
Artemísio, datando por volta de 470-460 a.C.

O "deus do cabo Artemísio", original grego em bronze do período clássico.

Fídias foi o mais importante escultor clássico. Foi protegido por Péricles para realizar
em Atenas numerosos trabalhos. Entre 445 e 432 a.C., Fídias esculpiu as duas famosas e
desaparecidas estátuas de Atena para o Partenon, além do Zeus de Olímpia. Elas são
conhecidas apenas através de cópias e de descrições posteriores. Eram obras colossais,
com adornos de marfim e ouro. As esculturas do Partenon mostram a grandeza do estilo
e do desenho de Fídias, sua força esplendorosa, delicadeza e sutileza. Deve-se a este
artista, ainda, os enormes frisos desse templo, actualmente expostos em Londres. Seu
contemporâneo, Policleto de Argos, por volta de 440 a.C., esculpiu a estátua de um
jovem empunhando uma lança, nas proporções que considerava ideais para a figura
humana: o Doríforo, ou portador de lanças. Deixou também a estátua Diadúmeno.
Míron, nascido em Elêuteras, na Beócia, rival de Polícleto, é o autor do célebre
Discóbolo. Era perito em reproduções de animais, sendo famosa a Vaca de Míron.

Laocoonte e seus filhos

No século V a.C., a emoção começou a tomar conta da figura completa e não apenas da
sua face, que geralmente apresentava um semblante calmo. Os escultores do século IV
a.C., como Escopas de Paros, esforçaram-se para representar o intelecto e a emoção
através das feições do rosto, o que levou ao desenvolvimento dos retratos. Os primeiros
idealizavam o modelo, representando mais um tipo do que um indivíduo. O caimento
das roupas tornou-se dramático, com dobras onduladas complexas para obtenção de
efeitos de luz e sombra, além de indicar as diferentes texturas. O corpo humano era
suave e gracioso, mas faltava-lhe a força e a dignidade das obras anteriores. Essa última
fase do período clássico assistiu às melhores criações de Lísipo e Praxíteles. Pode-se
observar essas mudanças nas obras de Praxíteles (meados do século IV a.C.), que
trabalhou principalmente com mármore. Salientam-se as famosas estátuas de Hermes e
Dionísio Menino (330 a.C.) e a Afrodite de Cnidus, de 350 a.C.. Lísipo, autor do
Apoxiomenos, foi um dos derradeiros escultores clássicos, tornando-se num dos
principais representantes do estilo helenístico.

No período helenístico a escultura adquiriu progressivamente características menos


idealizantes e mais próximas do humano, expressando os sentimentos ou a vida interior
do retratado. Outros temas, até então pouco explorados, também passaram a entrar no
repertório figurativo, como a morte, o sofrimento e a velhice, com representações
realistas muitas vezes dramáticas e pungentes. Novos centros de produção se formaram
em cidades como Pérgamo e Alexandria, e a influência da escultura grega, seguindo as
conquistas de Alexandre Magno, se estendeu sobre uma vasta área, do norte da África
até a Índia. Exemplos desta fase, que em seu final se desenvolveu sob crescente
influência romana, são a Vênus de Milo, a Vitória de Samotrácia e o Grupo de
Laocoonte.

[editar] Pintura

Afresco em Paestum, com cena de banquete, século V a.C.

Detalhe de um vaso grego.


Ver artigo principal: Pintura da Grécia Antiga

Da pintura grega antiga não resta hoje mais do que reduzidos vestígios, e dela pouco se
sabe com segurança. Isso não significa que não houve produção, ou que tenha sido
elementar, ao contrário, fontes literárias da época atestam extenso e refinado cultivo de
pintura em várias técnicas desde o período arcaico, com o desenvolvimento de várias
escolas distintas, e com artistas que foram celebrados por seus contemporâneos e cuja
fama chegou aos nossos dias, como Polignoto, Zeuxis e Apeles, mas devido à
fragilidade dos materiais quase tudo se perdeu, exceto alguns notáveis murais em
tumbas dos séculos IV e III a.C., especialmente em Vergina, na Macedônia. Sobrevive,
por outro lado, expressiva produção de pintura aplicada à decoração de objetos
utilitários, como os vasos.
Réplica de arqueiro do Templo de Aphaia com proposta de reconstituição da sua
policromia original

A produção de vasos decorados com figuras pretas, em forma de silhueta, associando


motivos geométricos ou vegetalistas, foi iniciada em Corinto, no século VII a.C. Mais
tarde, durante a época clássica, Atenas assumiu-se um dos principais centros
exportadores destes objetos, definindo uma tipologia diferente, na qual as superfícies
dos vasos se tornam pretas, sendo as figuras pintadas em dourado (ou, mais raramente,
em vermelho).

Aplicação importante da eles gostavam de sexo oral decorativos de templos e outros


edifícios com pigmento, não havia, por falta de conhecimentos, um consenso sobre a
extensão desta prática, e este fato até bem pouco não era conhecido por grande parte do
público, só recentemente recebendo maior divulgação. Entretanto, a partir de novas
pesquisas se sabe que a pintura de superfície na escultura e arquitetura era praxe e um
dado fundamental no estilo grego como um todo e no aspecto definitivo das obras
originais, sendo empregada desde os tempos arcaicos até o helenismo. Mestres como
Praxiteles deixaram registros de que só consideravam suas obras acabadas depois de
recobertas com tinta, o que por certo lhes emprestava uma aparência muito diversa da
que hoje mostram nos museus do mundo. Em 2004 a Gliptoteca de Munique organizou
uma exposição itinerante, intitulada Bunte Götter (Os Deuses Coloridos), com réplicas
de obras importantes decoradas segundo o que se descobriu sobre sua policromia, com
resultados surpreendentes.

A Kratera Vix, em bronze


[editar] Artes decorativas e aplicadas

Elmo de Corinto

A criatividade dos antigos gregos não se limitou às assim chamadas artes maiores: a
arquitetura, a escultura e a pintura, que como se viu conheceram um extraordinário
florescimento, mas cultivaram uma variedade de outras técnicas cujos produtos não
causam talvez tanto impacto imediato por suas dimensões reduzidas, mas que dentro de
seu âmbito igualmente atingiram altos níveis de sofisticação.

A cerâmica foi extensamente cultivada ao longo de toda a história grega, desde tempos
imemoriais, sendo utilizada como material para confecção de objetos votivos,
decorativos e mesmo arquiteturais, além da sua rica produção de vasos decorados que já
foi abordada.

Os pequenos bronzes, algumas vezes decorados com aplicações de ouro e prata, também
abundam em todas as fases, e embora muitos deles possam se enquadrar na classificação
de escultura, outros como os vasos, as armas, os adornos, os espelhos e objetos
domésticos também amiúde receberam um tratamento que vai além do imprescindível
para cumprirem sua função utilitária e se elevaram ao nível de objetos de arte.
Especialmente nas colônias da Magna Grécia também se encontram notáveis artefatos
em vidro.

Coroa de ouro, Magna Grécia

A joalheria em ouro e prata igualmente atingiu uma qualidade excepcional,


principalmente nas colônias do Mar Negro e Magna Grécia, e o trabalho com entalhe
em marfins e pedras semipreciosas atingiu a perfeição com o trabalho de Dexamenos no
final do século IV.

[editar] Legado da Arte Grega


A arte grega não acabou com a conquista romana e mesmo com a transição do período
antigo para o medieval, ela se desenvolveu como arte helenística e, depois, como arte
bizantina, constituindo a base da arte na Europa ocidental. Sua influência duradoura se
deve à racionalidade e ao equilíbrio, à sua tendência em privilegiar a estética do humano
e da beleza.

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