2. Elaborar ainda:
2.1 Planilha com a análise horizontal e vertical tanto dos Balanços Patrimoniais (BP) como
das Demonstrações de Resultado (DR) dos períodos em análise, bem como breve relatório
contendo a interpretação do resultado.
O trabalho final deverá ser apresentado para a Professora na data acima em sala de aula para
avaliação prévia, caso seja necessário correções ou complementações será determinada nova
data para entrega final, antes da prova final do semestre.
1
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO
Circulante (PC) e
Exigível a Longo Prazo (ELP)
ATIVO
(Bens e Direito)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)
2
Exercício revisão:
1.Durante o mês de setembro, uma empresa foi registrada na Junta Comercial e captou recursos totais
de R$64.000,00, sendo R$40.000,00 dos sócios sob a forma de Capital Registrado e R$24.000,00 de
terceiros, destes 2/3 a título de financiamentos de longo prazo e 1/3 como receitas. Os referidos
recursos foram aplicados no mesmo mês, sendo R$23.800,00 em Mercadorias para Revenda;
R$9.590,00 em Aplicações Financeiras de Curto Prazo, R$6.135,00 na compra de Máquinas e
Equipamentos, R$18.350,00 na concessão de Empréstimos a Terceiros e o restante em despesas.
QUESTÃO 17: A Cia. Incertos e Associados, empresa de consultoria jurídica, iniciou suas atividades em
30/11/X8, com um capital social de R$ 100.000,00, totalmente integralizado, parte em dinheiro, R$
60.000,00, e parte em móveis e utensílios, R$ 40.000,00. Até o final do exercício de X8, ocorreram os
seguintes fatos contábeis:
Com base nessas informações, o valor total do Ativo da Cia. Incertos e Associados, em 31/12/X8, é
3
UnB/CESPE – TCE/AC Cargo 4: Analista de Controle Externo – Especialidade: Ciências Contábeis – 1
Questão 86 - O quociente [capitais de terceiros]/[capitais próprios] de uma empresa era de 0,4 no pri-
meiro ano e passou para 0,6 no segundo; e o [participação das dívidas de curto prazo]/[endividamento
total] passou de 0,3 para 0,5, no mesmo período. Essas informações permitem concluir que:
a) o endividamento a curto prazo aumentou 1,5 vez em relação ao total dos recursos à disposição da empresa.
b) a participação das dívidas a curto prazo sobre o endividamento total não se alterou do primeiro para o segundo
ano.
c) o patrimônio líquido da empresa está diminuindo.
d) o perfil de endividamento da empresa está melhorando.
e) a empresa está aumentando o total dos recursos à sua disposição.
4
Ilustração
O objetivo da
Como evitar atrasos e
Contabilidade é liquidar os
prover dados para compromissos em dia?
1º pé:
orientar os usuários Situação
na tomada de Financeira
decisão. Comparar:
Nas empresas, Ativo Circulante
com Passivo 2º pé:
três ângulos são
Circulante Endividamento
fundamentais para a Comparar
tomada de decisão. Capital de
Chamamos de tripé Terceiros com o
decisorial: Capital
Próprio (PL)
3º pé:
Situação
Econômica Toda empresa precisa
Como maximizar o Apurar o Lucro endividar-se para
lucro, fazer a empresa da empresa e investir no ativo. Como
crescer e ser avaliar quando contrair dívidas sem
competitiva? foi Capitalizado enfraquecer a
(+PL) empresa?
1º pé: Situação Financeira – O ideal seria, para o comércio e a indústria, que AC > PC, ou
seja, os valores a receber fossem maiores que os valores a pagar.
5
OBJETIVO DA ANÁLISE DE BALANÇOS:
"A análise de balanços visa extrair informações das demonstrações financeiras para a
tomada de decisões. O perfeito conhecimento do significado do que representa cada conta que
nelas figura, facilita a busca de informações precisas" (Matarazzo,1987, p.43).
Segundo o autor, a análise poderá ter várias finalidades, mas poderá referir-se ao
passado, presente ou futuro em termos de situação e desempenho em relação a empresa em
questão. Existe a possibilidade de aplicar métodos a demonstrações financeiras projetadas
para o futuro, embora, os dados contábeis sejam registros de eventos já ocorridos.
TÉCNICAS: A análise das demonstrações financeiras podem ser aprofundadas com o uso de
técnicas adicionais, as quais relacionamos abaixo, conforme apresentadas por alguns autores.
Iudícibus & Marion (1992) e Marion (1986), apresentam as seguintes técnicas:
6
3 - Análise do Capital de Giro
4 - Modelos de Análise de Rentabilidade - Análise do ROI - Análise da Alavancagem
5 - Análise das demonstrações das origens e aplicações de recursos e Fluxo de caixa
Obs.: Para efetuarmos uma análise profissional das demonstrações financeiras devemos
inicialmente:
a) simplificar os dados das demonstrações realizando arredondamentos e/ou efetuando o
corte dos zeros;
b) é aconselhável agrupar certos itens que tem natureza semelhante;
c) adequar as demonstrações financeiras com o intuito de analisá-las. Isso significa fazer
algumas modificações na forma de apresentação das demonstrações e na classificação
das contas.
1. PRINCIPAIS INDICADORES:
"Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas, ou seja, o índice de
um número é o quociente do primeiro dividido pelo segundo", segundo a definição dada por
(Treuherz, 1978, p.76).
7
1.1.1 Índice de Liquidez Corrente – medida de liquidez calculada pela divisão do ativo
circulante da empresa por seu passivo circulante. Um baixo índice de liquidez pode significar
que a empresa irá enfrentar problemas para honrar seus compromissos de curto prazo; por
outro lado, um altíssimo índice de liquidez corrente pode significar que a empresa tem uma
grande quantidade de recursos alocados em ativos não produtivos.
1.1.2 Índice de Liquidez Seca – medida de liquidez usada quando se supõe que uma
empresa possui estoques com liquidez não imediata. É calculado dividindo-se o ativo circulante
menos o estoque (e outros ativos sem liquidez como despesas antecipadas) pelo passivo
circulante. O quociente apresenta uma posição bastante conservadora da liquidez da empresa
em determinado momento. É uma medida de habilidade da empresa em pagar suas
obrigações de curto prazo, sem recorrer à venda de seus estoques.
1.1.3 Índice de liquidez geral – serve para detectar a saúde financeira (no que se refere a
liquidez) de longo prazo do empreendimento. Mede quanto a empresa possui de recursos não
aplicados em ativos permanentes para cada real de dívida.
É aferida pela divisão da soma do ativo circulante com o realizável a longo prazo e com
as duplicatas descontadas pela soma do exigível total com as duplicatas descontadas. Se o
índice for menor que 1, a empresa dependerá em maior extensão de lucros futuros, renovação
das dívidas ou vendas de ativo permanente para manter solvente.
Sua fórmula é: (ativo circulante + ativo realizável a longo prazo) / (passivo circulante + passivo
exigível a longo prazo).
1.1.4 Capital Circulante Líquido – CCL – (folga financeira) representa os recursos de curto
prazo disponíveis para o financiamento das atividades da empresa.
8
Exercício:
33 CONTADOR(A) JÚNIOR MAIO2006
Foram extraídos, da análise de demonstrações contábeis da Cia. Brasília, os seguintes dados:
Índices 2004 2005
Liquidez Geral 1,18 0,88
Liquidez Corrente 1,46 1,61
Com base exclusivamente nessas informações, pode-se afirmar que a Empresa está:
(A) melhorando o perfil de Liquidez Geral entre 2004 e 2005.
(B) dependendo de geração futura de recursos para liquidar suas dívidas totais, em 2005.
(C) dependendo de geração futura de recursos para liquidar suas dívidas de curto prazo, em 2005.
(D) comprometida com dívidas, destinando metade do capital total da empresa para liquidar suas dívidas, em
2005.
(E) impossibilitada de pagar suas dívidas de curto ou de longo prazo, em 2005, sem utilizar empréstimos de curto
prazo.
A afirmativa CORRETA é:
a) O índice de Liquidez Geral foi reduzido em R$ 0,09 de 2002 para 2003, porém este fator compromete a
liquidez da companhia em curto prazo, uma vez que o índice de Liquidez Corrente, ao final de 2003, é de R$
1,42.
b) O índice de Liquidez Corrente foi reduzido em R$ 0,15 de 2002 para 2003, porém esta redução não interfere
no fluxo de caixa da companhia, uma vez que este índice considera operações de longo prazo.
c) O índice de Liquidez Corrente de 2002 para 2003 decresceu de R$ 1,57 para R$ 1,42, porém este fator não
compromete a liquidez da companhia em curto prazo, uma vez que a capacidade de endividamento dela está
acumulada em longo prazo.
d) O índice de Liquidez Geral foi reduzido em R$ 0,10 de 2002 para 2003, porém este fator não compromete a
liquidez da companhia em curto prazo, uma vez que o índice de Liquidez Corrente, ao final de 2003, é de R$
1,42.
9
2) Para que possamos dizer que uma empresa tem condições de quitar seus compromissos a
curto e a longo prazo em caso de liquidação da mesma, como devem estar os valores da
empresa:
a)( ) ATIVO < PASSIVO EXIGÍVEL
b)( ) ATIVO > ou = PASSIVO EXIGÍVEL
c)( ) ATIVO < OU = PASSIVO EXIGÍVEL
d)( ) nenhuma das alternativa acima
a) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento positivo na Liquidez Corrente de aproximadamente
R$ 0,09.
b) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento positivo na Liquidez Corrente de aproximadamente
R$ 0,93 para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante.
c) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento negativo na Liquidez Corrente de aproximadamente
R$ 0,09.
d) A empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento negativo na Liquidez Corrente de
aproximadamente R$ 0,91 para cada R$ 1,00 de Passivo Circulante.
10
5)
6)
11
12
1.2 INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO:
Sua fórmula é: Capital de Terceiros [(PC + PELP) / (PC + PELP + PL)] x 100
1.2.2 Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total (ou
Composição do Endividamento) - forma de análise de endividamento que representa a
composição do endividamento total ou qual a parcela que vence a curto prazo, no
endividamento total.
Sua fórmula é: [(Passivo Circulante incluindo duplicatas descontadas) / (PC + PELP)] x 100.
13
Exercício:
ATIVO R$ PASSIVO + PL R$
Caixa 400 Empréstimo (Curto Prazo) 600
Clientes 1.000 Fornecedores 500
Aplicações Financeiras (Curto Prazo) 1.700 Títulos a Pagar (Curto Prazo) 800
ICMS a Recuperar 200 Prov p/Férias e 13º Sal 1.100
Marcas e Patentes 200 Financiamentos (Longo Prazo) 4.500
Obras de Arte 1.500 Capital Social 4.000
Veículos 8.000 Reservas de Lucros 1.800
Clientes (Longo Prazo) 1.100 Reserva de Capital 800
TOTAL DO ATIVO 14.100 TOTAL 14.100
Com base nessas informações, quais são, respectivamente, o índice de liquidez corrente e o índice de
composição do endividamento?
A) 1,5 e 40% B) 1,1 e 114% C) 1,1 e 40% D) 1,1 e 33% E) 1,0 e 33%
3. O controller da Cia. Calha Norte S/A, ao elaborar a análise das demonstrações contábeis da
empresa, percebeu que o índice de composição do endividamento (CE = Passivo Circulante/
Capital de Terceiros) alcançava um resultado igual a 0,90. Em vista disso, concluiu que
(A) a empresa está comprometendo quase a totalidade de seu capital próprio com obrigações para com terceiros.
(B) a empresa não terá como pagar seus compromissos de curto prazo.
(C) o endividamento da empresa está concentrado no curto prazo.
(D) o risco de insolvência da empresa é altíssimo.
(E) a cada R$ 100,00 de Ativo Circulante correspondem R$ 90,00 de Passivo Circulante.
14
1.3 INDICADORES DE IMOBILIZAÇÕES:
1.3.1 Índice de imobilização dos Recursos não Correntes – este quociente retrata qual a
porcentagem dos recursos não correntes (PELP + PL) que está alocada ao ativo permanente.
Caso esse índice seja muito alto (maior que 100), a empresa estará correndo um risco de
insolvência razoável.
Exercício:
1) Numa empresa quanto menor for o índice de imobilização do Patrimônio Líquido, a
tendência é:
15
51 CONTADOR(A) JÚNIOR MAIO2006
A Cia. Serra Negra Ltda. apresentou o Balanço Patrimonial abaixo em 31 de dezembro de
2005.
ATIVO PASSIVO
Disponível 200,00 Fornecedores 200,00
Valores a Receber 150,00 Contas a Pagar 100,00
Estoques 100,00
Ativo Circulante 450,00 Passivo Circulante 300,00
Realizável Longo Prazo 50,00 Exigível Longo Prazo 200,00
Investimentos 150,00 Capital 500,00
Imobilizado 350,00 Reservas 100,00
Diferido 200,00 Lucros Acumulados 100,00
Ativo Permanente 700,00 Patrimônio Líquido 700,00
Total do Ativo 1.200,00 Total do Passivo 1.200,00
Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o índice de imobilização do capital próprio,
em reais, foi de:
(A) 0,50 (B) 0,75 (C) 1,00 (D) 1,25 (E) 2,00
16
1.4 INDICADOR DE SOLVABILIDADE:
Sua fórmula é: SG = AT / CT
Sua fórmula é: MG = PL / CT
17
1.5 INDICADORES DE RESULTADOS:
1.5.1 Margem Bruta – indica a rentabilidade primária (bruta) das operações da empresa.
1.5.2 Margem Líquida – lucros como porcentagem de vendas constituem uma medida habitual
da lucratividade. Mais importante do que a análise do índice anual isolado é verificar o que está
acontecendo com esse índice ao longo do tempo.
IMPORTANTE:
LAJIR
18
Exercício:
a) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 20,0%,
pois a mesma não tem como saber os seus Custos de Produtos Vendidos e se houve devolução de
mercadorias.
b) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 25,0% e
que pode contar com este percentual para repassar suas Despesas Operacionais na empresa.
c) A direção da empresa não pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 25,0%,
pois a mesma não tem como separar os seus Custos de Produtos Vendidos das devoluções de
mercadorias, para calcular a sua Lucratividade Bruta sobre seus Custos.
d) A direção da empresa pode ter certeza de que teve uma Lucratividade Bruta na ordem de 20,0% e
que pode contar com este percentual para repassar suas Despesas Operacionais na empresa.
19
1.5.4 Índice de Eficiência Operacional – representa a relação entre o lucro operacional puro,
ou seja, da atividade operacional principal, e o ativo operacional. Devemos levar em
consideração apenas os fatores realmente aplicados na produção dos produtos e serviços,
frente aos resultados advindos por meio da utilização dos meios de produção.
1.5.5 Índice de Retorno sobre o Ativo Total – representa o quanto a empresa obtém de lucro
em relação ao ativo total. Se uma empresa é capaz de obter um retorno mais alto em ativos do
que o custo desse investimento no ativo, ou seja, o custo do financiamento do ativo, seus
investidores irão usufruir dessa margem diferencial.
1.5.6 Índice de Retorno sobre o Ativo Operacional - representa o quanto a empresa obtém
de lucro em relação ao ativo operacional. Indica qual é a margem líquida da empresa sobre o
total dos seus ativos operacionais, ou quanto a empresa ganha em seu negócio.
1.5.7 Índice de Retorno sobre o Patrimônio Líquido – significa o retorno líquido que os
acionistas tiveram em relação ao investimento na empresa. Intuitivamente significa o retorno
sobre o capital do dono da empresa.
1.5.8 Índice de Custo Financeiro Médio – indica qual a taxa média de juros que a empresa
paga sobre seu endividamento oneroso com instituições financeiras.
20
Exercícios:
A análise CORRETA em relação à Rentabilidade dos Capitais Totais, nos respectivos períodos
é:
a) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da
mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em declínio,
uma vez que os índices foram de 40,0%, 20,0% e 16,0% devido ao crescimento do Patrimônio
Líquido da empresa.
b) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da
mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em declínio,
uma vez que os índices foram de 20,0%, 5,0% e 4,0% devido ao crescimento de investimentos
no Ativo da empresa.
c) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da
mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em
crescimento, uma vez que os índices foram de 500,0%, 2.000,0% e 2.500,0% devido ao
crescimento de investimentos no Ativo da empresa.
d) O Controller, ao analisar os demonstrativos da empresa, pode controlar o desempenho da
mesma afirmando que a Rentabilidade do Capital Total em cada exercício está em
crescimento, uma vez que os índices foram de 250,0%, 500,0% e 625,0% devido ao
crescimento do Patrimônio Líquido da empresa.
21
1.6 OUTROS ÍNDICES:
22
1.7 ÍNDICES DE EFICIÊNCIA OPERACIONAL
Através desses índices, procura-se medir a rapidez com que certos ativos ( e um item
de passivo ) giram dentro de um exercício normal, dado o volume de operações então
alcançados.
A idéia é : quanto maior o giro ( expresso por um número de vezes, rotações ou voltas
por período ), dado um volume de operações ( representado pela receita ), mais eficiente
tende a ser a administração do aspecto específico analisado, pois isso significa que a empresa
está sendo capaz de gerar um dado volume de operações com um investimento médio
relativamente menor em certos tipos de ativo.
Este índice informa o número de vezes em que os ativos operacionais líquidos são
“utilizados num dado período, para gerar o número de operações desse período.
Sua fórmula é:
GA = ROL(receita operacional líquida) / AOLM (ativo operacional líquido médio)
Este índice reflete a rapidez, velocidade ou eficiência relativa, com a qual são usados os
recursos da empresa, para atingir um certo volume de atividade.
Sua fórmula é: GCA = ROL (receita operacional líquida) / PLM (patrimônio líquido médio)
Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre
em conjunto. Também não é recomendável misturar a análise dos índices de prazos médios
com a dos índices econômicos e financeiros.
A conjugação dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional e
de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto co-
merciais quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de
uma empresa.
A partir dos ciclos operacionais e de caixa são construídos modelos de análise do capital
de giro e do fluxo de caixa.
23
1.7.3 Giro do Estoque de Produtos Acabados: relaciona o volume médio investido em
estoques, ao montante vendido no período, já que os estoques são contabilizados ao custo, a
menos que o valor de venda caia a níveis mais baixos.
Sua fórmula é: GE = CPV ( custo dos produtos vendidos) / EMPA (estoque médio de
produtos acabados)
1.7.5 Giro do saldo de contas a receber: Através deste cálculo, verificamos o número de
vezes em que o saldo médio de operações de vendas a crédito, está contido no volume total
de vendas, nessas condições, dentro de um período.
Sua fórmula é: GCR = VP (vendas a prazo) / SMCR ( saldo médio de contas a receber)
1.7.7 Giro do saldo de fornecedores ( CONTAS A PAGAR ) : Este índice fornece o giro do
saldo dos valores devidos a fornecedores de materiais.
24
Através da determinação dos prazos médios pode-se determinar qual o ciclo operacional
da empresa que é a soma do prazo médio de renovação de estoques mais o prazo médio de
recebimento de contas.
Para a empresa é interessante reduzir ao máximo seu ciclo de caixa, pois desta forma
menor será seu capital de giro. Para tanto a empresa busca sempre prazos mais longos para
pagamento de suas contas e prazos o mais curtos possível para receber suas duplicatas.
Ciclo Operacional =
Ciclo de Caixa =
Exercício:
1) Nas demonstrações contábeis de determinada empresa observam-se os seguintes dados:
Em R$
POSIÇÃO EM:
ITENS
31/12/199A 31/12/199B
Compras a prazo - 1.620.000,00
Estoques 107.700,00 192.300,00
Fornecedores 231.000,00 309.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas - 1.080.000,00
Vendas a prazo - 720.000,00
Duplicatas a Receber 75.000,00 105.000,00
a) 50, 45 e 60 dias.
b) 60, 45 e 50 dias.
c) 50, 60 e 45 dias.
d) 45, 60 e 50 dias.
e) 90, 120 e 180 dias.
25
34 CONTADOR(A) JÚNIOR MAIO2006
Obtiveram-se da Cia. Mega S/A as seguintes informações, considerando o ano de 360 dias:
INDICADORES X1 X2
Giro do Ativo 0,6 0,6
Rentabilidade Margem Líquida 15,2% 19,1%
Rentabilidade do Ativo 9,1% 11,5%
Rentabilidade do PL 18,4% 21,7%
26
2. QUANTOS INDICADORES SÃO NECESSÁRIOS PARA UMA BOA ANÁLISE ?
DEPENDE DO USUÁRIO e
______________________________________________________________
Algumas precauções que devem ser tomadas quanto ao uso da análise de índices
financeiros:
- Apenas quanto ao aspecto da posição financeira, um ou dois índices podem ser suficientes;
- Recomenda-se usar demonstrações auditadas, uma vez que, as não-auditadas não refletem
a verdadeira situação financeira;
Ex: Fornecedores:____________________________________________________________
Cada índice pode ser avaliado individualmente, sendo seu resultado quanto maior melhor ou
quanto menor melhor.
Para avaliar uma empresa de maneira global existem varias fórmulas na literatura que relacio-
nam os diversos índices através de equações. Para Matarazzo a fórmula que descreve a situa-
ção global da empresa é dada pelas equações:
27
Estrutura de Capital
Liquidez
Rentabilidade
Nota Global
Cada autor utiliza equações distintas, dando maior importância para os índices que julga mais
significativos na avaliação da empresa.
Diversos trabalhos foram realizados com o objetivo de determinar equações matemáticas capa-
zes de dizer se a empresa corre risco de falência no futuro próximo. Dentre os autores na área
podemos citar Kanitz, Altman, Elizatsky, Matias e Perreira. Cada autor estabelece uma metodo-
logia própria para previsão de falência baseando-se em seus estudos e pesquisas.
Um dos modelos mais aceitos pela comunidade acadêmica é o apresentado por Kanitz.
Segundo esse modelo, a empresa estará insolvente se Fi for inferior a -3; a sua classificação
estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência.
28
4. ANÁLISE CONJUNTA DOS INDICADORES:
A avaliação intrínseca dos índices nos dá uma noção de como está a situação das empresas,
mas para uma análise mais aprofundada é necessário comparar estes índices com outras em-
presas do mesmo ramo de atividade.
Ex: Empresa com liquidez corrente positiva, mas com taxa de lucratividade negativa.
Ex: Empresa com alto índice de endividamento, mas com taxa de rentabilidade positiva.
29
5. ANÁLISE VERTICAL - AV (%)
conta selecionada
AV = ------------------------------ x 100
total
É importante analisar nas vendas brutas, a sua evolução nominal e real durante o
período, para verificar a taxa de crescimento das vendas, e a sua rotatividade em relação
ao ativo da empresa.
Exercício - fonte: PROFISSIONAL BÁSICO CIÊNCIAS CONTÁBEIS (1a FASE) – BNDES NOV/2009
39 A Cia. Patagônia S/A, ao realizar sua análise anual, apresentou os seguintes demonstrativos de resulta-
dos, em reais:
CONTAS 2007 AV% 2008 AV%
Receita Bruta de Vendas 1.435.109,00 834.049,00
(-) Impostos sobre Vendas - 254.524,00 - 149.117,00
(=) Receita Líquida de Vendas 1.180.585,00 684.932,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos - 946.378,00 - 552.724,00
(=) LUCRO BRUTO 234.207,00 132.208,00
(-) Despesas Comerciais - 25.403,00 - 33.153,00
(-) Despesas Administrativas - 163.926,00 - 216.104,00
(-) Despesas Financeiras Líquidas - 587.560,00 - 439.305,00
(=) RESULTADO OPERACIONAL - 542.682,00 - 556.354,00
(+) Resultado não Operacional 17.740,00 0
(=) Resultado Líquido antes IR e CSL - 524.942,00 - 556.354,00
(-) Provisão para IR e CSL 0 0
(=) Resultado Líquido do Exercício - 524.942,00 - 556.354,00
Com base exclusivamente nos dados acima, o percentual de participação relativa do item de Despesas
Administrativas (análise vertical) do exercício de 2008 foi
(A) 21,55 (B) 4,84 (C) (13,89) (D) (25,91) (E) (31,55)
30
6. ANÁLISE HORIZONTAL:
Uma definição simplificada é a apresentada por Marion (1986, p.504) que diz o seguinte:
"análise horizontal é a observação de uma seqüência de um mesmo índice ou de uma
seqüência de valores de uma mesma conta, durante vários anos ou períodos.
Esta análise é facilmente realizada estabelecendo o ano inicial da série analisada como
índice básico 100 e expressando as cifras relativas aos anos posteriores, com relação ao
índice básico 100", segundo Iudícibus & Marion (1992, p.110).
31
Exercício - fonte: PROFISSIONAL BÁSICO CIÊNCIAS CONTÁBEIS (1a FASE) – BNDES NOV/2009
Com base exclusivamente nos dados acima, o percentual de variação do lucro líquido (análise
horizontal) do exercício de 2007, em relação a 2006, foi
(A) 42,31 (B) 36,36 (C) (53,64) (D) (56,97) (E) (57,69)
32
8. RELAÇÃO ENTRE ANÁLISE HORIZONTAL/VERTICAL
Segundo os mesmos autores, há casos em que se deve levar em conta a Inflação para
que a análise horizontal e análise vertical não sejam é afetadas. Essas situações ocorrem
porque na análise horizontal são comparados os valores de uma mesma conta (ou índice) de
um ano para outro, portanto, em moeda de diferente poder aquisitivo.
Na análise vertical são relacionados dois valores (índices) de uma mesma demonstração
financeira (BP ou DRE), portanto, encontram-se em moeda de uma mesma data.
Cuidados quanto a interpretação dos resultados da análise horizontal e vertical com base em
Iudícibus & Marion, (1992):
33
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES:
ANALISTA DE NÍVEL SUPERIOR / CONTABILIDADE FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br)
No balanço de 30 de julho de 2009, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas vigente,
essas operações são classificadas como:
Ativo Ativo não Circulante
Circulante Realizável Longo Prazo
(A) I, II e III -
(B) I e II III
(C) I e III II
(D) II e III I
(E) - I, II e III
16 A Comercial Novidade S/A, em agosto de 2009, fez as seguintes operações com mercadorias:
Dia Histórico Valor
10 Compra de Mercadorias a Prazo 90.000,00
15 Venda de Mercadorias à Vista 120.000,00
18 Devolução de Compras 20.000,00
20 Desconto Concedido pela Liquidação do Título antes do Vencimento 10.000,00
25 Desconto Auferido pela Liquidação do Título antes do Vencimento 15.000,00
Considerando exclusivamente as informações acima e desconsiderando a incidência de qualquer imposto
nessas operações, o custo das mercadorias vendidas, nesse período, em reais, é
(A) 55.000,00 (B) 60.000,00 (C) 70.000,00 (D) 80.000,00 (E) 90.000,00
34
Considere os dados abaixo para responder às questões de nos 22 e 23.
A Fina Flor do Mato Verde S/A publicou os resultados abaixo.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS
Em reais
2008 2007
RECEITA LÍQUIDA 287.929,00 256.809,00
Custo das Mercadorias e Serviços (214.620,00) (205.875,00)
LUCRO BRUTO 73.309,00 50.934,00
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (16.632,00) (12.566,00)
Gerais e Administrativas (6.995,00) (6.144,00)
Despesas Financeiras (12.682,00) (11.163,00)
Receitas Financeiras 3.045,00 4.741,00
LUCRO OPERACIONAL 56.677,00 38.368,00
RESULTADO NÃO OPERACIONAL 5.808,00 4.117,00
LUCRO ANTES I. RENDA E CSLL 62.485,00 42.485,00
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (13.830,00) (9.496,00)
Contribuição Social sobre o Lucro (5.100,00) (3.461,00)
Participação dos Empregados no Resultado (202,00) (124,00)
LUCRO DO EXERCÍCIO 43.353,00 29.404,00
LUCRO POR AÇÃO (em reais) 1,2903 0,8751
35
Seleção Pública para Estagiários de Cursos Superiores - Prova: Ciências contábeis Dia: 25 de outubro de 2009.
TJPE 2009
37. O Balancete de Verificação da Empresa Cardoso em 31-12-x8 apresentava saldos das seguintes
contas ( em R$ mil )
Bancos 10; Clientes 20; Capital a Realizar 50; Capital 100; Salários a Pagar 10; Caixa 15; Mer-
cadorias 40; Empréstimos obtidos 40; Prejuízos acumulados 20; Fornecedores 5.
38. Uma Empresa resolveu fazer um adiantamento de salário concedido a empregado, que
pode ser contabilizado da seguinte maneira:
39. Considerando que o Patrimônio é o conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES, para encontrar
o Patrimônio Liquido desta representação gráfica, devemos fazer a seguinte equação:
36
40. Com base na questão anterior, o Patrimônio Líquido desta representação Gráfica seria:
41. O Balanço Patrimonial é o mais importante relatório gerado pela contabilidade, através
dele, pode-se identificar a situação financeira e econômica da empresa. Esse relatório contábil
mostra:
a) O Lucro obtido pela entidade no ano civil (01-01 a 31-12).
b) Os bens, as obrigações, os direitos e o Patrimônio Líquido da entidade em determinado momento.
c) O Ativo e Passivo da entidade em determinado momento.
d) Os resultados acumulados obtidos pela entidade em um período distinto.
e) Os bens, as obrigações, os direitos pela entidade em determinado momento.
37
46. No dia primeiro do mês de outubro, a empresa Moura Ribeiro S/A demonstrou a seguinte situação pa-
trimonial:
· Ativo Circulante R$ 5.200,00 · Ativo PermanenteR$ 5.200,00
· Passivo Circulante R$ 5.200,00 · Patrimônio Liquido R$ 5.200,00
Durante o referido mês, a empresa executou e contabilizou diversas partidas contábeis, chegando ao últi-
mo dia com a seguinte situação Patrimonial:
· Ativo Circulante R$ 4.800,00 · Ativo PermanenteR$ 7.200,00
· Passivo Circulante R$ 6.400,00 · Patrimônio Liquido R$ 5.600,00
Neste período, não houve aumento de capital por subscrição e integralização de ações novas.
De acordo com estas informações, podemos afirmar que a empresa Moura Ribeiro S/A, no mês
de outubro referido, apurou:
a) Perdas de R$ 1.000,00, como mostra o aumento do Passivo Circulante.
b) Perdas de R$ 1.700,00, como mostra a redução do Ativo Circulante.
c) Nem ganhos nem perdas, já que o patrimônio permanece balanceado.
d) Ganhos de R$ 2.000,00, como mostra o aumento do ativo total.
e) Ganhos de R$ 400,00, como mostra o aumento do Patrimônio Líquido.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO PROCESSO SELETIVO PARA O PROVIM ENTO DE VAGAS DO QUADRO DE ESTAGIÁ -
RIOS DE NÍVEL SUPERIOR Dia: 29 de novembro de 2009. Prova: Ciências Contábeis
27. A seguir, serão apresentadas, cronologicamente,as transações de “Empresa Comercial Recife S.A.”:
3/1- constituição do capital inicial em dinheiro, no valor de $ 8.000;
5/1- compra de um terreno, à vista,no valor de $3.000, afim de construir a sede da empresa;
10/1- venda de metade do terreno pelo preço de custo, a prazo;
15/1- compra, a prazo, junto ao fornecedor Cia X, de 3.800 em peças para reparos necessárias para as atividades
da empresa;
20/1- recebimentos de $ 1.000, relativos à venda do terreno em 10-1-X1;
25/1- pagamento de $ 2.500 à Cia X pela compra efetuada em 15-1-X1.
Pede-se:
Para demonstrar a situação Patrimonial da Empresa Comercial Recife S.A., após cada operação.
Assinale a alternativa correta:
38
28. Um débito numa conta de Ativo e um crédito simultâneo de igual valor numa conta de Patri-
mônio Líquido podem indicar:
a) Contração de uma dívida.
b) Um aumento do Ativo.
c) Aumento do Capital Social.
d) Desinvestimento de Capital.
e) Compra de um veículo.
29. A Cia. Comercial Pontes, cujo período-base coincide com o ano calendário, contratou, em 01/09/X8,
um empréstimo bancário com vencimento para 31/08/X9, pagando antecipadamente, naquela data, R$
720,00 de juros e correção monetária prefixada (R$ 60,00 por mês).
O balanço Patrimonial de 31/12/X8, em decorrência dessa operação financeira, apresentou:
30. Patrimônio Líquido é a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, em determi-
nado momento. As fontes do Patrimônio Líquido são:
31. Em consonância à Resolução CFC n° 750/93, de 29 de dezembro de 1993. O princípio contábil que
impõe a escolha de hipótese que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da Contabilidade, é o Princípio da:
a) Oportunidade.
b) Competência.
c) Entidade.
d) Continuidade.
e) Prudência.
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Dados para responder às questões de nos 40 e 41.
41 A relação entre capital de terceiros e capital próprio, no exercício de 2005 da Cia. Alvorada, é
(A) 1,0629 (B) 1,0475 (C) 1,0263 (D) 0,8189 (E) 0,8176
CÓP I A S
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