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Apostila Agente Supervisor Geo163, Adm180 (NOVA CONCURSOS) PDF
Apostila Agente Supervisor Geo163, Adm180 (NOVA CONCURSOS) PDF
IBGE
- Agente Censitário Municipal (ACM)
- Agente Censitário Supervisor (ACS)
Edital Nº 02/2017
AB078-2017
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico Quantitativo
• Conhecimentos Técnicos
• Noções de Administração/Situações Gerenciais
Autores:
Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Evelisi Akashi
Silvana Guimarães
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira
Capa
Rosa Thaina dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Avaliação da habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, coisas e/
ou eventos, deduzir novas informações e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura dessas relações. As
questões das provas poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica de argumentação; diagramas lógicos;
aritmética; álgebra e geometria básicas.......................................................................................................................................................... 01
Conhecimentos Técnicos
Conteúdo do documento “Estudo dos conhecimentos técnicos a serem aplicados no Censo Agropecuário 2017”...... 01
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LÍNGUA PORTUGUESA
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
cedente. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janei-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- ro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, reduzido no qual o menino detém sua atenção é
a saber: (A) fresta.
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- (B) marca.
te, mas depende das condições da frase. (C) alma.
- qual (neutro) idem ao anterior. (D) solidão.
- quem (pessoa) (E) penumbra.
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. Texto para a questão 2:
- como (modo) DA DISCRIÇÃO
- onde (lugar) Mário Quintana
quando (tempo) Não te abras com teu amigo
quanto (montante) Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...
Exemplo:
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMUNI-
aparecer o demonstrativo O ).
TÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o poema,
é correto afirmar que
Dicas para melhorar a interpretação de textos (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade
é algo ruim.
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do (B) amigo que não guarda segredos não merece respei-
assunto; to.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (C) o melhor amigo é aquele que não possui outros ami-
a leitura; gos.
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado.
pelo menos duas vezes; (E) entre amigos, não devem existir segredos.
- Inferir;
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; 3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SE-
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do CRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITENCIÁ-
autor; RIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à questão.
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
compreensão; Casamento
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de
cada questão; Há mulheres que dizem:
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Fonte: Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu- ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
gues/como-interpretar-textos É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
QUESTÕES ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – e faz o gesto com a mão.
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques- O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
tão, considere o texto abaixo. atravessa a cozinha como um rio profundo.
A marca da solidão Por fim, os peixes na travessa,
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de vamos dormir.
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a Coisas prateadas espocam:
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de somos noivo e noiva.
penumbra na tarde quente. (Adélia Prado, Poesia Reunida)
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LÍNGUA PORTUGUESA
A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que,
que em sua estrutura sintática, houve supressão da expressão
(A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não a) vigilantes.
gostam que os maridos frequentem pescarias, pois acham b) carga.
difícil limpar os peixes. c) viatura.
(B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulhe- d) foi.
res que não gostam de limpar os peixes, embora valorizem e) desviada.
os esbarrões de cotovelos na cozinha.
(C) há mulheres casadas que não gostam de ficar so- 7-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
zinhas com seus maridos na cozinha, enquanto limpam os
Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
peixes.
— Carta para o 9.326!!!
(D) as mulheres que amam valorizam os momentos
mais simples do cotidiano vividos com a pessoa amada. Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está
(E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noi- em
te, para limpar, abrir e salgar o peixe. branco, e um outro pergunta:
— Quem te mandou essa carta?
4-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- — Minha irmã.
PE/2012) — Mas por que não está escrito nada?
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a — Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
totalidade do universo, toda a sociedade, a história, a con- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, adaptações).
que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É, O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto
de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em acima decorre
todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do A) da identificação numérica atribuída ao louco.
mundo. B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o carta no hospício.
Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: C) do fato de outro louco querer saber quem enviou
Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). a carta.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran-
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente tex-
co.
tual “O riso”.
E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
(...) CERTO ( ) ERRADO
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LÍNGUA PORTUGUESA
Liderança é uma palavra frequentemente associada a (A) a importância do líder baseia-se na valorização de
feitos e realizações de grandes personagens da história e da todo o grupo em torno da realização de um objetivo co-
vida social ou, então, a uma dimensão mágica, em que al- mum.
gumas poucas pessoas teriam habilidades inatas ou o dom (B) o líder é o elemento essencial dentro de uma orga-
de transformar-se em grandes líderes, capazes de influenciar nização, pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta
outras e, assim, obter e manter o poder. ou objetivo.
Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a (C) pode não haver condições de liderança em algumas
maioria das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos equipes, caso não se estabeleçam atividades específicas
desenvolver consideravelmente as suas capacidades de lide- para cada um de seus membros.
rança. (D) a liderança é um dom que independe da participa-
Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns ção dos componentes de uma equipe em um ambiente de
que aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjun- trabalho.
to, formam uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias
algumas habilidades, mas elas podem ser aprendidas tanto 11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
através das experiências da vida, quanto da formação volta- CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da
da para essa finalidade. liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo)
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; en- No contexto, inter-relação significa
volve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades (A) o respeito que os membros de uma equipe devem
para serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, demonstrar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por
que requerem a interação cooperativa dos membros envol- resultarem em benefício de todo o grupo.
vidos. Não pressupõe proximidade física ou temporal: pode- (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um
se ter a mente e/ou o comportamento influenciado por um grupo devidamente orientado pelo líder e aqueles propos-
escritor ou por um líder religioso que nunca se viu ou que tos pela organização a que prestam serviço.
viveu noutra época. [...] (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em
Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação equipe, de modo que os mais capacitados colaborem com
do poder de influência do líder, implica dizer que parte desse os de menor capacidade.
poder encontra-se no próprio grupo. É nessa premissa que (D) a criação de interesses mútuos entre membros de
se fundamenta a maioria das teorias contemporâneas sobre
uma equipe e de respeito às metas que devem ser alcan-
liderança.
çadas por todos.
Daí definirem liderança como a arte de usar o poder
que existe nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para
12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI-
fazerem o que se requer delas, da maneira mais efetiva e
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe
humana possível. [...]
proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo)
(Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza
Pinto. Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
Administração pública do Estado de São Paulo, org. Lais (A) a presença física de um líder natural é fundamen-
Macedo de Oliveira e Maria Cristina Pinto Galvão, Secre- tal para que seus ensinamentos possam ser divulgados e
taria de Gestão pública, São Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. aceitos.
290 e 292, com adaptações) (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sem-
pre se atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de
9-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- autores diversos.
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo,
texto, liderança mesmo se houver distância no tempo e no espaço entre
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não aquele que influencia e aquele que é influenciado.
pode ser desenvolvida por aqueles que somente executam (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas
tarefas em seu ambiente de trabalho. e postas em prática em seu devido tempo e na ocasião
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de mais propícia.
heróis da história da humanidade, que realizaram grandes
feitos e se tornaram poderosos através deles. 13-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até FGV PROJETOS/2010)
mesmo adquirida, de conseguir resultados desejáveis da- Painel do leitor (Carta do leitor)
queles que constituem a equipe de trabalho. Resgate no Chile
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de
grupos quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo
mobilizar esses grupos em torno de seus objetivos pes- de uma mina de cobre e ouro no Chile.
soais. Um a um os mineiros soterrados foram içados com
sucesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cum-
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC- primentando seus companheiros de trabalho. Não se pode
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos,
claro que Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamen-
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LÍNGUA PORTUGUESA
to, num gesto humanitário que só enobrece esses países. E, (A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demons- (B) escapar do lugar em que está.
trando coragem e desprendimento, desceram na mina para (C) reencontrar familiares queridos.
ajudar no salvamento. (D) praticar esportes radicais.
(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai- (E) dedicar-se ao trabalho.
nel do leitor – 17/10/2010)
16-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde,
Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex- “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como
pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará
diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem para um lugar
ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO: (A) repulsivo e populoso.
A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...” (B) sombrio e desabitado.
B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma (C) comercial e movimentado.
mina de cobre e ouro no Chile.” (D) bucólico e sossegado.
C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” (E) opressivo e agitado.
D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des- 17-) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSUL-
ceram na mina...” PLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
3-) 10-)
Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a auto- O texto deixa claro que a importância do líder baseia-
ra narra um momento simples, mas que é prazeroso ao casal. se na valorização de todo o grupo em torno da realização
de um objetivo comum.
RESPOSTA: “D”.
RESPOSTA: “A”.
4-)
Com palavras do próprio texto responderemos: o mun- 11-)
do cabe numVamos ao texto: O riso é tão universal como a Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresenta-
seriedade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos das, a que está coerente com o sentido dado à palavra “in-
relacionam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”. ter-relação” é: “a criação de interesses mútuos entre mem-
bros de uma equipe e de respeito às metas que devem ser
RESPOSTA: “CERTO”. alcançadas por todos”.
5-)
RESPOSTA: “D”.
Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo
menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o
qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (oração su- 12-)
bordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, temos Não pressupõe proximidade física ou temporal = o
uma adjetiva explicativa (generaliza a informação da oração aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
principal. A construção seria: “do apagão, que atingiu pelo houver distância no tempo e no espaço entre aquele que
menos 1800 cidades em 18 estados do país”); quando não influencia e aquele que é influenciado.
há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, delimita a infor-
mação – como no caso do exercício). RESPOSTA: “C”.
13-)
RESPOSTA: “CERTO’. Em todas as alternativas há expressões que represen-
tam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da
6-) Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, aban- enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.
donada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Trata-se
da figura de linguagem (de construção ou sintaxe) “zeugma”, RESPOSTA: “B”.
que consiste na omissão de um termo já citado anteriormen-
te (diferente da elipse, que o termo não é citado, mas facil- 14-)
mente identificado). No enunciado temos a narração de que “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas,
a carga foi desviada e de que a viatura foi abandonada. fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos en-
tre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar
RESPOSTA: “D”. nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.
7-) RESPOSTA: “C”.
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais
aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, 15-)
porque nós brigamos e não estamos nos falando”.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta
da própria autora!
RESPOSTA: “D”.
9-) 17-)
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar à Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta
conclusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter-re- observar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
lação; envolve duas ou mais pessoas e a existência de ne-
cessidades para serem atendidas ou objetivos para serem RESPOSTA: “A”.
alcançados, que requerem a interação cooperativa dos
membros envolvidos = equipe
RESPOSTA: “C”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- 08. Assinale a alternativa correta, considerando que à
NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir. direita de cada palavra há um sinônimo.
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí- b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta- e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
ção.
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- GABARITO
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – 01. A 02. D 03. A 04. A
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão 05. D 06. E 07. E 08. A
do”, sem alterar o sentido do texto.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, RESOLUÇÃO
está correto o que se afirma em
A) I, II e III. B) III, apenas. 1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses
C) I e III, apenas. D) I, apenas. imigraram para o Brasil no século passado, hoje os bra-
E) I e II, apenas. sileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca
de uma vida melhor; internamente, migram para o
05. Leia as frases abaixo: Sul, pelo mesmo motivo.
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em 2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos
Marte. comprar, é tudo reciclagem”...
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas
de humor. 3-) antônimo para o termo destacado : “No início das
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo. aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interes-
sando”
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta “No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas
de vocábulos para as lacunas existentes: depois fui me interessando”
a) concerto – há – a – cessões – há;
b) conserto – a – há – sessões – há; 4-)
c) concerto – a – há – seções – a; I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
d) concerto – a – há – sessões – há; por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
e) conserto – há – a – sessões – a . do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res- ção. = correta
ponder à questão. III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife-
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans- rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
lhes impuseram limites de disciplina. do”, sem alterar o sentido do texto. = correta
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
trecho, é: 5-)
A) de desprendimento. B) de responsabi- 1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi;
lidade. 2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe)
C) de abnegação. D) de amor. vida em Marte.
E) de egoísmo. 3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro-
gramas de humor.
07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser 4- Há dias que não falo com Alfredo. (=
preenchida com a primeira alternativa da série dada nos tempo passado)
parênteses:
A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en- 6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
chentes. (afim- a fim). transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e
B) A bandeira está ________. (arreada - arriada). não lhes impuseram limites de disciplina.
C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in- O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse
flingirem - infringirem). trecho, é de egoísmo
D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos. Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado
(concelhos - conselhos). nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações
E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer- de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan-
ca de - acerca de). tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per-
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LÍNGUA PORTUGUESA
cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse Há uma infinidade de outros exemplos em que pode-
conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli- mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exemplo:
nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou O rapaz é um tremendo gato.
coletivas). O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
7-) Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua so-
A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das brevivência
enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in- O passarinho foi atingido no bico.
dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas
que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos) Polissemia e homonímia
B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar
arreio no cavalo) A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signi-
C) Serão punidos os que infringirem o regulamen-
ficados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
to. (inflingirem = aplicarem a pena)
quando duas ou mais palavras com origens e significados
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve-
distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho-
lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa monímia.
de um distrito). A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
E) Moro a cerca de cem metros da praça principal. significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
(acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.). polissemia porque os diferentes significados para a palavra
manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos
8-) mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) = uma entrada no dicionário.
significados invertidos “Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi- o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou a
cados invertidos caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os dife-
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi- rentes significados estão interligados porque remetem para
cados invertidos o mesmo conceito, o da escrita.
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação =
significados invertidos Polissemia e ambiguidade
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra As palavras destacadas que expressam ideia de tempo
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou são:
simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua- (A) algo, especialmente e Quando.
gem rica e expressiva. Veja este exemplo: (B) Desde, especialmente e algo.
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes (C) especialmente, Quando e depois.
que seja tarde demais. (D) Desde, Quando e depois.
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma (E) Desde, algo e depois.
figurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle
4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamen-
A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo-
to.
vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois
grandes nomes...
Fonte:
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de- prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs-
justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figu- tituído por:
rado-das-palavras.html (A) contrastada.
(B) confrontada.
Questões sobre Denotação e Conotação (C) ombreada.
(D) rivalizada.
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (E) equiparada.
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O
sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão 5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-
de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te
com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala- abras com teu amigo – o verbo em destaque foi emprega-
vras ígneo e pétreo. do em sentido figurado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir” Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalis-
continua sendo empregado em sentido figurado. mo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade,
(A) Ao abrir a porta, não havia ninguém. resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos
(B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri- públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua.
dor. (Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013.
(C) Para aprender, é preciso abrir a mente. Adaptado)
(D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em
casa. Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º
(E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico. parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de
(A) progresso.
6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – (B) descaso.
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques- (C) vitória.
tão, considere o texto abaixo. (D) tédio.
(E) ruína.
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de 8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN-
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho:
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de “Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva
penumbra na tarde quente. anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- sentido é:
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com (A) O menino leva o material adequado para a escola.
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- (B) João levou uma surra da mãe.
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso.
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja- a prova.
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
Resolução
No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido
figurado é
1-)
(A) menino.
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
(B) chão.
sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos
(C) testa.
fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
(D) penumbra.
ta?
(E) tenda.
RESPOSTA: “D”.
7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VU-
NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à 2-)
questão. Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
firmadas se verdadeiras.
RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a RESPOSTA: “E”.
Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a ci-
dade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equi- 3-)
pes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão per- As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são:
correndo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas desde, quando e depois.
onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve, RESPOSTA: “D”.
com guardas municipais, policiais militares e 600 fiscais em
ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via 4-)
pública como a casa da sogra. Ao participar de um concurso, não temos acesso a di-
Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os cionários para que verifiquemos o significado das palavras,
recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas por isso, caso não saibamos o que significam, devemos
que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas, analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No
pichar monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”.
orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar ban- RESPOSTA: “E”.
cos, saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir
lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo 5-)
com ele. Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empre-
É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão gado em seu sentido denotativo. No item C, conotativo
nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum (“abrir a mente” = aberto a mudanças, novas ideias).
motivo, parecem querer levar ao colapso. RESPOSTA: “C”.
11
LÍNGUA PORTUGUESA
6-) - Ir ao supermercado;
Novamente, responderemos com frase do texto: seu - Pegar as crianças na escola;
rosto formando uma tenda. - Caminhada na praia;
RESPOSTA: “E”. - Reunião com amigos.
7-) Dois pontos
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção 1- Antes de uma citação
do autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
à queda, ao fim, à ruína da cidade.
RESPOSTA: “E”. 2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à
8-) tarde e calor à noite.
No enunciado, o verbo “levar” está empregado com o
sentido de “duração/tempo” 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
(A) O menino leva o material adequado para a escola. - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, viven-
= carrega do a rotina de sempre.
(B) João levou uma surra da mãe. = apanhou
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta 4- Em frases de estilo direto
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = Maria perguntou:
direciona - Por que você não toma uma decisão?
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a
prova = duração/tempo Ponto de Exclamação
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera,
RESPOSTA: “E”. susto, súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
III - PONTUAÇÃO. ESTRUTURA E SEQUÊNCIA - Ai! Que susto!
LÓGICA DE FRASES E PARÁGRAFOS. - João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze-
servem para compor a coesão e a coerência textual, além vedo)
de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Ve-
jamos as principais funções dos sinais de pontuação co- Reticências
nhecidos pelo uso da língua portuguesa. 1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele. 2- Indica interrupção violenta da frase.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
que se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava. - Este mal... pega doutor?
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr. 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Deixa, depois, o coração falar...
Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma Vírgula
importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo Não se usa vírgula
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; *separando termos que, do ponto de vista sintático, li-
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) gam-se diretamente entre si:
- entre sujeito e predicado.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por Todos os alunos da sala foram advertidos.
vírgulas. Sujeito predicado
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
nhas, frio e cobertor. - entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realiza-
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo- dores.
tivos, decreto de lei, etc. V.T.D.I. O.D. O.I.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013) (A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência
Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramatical- em condições hostis nem sempre conseguem agradar, aos
mente correto, é necessário inserir sinais de pontuação. espectadores.
Assinale a posição em que não deve ser usado o sinal de (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en-
ponto, e sim a vírgula, para que sejam respeitadas as re- tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma
gras gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais história ficcional.
minúsculas. (C) A história de heroísmo e de determinação que nem
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas sempre, é convincente, se passa em um cenário marcado,
pelo frio.
de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau-
(D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr
lo(A) o programa desenvolve ainda oficinas e cursos para as
riscos iminentes que comprometem, a sobrevivência.
crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e correta(B) (E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a
os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de ati- liberdade, nada poderia parecer, realmente intransponível.
vidades sobre cidadania e reciclagem(C) as escolas partici-
pantes se tornam também centros de descarte de garrafas GABARITO
PET(D) destinadas depois para reciclagem(E) o programa 01. C 02. C 03. D 04. C 05. E
possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian- 06. D 07. A 08. B 09.B
ças e transformação das comunidades em lugares melhores
para se viver. RESOLUÇÃO
(Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
a) A 1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
b) B (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
c) C embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
d) D
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
e) E sua dona.
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa
07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU- e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma
NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando
pontuação. encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
(A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas sua dona.
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali- (D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa
viada. e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti-
(B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, por- midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X)
que você está junto; com os outros motoristas cujos com- encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a
portamentos, são desconhecidos. sua dona.
(C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem (E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in-
ser uma extensão de nossa personalidade.
timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando ,
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; au- (X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era
mentar os níveis de estresse em alguns motoristas. a sua dona.
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas
na rua, são as principais causas da ira de trânsito. 2-) A oração restringe o grupo que participará da cam-
panha (apenas os que não têm o nome do pai na certidão
08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS de nascimento). Se colocarmos uma vírgula, a oração tor-
GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU- nar-se-á “explicativa”, generalizando a informação, o que
MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo dará a entender que TODAS as pessoa não têm o nome do
econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, pai na certidão.
você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada RESPOSTA: “CERTO”.
para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.”
No período acima, as vírgulas foram empregadas em 3-)
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o
“Paciência, minha filha, este é [...]”, para separar
treino. = mantê-la (termo deslocado)
(A) aposto.
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos es-
(B) vocativo. portes? = mantê-la (vocativo)
(C) adjunto adverbial. (C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se
(D) expressão explicativa. prepara para o evento.
= mantê-la (explicação)
09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o apri-
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O perío- moramento do desportista.
do corretamente pontuado é: = pode retirá-la (advérbio de tempo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: 9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão ina-
judô, natação e canoagem. dequadas ou faltantes:
= mantê-la (enumeração) (A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência
em condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X)
4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou fal- aos espectadores.
tante: (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes en-
a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem! tre si, podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma
b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da história ficcional.
transação. (C) A história de heroísmo e de determinação (X) que
c) Maria, você trouxe os documentos? nem sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário
d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema. marcado, (X) pelo frio.
e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma mo- (D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é
vimentação estranha. correr riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobre-
vivência.
5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade- (E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar
quadas a liberdade, nada poderia parecer, (X) realmente intrans-
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá ponível.
na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. Estrutura Textual
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
pais de onde o código foi acionado. Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra- pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
dizendo que a criança foi encontrada. tamos as ações que interferem na realidade e organização
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
ga primeiro às , (X) areias do Guarujá. mento transformado em texto.
Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
6-) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
de bambu para 4600 alunos da rede pública de São Pau-
dizer, por meio da comunicação.
lo(A). O programa desenvolve ainda oficinas e cursos para
Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
as crianças utilizarem a bicicleta de forma segura e corre-
dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
ta(B). Os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e participam de
dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
atividades sobre cidadania e reciclagem(C). As escolas parti-
cipantes se tornam também centros de descarte de garrafas
Introdução
PET(D), destinadas depois para reciclagem(E). O programa
possibilitará o retorno das bicicletas pela saúde das crian- Caracterizada pela entrada no assunto e a argumen-
ças e transformação das comunidades em lugares melhores tação inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa
para se viver. etapa. Entretanto, essa apresentação deve ser direta, sem
A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posi- rodeios. O seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o
ção (D), pois antecipa um termo explicativo. texto. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é
equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio título.
7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas: Já nos textos mais longos, em que o assunto é exposto
(A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo
circunstâncias, ceder à frustração para que a raiva seja ali- ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação,
viada. pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que
(B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse, em média têm de 25 a 80 linhas, a introdução será o pri-
porque você está junto; (X) com os outros motoristas cujos meiro parágrafo.
comportamentos, (X) são desconhecidos.
(C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros Desenvolvimento
podem ser uma extensão de nossa personalidade.
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) A maior parte do texto está inserida no desenvolvi-
aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas. mento. Ele é responsável por estabelecer uma ligação entre
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elabo-
na rua, (X) são as principais causas da ira de trânsito. radas as ideias, os dados e os argumentos que sustentam
e dão base às explicações e posições do autor. É carac-
8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado terizado por uma “ponte” formada pela organização das
para se dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo. ideias em uma sequência que permite formar uma relação
equilibrada entre os dois lados.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um → Para não influenciar a conclusão do leitor sobre te-
determinado tema no desenvolvimento. Nessa parte, ele mas polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
se torna capaz de defender seus pontos de vista, além de → Para estimular o leitor a ler uma possível continuida-
dirigir a atenção do leitor para a conclusão. As conclusões de do texto, ou autor não fecha a discussão de propósito.
são fundamentadas a partir daqui. → Por apenas apresentar dados e informações sobre
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o
escritor já deve ter uma ideia clara de como vai ser a con- assunto.
clusão. Por isso a importância do planejamento de texto. → Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o au-
Em média, ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos tex- tor enumera algumas perguntas no final do texto.
tos mais longos, pode estar inserido em capítulos ou tre-
chos destacados por subtítulos. Deverá se apresentar no A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au-
formato de parágrafos medianos e curtos. tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica
Os principais erros cometidos no desenvolvimento são é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos.
o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está Nele devem estar indicadas as melhores sequências a se-
relacionado ao autor tomar um argumento secundário que rem utilizadas na redação. O roteiro deve ser o mais enxuto
se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra possível.
em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
segundo caso acontece quando quem redige tem muitas Fonte:
ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, http://producao-de-textos.info/mos/view/Caracter%-
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul- C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha
lógica de raciocínio.
Em relação à abertura para novas discussões, a con- Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri-
clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced,
fatores: prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter- 07. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011)
nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com Assinale a alternativa em que a frase NÃO contraria a norma
a norma- -padrão. culta:
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, por
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. isso posso me queixar com razão.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. passarmos os infortúnios da vida.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que
vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento, prin-
Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar cipalmente daqueles que procuram viver com dignidade e
os usuários sobre o festival Sounderground. simplicidade.
Prezado Usuário E) As dificuldades por que passamos certamente nos fa-
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, zem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, começa o
Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos GABARITO
que tocam em estações do metrô. 01.E 02. D 03. C 04. A 05. B 06. E 07. E
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresenta-
rão e divirta-se! RESOLUÇÃO
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preen-
cher as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões 1-)
A) A fim ...a partir ... as (A) Ele se esqueceu de que? = quê?
B) A fim ...à partir ... às (B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para
C) A fim ...a partir ... às distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
D) Afim ...a partir ... às (C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos exces-
E) Afim ...à partir ... as
sivos nas críticas.
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindica-
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2011)
ções dos funcionários.
As palavras estão corretamente grafadas na seguinte frase:
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa
a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos
2-)
aeroportos.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabe-
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneida-
de, mas nada que ponha em cheque sua reputação de pessoa liães
cortês. (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de = cidadãos
descançar após o almoço sob a frondoza árvore do pátio. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa = certidões
pode estar sendo o grande impecilho na superação dessa sua (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus
crise.
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quan- 3-) Prezado Usuário
tia, mas não quiz ser taxado de conivente na concessão de pri- A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô,
vilégios ilegítimos. a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sou-
nderground, festival internacional que prestigia os músicos que
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente es- tocam em estações do metrô.
crita? Confira o dia e a estação em que os artistas se apresenta-
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. rão e divirta-se!
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança. A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; antes
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. de horas: há crase
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
4-) Fiz a correção entre parênteses:
06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU- (A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa
NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros
ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o nos aeroportos.
verbo no tempo futuro. (B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua es-
(A) Mas elas cresceram... pontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) sua
(B) Mas elas cresciam... reputação de pessoa cortês.
(C) Mas elas cresçam... (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio
(D) Mas elas crescem... de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
(E) Mas elas crescerão... (frondosa) árvore do pátio.
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LÍNGUA PORTUGUESA
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência des- 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
sa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empecilho) mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
na superação dessa sua crise. uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção des- de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
sa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de conivente
na concessão de privilégios ilegítimos. 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
5-) históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupan- sácia-Lorena, etc.
sa. = mendigo/caderneta/poupança
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans- 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
sa. = mendigo/caderneta/poupança per- quando associados com outro termo que é iniciado
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor,
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito.
elas crescerão...
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
7-) Fiz as correções entre parênteses: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infor-
túnios, por isso posso me queixar com razão. 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra-
B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
para ultrapassarmos os infortúnios da vida.
C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes 10. Nas formações em que o prefixo tem como segun-
que vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
de nossa vida.
semi-hospitalar, super- -homem.
D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto so-
frimento, principalmente daqueles que procuram viver com
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo
dignidade e simplicidade.
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on-
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) pas-
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
samos certamente nos fazem mais fortes e preparados para
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros
os infortúnios da vida.
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado - Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu-
para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor, dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for-
ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofere- mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre-
ceram-me; vê-lo-ei). verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na
Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas
isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em duas as linhas).
partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
Não se emprega o hífen:
Uso do hífen que continua depois da Reforma Orto-
gráfica: 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
1. Em palavras compostas por justaposição que formam “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, microrradiografia, etc.
luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro. 2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoo- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
lógicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-meni- trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
na, erva-doce, feijão-verde. cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa- “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu-
do, aquém- -fiar, etc. mano, inábil, desabilitar, etc.
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4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando 06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub-
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, aquela que tem de ser escrita com hífen:
etc. A) (sub) chefe
B) (sub) entender
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção C) (sub) solo
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- D) (sub) reptício
ta, etc. E) (sub) liminar
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Regras especiais: Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
palavras paroxítonas.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu. Antes Depois
Antes Agora apazigúe (apaziguar) apazigue
assembléia assembleia averigúe (averiguar) averigue
idéia ideia argúi (arguir) argui
geléia geleia
jibóia jiboia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa
apóia (verbo apoiar) apoia do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo
paranóico paranoico vir)
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca ter, reter, deter, abster.
– baú – país – Luís ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
Observação importante: ele retém – eles retêm
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando ele convém – eles convêm
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Antes Agora Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
bocaiúva bocaiuva antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
feiúra feiura lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
Sauípe Sauipe exceções, como:
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
abolido. Ex.: do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
Antes Agora do singular do presente do indicativo). Ex:
crêem creem Ela pode fazer isso agora.
lêem leem Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
vôo voo
enjôo enjoo O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
preposição por.
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co-
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto:
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Faço isso por você.
Repare: Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
1-) O menino crê em você
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
Todas leem bem!
3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os garotos deem o recado!
4-) Rubens vê tudo!
Eles veem tudo!
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Questões sobre Acentuação Gráfica 08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen-
tuados graficamente de acordo com a mesma regra de
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – acentuação gráfica os vocábulos
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras A) também e coincidência.
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que B) quilômetros e tivéssemos.
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, C) jogá-la e incrível.
relógios, suíços. D) Escócia e nós.
(A) flexíveis, cartório, tênis. E) correspondência e três.
(B) inferência, provável, saída. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(C) óbvio, após, países. PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de
(D) islâmico, cenário, propôs. acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
(E) república, empresária, graúda. (...) CERTO ( ) ERRADO
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Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
grande/maior, baixo/inferior. guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
Observe que: 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca-
a) As formas menor e pior são comparativos de supe- riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual,
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de-
pectivamente. sagradável hiato i-í.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei- O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
e mais pequeno. Por exemplo: ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
mentos. ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de se desenvolve.
duas qualidades de um mesmo elemento. O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sen-
tido de caracterizar os processos expressos por ele. Contu-
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
ferioridade pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
Sou menos passivo (do) que tolerante. guem alguns exemplos:
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
Superlativo você está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad-
O superlativo expressa qualidades num grau muito jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
O artista canta muito mal.
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifi-
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
ca outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra
senta-se nas formas:
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama-
O secretário é muito inteligente.
mos de locução adverbial, representada por algumas ex-
Sintética: a intensificação se faz por meio do acrésci- pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de
mo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. modo algum, entre outras.
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér-
Observe alguns superlativos sintéticos: bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez
benéfico beneficentíssimo expressas por:
bom boníssimo ou ótimo de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres-
comum comuníssimo sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
cruel crudelíssimo poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral,
difícil dificílimo frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior
doce dulcíssimo parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste-
fácil facílimo mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
fiel fidelíssimo docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa-
mente
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto,
Essa relação pode ser: quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase,
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. de todo, de muito, por completo.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
Note bem: amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata-
etc., antepostos ao adjetivo. mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, quando, de quando em quando, a qualquer momento, de
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo tempos em tempos, em breve, hoje em dia
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de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Classificação dos Artigos
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí,
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, Artigos Definidos: determinam os substantivos de
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter- maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum um animal.
de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan- - As formas à e às indicam a fusão da preposição a
do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é
para quê? (finalidade) conhecida por crase.
Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres- - Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso
pondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza,
apressadamente. A Bahia...
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de - Quando indicado no singular, o artigo definido pode
modo são flexionados, sendo que os demais são todos in- indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na
categoria dos advérbios é a de grau: - No caso de nomes próprios personativos, denotando
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - do artigo: O Pedro é o xodó da família.
inconstitucionalissimamente, etc.; - No caso de os nomes próprios personativos estarem
Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho. os Incas, Os Astecas...
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o ar-
indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o tigo), o pronome assume a noção de qualquer.
gênero e o número dos substantivos. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-
dos. (qualquer classe)
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e
facultativo: a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”.
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma Observe: Gosto de natação e de futebol.
ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter Nessa frase as expressões de natação, de futebol são
é uns vinte anos. partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
“e” está ligando termos de uma mesma oração.
- O artigo também é usado para substantivar palavras
oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de Morfossintaxe da Conjunção
tudo isso.
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re- cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
lativo cujo (e flexões). Classificação
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço. - Conjunções Coordenativas
- Conjunções Subordinativas
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), Conjunções coordenativas
a menos que venham especificadas.
Dividem-se em:
Eles estavam em casa. - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex.
Eles estavam na casa dos amigos. Gosto de cantar e de dançar.
Os marinheiros permaneceram em terra. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. também, não só...como também.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata- - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo-
mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu-
do, todavia, no entanto, entretanto.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do
nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O - ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
Estado de S. Paulo. Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora,
Morfossintaxe quer...quer, já...já.
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas - CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora-
relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
do substantivo a que se refere. Tal função independe da (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
função exercida pelo substantivo:
A existência é uma poesia. - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex.
Uma existência é a poesia. É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá
fora.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações Principais conjunções explicativas: que, porque, pois
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por (antes do verbo), porquanto.
exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as Conjunções subordinativas
amiguinhas.
- CAUSAIS
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Principais conjunções causais: porque, visto que, já que,
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu uma vez que, como (= porque).
as amiguinhas Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
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1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é,
tristeza, dor, etc. não sofrem variação em gênero, número e grau como os no-
Você faz o que no Brasil? mes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz
Eu? Eu negocio com madeiras. como os verbos. No entanto, em uso específico, algumas in-
Ah, deve ser muito interessante. terjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste
caso, que não se trata de um processo natural dessa classe
2) Sintetizar uma frase apelativa de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva
permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Cuidado! Saia da minha frente.
Locução Interjetiva
As interjeições podem ser formadas por: Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bolas!
- palavras: Oba!, Olá!, Claro! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa!
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá!
Ora bolas! Muito bem!
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Numeral é a palavra que indica os seres em termos Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço
situa em determinada sequência. e conseguiram o triplo de produção.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri-
Eu quero café duplo, e você? plas do medicamento.
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequên- duas terças partes
cia de “fila”] Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que É comum na linguagem coloquial a indicação de grau
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se sentido. É o que ocorre em frases como:
trata de numerais, mas sim de algarismos. “Me empresta duzentinho...”
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a É artigo de primeiríssima qualidade!
ideia expressa pelos números, existem mais algumas pala- O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
vras consideradas numerais porque denotam quantidade, segunda divisão de futebol)
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
dúzia, par, ambos(as), novena. Emprego dos Numerais
Classificação dos Numerais *Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número bá- décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral
sico: um, dois, cem mil, etc. venha depois do substantivo:
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série Ordinais Cardinais
dada: primeiro, segundo, centésimo, etc. João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumenta- Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
da: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o or-
Leitura dos Numerais dinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Separando os números em centenas, de trás para fren- Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
te, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas
e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses *Ambos/ambas são considerados numerais. Significam
conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con- “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são
junção “e”. largamente empregados para retomar pares de seres aos
quais já se fez referência.
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos Pedro e João parecem ter finalmente percebido a impor-
e vinte e seis. tância da solidariedade. Ambos agora participam das ativi-
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. dades comunitárias de seu bairro.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante,
exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma de-
las: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor
de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
preposição a + artigos definidos o, os termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
a + o = ao Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
preposição a + advérbio onde Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para pro-
a + onde = aonde curar um tratamento adequado.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
Preposição + Artigos lugar e/ou a função de um substantivo.
De + o(s) = do(s) Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como
De + a(s) = da(s) parte da família
De + um = dum Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém.
De + uns = duns / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
De + uma = duma
De + umas = dumas 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio
Em + o(s) = no(s) das preposições:
Em + a(s) = na(s) Destino = Irei para casa.
Em + um = num Modo = Chegou em casa aos gritos.
Em + uma = numa Lugar = Vou ficar em casa;
Em + uns = nuns Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Em + umas = numas Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
A + à(s) = à(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Por + o = pelo(s) Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra-
Por + a = pela(s) tamento.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Preposição + Pronomes
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + ele(s) = dele(s)
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + ela(s) = dela(s)
Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + este(s) = deste(s)
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + esta(s) = desta(s)
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + esse(s) = desse(s)
Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + essa(s) = dessa(s)
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + isto = disto Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo Fonte:
De + aqui = daqui http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + aí = daí
De + ali = dali Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
De + outro = doutro(s) tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
De + outra = doutra(s) denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
Em + este(s) = neste(s) nos, os substantivos também nomeiam:
Em + esta(s) = nesta(s) -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
Em + esse(s) = nesse(s) -sentimentos: raiva, amor...
Em + aquele(s) = naquele(s) -estados: alegria, tristeza...
Em + aquela(s) = naquela(s) -qualidades: honestidade, sinceridade...
Em + isto = nisto -ações: corrida, pescaria...
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo Morfossintaxe do substantivo
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s) Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em
A + aquilo = àquilo geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver-
bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos ver-
Dicas sobre preposição bais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome Pode ainda funcionar como núcleo do complemento no-
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja minal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito,
um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá para do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontra-
determiná-lo como um substantivo singular e feminino. mos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e
A dona da casa não quis nos atender. de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desem-
Como posso fazer a Joana concordar comigo? penhadas por grupos de palavras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação dos Substantivos Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
1- Substantivos Comuns e Próprios mais outra abelha...
Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plu-
muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Bra- ral.
sil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma No terceiro caso, empregou-se um substantivo no
cidade (em oposição aos bairros). singular (enxame) para designar um conjunto de seres da
mesma espécie (abelhas).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de da mesma espécie.
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, ho-
mem, mulher, país, cachorro. Substantivo coletivo Conjunto de:
Estamos voando para Barcelona. assembleia pessoas reunidas
alcateia lobos
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es-
acervo livros
pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio:
antologia trechos literários selecionados
é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. arquipélago ilhas
banda músicos
2 - Substantivos Concretos e Abstratos bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
LÂMPADA MALA batalhão soldados
cardume peixes
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com caravana viajantes peregrinos
existência própria, que são independentes de outros seres. cacho frutas
São substantivos concretos. cáfila camelos
cancioneiro canções, poesias líricas
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que colmeia abelhas
existe, independentemente de outros seres. chusma gente, pessoas
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mun- concílio bispos
do real e do mundo imaginário. congresso parlamentares, cientistas.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, elenco atores de uma peça ou filme
Brasília, etc. esquadra navios de guerra
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, enxoval roupas
etc. falange soldados, anjos
fauna animais de uma região
Observe agora: feixe lenha, capim
Beleza exposta flora vegetais de uma região
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. frota navios mercantes, ônibus
O substantivo beleza designa uma qualidade. girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que
junta médicos, bois, credores, examinadores
dependem de outros para se manifestar ou existir.
júri jurados
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
legião soldados, anjos, demônios
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se leva presos, recrutas
manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abs- malta malfeitores ou desordeiros
trato. manada búfalos, bois, elefantes,
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, matilha cães de raça
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraí- molho chaves, verduras
dos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez multidão pessoas em geral
(qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
3 - Substantivos Coletivos penca bananas, chaves
pinacoteca pinturas, quadros
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra quadrilha ladrões, bandidos
abelha, mais outra abelha. ramalhete flores
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. rebanho ovelhas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. récua bestas de carga, cavalgadura
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LÍNGUA PORTUGUESA
repertório peças teatrais, obras musicais Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
réstia alhos ou cebolas podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
romanceiro poesias narrativas A história sem fim
revoada pássaros Uma cidade sem passado
sínodo párocos As tartarugas ninjas
talha lenha
tropa muares, soldados Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no-
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
Formação dos Substantivos relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for-
mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
Substantivos Simples e Compostos ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a - prefeita
terra.
O substantivo chuva é formado por um único elemento Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam
ou radical. É um substantivo simples. uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto
para o feminino. Classificam-se em:
Substantivo Simples: é aquele formado por um único - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
elemento. cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja fêmea.
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou o ídolo, o indivíduo.
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
Substantivos Primitivos e Derivados doente, o artista e a artista.
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá... Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou sistema, o sintoma, o teorema.
de nenhum outro dentro de língua portuguesa. - Existem certos substantivos que, variando de gêne-
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor)
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir (cidade)
da palavra limão.
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou- Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
tra palavra.
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
Flexão dos substantivos - aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- masculino: freguês - freguesa
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
exemplo, pode sofrer variações para indicar: de três formas:
Plural: meninos Feminino: menina - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Flexão de Gênero Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
- sultana
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - Substantivos terminados em -or:
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
Um Natal inesquecível sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
Os reis da praia - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e - Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
final por -a: elefante - elefanta fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
- Substantivos que formam o feminino de maneira es- maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: soprano, o proclama, o pernoite, o púbis.
czar – czarina réu - ré
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Epicenos:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
para indicar o masculino e o feminino.
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha- ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro. Gênero dos Nomes de Cidades:
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que
Outros substantivos sobrecomuns: à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco,
criatura. manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe),
Marcela faleceu a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi-
dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
Comuns de Dois Gêneros: cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
(cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
A distinção de gênero pode ser feita através da análise (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
cês - repórter francesa peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
- A palavra personagem é usada indistintamente nos (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha. a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
aceitam a personagem. voga (remador), a voga (moda, popularidade).
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural - Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
em “ns”: homem - homens. formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu- palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. alto- -falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-
Atenção: O plural de caráter é caracteres. -recos
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam- - Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; ca- formados de:
racol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul substantivo + preposição clara + substantivo = água-
e cônsules. -de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de lo-vapor e cavalos-vapor
duas maneiras: substantivo + substantivo que funciona como deter-
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-
-relógio - bombas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba,
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada.
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses -rolhas
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva- - Casos Especiais
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural o bem-me-quer e os bem-me-queres
de três maneiras. o joão-ninguém e os joões-ninguém.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães Plural das Palavras Substantivadas
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
o látex - os látex.
no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
Plural dos Substantivos Compostos
O aluno errou na prova dos noves.
-A formação do plural dos substantivos compostos de- Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras
que formam o composto e da relação que estabelecem en- Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se “z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, tos seis e alguns dez.
girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/
malmequeres.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Plural dos Diminutivos Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol-
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne),
animai(s) + zinhos = animaizinhos de molho (ó) = feixe (molho de lenha).
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos Particularidades sobre o Número dos Substantivos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
colhere(s) + zinhas = colherezinhas norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
flore(s) + zinhas = florezinhas - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
mão(s) + zinhas = mãozinhas as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
papéi(s) + zinhos = papeizinhos - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
funi(s) + zinhos = funizinhos bom nome) e honras (homenagem, títulos).
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
pai(s) + zinhos = paizinhos
com sentido de plural:
pé(s) + zinhos = pezinhos
Aqui morreu muito negro.
pé(s) + zitos = pezitos
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
Plural dos Nomes Próprios Personativos improvisadas.
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exce- do ser. Classifica-se em:
to quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
jazz. tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- cador de aumento. Por exemplo: casarão.
do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
os réquiens. do ser. Pode ser:
Observe o exemplo: Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
Este jogador faz gols toda vez que joga. que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
Plural com Mudança de Timbre cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Certos substantivos formam o plural com mudança de
Interjeição
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
fonético chamado metafonia (plural metafônico).
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
Singular Plural sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre
corpo (ô) corpos (ó) o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento
esforço esforços sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
fogo fogos linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
forno fornos Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
fosso fossos
imposto impostos No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo.
olho olhos Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia
osso (ô) ossos (ó) ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim-
ovo ovos plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
poço poços As sentenças da língua costumam se organizar de for-
porto portos ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e
posto postos os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in-
tijolo tijolos terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra-
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LÍNGUA PORTUGUESA
se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um Classificação das Interjeições
conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser
colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Bravo! Bis! - Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi mui- Atenção!, Olha!, Alerta!
to bom! Repitam!” - Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten- - Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!” - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um Boa!
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação - Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
particular, um momento ou um contexto específico. Exem- - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!,
plos: Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
Ah, como eu queria voltar a ser criança! - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Desculpa: Perdão!
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!,
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição Oh!, Eh!
O significado das interjeições está vinculado à maneira - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!,
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que Epa!, Ora!
dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex- - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
to de enunciação. Exemplos: Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?,
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres- Cruz!, Putz!
são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!,
chamando! Ei, espere!” Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
em um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-
favor, faça silêncio!”
me, Deus!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
é, não sofrem variação em gênero, número e grau como
os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al-
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter
tristeza, dor, etc. claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
Você faz o que no Brasil? dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a
Eu? Eu negocio com madeiras. linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
Ah, deve ser muito interessante. até loguinho.
2) Sintetizar uma frase apelativa Locução Interjetiva
Cuidado! Saia da minha frente.
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
As interjeições podem ser formadas por: pressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bo-
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. las! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó
- palavras: Oba!, Olá!, Claro! de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus!
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Alto lá! Muito bem!
Ora bolas!
Observações:
A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve- - As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! =
ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por Peço-lhe que me desculpe.
exemplo:
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra- - Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
riedade) seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) gramaticais podem aparecer como interjeições.
Viva! Basta! (Verbos)
Fora! Francamente! (Advérbios)
39
LÍNGUA PORTUGUESA
- A interjeição pode ser considerada uma “palavra-fra- Casos referentes a sujeito simples
se” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.:
Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto! 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com
o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
- Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitati-
vas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba! 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pes-
soa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
- Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com Observação:
a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou
e não a fazemos depois do “ó” vocativo. poderá ir para o plural:
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac) Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac) Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas 3) Quando o sujeito é representado por expressões
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte
no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! de, a metade de, uma porção de” entre outras, o verbo tanto
Obrigadinho! pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto
com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos resol-
Interjeições, leitura e produção de textos veu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar.
Usadas com muita frequência na língua falada informal, 4) No caso de o sujeito ser representado por expres-
quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos- sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”,
tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali- o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços Cerca de mil candidatos se inscreveram no concurso.
pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o
temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem 5) Em casos em que o sujeito é representado pela ex-
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos pressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com
Observação:
o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou
sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter-
necessariamente, deverá permanecer no plural:
jeições presença constante nos textos publicitários.
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
na campanha de doação de alimentos.
morf89.php
Mais de um formando se abraçaram durante as soleni-
dades de formatura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que toma- singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda a
mos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. felicidade do mundo.
10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex- 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô-
pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de
da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre-
miação é fruto de meu esforço.
Observações: Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de por- demais termos da oração para que concordem em gênero
centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova- e número com o substantivo. Teremos que alterar, portan-
ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. to, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso,
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no sin- temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
gular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da dire- Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono-
toria. me concordam em gênero e número com o substantivo.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de - A pequena criança é uma gracinha.
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado regra geral mostrada acima.
por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre- a) Um adjetivo após vários substantivos
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
agradeceu o convite.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
12) Casos relativos a sujeito representado por substan-
tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural
aspectos que os determinam:
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver-
bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi- - Ela tem pai e mãe louros.
cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de - Ela tem pai e mãe loura.
Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam- - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoria-
bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po- mente para o plural.
tência mundial. - O homem e o menino estavam perdidos.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados
Unidos é uma potência mundial. b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o
Casos referentes a sujeito composto mais próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas Provei deliciosa fruta e suco.
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es-
tando relacionado a dois pressupostos básicos: - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. Estavam feridos o pai e os filhos.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexio- Estava ferido o pai e os filhos.
nar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são
primos. c) Um substantivo e mais de um adjetivo
- antecede todos os adjetivos com um artigo.
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an- Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus
dois filhos compareceram ao evento. - coloca o substantivo no plural.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver-
bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou d) Pronomes de tratamento
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus - sempre concordam com a 3ª pessoa.
dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. Vossa Santidade esteve no Brasil.
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03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas.
responder à questão. Vêm pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase
não está claro até onde pode realmente chegar uma políti- todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
ca baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas
para o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a também existem umas que não merecem nossa atenção.
terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
carbono e da água em si ___________diferença, as compa-
nhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer prepara- Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de
ção. Portanto, elas começam a usar preços- -sombra. peregrinação.
Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plu-
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem ral caso o segmento grifado seja substituído por:
eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre (A) Há folheteiros que
___________ a segunda opção. (B) A maior parte dos folheteiros
(Carta Capital, (C) O folheteiro e sua família
27.06.2012. Adaptado) (D) O grosso dos folheteiros
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, (E) Cada um dos folheteiros
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res- 07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
pectivamente, com: Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas
(A) Restam… faça… será (B) Resta… faz… será em:
(C) Restam… faz... serão (D) Restam… façam… (A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel
serão sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir
(E) Resta… fazem… será dessas criações poéticas tão originais.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status
04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna- atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje
nas melhores universidades do país.
tiva em que o trecho
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que
– Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma-
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.–
mesmos requizessem o respeito que faziam por merecer.
está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa-
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e
drão da língua portuguesa.
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser
(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encon-
resultado do puro e simples desconhecimento.
trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os proble-
insumos básicos. mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- representatividade.
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
cos ser quantificados. 08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de con-
até agora uma maneira adequada para que os insumos bá- cordância verbal e nominal em:
sicos sejam quantificado. a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- entre os mais diversos tipos de pessoas, das mais sofistica-
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- das às mais humildes, são cada vez mais comuns nos dias
mos básicos seja quantificado. de hoje.
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- b) A importância de intelectuais como Edward Said e
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem Tony Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões
os insumos básicos. polêmicas de seu tempo, não estão apenas nos livros que
escreveram.
05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre
- VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto: árabes e judeus, responsável por tantas mortes e tanto so-
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota nega- frimento, estejam próximos de serem resolvidos ou pelo
tiva... menos de terem alguma trégua.
II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classi- d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a
ficação do continente americano (2,0)... verdade, ainda que conscientes de que esta é até certo
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e ponto relativa, costumam encontrar muito mais detratores
II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem dos que admiradores.
exemplos, em: e) No final do século XX já não se via muitos intelec-
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era
próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente da notícia pelos livros que publicavam como pelas posições
maioria? que corajosamente assumiam.
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09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encan-
O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propos- tar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que
tas para o segmento grifado, deverá ser colocado no plural, vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua
está em: matéria-prima.
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do pla- lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per-
neta) sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
consumo mundial de barris de petróleo) D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade
no custo da matéria-prima... (Constantes aumentos) de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os es- crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
forços mundiais... (a preocupação em torno das mudanças E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que
climáticas) constituem leitura obrigatória e se tornam referências por
seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de épo-
10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi- ca.
nale a alternativa em que a concordância das formas ver- 3-) _Restam___dúvidas
bais destacadas está de acordo com a norma-padrão da mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da
língua. água em si __faça __diferença
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higie- a maioria das políticas de crescimento verde sempre
nização subterrânea. ____será_____ a segunda opção.
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tan-
trabalhadores da área de limpeza. to no plural quanto no singular. Nas alternativas não há
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos “restam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as op-
riscos de se contrair alguma doença. ções adequadas.
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
sete da manhã, eu já estava fazendo meu serviço. 4-)
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
começou a adotar medidas mais rigorosas para a proteção trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os
de seus funcionários. insumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
GABARITO trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási-
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A cos serem quantificados.
06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
RESOLUÇÃO mos básicos sejam quantificados.
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
1-) Fiz os acertos entre parênteses: trou até agora uma maneira adequada para que os insu-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va- mos básicos sejam quantificados.
lores que determinam as escolhas dos governantes, para (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
conferir legitimidade a suas decisões. trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- os insumos básicos. = correta
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política. 5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- aos itens:
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. tem (singular)
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina- (C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central. ram (plural)
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol- (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex- umas (plural)
põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade. (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
as formas estão no plural)
2-)
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa 6-)
leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo- A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au- “folheterios”)
tor, mediante palavras, sua matéria-prima. = correta B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional)
B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem- C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto)
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D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional) (A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular (B) Ainda existe muitas pessoas = existem
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos
7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta: riscos
(A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a conside- (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era
rar o cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capa- sete da manhã = eram
zes de fruir dessas criações poéticas tão originais. (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente,
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status começou = começaram
atribuído à arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje
nas melhores universidades do país.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que VII - REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL;
a situação dos cordelistas não mudaria a não ser que eles EMPREGO DA CRASE.
mesmos requizessem (requeressem) o respeito que faziam
por merecer.
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desva-
lorização e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação
só pode (podem) ser resultado do puro e simples desco-
nhecimento. que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus comple-
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que mentos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as pala-
os problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados vras, criando frases não ambíguas, que expressem efetiva-
à falta de representatividade. mente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
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Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in- As afirmações da testemunha procediam, não havia
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar como refutá-las.
introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa conturba- Você procede muito mal.
da cidade. - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
sição” de”) e fazer, executar (rege complemento introduzi-
CHAMAR do pela preposição “a”) é transitivo indireto.
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, soli- O avião procede de Maceió.
citar a atenção ou a presença de. Procedeu-se aos exames.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha- O delegado procederá ao inquérito.
má-la.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. QUERER
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apre- - Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
sentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo vontade de, cobiçar.
preposicionado ou não. Querem melhor atendimento.
A torcida chamou o jogador mercenário. Queremos um país melhor.
A torcida chamou ao jogador mercenário. - Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
A torcida chamou o jogador de mercenário. estimar, amar.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. Quero muito aos meus amigos.
Ele quer bem à linda menina.
CUSTAR Despede-se o filho que muito lhe quer.
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado va-
lor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Fru- VISAR
tas e verduras não deveriam custar muito. - Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
ou transitivo indireto. O homem visou o alvo.
Muito custa viver tão longe da família. O gerente não quis visar o cheque.
Verbo Oração Subordinada Substantiva
Subjetiva - No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
Intransitivo Reduzida de Infinitivo objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
atitude. público.
Objeto Oração Subordinada Substantiva
Subjetiva ESQUECER – LEMBRAR
Indireto Reduzida de Infinitivo - Lembrar algo – esquecer algo
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (prono-
que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por minal)
pessoa. Observe: No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
Custei para entender o problema. exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
Forma correta: Custou-me entender o problema. No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e
exigem complemento com a preposição “de”. São, portan-
IMPLICAR to, transitivos indiretos:
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: - Ele se esqueceu do caderno.
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes - Eu me esqueci da chave.
implicavam um firme propósito. - Eles se esqueceram da prova.
b) Ter como consequência, trazer como consequência, - Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
acarretar, provocar: Liberdade de escolha implica amadureci-
mento político de um povo. Há uma construção em que a coisa esquecida ou lem-
- Como transitivo direto e indireto, significa comprome- brada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve
ter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões eco- alteração de sentido. É uma construção muito rara na lín-
nômicas. gua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos
clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é tran- Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
sitivo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com - Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
quem não trabalhasse arduamente. - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e
PROCEDER indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de al-
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter guma coisa).
cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado
de adjunto adverbial de modo.
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SIMPATIZAR
Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpatizei com os jurados.
NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria namora João.
OBEDECER
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva: A fila não foi obedecida.
VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o filme.
Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vá-
rios nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
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Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a D) Essa problematicidade não afasta a força das aspi-
seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para- rações da justiça...
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a. E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
sentimento de justiça.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/
sint61.php 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter-
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa
Questões sobre Regência Nominal e Verbal Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência
nominal e à pontuação.
01. (Administrador – FCC – 2013-adap.). (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida-
... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço
ciências ... seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo,
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que do que em outros.
o grifado acima está empregado em: (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra-
A) ...astros que ficam tão distantes ... pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
exemplo!, do que em outros.
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-
adap.). exemplo, do que em outros.
... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
filhos do sueco. mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de com- seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo
plementos que o grifado acima está empregado em: – do que em outros.
A) ...que existe uma coisa chamada exército... (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida-
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem-
cia... plo) do que em outros.
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atre- 06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
vimento. le a alternativa correta quanto à regência dos termos em
destaque.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em responsabilidade pelo problema.
partes desiguais... (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que se perdido.
o grifado acima está empregado em: (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a de um índio na porta do prédio.
extremos de sutileza. (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- perdido de sua família.
do nos troncos mais robustos. (E) A família toda se organizou para realizar a procura
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso- à garotinha.
rientam, não raro, quem...
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale
na serra de Tunuí...
a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
gentio, mestre e colaborador...
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que
o da frase acima se encontra em: a mídia pode exercer sobre os jovens.
A) A palavra direito, em português, vem de directum, A) dos … na
do verbo latino dirigere... B) nos … entre a
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das C) aos … para a
sociedades... D) sobre os … pela
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado E) pelos … sob a
pela justiça.
50
LÍNGUA PORTUGUESA
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada
Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão em partes desiguais...
da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta- Constar = verbo intransitivo
cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal. B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha-
A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais do nos troncos mais robustos. =ligação
de dez mil tomadas. C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso-
B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver rientam, não raro, quem... =transitivo direto
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé. D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de na serra de Tunuí... = transitivo direto
criar logotipos e negociar. E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
D) O taxista levou o autor a indagar no número de gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto
tomadas do edifício.
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re- 4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
parasse a um prédio na marginal. Lidar = transitivo indireto
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das
09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As- sociedades... =transitivo direto
sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado
frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da pela justiça. =ligação
língua e sem alteração de sentido. D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira-
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de ções da justiça... =transitivo direto e indireto
direitos dos trabalhadores domésticos. E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
A) da sentimento de justiça. =transitivo direto
B) na
C) pela 5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon-
D) sob a tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re-
E) sobre a gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
GABARITO (B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon-
tuação)
01. D 02. D 03. A 04. A 05. D (C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto
06. A 07. C 08. A 09. C à pontuação)
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi-
RESOLUÇÃO damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o
avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um
1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das exemplo) do que em outros.
outras ciências ...
Facilitar – verbo transitivo direto 6-)
A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de li- (B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por
gação ter se perdido.
B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo (C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de
de ligação um índio na porta do prédio.
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran- (D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se per-
sitivo direto e indireto dido de sua família.
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = (E) A família toda se organizou para realizar a procura
verbo transitivo indireto pela garotinha.
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito 7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se re-
nos filhos do sueco. portou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da
Pedir = verbo transitivo direto e indireto imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran- mídia.
sitivo direto A pesquisa faz um alerta para a influência negativa
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de que a mídia pode exercer sobre os jovens.
ligação
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- 8-)
cia... =verbo intransitivo B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de ha-
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi- ver um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
mento. =transitivo direto C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em
criar logotipos e negociar.
51
LÍNGUA PORTUGUESA
D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
tomadas do edifício. exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re- crase.
parasse em um prédio na marginal.
- diante da maioria dos pronomes e das expressões
9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de de tratamento, com exceção das formas senhora, se-
direitos dos trabalhadores domésticos. nhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Crase Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de on-
tem.
A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”, Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
“mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
“junção” de duas vogais idênticas. É de grande importân- Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pro-
cia a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” nomes podem ser identificados pelo método: troque a pa-
(s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s), lavra feminina por uma masculina, caso na nova construção
aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escri- surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
ta, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo in-
uso apropriado do acento grave depende da compreensão divíduo.)
da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao
entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e senhor.)
nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a cra- Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao
se, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência próprio Cláudio para sair mais cedo.)
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
Observe: - diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos.
Vou a + a igreja. Daqui a uma semana começa o campeonato.
Vou à igreja.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição
“a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência - diante de palavras femininas:
do artigo “a” que está determinando o substantivo femini- Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
no igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e Sempre vamos à praia no verão.
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Observe os outros exemplos: Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Conheço a aluna. Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Refiro-me à aluna.
- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (co- moda de” (mesmo que a expressão moda de fique suben-
nhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a tendida):
crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o Estava com vontade de comer frango à (moda de) pas-
termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino sarinho.
“a” ou um dos pronomes já especificados. O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)
*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Refiro-me a + aquele atentado.
Preposição Pronome
Refiro-me àquele atentado.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja
outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pro-
nomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição
do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.
53
LÍNGUA PORTUGUESA
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a - diante de pronome possessivo feminino:
crase. Veja outros exemplos: Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. artigo. Observe:
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperan-
responder nenhuma das questões. do por você.
A sessão à qual assisti estava vazia. A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está es-
perando por você.
Crase com o Pronome Demonstrativo “a” Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
pronomes possessivos femininos, então podemos escrever
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo as frases abaixo das seguintes formas:
“a” também pode ser detectada através da substituição do Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
termo regente feminino por um termo regido masculino. Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país. - depois da preposição até:
Meu luto é ligado ao do meu país. Fui até a praia. ou Fui até à praia.
As orações são semelhantes às de antes. Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o
Os exemplos são semelhantes aos de antes. até à porta.
Suas perguntas são superiores às dele. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
Seus argumentos são superiores aos dele. palestra vai até às cinco horas da tarde.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. Questões sobre Crase
A Palavra Distância 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis-
cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos ju-
Se a palavra distância estiver especificada, determina- rídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências
da, a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à dis- estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas cri-
tância de 100km daqui. (A palavra está determinada) minais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de saúde
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A pública como programas de esclarecimento e prevenção, de
palavra está especificada.) tratamento para dependentes e de reintegração desses____
vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase
clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa
não pode ocorrer. Por exemplo:
própria família?
Os militares ficaram a distância.
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Pau-
Gostava de fotografar a distância.
lo, 17.09.2012. Adaptado)
Ensinou a distância.
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância. respectivamente, com:
(A) aos … à … a … a (B) aos … a … à … a
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambi- (C) a … a … à … à (D) à … à … à … à
guidade, pode-se usar a crase. Veja: (E) a … a … a … a
Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância. 02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia
Dizem que aquele médico cura à distância. o texto a seguir.
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, cor-
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA reu ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira
causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ carto-
- diante de nomes próprios femininos: mante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz repreen-
Observação: é facultativo o uso da crase diante de no- deu-a por ter feito o que fez.
mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar- (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias.
tigo. Observe: Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. ordem dada:
A) à – a – a B) a – a – à
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo C) à – a – à D) à – à – a
feminino diante de nomes próprios femininos, então pode- E) a – à – à
mos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Ro- 03 (POLÍCIA CIVIL/SP – AGENTE POLICIAL - VU-
berto. NESP/2013) De acordo com a norma-padrão da língua
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro- portuguesa, o acento indicativo de crase está corretamente
berto. empregado em:
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LÍNGUA PORTUGUESA
(A) A população, de um modo geral, está à espera de A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
que, com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re- desejos.
pensarem a sua postura. B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à nos mecanismos biológicos de controle emocional.
punições muito mais severas. C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
vida dos demais motoristas e de pedestres. de alimentam a violência crescente nas cidades.
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
da nova lei para que ela possa funcionar. dade atinge os mais vulneráveis.
55
LÍNGUA PORTUGUESA
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en- A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
pronome indefinido/relativo) desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase)
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vi- nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se
mos que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___ o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há
confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por crase)
ter feito o que fez. C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
(artigo indefinido)
3-) D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra
para substituir por “esperando”) de que masculina)
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à re- E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
pensarem (antes de verbo) dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi-
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à nal: desfavorável a?)
punições (generalizando, palavra no plural)
(D) À ninguém (pronome indefinido) 8-)
(E) Cabe à todos (pronome indefinido) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa- área de biotecnologia. (artigo indefinido)
da e sem profundidade. B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono- à educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar
me indefinido) a)
a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar
masculina) as instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefini- D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
do) detalhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome
a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa- indefinido)
lavra masculina) E) É função da política é dedicar-se à todo problema
que comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome in-
5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional definido)
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio___à__
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepa- 9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está
rá--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa forma, quando no singular e “frases”, no plural)
em liberdade, ele estará capacitado__a___ ter uma profissão Impassível à propensão (regência nominal: pede pre-
e uma vida digna. posição)
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acen-
- retorno a? regência nominal pede preposição; to indicativo de crase)
- antes de verbo no infinitivo não há crase. Sequência: a / à / a.
7-)
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LÍNGUA PORTUGUESA
57
LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu
bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, caca-
rejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam
Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abs-
ter-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula inte-
grante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me.
Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
61
LÍNGUA PORTUGUESA
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen- - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro. - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im- (forma simples).
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) atual: Ele estudará as lições amanhã.
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
boa colocação. ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
2. Tempos do Subjuntivo
ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
vérbio)
mento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de
adjetivo) - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado,
mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele ven-
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em cesse o jogo.
curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
plo: Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas cons-
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. truções em que se expressa a ideia de condição ou desejo.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do cam-
peonato.
- Particípio: quando não é empregado na formação
dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o - Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode
resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê- ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando
nero, número e grau. Por exemplo: ele vier à loja, levará as encomendas.
Terminados os exames, os candidatos saíram. Obs.: o futuro do presente é também usado em frases
que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele
Quando o particípio exprime somente estado, sem vier à loja, levará as encomendas.
nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais
1. Tempos do Indicativo
- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste
colégio.
62
LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Indicativo
Pretérito mais-que-perfeito
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1ª/2ª e 3ª conj.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas
sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação
(A) concluída.
(B) atemporal.
(C) contínua.
(D) hipotética.
(E) futura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer (A) Caso a criança se havia perdido…
estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas (B) Caso a criança perdeu…
interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da per- (C) Caso a criança se perca…
gunta “débito ou crédito?”. (D) Caso a criança estivera perdida…
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de (E) Caso a criança se perda…
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido 08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-
dela. adap.). Assinale a alternativa em que o verbo destacado
(C) adotar como referência de qualidade. está no tempo futuro.
(D) julgar de acordo com normas legais. A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. B) … somente eles podem decidir se irão ou não com-
prar.
04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna- C) É como se abrissem em nós uma “caixa de neces-
tiva contendo a frase do texto na qual a expressão verbal sidades”…
destacada exprime possibilidade. D) … de onde vem o produto…?
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sis- E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
tema capaz de disponibilizar um grande número de obras 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
literárias... le a alternativa em que a concordância das formas verbais
(B) Funcionando como um imenso sistema de informa- destacadas se dá em conformidade com a norma-padrão
ção e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme da língua.
arquivo virtual. (A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vi-
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por zinhos.
associação, e não mais por sequências fixas previamente (B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter
estabelecidas. acontecido com a criança.
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já
conceito está ligado a uma nova concepção de textuali- estavam preocupados.
dade... (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi en-
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponi-
contrada.
bilizar toda a literatura do mundo...
(E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a
criança se perdeu mesmo assim.
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O
10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
crescimento econômico, se associado à ampliação do empre-
NESP – 2013-adap.). Leia as frases a seguir.
go, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”,
se passarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma-
do indicativo, teremos a forma: deira no animal.
A) puder. II. Existiam muitos ferimentos no boi.
B) poderia. III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
C) pôde. movimentada.
D) poderá. Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este
E) pudesse. pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
A) Existia – Haviam – Existiam
06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna- B) Existiam – Havia – Existiam
tiva em que todos os verbos estão empregados de acordo C) Existiam – Haviam – Existiam
com a norma- -padrão. D) Existiam – Havia – Existia
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da E) Existia – Havia – Existia
impressão definitiva.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em GABARITO
silêncio. 01. B 02. C 03. E 04. B 05. B
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra- 06. A 07. C 08. B 09. C 10. D
balhar no feriado.
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga... RESOLUÇÃO
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque-
ra a seu superior. 1-) É comum que objetos sejam esquecidos em
locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evi-
07. (Papiloscopista Policial Vunesp 2013-adap.) Assina- tados se as pessoas mantivessem a atenção voltada para
le a alternativa que substitui, corretamente e sem alterar o seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
sentido da frase, a expressão destacada em – Se a crian-
ça se perder, quem encontrá-la verá na pulseira instruções 2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresen-
para que envie uma mensagem eletrônica ao grupo ou tando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução ver-
acione o código na internet. bal em destaque expressa ação contínua (= não concluída)
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LÍNGUA PORTUGUESA
3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: No português, para verificar se um verbo sofre altera-
trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% ções, basta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito
das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. do indicativo. Ex: faço – fiz, trago – trouxe, posso - pude.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de Não é considerada irregularidade a alteração gráfica
classificar segundo ideias preconcebidas. do radical de certos verbos para conservação da regulari-
4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de infor- dade fônica. Ex: embarcar – embarco, fingir – finjo.
mação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enor-
me arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do
indicativo:
5-) Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito Eu dou
do Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós po- Tu dás
deríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração Ele dá
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes- Nós damos
soa do singular (ele) = poderia. Vós dais
Eles dão
6-)
(B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se
silêncio. do original “dar” durante a conjugação, sendo considerado
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a verbo irregular.
trabalhar no feriado. Exemplo: Conjugação do verbo valer:
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga...
Modo Indicativo
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a re-
Presente
queira a seu superior.
eu valho
tu vales
7-) Caso a criança se perca…(perda = substantivo:
ele vale
Houve uma grande perda salarial...) nós valemos
vós valeis
8-) eles valem
A) Os consumidores são assediados pelo marketing =
presente Pretérito Perfeito do Indicativo
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi- eu vali
dades”… = pretérito do Subjuntivo tu valeste
D) … de onde vem o produto…? = presente ele valeu
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = nós valemos
pretérito perfeito vós valestes
eles valeram
9-)
(A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e Pretérito Imperfeito do Indicativo
vizinhos. eu valia
(B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter tu valias
acontecido com a criança. ele valia
(D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi en- nós valíamos
contrada. vós valíeis
(E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a eles valiam
criança se perdeu mesmo assim.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços eu valera
de madeira no animal. tu valeras
II. Existiam muitos ferimentos no boi. ele valera
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida nós valêramos
movimentada. vós valêreis
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal; eles valeram
existir = variável. Portanto, temos:
I – Existiam onze pessoas... Futuro do Presente do Indicativo
II – Havia muitos ferimentos... eu valerei
III – Existia muita gente... tu valerás
ele valerá
Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações nós valeremos
em seu radical ou em suas desinências, afastando-se do vós valereis
modelo a que pertencem. eles valerão
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LÍNGUA PORTUGUESA
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- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação 2- Voz Passiva Sintética
expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho. A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
sujeito agente ação objeto (paciente) o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
Por exemplo:
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a Abriram-se as inscrições para o concurso.
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: Destruiu-se o velho prédio da escola.
O trabalho foi feito por ele. Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
sujeito paciente ação agente da pas- sintética.
siva Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agen- tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
te e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem
O menino feriu-se. o significado de voz passiva como sendo a voz que expres-
sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE
a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao e AGENTE DA PASSIVA.
outro)
Formação da Voz Passiva Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos: Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
analítico e sintético. tancialmente o sentido da frase.
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LÍNGUA PORTUGUESA
08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PRO- 2-) ... a Coreia do Norte interrompeu comunicações
CON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são impac- com o vizinho = voz ativa com um verbo, então a passiva
tados pelas mídias de massa” terá dois: comunicações com o vizinho foram interrompi-
O fragmento transcrito acima apresenta uma constru- das pela Coreia...
ção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva 3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concor-
encontra-se em: rência dos autores anônimos = Séria concorrência é en-
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões frentada pela autoria...
de compra de uma família”
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do 4-) a comunidade internacional [...] observe outro pre-
mercado para a persuasão do público infantil” ceito = se na voz ativa temos um verbo, na passiva tere-
mos dois: outro preceito seja observado.
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as
crianças brasileiras nas práticas de consumo.”
5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par-
D) “Elas são assediadas pelo mercado” tes = Um diálogo teria sido aberto...
E) “valores distorcidos são de fato um problema de or-
dem ética” 6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa
09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CI- Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação...
VIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a frase = voz passiva
o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva,
obtém-se corretamente o seguinte segmento: 7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um
(A) tinha recebido promoção. protagonista.
(B) estaria sendo promovido. Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos
(C) fizera a promoção. dois; se na ativa temos dois, na passiva teremos três. Então:
(D) estava sendo promovido. A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por
(E) havia sido promovido. um figurante.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo- Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
nita! nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
[referência ao nome] principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Essa moça morava nos meus sonhos! Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
[qualificação do nome] gurado:
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso inter-
locutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em rela-
ção à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observações: No tempo:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resul- Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
tar da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, refere ao ano presente.
seu José. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
refere a um passado próximo.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
posse. Podem ter outros empregos, como: está se referindo a um passado distante.
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 invariáveis, observe:
anos. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem Invariáveis: isto, isso, aquilo.
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, - o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
trouxe sua mensagem? Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- que te indiquei.)
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e
anotações. - mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas
que o procuraram ontem.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais
oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir- - próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram
lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) o problema.
Os pronomes demonstrativos são utilizados para ex- - tal, tais: Tal era a solução para o problema.
plicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras
ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de Note que:
espaço, no tempo ou discurso. - Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
No espaço: construções redundantes, com finalidade expressiva, para
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa
carro está perto da pessoa que fala. é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da
pessoa que fala. - O pronome demonstrativo neutro ou pode represen-
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso
o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi-
quem falo. cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o
pressentiam.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne-
faz as vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
ela o fizesse. algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
outras, quantas.
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em algo, cada.
primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram
amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este São locuções pronominais indefinidas:
solteiro, aquele casado]
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro,
uma ou outra, etc.
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Cada um escolheu o vinho desejado.
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no Indefinidos Sistemáticos
= naquilo)
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
Pronomes Indefinidos percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
quantidade indeterminada. afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
-plantadas. algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
e qualquer, que generaliza.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa Essas oposições de sentido são muito importantes na
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu- de que fazem parte:
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- prático.
guém, outrem, quem, tudo. Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
Algo o incomoda? pessoas quaisquer.
Quem avisa amigo é.
Pronomes Relativos
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade São aqueles que representam nomes já mencionados
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
Cada povo tem seus costumes. as orações subordinadas adjetivas.
Certas pessoas exercem várias profissões. O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
um grupo racial sobre outros.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, (afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou-
ora pronomes indefinidos adjetivos: tros = oração subordinada adjetiva).
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, “sistema” é antecedente do pronome relativo que.
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), O antecedente do pronome relativo pode ser o prono-
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. me demonstrativo o, a, os, as.
Menos palavras e mais ações. Não sei o que você está querendo dizer.
Alguns se contentam pouco. Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
expresso.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- Quem casa, quer casa.
riáveis e invariáveis. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui an- Importante: Em observação à segunda oração, o em-
tecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver-
casa onde morava foi assaltada. bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo
ou em que. principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio.
77
LÍNGUA PORTUGUESA
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta 02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-
não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto- adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri-
nos. A ênclise vai acontecer quando: fado está corretamente substituído por um pronome em:
78
LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer 10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som- mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- munhas vão ajudar a polícia na investigação.
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos. felizmente os comprovam ... ajudá-la
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde (advérbio)
sempre será a segunda opção.
80
LÍNGUA PORTUGUESA
Os funcionários foram convocados pelo diretor. É importante salientar que um verbo só será TRAN-
O princípio é o verbo. Procura-se, portanto, o verbo: é SITIVO se houver complemento (objeto direto ou objeto
a locução verbal foram convocados. - - Pergunta-se a ela: indireto). A análise de um verbo depende, portanto, do
Que(m) é que foi convocado? ambiente sintático em que ele se encontra. Um verbo que
- Resposta: Os funcionários. aparentemente seja transitivo direto pode ser, na realida-
- O sujeito da oração, então, é o seguinte: os funcioná- de, intransitivo, caso não haja complemento. Por exemplo,
rios. observe a seguinte frase:
Encontrado o sujeito, parte-se para a análise do verbo: O pior cego é aquele que não quer ver.
Se ele indicar que o sujeito possui uma qualidade, um O verbo “ver” é, aparentemente, transitivo direto, uma
estado ou um modo de ser, sem praticar ação alguma, será vez que se encaixa na frase Quem vê, vê algo. Ocorre, po-
denominado de VERBO DE LIGAÇÃO. Os verbos de ligação rém, que não há o “algo”. O pior cego é aquele que não
mais comuns são os seguintes: ser, estar, parecer, ficar, per- quer ver o quê? Não aparece na oração; não há, portanto,
manecer e continuar. Não se esqueça, porém, de que só o objeto direto. Como não o há, o verbo não pode ser tran-
será verbo de ligação o que indicar qualidade, estado ou sitivo direto, e sim intransitivo.
modo de ser do sujeito, sem praticar ação alguma. Observe Observe, agora, esta frase: Quem dá aos pobres, empres-
as seguintes frases: ta a Deus.
O político continuou seu discurso mesmo com todas as Os verbos “dar” e “emprestar” são, aparentemente,
vaias recebidas. transitivos diretos e indiretos, uma vez que se encaixam nas
Continuar, nesta frase, não é de ligação já que não indi- frases Quem dá, dá algo a alguém e Quem empresta, em-
ca qualidade do sujeito, e sim ação. presta algo a alguém. Ocorre, porém, que não há o “algo”.
Quem dá o que aos pobres empresta o que a Deus? Não
A professora estava na sala de aula. aparece na oração; não há, portanto, o objeto direto. Como
Estar, nesta frase, não é de ligação já que não indica não o há, os verbos não podem ser transitivos diretos e
qualidade do sujeito, e sim fato. indiretos, e sim somente transitivos indiretos.
A garota estava muito alegre.
Estar é verbo de ligação porque indica qualidade do FONTE: http://www.gramaticaonline.com.br/texto/1231
sujeito.
Questões sobre Análise Sintática
Se o verbo indicar que o sujeito pratica uma ação, ou
01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os
que participa ativamente de um fato, será denominado de
trabalhadores passaram mais tempo na escola...
VERBO INTRANSITIVO ou VERBO TRANSITIVO, de acordo
O segmento grifado acima possui a mesma função sin-
com o seguinte:
tática que o destacado em:
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria.
- Quem ............ , ................. : Todo verbo que se encaixar
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
nessa frase será INTRANSITIVO. Por exemplo, o verbo cor-
C) O crescimento da escolaridade também foi impul-
rer: Quem corre, corre. sionado...
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino mé-
- Quem ............ , ................. algo/alguém: Todo verbo dio...
que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO DIRETO. Por E) ...impulsionado pelo aumento do número de uni-
exemplo, o verbo comer: Quem come, come algo; ou o ver- versidades...
bo amar: Quem ama, ama alguém.
02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos
- Quem ............ , ................. + prep. + algo/alguém: Todo de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...],
verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO INDI- sabiam os paulistas como...
RETO. Por exemplo, o verbo gostar: Quem gosta, gosta de O segmento em destaque na frase acima exerce a mes-
algo ou de alguém. As preposições mais comuns são as ma função sintática que o elemento grifado em:
seguintes: a, de, em, por, para, sem e com. A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mos-
tradores para a volta.
- Quem ............ , ................. algo/alguém + prep. + algo/ B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescenta-
alguém: Todo verbo que se encaixar nessa frase será TRAN- riam aqueles de considerável...
SITIVO DIRETO E INDIRETO - também denominado de BI- C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o
TRANSITIVO. Por exemplo, o verbo mostrar: Quem mostra, sinal.
mostra algo a alguém; ou o verbo informar: Quem informa, D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer flores-
informa alguém de algo ou Quem informa, informa algo a ta, podia significar uma pista.
alguém. E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-
nos a vila de São Paulo como centro...
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LÍNGUA PORTUGUESA
07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”. 5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qua-
Identifique a alternativa que classifica corretamente a fun- lidade de vida.
ção sintática e a classe morfológica dos termos destacados: - Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário.
A) objeto indireto – substantivo
B) objeto direto - substantivo 6-) É notável, nos textos épicos, a participação do so-
C) sujeito – adjetivo brenatural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao
D) objeto direto – adjetivo nacionalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os
E) sujeito - substantivo deuses tomam partido e interferem nas aventuras dos he-
róis, ajudando-os ou atrapalhando-os.
GABARITO Ambos os termos apresentam sujeito simples
7-) Surgiram fotógrafos e repórteres.
01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta
(final da oração). Portanto: função sintática: sujeito (com-
posto); classe morfológica (classe de palavras): substanti-
vos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como qua- 08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
nossa vida prática. casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como -as, respectivamente, como coordenadas:
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância A) adversativa e aditiva.
para nossa vida prática. B) explicativa e aditiva.
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase C) adversativa e alternativa.
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- D) aditiva e alternativa.
sa vida prática.
D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase 09. Um livro de receita é um bom presente porque aju-
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- da as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque”
sa vida prática. pode ser substituída, sem alteração de sentido, por
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase A) entretanto.
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- B) então.
sa vida prática. C) assim.
D) pois.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.) E) porém.
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao auto-
móvel mas também da necessidade de maior número de 10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, te-
viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de mos a presença de uma oração coordenada que pode ser
A) explicação. classificada em:
B) oposição. A) Coordenada assindética;
C) alternância. B) Coordenada assindética aditiva;
D) conclusão. C) Coordenada sindética alternativa;
E) adição. D) Coordenada sindética aditiva.
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LÍNGUA PORTUGUESA
4-) fruto não só do novo acesso da população ao auto- A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
móvel mas também da necessidade de maior número de sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que
a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo.
5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sem- Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas
pre. orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo
= conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin- surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou
dética explicativa não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi-
das ou implícitas.
6-) Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual-
ajuda (ideia contrária) mente, introduzidas por preposição.
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
= adição 1) ORAÇÕES SUBORDINADAS
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa SUBSTANTIVAS
de pedir esmola”. = adição
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu- A oração subordinada substantiva tem valor de subs-
tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie- tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção in-
dade”. = adição tegrante (que, se).
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- Suponho que você foi à biblioteca hoje.
tura, acesso à saúde E à educação”. = adição Oração Subordinada Substantiva
7-)
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre- Você sabe se o presidente já chegou?
tende trabalhar como advogado. = adversativa Oração Subordinada Substantiva
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
preocupe. = conclusão Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
= explicativa como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam como). Veja os exemplos:
toda a chuva. = alternativa O garoto perguntou qual era o telefone da
8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversativa moça.
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva Oração Subordinada Substantiva
9-) Um livro de receita é um bom presente porque aju- Não sabemos por que a vizinha se mudou.
da as pessoas que não sabem cozinhar. Oração Subordinada Substantiva
= conjunção explicativa: pois
Classificação das Orações Subordinadas
10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi- Substantivas
ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.
De acordo com a função que exerce no período, a ora-
ção subordinada substantiva pode ser:
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
a) Subjetiva
“Eu sinto que em meu gesto existe o É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito
teu gesto.” do verbo da oração principal. Observe:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental o seu comparecimento à reunião.
Observe que na oração subordinada temos o verbo Sujeito
“existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
do presente do indicativo. As orações subordinadas que É fundamental que você compareça à reunião.
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tem- Oração Principal Oração Subordinada Substantiva
pos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são Subjetiva
chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. Pode-
mos modificar o período acima. Veja: Atenção: Observe que a oração subordinada substanti-
va pode ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos
Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso. ou Isso é fundamental.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
a função de sujeito Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
principal: d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções completa um nome que pertence à oração principal e tam-
do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo bém vem marcada por preposição.
- É claro - Está evidente - Está comprovado Sentimos orgulho de seu comportamento.
É bom que você compareça à minha festa. Complemento Nominal
2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube- de que você se comportou. (= Sen-
se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anun- timos orgulho disso.)
ciado - Ficou provado Oração Subordinada Substantiva Completiva
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. Nominal
3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
importar - ocorrer - acontecer Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob-
Convém que não se atrase na entrevista. jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é sub- que orações subordinadas substantivas completivas nomi-
jetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pes- nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma
soa do singular. da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o
b) Objetiva Direta complemento nominal: o primeiro complementa um verbo,
A oração subordinada substantiva objetiva direta exer- o segundo, um nome.
ce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Todos querem sua aprovação no concurso.
Objeto Direto e) Predicativa
Todos querem que você seja aprovado. (= Todos A oração subordinada substantiva predicativa exerce
querem isso)
papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi-
Oração Principal oração Subordinada Substantiva
pal e vem sempre depois do verbo ser.
Objetiva Direta
Nosso desejo era sua desistência.
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Predicativo do Sujeito
desenvolvidas são iniciadas por:
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo
era isso)
- Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
“se”:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: fui bem na prova.
O pessoal queria saber quem era o dono do carro im-
portado. f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce fun-
- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ção de aposto de algum termo da oração principal.
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de
Eu não sei por que ela fez isso. seu casamento. Aposto
c) Objetiva Indireta (Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu
como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem casamento chegasse.
precedida de preposição. Oração Subordinada Substantiva Apositiva
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LÍNGUA PORTUGUESA
Esta foi uma redação que fez sucesso. Nesse período, observe que a oração em destaque res-
Oração Principal Oração Subordinada Ad- tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-
jetiva se de um homem específico, único. A oração limita o uni-
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens,
mas sim àquele que estava passando naquele momento.
Perceba que a conexão entre a oração subordinada ad-
jetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita
Exemplo 2:
pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacio- O homem, que se considera racional, muitas vezes age
nar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma animalescamente.
função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
seria exercido pelo termo que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período Nesse período, a oração em destaque não tem sentido
composto, altera-se o modo verbal da segunda oração. restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa
oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re- contida no conceito de “homem”.
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais Saiba que:
Refiro-me ao aluno que é estudioso. A oração subordinada adjetiva explicativa é separada
Essa oração é equivalente a: da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é repre-
Refiro-me ao aluno o qual estuda. sentada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação
seja indicada como forma de diferenciar as orações expli-
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas cativas das restritivas; de fato, as explicativas vêm sempre
isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Quando são introduzidas por um pronome relativo e
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi- a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal.
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo,
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida,
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o vem introduzida por uma das conjunções subordinativas
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo
particípio). com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
Oração Subordinada Adverbial
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- Observe que a oração em destaque agrega uma cir-
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito subordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor- são termos acessórios que indicam uma circunstância refe-
dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re- rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto
lativo e seu verbo está no infinitivo. adverbial depende da exata compreensão da circunstância
que exprime. Observe os exemplos abaixo:
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
minha vida.
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de
Na relação que estabelecem com o termo que caracte- minha vida.
rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de
duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi- adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”.
dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, No segundo período, esse papel é exercido pela oração
sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem “Quando vi a estátua”, que é, portanto, uma oração su-
também orações que realçam um detalhe ou amplificam bordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvi-
dados sobre o antecedente, que já se encontra suficiente- da, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa
mente definido, as quais denominam-se subordinadas ad- (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicati-
jetivas explicativas. vo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível
reduzi-la, obtendo-se:
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a Se olharmos Los Angeles como a região que levou a des-
locução conjuntiva para que. concentração ao extremo, ficam claras as consequências.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. Numa região rica como a Califórnia, com enorme investi-
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada mento viário, temos engarrafamentos gigantescos que vira-
entrasse. ram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com
h) Proporção elevado adensamento e predominância do transporte coleti-
As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex- vo, como mostram Manhattan e Tóquio.
primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao O centro histórico de São Paulo é a região da cidade
expresso na oração principal. mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio- de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em outras
nal: À PROPORÇÃO QUE grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento
que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... gradual do centro, com deslocamento das atividades para
(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), diversas regiões da cidade.
quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais... A visão de adensamento com uso abundante de trans-
(menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos). porte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será pos-
À proporção que estudávamos, acertávamos mais ques- sível reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do
tões. transporte individual, fruto não só do novo acesso da popu-
Visito meus amigos à medida que eles me convidam. lação ao automóvel, mas também da necessidade de maior
Quanto maior for a altura, maior será o tombo. número de viagens em função da distância cada vez maior
entre os destinos da população.
i) Tempo (Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adap-
As orações subordinadas adverbiais temporais acres- tado)
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração As expressões mais denso e menos trânsito, no título,
estabelecem entre si uma relação de
principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an-
(A) comparação e adição.
terioridade ou posterioridade.
(B) causa e consequência.
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO
(C) conformidade e negação.
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto,
(D) hipótese e concessão.
mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as
(E) alternância e explicação
vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
NESP – 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positi-
Mal você saiu, ela chegou. vo por eles se tornarem uma referência positiva dentro da
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi- unidade, já que cumprem melhor as regras, respeitam o
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio) próximo e pensam melhor nas suas ações, refletem antes
de tomar uma atitude. – o termo em destaque estabelece
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/ entre as orações uma relação de
sint29.php A) condição.
B) causa.
Questões sobre Orações Subordinadas C) comparação.
D) tempo.
01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013). E) concessão.
Mais denso, menos trânsito
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas
As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas,
em processo de deterioração agudizado pelo crescimento exceto:
econômico da última década. Existem deficiências evidentes A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço.
em infraestrutura, mas é importante também considerar o B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita
planejamento urbano. sobre sua vida.
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de C) Ignoras quanto custou meu relógio?
desconcentração, incentivando a criação de diversos centros D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos.
urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião
de deslocamento.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos
centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de
viagens, dificultando o investimento em transporte coletivo e
aumentando a necessidade do transporte individual.
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04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen-
seu Namorado Lute. volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
tes...
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
to da extensão urbana verificados no Brasil, é importante
desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
existentes...
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(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi-
dência da República (1991). RESPOSTA: “A”.
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-detail.
php?id=393) 9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
RESPOSTA: “E”. (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
grado.
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
... valores e princípios que sejam percebidos pela so- grande diversidade de fenômenos.
ciedade como tais. (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
passará a ser, corretamente, ficação.
(A) perceba. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(B) foi percebido. da vida (...).
(C) tenham percebido. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
(D) devam perceber. dido e da falsa consciência.
(E) estava percebendo.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so- do.
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e grande diversidade de fenômenos.
princípios... - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
RESPOSTA: “A” (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
A concordância verbal e nominal está inteiramente cor- vida (...).
reta na frase: (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e e da falsa consciência.
valores que determinam as escolhas dos governantes,
para conferir legitimidade a suas decisões. RESPOSTA: “B”.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes
devem ser embasados na percepção dos valores e prin- 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
cípios que regem a prática política. TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as ambiental Geraldo Motta.
liberdades individuais quanto as coletivas. Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
(D) As instituições fundamentais de um regime de- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- (A) entrar − vira
criminadas de um único poder central. (B) entrava − tinha visto
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (C) entrasse − veria
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (D) entraria − veria
opiniões existentes na sociedade. (E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses: Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e va- ria = entrasse / veria.
lores que determinam as escolhas dos governantes, para
conferir legitimidade a suas decisões. RESPOSTA: “C”.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de-
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos 11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
valores e princípios que regem a prática política. A pontuação está inteiramente adequada na frase:
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver- a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei- crianças de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas. ver com as de ontem.
(D) As instituições fundamentais de um regime demo- b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que
crático não pode (podem) estar subordinado (subordina- as crianças, de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver,
das) às ordens indiscriminadas de um único poder central. com as de ontem.
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LÍNGUA PORTUGUESA
c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que 14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINIS-
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver TRATIVO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as
com as de ontem. frases do texto:
d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota ne-
as crianças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver gativa...
com as de ontem. II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior clas-
e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que sificação do continente americano (2,0)...
as crianças de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases
com as de ontem. I e II, a concordância segue as mesmas regras, na ordem
dos exemplos, em:
Devido à igualdade textual entre os itens, a apresenta- (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o
ção da alternativa correta indica quais são as inadequações próximo ano. Será que alguém tem opinião diferente
nas demais. da maioria?
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas ju-
RESPOSTA: “E”. ninas. Vêm pessoas de muito longe para brincar de qua-
drilha.
12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa.
ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Quase todos quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
No trecho: “O crescimento econômico, se associado à (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui,
ampliação do emprego, PODE melhorar o quadro aqui mas também existem umas que não merecem nossa
sumariamente descrito.”, se passarmos o verbo desta- atenção.
cado para o futuro do pretérito do indicativo, teremos (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
a forma:
A) puder. Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos
B) poderia. aos itens:
C) pôde. (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém
D) poderá. tem (singular)
E) pudesse. (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quise-
Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do ram (plural)
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós pode- (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem
ríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração umas (plural)
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes- (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas
soa do singular (ele) = poderia. as formas estão no plural)
94
CONHECIMENTOS TÉCNICOS
Conteúdo do documento “Estudo dos conhecimentos técnicos a serem aplicados no Censo Agropecuário 2017”...... 01
CONHECIMENTOS TÉCNICOS
CONTEÚDO DO DOCUMENTO
“ESTUDO DOS CONHECIMENTOS
TÉCNICOS A SEREM APLICADOS NO CENSO
AGROPECUÁRIO 2017”
O IBGE é o órgão coordenador e produtor de informações estatísticas e geográficas. Entre as suas múltiplas atividades
e pesquisas, oferece uma visão completa e atual do Brasil: identifica e analisa o território, conta a população e mostra como
a economia evolui através do trabalho e da produção, revelando, ainda, como as pessoas vivem, auxiliando os governantes
na tomada de decisões de caráter político, econômico, social e educacional.
O que é o Censo?
O Censo é um processo de obter informações sobre a totalidade dos membros de uma dada população. Em nível es-
tatístico, população é a coleção completa de unidades a serem pesquisadas, como pessoas, instituições, estabelecimentos,
registros ou acontecimentos, a partir das quais se podem constituir amostras.
1
CONHECIMENTOS TÉCNICOS
Para estudos estatísticos, o IBGE subdivide as Unidades em áreas menores denominadas Setor Censitário.
Setor Censitário é o território de trabalho onde se localizam os estabelecimentos que serão visitados pelo recensea-
dor. O Setor Censitário pode ser urbano ou rural, representado graficamente por um mapa.
O Mapa do Setor é o desenho gráfico da área geográfica a ser recenseada, que é acompanhado da descrição dos li-
mites do setor.
O mapa auxilia o recenseador a:
· identificar a área que deve ser percorrida e seus limites;
· localizar-se durante o trabalho de campo;
· conhecer o início e o final do percurso no setor.
O IBGE, além de dividir as unidades em Setores Censitários, também cria em suas divisões territoriais, para a realização
dos Censos, os denominados Postos de Coleta.
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CONHECIMENTOS TÉCNICOS
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CONHECIMENTOS TÉCNICOS
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CONHECIMENTOS TÉCNICOS
5
CONHECIMENTOS TÉCNICOS
08. Uma das tarefas do Recenseador, é receber e pre- 11. A Recenseadora Sueli foi dispensada do trabalho
parar o material de trabalho que precisará utilizar. Assim, é porque seu Supervisor constatou que ela
essencial que ele possua: (A) faltou um dia ao trabalho por motivo de doença.
I – crachá, que usará para comprovar quem ele é e que (B) deixou de lhe relatar suas observações pessoais so-
trabalho está autorizado a realizar; bre um dos entrevistados.
II – Mapa do Setor, feito em plástico colorido, que o (C) comentou com amigos sobre o poder aquisitivo
orientará sobre o caminho a percorrer; dos moradores de determinado edifício.
III – Manual do Recenseador, contendo todas as expli- (D) retornou a um domicílio da amostra, em virtude de
cações necessárias à orientação e ao acompanhamento da não ter conseguido terminar a aplicação do questionário.
coleta do Censo 2010; (E) alterou o percurso do setor sob sua responsabilida-
IV – Questionário da Amostra, que será aplicado em de pelo fato de ter ocorrido um incêndio na região.
todas as unidades domiciliares em que haja moradores;
V – Computador de Mão, no qual será feito o registro e 12. Para o êxito das entrevistas, o Recenseador deve
o armazenamento das informações coletadas. (A) auxiliar o entrevistado a responder, principalmente
Estão corretamente descritos os materiais nas questões mais complexas.
(A) I, III e V, apenas. (B) fazer o seu trabalho sem pressa, dando ao entrevis-
(B) II, III e IV, apenas. tado o tempo de que este precisar para responder.
(C) II, IV e V, apenas. (C) criar novas formas de apresentar a pergunta quan-
(D) I, III, IV e V, apenas. do achar que não foi bem entendida.
(E) I, II, III, IV e V. (D) acompanhar a entrevista com palavras de aprova-
ção e simpatia.
09. Uma das mais importantes tarefas do Recenseador é (E) sugerir algumas respostas quando perceber que o
(A) conferir com o mapa o percurso do setor que lhe entrevistado está em dúvida.
cabe recensear, fazendo as correções que forem necessá-
rias. 13. Fazem parte tanto do Questionário Básico como do
(B) orientar os seus colegas, sempre que estes apresen- Questionário da Amostra perguntas sobre
tarem dúvidas. (A) religião.
(C) visitar o mínimo de 20 e o máximo de 40 domicílios (B) deficiência.
por dia. (C) migração interna.
(D) registrar os domicílios que se encontravam fecha- (D) registro de nascimento.
dos, repassando os seus endereços para que o Supervisor (E) deslocamento para trabalho.
os visite.
(E) comparecer ao Posto de Coleta, nos dias estabeleci- 11. Ao coletar dados sobre Características do Domicí-
dos pelo Supervisor, para descarregar os dados coletados. lio, o Censo Demográfico NÃO obterá informações sobre
(A) condições de moradia.
10. É essencial que o Recenseador tenha uma atitude (B) número de moradores.
totalmente adequada durante as entrevistas, tal como fez (C) abastecimento de água.
Márcio, que (D) propriedade do domicílio.
(A) se apresentou com cordialidade ao morador, e as- (E) qualidade de vida.
segurou que todas as informações fornecidas seriam con-
sideradas sigilosas.
(B) iniciou a abordagem ao entrevistado conversando
sobre futebol, assunto que é o preferido da maioria dos
brasileiros.
(C) cortou algumas perguntas cujas respostas eram fá-
ceis de deduzir, quando percebeu que o entrevistado esta-
va com pressa.
(D) aproveitou a oportunidade, ao observar que o mo-
rador era bastante acessível, para lhe apresentar o catálogo
de um produto que vendia nas horas vagas.
(E) garantiu ao morador, no final da entrevista, que ele
não seria incomodado novamente.
6
CONHECIMENTOS TÉCNICOS
GABARITO
ANOTAÇÕES
01 D
02 E __________________________________________________
03 D
___________________________________________________
04 B
05 C ___________________________________________________
06 B ___________________________________________________
07 D ___________________________________________________
08 A
___________________________________________________
09 E
10 A ___________________________________________________
11 C ___________________________________________________
12 B
___________________________________________________
13 D
14 B ___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
RESPOSTA: “C”.
8
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
RESPOSTA: “B”.
9
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Fiz as correções entre parênteses: cartamos os itens “B” e “E”. “Tráfego” tem relação com trân-
(A) Daqui à (a) pouco teremos à (a) passagem gratuita. sito, transitar, trafegar. “Tráfico” é o que consideramos ilegal,
(B) Não existe (existem) condições de se implantar a praticado por traficante. Descartamos o item “C” também.
passagem gratuita. Sobrou-nos “Maus-tratos”/mal-tratos. O tratamento dado à
(C) É necessário (necessária) a implementação da pas- avó foi ruim, mau (adjetivo). Sendo assim, o correto é “maus-
sagem gratuita. -tratos”.
(D) O povo prefere mais passagem paga que (paga à)
gratuita. RESPOSTA:”D”.
(E) A passagem barata é preferível à gratuita.
O verbo “preferir” pede preposição: Prefiro água a vinho (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o
(e não: “do que vinho”)
texto para responder às questões de números 10 e 11.
Outro dia, meu pai veio me visitar e trouxe uma cai-
RESPOSTA: “E”.
xa de caquis, lá de Sorocaba. Eu os lavei, botei numa ti-
gela na varanda e comemos um por um, num silêncio
08-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO reverencial, nos olhando de vez em quando. Enquanto
PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Na passagem – comia, eu pensava: Deus do céu, como caqui é bom! Ca-
... e ausência de candidatos para preenchê-las. –, substi- qui é maravilhoso! O que tenho feito eu desta curta vida,
tuindo-se o verbo preencher por concorrer e atendendo- tão afastado dos caquis?!
-se à norma-padrão, obtém-se: Meus amigos e amigas e parentes queridos são como
(A) … e ausência de candidatos para concorrer a elas. os caquis: nunca os encontro. Quando os encontro, re-
(B) … e ausência de candidatos para concorrer à elas. lembro como é prazeroso vê-los, mas depois que vão
(C) … e ausência de candidatos para concorrer-lhes. embora me esqueço da revelação. Por que não os vejo
(D) … e ausência de candidatos para concorrê-las. sempre, toda semana, todos os dias desta curta vida?
(E) … e ausência de candidatos para lhes concorrer. Já sei: devem ficar escondidos de mim, guardados
numa caixa, lá em Sorocaba.
Vamos por exclusão: “à elas” está errada, já que não te- (Antônio Prata, Apolpando. Folha de S.Paulo,
mos acento indicativo de crase antes de pronome pessoal; 29.05.2013)
quando temos um verbo no infinitivo, podemos usar a cons-
trução: verbo + preposição + pronome pessoal. Por exem- 10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
plo: Dar a eles (ao invés de “dar-lhes”). PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A oração – …
nunca os encontro. (2.º parágrafo) – assume, em voz pas-
RESPOSTA: “A”. siva, a seguinte redação:
(A) … eu nunca encontro eles.
09-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO (B) … eles nunca têm sido encontrados por mim.
PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A Polícia Militar (C) … nunca se encontram eles.
prendeu, nesta semana, um homem de 37 anos, acusado (D) … eu nunca os tenho encontrado.
de ____________ de drogas e ____________ à avó de 74 anos (E) … eles nunca são encontrados por mim.
de idade. Ele foi preso em __________ com uma pequena
“Traduzindo” a oração destacada: “eu nunca encontro
quantidade de drogas no bairro Irapuá II, em Floriano,
eles” (Observação: colocação pronominal feita dessa for-
após várias denúncias de vizinhos. De acordo com o Co-
ma apenas para esclarecer a voz verbal!). Ao passarmos da
mandante do 3.º BPM, o acusado era conhecido na re-
voz ativa para a voz passiva, teremos a seguinte construção:
gião pela atuação no crime. “eles nunca são encontrados por mim”.
(www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em 23.06.2013.
Adaptado) RESPOSTA: “E”.
De acordo com a norma-padrão da língua portugue- 11-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
sa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respecti- PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Considerando o
vamente, com: contexto, assinale a alternativa em que há termos em-
(A) tráfico … mal-tratos … flagrante pregados em sentido figurado.
(B) tráfego … maltratos … fragrante (A) Outro dia, meu pai veio me visitar… (1.º pará-
(C) tráfego … maus-trato … flagrante grafo)
(D) tráfico … maus-tratos … flagrante (B) … e trouxe uma caixa de caquis, lá de Sorocaba.
(E) tráfico … mau-trato … fragrante (1.º parágrafo)
(C) … devem ficar escondidos de mim, guardados
Questão de ortografia. Vamos às exclusões: Polícia tra- numa caixa… (último parágrafo)
balha com criminosos pegos em “flagrante”, no “flagra”; (D) Enquanto comia, eu pensava… (1.º parágrafo)
“fragrante” relaciona-se a aroma, fragrância. Assim, já des- (E) … botei numa tigela na varanda e comemos um
por um… (1.º parágrafo)
10
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
11
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
16-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO III. “mostra” e “atingiu” estão na voz ativa e indicam,
PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA- respectivamente, tempo pretérito e tempo presente; = hou-
MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Leia o ve uma inversão: “mostra” está no presente e “atingiu” está
texto para responder à questão. no pretérito perfeito
IV. “mostra” e “foram derrubadas” estão na voz passiva
Tufão “Tembin” causa destruição em Taiwan; 5 mil e indicam tempo passado.
evacuaram = “mostra” está na voz ativa e tempo presente; “foram
derrubadas” sim, está na voz passiva e tempo passado.
Itens corretos: I e II.
RESPOSTA: “A”.
12
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
19-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO O termo “seguiu à risca” dá-nos uma ideia de “modo”.
PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA- Dentre as alternativas apresentadas, o item que nos passa o
MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Consi- mesmo sentido é: Ficou rodando de carro à toa por muito
dere a frase a seguir. tempo.
Esses recursos chegam ao STF depois de passar por
uma “peneira” no tribunal de origem. RESPOSTA: “D”.
Preserva-se o mesmo sentido e regência do verbo
chegar da frase em: 22-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSAMENTO
(A) O dinheiro não chegou para as despesas do mês.
DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Considere o tre-
(B) Ela não chega à mãe em beleza e inteligência.
cho.
(C) Uma desgraça nunca chega só. Dentro e fora de campo, a vida do juiz de futebol Juarez
(D) Chega de reclamações, disse o juiz. Gomes da Silva é uma eterna bola dividida. De ante mão,
(E) Apesar de chegar cedo à seção eleitoral, não con- ele já carrega a fama de vilão de espetáculo: ao surgir no
seguiu votar. gramado ao lado dos bandeirinhas, a recepção vêm sob
a forma de vaias, xingamentos e bombardeio de objetos.
No enunciado, o verbo “chegar” exerce a função de ver- No texto apresentado, há
bo transitivo indireto, pedindo preposição: chegar a que lu- (A) um erro de grafia (ante mão) e outro de concor-
gar, aonde? A alternativa que também apresenta o mesmo dância verbal (vêm).
sentido é a: chegou à seção eleitoral. (B) dois erros de grafia (ante mão/ sob).
(C) dois erros de concordância nominal (vaias/ xinga-
RESPOSTA: “E”. mentos).
(D) um erro de grafia (sob) e um erro de concordância
20-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO nominal (vaias).
PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA- (E) um erro de grafia (recepção) e um erro de concor-
MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Con- dância verbal (vêm).
sidere o trecho. No trecho há um erro ortográfico (antemão é a forma cor-
reta); “vêm” está no plural, mas o seu sujeito (a recepção) está
Em audiência pública realizada na última sexta-fei-
no singular, portanto o correto é “vem”.
ra (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou preocupado
e afirmou que tem receio de que o julgamento do mensa- RESPOSTA: “A”.
lão não termine até o final do ano.
Nesse trecho, a relação estabelecida entre as orações (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO -
ligadas pela conjunção “e” é de ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012 - ADAP-
(A) contraposição. TADA) Leia o texto, para responder às questões de núme-
(B) exclusão. ros 23 e 24.
(C) tempo. Nas últimas três décadas, as milícias, organizações cri-
(D) adição. minosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alas-
(E) alternância. trando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domí-
nios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade
A ideia apresentada pela conjunção “e”, nesse texto, é e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do
de adição. medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu
jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos
RESPOSTA: “D”. eleitorais, quando são procuradas por candidatos em bus-
ca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu
21-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras.
(Veja, 26.09.2012. Adaptado)
PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSA-
MENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012 - ADAP-
23-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
TADA) A corte seguiu à risca um artigo do Estatuto da LO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) Sa-
Criança e do Adolescente (ECA). bendo que o aposto é empregado para precisar, explicar
Segue essa mesma regra de uso da crase a alterna- um termo antecedente, assinale a alternativa contendo
tiva: passagem do texto com essa função.
(A) (A lei) ameaça despejar milhares de marginais (A) …quem faz campanha em seu pedaço…
precoces de volta às ruas. (B) …nomes egressos de suas próprias fileiras.
(B) A felicidade é o sonho que se oferece às pessoas. (C) …centenas de milhares de pessoas sob seu jugo…
(C) Telefonei ontem à sua tia. (D) …quando são procuradas por candidatos em bus-
(D) Ficou rodando de carro à toa por muito tempo. ca de apoio…
(E) Não ceda à tentação. (E) …organizações criminosas lideradas por policiais
e ex-policiais…
13
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Retirando do texto o trecho, perceberemos que o item (C) Ainda não identificada pela polícia, as pessoas
que apresenta um aposto (termo que explica um antecedente) responsáveis pelo assalto estão à solta.
é o seguinte: as milícias, organizações criminosas lideradas por (D) Já foi divulgado na mídia alguma coisa a respeito
policiais e ex-policiais, vêm se alastrandro no Rio de Janeiro. do acidente?
(E) Se foi incluso no contrato, a cláusula não pode ser
RESPOSTA: “E”. desconsiderada.
24-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- Fiz as correções entre parênteses:
LO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) A (A) Vê-se que ficou assegurado (assegurada) à família a
passagem do texto em que se encontra adjunto adverbial guarda do menor.
expressando circunstância de modo é: (B) Fica claro que o problema atinge os setores público e privado.
(A) …no Rio de Janeiro. (C) Ainda não identificada (identificadas) pela polícia, as
(B) …em períodos eleitorais… pessoas responsáveis pelo assalto estão à solta.
(C) …à base do assistencialismo e do medo. (D) Já foi divulgado (divulgada) na mídia alguma coisa a res-
(D) …de suas próprias fileiras. peito do acidente?
(E) …sobre os domínios do tráfico… (E) Se foi incluso (inclusa - ou incluída, já que funciona como
verbo) no contrato, a cláusula não pode ser desconsiderada.
Para “descobrirmos” um adjunto adverbial de modo, per-
guntamos ao verbo: “como?” No texto, dentre as alternativas RESPOSTA: “B”.
apresentadas, a que responde a essa pergunta adequadamente
é: “consolidaram seu poder (como?) = à base do assistencialismo 27-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
e do medo. LO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) As-
sinale a alternativa em que todos os verbos estão conjuga-
RESPOSTA: “C”. dos segundo a norma-padrão.
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício.
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas
25-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
já os reaveram.
LO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) As-
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo
sinale a alternativa em que os pronomes estão empregados
conflitos.
e colocados na frase de acordo com a norma-padrão.
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa inde-
(A) Nos surpreende, a cada dia, constatar a invasão das
nização.
milícias, que espalham-se pelas favelas, ditando-as suas leis.
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos
(B) Depois de invadir vários territórios da cidade, as mi-
eletrônicos.
lícias dominaram eles e ali instalaram-se.
(C) Há candidatos que usam as gangues: as procuram Correção à frente:
movidos pelo interesse em ter elas como aliadas. (A) Absteu-se = absteve-se
(D) Quase nunca vê-se reação das comunidades diante (B) mas já os reaveram = reouveram
do terror que as milícias as impõem. (C) se vocês verem = virem
(E) Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem (D) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos
seu poder; consolidam-no pela prática do terror. (E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos ele-
trônicos.
Fiz as correções:
(A) que espalham-se = que se espalham (pronome relativo) RESPOSTA: “E”.
(B) e ali instalaram-se = ali se instalaram (advérbio)
(C) Há candidatos que usam as gangues: as procuram = 28-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
procuram-nas (depois de pontuação) LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2011-
(D) Quase nunca vê-se = nunca se vê (advérbio) ADAPTADA) Em – Tudo indica que 250 mil documentos
E) Milicianos instalam-se... ;consolidam-no pela prática do secretos foram copiados por um jovem soldado num CD
terror enquanto fingia ouvir Lady Gaga. – a palavra destacada ex-
prime ideia de
RESPOSTA: “E”. (A) Hipótese
(B) Condição
26-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (C) Concessão
LO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) As- (D) Causa
sinale a alternativa em que a concordância nominal está de (E) Tempo
acordo com a norma-padrão.
(A) Vê-se que ficou assegurado à família a guarda A conjunção destacada dá-nos a informação com relação
do menor. ao momento, ao “tempo” em que a ação foi praticada.
(B) Fica claro que o problema atinge os setores pú-
blico e privado. RESPOSTA: “E”.
14
RACIOCÍNIO LÓGICO
Avaliação da habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, coisas e/
ou eventos, deduzir novas informações e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura dessas relações. As
questões das provas poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica de argumentação; diagramas lógicos;
aritmética; álgebra e geometria básicas.......................................................................................................................................................... 01
RACIOCÍNIO LÓGICO
1
RACIOCÍNIO LÓGICO
-Disjunção Exclusiva Tentei deixar de uma forma mais simples, para enten-
Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei der a tabela verdade de cada conectivo, pois sei que será
chocolate OU comprei bala. difícil para decorar, mas se você lembrar das frases, talvez
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mesmo fique mais fácil. Bons estudos! Vamos as questões!
tempo.
Questões
p q p ∨q
01. (CASAN – Assistente Administrativo – INSTITU-
V V F TO AOCP/2016) A tabela verdade apresenta os estados
V F V lógicos das entradas e das saídas de um dado no compu-
F V V tador. Ela é a base para a lógica binária que, igualmente, é
a base de todo o cálculo computacional. Sabendo disso,
F F F assinale a alternativa que apresenta a fórmula que corres-
ponde ao resultado da tabela verdade dada.
-Condicional
Se chove, então faz frio.
p q resultado
Se choveu, e fez frio V V V
Estamos dentro da possibilidade.(V)
V F F
Choveu e não fez frio F V F
Não está dentro do que disse. (F) F F F
Não choveu e fez frio..
(A) (p ^ q)
Ahh tudo bem, porque pode fazer frio se não chover,
(B) (p v q)
certo?(V)
(C) (p → q)
(D) (¬ p)
Não choveu, e não fez frio
Ora, se não choveu, não precisa fazer frio. (V) (E) (¬ q)
2
RACIOCÍNIO LÓGICO
(A) Você escutou a música, e Renato não é bom em Assinale a alternativa que contém os valores corretos
matemática, e não é bom em português. para 1, 2, 3 e 4, considerando-se o Conectivo do tipo CON-
(B) A música não tocou no rádio, e as nuvens não estão JUNÇÃO (a ∧ b).
escuras, e vai chover. (A) 1-F; 2-F; 3-F; 4-F
(C) Você escutou a música, e Renato é bom somente (B) 1-V; 2-V; 3-V; 4-F
em matemática, e está chovendo. (C) 1-V; 2-F; 3-F; 4-F
(D) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom (D) 1-V; 2-V; 3-F; 4-F
em português, e as nuvens estão escuras. (E) 1-F; 2-V; 3-F; 4-V
(E) A música não tocou no rádio, e Renato não é bom
em matemática, e é bom em português, e não vai chover. 08. (TRE/GO – Técnico Judiciário – CESPE/2015) A
respeito de lógica proposicional, julgue o item subsequen-
05. (DOCAS/PB – Assistente Administrativo – te.
IBFC/2015) Dentre as alternativas, a única correta é:
(A) O valor lógico da conjunção entre duas proposi- Se P, Q e R forem proposições simples e se T for a pro-
ções é verdade se os valores lógicos das duas proposições posição composta falsa [P∧(¬Q)] →R, então, necessaria-
forem falsos. mente, P, Q e R serão proposições verdadeiras.
(B) O valor lógico do bicondicional entre duas proposi-
( )certo ( )errado
ções é verdade se os valores lógicos das duas proposições
forem falsos.
09. (SAEB/BA – Técnico de Registro de Comércio –
(C) O valor lógico da disjunção entre duas proposições
IBFC/2015) Dentre as afirmações:
é verdade se os valores lógicos das duas proposições fo-
rem falsos. I. Se duas proposições são falsas, então a conjunção
(D) O valor lógico do condicional entre duas propo- entre elas é verdadeira.
sições é falso se os valores lógicos das duas proposições II. Se duas proposições são verdadeiras, então a disjun-
forem falsos. ção entre elas é verdadeira.
III. Se duas proposições são falsas, então o bicondicio-
06. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITU- nal entre elas é verdadeiro.
TO AOCP/2015) Considerando a proposição composta ( p IV. Se duas proposições são falsas, então o condicional
∨ r ) , é correto afirmar que entre elas é verdadeiro.
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa. Pode-se afirmar que são corretas:
(B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa. (A) Somente uma delas.
(C) para que a proposição composta seja verdadeira é (B) Somente duas delas.
necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras. (C) Somente três delas.
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é (D) Todas.
necessário que ambas, p e r sejam falsas. (E) Nenhuma.
(E) para que a proposição composta seja falsa é neces-
sário que ambas, p e r sejam falsas. 10. (TCE/SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira II –
FCC/2015) Considere a afirmação condicional: Se Alberto
07. (CRP/MG – Assistente Administrativo – QUA- é médico ou Alberto é dentista, então Rosa é engenheira.
DRIX/2015) Um pesquisador desenvolveu uma nova vacina
para combater uma determinada doença. Ao realizar os testes Seja R a afirmação: ‘Alberto é médico’;
em cobaias, para analisar o efeito da vacina, algumas cobaias Seja S a afirmação: ‘Alberto é dentista’ e
receberam a nova vacina desenvolvida, representada pela le- Seja T a afirmação: ‘Rosa é engenheira’.
tra a e outros receberam uma vacina já existente, represen-
tada pela letra b. Essas vacinas foram testadas em conjunto, A afirmação condicional será considerada necessaria-
e testadas separadamente. De forma a padronizarem-se o mente falsa quando
procedimento experimental e a demonstração dos resultados (A) R for verdadeira, S for falsa e T for verdadeira.
obtidos, convencionou-se a seguinte nomenclatura: (B) R for falsa, S for verdadeira e T for verdadeira.
V = VERDADEIRO, ou seja, a cobaia utilizou a vacina. (C) R for falsa, S for falsa e T for falsa.
F = FALSO, ou seja, a cobaia não utilizou a vacina. (D) R for falsa, S for falsa e T for verdadeira.
Foram analisadas 4 possibilidades, conforme a tabela- (E) R for verdadeira, S for falsa e T for falsa.
verdade a seguir.
11. (CGM/RJ – Auxiliar de Controladoria – PREF. DO
a b a∧b RIO DE JANEIRO/2015) Sabe-se que a proposição A é fal-
V V 1 sa e que a proposição B é verdadeira. Portanto, as proposi-
ções compostas A → B e A ↔ B , são, respectivamente:
V F 2 (A) verdadeira e verdadeira
F V 3 (B) verdadeira e falsa
F F 4 (C) falsa e falsa
(D) falsa e verdadeira
3
RACIOCÍNIO LÓGICO
12. (SAPeJUS/GO – Agente de Segurança Prisional Para a conjunção ser verdadeira, ambas proposições
– FUNIVERSA/2015) Considerando que P e Q sejam pro- devem ser verdadeiras.
posições simples e os significados dos símbolos lógicos “P (B)
∨ Q = P ou Q”, “P ∧ Q = P e Q”, “P→Q = se P, então Q”, A≥C
é possível construir a tabela verdade da proposição [P∨ 12 ≥3 (V)
Q]→[P∧ Q], completando a tabela abaixo. A+B=C
12+15=3
P Q P Q P Q [P∨ Q]→[P∧ Q] 27=3 (F)
V V (C)
F V A>B
V F 12>15(F)
F F Nem precisamos continuar, pois como é conjunção,
ambas deveriam ser verdadeiras.
Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta os (D)
elementos da coluna correspondente a [P∨ Q]→[P∧ Q], (A + C) > B
na ordem em que aparecem, de cima para baixo. 12+3>15
(A) V F V F 15>15 (F)
(B) V F F V (E)
(C) F F V V B≥A+2
(D) V V V V 15≥12+2
(E) F F F F 15≥14 (V)
4
RACIOCÍNIO LÓGICO
Tabela-verdade disjunção V V V
V F F
P Q p∨q F V V
V V V F F V
V F V
Lembrando da nossa tabela verdade da condicional, a
F V V segunda tem que ser falsa para a proposição ser falsa.
F F F OBS: Essa tabela não é exatamente do exercício, apenas
mostrando o valor lógico das proposições na condicional.
Tabela da condicional
09. Resposta: C.
Novamente, as tabelas verdades:
p Q p→Q
V V V Tabela-verdade conjunção
V F F I. Se duas proposições são falsas, então a conjunção
entre elas é verdadeira. (F)
F V V
F F V P Q p∧q
Tabela da bicondicional V V V
V F F
p q P↔q F V F
V V V F F F
V F F
Tabela-verdade disjunção
F V F II. Se duas proposições são verdadeiras, então a disjun-
F F V ção entre elas é verdadeira. (V)
5
RACIOCÍNIO LÓGICO
Para ser falsa, necessariamente T tem que ser falsa, en- Proposição
tão ficamos com as alternativas C e E. Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos
Para R∨S ser verdadeira que exprimem um pensamento de sentido completo.
Nossa professora, bela definição!
Não entendi nada!
R S R∨S Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que
V V V fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas
também no sentido lógico.
V F V Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser
F V V proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda-
F F F deira ou falsa.
Exemplos:
(A) A Terra é azul.
As proposições só não podem ser falsas juntas.
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é
uma proposição.
(B) >2
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico falso.
6
RACIOCÍNIO LÓGICO
Agora, vamos pensar em uma outra frase: Se quisermos indicar quais proposições simples fazem
O dobro de 1 é 2? parte da proposição composta:
Sim, correto?
Correto. Mas é uma proposição? P(p,q)
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos
declarar se é falso ou verdadeiro. Se pensarmos em gramática, teremos uma proposição
composta quando tiver mais de um verbo e proposição
Bruno, vá estudar. simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que para
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não ser proposição, temos que conseguir definir o valor lógico.
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto, não
é proposição. Conectivos
Agora que vamos entrar no assunto mais interessante
Passei! e o que liga as proposições.
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque nectivos vem a parte prática.
é uma sentença exclamativa.
Definição
Vamos ver alguns princípios da lógica: Palavras que se usam para formar novas proposições,
a partir de outras.
I. Princípio da não Contradição: uma proposição não
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo. Vamos pensar assim: conectivos? Conectam alguma
II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição “ou” coisa?
é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se sempre um des- Sim, vão conectar as proposições, mas cada conetivo
ses casos e nunca um terceiro caso. terá um nome, vamos ver?
Exemplo Exemplo
p: Thiago é nutricionista. p: Lívia é estudante.
V(p)=V essa é a simbologia para indicar que o valor ~p: Lívia não é estudante.
lógico de p é verdadeira, ou
V(p)=F q: Pedro é loiro.
¬q: É falso que Pedro é loiro.
Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor r: Érica lê muitos livros.
lógico falso. ~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros.
Proposição composta: combinação de duas ou mais Nossa, são muitas formas de se escrever com a con-
proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu- junção.
las P, Q, R, S,... Não precisa decorar todos, alguns são mais usuais: “e”,
“mas”, “porém”
Exemplo:
P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante. Exemplos
Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante. p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica.
7
RACIOCÍNIO LÓGICO
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica. O conectivo utilizado na proposição composta P cha-
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. ma-se:
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. (A) disjunção
(B) conjunção
- Disjunção (C) condicional
(D) bicondicional
extensa: ..ou...
símbolo: ) 02. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
TEC/2015) Na lógica formal, temos os operadores lógicos
p: Vitor gosta de estudar. do condicional (→),negação (~) e conjunção (∧ ), repre-
q: Vitor gosta de trabalhar sentados na fórmula proposicional
p∨q Ou Vitor gosta de estudar ou Vitor gosta de tra- A alternativa que representa, em linguagem natural, a
balhar. fórmula acima para as respectivas sentenças declarativas é:
(A) Se Maria tem salário líquido maior que R$ 2.500,00
-Condicional e desconta imposto de renda na fonte, então Maria recebe
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne- auxílio refeição.
cessária (B) Maria tem salário líquido maior que R$ 2.500,00. E,
Símbolo: → se desconta imposto de renda na fonte, então Maria não
recebe auxílio refeição.
Exemplos (C) Maria tem salário líquido maior que R$ 2.500,00. E,
p→q: Se chove, então faz frio. se desconta imposto de renda na fonte, então Maria recebe
p→q: É suficiente que chova para que faça frio. auxílio refeição.
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio. (D) Se Maria tem salário líquido maior que R$ 2.500,00
p→q: É necessário que faça frio para que chova. e não desconta imposto de renda na fonte, então Maria
p→q: Fazer frio é condição necessária para chover. não recebe auxílio refeição.
(E) Se Maria tem salário líquido maior que R$ 2.500,00
-Bicondicional e desconta imposto de renda na fonte, então Maria não
Extenso: se, e somente se, ... recebe auxílio refeição.
Símbolo:↔
03. (TRE/GO – Técnico Judiciário – CESPE/2015) A
p: Lucas vai ao cinema respeito de lógica proposicional, julgue o item subsequen-
q: Danilo vai ao cinema. te.
p↔q: Lucas vai ao cinema se, e somente se, Danilo vai A proposição “No Brasil, 20% dos acidentes de trânsito
ao cinema. ocorrem com indivíduos que consumiram bebida alcoóli-
ca” é uma proposição simples
Referências ( )certo ( )errado
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica mate-
mática – São Paulo: Nobel – 2002. 04. (STJ – Técnico Judiciário – CESPE/2015) Mariana
é uma estudante que tem grande apreço pela matemática,
Questões apesar de achar essa uma área muito difícil. Sempre que tem
tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas disci-
01. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi- plinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre,
nistração – PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere- Mariana está cursando a disciplina chamada Introdução à Ma-
se a seguinte proposição: temática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente
para estudar e não será aprovada nessa disciplina.
P: João é alto ou José está doente. A partir das informações apresentadas nessa situação hi-
potética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
8
RACIOCÍNIO LÓGICO
Designando por p e q as proposições “Mariana tem tempo 09. (PC/PI - Escrivão de Polícia Civil - UESPI/2014)
suficiente para estudar” e “Mariana será aprovada nessa disci- Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que NÃO
plina”, respectivamente, então a proposição “Mariana não tem caracteriza uma proposição.
tempo suficiente para estudar e não será aprovada nesta disci- (A) 107 -1 é divisível por 5
plina” é equivalente a ¬p ∧ ¬q. (B) Sócrates é estudioso.
( )certo ( )errado (C) 3-1 >1
(D) < 4 e 3 <
05. (TRE/GO – Técnico Judiciário – CESPE/2015) A res- (E) este é um número primo.
peito de lógica proposicional, julgue o item subsequente.
A proposição “Quando um indivíduo consome álcool ou 10. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de
tabaco em excesso ao longo da vida, sua probabilidade de in- direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou
farto do miocárdio aumenta em 40%” pode ser corretamente sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu-
escrita na forma (P∨Q) →R, em que P, Q e R sejam proposições mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e
convenientemente escolhidas as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu
( )certo ( )errado vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
06. (SAPeJUS – Agente de Segurança Prisional – FUNI- Q: Cometeu o crime B.
VERSA/2015) Considerando que uma proposição correspon- R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
de a uma sentença bem definida, isto é, que pode ser classi- são no regime fechado.
ficada como verdadeira ou falsa, excluindo-se qualquer outro S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
julgamento, assinale a alternativa em que a sentença apresen- Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não re-
tada corresponde a uma proposição. cordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
(A) Ele foi detido sem ter cometido crime algum? Tendo como referência essa situação hipotética, julgue
(B) Aquela penitenciária não oferece segurança para o tra- o item que se segue.
balho dos agentes prisionais. A proposição “Caso tenha cometido os crimes A e B,
(C) Os agentes prisionais da penitenciária de Goiânia foram não será necessariamente encarcerado nem poderá pagar
muito bem treinados. fiança” pode ser corretamente simbolizada na forma (P∧-
(D) Fique alerta a qualquer movimentação estranha no pá- Q)→((~R)∨(~S)).
tio do presídio. ( )Certo ( )Errado
(E) Houve fuga de presidiários, que tragédia!
11. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Administrador -
07. (CRN – 1ª REGIÃO/GO – Auxiliar Administrativo – PREF. DE RIO DE JANEIRO/2016) Considere-se a seguinte
QUADRIX/2014) Sejam dadas as proposições p e q: proposição: “Se chove, então Mariana não vai ao deserto”.
p: Juliana precisa ingerir menos carboidratos. Com base nela é logicamente correto afirmar que:
q: Juliana precisa emagrecer. (A) Chover é condição necessária e suficiente para Ma-
riana ir ao deserto
Assinale a alternativa que contém a tradução para a LIN- (B) Mariana não ir ao deserto é condição suficiente para
GUAGEM CORRENTE, considerando-se uma proposição com chover
conectivo do tipo conjunção (p ∧ q). (C) Mariana ir ao deserto é condição suficiente para chover
(A) Juliana precisa ingerir menos carboidratos ou Juliana (D) Não chover é condição necessária para Mariana ir
precisa emagrecer. ao deserto
(B) Juliana precisa ingerir menos carboidratos e Juliana pre-
cisa emagrecer. Respostas
(C) Juliana precisa ingerir menos carboidratos se, e somen-
te se, Juliana precisa emagrecer. 01. Resposta: A.
(D) Juliana precisa ingerir menos carboidratos se, e somen- O conectivo ou chama-se disjunção e também é repre-
te se, Juliana não precisa emagrecer. sentado simbolicamente por ∨
(E) Juliana precisa ingerir menos carboidratos, então Julia-
na precisa emagrecer. 02. Resposta: E.
Como temos uma condicional, nossa frase deve come-
08. (CRN – 3ª REGIÃO – Assistente Administrativo – çar por Se...., então
QUADRIX/2014) Das afirmativas a seguir, assinale a única que Temos uma conjunção então o conectivo será “e”
apresenta uma proposição lógica. Se Maria tem salário líquido maior que R$ 2.500,00 e
(A) Uma alimentação saudável é um dos princípios básicos desconta imposto de renda na fonte, então Maria NÃO re-
para uma vida saudável. cebe auxílio refeição.
(B) Reflita sobre sua saúde!
(C) Já pensou como vai sua saúde? 03. Resposta: certo.
(D) Seja qual for seu ritmo de vida, aprenda a se exercitar É uma proposição simples, pois a frase não pode ser
sempre. dividida, ou seja, se for separada não faz sentido algum.
(E) 31 de março: dia da saúde e nutrição. Transmite apenas uma ideia.
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RACIOCÍNIO LÓGICO
06. Resposta: C.
As alternativas A e E estão descartadas só de olhar, pois
são sentenças interrogativas e exclamativas.
(D) Fique alerta a qualquer movimentação estranha no
pátio do presídio.
Não conseguimos falar se o valor lógico é V ou F, por-
Quando “todo A é B” é verdadeira, vamos ver como
tanto não é proposição.
ficam os valores lógicos das outras?
(B) Aquela penitenciária não oferece segurança para o
trabalho dos agentes prisionais.
Pensemos nessa frase: Toda criança é linda.
Parece que podemos classificar, não é?
Mas, não sabemos qual penitenciária está falando.
Nenhum A é B é necessariamente falsa
07. Resposta: B. Nenhuma criança é linda, mas eu não acabei de falar
É uma conjunção, então devemos unir as duas frases que TODA criança é linda? Por isso é falsa.
através do conectivo “e”.
Juliana precisa ingerir menos carboidratos e Juliana Algum A é B é necessariamente verdadeira
precisa emagrecer Alguma Criança é linda, sim, se todas são 1, 2, 3...são
Nessa questão foi usado o nome duas vezes, mas, po- lindas
deríamos também escrever: Juliana precisa ingerir menos
carboidratos e precisa emagrecer Algum A não é B necessariamente falsa, pois A está
contido em B.
08. Resposta: A. Alguma criança não é linda, bem como já vimos impos-
Veja que a alternativa A, podemos optar por valor lógi- sível, pois todas são.
co V ou F.
(B) e (C) são sentenças exclamativa e interrogativa, res- Nenhum A é B.
pectivamente
(D) sentença imperativa A e B não terão elementos em comum
(E) informação.
09. Resposta: E.
Não podemos falar se essa alternativa é verdadeira ou
falsa, pois não nos diz o número.
11. Resposta: D.
Não pode chover para Mariana ir ao deserto.
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RACIOCÍNIO LÓGICO
Algum A não é B.
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RACIOCÍNIO LÓGICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO
05. (SEDS/MG - Agente de Segurança Penitenciária - IBFC/2014) Todo mafagáfo é um guilherdo e todo guilherdo é
um rosmedo. Desse modo, é correto afirmar que:
(A) Há mafagáfo que não é rosmedo.
(B) Todo guilherdo é mafagáfo.
(C) Nenhum rosmedo é mafagáfo.
(D) Alguns guilherdos podem ser mafagáfos.
06. (TRF/3ª Região - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado Arquivologia- FCC/2014) Diante, apenas, das
premissas “Nenhum piloto é médico”, “Nenhum poeta é médico” e “Todos os astronautas são pilotos”, então é correto afir-
mar que
(A) algum astronauta é médico.
(B) todo poeta é astronauta.
(C) nenhum astronauta é médico.
(D) algum poeta não é astronauta.
(E) algum poeta é astronauta e algum piloto não é médico.
07. (TRF/3ª Região - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC/2014) Diante, apenas, das premissas “Existem juízes”,
“Todos os juízes fizeram Direito” e “Alguns economistas são juízes”, é correto afirmar que:
(A) todos aqueles que fizeram Direito são juízes.
(B) todos aqueles que não são economistas também não são juízes.
(C) ao menos um economista fez Direito.
(D) ser juiz é condição para ser economista.
(E) alguns economistas que fizeram Direito não são juízes.
Respostas
01. Resposta: D.
02. Resposta: C.
O diagrama C deve ficar para fora, pois todo estudante de C não é da disciplina B, ou seja, não tem ligação nenhuma.
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RACIOCÍNIO LÓGICO
04. Resposta: A.
Se o advogado não escreve bem, ele faz parte da área
hachurada, portanto ele não é poeta.
Referências
Carvalho, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série Pro-
vas e Concursos, 2010.
Argumentos válidos
Um argumento é válido quando a conclusão é verda-
(A) Todo mafágafo é rosmedo deira (V), sempre que as premissas forem todas verdadeiras
(B) Há guilherdos que não são mafagáfos (V). Dizemos, também, que um argumento é válido quando
(C) Alguns rosmedos são mafagáfos a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades
de suas premissas.
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RACIOCÍNIO LÓGICO
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RACIOCÍNIO LÓGICO
− Mariana viajou para Curitiba; Ficou claro que Arnaldo foi para Fortaleza.
Se sabemos que Mariana viajou para Curitiba, vamos
colocar um sim (S) na Mariana com a coluna de Curitiba. Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
E assim na horizontal e na vertical restante, podemos
colocar N, pois sabemos que cada pessoa viajou para um Luiz N S N N
lugar diferente e apenas um lugar. Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Paulo N N N S
Luiz N N
Arnaldo N N Portanto, pela tabela:
Luiz foi para Goiânia
Mariana N N S N
Arnaldo foi para Fortaleza
Paulo N Mariana foi para Curitiba
Paulo foi para Salvador.
− Paulo não viajou para Goiânia;
Na linha de Paulo e na coluna de Goiânia, vamos colocar um N Resposta: B.
Divorciado
Advogado
Solteiro
Médico
Casado
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RACIOCÍNIO LÓGICO
Engenheiro
Divorciado
Advogado
Engenheiro
Divorciado
Advogado
Solteiro
Médico
Casado
Solteiro
Médico
Casado
Antônio
Eduardo Antônio N
Luciano Eduardo S N N N
Solteiro N Luciano N
Casado N S N Advogado
Divorciado N Engenheiro
Médico
Da mesma forma que o outro exercício, colocamos S e Solteiro N N S
o restante da horizontal e vertical N.
Casado N S N
-Eduardo é advogado e não é solteiro Divorciado S N N
Divorciado
Advogado
Resposta: A.
Solteiro
Médico
Casado
Casado
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RACIOCÍNIO LÓGICO
02. (PREF. DE BELO HORIZONTE/MG – Assistente Administrativo – FUMARC/2015) Três bolas A, B e C foram pin-
tadas cada uma de uma única cor: branco, vermelho e azul, não necessariamente nessa ordem. Se a bola A não é branca
nem azul, a bola B não é vermelha e a bola C não é azul, então é CORRETO afirmar que as cores das bolas A, B e C são,
respectivamente:
(A) azul, branco e vermelho.
(B) branco, vermelho e azul.
(C) vermelho, branco e azul.
(D) vermelho, azul e branco.
03. (MDS – Atividades Técnicas de Complexidade Intelectual – Nível IV – CETRO/2015) Na loja de João, há 3 caixas
com canetas, sendo uma com 20 canetas, outra com 30 canetas e a outra com 50. Em cada caixa as canetas são de uma só
cor. Essas caixas foram colocadas uma em cada prateleira. Diante do exposto, considere as seguintes informações:
I. a caixa com canetas vermelhas ficou em uma prateleira mais baixa que a caixa com canetas azuis.
II. a caixa com 30 canetas não é a que tem canetas azuis, e a caixa com 20 canetas ficou na prateleira mais alta.
III. na prateleira mais baixa, encontra-se a caixa com mais canetas.
IV. a caixa com canetas azuis não foi colocada na prateleira do meio, e a caixa com mais canetas não é a de canetas
pretas.
É correto afirmar que a quantidade de canetas das cores vermelhas, pretas e azuis é, respectivamente,
(A) 50, 30 e 20.
(B) 50, 20 e 30.
(C) 30, 50 e 20.
(D) 30, 20 e 50.
(E) 20, 30 e 50.
04. (PREF. DE SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO/MG – Assistente de Educação Básica – IDECAN/2014) João com-
prou quatro produtos: um barbeador, um creme de barbear, uma loção pós‐barba e um pincel de barbear.Considere as
seguintes informações:
(POLICIA FEDERAL – Agente de Polícia Federal – CESPE/2014) Texto para as questões 05, 06 e 07
Em um restaurante, João, Pedro e Rodrigo pediram pratos de carne, frango e peixe, não necessariamente nessa ordem,
mas cada um pediu um único prato. As cores de suas camisas eram azul, branco e verde; Pedro usava camisa azul; a pessoa
de camisa verde pediu carne e Rodrigo não pediu frango. Essas informações podem ser visualizadas na tabela abaixo, em
que, no cruzamento de uma linha com uma coluna, V corresponde a fato verdadeiro e F, a fato falso.
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RACIOCÍNIO LÓGICO
Considerando a situação apresentada e, no que couber, o preenchimento da tabela acima, julgue o item seguinte.
05. Se João pediu peixe, então Rodrigo não usava camisa branca.
( ) certo ( ) errado
06. Das informações apresentadas, é possível inferir que Pedro pediu frango.
( ) certo ( ) errado
07. As informações apresentadas na situação em apreço e o fato de João ter pedido peixe não são suficientes para se
identificarem a cor da camisa de cada uma dessas pessoas e o prato que cada uma delas pediu.
( ) certo ( ) errado
08. (PREF. DE VILA VELHA/ES – Analista Público de Gestão – FUNCEFET/2014) Para três funcionários que trabalham
em uma mesma empresa, existem computadores nas seguintes cores: Preto, branco e vermelho. Os carros particulares de-
les também têm cores: Preto, branco e vermelho, sendo que cada um possui um carro e um computador. Roberto possui
carro e computador de cores diferentes. Rogério possui carro e computador da mesma cor a qual não é preta e José possui
um computador branco.
Sabe-se que cada funcionário possui um carro e um computador. Assim marque a alternativa correspondente.
(A) O computador de Roberto é preto e o carro de Rogério é branco.
(B) O carro de José é preto e o computador de Rogério é vermelho.
(C) O carro de Roberto é preto e o carro de José é vermelho.
(D) O carro de José é vermelho e o computador de Rogério é branco.
(E) O computador de Roberto é branco e o carro de José branco.
09. (TJ/AP – Técnico Judiciário – FCC/2014) Três amigos exercem profissões diferentes e praticam esportes diferen-
tes. As profissões exercidas por eles são: advocacia, engenharia e medicina. Os esportes praticados são: futebol, basque-
tebol e voleibol. Sabe-se que Alberto não é médico e Carlos não é médico. Ou o Bruno pratica voleibol ou o Bruno pratica
basquetebol. Se o Bruno não pratica futebol, então Alberto não é advogado. Carlos pratica voleibol. Com essas informações
é possível determinar corretamente que
(A) Bruno pratica voleibol e exerce a engenharia.
(B) Carlos exerce a advocacia e pratica voleibol.
(C) Alberto exerce a advocacia e pratica basquetebol.
(D) Bruno exerce a medicina e pratica futebol.
(E) Alberto exerce a engenharia e pratica basquetebol.
10. (MDA – Técnico em Informática – FUNCAB/2014) As informações a seguir referem-se às seleções para as quais
cinco turistas estrangeiros torcerão durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
– Alvaro e Jaime não torcerão pela Itália;
– Marcelo e Fábio não torcerão pela Espanha nem por Portugal;
– David não torcerá pelo Brasil nem pela Alemanha;
– Alvaro não torcerá pela Espanha;
– David não torcerá pela Espanha nem por Portugal;
– Fábio não torcerá pela Alemanha.
Nessas condições, considerando que cada um deles torcerá por uma única seleção, aquele que torcerá por Portugal
será:
(A) Alvaro.
(B) David.
(C) Fábio.
(D) Jaime.
(E) Marcelo.
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RACIOCÍNIO LÓGICO
Respostas
01. Resposta: C.
O contaminado com a dengue: “não me infectei no estado de São Paulo, nem no do Rio de Janeiro”.
O contaminado com a febre chikungunya: “meu nome não é Elton nem Silvio.”
O contaminado com o zika vírus: “nem eu nem o Elton fomos infectados no estado de São Paulo”.
Isso quer dizer, que quem foi infectado foi o Silvio, pois o Bernardo já tínhamos descartado e ele fala do Elton, assim
completamos a tabela de doença e pessoas.
20
RACIOCÍNIO LÓGICO
02. Resposta: D.
A bola A não é branca nem azul,
A-vermelha
B – azul
C – branca
03. Resposta: A.
PA=prateleira alta
PM=prateleira do meio
PB=prateleira mais baixa
I. a caixa com canetas vermelhas ficou em uma prateleira mais baixa que a caixa com canetas azuis.
Então a caixa com canetas azuis não está na prateleira mais baixa.
PA PM PB 20 30 50
Azul N
Vermelha
Preta
20
30
50
21
RACIOCÍNIO LÓGICO
II. a caixa com 30 canetas não é a que tem canetas azuis, e a caixa com 20 canetas ficou na prateleira mais alta.
PA PM PB 20 30 50
Azul N N
Vermelha
Preta
20 S N N
30 N
50 N
PA PM PB 20 30 50
Azul N N
Vermelha
Preta
20 S N N
30 N S N
50 N N S
IV. a caixa com canetas azuis não foi colocada na prateleira do meio, e a caixa com mais canetas não é a de ca-
netas pretas.
PA PM PB 20 30 50
Azul S N N N
Vermelha N
Preta N N
20 S N N
30 N S N
50 N N S
I. a caixa com canetas vermelhas ficou em uma prateleira mais baixa que a caixa com canetas azuis.
PA PM PB 20 30 50
Azul S N N N
Vermelha N N S
Preta N S N N
20 S N N
30 N S N
50 N N S
Conclusão
Caixa de canetas azuis na prateleira mais alta e 20 canetas
Vermelha-prateleira baixa-50 canetas
Pretas – prateleira média – 30 canetas
22
RACIOCÍNIO LÓGICO
23
RACIOCÍNIO LÓGICO
Analisando a primeira coluna, sabemos que Rodrigo pediu carne e está de verde, e podemos complementar a tabela
08. Resposta: B.
vermelho
Comput
Comput
Comput
branco
branco
Carro
Carro
preto
Roberto
Rogério N N
José
Carro preto N
Carro
vermelho
Carro
branco
24
RACIOCÍNIO LÓGICO
Comput
Comput
Comput
branco
branco
Carro
Carro
Carro
preto
preto
Roberto N
Rogério N N N
José N N S
Carro preto N
Carro
vermelho
Carro
branco
Completando a tabela:
vermelho
vermelho
Comput
Comput
Comput
branco
branco
Carro
Carro
Carro
preto
preto
Roberto S N N
Rogério N S N N
José N N S
Carro preto N
Carro
vermelho
Carro
branco
E lembrando que Rogério possui computador e carro da mesma cor, e Roberto cores diferentes
Rogério tem computador vermelho, então terá um carro vermelho
Roberto, terá um carro branco, pois não pode ser preto
vermelho
vermelho
Comput
Comput
Comput
branco
branco
Carro
Carro
Carro
preto
preto
Roberto S N N N N S
Rogério N S N N S N
José N N S S N N
Carro preto N
Carro
vermelho
Carro
branco
Resumindo a tabela:
Roberto – computador preto e carro branco
Rogério – computador vermelho e carro vermelho
José – computador branco e carro preto
25
RACIOCÍNIO LÓGICO
09. Resposta: B.
Basquetebol
Engenharia
Advocacia
Medicina
Voleibol
Futebol
Alberto N
Bruno N N S
Carlos N
Futebol
Basquetebol
voleibol
Basquetebol
Engenharia
Advocacia
Medicina
Voleibol
Futebol
Alberto N
Bruno N N S N
Carlos N
Futebol
Basquetebol
voleibol
Medicina
Voleibol
Futebol
Alberto N S N
Bruno N N S N
Carlos S N N
Futebol
Basquetebol
voleibol
26
RACIOCÍNIO LÓGICO
Basquetebol
Engenharia
Advocacia
Medicina
Voleibol
Futebol
Alberto N S N S N N
Bruno N N S N S N
Carlos S N N N N S
Futebol
Basquetebol
voleibol
10. Resposta: A.
27
RACIOCÍNIO LÓGICO
Completando:
Números Naturais
Os números naturais são o modelo matemático necessário para efetuar uma contagem.
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
ℕ = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ….
28
RACIOCÍNIO LÓGICO
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um São exemplos de números racionais:
antecessor (número que vem antes do número dado). -12/51
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente -3
de zero. -(-3)
a) O antecessor do número m é m-1. -2,333...
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55. As dízimas periódicas podem ser representadas por
d) O antecessor de 10 é 9. fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Expressões Numéricas
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra- Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex- decimais
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro ope- 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
rações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão pri- mero decimal terá um número finito de algarismos após a
meiramente, na ordem em que elas aparecerem e somente vírgula.
depois a adição e a subtração, também na ordem em que 1
aparecerem e os parênteses são resolvidos primeiro. 2
= 0,5
Exemplo 1 1
10 + 12 – 6 + 7
= 0,25
4
22 – 6 + 7
16 + 7 3
= 0,75
23 4
merosinteiros não-negativos. 3
0,03 =
100
3) ℤ− = …, −3, −2, −1 - Este é o conjunto dos nú-
meros inteiros não-positivos. 3
0,003 =
1000
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que 3,3 =
33
29
RACIOCÍNIO LÓGICO
2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, en- Exemplo: 8: 2 = 4 2 e 2 é um número racional.
tão como podemos transformar em fração?
- O produto de dois números irracionais, pode ser um
Exemplo 1 número racional.
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
Exemplo 2
Números Irracionais
30
RACIOCÍNIO LÓGICO
2³=2⋅2⋅2=8
Casos
Intervalo:{a,b[
Conjunto {x∈R|a≤x<b} 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo fechado à direita – números reais maiores
que a e menores ou iguais a b.
10 = 1
1000000 = 1
Intervalo:]-∞,b[ 1
2−1 =
Conjunto:{x∈R|x<b} 2
1
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais 2−2 =
4
maiores ou iguais a a.
02 = 0
Intervalo:[a,+ ∞[
03 = 0
Conjunto:{x∈R|x≥a}
Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
31
RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
2 3 2+3 5
1 1 1 1
� = = = 2−2 . 2−3 = 2−5
2 2 2 2
Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
2 3 2−3 −1
64=2.2.2.2.2.2=26
1 1 1 1
: = = =2 Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-
2 2 2 2
se” um e multiplica.
64 = 2.2.2 = 8
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e mul-
tiplica-se os expoentes.
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56 1 1 1
3
Observe: 3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
4
2 212
=
3 3 De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:
a na
n =
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando.
32
RACIOCÍNIO LÓGICO
a a Questões
=
b b 01. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Agente de Admi-
nistração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Em um se-
Exemplo minário de que participam X pessoas, o número de mulhe-
res é igual ao quádruplo do número de homens. Se 128 < X
< 134, a diferença entre o número de mulheres e o número
72 72 de homens equivale a:
= (A) 78
2 2
(B) 76
(C) 74
Adição e subtração (D) 72
33
RACIOCÍNIO LÓGICO
04. (AGERIO – Analista de Desenvolvimento – FDC/2015) Sendo N o conjunto dos números naturais, Z o conjunto
dos números inteiros e Q o conjunto dos números racionais a afirmativa INCORRETA é:
(A) N ⊂ Z
(B) 0,333... ∈ Q
(C) 1/2 ∉Z
(D) Q ⊃ N
(E) -1 ∈ N
05. (PREF. DE JUATUBA – Professor de Matemática – CONSULPLAN/2015) Em relação à Teoria dos Números e
Conjuntos Numéricos, marque a alternativa correta.
(A) O número racional 13/ 3 está compreendido entre 5 e 5√3.
(B) O menor número racional compreendido entre 5 e 5√3 é 5,1.
(C) Há exatamente dois números pares compreendidos entre 5 e 5√3.
(D) Há exatamente cinco números inteiros compreendidos entre 5 e 5√3.
06. (TJ/PI – Escrivão Judicial – FGV/2015) Cada um dos 160 funcionários da prefeitura de certo município possui nível
de escolaridade: fundamental, médio ou superior. O quadro a seguir fornece algumas informações sobre a quantidade de
funcionários em cada nível:
Sabe-se também que, desses funcionários, exatamente 64 têm nível médio. Desses funcionários, o número de homens
com nível superior é:
(A) 30;
(B) 32;
(C) 34;
(D) 36;
(E) 38.
07. (PREF. DE NOVA FRIBURGO/RJ – Engenheiro de Segurança do Trabalho – EXATUS/2015) A matrícula dos fun-
cionários de uma empresa é formada por cinco dígitos numéricos, sendo o último, denominado dígito verificador, ou seja,
a matrícula é um código do tipo “ABCD-E”. Sabe-se que os quatro primeiros dígitos são gerados aleatoriamente e o dígito
verificador é gerado da seguinte maneira:
- multiplica-se o número “A” por 1, “B” por 2, “C” por 3 e “D” por 4.
- soma-se esses produtos e divide por 11.
- toma-se o resto dessa divisão como dígito verificador.
O funcionário João da Silva possui matrícula “3742-E”. Assim, é correto afirmar que o dígito verificador representado
por “E” na matrícula do funcionário João da Silva é igual a:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.
08. (ELETROBRAS – Médico do Trabalho – IADES/2015) Quanto aos números reais, assinale a alternativa correta.
(A) Os números √2 ≅ 1,4142 e √3 ≅ 1,732 são os únicos números irracionais entre 1 e 2.
(B) Entre dois números racionais distintos, existe um único número irracional.
(C) Entre dois números racionais distintos, existe apenas uma quantidade finita, maior do que 1, de números irracionais.
(D) Existem dois números racionais distintos, entre os quais não existe nenhum número irracional.
(E) Entre dois números racionais distintos, existem infinitos números irracionais.
09. (DPE/RR – Administrador – FCC/2015) Se mudarmos a posição dos parênteses da expressão (-1)4.5+2.33 para -14.
(5+2).33 o resultado irá
(A) diminuir em 130 unidades.
(B) diminuir em 248 unidades.
(C) diminuir em 378 unidades.
(D) aumentar em 130 unidades.
(E) permanecer inalterado.
34
RACIOCÍNIO LÓGICO
1 1 1
vai a pé: 1 − − −
2 5 8
Mmc(2,5,8)=40
40 − 20 − 8 − 5 40 − 33 7
vai a pé = = =
40 40 40
35
RACIOCÍNIO LÓGICO
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
1
Pi + 10 = Pe
2
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a Pi=Pa+3
equação também. Pi=10+3=13
No exemplo temos: Pe=40+6=46
3x+300 Soma das idades: 10+13+46=69
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio? Resposta: B.
3x+300=x+1500
Equação 2º grau
Quando passamos de um lado para o outro invertemos
o sinal A equação do segundo grau é representada pela fór-
3x-x=1500-300 mula geral:
2x=1200
X=600 Onde a, b e c são números reais,
Resolução 𝑐 𝑐
𝑥1 = + − 𝑒 𝑥2 = − −
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar 𝑎 𝑎
na linguagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
36
RACIOCÍNIO LÓGICO
2x² + 4 = 0 c
x1 � x2 =
a
4
x=± −
2
x(ax + b) = 0 x²-Sx+P=0
b Exemplo
x = 0 ou x = −
a
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau.
x² + 2x = 0
x(x + 2) = 0 Solução
x = 0 ou x = −2 S=x1+x2=-2+7=5
P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0
3. 𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0
Exemplo
2
∆= b − 4ac (IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A
soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando
x=
−b± b 2−4ac somamos os quadrados dessas idades, obtemos 1000. A
2a mais velha das duas tem:
(A) 24 anos
(B) 26 anos
Se ∆< 0 não há solução, pois não existe raiz quadrada (C) 31 anos
real de um número negativo. (D) 33 anos
37
RACIOCÍNIO LÓGICO
05. (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Administrador – 10. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV/2015) Em um
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma pesquisa realiza- mesmo andar do prédio do Tribunal de Justiça estão a Se-
da com 236 pessoas tinha como objetivo verificar quantas cretaria de Administração (A) e a Secretaria Judiciária (B).
delas praticam algum tipo de esporte. O resultado dessa Considere as seguintes informações:
pesquisa constatou que: • Na secretaria A há 1 funcionário a mais que na secre-
· entre aqueles que praticam esportes, o número de taria B.
mulheres é a terça parte do número de homens; • A terça parte dos funcionários da secretaria A são
· o número de homens que não praticam nenhum tipo mulheres.
de esporte excede o número de homens que praticam es- • A metade dos funcionários da secretaria B são mu-
porte em 57 pessoas; lheres.
· o número de mulheres que praticam esportes excede • Dos funcionários das secretarias A e B, 17 são ho-
em 37 o número de mulheres que não praticam esportes. mens.
38
RACIOCÍNIO LÓGICO
Respostas 1 1
x + x + x + 57 + x − 37 = 236
01. Resposta: C. 3 3
Atual:x
5(x+8)-5(x-3)=x 3x+x+3x+171+x-111=708
5x+40-5x+15=x 8x=708-60
X=55 8x=648
Soma: 5+5=10 X=81
Como os homens que não praticam esporte são:
02. Resposta: C. x+57=81+57=138
1 06. Resposta: A.
x + x = 90
5 Reserva festa: x
De 5/8 restaram 174
5x+x=450 Essa quantia que sobrou equivale a 3/8 (1-5/8)
6x=450 3
X=75 x = 174
8
03. Resposta: A.
3x=174.8
3x=1392
1 1 X=464
x + x = 56 − x Ela reservou 464 reais
2 4
Y: salário
Fazendo mmc(2,4)=4 2
y = 464
5
4x + 2x = 224 − x
2y=464. 5
2y=2320
7x=224 y=1160
X=32
07. Resposta: D.
04. Resposta: E. Vamos escrever em linguagem matemática exatamen-
Total de livros: x te o que está escrito no texto
A parte mais chata para pensar é 1/3 dos livros restan- 12x=2(12+x)
tes. 12x=24+2x
Se ele doou 3/4 dos livros para a biblioteca de mate- 10x=24
mática, quer dizer que sobrou 1/4 X=2,4
E 1/3 DE 1/4 seria:
Toda vez que temos o “de”, faremos multiplicação: Divisão 12/2,4=5
1/3∙1/4=1/12
Agora, vamos montar a equação 08. Resposta: C.
3/4 x+1/12 x+36=x 1º número: x
Eu somo as doações e é igual ao total de livros 2º número: x+1
Mmc(4,12)=12 3º número: x+2
9x+x+432=12x 4º número x+3
10x+432=12x
2x=432 X+x+1+x+2+x+3=2398
X=216 4x=2398-6
O número de livros doados para a biblioteca de física 4x=2392
é de 1/12∙216=18 X=598
3º número: x+2=598+2=600
39
RACIOCÍNIO LÓGICO
Fazendo mmc(1,2)=2
x+3 12
( − ) � 8 = 280
2 2
x+3−12
� 8 = 280
2
4(x-9)=280
4x-36=280
4x=316
X=79 Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
Soma dos algarismos 7+9=16 que 90º.
10. Resposta: E.
Vamos chamar de x o número de funcionários de B
E x+1 o número de funcionários de A
Como 1/3 de A são mulheres, quer dizer 2/3 são ho-
mens
E ½ de B são homens
Então, vamos montar a equação da soma dos funcio-
nários homens
2 1
x + 1 + x = 17 Ângulo Raso:
3 2
- É o ângulo cuja medida é 180º;
4(x+1)+3x=102 - É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
4x+4+3x=102
7x=98
X=14
40
RACIOCÍNIO LÓGICO
O perímetro de uma figura plana fechada é o comprimento da linha que limita a figura.
Área de uma figura plana fechada é a extensão que essa figura ocupa.
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com os
dois. Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.
41
RACIOCÍNIO LÓGICO
Volume Prismas
V = πr² � h
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois.
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
42
RACIOCÍNIO LÓGICO
Prisma Regular
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
lares, o prisma é dito regular.
Classificação pelo polígono da base As faces laterais são retângulos congruentes e as bases
são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...)
-Triangular
Área cubo: St = 6a2
Área paralelepípedo:St = 2(ab + ac + bc)
A área de um prisma:St = 2Sb + St
Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces laterais.
Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
-Quadrangular Cubo:V=a³
Demais:V = Sb � h
Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi-
nam-se paralelepípedos.
AB: hipotenusa = c
BC: cateto oposto a � �=a
A e adjacente a B
� e oposto a B
AC: cateto adjacente a A �= b
43
RACIOCÍNIO LÓGICO
44
RACIOCÍNIO LÓGICO
07. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) A figu- A área dessa “barbatana de tubarão” é:
ra a seguir mostra um salão poligonal ABCDEF, onde os
ângulos internos nos vértices A, B, C, D e F são retos e as
(A) 2π;
medidas indicadas estão em metros.
5π
(B)
2
(C) 3π;
7π
(D)
2
(E) 4π;
O perímetro e a área desse salão são, respectivamente: 10. (CIS-AMOSC-SCPROVA – Auxiliar Administra-
(A) 105 m e 44 m2; tivo – CURSIVA/2015) Uma praça circular é cercada por
(B) 44 m e 105 m2; uma calçada. Sabendo que o raio da praça mede 30m ,
(C) 120 m e 36 m2; calcule o comprimento da calçada. ( Considere π = 3,14)
(D) 36 m e 120 m2; (A) 188,4m
(E) 120 m e 44 m2. (B) 183.4m
(C) 185.4m
08. (PETROBRAS – Técnico de Administração e Con- (D) 187.4m
trole Junior – CESGRANRIO/2015) O retângulo ABCD da
Figura abaixo foi dividido em quatro partes, todas retangu-
11. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) A figura
lares e de dimensões iguais.
abaixo mostra a planta de um salão. Os ângulos A, B, C, D
e E são retos e as medidas assinaladas estão em metros.
45
RACIOCÍNIO LÓGICO
03. Resposta: B.
09. Resposta: A.
1,5 h
=
1,8 12
1,8h=12.1,5
1,8h=18
h=10m
04. Resposta: C.
Perímetro=7,3+7,2+5,5=20m
Perímetro quadrado=4lados O diâmetro do semicírculo é 4, portanto r=2
Lado=20/4=5m cada lado Área da barbatana=área ¼ de círculo-área semicírculo
Área=5²=25m
1 1
A = π � 42 − π � 22
4 2
05. Resposta: D
Asala=6x8=48 m² A = 4π − 2π = 2π
80% de 48=0,8x48=38,4
Portanto, só podem ter no máximo 38 alunos 10. Resposta: A.
C=2 πr
06. Resposta: A. C=2x3,14x30=188,4m
X+x+x+25+x+25=170
4x=170-50 11. Resposta: A.
4x=120
X=30
A=x(x+25)
A=30(30+25)
A=30x55=1650 m²
07. Resposta: B.
A=3x8=24m²
B=12x1=12m²
6 + 12
DE=10-7=3m C= � 6 − 1 = 45 m2
FE=12-7=5m 2
Perímetro=7+12+10+7+3+5=44m
A=12x7+3x7=84+21=105m² 24+12+45=81m²
46
RACIOCÍNIO LÓGICO
RESPOSTA: “ERRADA”.
47
RACIOCÍNIO LÓGICO
04. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- 07. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
pe/2014) Se uma empresa decide não usar as 5 vogais A quantidade de maneiras distintas para se formar
em seus códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sen- a câmara de vereadores dessa cidade é igual a 30!/
do permitida a repetição de caracteres, então e possível (9!×21!).
obter mais de 1000 códigos distintos. ( ) CERTA ( ) ERRADA
( ) CERTA ( ) ERRADA
Para a escolha dos 9 vereadores dos 30 candidatos,
Se uma empresa decide não usar as 5 vogais em seus faremos uma combinação simples dos 30 candidatos es-
códigos, que poderão ter 1, 2 ou 3 letras, sendo permitida colhidos 9 a 9, pois aqui, a ordem de escolha não altera
a repetição de caracteres, então e possível obter mais de o agrupamento formado, já que, ao ser escolhidos, por
1000 códigos distintos. exemplo, um agrupamento de 9 pessoas, essas mesmas
Como não serão permitidas as vogais, então teremos pessoas não poderão ser escolhidas novamente, mesmo
21 letras para obtenção dos códigos. em outra ordem.
Observação: será permitida a REPETIÇÃO das letras, ex-
cluindo as vogais. ! !! 30! 30!
!! = = = !
21 letras (código formado por uma letra)=21 códigos !! ! − ! ! 9! 30 − 9 ! 9! 21!
21 x 21 (código formado por duas letras)=441 códigos
21 x 21 x 21 = 9.261 códigos RESPOSTA: “CERTA”.
Assim sendo, serão obtidos:
21 + 441 + 9.261 = 08. (TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012)
Sabendo-se que um eleitor vota em apenas um candi-
RESPOSTA: “ERRADA”. dato a vereador, é correto afirmar que a quantidade de
maneiras distintas de um cidadão escolher um candi-
05. (TCU – Analista de controle externo - UnB/Ces- dato é superior a 50.
pe/2014) O número total de códigos diferentes forma- ( ) CERTA ( ) ERRADA
dos por 3 letras distintas e superior a 15000.
( ) CERTA ( ) ERRADA Só existem 30 candidatos, logo não tem como haver
50 formas distintas de escolher um candidato.
O número total de códigos diferentes formados por 3
letras distintas e superior a 15000. RESPOSTA: “ERRADA”.
26x25x24=15600 códigos
09. (VALEC - Assistente Administrativo – FEM-
RESPOSTA: “CERTA”. PERJ/2012) Uma “capicua” é um número que escrito
de trás para a frente é igual ao número original. Por
(TRE/RJ – Técnico Judiciário - CESPE/UnB/2012) Nas exemplo: 232 e 1345431 são “capicuas”. A quantidade
eleições municipais de uma pequena cidade, 30 candi- de “capicuas” de sete algarismos que começam com o
datos disputam 9 vagas para a câmara de vereadores. algarismo 1 é igual a:
Na sessão de posse, os nove eleitos escolhem a mesa A) 400
diretora, que será composta por presidente, primeiro e B) 520
segundo secretários, sendo proibido a um mesmo par- C) 640
lamentar ocupar mais de um desses cargos. Acerca des- D) 1000
sa situação hipotética, julgue os itens seguintes. E) 1200
48
RACIOCÍNIO LÓGICO
49
RACIOCÍNIO LÓGICO
13. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” na pri-
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas que meira posição e “capturar o javali de Erimanto” na terceira
Hercules poderia preparar e superior a 12x10! posição, restam 10 tarefas a serem permutadas nas demais
( ) CERTA ( ) ERRADA posições, assim, temos que:
X . 1 . x . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . 7 . 8 . 9 . 10
O número máximo de possíveis listas que Hercules po- Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
deria preparar e superior a 12x10!. turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
“Considere que a Hercules seja dada a escolha de pre- ainda sobram 10 posições a serem permutadas.
parar uma lista colocando em ordem os doze trabalhos a Ou seja:
serem executados, e que a escolha dessa ordem seja total- 10 x 72 x 42 x 20 x 6
mente aleatória”. Portanto, teremos 10 x 72 x 42 x 20 x 6, um valor supe-
Seja a lista de tarefas dada a Hercules contendo as 12 rior e diferente de 72x42 x 20 x 6
tarefas representada a seguir. Lembrando que a ordem de
escolha ficara a critério de Hercules. RESPOSTA: “ERRADA”.
Então, permutando (trocando) as tarefas de posição,
vai gerar uma nova sequencia, ou seja, uma nova ordem da 16. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
realização de suas tarefas, assim, o numero de possibilida- UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con-
des de Hercules começar e terminar suas tarefas será dada tendo os trabalhos “ capturar a corça de Cerineia” e “
pela permutação dessas tarefas. capturar o javali de Erimanto” nas ultimas duas posi-
12x11x10x9x8x7x6x5x4x3x2x1 ou simplesmente: ções, em qualquer ordem, e inferior a 6! x 8!.
12! = 12 x 11 x 10! ( ) CERTA ( ) ERRADA
Como 12x11x10! e diferente de 12x10!.
O número máximo de possíveis listas contendo os tra-
RESPOSTA: “ERRADA”. balhos “ capturar a corça de Cerinéia” e “ capturar o javali
de Erimanto” nas ultimas duas posições, em qualquer or-
dem, e inferior a 6! x 8!.
14. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/
Fixando as tarefas “capturar a corça de Cerinéia” e
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con-
“capturar o javali de Erimanto” nas duas ultimas posições, e
tendo o trabalho “matar o leão de Neméia” na primeira
lembrando que essas tarefas podem ser permutadas entre
posição é inferior a 240 x 990 x 56 x 30.
si, pois são colocadas em qualquer ordem, assim, restaram
( ) CERTA ( ) ERRADA
10 posições a serem permutadas.
10.9.8.7.6.5.4.3.2.1.x.x
O número máximo de possíveis listas contendo o tra-
Sendo “X” as posições já ocupadas pelas tarefas “cap-
balho “matar o leão de Neméia” na primeira posição é infe-
turar a corça de Cerinéia” e “capturar o javali de Erimanto”,
rior a 240 x 990 x 56 x 30. podendo ser permutadas entre si, ainda, sobram 10 posi-
Fixando a tarefa “matar leão de Neméia” na primeira ções a serem permutadas.
posição, vão sobrar 11 tarefas para serem permutadas nas Ou seja:
demais casas: 90 x 8! x 2 que equivale a 180 x 8!
x._._._._._._._._._._._=x.11! Sendo 180 um valor inferior a 6! (6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x
Sendo X a posição já ocupada pela tarefa “matar leão 1 = 720), logo o valor
de Nemeia”. 180 x 8! será inferior a 6! x 8!, tornando este item CER-
Reagrupando os valores, temos: TO.
24 x 990 x 56 x 30.
Portanto, inferior a 240 x 990 x 56 x 30, tornando este RESPOSTA: “CERTA”.
item ERRADO.
(TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
RESPOSTA: “ERRADA”. UnB/2013) Considere que em um escritório trabalham
11 pessoas: 3 possuem nível superior, 6 tem o nível
15. (PM/CE - Soldado da Polícia Militar - Cespe/ médio e 2 são de nível fundamental. Será formada,
UnB/2013) O número máximo de possíveis listas con- com esses empregados, uma equipe de 4 elementos
tendo os trabalhos “capturar a corça de Cerinéia” na para realizar um trabalho de pesquisa. Com base nes-
primeira posição e “ capturar o javali de Erimanto” na sas informações, julgue os itens seguintes, acerca des-
terceira posição e inferior a 72 x 42 x 20 x 6. sa equipe.
( ) CERTA ( ) ERRADA
17. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
O número máximo de possíveis listas contendo os tra- UnB/2013) Se essa equipe for formada somente com
balhos “capturar a corça de Cerinéia” na primeira posição e empregados de nível médio e fundamental, então ela
“ capturar o javali de Erimanto” na terceira posição e infe- poderá ser formada de mais de 60 maneiras distintas.
rior a 72 x 42 x 20 x 6. ( ) CERTA ( ) ERRADA
50
RACIOCÍNIO LÓGICO
Se essa equipe for formada somente com empregados Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida-
de nível médio e fundamental, então ela poderá ser forma- des, teremos:
da de mais de 60 maneiras distintas. 3 + 15 + 18 = 36 equipes distintas
Das 11 pessoas, 3 são de nível superior(S), 3 nível mé-
dio(M), e 2 são de nível fundamental(F) Como o afirmado neste item, diz que existirão mais de
40 maneiras distintas para a formação das equipes.
Sendo a equipe formada apenas pelos funcionários de
escolaridade de nível Médio e Fundamental teremos ape- RESPOSTA: “ERRADA”.
nas 3 possibilidades de formação das equipes:
19. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/
1ª POSSIBILIDADE: Somente 1 funcionário de nível UnB/2013) Formando-se a equipe com dois emprega-
Fundamental e os demais de nível médio. dos de nível médio, e dois de nível superior, então essa
equipe poderá ser formada de, no máximo, 40 manei-
!!! .!!! = 2!/1!(2-1)!.6!/3!(6-3)!=40 equipes distintas
ras distintas.
! ( ) CERTA ( ) ERRADA
2ª POSSIBILIDADE: com 2 funcionários de nível Funda-
Formando-se a equipe com dois empregados de nível
mental e os demais de nível médio.
médio, e dois de nível superior, então essa equipe poderá
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas ser formada de, no máximo, 40 maneiras distintas.
Formando-se as equipes com 2 empregados de nível
Médio e 2 de Nível Superior, então teremos apenas 1 pos-
3ª POSSIBILIDADE: Uma equipe formada por funcioná- sibilidade de formação de equipes, já que excluímos todos
rios apenas de Nível Médio. os funcionários de nível Fundamental.
!!! !. = 6!/4!(6-4)!=15 equipes distintas !!! .!!! ! = 3!/2!(3-2)!.6!/2!(6-2)!=45 equipes distintas
Somando-se os resultados obtidos nas 3 possibilida- De acordo com a afirmativa do item seriam de, no má-
des anteriores, encontramos: ximo, 40 equipes distintas.
40 + 15 + 15= 70 equipes distintas
Como o item afirma que a equipe poderá ser formada RESPOSTA: “ERRADA”.
por mais de 60 maneiras distintas.
20. (Banco do Brasil/TO - Escriturário - Cespe/
RESPOSTA: “CERTA”. UnB/2012) Considere que o BB tenha escolhido alguns
18. (TRT 10ª Região – Técnico Judiciário - Cespe/ nomes de pessoas para serem usados em uma propa-
UnB/2013) Se essa equipe incluir todos os empregados ganda na televisão, em expressões do tipo Banco do
de nível fundamental, então ela poderá ser formada de Bruno, Banco da Rosa etc. Suponha também, que a
mais de 40 maneiras distintas. quantidade total de nomes escolhidos para aparecer
( ) CERTA ( ) ERRADA na propaganda seja 1 2 e que, em cada inserção da pro-
paganda na TV, sempre apareçam somente dois nomes
Se essa equipe incluir todos os empregados de nível distintos.
fundamental, então ela poderá ser formada de mais de 40 Nesse caso, a quantidade de inserções com pares
maneiras distintas. diferentes de nomes distintos que pode ocorrer e in-
ferior a 70.
Julgue o enunciado acima.
1ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários de
nível fundamental e os demais de nível Superior.
Com 12 nomes distintos entre si aparecendo de dois
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.3!/2!(3-2)!=3 equipes distintas em dois, teremos uma combinação simples desses nomes
para formarmos um total de possibilidades distintas.
!
2ª POSSIBILIDADE: Equipes contendo 2 funcionários !!" ! = 12!/2!(12-2)!=66 duplas de nomes distintos
nível fundamental e os demais de nível médio.
!!! .!!! ! = 2!/2!(2-2)!.6!/2!(6-2)!=15 equipes distintas Portanto, é verdadeira.
51
RACIOCÍNIO LÓGICO
Sejam as agencias A, B e C que deverão receber 4 dos 23. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) De
12 funcionários mencionados no item. uma urna contendo 10 bolas coloridas, sendo 4 bran-
Para a primeira agencia, A, temos uma escolha baseada cas, 3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde, retiram-se de uma
em um agrupamento de 4 pessoas escolhidas dentre as 12 vez 4 bolas .Quantos são os casos possíveis em que apa-
funcionários, possíveis a ocupar essas vagas, ou seja, uma recem exatamente uma bola de cada cor?
combinação de 12 funcionários escolhidos 4 a 4.
Agência A: Como a urna contém 4 bolas brancas, existem 4 ma-
! neiras possíveis de retirar uma bola branca; analogamente,
!!" ! = 12!/4!(12-4)!=495 3 pretas, 2 vermelhas e 1 verde. Assim, pelo Princípio Fun-
damental da Contagem, o número de casos possíveis em
Maneiras distintas de escolhermos dentre 12 funcionários, que aparecem exatamente uma bola de cada cor é 4 . 3 .
4 funcionários para ocupar uma das 4 vagas da agencia A . 2 . 1 = 24
Fixando 4 funcionários na primeira agencia, A , teremos, ain-
da, 8 funcionários que poderão ocupar 4 vagas na agencia B. Por- RESPOSTA: “C”.
tanto, para escolhermos esse novo agrupamento, teremos uma
nova combinação, agora, de 8 funcionários, escolhidos 4 a 4. 24. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) Um
Agência B: estudante deseja colorir o mapa da região Centro-Oes-
!!! ! = 8!/4!(8-4)!=70 te (ilustrado abaixo) de modo que territórios adjacen-
tes sejam de cores distintas. Por exemplo, já que Goiás e
o distrito Federal têm fronteira em comum, terão de ser
Maneiras distintas de escolhermos dentre 8 funcioná- coloridos de forma diferente. Supondo que o estudante
rios, 4 funcionários para ocupar 4 vagas da agencia B . dispõe de quatro cores distintas e cada território seja
Por ultimo, ainda sobram 4 funcionários para ocupar as de uma única cor, calcule de quantas maneiras ele pode
ultimas 4 vagas da ultima agencia C . colorir os territórios do mapa.
Portanto, teremos apenas um tipo de agrupamento for-
mado por esses 4 funcionários.
Agência C:
!!! ! = 4!/4!(4-4)!=1
52
RACIOCÍNIO LÓGICO
A) 46
B) 59
C) 77
D) 83
E) 91
Há quantas maneiras distintas para responder esse Sendo, os pesquisadores das três áreas (7 químicos, 5
questionário? físicose 4 matemáticos), e as comissões compostas por dois
cientistas de áreas diferentes, temos 3 situações possíveis:
Como há duas possibilidades para a RESPOSTA de cada I) 1 químico e 1 matemático: 7 . 4 = 28 duplas
questão, pelo Princípio Fundamental da Contagem, o nú- II) 1 químico e 1 físico: 7 . 5 = 35 duplas
mero de maneiras distintas de responder as 5 questões é 2 III) 1 matemático e 1 físico: 4 . 5 = 20 duplas
. 2 . 2 . 2 . 2 = 25 = 32 Assim, o total de duplas distintas é 28 + 35 + 20 = 83
26. (UNESP - VESTIBULAR - VUNESP/2013) Quatro 28. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012)
amigos vão ocupar as poltronas a, b, c, d de um ônibus Cada um dos círculos da figura ao lado deverá ser pin-
dispostas na mesma fila horizontal, mas em lados diferen- tado com uma única cor, escolhida dentre quatro dispo-
tes em relação ao corredor, conforme a ilustração. níveis. Sabendo-se que dois círculos consecutivos nun-
ca serão pintados com a mesma cor, então o número de
formas de se pintar os círculos é:
A) 100
B) 240
C) 729
D) 2916
Dois deles desejam sentar-se juntos, seja do mesmo E) 5040
lado do corredor, seja em lados diferentes. Nessas con-
dições, de quantas maneiras distintas os quatro podem Considerando o 1o. círculo (da esquerda), ele pode ser
ocupar as poltronas referidas, considerando-se distin- pintado por qualquer uma das 4 cores disponíveis. Cada
tas as posições em que pelo menos dois dos amigos um dos demais círculos pode ser pintado pelas 3 cores res-
ocupem poltronas diferentes? tantes possíveis (exceto a cor do círculo que o antecede).
A) 24 Portanto, pelo princípio fundamental da contagem, o
B) 18 número total de possibilidades de pintar os círculos, é igual
C) 16 a:
D) 12 4 . 3 . 3 . 3 . 3 . 3 . 3 = 2916
E) 6
RESPOSTA: “D”.
Existem 6 maneiras de os dois amigos sentarem juntos
(ab, ba, bc, cb, cd, dc). Para cada uma das seis possibilida- 29. (UNESP - VESTIBULAR - VUNESP/2012) Uma
des existem duas formas de os outros se acomodarem. rede de supermercados fornece a seus clientes um car-
Assim sendo, o total de possibilidades é 6 . 2 = 12 tão de crédito cuja identificação é formada por 3 letras
distintas (dentre 26), seguidas de 4 algarismos distin-
RESPOSTA: “D”. tos. Uma determinada cidade receberá os cartões que
têm L como terceira letra, o último algarismo é zero e
27. (UFSCar - VESTIBULAR - VUNESP/2013) Um en- o penúltimo é 1. A quantidade total de cartões distin-
contro científico conta com a participação de pesquisa- tos oferecidos por tal rede de supermercados para essa
dores de três áreas, sendo eles: 7 químicos, 5 físicos e cidade é
4 matemáticos. No encerramento do encontro, o grupo A) 33 600.
decidiu formar uma comissão de dois cientistas para re- B) 37 800.
presentá-lo em um congresso. Tendo sido estabelecido C) 43 200.
que a dupla deveria ser formada por cientistas de áreas D) 58 500.
diferente, o total de duplas distintas que podem repre- E) 67 600.
sentar o grupo no congresso é igual a:
53
RACIOCÍNIO LÓGICO
A numeração dos cartões dessa cidade é do tipo 32. (Administração - VESTIBULAR - FGV/2012)
Aconteceu um acidente: a chuva molhou o papel onde
Teodoro marcou o telefone de Aninha e apagou os três
últimos algarismos. Restaram apenas os dígitos 58347.
Observador, Teodoro lembrou que o número do telefo-
ne da linda garota era um número par, não divisível por
5 e que não havia algarismos repetidos. Apaixonado,
resolveu testar todas as combinações numéricas possí-
A primeira letra pode ser escolhida entre as 25 restan- veis. Azarado! Restava apenas uma possibilidade, quan-
tes e a segunda letra entre as 24 restantes. do se esgotaram os créditos do seu telefone celular. Até
O primeiro algarismo pode ser escolhido entre os 8 então, Teodoro havia feito quantas ligações?
restantes e o segundo entre os sete restantes. A) 23
Desta forma, o número de cartões é 25 . 24 . 8 . 7 = 33 B) 59
600 C) 39
D) 35
RESPOSTA: “A”. E) 29
30. (UEL - VESTIBULAR - COPS/2012) Um professor
de Matemática comprou dois livros para premiar dois Os algarismos que restam não podem ser 5, 8, 3, 4 ou
alunos de uma classe de 42 alunos. Como são dois livros 7 e, além disso, o último só pode ser 2 ou 6. Os dois alga-
diferentes, de quantos modos distintos pode ocorrer a rismos que restam podem ser obtidos de 4 . 3 maneiras
premiação? diferentes.
A) 861 Portanto, o total de possibilidades é 2 . 4 . 3 = 24.
B) 1722 Quando se esgotaram os créditos do seu telefone ce-
C) 1764 lular,
D) 3444 Teodoro havia feito 24 – 1 = 23 ligações.
D) 2!"
RESPOSTA: “A”.
Já que os livros são diferentes, o número de maneiras
de distribuir esses livros é A42,2 = 42 . 41 = 1722 33. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) O
número total de inteiros positivos que podem ser for-
RESPOSTA: “B”. mados com algarismos 1, 2, 3 e 4, se nenhum algarismo
é repetido em nenhum inteiro, é:
31. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2012) O A) 54
número de equipes de trabalho que poderão ser forma- B) 56
das num grupo de dez indivíduos, devendo cada equi- C) 58
pe ser constituída por um coordenador, um secretário D) 60
e um digitador, é: E) 64
A) 240
B) 360 Dispondo dos algarismos 1, 2, 3 e 4, sem repetição,
C) 480 podem ser formados:
D) 600 I) Números com 1 algarismo, num total de 4
E) 720 II) Números com 2 algarismos, num total de 4 . 3 = 12
III)Números com 3 algarismos, num total de 4 . 3 . 2 = 24
Existem 10 maneiras para escolher o coordenador, 9 IV)Números com 4 algarismos, num total de 4 . 3 . 2 .
maneiras para o secretário e 8 para o digitador, assim, o 1 = 24
número de equipes é 10 . 9 . 8 = 720 ou A10; 3 = 10 . 9 . 8
= 720 Assim, a quantidade pedida é 4 + 12 + 24 + 24 = 64
54
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Profª. Silvana Guimarães uma visão global, ele coordena, define, formula, estabelece
uma autoridade de forma construtiva, competente, enérgi-
Bacharel em Direito. Especialização em Gestão Empre- ca e única.
sarial. As Organizações formais possuem uma estrutura hie-
Consultora em Gestão de Projetos e Desenvolvimento rárquica com suas regras e seus padrões. Os Organogra-
Comportamental mas com sua estrutura bem dimensionada podem facilitar
a autonomia interna, agilizando o processo de desenvolvi-
mento de produtos e serviços. O mundo empresarial cada
I. ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO. vez mais competitivo e os clientes a cada dia mais exigen-
ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS ABERTOS. tes levam as organizações a pensar na sua estrutura, para
se adequar ao que o mercado procura. Com os órgãos bem
dispostos nessa representação gráfica, fica mais bem ob-
jetivada a hierarquia bem como o entrosamento entre os
Dentre tantas definições já apresentadas sobre o con- cargos.
ceito de administração, podemos destacar que: As organizações fazem uso do organograma que me-
lhor representa a realidade da empresa, vale lembrar que
o modelo piramidal ficou obsoleto, hoje o que vale é a
“Administração é um conjunto de atividades dirigidas
contribuição, são muitas pessoas empenhadas no desen-
à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de
volvimento da empresa, todos contribuem com ideias na
alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais.” tomada de decisão.
Com vistas às diversidades de informações, é preciso
Ou seja, a Administração vai muito além de apenar estar atento para sua relevância, nas organizações as infor-
“cuidar de uma empresa”, como muitos imaginam, mas mações são importantes, mesmo em tomada de decisões.
compreende a capacidade de conseguir utilizar os recursos É necessário avaliar a qualidade da informação e saber apli-
existentes (sejam eles: recursos humanos, materiais, finan- car em momentos oportunos.
ceiros,…) para atingir os objetivos da empresa. Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há
O conceito de administração representa uma governa- que se definir qual informação e como ela vai ser mantida
bilidade, gestão de uma empresa ou organização de forma no sistema, deve haver um estudo no organograma da em-
que as atividades sejam administradas com planejamento, presa verificando assim quais os dados e quais os campos
organização, direção, e controle. vão ser necessários para essa implantação. Cada empresa
tem suas características e suas necessidades, e o sistema de
O ato de administrar é trabalhar com e por intermédio informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.
de outras pessoas na busca de realizar objetivos da organi- Para as organizações as pessoas são as mais importan-
zação bem como de seus membros. tes, por isso tantos estudos a fim de sanar interrogações a
Montana e Charnov respeito da complexidade do ser humano.
O comportamento das pessoas nas organizações afe-
A administração tem uma série de características entre ta diretamente na imagem, no sucesso ou insucesso da
elas: um circuito de atividades interligadas, busca de ob- mesma, o comportamento dos colaboradores refletem seu
tenção de resultados, proporcionar a utilização dos recur- desempenho. Há uma necessidade das pessoas de ter in-
sos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades de centivos para que o trabalho flua, a motivação é intrínseca,
planejamento, organização, direção e controle. mas os estímulos são imprescindíveis para que a motivação
Para administrar os mais variados níveis de organiza- pelo trabalho continue gerando resultados para a empresa.
ção é necessário ter habilidades, estas são divididas em três Para que todos esses conceitos e objetivos sejam de-
senvolvidos de fato, precisamos nos ater à questão dos
grupos:
níveis de hierarquia e às competências gerenciais, ao que
• Habilidades Técnicas: são habilidades que neces-
isso representa na teoria, na prática e no comportamento
sitam de conhecimento especializado e procedimentos es-
individual de cada profissional envolvido na administração.
pecíficos e pode ser obtida através de instrução.
• Habilidades Humanas: envolvem também aptidão, NÍVEIS HIERÁRQUICOS
pois interage com as pessoas e suas atitudes, exige com- Existem basicamente três níveis hierárquicos dentro de
preensão para liderar com eficiência. uma organização, que são divididos em:
• Habilidades Conceituais: englobam um conheci- Nível Estratégico (ou Nível Institucional) – Elabora
mento geral das organizações, o gestor precisa conhecer as estratégias, faz o planejamento estratégico da empresa
cada setor, como ele trabalha e para que ele existe. normalmente esse posto é assumido por presidentes e alta
direção da empresa, os representantes deste nível devem
Existem vários modelos de organização, Organização possuir principalmente habilidades conceituais.
Empresarial, Organização Máquina, Organização Política Nível Tático (ou Nível Intermediário) – Este nível é
entre outras. As organizações possuem seus níveis de in- desempenhado pelos Gerentes é um nível departamental,
fluência. O nível estratégico é representado pelos gestores e seus integrantes necessitam em especial de habilidades
e o nível tático, representado pelos gerentes. Eles são im- humanas para motivar e liderar os integrantes do nível
portantes para manter tudo sob controle. O gerente tem operacional.
1
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Nível Operacional – Estes são os supervisores que necessitam de habilidades técnicas por trabalharem de forma mais
ligada à produção.
É de suma importância que os níveis hierárquicos estejam bem definidos dentro da organização para que cada um
saiba o seu lugar e suas competências. Administrar é interpretar os objetivos da organização e transformá-los em ação por
meio de planejamento, organização, controle e direção de todos os níveis organizacionais.
A seguir vocês poderão ver dois demonstrativos que discriminam as características de atuação de cada um dos níveis
citados.
NÍVEIS
CARACTERÍSTICAS
ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL
Unidade,
Abrangência Instituição Setor, Equipe
Departamento
Presidência, Alto
Área Diretoria, Gerência Coordenação, Líder Técnico
Comitê
Experiência,
Perfil Visão, Liderança Técnica, Iniciativa
Eficácia
Horizonte Longo Prazo Médio Prazo Curto Prazo
Foco Destino Caminho Passos
Planos de ação,
Diretrizes Visão, Objetivo Processos, atividades
projetos
Amplo, mas
Conteúdo Abrangente, Genérico Específico, Analítico
sintético
Determinar, Definir, Executar, manter, Controlar,
Ações Projetar, Gerenciar
orientar analisar
Software Painel de Controle Planilha Aplicações específicas
Marcio D’Avila
Idalberto Chiavenato.
Fatores como a crescente competitividade entre as organizações provocam significativas mudanças no mercado, o que
faz com que as competências gerenciais se tornem grandes diferenciais.
A gestão por competência se propõe a integrar e orientar esforços, principalmente no que ser refere à gestão de pes-
soas, visando desenvolver e sustentar competências consideradas fundamentais aos objetivos organizacionais.
As empresas buscam ideias de mudanças comportamentais, atitudes, valores e crenças que façam a diferença na pos-
tura dos profissionais.
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para comprar e vender serviços e produtos. Desse modo, Funções primárias das organizações:
para a organização sobreviver ela precisa de ajustes como
ambiente externo, além de ajustes no ambiente interno. a) Ingestão: as organizações adquirem ou compram
Ademais, assim como um sistema aberto, uma organi- materiais para processá-los de alguma maneira. Para as-
zação pode ser definida como uma associação de grupos sistirem outras funções, como os organismos vivos que in-
de interesses, sendo esses formados por elementos distin- gerem alimentos para suprirem outras funções e manter a
tos, onde cada um busca atingir seus objetivos no contexto energia.
do ambiente mais amplo.
As ações que definem o comportamento organizacio- b) Processamento: no animal, a comida é transforma-
nal dependem também de uma análise do ambiente em da em energia e suprimento das células. Na organização,
que ela se encontra e da maneira como a mesma se rela- a produção é equivalente a esse ciclo animal. Os materiais
são processados havendo certa relação entre entradas e
ciona com o ambiente externo, respondendo à pressões,
saídas no qual o excesso é o equivalente a energia neces-
estabelecendo relações ou até evitando algumas Além
sária para a sobrevivência da organização (transformação
disso, a teoria do sistema aberto também consiste em de- em produtos).
monstrar o papel de um funcionário dentro de uma orga-
nização, expressando o conceito de “Homem Funcional”, c) Reação ao ambiente: o animal que reage frente a
ou seja, o homem tem um papel dentro das organizações, mudanças ambientais para sua sobrevivência deve adap-
estabelecendo relações com outros indivíduos, exatamente tar-se as mudanças. Também nas organizações reage ao
como prega um sistema aberto. seu ambiente, mudando seus materiais, consumidores,
Sobre suas ações, o próprio funcionário cria diversas empregados e recursos financeiros. As alterações podem
expectativas, tanto para seu papel, quanto para o papel de se efetuar nos produtos, no processo ou na estrutura (mu-
todos os outros elementos que fazem parte da organização danças face ao mercado).
como um todo, e ainda transmitindo–as a todos indivíduos
participantes. Apesar dessa relação ser inevitável ela pode d) Suprimento das partes: os participantes da organi-
tanto alterar, como reforçar seu papel dentro da instituição. zação são supridos, não só do significado de suas funções,
Logo, uma organização pode ser definida então como um mas também de dados de compras, produção, vendas ou
sistema de papéis, nos quais indivíduos (ou no caso, fun- contabilidade, e são recompensados principalmente sob a
cionários), agem como verdadeiros transmissores de papel forma de salários e benefícios.
e pessoas focais.
e) Regeneração das partes: as partes do organismo
perdem sua eficiência, adoecem ou morrem e devem ser
A organização como um sistema aberto regenerados ou recolocados no sentido de sobreviver no
Até meados dos anos 50 a teoria administrativa clássica conjunto. Os membros das organizações também podem
pouco considerava o ambiente externo das organizações. adoecer, aposentar-se, desligar-se da firma ou então mor-
Não eram consideradas tanto questões de flexibilidade rer. As máquinas podem tornar-se obsoletas. Ambos os
das organizações quanto as mudanças do ambiente extra- homens e máquinas devem ser mantidos ou recolocados
empresa. As organizações eram definidas com sistemas – manutenção e substituição.
bastante fechados, sendo que a eficiência operacional era
tida como o único meio para a empresa obter êxito e de se f) Organização: administração e decisão sobre as fun-
tornar eficaz. ções;
Atualmente, porém, as mudanças do ambiente exter-
no à empresa além de frequentes, ocorrem rapidamente. Principais características das organizações
Por isso elas têm um impacto de longo alcance nas organi-
zações. Os acontecimentos do meio externo podem facil- a) Comportamento probabilístico: as organizações
mente afetar a empresa e vice-versa, ao ponto que as orga- são sempre afetadas pelas variáveis externas. O ambiente é
nizações não podem mais ser consideradas como sistemas potencialmente sem fronteiras e inclui variáveis desconhe-
fechados, mas como sistemas abertos. Neste novo cenário cidas e incontroladas. Por outro lado as consequências dos
sistemas sociais são probabilísticas e não-determinadas. O
as organizações devem ser permeáveis às mudanças do vo-
comportamento humano nunca é totalmente previsível. As
látil ambiente externo, ou seja o ambiente externo deve ser
pessoas são complexas, respondendo a muitas variáveis.
mais considerado quando as empresas desenvolvem suas Por esta razão a administração não pode esperar que os
atividades. consumidores, fornecedores, tenham um comportamento
As organizações são por definição sistemas abertos, previsível e de acordo com suas expectativas. – sistema so-
pois não podem ser adequadamente compreendidas de cial num ambiente sem fronteiras, complexo e nem sempre
forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre di- previsível;
versas variáveis internas e externas, que afetam seu com-
portamento. Tal como os organismos vivos, as organiza- b) Parte de uma sociedade maior: as organizações
ções têm seis funções primárias ou principais, que mantêm são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os sistemas
estreita relação entre si, mas que podem ser estudadas in- são complexos de elementos colocados em interação. Es-
dividualmente. sas interações entre os elementos produzem um todo que
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
não pode ser compreendido pela simples investigação das fluenciar decisões estratégicas. Embora uma equipe de
várias partes tomadas isoladamente. – ajuste constante en- altos executivos possa ter forças internas e idéias únicas
tre grupos internos e externos, como estudado mais pro- sobre seus executivos, deve considerar os fatores externos
priamente na Sociologia, Antropologia ou Economia (eco- antes de agir.
nômico e cultural); O Macroambiente é composto de forças políticas, eco-
nômicas, tecnológicas e sociais, e o ambiente Competitivo
c) Interdependência entre as partes: uma organiza- de forças mais próximas, como concorrentes atuais, amea-
ção não é um sistema mecânico, no qual uma das partes ças de novos entrantes e substitutos, fornecedores e con-
pode ser mudada sem um efeito concomitante sobre as sumidores. A maior diferença entre os dois é a quantidade
outras. Em face da diferenciação das partes provocadas de controle dela sobre cada ambiente.
pela divisão do trabalho, as partes precisam ser coorde- Ambiente Competitivo: o ambiente competitivo com-
nadas por meio de integração e de trabalho. As interações preende organizações com as quais a organização interage.
internas e externas do sistema refletem diferentes escalões Administrar significa, além de reagir e adaptar-se aos am-
de controle e da autonomia. Uma variedade de subsistema bientes, modificar ou moldar o ambiente da organização.
deve cumprir a função do sistema e as suas atividades de-
vem ser coordenadas. – divisão de trabalho, coordenação,
integração e controle; II. FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS:
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO,
d) Homeostasia versus adaptabilidade: a COORDENAÇÃO E CONTROLE
homeostasia(auto regulação) garante a rotina e a perma-
nência do sistema, enquanto a adaptabilidade leva a ruptu-
ra, à mudança e à inovação. Rotina e ruptura. Estabilidade e
mudança. Ambos os processos precisam ser levados a cabo O processo administrativo apresenta-se como uma
pela organização para garantir a sua viabilidade. – tendên- sucessão de atos, juridicamente ordenados, destinados
cia a estabilidade e equilíbrio X tendência ao atendimento todos à obtenção de um resultado final. O procedimento
de novos padrões; é, pois, composto de um conjunto de atos, interligados e
progressivamente ordenados em vista da produção desse
resultado.
e) Fronteiras ou limites: é a linha imaginária que serve
O devido processo legal simboliza a obediência às nor-
para marcar o que está dentro e o que está fora do sistema.
mas processuais estipuladas em lei; é uma garantia consti-
Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente.
tucional concedida a todos os administrados, assegurando
–fronteiras permeáveis- sobreposições e intercâmbios com
um julgamento justo e igualitário, assegurando a expedi-
os sistemas do ambiente;
ção de atos administrativos devidamente motivados bem
como a aplicação de sanções em que se tenha oferecido a
f) Morfogênese – capacidade de se modificar, de de-
dialeticidade necessária para caracterização da justiça. De-
terminar o crescimento e as formas da organização, de se cisões proferidas pelos tribunais já tem demonstrado essa
corrigir e de obter novos e melhores resultados; posição no sistema brasileiro, qual seja, de defesa das ga-
rantias constitucionais processuais no sentido de conceder
g) Resiliência - capacidade de o sistema superar o ao cidadão a efetividade de seus direitos.
distúrbio imposto por um fenômeno externo. As organi- Seria insuficiente se a Constituição garantisse aos cida-
zações, como sistemas abertos, apresentam a capacidade dãos inúmeros direitos se não garantisse a eficácia destes.
de enfrentar e superar perturbações externas provocadas Nesse desiderato, o princípio do devido processo legal ou,
pela sociedade sem que desapareça seu potencial de auto- também, princípio do processo justo, garante a regulari-
-organização; dade do processo, a forma pela qual o processo deverá
tramitar, a forma pela qual deverão ser praticados os atos
h) Sinergia - esforço simultâneo de vários órgãos que processuais e administrativos.
provoca um resultado ampliado. A soma das partes é maior Cabe ressaltar que o princípio do devido processo le-
do que o todo (2 + 2 = 5 ou mais); gal resguarda as partes de atos arbitrários das autoridades
jurisdicionais e executivas.
i) Entropia - consequência da falta de relacionamen- O processo é composto de fases e atos processuais,
to entre as partes de um sistema, o que provoca perdas e que devem ser rigorosamente seguidos, viabilizando as
desperdícios. É um processo inverso a sinergia, a soma das partes a efetividade do processo, não somente em seu as-
partes é menor que o todo (2 + 2 = 3). A entropia leva o sis- pecto jurídico-procedimental, mas também em seu escopo
tema à perda de energia, decomposição e desintegração. social, ético e econômico. Razão pela qual, pode-se afirmar
que o princípio do devido processo legal reúne em si todos
Organizações são sistemas abertos que afetam e os demais princípios processuais, de modo a assegurar o
são afetadas pelo ambiente externo. cumprimento dos princípios constitucionais processuais,
Macroambiente: todas as organizações operam em somente aí, ter-se-á a efetivação de um Estado Democráti-
um macroambiente, que é definido pelos elementos mais co de Direito, no qual o povo não se sujeita a imposição de
gerais no ambiente externo que pode potencialmente in- decisões, mas participa ativamente destas.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Toda atuação do Estado há de ser exercida em prol do tenhamos exposto inúmeros obstáculos para o advento
público, mediante processo justo, e mediante a segurança dessa nova realidade e que poderiam nos levar a acreditar,
dos trâmites legais do processo. tal qual Luhman (1992), na improbabilidade da comunica-
ção, acreditamos que essa é uma utopia pela qual vale a
A aprendizagem, como já vimos, pressupõe uma busca pena lutar.
criativa da inovação, ao mesmo tempo em que lida com Mas é preciso ter cuidado. Esse ambiente de mudan-
a memória organizacional e a reconstrói. Pressupõe, tam- ças, que traz consigo uma radical mudança no processo de
bém, motivação para aprender. E motivação só é possível troca de informações nas organizações e afeta, também,
se as pessoas se identificam e consideram nobres as mis- todo um sistema de comunicação baseado no paradigma
sões organizacionais e se orgulham de fazer parte e de da transmissão controlada de informações, favorece o sur-
lutar pelos objetivos. Se há uma sensação de que é bom gimento e a atuação do que chamo de novos Messias da
trabalhar com essa empresa, pode-se vislumbrar um cres- comunicação, que prometem internalizarem nas pessoas
cimento conjunto e ilimitado. Se há ética e confiança nessa os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e
relação, se não há medos e se há valorização à livre troca o comprometimento à nova ordem de coisas, organizarem
de experiências e saberes.
rituais de passagem em que se dá outro sentido aos valores
Nesse aspecto, é possível perceber que a comunica-
abandonados e introduz-se o novo.
ção organizacional pode se constituir numa instância da
Hoje, não é raro encontrar-se nos corredores das or-
aprendizagem pois, se praticada com ética, pode provocar
ganizações profissionais da mudança cultural, agentes da
uma tendência favorável à participação dos trabalhadores,
dar maior sentido ao trabalho, favorecer a credibilidade nova ordem, verdadeiros profetas munidos de fórmulas in-
da direção (desde que seja transparente), fomentar a res- falíveis, de cartilhas iluministas, capazes de minar resistên-
ponsabilidade e aumentar as possibilidades de melhoria cias e viabilizar uma nova cultura e que se autodenominam
da organização ao favorecer o pensamento criativo entre reengenheiros da cultura.
os empregados para solucionar os problemas da empresa Esses profissionais se aproveitam da constatação de
(Ricarte, 1996). que a comunicação é, sim, instrumento essencial da mu-
Para Ricarte, um dos grandes desafios das próximas dança, mas se esquecem de que o que transforma e qua-
décadas será fazer da criatividade o principal foco de ges- lifica é o diálogo, a experiência vivida e praticada, e não
tão de todas as empresas, pois o único caminho para tornar a simples transmissão unilateral de conceitos, frases feitas
uma empresa competitiva é a geração de ideias criativas; a e fórmulas acabadas tão próprias da chamada educação
única forma de gerar ideias é atrair para a empresa pessoas bancária descrita por Paulo Freire.
criativas; e a melhor maneira de atrair e manter pessoas E a viabilização do diálogo e da participação tem de
criativas é proporcionando-lhes um ambiente adequado ser uma política de comunicação e de RH. A construção
para trabalhar. e a viabilização dessa política é, desde já, um desafio aos
Esse ambiente adequado pressupõe liberdade e com- estrategistas de RH e de comunicação, como forma de criar
petência para comunicar. Hoje, uma das principais exigên- o tal ambiente criativo a que Ricarte de referiu e viabilizar,
cias para o exercício da função gerencial é certamente a assim, a construção da organização qualificante, capaz de
habilidade comunicacional. As outras habilidades seriam a enfrentar os desafios constantes de um mundo em muta-
predisposição para a mudança e para a inovação; a busca ção, incerto e inseguro.
do equilíbrio entre a flexibilidade e a ética, a desordem e a Em Sociologia, um grupo é um sistema de relações
incerteza; a capacidade permanente de aprendizagem; sa- sociais, de interações recorrentes entre pessoas. Também
ber fazer e saber ser. pode ser definido como uma coleção de várias pessoas que
Essa habilidade comunicacional, porém, na maioria das compartilham certas características, interajam uns com os
empresas, ainda não faz parte da job-description de um outros, aceitem direitos e obrigações como sócios do gru-
executivo. É ainda uma reserva do profissional de comuni-
po e compartilhem uma identidade comum — para haver
cação, embora devesse ser encarada como responsabilida-
um grupo social, é preciso que os indivíduos se percebam
de de todos, em todos os níveis.
de alguma forma afiliados ao grupo.
O desenvolvimento dessa habilidade pressupõe, an-
Segundo COSTA (2002), o grupo surgiu pela necessida-
tes de tudo, saber ouvir e lidar com a diferença. É preciso
lembrar: sempre apenas metade da mensagem pertence de de o homem viver em contato com os outros homens.
a quem a emite, a outra metade é de quem a escuta e a Nesta relação homem-homem, vários fenômenos estão
processa. Lasswell já dizia que quem decodifica a mensa- presentes; comunicação, percepção, afeição liderança, in-
gem é aquele que a recebe, por isso a necessidade de se tegração, normas e outros. À medida que nós nos obser-
ajustarem os signos e códigos ao repertório de quem vai vamos na relação eu-outro surge uma amplitude de cami-
processá-los. nhos para nosso conhecimento e orientação.
Pode-se afirmar, ainda, que as bases para a constru- Cada um passa a ser um espelho que reflete atitudes e
ção de um ambiente propício à criatividade, à inovação dá retorno ao outro, através do feedback.
e à aprendizagem estão na autoestima, na empatia e na Para encontrarmos maior crescimento, a disponibilida-
afetividade. Sem esses elementos, não se estabelece a co- de em aprender se faz necessária. Só aprendemos aquilo
municação nem o entendimento. Embora durante o texto que queremos e quando queremos.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Nas relações humanas, nada é mais importante do que Administrar, independente do nível organizacional, re-
nossa motivação em estar com outro, participar na coorde- quer algumas habilidades, que podem ser classificadas em
nação de caminhos ou metas a alcançar. três grupos:
Um fato merecedor de nossa atenção é que o homem
necessita viver com outros homens, pela sua própria na- • Habilidades Técnicas – requer conhecimento es-
tureza social, mas ainda não se harmonizou nessa relação. pecializado e procedimentos específicos e pode ser obtida
Lewin (1965) considerou o grupo como o terreno sobre através de instrução.
o qual o indivíduo se sustenta e se satisfaz. Um instrumento
para satisfação das necessidades físicas, econômicas, polí- • Habilidades Humanas – capacidade de relaciona-
ticas, sociais, etc.·. mento interpessoal, envolvem também aptidão, pois inte-
rage com as pessoas e suas atitudes, exige compreensão
As empresas não funcionam na base da pura improvi- para liderar eficazmente.
sação. A estratégia empresarial é basicamente uma ativida-
de racional que envolve a identificação das oportunidades • Habilidades Conceituais – trata-se de uma visão
e das ameaças do ambiente onde opera a empresa, bem panorâmica das organizações, o gestor precisa conhecer
como a avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua cada setor, como ele trabalha e para que ele existe.
capacidade atual ou potencial em se antecipar às necessi- O conceito de administração representa uma governa-
dades e demandas do mercado ou em competir sob con- bilidade, gestão de uma empresa ou organização de forma
dições de risco com os concorrentes. Assim, a estratégia que as atividades sejam administradas com planejamento,
deve ser capaz de combinar as oportunidades ambientais organização, direção, e controle.
com a capacidade empresarial em um nível de equilíbrio
ótimo entre o que a empresa quer e o que ela realmente PLANEJAR
pode fazer. É a função administrativa em que se estima os meios
A estratégia constitui uma abordagem integrada, re- que possibilitarão realizar os objetivos (prever), a fim de
lacionando as vantagens da empresa com os desafios do poder tomar decisões acertadas, com antecipação, de
ambiente, no sentido de assegurar o alcance dos objeti- modo que sejam evitados entraves ou interrupções nos
vos básicos da empresa. Todavia, a estratégia se preocupa processos organizacionais.
com o “o que fazer” e não com “como fazer”. Em outros É também uma forma de se evitar a improvisação.
termos, a estratégia exige toda uma implementação dos Nesta função, o gerente especifica e seleciona os ob-
meios necessários para a sua execução. Como esses meios jetivos a serem alcançados e como fazer para alcançá-los.
Exemplos: o chefe de seção dimensiona os recursos
envolvem a empresa como um todo, trata-se aqui de atri-
necessários (materiais, humanos, etc.), em face dos objeti-
buir incumbências a todos os níveis (ou subsistemas) da
vos e metas a serem atingidos; a montagem de um plano
empresa: o nível institucional, o nível intermediário e o nível
de ação para recuperação de uma área avariada.
operacional. E a implementação exige planejamento. Isto
é, a estratégia empresarial precisa de um plano básico - o
Planejamento: funciona como a primeira função ad-
planejamento estratégico- para a empresa poder lidar com
ministradora, pois serve de base para as demais.
todas estas forças em conjunto. E o planejamento estraté-
• É uma reflexão que antecede a ação;
gico precisa apoiar-se em uma multiplicidade de planos si-
• É um processo permanente e contínuo;
tuados carreira abaixo dentro da estrutura da organização.
• É sempre voltado para o futuro;
Para levar adiante o planejamento estratégico requer planos • É uma relação entre as coisas a serem feitas e o
táticos e cada um deles requer planos operacionais, combi- tempo disponível para tanto;
nando esforços para obter efeitos sinergísticos. • É mais uma questão de comportamento e atitude
Administração é o ato de administrar ou gerenciar da administração do que propriamente um elenco de
negócios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar planos e programas de ação;
metas definidas. • É a busca da racionalidade nas tomada de decisões;
A gestão de uma empresa ou organização se faz de • É um curso de ação escolhido entre várias
forma que as atividades sejam administradas com plane- alternativas de caminhos potenciais;
jamento, organização, direção, e controle. Segundo alguns • É interativo, pois pressupõem avanços e recuos,
autores (Montana e Charnov) o ato de administrar é tra- alterações e modificações em função de eventos novos
balhar com e por intermédio de outras pessoas na busca ocorridos no ambiente externo e interno da empresa.
de realizar objetivos da organização bem como de seus • O planejamento é um processo essencialmente
membros. participativo, e todos os funcionários que são objetos do
A administração tem uma série de características entre processo devem participar.
elas: um circuito de atividades interligadas tais como busca • Para realizar o planejamento, a empresa deve sa-
de obtenção de resultados, proporcionar a utilização dos ber onde está agora (presente) e onde pretende chegar
recursos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades (futuro).
de planejamento, organização, direção e controle. •
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Para isso, deve dividir o planejamento em sete fases sequenciais, como veremos abaixo.
Etapas do planejamento
Visão
É a direção em que a empresa pretende seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser. Deve refletir as
aspirações da empresa e suas crenças.
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Existem algumas teorias mais clássicas sobre motivação que veremos abaixo:
Teoria da equidade:
Também conhecida como teoria da comparação social. A motivação seria influenciada fortemente pela percepção de
igualdade e justiça existente no ambiente profissional.
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dade que o indivíduo atribui a determinado evento, em função da relação entre o esforço que vai ser despendido no evento
e o resultado que se busca alcançar. Força, ou instrumentalidade, por sua vez, é o grau de energia que o indivíduo irá ter
que gastar em sua ação para alcançar o objetivo.
Teorias X e Y:
McGregor afirmava que havia duas abordagens principais de motivação e liderança: as teorias X e Y.A teoria X apresen-
tava uma visão negativa da natureza humana: pressupunha que os indivíduos são naturalmente preguiçosos, não gostam
de trabalhar, precisam ser guiados, orientados e controlados para realizarem a contento os trabalhos. A teoria Y é o oposto:
diz que os indivíduos são automotivados, gostam de assumir desafios e responsabilidades e irão contribuir criativamente
para o processo se tiverem suficientes oportunidades de participação.
Dentre as teorias citadas, a mais difundida é a da Hierarquia das Necessidades, abaixo mais detalhes sobre ela.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Quanto às implicações dessas teorias: O ciclo motivacional percorre as seguintes etapas: uma
Implicações aos Administradores: necessidade rompe o estado de equilíbrio do organismo,
As implicações para os administradores estão relacio- causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e
nadas quanto à forma como motivar os subordinados: desequilíbrio. Esse estado de tensão leva o indivíduo a um
Devem determinar recompensas que são valoriza- comportamento ou ação, capaz de descarregar a tensão ou
das por cada subordinado. Ao serem motivadoras devem livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. Se o compor-
ser adequadas aos indivíduos observando suas reações em tamento ‘for eficaz o indivíduo encontrará a satisfação da
diferentes situações e perguntando que tipos de recom- necessidade e, portanto, a descarga da tensão provocada
pensas desejam; por ela’. Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao es-
Determinar o desempenho que você deseja - de- tado de equilíbrio anterior e à sua forma de ajustamento
terminar qual o nível de desempenho que os subordinados ao ambiente.
têm que ter para serem recompensados; As necessidades ou motivos não são estáticos, pelo
Fazer com que o nível de desempenho seja alcan- contrario, são forças dinâmicas e persistentes que provo-
çável - a motivação poderá ser baixa se os subordinados cam comportamentos. Com a aprendizagem e a repetição
acharem que o que foi determinado é difícil ou impossível; (reforço positivo), os comportamentos tornam-se gradati-
Ligar as recompensas ao desempenho; vamente mais eficazes na satisfação, de certas necessida-
Certificar se a recompensa e adequada - recom- des. E quando uma necessidade é satisfeita ela não é mais
pensas pequenas significam motivações fracas. motivadora de comportamento já que não causa tensão ou
Implicações para a Organização: desconforto.
A expectativa da motivação também traz várias impli- O ciclo motivacional pode alcançar vários níveis de
cações para a organização: resolução da tensão: uma necessidade pode ser satisfeita,
Geralmente, as organizações recebem o equivalente a frustrada (quando a satisfação é impedida ou bloqueada)
recompensa e não o que desejam - o sistema de recom- ou compensada (a satisfação é transferida para objeto).
pensas devem ser projetados para motivar os comporta- Muitas vezes a tensão provocada pelo surgimento da ne-
mentos desejados; ex.: segurança, aumento de produção. cessidade encontra uma barreira ou obstáculo para a sua
O trabalho em si pode tornar-se intrinsicamente re- liberação. Não encontrando a saída normal, a tensão re-
compensador - se forem projetados para atender as ne- presada no organismo procura um meio indireto de saída,
cessidades mais elevadas dos empregados, como ex.: in- seja por via psicológica (agressividade, descontentamento,
dependência, criatividade, o trabalho pode ser motivador tensão emocional, apatia, indiferença etc.) seja por via fi-
por si mesmo. siológica (tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas
Portanto, a tarefa mais importante para os administra- ou digestivas etc.). Outras vezes, a necessidade não é sa-
dores e organizações é garantir que os subordinados te- tisfeita nem frustrada, mas é transferida ou compensada.
nham os recursos necessários para dar o melhor de si em Isto se dá quando a satisfação de outra necessidade reduz
prol do planejamento da organização. ou aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode
ser satisfeita.
Ainda sobre motivação, precisamos entender o proces- A satisfação de alguma necessidade é temporal e pas-
so que leva o indivíduo a tomar uma ação em busca de um sageira, ou seja, a motivação humana é cíclica e orientada
objetivo, conforme mostra o Ciclo Motivacional. pelas diferentes necessidades. O comportamento é quase
um processo de resolução de problemas, de satisfação de
O Ciclo Motivacional necessidade, à medida que elas vão surgindo.
O conceito de motivação – ao nível individual – conduz
ao de clima organizacional – ao nível da organização. Os
seres humanos estão continuamente engajados no ajusta-
mento a uma variedade de situações, no sentido de satis-
fazer suas necessidades e manter um equilíbrio emocional.
Isto pode ser definido com um estado de ajustamento. Tal
ajustamento não se refere somente à satisfação das neces-
sidades de pertencer a um grupo social de estima e de auto
realização. É a frustração dessas necessidades que causa
muitos dos problemas de ajustamento. Como a satisfação
dessas necessidades superiores depende muito de outras
pessoas, particularmente daquelas que estão em posições
de autoridade, torna-se importante para a administração
compreender a natureza do ajustamento e do desajusta-
mento das pessoas.
O ajustamento – assim como a inteligência ou as apti-
dões – varia de uma pessoa para outra e dentro do mesmo
indivíduo de um momento para outro. Varia dentro de um
continuum e pode ser definido em vários graus, mas do
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
que em tipos. Um bom ajustamento denota “saúde men- Na década de 60, houve uma expansão dos departa-
tal”. Uma das maneiras de se definir saúde mental é des- mentos de relações públicas e de relações industriais nas
crever as características de pessoas mentalmente sadias. As empresas multinacionais e as publicações passaram a ser
características básicas de saúde mental são: mais valorizadas para atender às novas demandas da co-
- As pessoas sentem-se bem consigo mesmas; munidade e da opinião pública (KUNSCH, 1997). Com a
- As pessoas sentem-se bem em relação às outras pes- melhoria na qualidade das publicações e aperfeiçoamento
soas; dos profissionais da área, percebeu-se a necessidade de
- As pessoas são capazes de enfrentar por si as deman- aprimoramento daquilo que seria denominado de Comu-
das da vida. nicação Organizacional (RIBEIRO, 2010). Essa origem, mar-
cada pela utilização de publicações empresariais, atrelou o
COMUNICAÇÃO entendimento da comunicação organizacional à utilização
Ser um comunicador habilidoso é essencial para ser um de instrumentos para aproximação da organização com
bom administrador e líder de equipe. Mas a comunicação seus públicos (TORQUATO, 2010).
também deve ser administrada em toda a organização. A As principais mudanças no cenário mundial que pro-
cada minuto de cada dia, incontáveis bits de informação tagonizaram o surgimento do jornalismo empresarial e da
são transmitidos em uma organização. Serão discutidas as Comunicação Organizacional são destacadas por Kunsch
comunicações de cima para baixo, de baixo para cima, hori- (1997, p. 55). Dentre elas: a) a automação proporcionada
zontal e informal nas organizações. pelo progresso das indústrias que modificou as relações
entre empregadores e empregados; b) divisão do trabalho
Histórico da Comunicação Organizacional e maior especialização em função da criação de unidades
A partir de uma perspectiva histórica norte-americana a separadas na estrutura organizacional; c) êxodo de pessoas
respeito dos estudos em comunicação organizacional, Put- do campo para a cidade para trabalhar como operários
nam, Philips e Chapman (2004) destacam que, dos anos 20 nas indústrias; d) as facilidades características ao regime
aos anos 50, os trabalhos eram influenciados pelo interesse de produção de massa cria um cenário de competição en-
em comunicação empresarial e, após esse período até mea- tre as organizações, exigindo maior esforço para promo-
dos de 1970, caracterizavam-se por uma forte influência ver seus produtos e serviços; e) o crescimento tecnológico
da escola de relações humanas. Destacavam-se, principal- proporcionou o barateamento dos processos de editora-
mente, as práticas de uma comunicação que partia do alto ção e impressão, facilitando a produção de publicações; f)
escalão gerencial, a precisão de relatórios e eficiência dos o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa e
diferentes meios de comunicação. das indústrias influenciou o comportamento das empresas
Conforme os autores, dois interesse fundaram o campo. que viram a necessidade de dar informações aos públicos;
O primeiro caracteriza-se pelas habilidades que tornam os g) a conscientização do operariado, fazendo despontar a
indivíduos mais eficientes na comunicação e em seu traba- imprensa sindical, instigando assim o aparecimento da co-
lho, e o segundo refere-se aos fatores de eficiência da co- municação empresarial como forma de reagir à nova rea-
municação no trabalho inteiro da organização. Esse perío- lidade.
do, denominado como orientação modernista, norteou os Nesse contexto de mudanças, as organizações se veem
trabalhos até os anos 80. Neste cenário, tanto comunicação obrigadas a criar novas formas de comunicação para lidar
como organização “(...) eram realidades objetivas que po- com seus públicos, caracterizadas principalmente por pu-
diam ser medidas e testadas sob condições controladas de blicações dirigidas aos empregados e ao público externo
pesquisa, com ferramental metodológico tomado das ciên- mediante publicações voltadas apara apresentação de no-
cias naturais” (PUTNAM; PHILIPS; CHAPMAN, 2004, p. 79). vos produtos (KUNSCH, 1997).
Na década de 80, é possível perceber uma mudança O período descrito foi marcado pelo caráter instrumen-
nos paradigmas que marcavam o conhecimento da comu- tal da comunicação, que era compreendida a partir das di-
nicação organizacional, que, como reflexo de suas práticas, versas publicações destinadas aos públicos com os quais as
apresentava fortes marcas do funcionalismo. A teoria crítica organizações se relacionavam. No entanto, tais publicações
e a pesquisa interpretativo crítica passam a ser usadas por eram produzidas de maneira aleatória, com pouca qualida-
muitos estudiosos, apresentando assim novas possibilida- de, sem a realização de pesquisa e com uma comunicação
des de pensar e trabalhar a comunicação organizacional. que se originava do alto escalão empresarial
Na Europa, os estudos em comunicação iniciaram com Já na década de 80, Kunsch (2009), a partir do pensa-
foco na mídia (imprensa, rádio, TV, cinema). Tal tradição fez mento de Mumby, destaca novos olhares sobre a comuni-
com que a comunicação organizacional, reconhecida en- cação organizacional, chamando atenção para o contexto
quanto campo de estudos, fosse tratada como um ramo da complexo que envolve as organizações e seus atores so-
mídia, a “comunicação das organizações” (TAYLOR; CASALI, ciais.
2010). No começo dos anos 1980, a restrita linha de pesquisa
No Brasil, segundo Torquato do Rego (2009) os estu- de Goldhalber deu lugar a uma abordagem mais ampla e
dos da comunicação nas organizações originou-se no País universal no campo da comunicação organizacional. Esta
por meio do jornalismo empresarial. A primeira publicação nova linha é bem resumida por Pacanowski e O’Donnel-
empresarial no Brasil foi o Boletim da Light, em 1925, cerca -Trujillo, que alegam que “existem mais coisas acontecendo
de quase 100 anos depois da primeira publicação mundial. nas organizações do que trabalho. [...] As pessoas brincam,
16
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
falam mal uns dos outros, iniciam romances, [...] falam sobre O cenário descrito ressalta a importância da comuni-
esportes, organizam piqueniques. (MUMBY, apud, KUNSCH, cação muito mais sob o olhar dos interesses organizacio-
2009, p. 69) nais, em que a comunicação podia ser medida, organizada,
Os estudos que, anteriormente, tinham um caráter planejada, manipulada. Em sua obra “A comunicação como
prescritivo e foco na comunicação como meio-mensagem, fator de humanização das organizações”, Kunsch (2010) as-
centrada no emissor, passam a priorizar as práticas cotidia- sinala que, mesmo em tese, atualmente, há uma renovação
nas, a interação entre as pessoas e os processos simbólicos nos estilos de gestão, que ora se apresentam mais voltados
ocorridos nos contextos organizacionais. às pessoas com foco na descentralização e participação dos
O período entre 1990 e 2000 foi marcado por um gran- indivíduos, buscando a valorização e a satisfação das neces-
de número de estudos que buscavam ampliar o olhar em
sidades humanas como a dignidade e a valorização de com-
torno da comunicação organizacional com base em novos
petências individuais.
métodos e novas percepções teóricas, passando a adquirir
uma forma mais abrangente.
Não bastava somente informar, era preciso que as in- Conceitos
formações estivessem em harmonia com os propósitos da A comunicação nas organizações pode estar relacio-
organização. Assim, “A comunicação ganha notoriedade, nada aos aspectos interpessoais, organizacionais e sociais,
pela sua função de conhecer, analisar e direcionar esses bem como aos processos, pessoas, mensagens e significados
fluxos informacionais para o objetivo geral da organização, (MARCHIORI, 2011). Neste sentido, Kunsch (2003) destaca as
dando um sentido estratégico à prática comunicacional” relações construídas no contexto das organizações.
(OLIVEIRA, 2003, p. 2). Trata-se de um processo relacional entre indivíduos, de-
Conforme Oliveira e Paula (2007), deve-se compreen- partamentos, unidades e organizações. Se analisarmos pro-
der a comunicação estratégica a partir de dois aspectos: fundamente esse aspecto relacional da comunicação do dia
o primeiro refere-se ao alinhamento da comunicação aos a dia nas organizações, interna e externamente, percebemos
objetivos da organização e da sua contribuição para o al- que elas sofrem interferências e condicionamentos variados,
cance dos resultados organizacionais. Já o segundo está de uma complexidade difícil até de ser diagnosticada, dado
relacionado ao papel dos atores sociais no que diz respeito o volume de diferentes tipos de comunicação existentes que
às decisões organizacionais. atuam em distintos contextos sociais (KUNSCH, 2003, p. 71-
A ideia de uma comunicação organizacional planejada 72).
e estratégica, com base na pesquisa a respeito dos inte- A comunicação organizacional, segundo análise de
resses dos públicos e não somente da organização, passa
Kunsch (2003), apresenta-se de diferentes modalidades que
a figurar de maneira mais forte tanto na academia quan-
permeiam suas atividades: a comunicação institucional, a co-
to no mercado. Ferrari (2009) afirma, que a comunicação,
na organização, torna-se estratégica quando esta busca o municação mercadológica, a comunicação interna e a comu-
cumprimento da missão e dos objetivos organizacionais. nicação administrativa. A autora ressalta o conceito da co-
Marchiori (2011) amplia esse entendimento, uma vez municação integrada e que aponta para uma comunicação
que considera o processo estratégico como algo que per- organizacional, em que essas diferentes modalidades, apesar
mite que a organização inove e se adapte às mudanças do de suas diferenças e peculiaridades, possam atuar de manei-
ambiente, considerando que as pessoas devem responsa- ra harmoniosa, buscando alcançar de maneira eficaz os obje-
bilizar-se pela criação e desenvolvimento desse processo. tivos da organização.
Assim, o tema estratégico nas organizações está liga- Entendemos por comunicação integrada uma filosofia que
do à efetiva adaptação da organização com seu ambiente, direciona a convergência das diversas áreas permitindo uma
por meio do tempo, entendendo por estratégia a criação e atuação sinérgica. Pressupõe uma junção da comunicação
prática dos meios adequados para atingir os resultados de- institucional, da comunicação mercadológica, da comunica-
sejados, melhorando a capacidade total de planejamento e ção interna e da comunicação administrativa, que formam o
organização para que possa adaptar-se ou inovar com su- mix, o composto da comunicação organizacional. (KUNSCH,
cesso aos tempos. (MARCHIORI, 2011, p.164) 2003, p. 150)
A comunicação, que antes era pensada apenas como Para Deetz (2010), a comunicação é, muitas vezes, tra-
uma “ferramenta” para alcançar os objetivos organizacio- tada como uma ferramenta das atividades organizacionais,
nais, mas que era utilizada de forma aleatória a partir de
nas quais se observa a transmissão de significados e informa-
uma comunicação que vinha do alto escalão das organiza-
ções, bem como os efeitos diferentes da mensagem. Na sua
ções com objetivo de “manipulação” dos públicos/atores,
concepção, a comunicação vem sendo reconhecida como
passa a ser pensada de uma maneira planejada e estra-
tégica. No entanto, para planejar e administrar a comuni- “processo fundamental pelo qual as organizações existem
cação das organizações no contexto complexo diante de e como ponto central da produção e reprodução organiza-
um mercado competitivo, requer do gestor conhecimentos cionais” (DEETZ, 2010, p. 84), demonstrando assim novas
que ultrapassam o nível das técnicas e de uma visão linear concepções de pensar e descrever a comunicação organiza-
da implementação de roteiros que muitas vezes ignoram cional. Se, anteriormente, o foco estava na transmissão de
condicionamentos externos e possíveis conflitos (KUNSCH, mensagem, hoje se observa muito mais a formação do signi-
2009). ficado, da informação e do conhecimento.
17
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Para Curvello (2009) a comunicação organizacional pre- permite ser fragmentada e não se restringe ao planejado e
cisa ser analisada como um fenômeno, um processo que executado a partir de ações de relações públicas, publici-
constitui e reconstitui a organização. No entanto, o autor dade e propaganda, assessoria de imprensa e marketing.
ressalta que a qualidade da comunicação nas organizações Marchiori (2011) reforça também que a comunicação
só ocorrerá, quando sua direção dispuser as informações organizacional deve ir além da produção de veículos de co-
para todos, tendo como princípio a verdade, o respeito as municação e que isto não confere à organização o status
diferenças individuais, prezando sempre a gestão partici- de uma empresa que pratica a comunicação organizacio-
pativa e propiciando oportunidade de mudanças necessá- nal. Para a autora há um novo paradigma nessa área que
rias a todos. valoriza a interação dialógica e evidencia a postura do diá-
Ao fazer uma revisão da literatura, Scrofernecker (2000) logo como a melhor maneira de resolver conflitos e buscar
destaca três modelos ou perspectivas para a comunicação um consenso nos ambientes organizacionais.
organizacional apresentados por Daniels, Spiker e Papa,
que se caracterizam pelo modelo tradicional, o interpreta- As Dimensões da Comunicação Organizacional
tivo e crítico. No modelo tradicional, a comunicação pode A trajetória da comunicação organizacional discorrida
ser medida, padronizada e classificada e está relacionada mostra não só a complexidade do tema, mas também a
diretamente com a eficiência organizacional. O modelo in- diversidade de olhares acerca da relação entre comunica-
terpretativo entende as organizações como cultura e es- ção e organização. Kunsch (2006), partir do pensamento de
paço em que as pessoas podem compartilhar significados, Dominique Wolton (2004), chama atenção para as obser-
concentrando-se no processo simbólico em que a realida- vações do autor sobre a visão instrumental dominada pela
de organizacional é socialmente construída. No modelo técnica e por interesses econômicos que tem “triunfado”
crítico, a organização é vista como instrumento de opres- sobre a dimensão normativa e humanista da comunicação.
são e a comunicação, instrumento de dominação. Wolton (2004), citado por Kunsch (2006), questiona:
As considerações ora apresentadas, embora relevantes Como salvar a dimensão soberba da Comunicação, uma
para a compreensão da comunicação organizacional, refor- das mais belas do homem, aquela que o faz desejar entrar
çam a ideia de que a comunicação na organização obedece em relação com os outros, interagir com os outros, quando
a um critério rígido de controle, uma comunicação organi- tudo está ao contrário, voltado para o sentido dos interesses?
zada. Isto é, a organização assume um papel emissor ofi- Como salvar a dimensão humanista da Comunicação, quan-
cial, deixando de lado toda a diversidade de questões que do triunfa sua dimensão instrumental? (WOLTON, 2004, p.
envolvem o contexto, formado por pessoas que carregam 28).
consigo uma gama de características individuais. Tais reflexões são direcionadas para o contexto da co-
Segundo Marchiori (2011, p. 157), “As definições pare- municação organizacional, em que existe um discurso em
cem considerar a comunicação mais como técnica, talvez torno da valorização da comunicação humana, mas que,
devido às exigências da época em que foram geradas”. “no entanto, nota-se no cotidiano das organizações em ge-
Conforme a autora, a comunicação organizacional está ral, ainda que nas entrelinhas, uma predominância da co-
diretamente ligada ao planejamento e aos processos de
municação técnica e a busca da eficácia das mensagens e
gestão que determinam as estratégias da organização. A
ações comunicativas” (KUNSCH, 2010, p. 45). A partir disso,
comunicação organizacional vista de maneira estratégi-
Kunsch (2006, 2010, 2013) propõe fundamentar o significa-
ca, pode auxiliar a organização a alcançar seus objetivos,
do de cada uma das três dimensões – instrumental, estraté-
superando a perspectiva funcionalista tão marcante nos
gica e humana - da comunicação organizacional.
postulados da área. Não se pode simplesmente selecionar
Enquanto a dimensão instrumental e estratégica par-
informações de maneira aleatória, mas sim informações
te de uma visão funcionalista e linear da comunicação, a
que façam parte do contexto da empresa e que, de alguma
dimensão humana está voltada para as relações que são
maneira, façam sentido para seus públicos, a ponto de ser
capazes de realizar uma troca efetiva de informações, gerar construídas e reconstruídas no dia a dia das organizações.
sentido e compartilhar conhecimento (MARCHIORI, 2011). A percepção estratégica da comunicação amplia o
Baldissera (2008) reforça a necessidade de um olhar espectro das práticas comunicacionais na organização, à
que vá além de uma visão simplificada contemplada ape- medida que passa a considerar os públicos como agentes
nas em planos, projetos e/ou programas. Em sua concep- ativos da organização e não somente como mero contêi-
ção, é um equívoco pensar que a comunicação organiza- ner onde as informações são transmitidas, muitas vezes,
cional possa ser reduzida a essas práticas. O autor enfatiza de forma aleatória. A comunicação passa a ser vista como
que é preciso pensar a comunicação organizacional em um uma via de mão dupla, por meio de um processo de envio
sentido amplo, uma vez que o sentido de organização não e recepção de mensagens. A noção de estratégia, quando
compreende somente a sua estrutura física, equipamentos, vinculada ao contexto da comunicação organizacional, re-
recursos financeiros etc., mas “compreende, principalmen- fere-se, principalmente, às questões de planejamento que
te, pessoas em relação, trabalhando por objetivos claros e objetivam minimizar as incertezas no universo das organi-
específicos” (BALDISSERA, 2008, p, 41). zações. Marchiori (2011) afirma que as organizações devem
A partir dessa compreensão, Baldissera (2008) salienta sustentar sua própria existência e melhorar a vida daqueles
que a comunicação que ocorre nas organizações não se re- com os quais se relaciona e, para isso, é preciso que haja
duz aos espaços físicos, não obedece a simplificações, não um posicionamento estratégico da comunicação.
18
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Assim, o tema estratégico está ligado à efetiva adap- Conforme o referido autor, deve-se “perceber melhor a
tação com seu ambiente por meio do tempo, entendendo experiência humana exatamente como ela é vivenciada no
por estratégia a criação e a prática dos meios adequados universo organizacional” (CHANLAT, 2012, p. 27), centrali-
para alcançar os resultados desejados, melhorando a ca- zando os estudos, não somente no que se refere à satisfa-
pacidade total de planejamento da organização, para que ção e ao desempenho das pessoas nas organizações, mas
possa adaptar-se ou inovar com sucesso aos tempos (MAR- também quanto ao fator humano, a partir das abordagens
CHIORI, 2011, p. 164). desenvolvidas por todas as disciplinas que estudam o tema
Sobre a dimensão da comunicação humana na comu- ou dele se apropriam para melhor desempenho profissio-
nicação organizacional, Kunsch (2010, p. 48) assinala que, nal.
“embora sendo a mais importante, pode ser considerada Scrofernecker et al. (2014) expõem a importância de re-
a mais esquecida, tanto na literatura sobre comunicação ver os estudos e as práticas da comunicação organizacional
organizacional quanto nas práticas cotidianas nas e das or- sob olhares que se distanciam cada vez mais da visão fun-
ganizações”. cionalista reforçada pelas pesquisas na área durante déca-
Para pensar a comunicação organizacional quanto à das. As autoras destacam que, apesar de termos “avançado
dimensão humana, é necessário compreender que as or- significativamente com relação aos aportes tecnológicos,
ganizações não são meros instrumentos para atender a fins aos meios, às mídias, as necessidades fundamentais do ho-
específicos e que são constituídas por pessoas de diferen- mem permanecem, a busca pelos laços afetivos e sociais,
tes culturas, com desejos e necessidades específicas e que a realização de trocas, a necessidade de estar em relação”
estes estão em constante alteração e interação. (SCROFERNECKER et al., 2014, p. 529).
Para Vasconcelos e Bastos (2009) (Re) pensar as possibilidades de compreensão da co-
Em relação à dimensão humana, pode-se dizer que ela municação organizacional exige (re)visitar as múltiplas di-
se caracteriza por ser a menos presente no cotidiano das or- mensões da comunicação nos contextos organizacionais
ganizações, sendo que a própria literatura dedicada à Co- contemporâneos e rever ainda posições e pensamentos
municação Organizacional não possui grande volume de consolidados, o que implica em movimentos recursivos de
livros/periódicos/artigos etc que tratem desta dimensão da ‘desacomodação’ (SCROFERNECKER et al., 2014).
Para Baldissera (2008, 2009), é preciso pensar a comu-
comunicação. Consequentemente, esta falta de abordagem
nicação organizacional pelo prisma da complexidade e isso
da dimensão humana deixa de lado a possibilidade de con-
“exige abandonar a ideia de linearidade e unidade, isto é,
tribuir para que a mesma participe dos processos de admi-
faz-se necessário que a organização seja percebida como
nistração da organização, o que contribuiria para o processo
lugar de fluxos multidirecionais e dispersivos em tensão
de alcance do sucesso comunicacional e dos negócios (VAS-
que podem ser colaborativos ou não” (BALDISSERA, 2009,
CONCELOS; BASTOS, 2009, p. 3).
p. 160).
Não se pode negar que a visão instrumental da co-
Sobre a complexidade da comunicação no âmbito das
municação organizacional ainda é uma realidade. Muitos
relações organizacionais, Baldissera (2008, 2009, 2010) si-
modelos de gestão são criados cotidianamente, numa bus- naliza três dimensões, as quais denomina de organização
ca constante do controle, da produção e da eficácia dos comunicada, organização comunicante e organização fala-
indivíduos nas organizações. da.
Contudo, nesse contexto, é válido ressaltar uma ex- A organização comunicada caracteriza-se, fundamen-
pressiva quantidade de organizações que buscam, por talmente, pela fala oficial da organização, ou seja, o que ela
meio da qualidade de seus processos, agir de forma com- diz sobre si mesma.
prometida e responsável, não só no que diz respeito aos Contempla aquilo que, de alguma forma, a organização,
seus membros, mas também à sociedade em geral. Desta como força em interação com outros sujeitos (poder público,
forma, procura-se renovar os estilos de gestão, que passam comunidade, imprensa, consumidores, empregados e acio-
a ser mais direcionados às pessoas, buscando-se a descen- nistas, dentre outros) considera relevante sobre si mesma,
tralização e participação dos indivíduos. Isto é, pelo menos identifica como potencialidade para trazer algum tipo de
em tese, percebe-se a preocupação em satisfazer as ne- retorno (satisfação pessoal, prestígio imagem-conceito, po-
cessidades humanas como a dignidade e a valorização das der simbólico, clientes) e, portanto, entende que mereça ser
competências individuais (KUNSCH, 2010). tornado público (BALDISSERA, 2010, p. 205).
Ao estudar o indivíduo nas organizações, Chanlat O autor chama atenção para o fato de que, apesar de a
(2012) enfatiza que, embora haja ainda uma obsessão pela organização conhecer seu entorno e todos os códigos lin-
eficácia, pelo desempenho e pela produtividade, o que le- guísticos, culturais e sociais que a envolvem, não significa
vou muitos pesquisadores a concentrarem seus interesses que os resultados desejados sejam atingidos, pois é “pos-
nessas questões e a reduzir seus esforços a simples técnica sível que a organização comunicada não seja percebida e
e ao controle, observa-se que, há alguns anos, mais espe- construída pelos públicos de forma idêntica ao comunica-
cialmente na cultura latina, muitos estudiosos têm questio- do” (BALDISSERA, 2010, p. 206). Para a organização comu-
nado esta concepção, marcada pela dinâmica instrumental, nicante, é difícil não comunicar, pois esta parte do princípio
adaptativa e também manipuladora do ser humano e inter- de que o mais importante, nesse processo, é a competência
rogando-se sobre quais compreendem como ‘dimensões interpretativa da alteridade, isto é, dos públicos com os
esquecidas’. quais a organização se relaciona (BALDISSERA, 2010).
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Enquanto a ‘organização comunicada’ caracteriza-se sua secretária, um supervisor fazendo um anúncio a seus
por ser organizativa, a ‘organização comunicante’ tende à subordinados e o presidente de uma empresa dando uma
desorganização. A ‘organização comunicante’, para além palestra para sua equipe de administração. Os funcionários
das ilhas de comunicação planejada, autorizada, revela-se devem receber a informação de que precisam para desem-
em fissuras, em incertezas, em oceanos de fluxos informa- penhar suas funções e se tornar (e permanecer) membros
cionais (BALDISSERA, 2010, p. 208). leais da organização.
A organização falada refere-se aos processos de co- Muitas vezes, os funcionários ficam sem a informação
municação informal indiretos; aqueles que se realizam fora adequada. Um problema é a sobrecarga de informação: os
do âmbito organizacional, mas que dizem respeito à orga- funcionários são bombardeados com tanta informação que
nização. não conseguem absorver tudo. Grande parte da informa-
Como exemplos, pode-se pensar nos processos que se ção não é muito importante, mas seu volume faz com que
atualizam entre colegas de trabalho quando, juntos, partici- muitos pontos relevantes se percam.
pam de um jogo de futebol e discorrem sobre a organização; Quanto menor o número de níveis de autoridade atra-
nas manifestações sobre ela que assumem lugar nas rela- vés dos quais as comunicações devem passar, tanto menor
ções familiares; nos processos especulativos; e nas conver- será a perda ou distorção da informação.
sas sobre a organização que se realizam entre vizinhos e/
ou nos grupos de pais na reunião da escola. Esses processos, Administração da comunicação de cima para baixo
que podem parecer distantes e sem relevância, também são Os administradores podem fazer muitas coisas para
Comunicação Organizacional. (BALDISSERA, 2009, p. 119). melhorar a comunicação de cima para baixo. Em primeiro
lugar, a administração deve desenvolver procedimentos e
A revisão do histórico, conceitos e dimensões da co- políticas de comunicação. Em segundo lugar, a informação
municação permite compreender as práticas e estudos que deve estar disponível àqueles que dela necessitam. Em ter-
norteiam a comunicação nas organizações. A proposta ceiro lugar, a informação deve ser comunicada de forma
possibilita ainda refletir sobre os estudos da comunica- adequada e eficiente. As linhas de comunicação devem
ção organizacional a partir de uma perspectiva histórica ser tão diretas, breves e pessoais quanto possível. A infor-
que evidencia as dimensões técnica, estratégica e humana mação deve ser clara, consistente e pontual - nem muito
apresentadas por Kunsch e complexas, denominadas por precoce nem (o que é um problema mais comum) muito
Baldissera como comunicada, comunicante e falada. Revi- atrasada.
sar tais apontamentos possibilita perceber a abrangência
do tema, sua complexidade, abordagens e tendências que, Comunicação de Baixo Para Cima
por sua vez, estão diretamente ligadas às dinâmicas orga- A comunicação de baixo para cima vai dos níveis
nizacionais. mais baixos da hierarquia para os mais altos.
As dimensões técnica e estratégica evidenciadas por Os administradores devem facilitar a comunicação de
Kunsch são claramente identificadas por meio do histórico baixo para cima.
e dos conceitos sobre a comunicação organizacional. Mas os administradores devem também motivar as
Já a dimensão humana apresenta-se como uma pers- pessoas a fornecer informações valiosas.
pectiva contemporânea uma vez que considera as relações
complexas criadas entre os indivíduos e as organizações. Comunicação Horizontal
Baldissera também enfatiza a complexidade dessas re- Muita informação precisa ser partilhada entre pessoas
lações entre as organizações e seus diversos públicos, bem do mesmo nível hierárquico. Essa comunicação horizontal
como das práticas de comunicação empregada pelas or- pode ocorrer entre pessoas da mesma equipe de traba-
ganizações. lho. Outro tipo de comunicação importante deve ocorrer
As considerações apresentadas ampliam o conceito da entre pessoas de departamentos diferentes. Por exemplo,
comunicação organizacional, à medida que consideram a um agente de compras discute um problema com um en-
relação entre sujeito/comunicação/organização, questio- genheiro de produção, ou uma força-tarefa de chefes de
nam o controle da gestão comunicacional nas organiza- departamento se reúne para discutir uma preocupação
ções e propõem novos olhares a respeito dos públicos. Tais particular.
observações permitem ampliar o entendimento sobre o Especialmente em ambientes complexos, nos quais
tema e ultrapassa a ideia de uma comunicação organizada, as decisões de uma unidade afetam a outra, a informação
linear, prescritiva e manipuladora dentro das organizações. deve ser partilhada horizontalmente.
Neste sentido, é possível vislumbrar novas abordagens As empresas integrantes da GE poderiam operar de
considerando o sujeito como parte integrante da organi- forma completamente independente. Mas cada uma deve
zação e não como uma ferramenta utilizada para o alcance ajudar as outras. Transferem entre si recursos técnicos, pes-
dos objetivos e interesses organizacionais. soas, informação, ideias e dinheiro. A GE atinge esse alto
nível de comunicação e cooperação através de um fácil
Comunicação de Cima Para Baixo acesso entre as divisões e ao CEO; uma cultura de abertura,
A comunicação de cima para baixo refere-se ao fluxo honestidade, confiança e obrigação mútua; e reuniões tri-
de informação que parte dos níveis mais altos da hierar- mestrais em que todos os altos executivos se reúnem infor-
quia da organização, chegando aos mais baixos. Entre os malmente para partilhar informações e ideias. Os mesmos
exemplos estão um gerente passando umas atribuições a tipos de coisas são feitas também nos níveis inferiores.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
De acordo com Cortella (2010), liderança é uma vir- ao se comunicar. Um dos pilares da liderança é a confian-
tude e não um dom. Do ponto de vista filosófico, é uma ça. É impossível liderar um grupo que não confia em você
virtude que está em qualquer pessoa. Ora, se a liderança é (KHOURY, 2009).
uma virtude, qualquer homem e qualquer mulher em qual- Iniciativa: se o líder deseja exercer influência sobre ou-
quer lugar ou função, pode desenvolvê-la. A liderança é tros, não basta ter ideias brilhantes, é preciso criar um pla-
sempre circunstancial e a diferença entre líder e liderado é no de ação para colocá-las em prática, e isso só é possível
a circunstância, ou seja, a ocasião ou a situação. Nenhum se houver iniciativa. O primeiro passo para desenvolver a
de nós é líder em todas as situações, nenhum de nós con- iniciativa é perceber o que acontece ao seu redor. As pes-
segue liderar todas as coisas ou situações, mas qualquer soas que não tomam conhecimento do que está ocorren-
um de nós é capaz de liderar alguns processos, algumas do, como se estivem anestesiadas, têm pouca probabilida-
pessoas ou algumas situações. de de exercer influência sobre os acontecimentos ou sobre
Assumir a postura de liderança é, antes de mais nada, qualquer coisa que seja. Quando algo dá certo ou errado
uma escolha que exige uma estupenda capacidade: a de se é preciso descobrir como e por que aconteceu desta ou
ter humildade, ou seja, saber que não se sabe tudo, nem daquela forma. Somente assim é possível repetir o que deu
todas as coisas e, especialmente saber que não é o único a certo ou mudar a estratégia para acertar da próxima vez
saber. Se há uma coisa que atrapalha qualquer processo de (KHOURY, 2009).
liderança é líder ou liderado supor-se já sabedor, conhece- De acordo com Khoury (2009), as pessoas que têm ini-
dor e iluminado, afinal de contas há um antagonismo entre ciativa fazem as coisas acontecerem, isso implica assumir
líder e arrogância. mais riscos e, eventualmente, obter os resultados espera-
Quem deseja desenvolver cada vez mais a atividade de dos. Quando o líder tem iniciativa e age para mudar uma
liderança, deve se acautelar com duas coisas: a armadilha situação, não significa que será sempre bem-sucedido; mas
do mesmo e a “Síndrome do General Sedgwick. A arma- não ter iniciativa para agir significa que as coisas não vão
dilha do “mesmo” significa fazer o tempo todo do mesmo mudar.
jeito. O gestor de pessoas, negócios e processos deve ter Respeito: atitude essencial da liderança é o respeito
cuidado com o mesmo, pois por causa dele tem gente que que o líder adquire das pessoas. O respeito não é algo que
não consegue avançar e acaba ficando com um grande pode ser fingido, e se o líder não estiver genuinamente in-
passado pela frente, porque se agarra ao passado e torna- teressado nas pessoas, é pouco provável que seja capaz
-se repetitiva (CORTELLA, 2010). de influenciá-las positivamente. Ele nunca terá o respeito
Além da armadilha do mesmo, há também a “Síndrome verdadeiro das pessoas, a não ser que também as respei-
do General Sedgwick”. O General Sedgwick morreu durante te, pois respeito gera respeito, e humilhação gera ressen-
a guerra civil norte-americana, em 09 de maio de 1864 com timento ou raiva. O conceito de humilhação é subjetivo. O
um tiro no olho esquerdo, enquanto observava as tropas que pode ser interpretado como humilhação por uns, pode
inimigas ao longe: isto significa que nem sempre chefe é não ser por outros. Algumas pessoas, por seu histórico
líder. Muitas vezes líder é chefe, mas o contrário não é au- de vida, podem interpretar qualquer comentário objetivo
tomático. Há alguns chefes que são líderes, lembrando que como uma humilhação, e alguns gestores podem não ter
liderança tem a ver com capacidade de inspirar, enquanto consciência de como o modo com que se comunicam afeta
que chefia é uma estrutura hierárquica. seus colaboradores (KHOURY, 2009).
Um líder não pode supor que é invulnerável e não Construção de relacionamentos: de acordo com Khou-
pode supor que já está blindado. Porque a síndrome do ry (2009) para alcançar seus objetivos, tanto pessoais quan-
General Sedgwick leva-nos ao descuido e isso vale para a to profissionais, é necessário obter cooperação de outras
empresa, vale para o departamento, para o grupo e para a pessoas. Isso só é possível se o líder construir relaciona-
pessoa. Se me considero invulnerável, eu perco a cautela. E, mentos que tenham como base confiança e credibilidade.
no ambiente empresarial, essa é uma questão importante. Mesmo que ele tenha diversas características de um líder
Por isso tudo, a liderança exige a capacidade de humildade. (inteligência, proatividade, criatividade, competência, foco,
comprometimento), se não transmitir segurança e credibi-
1.1 Tipos de habilidades de um líder lidade, é pouco provável que consiga inspirar ou exercer
Para Khoury (2009), há algumas competências essen- influência sobre as outras pessoas.
ciais para desenvolver a habilidade de liderar. São elas: Segundo Maxwell (2000), a habilidade de trabalhar
comunicação, iniciativa, respeito, construção de relacio- com pessoas e desenvolver relacionamentos é indispensá-
namentos, dentre outras. A seguir, explicam-se cada uma vel para uma liderança eficiente, pois não é possível ser um
dessas capacidades. bom líder sem ter capacidade de se relacionar com as pes-
Comunicação: a comunicação talvez seja a ferramenta soas. Para a construção de relacionamentos, é necessário
mais importante da liderança. O ato de comunicar-se pode ter algumas aptidões como: carisma, simpatia, gentileza,
exercer grande impacto sobre as pessoas e envolve não só empatia, resolução de conflitos, execução e flexibilidade.
palavras, mas também os gestos e o tom de voz. Ao co- Essas características são definidas a seguir.
municar-se, você pode influenciar pensamentos, atitudes, Carisma é a habilidade de atrair as pessoas para si.
emoções e, consequentemente, pode gerar novos com- Assim como outras habilidades são desenvolvidas, o caris-
portamentos e resultados. Para saber efetivamente o que ma também pode sê-lo (KHOURY, 2009). Já a simpatia é a
se passa ao seu redor, é importante transmitir confiança capacidade de relacionar-se bem socialmente; exerce um
22
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
grande impacto na liderança por diversos motivos. Em pri- organizacional e nos resultados financeiros. Essa pesqui-
meiro lugar, quanto melhor for o relacionamento do líder sa identificou seis estilos diferentes de liderança e não é
com uma pessoa, maiores serão as chances de ela escutar surpreendente constatar que os líderes que tiveram os
com atenção o que ele diz. Quanto à liderança, ser simpá- melhores resultados usam diversos estilos em diferentes
tico não significa ter que agradar a todos, mas refere-se à situações e, às vezes, é necessário utilizar diferentes esti-
maneira como o líder se comunica; o significado da comu- los no mesmo dia. Explicam-se, a seguir, os seis estilos de
nicação não é o que se pretende transmitir, mas a forma liderança, segundo Khoury (2009):
como a outra pessoa entende o que foi dito.
Em uma sociedade em que os preços de produtos e a) Estilo comandante, do tipo “Faça o que eu digo”: esse
serviços oferecidos são praticamente os mesmos, a qua- estilo é um legado do modelo de liderança do tipo “co-
lidade no atendimento passa a ser um critério decisivo na mando e controle” em que os líderes exigem obediência
tomada de decisão, daí a importância de o líder ser gentil imediata, mas nem sempre se preocupam em explicar os
em seus relacionamentos empresariais. A empatia refere- porquês. Quando esse estilo de liderança é empregado de
-se ao “processo de identificação em que o indivíduo se forma inadequada, ele tende a deteriorar os relacionamen-
coloca no lugar do outro e [...] tenta compreender o com- tos, contribuindo para aumentar a rotatividade da mão de
portamento do outro” (KHOURY, 2009, p. 58). A empatia é a obra. O estilo comandante é adequado em situações de
habilidade de colocar-se no lugar da outra pessoa e enten- emergência como, por exemplo, liderar um grupo para
der o ponto de vista dela, sem julgá-la. Colocar-se no lugar evacuar um prédio que está pegando fogo, pois líderes
do outro não significa concordar com ele; mas entender o que assumem o controle podem ajudar as pessoas a se
seu ponto de vista facilita muito a comunicação, fortalece e acalmarem em situações de tumulto ou crise. Esse estilo de
melhora os relacionamentos. liderança pode ser adequado também quando for neces-
Outra competência essencial para exercer influência sário lidar com colaboradores problemáticos. Além disso,
positiva sobre a sua própria vida ou a vida de outras pessoas funciona muito bem quando usado para mudar estratégias
é a habilidade de resolver conflitos. Sempre temos opção de negócios ineficientes para novas maneiras de realizar o
de escolha diante de uma situação problemática: podemos trabalho.
simplesmente ignorá-la ou fazer algo a respeito. Ser capaz
de conduzir conversas difíceis e fazer críticas construtivas, b) Estilo visionário, do tipo “Venha comigo”: esse estilo
de maneira que a outra pessoa não se sinta desrespeitada, de liderança mobiliza as pessoas em direção a um objeti-
é uma das características de quem tem liderança, e esse é vo comum, mas não é específico no que se refere a como
um grande desafio, porque se a conversa for malconduzi- alcançá-lo. As pessoas têm liberdade para inovar e assumir
da, a tendência é gerar agressividade e ressentimento. riscos calculados. Uma vez que conhecem o maior objeti-
Uma importante característica dos líderes refere-se aos vo da organização, elas têm clareza de como podem con-
resultados que eles conseguem obter. Isso não significa que tribuir para alcançar determinado resultado. Esse estilo é
eles acertam logo na primeira vez que tentam. Na prática, adequado quando as mudanças requerem uma nova visão
os líderes geralmente erram mais do que os outros, por- ou quando é necessária uma determinada direção. O líder
que tendem a executar mais e assumir mais riscos. O poder que adota o estilo visionário dá o exemplo à equipe, por
de ação é o que contribui para se obter resultados bem- meio de seu comportamento; lembra a todos que o mau
-sucedidos. Isso não significa que as pessoas que exercem humor é incoerente com a missão da empresa e os inspira
influências sobre si mesmas e sobre o que se passa ao seu a trabalhar, de acordo com essa visão. Esse é o estilo de
redor não enfrentam dificuldades ou obstáculos, e em vez liderança que exerce o impacto mais positivo sobre o clima
de negar a existência de um problema, essas pessoas acei- organizacional.
tam a situação como ela é, e fazem algo para solucioná-la.
“Significa apenas que são realistas, sabem reconhecer seus c) Estilo treinador ou coach, do tipo “Tente isto”: Esse é
limites, são capazes de avaliar sua vida e conseguem adap- o estilo do líder que se preocupa com o desenvolvimento
tar seu comportamento de modo a alcançar os resultados dos membros de sua equipe; ele atua como um “treinador”,
desejados” (KHOURY, 2009, p. 59). ajudando o colaborador a identificar metas e desenvolver
É muito comum nos perguntarmos diante de habilidades para alcançá-las. Quando o líder age dessa for-
determinada situação se estamos agindo de maneira ma, ajuda o colaborador a identificar suas forças e fraque-
eficiente e quando se trata de liderança, a pergunta pode zas e faz críticas construtivas para que possa melhorar sua
conduzir a muitas especulações. É importante lembrar que performance; isso demonstra que o líder se preocupa com
o tema liderança se relaciona à ciência humana e, portanto, seu colaborador, o que tende a gerar motivação e a exercer
envolve diversas variáveis. Nesse sentido, buscar um único impacto positivo no ambiente de trabalho.
modelo de comportamento, que seja eficaz em todas as Esse estilo funciona muito bem quando as pessoas
situações, é muito limitante (KHOURY, 2009). querem ser instruídas e com aquelas que valorizam o de-
senvolvimento pessoal; por outro lado, esse estilo é inade-
1.2 Os seis estilos de liderança quado para profissionais que, por qualquer razão, sejam
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa resistentes ao aprendizado ou à mudança. O objetivo desse
de consultoria Hay/McBer (KHOURY, 2009), foi demonstra- estilo de liderança é instruir para gerar desenvolvimento e
do o impacto de diferentes estilos de liderança no clima não censurar.
23
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
d) Estilo agregador, do tipo “As pessoas vêm primeiro”: Hoje em dia é comum chegar ao local de trabalho e
esse estilo de liderança procura construir relacionamentos encontrar pessoas desmotivadas ou passando por um mo-
e melhorar a convivência entre as pessoas. O líder reconhe- mento de dificuldade, seja no trabalho, na família ou até
ce as necessidades do colaborador em períodos “difíceis” mesmo um problema financeiro. O importante é o líder
da sua vida pessoal e oferece apoio emocional nesses mo- saber, nesse momento, dispor de soluções para não deixar
mentos. Esse comportamento procura fortalecer os rela- que o integrante do grupo continue com a desmotivação.
cionamentos e a lealdade entre os membros e, com isso, Por isso, o líder deve falar com calma e educação para não
o impacto no clima é positivo. Esse estilo é conveniente, causar uma situação de desconforto no liderado, pois se
por exemplo, quando um colaborador tem uma doença e o líder não souber se comunicar, a probabilidade de ser
precisa adequar a sua jornada de trabalho, para fazer de- mal-entendido e piorar a situação será grande (MAXWELL,
terminado tratamento de saúde. O líder compreende essa 2000).
necessidade e faz algumas alterações para que o colabo- É imperativo também que o líder saiba ouvir as
rador possa se tratar de maneira eficiente; além disso, o necessidades do liderado, atendendo suas necessidades
estilo agregador é útil para melhorar ou restaurar os laços ou, pelo menos, oferecendo um suporte de apoio em
de confiança entre as pessoas. Quando o estilo agregador busca de melhorias para o indivíduo. O verdadeiro líder é
é mal-empregado, pode desencadear conflitos (KHOURY, aquele que após ouvir as necessidades de um determinado
2009). grupo dispõe informações, suporte, apoio moral, incentivo
e até mesmo propostas de crescimento profissional para
e) Estilo democrático, do tipo “O que vocês acham?”: que o grupo volte a desempenhar suas funções com um
esse estilo de liderança é particularmente eficiente quando modelo mental renovado, em busca de realização pessoal e
o líder precisa ouvir as opiniões das pessoas para obter in- interpessoal, visando à satisfação e bem-estar no seu local
formações, quando ele não está seguro sobre qual decisão de trabalho.
tomar, ou para chegar a um consenso sobre determinado Segundo John C. Maxwell (2000), para lidar com pes-
assunto. Esse estilo não é eficiente quando os colaborado- soas, exercendo a liderança é preciso ter talento. Para esse
res não são competentes ou suficientemente informados autor, a pessoa não escolhe quais talentos deve ter; na
verdade, ela já nasce com um determinado talento, que o
para oferecer um conselho seguro, ou em tempos de crise,
descreve ao tomar certas decisões. Descobrir se uma pes-
quando o grupo não consegue chegar a um consenso a
soa tem talento não é reunir um grupo de pessoas e tentar
respeito de determinada estratégia. Outro risco é o líder
enxergar o talento na face dela. Descobrir um talento em
não estar preparado para ouvir a opinião sincera dos cola-
meio à multidão é observar ações e qualidades que dife-
boradores e acabar intimidando a equipe.
renciam uma pessoa das demais.
Um líder nasce com um dom, mas o caráter se cria. Para
f) Estilo pacesetting, do tipo “Faça como eu faço, agora”:
Maxwell (op. cit.), o caráter se cria a cada dia em que en-
esse estilo de liderança deve ser utilizado em situações es-
frentamos decisões difíceis como: esconder a verdade ou
pecíficas como, por exemplo, na gestão de um grupo extre- permanecer firme sob o peso dela, ganhar dinheiro fácil
mamente competente e motivado que sabe “exatamente o ou pagar o preço. À medida que você vive e faz escolhas
que precisa fazer” e exige pouca direção da liderança. É útil hoje, está continuamente criando seu próprio caráter. Para
lembrar: quanto maior a pressão exercida sobre as pessoas, que esse dom seja percebido por um grupo, é necessário
maior será a ansiedade e menor será a chance de se encon- um envolvimento com todos, é preciso que o líder seja um
trar soluções criativas para um problema. exemplo sem falhas, procurando a todo tempo se policiar,
pois os seguidores não confiam, nem seguem líderes cujo
1.3 O que constitui o poder pessoal de um verda- caráter apresenta falhas.
deiro líder?
Segundo John C. Maxwell (2000) há vários estilos de 1.4 Quais qualidades capacitam os líderes a fazer as
liderança, e para ser um líder é necessário obter algumas coisas acontecerem?
qualidades fundamentais para exercer essa função. Hoje
em dia o mercado de trabalho tem procurado pessoas com 1. Eles sabem o que querem
um estilo de liderança, para exercer funções distintas, den- Os que têm iniciativa não esperam que os outros os
tro das empresas; todas essas funções estão relacionadas motivem. Sabem que é sua responsabilidade esforçar-se
ao importante papel de conduzir um grupo de pessoas aos além do limite confortável. E fazer disso uma prática re-
objetivos empresariais, sem causar má impressão ou des- gular.
motivação nos integrantes.
Para desenvolver um papel tão importante é dever de 2. Eles cometem mais erros
um líder saber falar, ouvir, entender e motivar sua equipe. A boa notícia para os que têm iniciativa é que eles fa-
Saber falar com a equipe ou um dos liderados específicos, zem as coisas acontecerem; a má notícia é que cometem
não é simplesmente dar uma ordem de serviço. Saber falar muitos erros [...] Embora os líderes com iniciativa experi-
com um liderado é dispor para ele informações básicas e mentem mais fracassos, eles não se permitem desanimar.
necessárias para melhor executar seu trabalho ou suas ta- Quanto maior o potencial, maior será a possibilidade de
refas, dentro da empresa. fracasso. O senador Robert Kennedy disse resumidamen-
24
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
te: “Apenas os que ousam fracassar grandiosamente po- Outro traço que pode indicar uma liderança eficaz é
dem alcançar coisas grandiosas”. Se você deseja conquistar a inteligência emocional. Sem ela, uma pessoa pode ter
grandes coisas como líder, deve ter iniciativa e estar dispos- uma educação notável, um pensamento bastante analítico,
to a correr riscos. (MAXWELL, 2000, p. 66) uma visão convincente e uma fonte inesgotável de ideias
Uma pessoa com estilo de liderança busca soluções geniais, mas, mesmo assim ainda não ser necessariamente
claras diante das circunstâncias que surgem a cada decisão um grande líder. Isso pode ser particularmente verdadeiro
tomada. A cada vez que surge um trabalho em que se deve quando as pessoas crescem dentro de uma organização
ter um desempenho maior da equipe, é fundamental que (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
o líder desempenhe um papel importante dentro do gru- Mas por que a Inteligência Emocional é tão importan-
po. Quando uma tarefa tiver prazos determinados para ser te para uma liderança eficaz? Um componente primordial
finalizada, é necessário que a liderança reúna as pessoas a da inteligência emocional é a empatia. Os líderes que pos-
serem envolvidas no processo, deixando clara a importân- suem empatia podem perceber as necessidades e senti-
cia de cumprir os prazos e metas apontadas pela gerência. mentos dos outros, ouvir o que os liderados têm a dizer
É importante ressaltar a importância de cada membro (e o que não dizem) e, ao compreender suas reações, con-
da equipe, pois, cada um tem qualidades e caráter seguem identificar com maior precisão as expectativas de
fundamentais para a execução do processo. Nesse sua equipe. O mero fato de alguém se importar com você
costuma ser frequentemente recompensado com lealdade
momento é bom que o líder saiba distinguir o que cada
(ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
um irá fazer, pois não basta dizer, o que tem que ser feito, é
importante ressaltar quem melhor desempenha aquele tipo
1.6 Características de um líder extraordinário
de trabalho. Cada um dos membros deve fazer aquilo em
Segundo John H. Zenger e Joseph Folkman (2008)
que faz bem, e bem feito. Não adianta colocar um número existe uma relação direta entre um líder eficiente e os re-
grande de pessoas, para trabalhar juntas com intuito de que sultados que ele alcança. É óbvio que as pessoas que de-
o serviço seja entregue na data e hora marcada, se eles não senvolvem suas habilidades de liderança obtêm resultados
sabem bem como fazer a tarefa. O líder deve determinar melhores do que as que não se preocupam em desenvolver
o que cada uma delas irá fazer. Sendo assim, já é possível aptidões para comandar ou coordenar os outros. Os gran-
o líder determinar quantas pessoas serão necessárias des líderes possuem poucos e bons pontos fortes. Espera-
para executar a tarefa, e com quantos dias será possível -se que desenvolvam determinadas qualidades essenciais
a conclusão da mesma. Lembrando que todo o trabalho ao exercício da liderança, contribuindo assim para o suces-
deve sair com a maior qualidade possível, não desviando so da empresa e de seus colaboradores.
dos padrões de qualidade sugeridos no processo. Se, por Há cinco características que são fundamentais para a
ventura, ocorrer algum imprevisto que possa interferir eficácia de uma liderança bem-sucedida: caráter, compe-
no processo, é necessário que o responsável pela equipe tência, foco em resultados, capacidade de se relacionar
procure o seu gestor imediato comunicando o fato, e se isso bem, aptidão para implementar mudanças. O segredo para
for mesmo atrapalhar na data de finalização é importante se tornar um líder mais eficaz é aumentar ainda mais essas
que o líder, juntamente com seu gestor, estipule uma nova habilidades. Caráter é um ponto importantíssimo para um
data para a conclusão do trabalho. (MAXWELL, 2000, p. 66) grande líder, pois as pessoas que não possuem esta ca-
Para Lacombe (2011), outra grande qualidade de um racterística, não têm a menor chance de serem considera-
líder para que as coisas aconteçam é saber se comunicar, das grandes líderes, porque os líderes que são mentirosos
pois ele deve passar todas as informações, de forma que vivem com medo de serem desmascarados. Competência
todos entendam qual o propósito comum a ser alcançado refere-se aos conhecimentos do líder; os melhores líderes
e para que se motivem para isso. têm, no mínimo, um conhecimento básico do lado tecnoló-
gico do negócio (ZENGER; FOLKMAN, 2008).
1.5 Os traços de um líder Para Zenger e Folkman (op. cit.), foco em resultados é
A procura por traços sociais, físicos, intelectuais ou de o que um líder precisa ter para ser considerado bom: ele
precisa gerar lucro para a empresa. Para isso, é necessário
personalidade que possam descrever os líderes e diferen-
transformar ideias em ações e buscar sempre o melhor. Os
ciá-los dos demais, remonta aos estágios iniciais da pes-
melhores líderes cumprem suas metas mesmo em condi-
quisa sobre liderança. Amplas revisões da literatura sobre
ções desfavoráveis; para isso, é necessário: saber o que a
liderança, quando organizadas com referência ao modelo
organização espera do líder e de seu departamento; man-
Big Five, demonstram que a extroversão é o traço mais im- ter o foco em resultados de longo prazo e colocar em ação
portante do líder eficaz; porém os líderes precisam assegu- seus planos experimentando sempre coisas novas.
rar-se de que não são demasiado assertivos. Os líderes que Capacidade de se relacionar bem, provavelmente, é a
gostam de estar rodeados por pessoas, que são assertivos, característica mais importante da arte de liderar e também
disciplinados e que conseguem manter os compromissos a que melhor diferencia o líder extraordinário dos outros lí-
que assumem, além de serem criativos e flexíveis, realmen- deres. Os líderes extraordinários não guardam novas ideias
te parecem levar vantagem quando a questão é liderança, para si, eles as divulgam e dão à equipe um senso de di-
sugerindo que os líderes eficazes possuem alguns traços reção e propósito, estimulam os colaboradores e estabe-
em comum. lecem metas desafiadoras, inspiram confiança ao conciliar
25
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
preocupação com produtividade e resultados com uma igualmente extraordinários, mas a tendência é que tenham
enorme sensibilidade em relação às necessidades e proble- dificuldades nas mesmas áreas que seus chefes precisam
mas de sua equipe, são acessíveis e estão sempre disponí- aprimorar.
veis, apoiam o crescimento profissional das outras pessoas, Um poderoso instrumento de desenvolvimento é in-
inclusive de seus próprios colaboradores, estimulam a coo- vestir nas pessoas ao seu redor.
peração e mostram à equipe a importância de saber traba- Alguns líderes, no entanto, consideram o crescimento
lhar com todo o tipo de pessoa (ZENGER; FOLKMAN, 2008). profissional dos colaboradores algo supérfluo e irrelevante
Aptidão para implementar mudanças é importante quando comparado ao “trabalho de verdade”. Entretanto,
pois quando os grandes líderes estão diante de uma gran- esse é um comportamento importante para um líder, não
de mudança sabem como conduzi-la de maneira eficaz, apenas pelo que representa para seu pessoal, mas também
ajudando seus colaboradores a entender o que está acon- pelo impacto que provoca nele mesmo e na empresa. Ao
tecendo e fazendo com que se sintam comprometidos com ajudar no treinamento e desenvolvimento da equipe, você
a mudança. Segundo Zenger e Folkman (2008), para liderar alcança um novo patamar deixa de ser um profissional
qualquer mudança organizacional é necessário criar uma preocupado apenas consigo mesmo e se torna um líder
visão global, transformar a visão em objetivos específicos e verdadeiro, com capacidade organizacional e corporativa.
conciliar a necessidade de apontar direções com a necessi- Considerando-se a parte teórica deste estudo, pode-se
dade de envolver os outros. dizer que não há um tipo ideal de líder, pois um verdadeiro
Para Gene Dalton e Paul Thompson (apud ZENGER; líder precisa mesclar vários estilos de liderança, dependen-
FOLKMAN, 2008, p. 22), os líderes mais competentes preci- do da equipe, da natureza do trabalho e da organização.
sam passar por quatro etapas de desenvolvimento profis- No entanto, diversos autores afirmam que uma caracte-
sional. A primeira etapa é quando as pessoas têm de provar rística essencial à liderança é a capacidade de influenciar
que podem aprender o negócio e desenvolver uma base seus colaboradores para alcançar metas. Nesse sentido,
técnica sólida; na segunda etapa, as pessoas continuam deve se relacionar bem com seus liderados e inspirá-los,
desenvolvendo suas habilidades técnicas e dão a sua cola- com segurança, fazendo com que se motivem, acreditem
boração individual; a terceira etapa é quando viram orien- e confiem no líder, para atingir os objetivos almejados.
tadoras e ajudam os outros a desenvolver suas carreiras e
talentos; e na quarta etapa tornam-se visionárias e condu-
zem a empresa a novas direções. Na maioria das vezes, os Comportamento do líder
líderes quando alcançam a posição almejada começam a As pesquisas sobre liderança levaram os psicólogos a
perder a qualidade de seu trabalho, como se o ciclo tivesse observar duas estruturas gerais de comportamento do lí-
chegado ao fim, porém os melhores líderes nunca param der. Vejamos:
de aprender. • Líder orientado para a tarefa (OT). Dentro dessa
estrutura de comportamento, o líder (gerente) dirige os
1.7 Desenvolvendo líderes seus esforços e o de seus subordinados para a tarefa, vi-
Para Zenger e Folkman (2008), quando o assunto é li- sando iniciar, organizar e dirigir um trabalho.
derança, alguém inevitavelmente levanta a questão: a pes- • Líder orientado para as relações interpessoais
soa já nasce líder ou pode aprender a ser líder? É possível (OR). O gerente (líder) voltado para essa orientação tem
tornar-se um líder melhor? Para esses autores, a liderança relações pessoais mais amplas no trabalho, caracterizado
pode ser desenvolvida e é possível tornar-se um líder me- por ouvir, confiar e encorajar.
lhor. É bem verdade que algumas das características essen-
ciais ao exercício da liderança se manifestam desde a in-
fância, mas não dá para dizer quem se destacará no futuro. Baseado nessa orientação, Reddin propôs quatro com-
Algumas pessoas já nascem dotadas de autoconfiança binações de estilos de liderança.
e de um intelecto privilegiado, o que, sem dúvida, é uma • Líder separado: Esse estilo de liderança dá ao ge-
grande vantagem. Entretanto, quase todo mundo tem a rente baixa orientação para o trabalho e pouca orientação
possibilidade de aprimorar suas habilidades, por meio de para as relações humanas.
atividades específicas. A maior parte dos líderes se desen- • Líder relacionado: Tem apenas alta orientação para
volve, não nasce pronta. Os líderes mais notáveis apoiam as relações humanas.
o crescimento profissional dos outros e dão um feedback • Líder integrado: Possui uma elevada orientação
honesto e construtivo, sempre equilibrando avaliações po- para o trabalho e também interesses altos; é voltado para
sitivas e corretivas. Mantêm-se ao par do que está aconte- as relações humanas.
cendo na carreira dos colaboradores e permitem seu cres- • Líder dedicado: Tem apenas alta orientação para
cimento, mesmo que isso implique na perda de pessoal o trabalho.
para outros departamentos (ZENGER; FOLKMAN, 2008).
Todo líder deixa sua marca na empresa da qual faz
parte. Descobrimos que as pessoas que trabalham vários
anos com o mesmo chefe, acabam herdando dele tanto os
pontos fortes, como os fracos. Líderes extraordinários au-
mentam as chances de que seus subordinados se tornem
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
1. Identificação do problema
A identificação do problema é a primeira etapa do processo de melhoria em que o MASP é empregado. Se feita de for-
ma clara e criteriosa pode facilitar o desenvolvimento do trabalho e encurtar o tempo necessário à obtenção do resultado.
A identificação do problema tem pelo menos duas finalidades: (a) selecionar um tópico dentre uma série de possibili-
dades, concentrando o esforço para a obtenção do maior resultado possível; e (b) aplicar critérios para que a escolha recaia
sobre um problema que mereça ser resolvido.
O que é um problema?
Não é fácil explicar precisamente o que é um problema, mas, de maneira geral, podemos dizer que é uma questão
que nos propomos resolver. Perceba que solucionar um problema não significa, necessariamente, ter-se um método para
solucioná-lo.
Exemplo:
– Uma pessoa enfrenta problemas para alcançar certos objetivos e não sabe que ações deve tomar para conseguir
solucioná-los.
Então, ao resolver um problema identificamos os seguintes componentes:
• um objetivo a ser alcançado;
• um conjunto de ações pré-pensadas para resolvê-lo; e
• a situação inicial do problema.
Outro exemplo:
Imaginemos uma produção de parafusos. Considera-se normal a existência de 10 defeitos por milhão de parafusos
fabricados. Admite-se a ocorrência de um problema apenas quando for constatado um número de defeitos que ultrapasse
a razão de mais de 10 parafusos defeituosos por milhão produzido.
Nesse sentido, um problema é sempre um resultado indesejável (Falconi), mas geralmente a solução implica o retorno
a um desempenho anterior aceitável.
Na abordagem do autor Maximiano, “um problema é uma situação que exige uma decisão ou solução, e para tanto
oferece um conjunto de possibilidades, entre as quais é necessário escolher uma ou mais”. Na abordagem desse autor, os
problemas podem ser caracterizados por: (a) diferença entre situação real e ideal; (b) situação adversa; (c) missões e obje-
tivos; (d) situação que oferece escolhas; (e) obstáculos ao tentar atingir metas; e (f) desvios do comportamento esperado.
Passos da Etapa 1 –
Identificação do problema
• Identificação dos problemas mais comuns
• Levantamento do histórico dos problemas
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Passos da Etapa 6 –
Verificação
• Comparar resultados obtidos com os previstos.
• Listar efeitos colaterais não previstos.
• Verificar nível do bloqueio observado (grau de eficácia do plano de ação)
4. Padronização
Uma vez que as ações de bloqueio ou contramedidas tenham sido aprovadas e satisfatórias para o alcance dos ob-
jetivos ela podem ser instituídas como novos métodos de trabalho. De acordo com Kume existem dois objetivos para a
padronização. Primeiro, afirma o autor, sem padrões o problema irá gradativamente retornar à condição anterior, o que
levaria à reincidência. Segundo, o problema provavelmente acontecerá novamente quando novas pessoas (empregados,
transferidos ou temporários) se envolverem com o trabalho. A preocupação neste momento é, portanto, a reincidência do
problema, que pode ocorrer pela ação ou pela falta da ação humana. A padronização não se faz apenas por meio de docu-
mentos. Os padrões devem ser incorporados para se tornar “uma dos pensamentos e hábitos dos trabalhadores” (KUME),
o que inclui a educação e o treinamento.
Passos da Etapa 7 –
Padronização
• Elaboração ou alteração de documentos
• Registro e comunicação
• Definir mudanças que devem ser incorporadas ao Procedimento Padrão Operacional — PPO.
• Revisar padrão (Modificar / Comunicar).
• Treinar pessoal (no PPO revisado).
• Comunicação clara e adequada dos motivos do treinamento.
• Auditar cumprimento do padrão
5. Conclusão
A etapa de Conclusão fecha o método de análise e solução de problemas. Os objetivos da conclusão são basicamente
rever todo o processo de solução de problemas e planejar os trabalhos futuros. Parker reconhece a importância de fazer
um balanço do aprendizado, aplicar a lições aprendidas em novas oportunidades de melhoria.
Passos da Etapa 8 –
Conclusão
• Identificação dos problemas remanescentes
• Planejamento das ações antirreincidência
• Balanço do aprendizado
• Concluir MASP e elaborar relatório sobre o mesmo.
O MASP é um método que permanece atual e em prática contínua, resistindo às ondas do modismo, incluindo aí a
da Gestão da Qualidade Total, sendo aplicado regularmente até progressivamente por organizações de todos os portes e
ramos.
30
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Viabilidade
Objetivos Fatores políticos
das soluções
Custos Quantidade de
Tempo
envolvidos informações
disponível para
disponíveis
decidir
Autoridade e
Riscos que Estrutura de
responsabilidade
podem ser poder da
do tomador de
assumidos organização
decisão
São inúmeros os fatores que afetam a decisão, tais como custos envolvidos, fatores políticos, objetivos, riscos que
podem ser assumidos, tempo disponível para decidir, quantidade de informações disponíveis, viabilidade das soluções,
autoridade e responsabilidade do tomador de decisão, estrutura de poder da organização etc.
Chiavenato destaca três condições sob as quais a decisão pode ser tomada:
Certeza: É a situação em que temos sob controle todos os fatores que afetam a tomada de decisão. Sabemos quais
são os riscos e probabilidades de ocorrência de eventos, temos informações sobre custos, sabemos quais são os fatores
potencializadores e restritores, temos estudos de viabilidade das alternativas etc.
Risco: É a situação em que sabemos a probabilidade de ocorrência de um evento, mas que tomamos diferentes deci-
sões, de acordo com os riscos que estamos dispostos a assumir.
Incerteza: Situação em que o tomador de decisão tem pouca ou nenhuma informação a respeito da probabilidade de
ocorrência de cada evento futuro.
31
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
32
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Decisões delegadas: “São tomadas pela equipe ou pes- Atualmente podemos afirmar que o cenário econô-
soa que recebeu poderes para isso. As decisões delegadas mico e as organizações nele inseridas se modificam cons-
não precisam ser aprovadas ou revistas pela administração. tantemente, ou seja, estão em constante evolução. Tal fato
A pessoa ou grupo assume plena responsabilidade pelas aumenta o impacto da influência que ambos exercem um
decisões, tendo para isso a informação, a maturidade, as sobre o outro, assim como as suas consequências. Diante
qualificações e as atitudes suficientes para decidir da me- dessa conjuntura, é necessário o administrador permane-
lhor maneira possível”. cer alerta em relação aos ambientes interno e externo da
Identificamos ainda, dentro do conceito de elementos organização, para que ele possa obter a escolha mais eficaz
da decisão o item de: Certeza, risco e incerteza - Podemos e simétrica em relação à realidade organizacional da qual
chamar de incerteza aquela situação que, muitas vezes, se faz parte. O tomador de decisões precisa estar motivado
configura por existirem informações insuficientes e dúbias pela necessidade de prever e controlar um complexo de
para os tomadores de decisão. Isso certamente inviabiliza sistemas correlacionados, pois quanto melhor seu entendi-
a clareza das alternativas e traz consigo riscos inerentes, mento, melhor será sua decisão.
fazendo com que a decisão tomada se torne mais difícil de Um processo organizacional considerado de grande
ser operacionalizada. relevância para um gerenciamento eficaz das organizações
Mas, para escolher a alternativa mais eficaz, além de é o chamado processo decisório. O processo decisório é o
ser necessário identificar claramente qual é o problema e poder de escolher, em determinada circunstância, o cami-
de se ter em mãos informações de qualidade, o gestor nho mais adequado para a empresa. Para que um negócio
precisa possuir também um conhecimento aprofundado ganhe em termos de Estratégia Competitiva é necessário
do mercado em que atua, conhecendo seus concorrentes e que ele alcance um desempenho superior aos demais
a capacidade organizacional deles. É assim que são geridas concorrentes, e para tanto, a organização deve estabelecer
empresas bem estruturadas e administradas. Esse grupo uma estratégia adequada, tomando as decisões certas.
é composto especialmente pelas organizações de grande Um processo de decisão inicia-se pela identificação das
porte. necessidades, em conjunto com um planejamento que
É importante que o gestor decida com rapidez e envolve uma tomada de decisão mais estruturada, ou de
que reduza a incerteza. Agindo assim poderá planejar de maneira mais pragmática.
maneira estratégica possíveis ações futuras que poderão O estudo do processo decisório tem evoluído desde
os anos de 1940. Isso se deve, principalmente, ao crescen-
dar à sua empresa vantagem competitiva em relação às
te conhecimento dos problemas aplicados, ao desenvol-
concorrentes.
vimento de novas técnicas administrativas e à absorção
Decisão em condições de certeza – ocorre quan-
de novos procedimentos quantitativos oriundos da mate-
do há total conhecimento de todos os estados da natureza
mática e da pesquisa operacional. A Teoria das Decisões
do processo decisório.
nasceu de Herbert Simon, que a utilizou para explicar o
Chamamos de certeza saber 100% sobre a situação
comportamento humano nas organizações. Em seu livro,
que está ocorrendo no instante em que se está tomando
O Comportamento Administrativo (1970), ele afirma que
a decisão.
a Teoria Comportamental concebeu às organizações um
Decisão em condições de risco – ocorre quando sistema de decisões, no qual cada pessoa participa cons-
não são conhecidas as probabilidades associadas a cada cientemente, tomando decisões racionais à respeito de seu
um dos estados da natureza do processo decisório. comportamento.
A situação é pouco conhecida. Para a tomada de deci- Herbert Simon (1916-2001), estudou a administra-
são em condições de risco, a certeza irá variar entre 0% e ção sob a perspectiva do processo de tomar decisões.
100%. Sob condições de risco, o gestor utiliza a experiên- De acordo com ele, administrar um negócio é sinônimo
cia pessoal, sua intuição ou informações secundárias para de tomar decisões, especialmente quando se trata de
mensurar as chances de acerto de alternativas ou resulta- ações gerenciais. Através desse ponto de vista, ele isolou
dos. o aspecto de trabalho gerencial, ampliando seu campo
Decisão em condições de incerteza ou em con- de estudo. Segundo o próprio autor, o processo de tomar
dições de ignorância – ocorre quando não se obtiveram decisões possui três fases no total: prospecção (análise de
informações e dados sobre as circunstâncias do processo um problema ou situação que requer solução), concep-
decisório ou em relação à parcela dessa situação. Para de- ção (criação de alternativas de solução para o problema
cidir numa situação dessas deve-se recorrer à intuição e à ou situação) e decisão (julgamento e escolha de uma das
criatividade. alternativa propostas).
Decisão em condições de competição ou em O homem econômico, de acordo com Simon, busca a
condições de conflito – ocorre quando a estratégia e a maximização dos ganhos por meio da racionalidade. Ainda
situação em si do processo de tomada de decisão são de- segundo ele, a racionalidade é limitada e ineficiente, e por
terminadas pela ação de competidores. Quando ocorre de isso Simon propôs um modelo distinto - o do homem ad-
um gestor, ao tomar uma decisão, prever que não haverá ministrativo. Nesse modelo, as decisões tendem a ser satis-
nenhum resultado não previsto, classificamos essa decisão fatórias ao invés de maximizadas. As decisões satisfatórias
como uma decisão programada. 1 são aquelas que atendem aos requisitos mínimos deseja-
1 Texto adaptado de Sandro Celestino da Rosa Wollenhaupt dos, fazendo com que os administradores sejam guiados
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
pela regra de que qualquer decisão serve, desde que con- do controle gerencial, auxiliando na tomada de decisão de
siga resolver o problema. Vale ressaltar que, a tomada de gerentes e executivos em vários tipos e níveis de proble-
decisão não é tarefa única dos gerentes, mas sim de todos mas. Nós já falamos sobre a administração de sistemas e
os níveis da empresa, pois todos precisam saber tomar de- os principais tipos sistemas de informação, assim como as
cisões de maneira efetiva. vantagens que cada um proporciona (você pode dar uma
Simon distingue dois tipos de decisões: as progra- conferida no link destacado). O processo decisório é a ca-
madas e as não programadas. As decisões programa- pacidade de escolher o caminho mais adequado diante de
das são caracterizadas por serem repetitivas, rotineiras uma determinada circunstância, e os sistemas de informa-
e estruturadas (tomadas automaticamente). São as ção são essenciais para atingir esse objetivo.
decisões automatizadas, sequenciais que não necessitam É importante lembrar também, que cada vez mais as
da intervenção do decisor. Geralmente, são bastante empresas e, principalmente, seus gestores buscam o auxilio
previsíveis, apresentando soluções para problemas de técnicas para aprimorar e reforçar a tomada de decisão.
rotineiro, sendo ainda possíveis de serem incorporados em Essas técnicas corporativas permitem visualizar cenários e
um sistema de informação. Dentre os principais exemplos, problemas de forma prática e precisa, ao mesmo tempo
nós podemos citar o hábito, a rotina, os manuais de ins- em que melhoram os aspectos do processo decisório e do
truções e operações padronizadas como formas de tomar contexto da própria organização. Dentre as técnicas mais
decisões programadas. conhecidas atualmente nós temos: a análise SWOT, a pros-
As decisões não programadas não dispõem de pecção de cenários, a Matriz GUT, o Brainstorm e a espinha
soluções automáticas, uma vez que são desestruturadas. São de peixe (diagrama de ishikawa), e a Matriz BCG. Todas es-
as decisões não automatizadas que dependem da solução sas técnicas vem sendo bastante utilizadas pelas empresas
do decisor. O lançamento de novos produtos, a redução do modernas como forma de auxílio ao processo decisório.
quadro de funcionários e uma mudança na sede da empresa Recapitulando pode-se dizer que toda organização é
são exemplos de decisões não programadas. Para lidar um sistema de decisões, onde todos os seus integrantes
com essas decisões, o autor indica que os gerentes devem (independente da hierarquia) estão continuamente toman-
ser capazes de desenvolver sua capacidade de julgamento, do alguma decisão, seja de forma racional ou não. Dessa
intuição e criatividade. Para ele, o desenvolvimento dessas forma, é praticamente impossível pensar em uma compa-
habilidades permitiria aos gerentes lidar de forma mais nhia sem considerar a ocorrência constante do processo
eficiente contra as complexidades das decisões. decisório. De forma resumida, tomar decisões é o processo
Alguns autores ainda levam em conta as chamadas de- de escolher uma dentre um conjunto de alternativas, ca-
cisões semi-programadas (ou semi-estruturadas). Esse bendo ao tomador da decisão, reconhecer e diagnosticar a
tipo de decisão pode ser sistematizada até certo ponto, situação, gerar e analisar alternativas, selecionar a melhor
dependendo de estruturas mais complexas do sistema de delas, implementá-la e avaliar seus resultados.
informação para que os resultados esperados de cada al- As decisões são estágios para diversos problemas, e
ternativa de escolha sejam selecionados de forma otimiza- sua complexidade é demasiadamente ampliada pela am-
da, a partir dos mesmos critérios. Nessas situações, parte biguidade de um processo decisório deficiente e ineficaz.
do problema pode ser incorporada ao sistema de apoio às O pressuposto básico dessa afirmação é que o processo
decisões e parte não. Geralmente, quando variáveis inter- decisório envolve diferentes tipos de decisão, e em resumo,
ferem no processo de decisão, é o momento em que entra o processo decisório é uma questão de múltiplas variáveis.
em cena a capacidade de julgamento do administrador (ci- Alguns autores consideram a possibilidade das decisões
tada por Simon), dependendo, principalmente, de sua ex- também serem influenciadas por outros fatores (internos
periência com o contexto do problema. e externos), como outras organizações, legislações, clientes
A função de decisão está essencialmente ligada às po- e fornecedores por exemplo, o que agrava e dificulta ainda
sições gerenciais, ou seja, aos berços da liderança organi- mais o processo de tomada de decisão.
zacional. Para diversos autores, a liderança é importante Considerando o ambiente das organizações, no qual
para a eficácia das organizações, tendo sempre em vista as diversas mudanças motivadas pelo atual cenário econômi-
frequentes turbulências e mudanças do cenário econômico co vêm ocorrendo, podemos analisar algumas tendências
em geral. Havemos de concordar que a autoridade pode se destacando em relação à tomada de decisão, tais como:
ser suficiente em épocas de estabilidade, porém, num am- o estudo da concorrência, análise de cenários globalizados,
biente em constante transformação é preciso haver lide- uso expansivo de tecnologias da informação, assim como
rança, pois ela é a força direcionadora que torna possível outras atividades que visam melhorar e facilitar a toma-
a permanência das organizações nesse contexto. Para isso, da de decisão. Portanto, conseguimos perceber um pouco
também é fundamental que o líder conheça bem a área de da importância do processo decisório nas organizações,
negócios que a empresa está inserida, antes de tomar me- concluindo que se trata de uma peça fundamental para os
didas que afetem o desempenho da companhia. gerentes, assim como para as organizações modernas que
Para auxiliar o processo decisório, existem diversas desejam se manter competitivas e atuantes no seu merca-
técnicas e ferramentas que contribuem para uma melhor do ou segmento.2
tomada de decisão. Como ferramentas, podemos citar os
sistemas de informação, que a partir dos anos 70 e início 2 Fonte: www.portal-administração.com – Texto adaptado de
da década de 80, passaram a ser aceitos como capacitor Rafaela Sales
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Uma característica essencial das organizações é que elas são sistemas sociais, com divisão de tarefas. É aí que entra
o conceito de Gestão de Pessoas! Gestão de Pessoas é um modelo geral de como as organizações se relacionam com as
pessoas.
Gestão de Pessoas atua na área do subsistema social, e há na organização também o subsistema técnico. A interação
da gestão de pessoas com outros subsistemas, especialmente o técnico, envolve alinhar objetivos organizacionais e indi-
viduais.
Essa teoria surgiu dos apontamentos feitos sobre motivação, mais especialmente sobre as analises de comportamento
que produzem a cooperação por parte dos indivíduos. Ela resume essa relação entre pessoas e organização como sendo
um sistema onde a organização recebe cooperação dos colaboradores sob a forma de dedicação ou de trabalho e em
troca oferece vantagens e incentivos, dentre os quais podemos citar os salários, prêmios de produção, gratificações, elogios,
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
oportunidades, etc. Isso facilita a existência de um proces- operações para o Mercosul, Ásia, Europa e Estados Unidos.
so harmonioso, alcançando-se assim o que chamamos de Esse processo requer profissionais especialmente treinados
equilíbrio organizacional. e preparados que ocupem estes cargos-chave para gerir os
negócios em outros países.
Desafios • O movimento mostra que as empresas brasileiras
• Retenção de talentos - Para manter e reter um estão no caminho certo e são competitivas. Para os profis-
talento, a empresa deve se valer de instrumentos de iden- sionais, o avanço ao mercado global é uma oportunidade
tificação de potenciais. Esse é o primeiro passo para inves- de fazer uma carreira internacional e desenvolver compe-
tir no desenvolvimento ou aprimoramento de pessoas. As tências; para as empresas, uma forma de atingir vantagem
empresas mais desejadas pelos profissionais são as que competitiva.
fazem um processo de gestão de pessoas planejado. A mon-
tagem de um banco de talentos, no qual estas são prepara- Características
das para assumir posições-chave é um caminho. A Gestão de Pessoas é caracterizada pela: participa-
Essa alternativa (bco de dados) pode ser combinada ção, capacitação, envolvimento e desenvolvimento do
com um planejamento estratégico que indicará que tipo bem mais precioso de uma organização que é o capital hu-
de pessoas serão necessárias a médio e a longo prazo. O mano que nada mais são que as pessoas que a compõem.
uso dessas táticas diferenciadas distingue claramente as • Participação:
empresas que estão sempre na vanguarda, onde o talento As pessoas são capazes de conduzir a organização ao
da casa consolida e abre novos mercados com inovações, sucesso. Com a participação as pessoas fazem investimen-
enquanto outras correm atrás na tentativa de recuperar o tos como esforço, dedicação e responsabilidade, na esperan-
profissional e o espaço perdido. ça de retorno por meio de incentivos financeiros, carreira,
É preciso dar contrapartidas para reter os colaboradores, etc.
o que se faz buscando alternativas para oferecer o que os • Capacitação:
jovens estão buscando. As redes sociais ampliaram muito as Pessoas com competências essenciais ao sucesso orga-
informações, levando-os a identificar mais oportunidades nizacional. A construção de uma competência é extrema-
no mercado de trabalho. mente difícil, leva tempo para o aprendizado e maturação.
• Envolvimento:
• Choque de gerações - As gerações se diferenciam A pessoa que agrega inteligência ao negócio da orga-
em características, porém as competências podem e de- nização a torna competitiva, isto significa, saber criar, de-
vem ser trabalhadas. Elas se ajustam ao que ocorre no meio senvolver e aplicar as habilidades e competências na força
ambiente. Para conter sua impulsividade é preciso identifi- de trabalho.
car o que querem os jovens e ofertar algo adequado. • Desenvolvimento:
Nesse caso, nem sempre a remuneração tem maior Construir e proteger o mais valioso patrimônio da or-
peso, mas sim, a liberdade, a autonomia, a criação, o res- ganização é preparar e capacitar de forma contínua as pes-
peito e o reconhecimento. O conflito de gerações reflete-se soas. O trabalho deve estar adequado às suas competên-
nos resultados das organizações. cias de forma balanceada.
• Ambiente - Hoje, com a presença maciça dos
jovens no mercado de trabalho, ambientes e benefícios Cabe a área de gestão de pessoas a função de huma-
nizar as empresas. A gestão de pessoas é um assunto tão
diferenciados têm sido uma expectativa e uma exigência
atual na área de administração, mas que ainda é um dis-
da nova geração.
curso para muitas organizações, ou seja, em muitas delas
O setor de prestação de serviços e das empresas de
ainda não se tornou uma ação pratica.
tecnologia da informação e da comunicação tem mais fa-
Atualmente nas relações de trabalho vem ocorrendo
cilidade em criar ambientes propícios à liberdade e à cria-
mudanças conforme as exigências que o mercado impõe
tividade.
ou na forma de gerir pessoas.
Para Chiavenato as atividades relacionadas à Gestão de
• Papel dos Recursos Humanos - A área de Recursos pessoas estão divididas da seguinte forma:
Humanos precisa sair do operacional para assumir uma ca- • Agregação
deira nas decisões estratégicas. Deve participar opinando • Aplicação
e mostrando alternativas de preparação dos profissionais. • Recompensa
Antes disso, é preciso estar mais próximo dos clientes in- • Desenvolvimento
ternos para acompanhar mudanças, expectativas e identi- • Manutenção
ficar quem pode fazer parte de um plano de carreira e de • Monitoração
desenvolvimento.
O profissional de RH precisa ser muito antenado, ver- Essas atividades podem ser tratadas também por po-
sátil e flexível para atender às necessidades internas e as de líticas, sistemas ou processos. A seguir apresentamos suas
mercado. O desafio das empresas é a estruturação de um respectivas subpolíticas, subprocessos ou subsistemas, na
processo de carreira, tanto horizontal quanto vertical. forma de uma mnemônica que auxiliará a memorização:
• Trabalho além fronteiras - há muitas empresas “DRAMMA”.
brasileiras em processo de internacionalização, expandindo
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
• Desenvolver pessoas: treinamento, desenvolvi- Através do controle é possível vislumbrar todo o pro-
mento e educação; cesso de planejar, organizar e direcionar. Liderar e discernir
• Recompensar: remuneração e benefícios sociais; se o resultado foi o almejado. Assim é possível recomeçar
• Agregar pessoas: planejamento de RH, recruta- um novo ciclo com mais planejamento e suas etapas sub-
mento e seleção; sequentes.
• Manter pessoas: incentivo para atendimento de Entende-se por modelo de gestão de pessoas a ma-
necessidades individuais. Administração da disciplina, hi- neira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar
giene, segurança e qualidade de vida no trabalho- QVT e e orientar o comportamento humano no trabalho. Para
manutenção de relações sindicais. isso, a empresa se estrutura definindo princípios, estraté-
• Monitorar pessoas: controlar atividades das pes- gias, políticas e práticas ou processos de gestão. Através de
soas. Bancos de dados, sistemas de informação gerenciais, mecanismos, implementa diretrizes e orienta os estilos de
auditoria. atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela
• Aplicar pessoas: análise e descrição de cargos e trabalham.
avaliação de desempenho; O desempenho que se espera das pessoas no trabalho
e o modelo de gestão correspondente é determinado por
Movimento holístico – focar o todo e não as sua fatores internos e externos ao contexto organizacional.
partes
Entre os Fatores internos destacam-se:
Com a abordagem sistêmica, a velha tradição cartesia-
• o produto ou serviço oferecido:
na de dividir, segmentar e separar foi substituída por uma
• a tecnologia adotada,
nova maneira de organizar a empresa. A ênfase agora está • a estratégia de organização do trabalho,
em juntar e não mais em separar. • a cultura e a estrutura organizacional.
O foco não está mais nas tarefas – que são detalhes –
mas nos processos que transitam de ponta a ponta. Não Entre os fatores externos, destacam-se:
mais nos meios, mas nos fins e resultados. Não mais em • a cultura de trabalho de cada sociedade
cargos individualizados, separados e confinados, mas no • sua legislação trabalhista
trabalho conjunto feito em equipes autônomas e multidis- • o papel conferido ao Estado
ciplinares. • o papel conferido aos demais agentes que atuam
A Gestão de Pessoas pode ser entendida como o pro- nas relações de trabalho (vão estabelecer os limites nos
cesso de PLANEJAR, ORGANIZAR, DIRIGIR E CONTROLAR quais o modelo de gestão poderá atuar).
pessoas em uma organização.
As organizações entenderam a importância das pes- Vejamos os teóricos da administração e o que suas
soas e que é fundamental oferecer o suporte necessário para defesas apontam e como interferem na forma de gerir as
que essas pessoas desenvolvam novas aptidões e aperfei- pessoas na organizações.
çoem características que já possuem.
As organizações brasileiras sejam públicas ou privadas, Os princípios da administração científica de Frede-
percebem a importância da revisão dos seus modelos de rick Taylor
gestão: as empresas privadas objetivando a sua sobrevivên- Taylor nasceu nos Estados Unidos em 20 de março de
cia e sustentabilidade no mercado; e as empresas públicas 1856 e é considerado o pai da Administração em suas ba-
motivadas pela capacidade de cumprir seu dever de forne- ses científicas. Iniciou sua carreira como operário e depois
cer serviços/produtos de qualidade à sociedade. como engenheiro, chegando a ocupar cargos em altos pos-
• Planejar - isso significa que você terá que criar tos nas empresas norte-americanas.
planos para o futuro de sua organização. Como tinha larga experiência na própria linha de pro-
• Consiste em definir objetivos para traçar metas, dução, foi um dos primeiros a destacar a necessidade de
racionalizar o tempo e a divisão do trabalho industrial para
utilizando matriz FOFA. Interpretam-se dados, analisam-se
aumentar a eficiência nas fábricas.
recursos.
No seu principal livro, Os Princípios da Administração
• Organizar. Também, mas no sentido que Fayol
Científica, publicado em 1911, Taylor afirma a necessidade
define é que as empresas são feitas de pessoas e estrutura de executar o trabalho administrativo em bases científicas
física, ou seja, significa que é necessário preparar processos e objetivas.
a fim de obter os resultados planejados. Sua grande contribuição teórica reside nas diretrizes
• Dirigir. Essa função serve para orientar a organiza- que fixou para a racionalização do trabalho industrial e na
ção, ter o comando também. Se a empresa está rumo a um divisão de autoridade e supervisão ao nível de linha (auto-
caminho e encontra obstáculos, caberá ao administrador ridade vertical).
dirigir, se for preciso, ou orientar a organização para traçar A seguir, descrevemos os principais pontos de sua teo-
o objetivo, às vezes é preciso intervir e tomar as rédeas da ria:
organização e orientá-la e dirigi-la. - princípios científicos em substituição ao empirismo:
• Controlar. Uma organização sem normas e regras, com o objetivo de instituir a prática administrativa científi-
certamente, terá menos desempenho que uma que aplica ca, baseada em princípios e não no processo de tentativa
esses conceitos. sob risco;
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
- divisão do trabalho: determinando, através das regras 3. Disciplina: mediante regras de subordinação aos su-
básicas, a divisão em diferentes etapas das diversas ativi- periores;
dades; 4. Unidade de comando: um certo número de subordi-
- divisão de autoridade e responsabilidade: distinguin- nados recebe e acata ordens de um único superior;
do as tarefas de planejamento e direção daquelas referen- 5. Unidade de direção: um certo número de atividades
tes à execução do trabalho; obedece à supervisão de um único superior;
- treinamento e seleção do trabalhador: permitindo a 6. Subordinação do interesse individual ao coletivo: o
qualificação do trabalhador mediante seleção e aperfeiçoa- interesse de um indivíduo não deve prevalecer contra o in-
mento técnico; teresse coletivo;
- coordenação entre as atividades: articulação da atua- 7. Remuneração: salários justos do ponto de vista da
ção dos trabalhadores com os supervisores e administra- empresa e do trabalhador;
dores; 8. Centralização: concentração de direção nas mãos de
Taylor tem sua importância por ter sido um dos precur- um único controle ou direção;
sores da importância do papel da ciência na Administração. 9. Cadeias hierárquicas: define uma rigorosa estrutura
de autoridade e responsabilidade;
A teoria de Henry Fayol 10. Ordem: a perfeita ordenação humana e material;
Henry Fayol nasceu na França em 1841 foi o autor do 11. Equidade: conciliação de interesses empresariais e
livro Administração Industrial e Geral, que foi editado em trabalhistas;
1916. 12. Estabilidade: contra a rotatividade da mão-de-obra,
Fayol buscou uma visão mais geral da empresa e criou julgando mais eficiente sua permanência;
uma teoria mais global da ação administrativa, ao contrário 13. Iniciativa: abrangendo o dinamismo desde o princi-
de Taylor que se dedicou mais as questões relativas à linha pal executivo até os mais baixos níveis de autoridade;
de produção. 14. Cooperação: estimulando o espírito de equipe e a
Na verdade as teorias de Taylor e Fayol se complemen- conjugação dos esforços para a meta final.
tam, não obstante suas abordagem diferentes.
O fundamento da teoria de Fayol tem base em seis fun- Henry Ford
ções básicas existentes na empresa, definidas por ele da Ford também escreveu livros: Minha Filosofia de Indús-
seguinte maneira: tria e Minha Vida e Minha Obra; este respeitado industrial
1. Função técnica: corresponde à atividade produtiva do automobilismo atuou no início do século XX, como pio-
da empresa. neiro em sua área de atuação, a empresa por ele criada
ainda hoje é uma multinacional respeitada por todos; ele
2. Função comercial: abrange as tarefas de compra de
também deixou registrados seus estudos e reflexões sobre
mercadorias, matéria-prima, materiais de consumo, etc ne-
sua experiência administrativa.
cessárias ao desenvolvimento das atividades da empresa,
Ao contrário de Fayol, que centrou sua análise no as-
assim como a venda dos bens ou serviços por ela produ-
pecto administrativo da empresa, Ford se ocupou do siste-
zidos.
ma de produção empresarial como um todo, visando a sua
3. Função financeira: referente à atividade de obtenção
maior eficiência.
e gerência dos recursos financeiros, em termos de dinheiro Ford introduziu conceitos modernos de produção em
ou crédito. série e de linhas de montagem, concebendo um ritmo de
4. Função contábil: classificação e registro dos fatos trabalho em cadeia, para poupar tempo e custos. Estabe-
econômico - financeiros ocorridos na empresa, com o ob- leceu também três princípios pelos quais deve se orientar
jetivo de apurar seus bens, direitos e obrigações, lucros ou a produção:
prejuízos. 1. de intensificação: redução de tempo de produção,
5. Função de segurança: visa a salubridade dos traba- eliminação da capacidade ociosa de trabalhadores e equi-
lhadores, condições de iluminação, temperatura e preven- pamentos, permitindo o rápido retorno do capital investi-
ção de acidentes e à proteção de materiais, segurança de do;
equipamentos, instalações e construções, normas, etc. 2. de economicidade: emprego reduzido dos fatores de
6. Função administrativa: refere-se ao trabalho de ge- produção;
rência, direção e controle das atividades para que a em- 3. de produtividade: aumento da capacidade produtiva
presa possa atingir de forma racional seus objetivos, que do trabalho;
na visão de Fayol, é a mais importante, pois esta função
direciona e comanda todas as outras. Elton Mayo - Teoria das Relações Humanas
Fayol também elaborou quatorze princípios adminis- Em meados do século XX, a Teoria das Relações Huma-
trativos que ao serem aplicados devem levar em conta a nas preocupou-se intensamente com o esmagamento do
realidade de cada empresa: homem pelo desenfreado desenvolvimento da civilização
1. Divisão de trabalho: tanto em termos de tempo industrializada. Elton Mayo, o fundador do movimento, es-
como de espaço, estudando as fases e etapas de um mes- creveu três livros se dedicando aos problemas humanos,
mo trabalho; sociais e políticos decorrentes de uma civilização baseada
2. Autoridade e responsabilidade: posição na empresa quase que exclusivamente na industrialização e na tecno-
e qualificação; logia.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
você produziu 1000 peças por hora, enquanto seu colega • imagem positiva junto aos clientes e à sociedade
produziu 500, parece que você é mais eficiente. Agora ima- • sistema eficaz de distribuição
gine que das suas 1000 peças, 50% estavam defeituosas e o • sistema eficiente de produção
seu colega 0% defeituosas. Seu aproveitamento foi de 50%
e seu colega 100%. Equipe
Cada vez mais, as equipes se tornam a forma básica de
Eficácia trabalho nas organizações do mundo contemporâneo. As
É o conceito de desempenho que envolve a comparação evidências sugerem que as equipes são capazes de melho-
entre objetivos e resultados, afinal de contas não adianta rar o desempenho dos indivíduos quando a tarefa requer
produzir muito se não for produção com qualidade. Alguns múltiplas habilidades, julgamentos e experiências. Quando
dos indicadores de desempenho final da organização são as organizações se reestruturaram para competir de modo
os seguintes: mais eficiente e eficaz, escolheram as equipes como for-
ma de utilizar melhor os talentos dos seus funcionários. As
Satisfação dos clientes empresas descobriram que as equipes são mais flexíveis e
É o objetivo prioritário para as organizações. Por que reagem melhor às mudanças do que os departamentos tra-
sem clientes satisfeitos, a existência da organização fica dicionais ou outras formas de agrupamentos permanentes.
comprometida. Podemos citar como indicadores: As equipes têm capacidade para se estruturar, iniciar seu
• satisfação dos clientes trabalho, redefinir seu foco e se dissolver rapidamente. Ou-
• fidelização dos clientes e novos clientes tras características importantes é que as equipes são uma
• reclamações (volume / atendimento) forma eficaz de facilitar a participação dos trabalhadores
• assistência aos clientes nos processos decisórios aumentar a motivação dos fun-
Quando a eficácia é considerada, a definição de quali- cionários.
dade se amplia.
Impacto na sociedade Diferença entre Grupo e Equipe
Tornou-se tema obrigatório quando surgiram o orgãos Grupo e equipe não é a mesma coisa. Grupo é de-
de defesa do consumidor e do meio ambiente. O papel e o finido como dois ou mais indivíduos, em interação e in-
impacto social das organizações traduzem-se em tendên- terdependência, que se juntam para atingir um objetivo.
cias como a responsabilidade social e ambiental da empre- Um grupo de trabalho é aquele que interage basicamente
sa. Alguns indicadores são: para compartilhar informações e tomar decisões para
• respeito às normas ambientais ajudar cada membro em seu desempenho na sua área de
• apoio a empreendimentos comunitários responsabilidade.
• punições por acidentes ambientais Os grupos de trabalho não têm necessidade nem
oportunidade de se engajar em um trabalho coletivo
Aprendizagem organizacional que requeira esforço conjunto. Assim, seu desempenho é
O desempenho da organização pode ser avaliado pela apenas a somatória das contribuições individuais de seus
capacidade de obtenção e utilização do conhecimento. A membros. Não existe uma sinergia positiva que possa criar
aprendizagem é resultado do processo de tomar decisões um nível geral de desempenho maior do que a soma das
para resolver problemas. Alguns indicadores são: contribuições individuais.
• nível de treinamento Uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva por
• patentes e direitos autorais meio do esforço coordenado. Os esforços individuais re-
• capacidade de trabalhar em equipe sultam em um nível de desempenho maior do que a soma
• delegação de autoridade e poderes aos emprega- daquelas contribuições individuais. O quadro abaixo res-
dos salta as diferenças entre grupos de trabalho e equipes de
• competitividade trabalho.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Fatores que interferem no trabalho em equipe Conforme citado por Zanelli (2003), do ponto de vista
- Estrelismo; social, a ordem que se estabelece, ou não, resulta do com-
- Ausência de comunicação e de liderança; partilhamento que ocorre na interação humana. Do ponto
- Posturas autoritárias; de vista individual, a identidade é elemento chave da rea-
- Incapacidade de ouvir; lidade subjetiva e se encontra em relação dialética com a
- Falta de treinamento e de objetivos; sociedade. Nesta acepção, o indivíduo é produto e produ-
- Não saber “quem é quem” na equipe. tor do sistema social.
Ao apresentar aos funcionários os ritos, crenças, valo-
São características das equipes eficazes: res, rituais, normas, rotinas e tabus da organização, o que
- Comprometimento dos membros com um propósito se pretende é buscar a sua identificação com os padrões a
comum e significativo; serem seguidos na empresa. Dessa forma, se fornece um
- O estabelecimento de metas específicas para a equi- senso de direção para todas as pessoas que compartilham
pe que conduzam os indivíduos a um melhor desempenho desse meio. As definições do que é desejável e indesejá-
e também energizam as equipes. Metas específicas ajudam vel são introjetadas pelos indivíduos atuantes no sistema,
a tornar a comunicação mais clara. Ajudam também a equi- orientando suas ações nas diversas interações que execu-
pe a manter seu foco sobre o obtenção de resultados; tam no cotidiano.
- Os membros defendem suas ideias, sem radicalismo; Reconhecer os significados e a própria razão de ser da
- Grande habilidade para ouvir; empresa, bem como se familiarizar com as percepções e
- Liderança é situacional; ou seja, o líder age de acordo comportamentos mais aceitos e valorizados na organiza-
com o grau de maturidade da equipe; de acordo com a ção, conduz os funcionários a uma uniformidade de ati-
contingência; tudes, o que é positivo no sentido de possibilitar maior
- Questões comportamentais são discutidas aberta- coesão. No entanto pode levar a uma perda de indivi-
mente, principalmente as que podem comprometer a ima- dualidade, pois o comportamento dos indivíduos passa a
gem da equipe ou organização ser uma extensão do grupo, muitas vezes se estendendo
- O nível de confiança entre os membros é elevado; para ambientes externos da organização, quando passam
- Demonstram confiança em seus líderes, tornando a a adotar comportamentos padronizados nas mais diversas
equipe disposta a aceitar e a se comprometer com as me- situações.
tas e as decisões do líder;
O presente artigo pretende contribuir para o debate
- Flexibilidade permitindo que os membros da equipe
acerca desse processo de construção das identidades dos
possam completar as tarefas uns dos outros.
indivíduos nas organizações, argumentando que a pa-
Isso deixa a equipe menos dependente de um único
dronização de atitudes pode ser prejudicial às pessoas e
membro;
à própria organização, que perde em criatividade e falta
- Conflitos são analisados e resolvidos;
de questionamentos, além de aumentar a resistência às
- Há uma preocupação / ação contínua em busca do
autodesenvolvimento. mudanças, uma vez que as pessoas se sentem mais con-
O desempenho de uma equipe não é apenas a soma- fortáveis agindo da forma a que estão habituadas e que
tória das capacidades individuais de seus membros. aprenderam ser a maneira correta de agir.
Contudo, estas capacidades determinam parâmetros
do que os membros podem fazer e de quão eficientes eles Ao ingressar em uma organização, indivíduos com
serão dentro da equipe. Para funcionar eficazmente, uma características diversas se unem para atuar dentro de um
equipe precisa de três tipos diferentes de capacidades. Pri- mesmo sistema sociocultural na busca de objetivos de-
meiro, ela precisa de pessoas com conhecimentos técnicos. terminados. Essa união provoca um compartilhamento de
Segundo, pessoas com habilidades para solução de proble- crenças, valores, hábitos, entre outros, que irão orientar
mas e tomada de decisões que sejam capazes de identificar suas ações dentro de um contexto preexistente, definindo
problemas, gerar alternativas, avaliar essas alternativas e fa- assim as suas identidades.
zer escolhas competentes. Finalmente, as equipes precisam Segundo Dupuis (1996), são os indivíduos que, por
de pessoas que saibam ouvir, deem feedback, solucionem meio de suas ações, contribuem para a construção de sua
conflitos e possuam outras habilidades interpessoais. sociedade. Entretanto os indivíduos agem sempre dentro
de contextos que lhes são preexistentes e orientam o sen-
O individuo na organização tido de suas ações. A construção do mundo social é assim
Assistimos hoje a transformações importantes no am- mais a reprodução e a transformação do mundo existen-
biente de trabalho. Cada vez mais os funcionários são con- te do que sua reconstrução total. Para Berger e Luckmann
vidados a vestir a camisa da empresa. Para isso devem (1983) a vida cotidiana se apresenta para os homens como
estar conscientes e engajados com os valores organizacio- realidade ordenada. Os fenômenos estão pré-arranjados
nais, bem como ter claramente definidos os objetivos que em padrões que parecem ser independentes da apreensão
a organização pretende atingir e os meios para alcançá-los. que cada pessoa faz deles, individualmente.
É muito comum se afirmar que a principal responsabilidade Dentro dessa perspectiva, a ação humana, em nível do
dos gerentes é a de motivar seu pessoal; para isso é feito indivíduo e do grupo, mediada pelos processos cognitivos,
um trabalho de conscientização, que se inicia no momento e interdependente do contexto, varia conforme a inserção
de inserção do empregado no ambiente organizacional. ambiental e o tipo de organização, tanto quanto também
43
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
varia internamente em suas subunidades. É importante sa- Um importante aspecto para a sobrevivência de um in-
lientar que o universo simbólico integra um conjunto de divíduo é a necessidade de construção de uma identidade,
significados, atribuindo-lhes consistência, justificativa e le- uma noção de totalidade que o leve a fazer convergir em
gitimidade. Em outras palavras, o universo simbólico pos- uma imagem de si mesmo as muitas facetas do seu modo
sibilita aos membros integrantes de um grupo uma forma de ser, os muitos papéis que ele representa em diferentes
consensual de apreender a realidade, integrando os signifi- momentos da sua experiência social. Assim, sucessivamen-
cados e viabilizando a comunicação. te, o indivíduo vai-se diferenciando e se igualando confor-
Em outras palavras, a realidade é constituída por uma me os vários grupos sociais de que faz parte, tornando-se
série de objetivos que foram designados como objetos uma unidade contraditória, múltipla e mutável.
antes da minha aparição em cena. O indivíduo percebe, Conforme citado por Silva e Vergara (2000, p. 5), “não
assim, que existe correspondência entre os significados por há sentido em falar-se em uma única identidade dos indi-
ele atribuídos ao objeto e os significados atribuídos pelos víduos, mas sim em múltiplas identidades que constroem-
outros, isto é, existe o compartilhar de um senso comum -se dinamicamente, ao longo do tempo e nos diferentes
sobre a realidade. contextos ou espaços situacionais dos quais esses indiví-
É por meio desse compartilhar da realidade que duos participam”. Sem compartilhar uma cultura comum,
as identidades dos indivíduos nas organizações são não poderíamos falar em construção de identidade, seja no
construídas, ao se comunicar aos membros, de forma nível dos indivíduos, dos grupos, ou da organização como
tangível, um conjunto de normas, valores e concepções um todo. A cultura organizacional pode ser vista, portanto,
que são tidas como certas no contexto organizacional. Ao como o alicerce para a formação da identidade dos indiví-
definir a identidade social dos indivíduos, o que se pretende duos nas organizações, não havendo como pensar a noção
é garantir a produtividade, pela harmonia e manutenção de identidade, se não for em função da interação com ou-
do que foi aprendido na convivência. É importante tros.
ressaltar que muitas vezes essas identidades precisam ser Assim, as identidades dos indivíduos são construídas
reconstruídas, quando a empresa se vê diante de situações de acordo com o ambiente em que se inserem envolven-
que exigem mudanças. do, entre outras coisas, as estruturas sociais, a cultura e o
histórico das relações. Segundo Zanelli (2003), a organiza-
O papel da cultura organizacional no processo de for- ção, como sistema social, inserida em seu contexto, bus-
ca preservar sua identidade e sobrevivência. Para tanto,
mação da identidade dos indivíduos nas organizações
desenvolve uma estrutura normativa (valores, normas e
O fenômeno cultura organizacional já era estudado
expectativas de papéis, padrões esperados de comporta-
desde o início do século passado, a partir da experiência
mento e interação) e uma estrutura de ação (padrões reais
de Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932. Sob coor-
de interação e comportamento), originada sobretudo nas
denação de Elton Mayo, adquiriu maior evidência, com a
posições dirigentes.
constatação da grande influência do grupo sobre o com-
Vários outros autores corroboram essa afirmação, ao
portamento do indivíduo. Atualmente é dada grande im-
sugerir que deve haver preocupação dos dirigentes em de-
portância ao estudo da cultura organizacional, por consi-
senvolver valores e padrões em comum, a fim de que os
derar que ela é determinante do desempenho individual, membros da organização possam trabalhar em conjunto
da satisfação no trabalho e da produtividade da empresa. e comunicar-se, integrando as estratégias e objetivos ge-
Considerando a afirmação de Motta e Vasconcelos rais da organização, possuindo, assim, uma visão global do
(2002, p. 302), segundo os quais “para desenvolver-se e sistema.
sobreviver, o grupo organizacional tem dois grandes pro- Freitas (1991) entende que, de modo geral, as res-
blemas a solucionar: adaptar-se ao ambiente e manter a postas que geram resultados favoráveis em determinada
coerência interna”, partiremos do conceito de que cultura cultura são internalizadas como verdades inquestionáveis.
organizacional é Entre essas verdades ou pressupostos, encontram-se os di-
o conjunto de pressupostos básicos que um grupo in- ferentes elementos que formam a cultura organizacional:
ventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar os valores, as crenças, os ritos, rituais e cerimônias, os mi-
com os problemas de adaptação externa e integração inter- tos e histórias, os tabus, os heróis, as normas e o processo
na, e que funcionaram bem o suficiente para serem trans- de comunicação.Cada um deles tem função específica na
mitidos aos novos membros como a forma correta de per- construção da cultura; mas todos servem para estimular a
ceber, pensar e sentir, em relação a esses problemas(Schein, adoção, por parte dos empregados, do conteúdo difundi-
1989, p. 12). do, além de reforçar uma imagem positiva da organização.
Podemos afirmar que é através da experiência coletiva No entanto, a partir do momento em que as pessoas
que os membros da organização encontram respostas para internalizam verdades inquestionáveis, passando a adotar
as questões do cotidiano da empresa, pois são os valores e comportamentos padronizados, colocam-se em posição
crenças compartilhados que definem seu modo de pensar de passividade, perdendo a percepção individual da rea-
e agir. Assim, ao definir padrões de comportamento com o lidade. Essa falta de questionamentos, vista como positiva
objetivo de conservar a estabilidade e o equilíbrio do gru- no sentido de promover uma homogeneização de atitudes,
po, justifica-se a importância crescente atribuída à cultura pode ser muito negativa principalmente em ambientes de
organizacional. mudanças constantes, que primam pela criatividade e ino-
44
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
vação. Quando um questionamento é visto como ameaça Podemos afirmar, portanto, que quanto maior a iden-
para a organização e possível desestruturação dela, a ten- tificação dos indivíduos com a organização, maior o com-
dência é que o grupo se torne alienado; assim, a participa- prometimento desses. Os mesmos autores sugerem que a
ção dos membros será praticamente nula. existência da diversidade na identificação do grupo pode
A revisão da literatura nos leva a concordar em que o levar a alguma dificuldade nas relações entre pessoas de
sucesso organizacional deve ser definido em termos con- identidades de grupos diferentes. Segundo Ting-Toomey
cretos para os funcionários por meio dos elementos que (1998), os indivíduos tendem a experimentar maior grau
compõem a cultura. Porém a maneira como os objetivos e de vulnerabilidade em seus encontros iniciais com pessoas
metas serão atingidos podem ser flexíveis, a partir de um de outros grupos do que com as pessoas do seu próprio
maior envolvimentos dos dirigentes no sentido de estimu- grupo.
lar a participação dos membros, levando a uma maior inte- Lopes (2001) define o significado de identidade social
ração e conhecimentos mútuos. como sendo construído pela ação conjunta de participan-
Segundo Schein (2001) a cultura de uma organização tes discursivos, em práticas discursivas situadas na história,
pode ser aprendida em vários níveis, são eles: o nível dos na cultura e na instituição. O mesmo autor cita algumas
artefatos visíveis, que compreende os padrões de compor-
características importantes das identidades sociais, como
tamento visíveis, ou seja, a forma como as pessoas se ves-
se explicitam nos três itens abaixo.
tem, se comunicam, entre outros; o nível dos valores que
. A sua natureza fragmentada, no sentido de que as
governam o comportamento das pessoas, que são mais di-
fíceis de serem identificados, pois compreendem os valores pessoas não possuem uma identidade social homogênea,
que levam as pessoas a agirem de determinada forma; e como se pudessem ser definidas por sexualidade ou raça,
por último o nível dos pressupostos inconscientes, que são por exemplo.
aqueles pressupostos que determinam como os membros . A possibilidade de que identidades contraditórias
de um grupo percebem, pensam e sentem. coexistam na mesma pessoa. Um exemplo seriapensar na
É importante diferenciar aqueles valores organizacionais existência de um homem que vote em um partido conser-
que justificam a razão de ser da organização, e por isso se vador, embora seja sindicalista.
situam em um nível mais profundo, e outros referentes à . O fato de as identidades sociais não serem fixas, uma
maneira de resolver problemas do cotidiano da empresa. vez que estão sempre construindo-se e reconstruindo-se
Os primeiros servem de guia, devendo realmente ser no processo social de construção do significado.
internalizados pelos membros que compõem a organização. Em oposição a uma visão tradicional, que compreende
Já os outros podem e devem estar abertos a sugestões, a identidade social de um indivíduo como fixa e contínua,
flexibilizando-se para se adaptar às exigências internas e como algo que lhe pertence de modo quase permanen-
externas do ambiente. te, uma corrente significativa de autores tem procurado
desenvolver um conceito de identidade como algo fluido,
Identidade pessoal e identidade social multidimensional, dependente do contexto sociocultural
Os conceitos de identidade pessoal e identidade so- das situações nas quais os indivíduos se vêem envolvidos,
cial são distintos. Segundo Ting-Toomey (1998), a identi- e como algo que possui forte componente relacional.
dade pessoal refere-se ao modo como o indivíduo define Sendo a identidade social construída a partir do mo-
suas características próprias, seu autoconceito, geralmente mento em que os indivíduos se vêem como parte de um
comparando-se com outros indivíduos. Já a identidade so- grupo, as organizações de trabalho representam um gru-
cial refere-se aos conceitos que o indivíduo desenvolve de po muito expressivo na definição da identidade social dos
si mesmo e que derivam de sua afiliação em categorias ou seus membros. Daí a necessidade de se estudar a interação
grupos, emocionalmente significantes para ele. Esse tipo deles, uma vez que o convívio entre as pessoas pertencen-
de classificação inclui, entre outras, as identidades por afi-
tes a esse grupo é intenso e significativo.
liação étnica ou cultural, de gênero, de orientação sexual,
As perspectivas intergrupais têm sido uma das
de classes sociais, de idade ou profissionais.
principais estruturas para o entendimento das interações
Turner (1982) define a identificação social como o pro-
cesso de alguém se localizar ou localizar outra pessoa den- humanas, envolvendo indivíduos percebendo a si mesmos
tro de um sistema de categorizações sociais; mas define si- como membros de uma categoria social, ou sendo
multaneamente a identidade social como a soma total das percebidos por outros como pertencentes a uma categoria
identificações sociais usadas por uma pessoa para definir social (Taylor & Moghaddam, 1987).
a si própria. Assim, a maneira pela qual alguém é definido Conforme Oliveira e Bastos (2001), seguindo o senso
por outros influencia sua auto-identidade em algum grau. comum nos vemos como a mesma pessoa em diferentes
Estudos realizados por Ashforth e Mael (1989) identi- interações. No entanto é possível também perceber que
ficam três consequências gerais da identificação do grupo, nos posicionamos de modos diferentes, em diferentes mo-
que são especialmente relevantes para o comportamen- mentos e lugares, de acordo com os diferentes papéis que
to organizacional. Segundo eles, os indivíduos tendem a estamos exercendo.
escolher atividades e instituições que sejam congruentes Silva e Vergara (2000) concluem que, sendo a identi-
com suas identificações mais evidentes; a identificação afe- dade algo que se constrói como produto das interações
ta os resultados, como a coesão e a interação intragrupais; dos diferentes indivíduos e grupos, criando, portanto, um
e a identificação reforça a fixação ao grupo e a seus valores, senso comum, tem sentido falar da existência de uma iden-
e aumenta a competição com grupos externos. tidade organizacional.
45
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Alguns autores vêem a identidade organizacional Segundo este autor, quando a pessoa se define priori-
como algo que tende a ser preservado ao longo do tempo; tariamente como indivíduo, tende a ativar uma orientação
outros argumentam que ela possui uma natureza fluida, para a identidade pessoal, a ser motivada pelo auto-inte-
contínua, adaptativa, ou seja, depende do modo como os resse, a conceber-se em termos de suas características e
membros organizacionais interpretam os valores e as cren- traços individuais e a avaliar-se por meio da comparação
ças essenciais da organização nos diferentes contextos em com os outros indivíduos.
que eles se deparam em sua trajetória. Já quando se define prioritariamente como ser em re-
O fato de os indivíduos terem identidades múltiplas e lação com outros, a pessoa tende a ativar a orientação para
não uma identidade única contribui para a complexidade uma identidade relacional, em que a principal motivação
da identidade nas organizações. As maneiras como as iden- passa a ser a procura pelo benefício do outro. A concepção
tidades interagem ou se tornam destacáveis são importan- de si mesmo baseia-se, predominantemente, em seus pa-
tes para um contexto organizacional. Assim, o estudo da péis na relação com esses outros que significam algo para
identidade de uma organização envolve, necessariamente, ela, e a auto-avaliação tende a dar-se em termos da profi-
a atenção com sua interação com várias identidades. ciência com que ela desempenha seus papéis interpessoais
Gioia, Schultz e Corley (2000) ressaltam que a noção de diante desse outro.
identidade organizacional tem sido definida como sendo a Finalmente, ao definir-se prioritariamente como mem-
compreensão coletiva dos membros da organização, sobre bro de grupo, a pessoa tende a ativar uma identidade de
as características presumidas como centrais e relativamen- orientação coletiva. Sua motivação passa a ser a garantia
te permanentes, e que a distingue das demais, possuindo, do bem-estar de seu grupo, frequentemente com relação
assim, estreita relação com a imagem organizacional. a outros grupos. Ela procura caracterizar-se em termos do
Devemos considerar que a cultura preserva a identi- perfil ou do protótipo do grupo e tende a determinar seu
dade organizacional, e essa se traduz na forma como os autovalor com base na comparação de seu grupo com ou-
públicos da organização a vêem, a imagem que eles cons- tros grupos.
troem a respeito dela. Assim, em uma cultura organizacio- Faremos aqui uma análise, posteriormente aprofunda-
nal que busca interagir com o ambiente, adaptando-se a da, com relação às consequências da identificação descrita
ele, essa personalidade que a organização assume tende acima. Identificar-se prioritariamente como membro de um
a ser proativa, atenta às necessidades de mudanças, que grupo é o que grande parte das organizações busca nos
se tornam cada vez mais presentes no ambiente organiza-
seus funcionários. A maioria das empresas procura moti-
cional. Dessa forma, a identidade organizacional é muitas
var seus empregados nesse sentido. No entanto, se obser-
vezes reconstruída para se adequar ao mercado.
varmos um indivíduo que se define prioritariamente como
Na sociedade moderna, talvez as organizações sejam a
membro de um grupo, veremos que ele tenderá a perder
arena mais significativa em que as identidades dos indiví-
completamente a sua identidade, e não mais conseguirá
duos são constituídas. Para muitas pessoas, sua identidade
reconhecer-se como indivíduo, caso não faça mais parte da
profissional ou organizacional pode ser mais persuasiva e
organização, ou do grupo a que estava vinculado. Essa é
importante do que as identidades atribuídas com base em
gênero, idade, etnia, raça ou nacionalidade (Hogg & Terry, uma consequência facilmente visualizada, quando funcio-
2000). nários antigos são demitidos ou se aposentam após anos
É fácil perceber que a experiência no mundo do trabalho de dedicação à empresa.
é importante componente de aspectos identitários, pois Segundo Brickson (2000), cada uma das orientações de
nos leva a incorporar características, hábitos e valores identidade pode ser impulsionada por elementos do con-
compartilhados por um grupo com o qual passamos texto organizacional, tais como a estrutura organizacional,
a maior parte do nosso tempo. Assim, o trabalho nos que se refere ao grau e à forma de integração entre os
modifica, nos torna iguais em alguns aspectos, e nos separa membros da organização, se eles estão primariamente ato-
e distingue em outros. mizados como indivíduos, integrados por meio de redes
que ultrapassam as fronteiras das divisões formais, ou se-
Como são orientadas as identidades dos indivíduos parados por divisões e grupos formais. Outro elemento é a
Devemos fazer distinções entre as identidades basea- estrutura das tarefas executadas pelos indivíduos, ou seja, a
das em categorias sociais como raça, gênero, etnia e clas- maneira pela qual o trabalho é organizado, se de modo in-
se, e as identidades baseadas em categorias como função dividual, por cooperação interpessoal ou em equipe. E ain-
organizacional ou tempo de serviço, pois estas últimas da, a estrutura de reconhecimento, que demonstra como o
podem ser assumidas, difundidas ou perdidas quando o desempenho é medido e recompensado, se de modo indi-
indivíduo deixa a organização. vidual, pela cooperação interpessoal ou por equipe.
Brickson (2000) identifica três modos distintos de como Dessa forma, é fácil perceber que ao valorizar o tra-
os indivíduos orientam as suas identidades nos diferentes balho em equipe, a cooperação, participação nos lucros
contextos específicos em que se vêem envolvidos. Segundo e resultados do grupo, entre outros, o que a maioria das
o autor, essas orientações da identidade do indivíduo são empresas está buscando, é ativar uma identidade de orien-
ativadas em função da forma como esse indivíduo define a tação coletiva, em que os funcionários se reconhecem pri-
si mesmo, prioritariamente, em cada contexto, se como um meiramente como membros da organização em que traba-
indivíduo, como um ser interpessoal ou como um membro lham, priorizando os objetivos da empresa em detrimento
de um grupo. dos seus próprios objetivos.
46
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
A análise feita aqui procura demonstrar que o mudanças irão interferir no domínio que possuem do tra-
processo de construção das identidades dos indivíduos balho que realizam. Isso dificulta muito o processo de re-
pode ser visto de duas formas, como fonte de motivação construção das identidades dos indivíduos, cada vez mais
e identificação dos funcionários em relação à empresa, o necessário em ambientes de mudanças constantes.
que é positivo para ambos, mas também como forma de
moldar o comportamento das pessoas que trabalham na Mudança organizacional e a reconstrução das identida-
organização, o que pode trazer consequências negativas des dos indivíduos envolvidos
tanto para a empresa, como já foi comentado anteriormente, Cada vez mais as empresas se preocupam com as
quanto para os indivíduos, como veremos a seguir. mudanças que, mais do que nunca, se tornam universais.
Schirato (2000) desenvolveu uma pesquisa com ex- Grouard e Meston (2001) comentam que há atualmente
-funcionários da Embraer, em que verificou, entre outras constantes discussões sobre reestruturação, reorganização,
coisas, o impacto da demissão, e a consequente perda de implantação de novas tecnologias e novos métodos de dis-
identidade que essas pessoas demonstraram nos seus re- tribuição, reorientação, reengenharia, fusões e aquisições,
latos. Segundo esta autora, as organizações estão exigindo entre outras mudanças nas maneiras de pensar e agir.
mais do que adesão aos princípios e valores da empresa, o É inegável que as mudanças estão cada vez
que está sendo cada vez mais solicitado é a entrega total mais presentes na vida das pessoas, tanto no âmbito
ao mundo organizacional, onde, a partir de então, se estará organizacional como fora dele. Os motivos que levam a
total e absolutamente envolvido. essas mudanças são os mais variados. Wood, Curado e
No discurso de inclusão do candidato ao quadro efe- Campos (1995) definem como sendo os objetivos mais
tivo da organização, já está embutido o discurso de exclu- frequentes das mudanças nas organizações: melhorar a
são: se não houver identificação entre ambos com os valo- qualidade, aumentar a produtividade, refletir os valores dos
res e comportamentos, o desligamento será consequência novos líderes, reduzir custos e administrar conflitos.
natural e, claro, por iniciativa do futuro colaborador, que De modo geral, podemos perceber que, quanto mais
não colaborou na proporção desejada. Os candidatos estável for a organização, mais difícil será a realização de
já são informados de que não fará parte da organização mudanças, uma vez que as pessoas tendem a se acomodar,
quem não se identificar integralmente com a história e com quando estão bem adaptadas à vida organizacional. Nes-
o comportamento da empresa. A adesão é mais do que se sentido, a perfeita adaptação a determinado ambiente
aceitação: é superposição ao já constituído anteriormente, pode repentinamente transformar-se em grande obstáculo
é o alinhamento do comportamento ao padrão de com- à mudança. Grouard e Meston (2001) ressaltam que o índi-
portamento observado nos companheiros. ce e a frequência das mudanças podem ser diferentes, as-
Schirato (2000, p. 100) ressalta ainda que: sim como as forças que as motivam, mas uma coisa é certa:
na necessidade de sobrevivência dentro de um siste- as organizações devem mudar; e seja qual for a mudança,
ma desconhecido, e por isso hostil, é comum observarmos necessitará da desestabilização do estado existente.
reações padronizadas, sem características pessoais, sem a Quando ocorrer de forma proativa e incremental, ou
impressão pessoal do indivíduo dentro do grupo. Ele passa seja, progressivamente, o tempo para implementar a mu-
a ser a extensão do comportamento do grupo na forma de dança será maior, e as pessoas terão mais condição de as-
vestir-se, de comer, de arrumar seu objetos, de organizar similar os motivos que levaram à necessidade de mudar. Já
sua agenda, desenvolvendo uma “personalidade organiza- quando a sobrevivência da organização depende da mu-
cional” que se sobrepõe à sua, quando não a substitui por dança, aí podemos falar em mudança revolucionária, em
inteiro. que as pessoas são forçadas a mudar e não há tempo para
Essa fusão de identidades - o eu organizacional e o assimilarem e se adaptarem às novas exigências.
eu individual do empregado - pode vir a resultar na perda Vários autores consideram que, em geral, o tempo ne-
da cidadania civil para uma suposta cidadania empresa- cessário para operar mudanças organizacionais é subesti-
rial. Rompendo seus vínculos pessoais com o mundo fora mado, por não se levar em conta os laços das pessoas com
da organização, o indivíduo deixa de sentir-se cidadão no os elementos culturais. Para Motta e Vasconcelos (2002),
sentido pleno do termo. Compartilhando dessa visão, po- mudar convicções e valores adquiridos com a experiên-
demos afirmar que a empresa não apenas emprega, e re- cia não é tarefa simples. Bertero (1996) define o processo
munera a força de trabalho, ela praticamente ocupa todo de mudança organizacional como longo e problemático,
o espaço afetivo, intelectual, e imaginário do indivíduo. É podendo até encontrar semelhanças com o processo de
por meio da organização em que trabalham e do que ela psicoterapia individual. Para este autor, promessas de bons
lhes proporciona que as pessoas projetam seus sonhos e resultados não podem ser feitas por profissionais corretos,
buscam alcançá-los. uma vez que os resultados são sempre incertos e o tempo
Percebe-se com nitidez nesse estudo que a identifi- demandado é necessariamente longo.
cação com a organização muitas vezes acaba tornando- Estudo desenvolvido por Dutra (1996) verificou que,
-se uma obrigação dos funcionários. Assim, a maioria das para realizar uma mudança organizacional efetiva, é neces-
pessoas não questiona o que faz no dia-a-dia das em- sário muito mais do que mudar a estrutura da empresa. A
presas, adotando tão cegamente certos comportamentos mudança organizacional é fruto de uma série de aspectos
que, quando surge a necessidade de mudança, se sentem interagentes, e muitas vezes envolve a necessidade de al-
vulneráveis, resistindo fortemente, por acreditarem que as terações nos rituais, símbolos e pressupostos, entre outros
47
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
elementos que formam a cultura organizacional. Devemos de perda de sua cultura genuína. Esse medo de perder a
considerar que mudar elementos da cultura não é tarefa identidade acaba gerando, na maioria das vezes, uma po-
fácil, pois afetam as crenças, percepções e emoções das sição defensiva e, consequentemente, maior resistência à
pessoas envolvidas. integração cultural.
No entanto, quando pensamos em mudanças, deve- No processo de reconstrução das identidades dos indi-
mos analisá-las como algo positivo, que trará melhorias víduos, é de grande importância o papel da comunicação,
para a organização, que estará atualizando-se para se man- no sentido de informar os empregados acerca dos valores
ter competitiva e, assim, alcançar os resultados esperados. declarados, as diretrizes, os objetivos e as definições ge-
Uma cultura organizacional que priorize a comunicação, rais estabelecidas pela organização, incluindo o perfil que
justificando por que certas ações são mais valorizadas que ela deseja para os seus empregados no novo contexto. É
outras, se adaptará melhor às mudanças do que uma cul- justamente a comunicação o meio privilegiado pelo qual
tura em que a forma como as pessoas devem agir é im- se reconstrói, ao longo do tempo, a nova coletividade or-
posta, sem explicações ou justificativas. A comunicação e ganizacional. Acreditamos que o engajamento das pessoas
a participação efetiva dos funcionários é de fundamental envolvidas no processo de mudança será maior, se forem
importância em situações de mudança. As pessoas preci- levados em consideração por parte dos gestores, entre ou-
sam entender por que devem mudar para que haja menos tras coisas, os sentimentos, dúvidas, inseguranças, opiniões
resistência. e percepções dos indivíduos envolvidos.4
Para Hernandez e Caldas (2002) a resistência à mudan-
ça é vista como uma das principais barreiras na implemen- Tipos de Equipe
tação de processos de mudança e inovação. É importante As equipes podem realizar uma grande variedade de
destacar que essa resistência muitas vezes se deve ao fato coisas. Elas podem fazer produtos, prestar serviços, nego-
de que a mudança implica uma reconstrução das identida- ciar acordos, coordenar projetos, oferecer aconselhamen-
des dos indivíduos no ambiente de trabalho. No entanto, tos ou tomar decisões.
como as mudanças geralmente dizem respeito à estratégia Equipe de soluções de problemas: Neste tipo de
da empresa e ao seu modo de funcionamento, aqueles ele- equipe, os membros trocam ideias ou oferecem sugestões
mentos profundos da identidade dos indivíduos, que estão sobre os processos e métodos de trabalho que podem ser
bastante incorporados e dificilmente se transformam, não melhorados. Raramente, entretanto, estas equipes têm au-
devem ser vistos como fonte de resistência ao processo de toridade para implementar unilateralmente suas sugestões.
mudança, pois as identidades dos indivíduos podem ser Equipes de trabalho autogerenciadas: São equipes
reconstruídas sem alterá-los. autônomas, que podem não apenas solucionar os proble-
O momento da mudança geralmente é caracterizado mas, mas também implementar as soluções e assumir total
por uma indefinição quanto à própria identidade da orga- responsabilidade pelos resultados. São grupos de funcio-
nização, quesito básico para que as pessoas se situem e nários que realizam trabalhos muito relacionados ou inter-
consigam direcionar esforços para objetivos predefinidos. dependentes e assuem muitas das responsabilidades que
No entanto Schein (1989) reforça que o processo evolucio- antes eram de seus antigos supervisores.
nário geralmente não muda alguns elementos identitários Normalmente, isso inclui o planejamento e o crono-
profundos da organização, aqueles princípios e conceitos grama de trabalho, a delegação de tarefas aos membros,
que se encontram profundamente assimilados pelos seus o controle coletivo sobre o ritmo de trabalho, a tomada de
membros. decisões operacionais e a implementação de ações para
As mudanças organizacionais mais complexas ocorrem, solucionar problemas. As equipes de trabalho totalmente
quando envolvem a razão de ser da organização. Giroux e autogerenciadas até escolhem seus membros e avaliam o
Dumas (1997) observam que as fusões e aquisições de em- desempenho uns dos outros.
presas representam um tipo de experiência de mudança Consequentemente, as posições de supervisão perdem
que força os indivíduos a renunciarem ao seu passado e, a sua importância e até podem ser eliminadas.
então, a desconstruírem seus engajamentos precedentes Equipes multifuncionais: São equipes formadas por
em certa forma de trabalhar, em certo estilo de relações funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferen-
sociais ou de práticas culturais. Esse tipo de mudança exige tes setores da empresa, que se juntam para cumprir uma
das pessoas mais do que a aprendizagem de novos modos tarefa. As equipes desempenham várias funções (multifun-
de fazer (novos métodos e equipamentos) e novas formas ções), ao mesmo tempo, ou seja, não há especificação para
de ligação (nova estrutura, nova cultura). cada membro. O sentido de equipe é exatamente esse, os
Segundo Hogg e Terry (2000), uma fusão ou aquisição membros compensam entre si as competências e as carên-
é um caso especial de alteração da dinâmica das relações cias, num aprendizado contínuo.
intragrupos e intergrupos nas organizações. Nesses casos, As equipes multifuncionais representam uma forma
a resistência tende a ser maior, pois se torna necessário eficaz de permitir que pessoas de diferentes áreas de uma
mudar os elementos identitários mais profundos e já com- empresa (ou até de diferentes empresas) possam trocar
pletamente incorporados pelos membros da organização. informações, desenvolver novas ideias e solucionar pro-
Para Barros e Rodrigues (2001), quando uma empresa é ad- blemas, bem como coordenar projetos complexos. Eviden-
quirida por outra, o sentimento de inferioridade da primei- temente, não é fácil administrar essas equipes. Seus pri-
ra gera tensão e descontentamento, ampliados pelo temor 4 Por Karina Ribeiro Fernandes/José Carlos Zanelli
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
meiros estágios de desenvolvimento, enquanto as pessoas vida em grupo, principalmente nos processos de comuni-
aprendem a lidar com a diversidade e a complexidade, cos- cação, no relacionamento interpessoal, no comportamento
tumam ser muito trabalhosos e demorados. Demora algum organizacional e na produtividade.
tempo até que se desenvolva a confiança e o espírito de
equipe, especialmente entre pessoas com diferentes histó- Valores: Representa a convicções básicas de que um
ricos, experiências e perspectivas. modo específico de conduta ou de condição de existência
Equipes Virtuais: Os tipos de equipes analisados até é individualmente ou socialmente preferível a modo con-
agora realizam seu trabalho face a face. As equipes virtuais trário ou oposto de conduta ou de existência. Eles contêm
usam a tecnologia da informática para reunir seus mem- um elemento de julgamento, baseado naquilo que o indi-
bros, fisicamente dispersos, e permitir que eles atinjam um víduo acredita ser correto, bom ou desejável. Os valores
objetivo comum. Elas permitem que as pessoas colaborem costumam ser relativamente estáveis e duradouros.
on-line utilizando meios de comunicação como redes in-
ternas e externas, videoconferências ou correio eletrônico Atitudes: As atitudes são afirmações avaliadoras – fa-
– quando estão separadas apenas por uma parede ou em voráveis ou desfavoráveis – em relação a objetos, pessoas
outro continente. São criadas para durar alguns dias para ou eventos. Refletem como um indivíduo se sente em rela-
a solução de um problema ou mesmo alguns meses para ção a alguma coisa. Quando digo “gosto do meu trabalho”
conclusão de um projeto. Não são muito adequadas para estou expressando minha atitude em relação ao trabalho.
tarefas rotineiras e cíclicas. As atitudes não são o mesmo que os valores, mas ambos
estão inter-relacionados e envolve três componentes: cog-
Em todo processo onde haja interação entre as pessoas nitivo, afetivo e comportamental.
vamos desenvolver relações interpessoais. A convicção que “discriminar é errado” é uma afirma-
Ao pensarmos em ambiente de trabalho, onde as ati- tiva avaliadora. Essa opinião é o componente cognitivo de
vidades são predeterminadas, alguns comportamentos são uma atitude. Ela estabelece a base para a parte mais crítica
precisam ser alinhados a outros, e isso sofre influência do de uma atitude: o seu componente afetivo. O afeto é o seg-
aspecto emocional de cada envolvido tais como: comu- mento da atitude que se refere ao sentimento e às emo-
nicação, cooperação, respeito, amizade. À medida que as ções e se traduz na afirmação “Não gosto de João porque
atividades e interações prosseguem, os sentimentos des-
ele discrimina os outros”. Finalmente, o sentimento pode
pertados podem ser diferentes dos indicados inicialmente
provocar resultados no comportamento. O componente
e então – inevitavelmente – os sentimentos influenciarão as
comportamental de uma atitude se refere à intenção de se
interações e as próprias atividades. Assim, sentimentos po-
comportar de determinada maneira em relação a alguém
sitivos de simpatia e atração provocarão aumento de inte-
ou alguma coisa. Então, para continuar no exemplo, posso
ração e cooperação, repercutindo favoravelmente nas ati-
decidir evitar a presença de João por causa dos meus sen-
vidades e ensejando maior produtividade. Por outro lado,
timentos em relação a ele.
sentimentos negativos de antipatia e rejeição tenderão à
Encarar a atitude como composta por três componen-
diminuição das interações, ao afastamento nas atividades,
com provável queda de produtividade. tes – cognição, afeto e comportamento – é algo muito útil
Esse ciclo “atividade-interação-sentimentos” não se re- para compreender sua complexidade e as relações poten-
laciona diretamente com a competência técnica de cada ciais entre atitudes e comportamento. Ao contrário dos va-
pessoa. Profissionais competentes individualmente podem lores, as atitudes são menos estáveis.
render muito abaixo de sua capacidade por influência do
grupo e da situação de trabalho. Eficácia no relacionamento interpessoal
Quando uma pessoa começa a participar de um grupo, A competência interpessoal é a habilidade de lidar
há uma base interna de diferenças que englobam valores, eficazmente com relações interpessoais, de lidar com ou-
atitudes, conhecimentos, informações, preconceitos, expe- tras pessoas de forma adequada à necessidade de cada
riência anterior, gostos, crenças e estilo comportamental, uma delas e às exigências da situação. Segundo C. Argyris
o que traz inevitáveis diferenças de percepções, opiniões, (1968) é a habilidade de lidar eficazmente com relações in-
sentimentos em relação a cada situação compartilhada. Es- terpessoais de acordo com três critérios:
sas diferenças passam a constituir um repertório novo: o Percepção acurada da situação interpessoal, de suas
daquela pessoa naquele grupo. Como essas diferenças são variáveis relevantes e respectiva interrelação.
encaradas e tratadas determina a modalidade de relacio- Habilidade de resolver realmente os problemas de tal
namento entre membros do grupo, colegas de trabalho, modo que não haja regressões.
superiores e subordinados. Por exemplo: se no grupo há Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas en-
respeito pela opinião do outro, se a idéia de cada um é volvidas continuem trabalhando juntas tão eficientemen-
ouvida, e discutida, estabelece-se uma modalidade de rela- te, pelo menos, como quando começaram a resolver seus
cionamento diferente daquela em que não há respeito pela problemas.
opinião do outro, quando idéias e sentimentos não são ou- Dois componentes da competência interpessoal assu-
vidos, ou ignorados, quando não há troca de informações. mem importância capital: a percepção e a habilidade pro-
A maneira de lidar com diferenças individuais criam certo priamente dita. O processo da percepção precisa ser treina-
clima entre as pessoas e tem forte influência sobre toda a do para uma visão acurada da situação interpessoal.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
A percepção seletiva é um processo que aparece na co- Ele simboliza a estratégia da organização e de seus
municação, pois os receptores vêm e ouvem seletivamente gestores de delegar a tomada de decisão para seus cola-
com base em suas necessidades, experiências, formação, boradores, promovendo a flexibilidade, rapidez e melhoria
interesses, valores, etc. no processo de tomada de decisão da empresa.
A percepção social: É o meio pelo qual a pessoa forma O empowerment permite aos funcionários da empre-
impressões de uma outra na esperança de compreendê-la. sa tomarem decisões com base em informações fornecidas
pelos gestores, aumentando sua participação e responsa-
Empatia
bilidade nas atividades da empresa. Geralmente é utilizado
Colocar-se no lugar do outro, mediante sentimentos e
situações vivenciadas. em organizações com cultura participativa, que utilizam
“Sentir com o outro é envolver-se”. A empatia leva ao equipes de trabalho autodirigidas e que compartilham o
envolvimento, ao altruísmo e a piedade. Ver as coisas da poder com todos os seus funcionários.
perspectiva dos outros quebra estereótipos tendenciosos O empowerment está diretamente ligado ao conceito
e assim leva a tolerância e a aceitação das diferenças. A de liderança e, também, cultura organizacional. Uma vez
empatia é um ato de compreensão tão seguro quanto à que não se pode criar uma cultura de delegação de poder
apreensão do sentido das palavras contidas numa página aos funcionários em uma empresa engessada e burocráti-
impressa. ca, sem uma estrutura de hábitos e pensamentos prepa-
A empatia é o primeiro inibidor da crueldade humana: rada para isso. A empresa que pretende se utilizar de uma
reprimir a inclinação natural de sentir com o outro nos faz prática como o empowerment não pode ter uma cultura
tratar o outro como um objeto. de tomada de decisões centralizada, por exemplo.
O ser humano é capaz de encobrir intencionalmente a O empowerment possui quatro bases principais, que
empatia, é capaz de fechar os olhos e os ouvidos aos ape-
são:
los dos outros. Suprimir essa inclinação natural de sentir
com outro desencadeia a crueldade.
• Poder – dar poder às pessoas, delegando autori-
Empatia implica certo grau de compartilhamento emo- dade e responsabilidade em todos os níveis da organiza-
cional - um pré-requisito para realmente compreender o ção. Isso significa dar importância e confiar nas pessoas,
mundo interior do outro. dar-lhes liberdade e autonomia de ação.
• Motivação – proporcionar motivação às pessoas
A empatia nas empresas para incentivá-las continuamente. Isso significa reconhecer
Qual a relação entre empatia e produtividade? o bom desempenho, recompensar os resultados, permitir
“O conceito de empatia está relacionado á capacidade que as pessoas participem dos resultados de seu trabalho
de ouvir o outro de tal forma a compreender o mundo a e festejem o alcance das metas.
partir de seu ponto de vista. Não pressupõe concordância • Desenvolvimento – dar recursos às pessoas em
ou discordância, mas o entendimento da forma de pen- termos de capacitação e desenvolvimento pessoal e pro-
sar, sentir e agir do interlocutor. No momento em que isso fissional. Isso significa treinar continuamente, proporcionar
ocorre de forma coletiva, a organização dialoga e conhece informações e conhecimento, ensinar continuamente no-
saltos de produtividade e de satisfação das pessoas”.
vas técnicas, criar e desenvolver talentos na organização.
“A empatia é primordial para o desenvolvimento das • Liderança – proporcionar liderança na organiza-
organizações pois, ela é que define no comportamento ção. Isso significa orientar as pessoas, definir objetivos e
individual a preocupação de cada indivíduo no equilíbrio metas, abrir novos horizontes, avaliar o desempenho e pro-
comportamental de todos os envolvidos no processo, pois, porcionar retroação.
empatia pressupõe o respeito ao outro.” Alguns gestores pensam que o ato de delegar a toma-
É quando desenvolvemos a compreensão mútua, da de decisão para um funcionário é sinônimo de perda de
ou seja, um tipo de relacionamento onde as partes controle ou liderança. Este é um ponto que merece uma
compreendem bem os valores, deficiências e virtudes do discussão maior, uma vez que abrange diversos aspectos,
outro. No contexto das relações humanas, pode-se afirmar mas o mais importante de se destacar é que o empower-
que o sucesso dos relacionamentos interpessoais depende ment valoriza os funcionários e melhora a condução dos
do grau de compreensão entre os indivíduos. Quando há processos internos à empresa.
compreensão mútua as pessoas comunicam-se melhor e
conseguem resolver conflitos de modo saudável.
Vantagens do empowerment
Empoderamento Com mencionado anteriormente, a adoção do em-
Para Chiavenato, o empowerment ou empoderamento, powerment por parte das empresas traz diversos benefí-
é uma ação que permite melhorar a qualidade e a produ- cios para elas, como por exemplo: o aumento da motivação
tividade dos colaboradores, fazendo com que o resultado e da satisfação dos funcionários, aumentando assim a taxa
do serviço prestado seja satisfatoriamente melhor. Estas de retenção dos talentos da empresa, o compartilhamento
melhorias acontecem através de delegação de autoridade das responsabilidades e tarefas, maior agilidade e flexibili-
e de responsabilidade, fomentando a colaboração sistêmi- dade no processo de tomada de decisão, etc. Além, claro,
ca entre diferentes níveis hierárquicos e a propagação de de estimular o aparecimento de novos líderes dentro das
confiança entre os liderados e os líderes. empresas.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
A estrutura formal pode crescer bastante, mas as estruturas informais tendem a ficar menores, de maneira a per-
manecerem dentro dos limites das relações pessoais. Há, entretanto, muitas estruturas informais dentro de uma grande
empresa. Elas existem em todos os níveis. Algumas são confinadas apenas à empresa enquanto que outras podem ser
parcialmente externas à empresa.
Características que favorecem o surgimento da liderança informal: idade, antiguidade, competência técnica, localização
no trabalho, liberdade de se mover na área de trabalho, personalidade agradável e comunicativa. Embora cada pessoa em
um grupo de trabaho possa ser líder de alguma pequena estrutura informal, geralmente há um líder primário que está
acima dos outros. A administração deve saber quem é o líder informal e trabalhar com essa pessoa a fim de assegurar que
esta liderança esteja acompanhando os objetivos da empresa em vez de antagonizá-los.
Estrutura informal é um bom lugar para líderes formais se desenvolverem e adquirirem experiência. Entretanto, líderes
informais podem falhar como líderes formais por não lidarem bem com a responsabilidade formal.
O grupo surge e persiste para manter os desejos de seus membros e, envolve, basicamente, o desenovolvimento e ma-
nutençao da cultura do do grupo, o desenvolvimento e manutenção de sistemas e canais de comunicação e o exercício do
controle social, através do qual o comportamento dos outros é influenciado e regulado. O controle social acontece interna e
externamente. O controle interno acontece para que membros do grupo se comportem de acordo com a cultura do grupo.
O controle externo é dirigido aos de for a do grupo, tais como diretoria, sindicato. A pressão do controle externo pode ser
bastante grande por exemplo, por ocasião de alguma greve.
Uma administração efetiva resulta numa situação em que a estrutura informal complementa o trabalho - o ideal é haver
perfeita interação entre os dois tipos de estruturas. O quadro a seguir itemiza as principais vantagens e desvantagens da
estrutura informal em uma organização.
Vantagens Desvantagens
• proporciona maior rapidez no processo
• reduz distorções existentes na estrutura formal • desconhecimento das chefias
• complementa a estrutura formal • dificuldade de controle
• reduz a carga de comunicação dos chefes • possibilidade de atritos entre pessoas
• motiva e integra as pessoas da empresa
Entre os fatores internos que influenciam a natureza da estrutura organizacional da empresa (Drucker, 1962) estão:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Com vistas no delineamento da estrutura organizacional, Vasconcellos (1972:145) apresenta os seus componentes,
condicionates e níveis de influência que podem ser assim resumidos:
Pode-se considerar mais um sistema componente da estrutura organizacional: o sistema de decisão (resultado da ação
sobre as informações).
A- COMPONENTES
Sistema de Responsabilidade
Responsabilidade refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para outrem (Jucius e
Schhelender, 1968:232)
O sistema de responsabilidade refere-se à alocação das atividades inerentes a esta obrigação (Vasconcelos, 1972:154)
Aspectos básicos do sistema de responsabilidade são: a) Departamentalização b) Linha e Assessoria c) Atribuições das
unidades organizacionais (a) b) e c) serão abordados futuramente).
Sistema de Autoridade
Autoridade é o direito para fazer alguma coisa. Ela pode ser o direito de tomar decisões, de dar ordens e re-
querer obediência, ou simplesmente o direito de desempenhar um trabalho que foi designado. A autoridade poder
formal ou informal (Jucius e Schelender 1968:234)
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Teorias básicas sobre a origem da autoridade (apresentadas por Koontz e O’Donnell 1973:48)
teoria formal da autoridade: a origem da autoridade na empresa deve obedecer a uma hierarquia, assim como a
empresa se baseia nas instituições (sociais, políticas, econômicas, religiosas) para estabelecer suas normas internas. Essas
instituições mudam à medida que os costumes, tradições e leis do povo mudam.
teoria da aceitação da autoridade: a origem da autoridade é a aceitação das ordens, desde que sejam compreendidas
e estejam dentro das funções do subordinado. É uma teoria discutível, porque na prática o subordinado, pressionado pelo
grupo, acabará obedecendo à ordem.
teoria da competência: a autoridade pode provir de qualidades pessoais de competência técnica. Dentro do grupo de
subordinados pode existir um que se sobressaia e acaba transformando os outros em subordinados, apensar de não possuir
autoridade devida.
Devem-se considerar os tipos de autoridade, a saber: hierárquica e funcional. A hierárquica segue as linhas de comando
estabelecidas pela estrutura hierárquica da empresa. A autoridade funcional corresponde à autoridade estabelecida pela
função exercida pelas unidades organizacionais. Autoridade funcional deve ser muito bem estabelecida pela empresa, para
evitar possíveis problemas de duplicidade de comando. O ideal é a autoridade funcional estar correlacionada apenas ao
estabelecimento de políticas administrativas.
Aspectos básicos do sistema de autoridade são: a) delegação, b) centralização e descentralização c) níveis hierárquicos
d) amplitude de controle.
presidente
A
diretoria de diretoria diretoria das
marketing financeira regionais
B C
Autoridade
D E Regional Norte
Hierárquica
Autoridade
setor de setor de caixa
Funcional
vendas
Sistema de Comunicações
Comunicação é um processo mediante o qual uma mensagem é enviada por um missor, através de um determinado
canal, e entendida por um receptor (Vasconcellos, 1972:10)
1) Esquemas de comunicação: formal (planejado, facilitado e controlado) e informal (surge espontaneamente na empre-
sa, em reação às necessidades de seus membros).
Comunicação informal pode ser boa ou ruim para uma empresa. A alta administração da empresa pode aumentar ou
diminuir a comunicação informal, com o uso de determinados artifícios, entre os quais: alteração de arranjo físico; utilização
de pequenas salas de reunião ou de café; alteração da estrutura organizacional e prática de competições esportivas.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
2) Fluxos da Comunicação
As comunicações podem acontecer via os seguintes fluxos:
• horizontal: realizado entre unidades organizacionaisdirefenres, mas do mesmo nível hierárquico
• diagonal ou transversal, realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes
• vertical, realizado entre níveis diferentes, mas da mesma área
3) Custo da Comunicação
No estudo das comunicações entre pessoas ou unidades organizacionais, deve-se levar em consideração o aspecto custo
para a empresa, pois a análise da transmissão das informações mostra que ela é muito mais custosa do que se poderia pensar,
não tanto devido às despesas de apoio necessárias, mas principalmente em função do tempo que ela absorve e das demoras
que acarreta (Litterer, 1970:82).
Lei de N.C. Parkison: todo trabalho se dilata de maneira a ocupar todo o tempo disponível.
O que Parkinson considerou como causas do aumento de custos na estrutura organizacional (Lodi, 1972:51):
• demasiado número de níveis hierárquicos envolvidos na supervisão de atividades correntes a curto prazo;
• demasiado número de estágios na elaboração das decisões
• existência de grandes serviços funcionais ou de assessoria
• complexidade da estrutura, responsablidades diluídas, comissões de coordenação, etc.
• unidades organizacionais sem objetivos mensuráveis, função vaga e qualitativa, chefia sem agressividade;
• unidades organizacionais sem meios completos e autônomos para atingirem seus objetivos
• unidades organizacionais que trabalham abaixo da dimensão necessária
Estes níveis de influência estão relacionados aos tipos de planejamento, que podem ser visualizados numa “pirâmide
empresarial”:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
ressaltar que durante a avaliação não devem ser levados Este método é importante, também, para eliminar
em consideração aspectos que não estavam previstos nos “achismos” e palpites quando da avaliação de um funcio-
objetivos, ou não tivessem sido comunicados ao colabora- nário. É um meio de obter informações reais e avaliar de
dor. E ainda, deve-se permitir ao colaborador sua autoava- perto as implicações de uma possível mudança na gestão
liação para discussão com seu gestor. de recursos humanos da empresa.
• Padrões de desempenho: também chamada de Por isso, manter este tipo de avaliação pode trazer mui-
padrões de trabalho é quando há estabelecimento de me- tos benefícios e mudanças positivas na gestão de pessoas
tas somente por parte da organização, mas que devem ser de uma organização, seja qual for o seu tamanho. Com ela
comunicadas às pessoas que serão avaliadas. o gestor pode avaliar melhor seus subordinados, melhorar
• Frases descritivas: trata-se de uma avaliação atra- o clima de trabalho, investir no treinamento de seus pares,
vés de comportamentos descritos como ideais ou nega- melhorar a produtividade, desenvolver os métodos de re-
tivos. Assim, assinala-se “sim” quando o comportamento muneração, fazê-los trabalhar de forma mais eficiente etc.
do colaborador corresponde ao comportamento descrito, Todos ganham quando uma equipe é avaliada de forma
e “não” quando não corresponde. É diferente do método satisfatória pelos gerentes.
da Escolha e distribuição forçada no sentido da não obri-
gatoriedade na escolha das frases. Aplicações
• Avaliação 360 graus: neste método o avaliado re- A avaliação de desempenho presta-se ao exercício de
cebe feedbacks (retornos) de todas as pessoas com quem diferentes funções administrativas, motivacionais e de co-
ele tem relação, também chamados de stakeholders, como municação, como citados a seguir:
pares, superior imediato, subordinados, clientes, entre ou- • Identificação de pontos fortes e fracos dos cola-
tros. boradores e, consequentemente, da organização;
• Avaliação de competências: trata-se da identifi- • Identificação de diferenças individuais;
cação de competências conceituais (conhecimento teóri- • Estímulo à comunicação interpessoal;
co), técnicas (habilidades) e interpessoais (atitudes) neces- • Desenvolvimento do conceito “equipe de dois”,
sárias para que determinado desempenho seja obtido. formada por chefe e subordinado;
• Avaliação de competências e resultados: é a • Informação ao colaborador de como o seu desem-
conjugação das avaliações de competências e resultados, penho é percebido;
ou seja, é a verificação da existência ou não das compe- • Estímulo ao desenvolvimento individual do avalia-
tências necessárias de acordo com o desempenho apre-
dor e do avaliado;
sentado.
• Indicações de promoções e de aumentos salariais
• Avaliação de potencial: com ênfase no desempe-
por mérito;
nho futuro, identifica as potencialidades do avaliado que
• Indicações de necessidade de treinamento;
facilitarão o desenvolvimento de tarefas e atividades que
• Gestão de crises nas equipes e nos processos ope-
lhe serão atribuídas. Possibilita a identificação de talentos
racionais (sistemas técnicos e sociais);
que estejam trabalhando aquém de suas capacidades, for-
• Auxílio na verificação de aprendizagens;
necendo base para a recolocação dessas pessoas.
• Identificação de problemas de trabalho em geral,
• Balanced Scorecard: sistema desenvolvido por
Robert S. Kaplan e David P. Norton na década de 90, avalia no relacionamento individual, intraequipe ou interequipes;
o desempenho sob quatro perspectivas: financeira, do • Registro histórico suplementar para ações admi-
cliente, dos processos internos e do aprendizado e cres- nistrativas de gestão;
cimento. São definidos objetivos estratégicos para cada • Apoio às pesquisas de clima organizacional.
uma das perspectivas e tarefas para o atendimento da
meta em cada objetivo estratégico.
IX. COMPROMISSO COM A QUALIDADE
Vantagens da Avaliação de desempenho
Por meio da avaliação de desempenho é possível
NOS SERVIÇOS PRESTADOS
identificar novos talentos dentro da própria organização, X. QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
por meio da análise do comportamento e das qualidades
de cada indivíduo. Gerando, assim, novas possibilidades
para remanejamento interno de colaboradores. Além de
poder oferecer bonificações e premiações aos funcionários O Estado tem passado a desempenhar um papel-chave
que mais se destacarem na avaliação. como produtor de valor público, e como tal tem priorizado
Outra vantagem é a possibilidade de gerar um feedba- a criação de condições para o desenvolvimento e o bem-
ck mais fácil aos funcionários analisados e gestores, uma vez -estar social, além da produção de serviços e da oferta de
que tem como resultado informações relevantes, sólidas e infraestrutura.
tangíveis para um resultado eficiente. Este feedback faz Esta mudança na função do Estado tem transformado
com que os avaliados queiram investir ainda mais em seu várias frentes da administração pública, pela exigência cada
desenvolvimento, melhorando seu desempenho e trazendo vez mais contundente dos cidadãos que exercem também
vantagens para a empresa. o papel de usuários dos serviços.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
A crise fiscal do modelo anterior, uma vez esgotado o Estado atual. Desta forma, a Nova Gestão Pública fornece
período de esplendor do Estado do Bem-Estar, tem trazi- os elementos necessários à melhoria da capacidade de ge-
do novos problemas. Dentre eles, destaca-se a crescente renciamento da administração pública focada na Gestão da
necessidade de atender uma demanda irrefreável de bens Qualidade bem como à elevação do grau de governabilida-
públicos de boa qualidade, típica do Estado de Bem-Estar, de do sistema político.
porém hoje acompanhada da exigência de diminuir a pres- O conceito e a prática da GpR no setor público têm
são fiscal – inclusive naqueles casos em que ainda persiste um grau de desenvolvimento e consolidação relativamente
um modelo de estado anterior ao de bem-estar. Esta subs- baixo. Inicialmente, a GpR se utilizou principalmente no se-
tituição de missão trouxe muitos desafios ao Estado, entre tor privado, mesmo quando o governo federal dos Estados
os quais a redefinição dos conceitos de administração, ges- Unidos da América começou a usar algumas de suas pro-
tão pública e valor público. postas no gerenciamento de diferentes órgãos públicos.
Além disso, essas transformações têm afetado profun- Somente durante o governo do presidente Nixon é que se
damente as práticas dos dirigentes públicos (políticos e ge- começou a implantar no conjunto da administração pública
rentes) e a teoria na qual fundamentavam suas ações. o que passou a ser conhecida como a Nova Gestão Pública.
Da mesma forma, esta mudança afetou o sistema de Esta moderna filosofia sugere a passagem de uma ges-
controle da ação do Estado; está-se migrando da exigência tão burocrática a uma de tipo gerencial.
de rigor nos procedimentos para a exigência de resultados Na base destas novas ideias se encontrava uma preo-
cupação generalizada sobre as mudanças que o entorno
– inerente a um Estado que se apresenta como provedor de
exigia e sobre a imperiosa necessidade de repensar o papel
serviços, capacitador de desenvolvimento e fornecedor de
do Estado; de melhorar a eficiência, a eficácia e a qualidade
bem-estar. Desta troca de missão se deriva uma variação na dos serviços públicos; de otimizar o desempenho dos ser-
posição do cidadão perante o Estado. vidores públicos e das organizações em que trabalhavam.
O cidadão comum se preocupa em assegurar-se uma Vários estudiosos e especialistas em gestão pública
correta e burocrática (homogênea, idêntica e não discricio- alertaram para os benefícios que o enfoque da GpR pode-
nária) aplicação da lei e da norma. O cidadão-usuário se ria trazer para este novo cenário. De acordo com Emery, a
interessa por conseguir o melhor retorno fiscal – enquanto GpR acarreta três tipos de considerações para a administra-
bens coletivos. ção do setor público:
Vê-se, pois, que o Estado deve deslocar sua atenção, • Constitucionais: a maioria das constituições regula
antes colocada no procedimento como produto principal o uso dos fundos públicos por parte das autoridades em
de sua atividade, agora voltada para o de serviços e bem- cumprimento de mandato.
-estar. A gestão por resultados é um dos lemas que melhor • Políticas: as autoridades devem responder pelas
representa o novo desafio. Isto não significa que não inte- suas ações e pelo conteúdo dos seus programas eleitorais,
ressa o modo de fazer as coisas, apenas exprime que agora por respeito ao princípio da responsabilidade do cargo.
é muito mais relevante o quê se faz pelo bem da comuni- • Cidadãs: por obediência ao princípio de delegação
dade. democrática, os cidadãos confiam nas autoridades eleitas,
Nestes últimos tempos, a Gestão Pública – como dis- delegando-lhes a gestão dos fundos públicos – produto da
ciplina – tem abordado estes desafios novos com o auxílio coleta de seus impostos.
da lógica gerencial, isto é, pela racionalidade econômica Apesar de existirem muitos documentos que tratem
que procura conseguir eficácia e eficiência. Esta lógica da GpR, não existe uma definição única para ela. A maio-
compartilha, mais ou menos explicitamente, três propósi- ria dos textos usa este termo como uma noção “guarda-
tos fundamentais: -chuvas”, por assim dizer. Na literatura em língua espanhola
• Assegurar a constante otimização do uso dos re- é comum achar um uso indistinto de conceitos: controle
cursos públicos na produção e distribuição de bens públi- de gestão, gestão do desempenho, gestão por resultados,
cos como resposta às exigências de mais serviços e menos gestão por objetivos, avaliação do desempenho, avaliação
de resultados, sem uma clara diferenciação.
impostos, mais eficácia e mais eficiência, mais equidade e
Trata-se, portanto, de um conceito muito amplo quan-
mais qualidade.
to ao seu uso, interpretação e definição. A heterogeneida-
• Assegurar que o processo de produção de bens e
de da expressão e do conceito também se observa na sua
serviços públicos (incluindo a concessão, a distribuição e a aplicação operacional: os países põem em prática a GpR
melhoria da produtividade) seja transparente, equitativo segundo suas próprias perspectivas.
e controlável. Um estudo para identificar o significado que lhe atri-
• Promover e desenvolver mecanismos internos que buem os gestores públicos de diferentes nações demons-
melhorem o desempenho dos dirigentes e servidores pú- trou que frequentemente eles empregam os mesmo ter-
blicos, e, com isso, fomentar a efetividade dos organismos mos com sentido diferente. É assim como o conceito
governamentais, visando a concretização dos objetivos an- “resultados” varia notavelmente entre as distintas institui-
teriores. ções públicas. Isto não ocorre na empresa privada, onde
os indicadores-chave do êxito se conhecem nitidamente:
Estes objetivos estão relacionados ao fator QUALIDA- rentabilidade, benefícios, quotas de mercado etc. Muitos
DE, presentes nas atuais demandas cidadãs e aos quais se autores destacam a dificuldade de determinar e avaliar os
orienta a Gestão por Resultados (GpR), são, conjuntamen- resultados da ação estatal como uma das características
te com a democracia, o principal pilar de legitimidade do que diferenciam a gestão do setor público do privado.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Pode-se observar que a GpR possui as seguintes di- • Sistemas de contratação de funcionários de ge-
mensões: rência pública, visando aprofundar a responsabilidade, o
• É um marco conceitual de gestão organizacional, compromisso e a capacidade de ação dos mesmos;
pública ou privada, em que o fator resultado se converte • Sistemas de informação que favoreçam a tomada
na referência-chave quando aplicado a todo o processo de de decisões dos que participam destes processos.
gestão.
• É um marco de assunção de responsabilidade de Implantação da Gestão por Resultados
Após a tomada de decisão referente adoção da gestão
gestão, por causa da vinculação dos dirigentes ao resultado
por resultados e também às alternativas para atingir os ob-
obtido.
jetivos, a etapa seguinte é a implantação do modelo. Nessa
• É um marco de referência capaz de integrar os etapa, compete ao gestor coordenar a implantação, procu-
diversos componentes do processo de gestão, pois se rando vincular dinamicamente os recursos aos objetivos.
propõe interconectá-los para otimizar o seu funcionamento. Para tanto, a função de coordenação pode ser empreendi-
• Finalmente, e especialmente na esfera pública, a da por outro conjunto de mecanismos, que segundo Mint-
GpR se apresenta como uma proposta de cultura organi- zberg (2001) são os seguintes:
zadora, diretora, de gestão, mediante a qual se põe ênfase Ajustamento mútuo - típico de tarefas que en-
nos resultados e não nos processos e procedimentos. volvem grupos pequenos, a coordenação é obtida pelo
Todas estas dimensões situam a GpR como uma ferra- simples processo de comunicação informal. São realizadas
menta cultural, conceitual e operacional, que se orienta a reuniões com o objetivo de discutir os processos de traba-
priorizar o resultado em todas as ações, e que é capaz de lho, ajustando-os quando necessário;
otimizar o desempenho governamental. Assim, se trata de Supervisão direta - segundo este mecanismo, uma
pessoa ou organização coordena o processo, por meio de
um exercício de direção dos organismos públicos que pro-
instruções, cobranças, alocação de recursos, etc;
cura conhecer e atuar sobre todos aqueles aspectos que
Padronização de normas - significa que os funcio-
afetem ou modelem os resultados da organização. nários compartilham um conjunto de crenças e valores; é
A GpR tem, portanto, uma dimensão de controle orga- exposta a compreensão de cada um em relação às normas,
nizacional que convém esclarecer, pois o conceito de con- com o objetivo de criar uma ideia coletiva de conduta, ob-
trole no setor público possui conotações particulares deri- tendo, informalmente, a coordenação a partir delas;
vadas, fundamentalmente, do sistema de auditoria externa Padronização de processos - refere-se à prescrição
que domina nesse Estado. A ferramenta GpR não faz parte do conteúdo do trabalho por meio de procedimentos, nor-
dessa concepção de controle, mas de outro universo: o de malmente escritos, a serem seguidos. Trata-se do mapea-
gestão e direção estratégico/operacional, porque permite mento dos processos e da manualização dos procedimen-
e facilita aos gerentes da administração pública melhor tos. Na iniciativa privada, é muito comum em programas
conhecimento, maior capacidade de análise, desenho de de qualidade, como aqueles promovidos pela International
alternativas e tomada de decisões para que sejam alcan- Organization for Standardization com a série ISO-9000. No
çados os melhores resultados possíveis, afinados com os caso das organizações públicas, podemos associar esta
padronização às regras formais burocráticas ou à própria
objetivos pré-fixados.
legislação;
É importante assinalar esta diferença porque, muito Padronização de resultados - trata-se da especifi-
embora a GpR seja uma boa base para uma melhor prestação cação dos resultados a serem atingidos, em substituição à
de contas (e uma maior transparência), sua função principal especificação dos meios como os procedimentos ou habi-
não é a de servir como instrumento de controle da atuação lidades;
dos gerentes públicos, mas a de proporcionar a eles um Padronização de habilidades - refere-se à desig-
meio de monitoramento e regulação que lhes garanta o nação de pessoal qualificado, já possuidor de determinada
exercício de suas habilidade adequada ao trabalho a ser feito. Não é o traba-
lho, mas o funcionário que é padronizado. A coordenação
A Gestão por Resultados GpR) está caracterizada por: é obtida em razão do funcionário já possuir determinado
• Uma estratégia na qual se definam os resultados conhecimento. No setor público, podemos entender os re-
esperados por um organismo público no que se refere à quisitos dos concursos públicos como um esforço nesse
mudança social e à produção de bens e serviços; sentido, particularmente para contratação de especialistas
como médicos ou dentistas.
• Uma cultura e um conjunto de ferramentas de
gestão orientado à melhoria da eficácia, da eficiência, da Por conseguinte, com base nestes elementos, sugere-
produtividade e da efetividade no uso dos recursos do Es- -se a seguinte definição para a GpR:
tado para uma melhora dos resultados no desempenho A Gestão para Resultados é um marco conceitual cuja
das organizações públicas e de seus funcionários; função é a de facilitar às organizações públicas a direção
• Sistemas de informação que permitam monitorar efetiva e integrada de seu processo de criação de valor pú-
a ação pública, informar à sociedade e identificar o serviço blico, a fim de otimizá-lo, assegurando a máxima eficácia,
realizado, avaliando-o; eficiência e efetividade de desempenho, além da consecu-
• Promoção da qualidade dos serviços prestados ção dos objetivos de governo e a melhora contínua de suas
aos cidadãos, mediante um processo de melhoramento instituições, de maneira que a excelência de qualidade nos
contínuo; serviços públicos seja de fato alcançada.
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Esse sistema permite estruturar hierarquicamente as A reengenharia se baseia nos processos empresariais
causas potenciais de um determinado problema ou tam- e considera que eles devem fundamentar o formato orga-
bém uma oportunidade de melhoria, assim como seus nizacional. Não se pretende melhorar os processos já exis-
efeitos sobre a qualidade dos produtos. tentes, mas a sua total substituição por processos inteira-
O Diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas mais mente novos. Nem se pretende automatizar os processos
eficazes e mais utilizadas nas ações de melhoria e contro- já existentes. Não se confunde com a melhoria contínua,
le de qualidade nas organizações, permitindo agrupar e pois a reengenharia pretende criar um processo
visualizar as várias causas que estão na origem qualquer inteiramente novo e baseado na tecnologia da infor-
problema ou de um resultado que se pretende melhorar. mação e não o aperfeiçoamento gradativo e lento do pro-
cesso atual.
5W2H Segundo Chiavenato, a reengenharia se fundamenta
A ferramenta 5W2H é uma forma rápida de verificação em quatro palavras chave:
de execução de tarefas a serem distribuídas aos colabora- • Fundamental – busca reduzir a organização ao essen-
dores da empresa. Funciona como um mapeamento das cial e fundamental.
atividades e pode ser usada de várias formas: para organi- • Radical – impõe uma renovação radical, desconside-
zar tarefas, escrever um texto, enviar um email ou escrever rando as estruturas e os procedimentos atuais para inven-
um. A grande vantagem é criar um mecanismo de comu- tar novas maneiras de fazer o trabalho.
nicação eficaz uma vez que, se preenchidas as questões, • Drástica – destrói o antigo e busca sua substituição
teremos tudo o que é preciso para em termos de dados. A por algo inteiramente novo.
sigla 5W2H representa: • Processos – orienta o foco para os processos e não
• O QUÊ será feito (what) mais para as tarefas ou serviços, nem para pessoas ou para
• QUANDO será feito (when) a estrutura organizacional.
• QUEM fará (who)
• ONDE será feito (where) Excelência nos Serviços Públicos
• POR QUÊ será feito (why) Um dos fatores que mais provoca perda de produtivi-
• COMO será feito (how) dade nos serviços públicos é o excesso de burocracia, que
• QUANTO custará (how much) além de não impedir corrupções e fraudes, tem inibido o
desempenho das empresas, motivado a sonegação fiscal e
PROGRAMA 5S incentivado a informalidade.
O Programa 5S, originário no Japão, é considerado um Um dos maiores entraves para a melhoria dos serviços
pré-requisito para qualquer programa de Gestão da Quali- públicos no Brasil era a maneira secundária com que a ad-
dade Total. O 5S foca o ambiente de trabalho da organiza- ministração pública encarava a necessidade da formação
ção a fim de simplificar o ambiente de trabalho e reduzir o de quadros e de uma profissionalização muito mais inten-
desperdício. Como resultado, ocorre melhoria no aspecto sa. Enquanto o Brasil não fizesse a reforma administrativa
de qualidade e segurança. O ambiente se torna limpo, or- para modernizar a administração pública.
ganizado, evitando a perda de tempo e o desperdício de Baseado nos princípios constitucionais que regem a
material. administração pública (legalidade, impessoalidade, publi-
Assim, o resultado da implantação dessa ferramenta cidade, moralidade e eficiência), é dever do servidor prezar
será o menor desperdício, melhor qualidade e ganhos ex- pela prestação de serviços de qualidade. Para a excelência
pressivos na administração do tempo. pode ser atingida por meio de avaliação de desempenho
A sigla 5S refere-se na realidade a 5 letras iniciais de e produtividade. Esse modelo foi implantado pelo governo
palavras japonesas: de São Paulo e pode ser usado como ferramenta na busca
• Seiri - Descartar da excelência do serviço público.
• Seiton - Organizar Agregar valor na gestão pública significa investir em
• Seiso - Limpar projetos que aumentem a produtividade oferecendo à
• Seiketsu - Saudável e seguro população um dos mais valiosos bens da atualidade - a
• Shitsuke – Autodisciplina praticidade. Os ganhos em produtividade passam por uma
revisão de cada detalhe dos processos operacionais, obje-
REENGENHARIA tivando a redução de etapas, inovação em cada uma delas,
A reengenharia pode ser considerada uma reação às minimizando tempo e, melhor ainda, a eliminação de nor-
mudanças ambientais velozes e intensas e à total inabili- mas de procedimento.
dade das organizações em ajustar-se a essas mudanças. Os prestadores de serviços devem ter consciência que
Significa fazer uma nova engenharia da estrutura organi- usam a mais valiosa das matérias-primas - o tempo - a úni-
zacional. ca que não tem reposição. A excelência dos serviços públi-
Representa uma reconstrução e não simplesmente uma cos, especialmente em educação e saúde, é a melhor das
reforma parcial da empresa. Não se trata de fazer reparos estratégias para reduzir a desigualdade social.
rápidos ou mudanças cosméticas na engenharia atual, mas A chave da eficácia também pode ser encontrada na
de fazer um desenho organizacional totalmente novo e di- redução das atividades-meios e na eliminação das for-
ferente. malidades que não agregam valores às atividades-fins. O
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maior desafio da classe política e dos gestores públicos é aceitável, objetivo que somente poderia ser atingido auto-
transformar uma instituição mecânica, em orgânica. Ges- matizando a atividade humana ao repetir a mesma tarefa
tão transparente, interativa e que coloque o cidadão em várias vezes. Essa divisão do trabalho foi iniciada ao nível
primeiro lugar - é um modelo exemplar. Os profissionais de dos operários com a Administração Científica no começo
Recursos Humanos, dos órgãos públicos, têm a gratificante deste século.
missão de dinamizar os programas de capacitação funcio-
nal, focando a excelência organizacional. 2. Especialização
Enquanto as organizações privadas são custeadas pela A especialização do trabalho proposta pela Adminis-
comercialização de produtos e serviços, as organizações tração Científica constitui uma maneira de aumentar a efi-
públicas são criadas por lei e custeadas pelos impostos ciência e de diminuir os custos de produção. Simplifican-
e taxas pagas pelos cidadãos, ai se incluem todos os ór- do as tarefas, atribuindo a cada posto de trabalho tarefas
gãos e suas diversas unidades organizacionais, em todos simples e repetitivas que requeiram pouca experiência do
os poderes e níveis de governo. Espera-se que elas sejam executor e escassos conhecimentos prévios, reduzem-se os
bem administradas e possam cumprir as suas finalidades,
períodos de aprendizagem, facilitando substituições de uns
pois representam os interesses da coletividades e exercem
indivíduos por outros, permitindo melhorias de métodos
ações decorrentes das funções do Estado. Num mundo
de incentivos no trabalho e, consequentemente, aumen-
globalizado ampliam-se as exigências de uma administra-
tando o rendimento de produção.
ção de qualidade e refinada, no sentido do uso de técnicas
e metodologias que contribuam para a implantação do de-
senvolvimento social baseado em resultados efetivos. 3. Hierarquia
A busca da excelência organizacional deve nortear a Uma das consequências do princípio da divisão do tra-
administração pública, por meio do desempenho aprimo- balho é a diversificação funcional dentro da organização.
rado das funções administrativas. Pensar no aprimoramen- Porém, uma pluralidade de funções desarticuladas entre si
to dessas funções é pensar no conjunto das organizações não forma uma organização eficiente. Como decorrência
do Setor Público e de forma sistêmica. Reconhecer que das funções especializadas, surge inevitavelmente a de co-
ações de aprimoramento deve envolver todos os níveis or- mando, para dirigir e controlar todas as atividades para que
ganizacionais, todas as unidades administrativas de modo sejam cumpridas harmoniosamente. Portanto, a organiza-
a obter um comprometimento estratégico. ção precisa, além de uma estrutura de funções, de uma es-
trutura hierárquica, cuja missão é dirigir as operações dos
Sob o ponto de vista formal, uma organização em- níveis que lhes estão subordinados. Em toda organização
presarial consiste em um conjunto de encargos funcionais formal existe uma hierarquia. Esta divide a organização em
e hierárquicos, orientados para o objetivo econômico de camadas ou escalas ou níveis de autoridade, tendo os su-
produzir bens ou serviços. A estrutura orgânico deste con- periores autoridade sobre os inferiores. À medida que se
junto de encargos está condicionada à natureza do ramo sobe na escala hierárquica, aumenta a autoridade do ocu-
de atividade, aos meios de trabalho, às circunstâncias só- pante do cargo.
cioeconômicas da comunidade e à maneira de conceber a
atividade empresarial. As principais características da orga- 4. Distribuição da Autoridade e da Responsabilida-
nização formal são: de
• 1. Divisão do Trabalho; A hierarquia na organização formal representa a auto-
• 2. Especialização; ridade e a responsabilidade em cada nível da estrutura. Por
• 3. Hierarquia; toda a organização, existem pessoas cumprindo ordens de
• 4. Distribuição da autoridade e da responsabilida- outras situadas em níveis mais elevados, o que denota suas
de;
posições relativas, bem como o grau de autoridade em re-
• 5. Racionalismo.
lação às demais. A autoridade é, pois, o fundamento da
responsabilidade, dentro da organização formal, ela deve
1. Divisão do Trabalho
ser delimitada explicitamente. De um modo geral, a gene-
O objetivo imediato e fundamental de todo e qual-
quer tipo de organização é a produção. Para ser eficiente, a ralidade do direito de comandar diminui à medida que se
produção deve basear-se na divisão do trabalho, que nada vai do alto para baixo na estrutura hierárquica.
mais é do que a maneira pela qual um processo complexo Fayol dizia que a “autoridade” é o direito de dar ordens
pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas. e o poder de exigir obediência, conceituando-a, ao mes-
O procedimento de dividir o trabalho começou a ser pra- mo tempo, como poder formal e poder legitimado. Assim,
ticado mais intensamente com o advento da Revolução como a condição básica para a tarefa administrativa, a au-
Industrial, provocando uma mudança radical no conceito toridade investe o administrador do direito reconhecido de
de produção, principalmente no fabrico maciço de gran- dirigir subordinados, para que desempenhem atividades
des quantidades através do uso da máquina, substituindo dirigidas pra a obtenção dos objetivos da empresa. A auto-
o artesanato, e o uso do trabalho especializado na linha ridade formal é sempre um poder, uma faculdade, conce-
de montagem. O importante era que cada pessoa pudes- didos pela organização ao indivíduo que nela ocupe uma
se produzir o máximo de unidades dentro de um padrão posição determinada em relação aos outros.
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Joseph M. Juran, junto com Deming, foi um dos res- O ciclo PDCA, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming,
ponsáveis pelo reerguimento da economia japonesa pós- é um ciclo de desenvolvimento que tem foco na melhoria
-guerra. contínua.
Para o autor, os pontos fundamentais da gestão da O PDCA foi idealizado por Shewhart e divulgado por
qualidade são: Deming, quem efetivamente o aplicou. Inicialmente deu-se
• O planejamento da qualidade o uso para estatística e métodos de amostragem. O ciclo
• A melhoria da qualidade de Deming tem por princípio tornar mais claros e ágeis os
• O controle da qualidade processos envolvidos na execução da gestão, como por
Considerava a qualidade como o resultado do desem- exemplo na gestão da qualidade, dividindo-a em quatro
penho do produto que satisfaz o cliente, ou seja, a satisfa- principais passos.
ção do cliente em relação ao produto passa a fazer parte O PDCA é aplicado para se atingir resultados dentro
do planejamento da qualidade. de um sistema de gestão e pode ser utilizado em qualquer
empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, inde-
Armand Vallin Feigenbaun nasceu em 1922 e destacou- pendentemente da área de atuação da empresa.
-se como um dos importantes pensadores da qualidade. O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação
Nos anos 50, definiu o que seria o controle da qualidade ou conjunto de ações planejadas são executadas, checa-
total como um sistema eficiente para a integração do de- -se se o que foi feito estava de acordo com o planejado,
senvolvimento da qualidade, da manutenção da qualidade constantemente e repetidamente (ciclicamente), e toma-se
e dos esforços de melhoramento da qualidade dos diver- uma ação para eliminar ou ao menos mitigar defeitos no
sos grupos numa organização, para permitir produtos e produto ou na execução.
serviços mais econômicos que levem em conta a satisfação Os passos são os seguintes:
total do consumidor. • Plan (planejamento): estabelecer uma meta ou
Destacam-se algumas de suas ideias sobre qualidade: identificar o problema (um problema tem o sentido daqui-
• É um instrumento estratégico para a organização lo que impede o alcance dos resultados esperados, ou seja,
• É uma filosofia de gestão, um compromisso com a o alcance da meta); analisar o fenômeno (analisar os dados
Excelência relacionados ao problema); analisar o processo (descobrir
• É o único objetivo da organização as causas fundamentais dos problemas) e elaborar um pla-
• A qualidade é determinada pelos clientes no de ação.
• Pressupõe trabalho em grupo • Do (execução): realizar, executar as atividades con-
• A qualidade exige o compromisso da Alta Direção forme o plano de ação.
• A qualidade exige empowerment (Significa dar poder • Check (verificação): monitorar e avaliar periodica-
de ação aos escalões mais baixos da estrutura organiza- mente os resultados, avaliar processos e resultados, con-
cional, incentivando a autonomia e a descentralização. É frontando-os com o planejado, objetivos, especificações e
importante frisar que indivíduos com empowerment pre- estado desejado, consolidando as informações, eventual-
cisam conhecer a missão organizacional a fim de atingir os mente confeccionando relatórios. Atualizar ou implantar a
objetivos da instituição). gestão à vista.
• Act (ação): Agir de acordo com o avaliado e de
Ciclo PDCA acordo com os relatórios, eventualmente determinar e
confeccionar novos planos de ação, de forma a melhorar a
qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e
corrigindo eventuais falhas.
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“não sei”, mas “vou imediatamente saber” ou “daremos • Concentração – sobretudo no que diz o interlocu-
uma resposta logo que seja possível”. Se não for mesmo tor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situa-
possível dar uma resposta ao assunto, o atendente deverá ções, desviando-se do tema da conversa, bem como evitar
apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer comer ou beber enquanto se fala);
o número do telefone direto de alguém capaz de resolver • Comportamento ético na conversação – o que en-
o problema rapidamente, indicar o e-mail ou numero da volve também evitar promessas que não poderão ser cum-
pessoa responsável procurado. A pessoa que ligou deve ter pridas.
a garantia de que alguém confirmará a recepção do pedido •
ou chamada; Atendimento e tratamento
• Não negar informações: nenhuma informação O atendimento está diretamente relacionado aos ne-
deve ser negada, mas há que se identificar o interlocutor gócios de uma organização, suas finalidades, produtos e
antes de a fornecer, para confirmar a seriedade da chama- serviços, de acordo com suas normas e regras. O atendi-
da. Nessa situação, é adequada a seguinte frase: vamos mento estabelece, dessa forma, uma relação entre o aten-
anotar esses dados e depois entraremos em contato com dente, a organização e o cliente.
o senhor
• Não apressar a chamada: é importante dar tempo A qualidade do atendimento, de modo geral, é deter-
ao tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem minada por indicadores percebidos pelo próprio usuário
a dizer e mostrar que o diálogo está sendo acompanhado relativamente a:
com atenção, dando feedback, mas não interrompendo o • competência – recursos humanos capacitados e re-
raciocínio do interlocutor; cursos tecnológicos adequados;
• Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e de- • confiabilidade – cumprimento de prazos e horários
monstra que o atendente é uma pessoa amável, solícita e estabelecidos previamente;
interessada; • credibilidade – honestidade no serviço proposto;
• Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser • segurança – sigilo das informações pessoais;
catastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamen-
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao
te do que as boas;
pessoal de contato;
• Manter o cliente informado: como, nessa forma de
• comunicação – clareza nas instruções de utilização
comunicação, não se estabele o contato visual, é necessá-
dos serviços.
rio que o atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção
do telefone durante alguns segundos, peça licença para in-
Fatores críticos de sucesso ao telefone:
terromper o diálogo e, depois, peça desculpa pela demora.
A voz / respiração / ritmo do discurso
Essa atitude é importante porque poucos segundos podem
A escolha das palavras
parecer uma eternidade para quem está do outro lado da
linha; A educação
• Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do
• Ter as informações à mão: um atendente deve outro lado da linha não pode ver as suas expressões faciais
conservar a informação importante perto de si e ter sem- e gestos, mas você transmite através da voz o sentimento
pre à mão as informações mais significativas de seu setor. que está alimentando ao conversar com ela. As emoções
Isso permite aumentar a rapidez de resposta e demonstra positivas ou negativas, podem ser reveladas, tais como:
o profissionalismo do atendente; • Interesse ou desinteresse,
• Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa • Confiança ou desconfiança,
que liga: quem atende a chamada deve definir quando é • Alerta ou cansaço,
que a pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é • Calma ou agressividade,
que a empresa ou instituição vai retornar a chamada. • Alegria ou tristeza,
• • Descontração ou embaraço,
Todas estas recomendações envolvem as seguintes ati- • Entusiasmo ou desânimo.
tudes no atendimento telefônico: O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 pala-
• Receptividade - demonstrar paciência e disposição vras por minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 pa-
para servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais lavras por minuto aproximadamente, tornando o discurso
comuns dos usuários como se as estivesse respondendo mais claro.
pela primeira vez. Da mesma forma é necessário evitar que A fala muito rápida dificulta a compreensão da mensa-
interlocutor espere por respostas; gem e pode não ser perceptível; a fala muito lenta pode o
• Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrup- outro a julgar que não existe entusiasmo da sua parte.
ções, dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se
necessário, anotar a mensagem do interlocutor); O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige
• Empatia - para personalizar o atendimento, pode- ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando
-se pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, sua simpatia. Está relacionada a:
nunca, expressões como “meu bem”, “meu querido, entre • Presteza – demonstração do desejo de servir, valo-
outras); rizando prontamente a solicitação do usuário;
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
• Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e 9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal
de cordialidade; é atender o telefone no máximo até o terceiro toque, pois,
• Flexibilidade – capacidade de lidar com situações é um ato que demonstra afabilidade e empenho em tentar
não-previstas. entregar para o cliente a máxima eficiência.
• 10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é
A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja dizer o nome da organização, o nome da própria pessoa
vista, que transmitir uma mensagem para outra pessoa e seguido ainda, das tradicionais saudações (bom dia, boa
fazê-la compreender a essência da mesma é uma tarefa tarde, etc.). Além disso, quando for encerrar a conversa
que envolve inúmeras variáveis que transformam a comu- lembre-se de ser amistoso, agradecendo e reafirmando o
nicação humana em um desafio constante para todos nós.
que foi acordado.
E essa complexidade aumenta quando não há uma
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém
comunicação visual, como na comunicação por telefone,
que não está presente na sua empresa no momento da
onde a voz é o único instrumento capaz de transmitir a
mensagem de um emissor para um receptor. Sendo assim, ligação, jamais peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é
inúmeras empresas cometem erros primários no atendi- uma função do atendente, ou seja, a de retornar a ligação
mento telefônico, por se tratar de algo de difícil consecu- quando essa pessoa estiver de volta à organização.
ção. 12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a
Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefô- organização é um dos princípios para um bom atendimento
nico, de modo a atingirmos a excelência, confira: telefônico, haja vista, que é necessário anotar o nome da
pessoa e os pontos principais que foram abordados.
1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma 13 – Cumpra seus compromissos: um atendente
linguagem formal, privilegiando uma comunicação que não tem responsabilidade de cumprir aquilo que
que transmita respeito e seriedade. Evite brincadeiras, foi acordado demonstra desleixo e incompetência,
gírias, intimidades, etc, pois assim fazendo, você estará comprometendo assim, a imagem da empresa. Sendo
gerando uma imagem positiva de si mesmo por conta do assim, se tiver que dar um recado, ou, retornar uma
profissionalismo demonstrado. ligação lembre-se de sua responsabilidade, evitando
2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é esquecimentos.
extremamente prejudicial ao cliente são as interferências, 14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao
ou seja, tudo aquilo que atrapalha a comunicação entre as
atender o telefone, você deve demonstrar para o cliente
partes (chieira, sons de aparelhos eletrônicos ligados, etc.).
uma postura de quem realmente busca ajudá-lo, ou seja,
Sendo assim, é necessário manter a linha “limpa” para que
que se importa com os problemas do mesmo. Atitudes
a comunicação seja eficiente, evitando desvios.
3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz que negativas como um tom de voz desinteressado, melancóli-
seja minimamente compreensível, evitando desconforto co e enfadado contribuem para a desmotivação do cliente,
para o cliente que por várias vezes é obrigado a “implorar” sendo assim, é necessário demonstrar interesse e iniciativa
para que o atendente fale mais alto. para que a outra parte se sinta acolhida.
4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que 15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente
você não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou atentamente, sem interrompê-lo, pois, essa atitude
seja, procure encontrar o meio termo (nem lento e nem contribui positivamente para a identificação dos problemas
rápido), de forma que o cliente entenda perfeitamente existentes e consequentemente para as possíveis soluções
a mensagem, que deve ser transmitida com clareza e que os mesmos exigem.
objetividade. 16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou
5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e ligar para alguma empresa e teve que esperar um longo
coesão para que a mensagem tenha organização, evitando período de tempo para que a linha fosse desocupada? Pois
possíveis erros de interpretação por parte do cliente. é, é algo extremamente inconveniente e constrangedor.
6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um Por esse motivo, busque não delongar as conversas e evite
cliente sem educação, use a inteligência, ou seja, seja pa- conversas pessoais, objetivando manter, na medida do
ciente, ouça-o atentamente, jamais seja hostil com o mes-
possível, sua linha sempre disponível para que o cliente não
mo e tente acalmá-lo, pois assim, você estará mantendo
tenha que esperar muito tempo para ser atendido.
sua imagem intacta, haja vista, que esses “dinossauros” não
Buscar a excelência constantemente na comunicação
precisam ser atacados, pois, eles se matam sozinhos.
7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e humana é um ato fundamental para todos nós, haja vista,
sorridente para que o cliente se sinta valorizado pela que estamos nos comunicando o tempo todo com outras
empresa, gerando um clima confortável e harmônico. Para pessoas. Infelizmente algumas pessoas não levam esse im-
isso, use suas entonações com criatividade, de modo a portante ato a sério, comprometendo assim, a capacidade
transmitir emoções inteligentes e contagiantes. humana de transmitir uma simples mensagem para outra
8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça pessoa. Sendo assim, devemos ficar atentos para não re-
o cliente para aguardar na linha, mas não demore uma petirmos esses erros e consequentemente aumentarmos
eternidade, pois, o cliente pode se sentir desprestigiado e nossa capacidade de comunicação com nosso semelhante.
desligar o telefone.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Resoluções de situações conflitantes ou problemas - Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a
quanto ao atendimento de ligações ou transferências transferência, diga à pessoa que chamou: “O ramal está
O agente de comunicação é o cartão de visita da em- ocupado. Posso anotar o recado e retornar a ligação.” É
presa.. Por isso é muito importante prestar atenção a todos importante que você não deixe uma linha ocupada com
os detalhes do seu trabalho. Geralmente você é a primeira uma pessoa que está apenas esperando a liberação de um
pessoa a manter contato com o público. Sua maneira de ramal. Isso pode congestionar as linhas do equipamento,
falar e agir vai contribuir muito para a imagem que irão gerando perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista
formar sobre sua empresa. Não esqueça: a primeira im- em falar com o ramal ocupado, você deve interromper a
pressão é a que fica. outra ligação e dizer: “Desculpe-me interromper sua liga-
Alguns detalhes que podem passar despercebidos na ção, mas há uma chamada urgente do (a) Sr.(a) Fulano(a)
rotina do seu trabalho: para este ramal. O (a) senhor (a) pode atender?” Se a pes-
- Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais na- soa puder atender , complete a ligação, se não, diga que
tural possível. Assim você fala só uma vez e evita perda de a outra ligação ainda está em andamento e reafirme sua
tempo. possibilidade em auxiliar.
Lembre-se :
- Calma: Ás vezes pode não ser fácil mas é muito
Você deve ser natural, mas não deve esquecer de cer-
importante que você mantenha a calma e a paciência . A
tas formalidades como, por exemplo, dizer sempre “por fa-
pessoa que esta chamando merece ser atendida com toda
vor” , “Queira desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita
a delicadeza. Não deve ser apressada ou interrompida.
a comunicação e induz a outra pessoa a ter com você o
Mesmo que ela seja um pouco grosseira, você não deve mesmo tipo de tratamento.
responder no mesmo tom. Pelo contrário, procure acalmá- A conversa: existem expressões que nunca devem ser
la. usadas, tais como girias, meias palavras, e palavras com co-
- Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama me- notação de intimidade. A conversa deve ser sempre manti-
rece atenção especial. E você, como toda boa telefonista, da em nível profissional.
deve ser sempre simpática e demonstrar interesse em aju-
dar. Equipamento básico
- Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de Além da sala, existem outras coisas necessárias para
detalhes importantes sobre o assunto que será tratado. assegurar o bom andamento do seu trabalho:
Esses detalhes são confidenciais e pertencem somente às - Listas telefônicas atualizadas.
pessoas envolvidas. Você deve ser discreta e manter tudo - Relação dos ramais por nomes de funcionários (em
em segredo. A quebra de sigilo nas ligações telefônicas é ordem alfabética).
considerada uma falta grave, sujeita às penalidades legais. - Relação dos números de telefones mais chamados.
O que dizer e como dizer - Tabela de tarifas telefônicas.
Aqui seguem algumas sugestões de como atender as - Lápis e caneta
chamadas externas: - Bloco para anotações
- Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o - Livro de registro de defeitos.
nome da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou
boa noite. O que você precisa saber:
- Essa chamada externa vai solicitar um ramal ou pes- O seu equipamento telefônico não é apenas parte do
soa. Você deve repetir esse número ou nome, para ter cer- seu material de trabalho. É o que há de mais importante.
teza de que entendeu corretamente. Em seguida diga: “ Por isso você deve saber como ele funciona. Tecnicamente,
Um momento, por favor,” e transfira a ligação. o equipamento que você usa é chamado de CPCT - Central
Ao transferir as ligações, forneça as informações que Privada de Comunicação Telefônica, que permite você fazer
ligações internas (de ramal para ramal) e externas. Atual-
já possui; faça uso do seu vocabulário profissional; fale so-
mente existem dois tipos: PABX e KS.
mente o necessário e evite assuntos pessoais.
- PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sis-
Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar
tema, todas as ligações internas e a maioria das ligações
ao seu interlocutor o que vai fazer, para quem vai transfe-
para fora da empresa são feitas pelos usuários de ramais.
rir a ligação, mantenha-o ciente dos passos desse atendi- Todas as ligações que entram, passam pela telefonista.
mento. - KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de en-
Não se deve transferir uma ligação apenas para se trada, de saída ou internas, são feitas sem passar pela te-
livrar dela. Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor, lefonista
colocar-se à disposição dele, e se acontecer de não ser Informações básicas adicionais
possível, transfira-o para quem realmente possa atendê-lo - Ramal: são os terminais de onde saem e entram as
e resolver sua solicitação. Transferir o cliente de um setor ligações telefônicas. Eles se dividem em:
para outro, quando essa ligação já tiver sido transferida * Ramais privilegiados: são os ramais de onde se po-
várias vezes não favorece a imagem da empresa. Nesse dem fazer ligações para fora sem passar pela telefonista
caso, anote a situação e diga que irá retornar com as infor- * Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é neces-
mações solicitadas. sário o auxilio da telefonista para ligar para fora.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
* Ramais restritos: só fazem ligações internas. CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando
-Linha - Tronco: linha telefônica que liga a CPCT à vai corrigir.
central Telefônica Pública. Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema.
- Número-Chave ou Piloto: Número que acessa au- EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar.
tomaticamente as linhas que estão em busca automática, Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFI-
devendo ser o único número divulgado ao público. QUE, mas com muita prudência. O Cliente não se interessa
- Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações entre por “justificativas”. Este é um problema da empresa.
ramais e linhas-tronco.
- Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede 4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer?
a realização de ligações interurbanas. Concentre-se para entender o que realmente o
- DDG: (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano Cliente quer ou, exatamente, o que ele não está entenden-
franqueado, cuja cobrança das ligações é feita no telefone do e o porquê.
chamado. Caso necessário, explique novamente, de outro
- DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas exter- jeito, até que o Cliente entenda.
nas vão direto para o ramal desejado, sem passar pela tele- Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame
fonista . Isto só é possível em algumas CPCTs do tipo PABX. o gerente, o chefe, o encarregado, mas evite, na medida
- Pulso : Critério de medição de uma chamada por do possível, que o Cliente saia sem entender ou concordar
tempo, distância e horário. com a resolução.
- Consultores: empregados da Telems que dão orien-
tação às empresas quanto ao melhor funcionamento dos 5ª – Discussão com o Cliente
sistemas de telecomunicações. Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão,
- Mantenedora: empresa habilitada para prestar servi- você sempre perde!
ço e dar assistência às CPCTs. Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar”
- Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas ou “discutir” com um cliente é estar consciente – sempre
nos horários fora do expediente para determinados ramais. alerta -, de forma que se evite SINTONIZAR na mesma fre-
Só é possível em CPCTs do tipo PBX e PABX. quência emocional do Cliente, quando esta for negativa.
Exemplos:
Em casos onde você se depara com uma situação que
represente conflito ou problema, é necessário adequar a
sua reação à cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.
1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer? O Cliente está... Reaja de forma oposta
Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar
a raiva.
Falando alto, gritando. Fale baixo, pausadamente.
Acima de tudo, mantenha-se calmo.
Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente,
em um estado de nervosismo. Irritado Mantenha a calma.
Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a)
está muito nervoso (a), tente acalmar-se”. Desafiando Não aceite. Ignore o desafio.
Use frases adequadas ao momento. Frases que
ajudam acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali Diga-lhe que é possível re-
para ajudá-lo solver o problema sem a
Ameaçando
necessidade de uma ação
2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fa- extrema.
zer?
O tratamento deverá ser sempre positivo, inde- Diga-lhe que o compreende,
pendentemente das circunstâncias. que gostaria que ele lhe des-
Ofendendo
Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a se uma oportunidade para
entender que você não é o alvo. ajudá-lo.
Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidan-
do para não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa 6ª – Equilíbrio Emocional
e age positivamente, coloca uma pressão psicológica no Em uma época em que manter um excelente relacio-
Cliente, para que ele reaja de modo positivo. namento com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter
um alto coeficiente de IE (Inteligência Emocional) é muito
3ª – Diante de erros ou problemas causados pela importante para todos os profissionais, particularmente os
empresa que trabalham diretamente no atendimento a Clientes.
ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido pos-
sível.
Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que es-
tiver ao seu alcance para que o problema seja resolvido.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional, 03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos ex-
a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante em trair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emo-
que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar cionais que elas traduzem e a identificação destes estados
a felicidade do outro. pelas pessoas; e a sua função social que diz em que condi-
03. Entender a necessidade de manter um ESTADO ções ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador
DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e senti- e quem a expressa.
mentos positivos, para ter atitudes adequadas no momen- Podemos concluir, entendendo que, qualquer compor-
to do atendimento. Ele sabe que é fundamental separar os tamento inclui posturas e é sempre fruto da interação com-
problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para isso, plexa entre o organismo e o seu meio ambiente.
cultiva o estado de espírito antes da chegada do cliente.
O primeiro passo de cada dia, é iniciar o trabalho com a O olhar
consciência de que o seu principal papel é o de ajudar os Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através
clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos senti-
realizar serviços para o cliente.
mentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado de
espírito.
Os requisitos para contratação deste profissional
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos pren-
Para trabalhar com atendimento ao público, alguns re-
der somente a ele, mas a fisionomia como um todo para
quisitos são essenciais ao atendente. São eles:
entendermos o real sentido dos olhos.
Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz. Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de
Gostar de lidar com gente. acolhimento, de interesse no atendimento das suas ne-
Ser extrovertido. cessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar
Ter humildade. apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a
Cultivar um estado de espírito positivo. impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento.
Satisfazer as necessidades do cliente.
Cuidar da aparência. Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este
brilho nos nossos olhos ? A resposta é simples:
Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendi- Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro,
mento. gostar de ajudar o próximo.
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e
A POSTURA pode ser entendida como a junção de to- gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação
dos os aspectos relacionados com a nossa expressão corporal agradável para o cliente. Gostar de atender o público signi-
na sua totalidade e nossa condição emocional. fica gostar de atender as necessidades dos clientes, querer
ver o cliente feliz e satisfeito.
Podemos destacar 03 pontos necessários para falar-
mos de POSTURA. São eles: Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode trans-
01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracte- mitir:
riza por um posicionamento de humildade, mostrando-se 01. Interesse quando:
sempre disponível para atender e interagir prontamente Brilha;
com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA do atendente Tem atenção;
suscita alguns sentimentos positivos nos clientes, como por Vem acompanhado de aceno de cabeça.
exemplo:
a) postura do atendente de manter os ombros abertos
02. Desinteresse quando:
e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de recep-
É apático;
tividade e acolhimento;
É imóvel, rígido;
b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente
Não tem expressão.
inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente;
c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem
respeito e segurança; O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o
d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afe- gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como
tividade e calorosidade. dissimular com o olhar.
02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO COR- A aproximação - raio de ação.
PORAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao con-
entre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo. ceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o pú-
Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e blico, independente deste ser cliente ou não.
confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3
nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa forma, metros de distância do público e de um tempo imediato,
nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos medos. ou seja, prontamente.
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Duas são as formas de impressões finais mais comuns TELEIMAGEM, então, é a imagem que o cliente forma
do cliente: na sua mente ( imagem mental ) sobre quem o está
1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato dire- atendendo e , consequentemente, sobre a empresa (
to (pessoal) e/ou telefônico com o atendente; que é representada por este atendente).
2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Vamos Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do
conhecê-las com mais detalhes. cliente encaminhar os seus negócios é maior, pois ele su-
põe que a empresa é comprometida com o cliente. No
Momentos da verdade entanto, se a imagem é negativa, vemos normalmente o
Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é qual- cliente fugindo da empresa. Como no atendimento telefô-
quer episódio no qual o cliente entra em contato com qual- nico, o único meio de interação com o cliente, é através da
quer aspecto da organização e obtem uma impressão da palavra e sendo a palavra o instrumento, faz-se necessário
qualidade do seu serviço. usá-la de forma adequada para satisfazer as exigências do
O funcionário tem poucos minutos para fixar na mente cliente. Dessa forma, classificamos 03 itens básicos ligados
do cliente a imagem da empresa e do próprio serviço pres- a palavra e as atitudes, como fundamentais na formação da
tado. Este é o momento que separa o grande profissional TELEIMAGEM.
dos demais.
Este verdadeiro profissional trabalha em cada mo- São eles:
mento da verdade, considerando-o único e fundamental 01. O tom de voz: é através dele que transmitimos in-
para definir a satisfação do cliente. Ele se fundamenta na teresse e atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio e
chamada TRÍADE DO ATENDIMENTO OU TRIÂNGULO DO distante, passamos ao cliente, a ideia de desatenção e de-
ATENDIMENTO, que é composto de elementos básicos do sinteresse.
processo de interação, que são: Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de forma
decidida e atenciosamente, satisfazemos as necessidades
A ) a pessoa do cliente de sentir-se assistido, valorizado, respeitado, im-
A pessoa mais importante é aquela que está na sua portante.
frente. Então, podemos entender que a pessoa mais im-
portante é o cliente que está na frente e precisa de 02. O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas
atenção. o atendente passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui fica
No Momento da Verdade, o atendente se relaciona di- expressamente PROIBIDO o uso de termos como: amor,
retamente com o cliente, tentando atender a todas as suas bem, benzinho, chuchu, mulherzinha, queridinha, co-
necessidades. Não existe outra forma de atender, a não ser lega...
pelo contato direto e, portanto, a pessoa fundamental nes-
te momento é o cliente. 03. As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a im-
pressão de educação e respeito. São INCORRETAS as atitu-
B ) a hora des de transferir a ligação antes do cliente concluir o que
A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o iniciou a falar; passar a ligação para a pessoa ou ramal er-
presente, pois somente nele podemos atuar. rado ( mostrando com isso que não ouviu o que ele disse );
O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado desligar sem cumprimento ou saudação; dividir a atenção
e o futuro não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o com outras conversas; deixar o telefone tocar muitas vezes
presente como fonte de atuação. Nele, podemos agir e sem atender; dar risadas no telefone.
transformar. O aqui e agora são os únicos momentos
nos quais podemos interagir e precisamos fazer isto da Aspectos psicológicos do atendente
melhor forma. Nós falamos sobre a importância da postura de atendi-
mento. Porém, a base dela está nos aspectos psicológicos
C ) a tarefa do atendimento. Vamos a eles.
Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais im-
portante diante desta pessoa mais importante para nós, na Empatia
hora mais importante que é o aqui e o agora, é FAZER O O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA,
CLIENTE FELIZ, atendendo as suas necessidades. que significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a
Esta tríade se configura no fundamento dos Momentos capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, pro-
da Verdade e, para que estes sejam plenos, é necessário curando sempre entender as suas necessidades, os seus
que os funcionários de linha de frente, ou seja, que aten- anseios, os seus sentimentos. Dessa forma, é uma aptidão
dem os clientes, tenham poder de decisão. É necessário pessoal fundamental na relação atendente - cliente. Para
que os chefes concedam autonomia aos seus subordina- conseguirmos ser empáticos, precisamos nos despojar dos
dos para atuarem com precisão nos Momentos da Verdade. nossos preconceitos e preferências, evitando julgar o outro
a partir de nossas referências e valores.
Teleimagem A empatia alimenta-se da autoconsciência, que signifi-
Através do telefone, o atendente transmite a TELEIMA- ca estarmos abertos para conhecermos as nossas emoções.
GEM da empresa e dele mesmo. Quanto mais isto acontece, mais hábeis seremos na leitura
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
dos sentimentos dos outros. Quando não temos certeza bante. Ele entrou na sala do gerente, que imediatamente se
dos nossos próprios sentimentos, dificilmente consegui- levantou pedindo para ele se retirar, pois não era permitido
mos ver os dos outros. “pedir esmolas ali “. O senhor com muita paciência, retirou
E, a chave para perceber os sentimentos dos outros, de um saco plástico que carregava, um “bolo“ de dinheiro
está na capacidade de interpretar os canais não verbais de e disse: “eu quero comprar aquele carro ali”.
comunicação do outro, que são: os gestos, o tom de voz, Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata cla-
as expressões faciais... ramente o que podemos fazer com o outro quando pré-
Esta capacidade de empatizar-se com o outro, está li- -julgamos as situações.
gada ao envolvimento: sentir com o outro é envolver-se. Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo
Isto requer uma atitude muito sublime que se chama HU- é muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que
MILDADE. Sem ela é impossível ser empático. é e não é harmônico e com ele percebemos a essência dos
Quando não somos humildes, vemos as pessoas de fatos e situações.
maneira deturpada, pois olhamos através dos óculos do
Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado
orgulho e do egoísmo, com os quais enxergamos apenas
com a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de per-
o nosso pequenino mundo.
cepção, na qual vemos, escutamos e sentimos apenas aqui-
O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a
lo que nos interessa. Esta seleção age como um filtro, que
humanidade, impedindo-a de ser feliz.
Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho deixa passar apenas o que convém. Esta filtragem está dire-
, criando uma couraça ao nosso redor para nos proteger. tamente relacionada com a nossa condição física-psíquica
Com eles, nós achamos que somos tudo o que importa e emocional. Como é isso? Vamos entender:
esquecemos de olhar para o outro e perguntar como ele a)Se estou com medo de passar em rua deserta e es-
está, do que ele precisa, em que podemos ajudar. cura, a sombra do galho de uma árvore pode me assustar,
Esquecemos de perceber principalmente os seus sen- pois eu posso percebê-lo como um braço com uma faca
timentos e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos para me apunhalar;
tornamos vaidosos e passamos a ver os outros de acordo b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de
com o que estes óculos registram: os nossos preconceitos, um cheiro agradável de comida;
nossos valores, nossos sentimentos... c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a
Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não parte mais amena da repreensão e reprimir a mais severa.
sabemos repartir, não sabemos doar. Em alguns casos, a percepção seletiva age como meca-
Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mes- nismo de defesa.
mos, só lembramos de nós. É aqui que a empatia se dete-
riora, quando os nossos próprios sentimentos são tão for- O ESTADO INTERIOR
tes que não permitem harmonização com o outro e passam O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a
por cima de tudo. condição interna, o estado de espírito diante das situações.
OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABA- A atitude de quem atende o público está diretamente
LHAR COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE relacionada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente
DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS mantém um equilíbrio interno, sem tensões ou preocupa-
SEUS SENTIMENTOS E NECESSIDADES. ções excessivas, as suas atitudes serão mais positivas frente
ao cliente.
Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas, Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensa-
pois as raízes da moralidade estão na empatia. Para con- mentos e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes,
cluir, podemos lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O
dão suporte as atitudes frente ao cliente.
Pequeno Príncipe: “Só se vê bem com o coração; o essen-
Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensa-
cial é invisível aos olhos“. Isto é empatia.
mentos negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vai-
dade, as atitudes advindas deste estado, sofrerão as suas
PERCEPÇÃO
PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de com- influências e serão:
preender e captar as situações, o que exige sintonia e é * Atitudes preconceituosas;
fundamental no processo de atendimento ao público. Para * Atitudes de exclusão e repulsa;
percebermos melhor, precisamos passar pelo “esvaziamen- * Atitudes de fechamento;
to” de nós mesmos, ficando assim, mais próximos do outro. * Atitudes de rejeição.
Mas, como é isso? Vamos ficar vazios? É isso mesmo. Vamos É necessário haver um equilíbrio interno, uma
ficar vazios dos nossos preconceitos, das nossas antipatias, estabilidade, para que o atendente consiga manter uma
dos nossos medos, dos nossos bloqueios, vamos observar atitude positiva com os clientes e as situações.
as situações na sua totalidade, para entendermos melhor
o que o cliente deseja. Vamos ilustrar com um exemplo O ENVOLVIMENTO
real: certa vez, em uma loja de carros, entra um senhor de A demonstração de interesse, prestando atenção ao
aproximadamente 65 anos, usando um chapéu de palha, cliente e voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o
camiseta rasgada e calça amarrada na cintura por um bar- caminho para o verdadeiro sentido de atender.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
ou privadas, centros de documentação, arquivos privados dos documentos. Arquivos originários de uma instituição
ou públicos, instituições culturais etc. É o responsável pelo ou de uma pessoa devem manter a respectiva individuali-
gerenciamento da informação, gestão documental, conser- dade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não
vação, preservação e disseminação da informação contida devendo ser mesclados a outros de origem distinta.
nos documentos. Também tem por função a preservação
do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídi- Princípio da Organicidade: As relações administra-
ca), institução e, em última instância, da sociedade como tivas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A
um todo. Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos es-
e da elaboração de instrumentos de pesquisa, observan- pelham a estrutura, funções e atividades da entidade pro-
do as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e dutora/acumuladora em suas relações internas e externas.
permanente.
O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estu- Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gênero,
dos e técnicas de organização sistemática e conservação tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam
de arquivos, na elaboração de projetos e na implantação de seu caráter único, em função do contexto em que foram
instituições e sistemas arquivísticos, no gerenciamento da produzidos.
informação e na programação e organização de atividades
culturais que envolvam informação documental produzida Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os
pelos arquivos públicos e privados. Uma grande dificulda- fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão,
de é que muitas organizações não se preocupam com seus mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição
arquivos, desconhecendo ou desqualificando o trabalho indevida.
deste profissional, delegando a outros profissionais as ati-
vidades específicas do arquivista. Isto provoca problemas Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma for-
quanto à qualidade do serviço e de tudo o que, direta ou mação progressiva, natural e orgânica.
indiretamente, depende dela.
Arquivo é um conjunto de documentos criados ou re- LEGISLAÇÃO
cebidos por uma organização, firma ou indivíduo, que os
mantém ordenadamente como fonte de informação para a LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991
execução de suas atividades. Os documentos preservados
pelo arquivo podem ser de vários tipos e em vários supor- Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e
tes. As entidades mantenedoras de arquivos podem ser pú- privados e dá outras providências.
blicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), institucionais, Decreto nº 4.073, de 03.01.02, regulamenta a Lei
comerciais e pessoais. 8.159/91
Um documento (do latim documentum, derivado de O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con-
docere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
gráfico, que comprove a existência de um fato, a exatidão
ou a verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, do- CAPÍTULO I
cumentos são frequentemente sinônimos de atos, cartas Disposições Gerais
ou escritos que carregam um valor probatório.
Documento arquivístico: Informação registrada, inde- Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental
pendente da forma ou do suporte, produzida ou recebida e a de proteção especial a documentos de arquivos,
no decorrer da atividade de uma instituição ou pessoa e como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao
que possui conteúdo, contexto e estrutura suficientes para desenvolvimento científico e como elementos de prova e
servir de prova dessa atividade. informação.
Desde o desenvolvimento da Arquivologia como dis- Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta lei,
ciplina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por
nada tenha sido tão revolucionário quanto o desenvolvi- órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades
mento da concepção teórica e dos desdobramentos práti- privadas, em decorrência do exercício de atividades
cos da gestão. específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja
o suporte da informação ou a natureza dos documentos.
PRINCÍPIOS: Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto
Os princípios arquivísticos constituem o marco principal de procedimentos e operações técnicas referentes à sua
da diferença entre a arquivística e as outras “ciências” do- produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em
cumentárias. São eles: fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou
recolhimento para guarda permanente.
Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do do- Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos
cumento, relativamente a seu produtor. Por este princípio, públicos informações de seu interesse particular ou de
os arquivos devem ser organizados em obediência à com- interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de
petência e às atividades da instituição ou pessoa legitima- arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena
mente responsável pela produção, acumulação ou guarda de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem Parágrafo único. Na alienação desses arquivos o Poder
como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da Público exercerá preferência na aquisição.
honra e da imagem das pessoas. Art. 14. O acesso aos documentos de arquivos privados
Art. 5º A Administração Pública franqueará a consulta identificados como de interesse público e social poderá ser
aos documentos públicos na forma desta lei. franqueado mediante autorização de seu proprietário ou
Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo possuidor.
dano material ou moral decorrente da violação do sigilo, Art. 15. Os arquivos privados identificados como de
sem prejuízo das ações penal, civil e administrativa. interesse público e social poderão ser depositados a título
revogável, ou doados a instituições arquivísticas públicas.
CAPÍTULO II Art. 16. Os registros civis de arquivos de entidades
Dos Arquivos Públicos religiosas produzidos anteriormente à vigência do Código
Civil ficam identificados como de interesse público e social.
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de
documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas CAPÍTULO IV
atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, Da Organização e Administração de Instituições
do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas Arquivísticas Públicas
funções administrativas, legislativas e judiciárias.
§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos Art. 17. A administração da documentação pública ou
produzidos e recebidos por instituições de caráter público, de caráter público compete às instituições arquivísticas
por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais.
públicos no exercício de suas atividades. § 1º São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder
§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder
e de caráter público implica o recolhimento de sua Judiciário. São considerados, também, do Poder Executivo
documentação à instituição arquivística pública ou a sua os arquivos do Ministério da Marinha, do Ministério
transferência à instituição sucessora. das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do
Art. 8º Os documentos públicos são identificados como Ministério da Aeronáutica.
correntes, intermediários e permanentes. § 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder
§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles Executivo, o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do
em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam Poder Judiciário.
objeto de consultas frequentes. § 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do
§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles Poder Executivo, o Arquivo do Poder Legislativo e o arquivo
que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, do Poder Judiciário.
por razões de interesse administrativo, aguardam a sua § 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder
eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Executivo e o arquivo do Poder Legislativo.
§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de § 5º Os arquivos públicos dos Territórios são
documentos de valor histórico, probatório e informativo organizados de acordo com sua estrutura político-jurídica.
que devem ser definitivamente preservados. Art. 18. Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o
Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo
instituições públicas e de caráter público será realizada Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o
mediante autorização da instituição arquivística pública, na acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e
sua específica esfera de competência. implementar a política nacional de arquivos.
Art. 10. Os documentos de valor permanente são Parágrafo único. Para o pleno exercício de suas funções,
inalienáveis e imprescritíveis. o Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais.
Art. 19. Competem aos arquivos do Poder Legislativo
CAPÍTULO III Federal a gestão e o recolhimento dos documentos
Dos Arquivos Privados produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no
exercício das suas funções, bem como preservar e facultar
Art. 11. Consideram-se arquivos privados os conjuntos o acesso aos documentos sob sua guarda.
de documentos produzidos ou recebidos por pessoas Art. 20. Competem aos arquivos do Poder Judiciário
físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades. Federal a gestão e o recolhimento dos documentos
Art. 12. Os arquivos privados podem ser identificados produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no
pelo Poder Público como de interesse público e social, exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos
desde que sejam considerados como conjuntos de fontes de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o
relevantes para a história e desenvolvimento científico acesso aos documentos sob sua guarda.
nacional. Art. 21. Legislação estadual, do Distrito Federal e
Art. 13. Os arquivos privados identificados como municipal definirá os critérios de organização e vinculação
de interesse público e social não poderão ser alienados dos arquivos estaduais e municipais, bem como a gestão
com dispersão ou perda da unidade documental, nem e o acesso aos documentos, observado o disposto na
transferidos para o exterior. Constituição Federal e nesta lei.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Procura anular a sinonímia (palavras de • Deverá ter em conta a evolução futura das atribui-
significação idêntica ou parecida, mas não tem o mesmo ções do serviço deixando espaço livre para novas inclusões;
valor e emprego), representando para um mesmo conceito • Ser revista periodicamente, corrigindo os erros ou
a escolha de um mesmo termo; classificações mal efetuadas, e promover a sua atualização
Utiliza, sempre que possível, termos de sempre que se entender conveniente.
estrutura idêntica para a representação de conceitos aná-
logos. A função da gestão de documentos e arquivos nos sis-
temas nacionais de informação, segundo o qual um pro-
c) Coerência grama geral de gestão de documentos, para alcançar eco-
Aplicação dos mesmos princípios e cri- nomia e eficácia, envolve as seguintes fases:
térios de escolha para a resolução de casos análogos, im- • produção: concepção e gestão de formulários,
plicando uma uniformidade intrínseca ao próprio sistema. preparação e gestão de correspondência, gestão de infor-
mes e diretrizes, fomento de sistemas de gestão da infor-
d) Pertinência mação e aplicação de tecnologias modernas a esses pro-
A indexação deve ser feita sempre em cessos;
função do utilizador. • utilização e conservação: criação e melhoramen-
to dos sistemas de arquivos e de recuperação de dados,
e) Eficácia gestão de correio e telecomunicações, seleção e uso de
Capacidade de um sistema de informa- equipamento reprográfico, análise de sistemas, produção e
ção recuperar a informação relevante, nele armazenada de manutenção de programas de documentos vitais e uso de
uma forma eficaz e com o mínimo de custo. A qualidade automação e reprografia nestes processos;
num processo de indexação é influenciada pelos seguintes • destinação: a identificação e descrição das séries
parâmetros: documentais, estabelecimento de programas de avaliação
• Características dos instrumentos de indexação uti- e destinação de documentos, arquivamento intermediário,
lizados; eliminação e recolhimento dos documentos de valor per-
• Características do indexador: manente às instituições arquivísticas.
• Pessoais: objetividade, imparcialidade, espírito de O código de classificação de documentos de arquivo é
análise, capacidade de síntese, desenvolvimento intelec-
um instrumento de trabalho utilizado para classificar todo
tual, sociabilidade, cultura geral, cultura específica e outras.
e qualquer documento produzido ou recebido por um ór-
• Profissionais: conhecimento técnicos que permi-
gão no exercício de suas funções e atividades. A classifica-
tam decisões acertadas, conhecimentos profundos acerca
ção por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os
do sistema de indexação em que está integrado.
documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar
sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacio-
Plano de Classificação
nadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência,
O objetivo primordial de uma eficaz estruturação dos
arquivos consiste na criação de condições para a recupe- recolhimento e acesso a esses documentos, uma vez que
ração da informação de forma rápida, segura e eficaz. Por o trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo
esta razão, se deve estabelecer no início de funcionamento do documento, o qual reflete a atividade que o gerou e
de um arquivo, o plano de classificação ou plano do arqui- determina o uso da informação nele contida. A classifica-
vo. ção define, portanto, a organização física dos documentos
O conceito de classificação e o respectivo siste- arquivados, constituindo-se em referencial básico para sua
ma classificativo a ser adotado, são de uma importância recuperação.
decisiva na elaboração de um plano de classificação que No código de classificação, as funções, atividades, es-
permita um bom funcionamento do arquivo. É uma tarefa pécies e tipos documentais genericamente denominados
muito importante, primordial, difícil e morosa e deve ser assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de
elaborada com o máximo cuidado de forma a não se acordo com as funções e atividades desempenhadas pelo
cometerem erros que se repercutirão na estrutura e bom órgão. Em outras palavras, os assuntos recebem códigos
funcionamento do arquivo. numéricos, os quais refletem a hierarquia funcional do
Um bom plano de classificação deve possuir as seguin- órgão, definida através de classes, subclasses, grupos e
tes características: subgrupos, partindo-se sempre do geral para o particular.
• Satisfazer as necessidades práticas do serviço, A classificação deve ser realizada por servidores treina-
adotando critérios que potenciem a resolução dos proble- dos, de acordo com as seguintes operações.
mas. Quanto mais simples forem as regras de classificação a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a
adotadas, tanto melhor se efetuará a ordenação da docu- fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e
mentação; quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A
• A sua construção deve estar de acordo com as referência cruzada é um mecanismo adotado quando o
atribuições do organismo (divisão de competências) ou em conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos.
última análise, focando a estrutura das entidades de onde b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código
provém a correspondência; correspondente ao assunto de que trata o documento.
89
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Rotinas correspondentes às operações de classifica- em 1993, um grupo de trabalho composto por técnicos
ção do Arquivo Nacional e daquela secretaria, cujos resultados,
relativos às atividade-meio, serviriam de subsídio ao es-
1. Receber o documento para classificação; tabelecimento de prazos de guarda e destinação para os
2. Ler o documento, identificando o assunto principal e documentos da administração pública federal. A tabela,
o(s) secundário(s) de elaborada com base nas experiências já desenvolvidas pe-
acordo com seu conteúdo; los dois órgãos, foi encaminhada, em 1994, à Direção Geral
3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação do Arquivo Nacional para aprovação.
de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando ne- Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos
cessário; (Conarq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras,
4. Anotar o código na primeira folha do documento; a Câmara Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para
5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assun- dar suporte às atividades do conselho. Sua primeira tarefa
tos secundários. foi analisar e discutir a tabela de temporalidade elabora-
da pelo grupo de trabalho Arquivo Nacional/SEPLAN, com
A avaliação constitui-se em atividade essencial do ci- o objetivo de torná-la aplicável também aos documentos
clo de vida documental arquivístico, na medida em que produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e
define quais documentos serão preservados para fins ad- municipal, servindo como orientação a todos os órgãos
ministrativos ou de pesquisa e em que momento poderão participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar).
ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário e O modelo ora apresentado constitui-se em instru-
permanente, segundo o valor e o potencial de uso que mento básico para elaboração de tabelas referentes às
apresentam para a administração que os gerou e para a atividade-meio do serviço público, podendo ser adaptado
sociedade. de acordo com os conjuntos documentais produzidos e
Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a ava- recebidos. Vale ressaltar que a aplicação da tabela deverá
liação de documentos no serviço público datam do final do estar condicionada à aprovação por instituição arquivística
século passado, em países da Europa, nos Estados Unidos pública na sua específica esfera de competência.
e no Canadá. No Brasil, a preocupação com a avaliação de
documentos públicos não é recente, mas o primeiro passo Arquivamento e ordenação de documentos
para sua regulamentação ocorreu efetivamente com a lei
federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que em seu artigo O arquivamento é o conjunto de técnicas e procedi-
9º dispõe que “a eliminação de documentos produzidos mentos que visa ao acondicionamento e armazenamento
por instituições públicas e de caráter público será realizada dos documentos no arquivo. Devemos considerar duas for-
mediante autorização de instituição arquivística pública, na mas de arquivamento: A horizontal e a vertical.
sua específica esfera de competência”. Arquivamento Horizontal: os documentos são dispos-
O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técni- tos uns sobre os outros, ―deitados‖, dentro do mobiliário.
co sob o título Orientação para avaliação e arquivamento É indicado para arquivos permanentes e para documentos
intermediário em arquivos públicos, do qual constam dire- de grandes dimensões, pois evitam marcas e dobras nos
trizes gerais para a realização da avaliação e para a elabo- mesmos.
ração de tabelas de temporalidade. Em 1986, iniciaram-se Arquivamento Vertical: os documentos são dispostos
as primeiras atividades de avaliação dos acervos de caráter uns atrás dos outros dentro do mobiliário. É indicado para
intermediário sob a guarda da então Divisão de Pré-Ar- arquivos correntes, pois facilita a busca pela mobilidade
quivo do Arquivo Nacional, desta vez com a preocupação na disposição dos documentos. Para o arquivamento e
de estabelecer prazos de guarda com vista à eliminação ordenação dos documentos no arquivo, devemos consi-
e, consequentemente, à redução do volume documental e derar tantos os métodos quanto os sistemas. Os Sistemas
racionalização do espaço físico. de Arquivamento nada mais são do que a possibilidade ou
A metodologia adotada à época envolveu pesquisas não de recuperação da informação sem o uso de instru-
na legislação que regula a prescrição de documentos ad- mentos. Tudo o que isso quer dizer é apenas se precisa ou
ministrativos, e entrevistas com historiadores e servidores não de uma ferramenta (índice, tabela ou qualquer outro
responsáveis pela execução das atividades nos órgãos pú- semelhante) para localizar um documento em um arquivo.
blicos, que forneceram as informações relativas aos valores Quando NÃO HÁ essa necessidade, dizemos que é um sis-
primário e secundário dos documentos, isto é, ao seu po- tema direto de busca e/ou recuperação, como por exem-
tencial de uso para fins administrativos e de pesquisa, res- plo, os métodos alfabético e geográfico, que estudaremos
pectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que restrito à nesta aula. Quando HÁ essa necessidade, dizemos que é
documentação já depositada no arquivo intermediário do um sistema indireto de busca e/ou recuperação, como são
Arquivo Nacional, foi constituída, em 1993, uma Comissão os métodos numéricos. Existe ainda outro sistema, chama-
Interna de Avaliação que referendou os prazos de guarda e do semidireto , que não aparece em provas, mas que serve
destinação propostos. apenas para agregar o método alfanumérico, que estuda-
Com o objetivo de elaborar uma tabela de tempora- remos adiante. Este método se caracteriza pela ―neces-
lidade para documentos da então Secretaria de Planeja- sidade parcial da utilização de instrumentos de pesquisa.
mento, Orçamento e Coordenação (SEPLAN), foi criado, Por exemplo, precisamos de uma tabela para localizar uma
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
estante, mas não para localizar uma gaveta ou prateleira: a A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas
partir da localização da estante, a prateleira será localizada formas de concentração dos arquivos, seja ao nível da ad-
deforma direta. ministração (fases corrente e intermediária), seja no âmbito
dos arquivos públicos (permanentes ou históricos). Assim,
A tabela de temporalidade deverá contemplar as a distribuição dos prazos de guarda nas fases corrente e
atividade-meio e atividades-fim de cada órgão público. intermediária foi definida a partir das seguintes variáveis:
Desta forma, caberá aos mesmos definir a temporalidade e I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com
destinação dos documentos relativos às suas atividades es- serviços de arquivamento intermediário:
pecíficas, complementando a tabela básica. Posteriormen- Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se
te, esta deverá ser encaminhada à instituição arquivística enquadram nesta variável, há necessidade de redistribui-
pública para aprovação e divulgação, por meio de ato legal ção dos prazos, considerando-se as características de cada
que lhe confira legitimidade. fase, desde que o prazo total de guarda não seja alterado,
A tabela de temporalidade é um instrumento arquivís- de forma a contemplar os seguintes setores arquivísticos:
tico resultante de avaliação, que tem por objetivos definir - arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao
prazos de guarda e destinação de documentos, com vista arquivo da unidade organizacional);
a garantir o acesso à informação a quantos dela necessi- - arquivo central (fase intermediária I, que corresponde
tem. Sua estrutura básica deve necessariamente contem- ao setor de arquivo geral/central da instituição);
plar os conjuntos documentais produzidos e recebidos por - arquivo intermediário (fase intermediária II, que cor-
uma instituição no exercício de suas atividades, os prazos responde ao depósito de arquivamento intermediário, ge-
de guarda nas fases corrente e intermediária, a destina- ralmente subordinado à instituição arquivística pública nas
ção final – eliminação ou guarda permanente, além de um esferas federal, estadual e municipal).
campo para observações necessárias à sua compreensão e II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam
aplicação. com serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos
situados nesta variável, as unidades organizacionais são
Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utiliza- responsáveis pelo arquivamento corrente e o arquivo cen-
ção do instrumento: tral funciona como arquivo intermediário, obedecendo aos
prazos previstos para esta fase e efetuando o recolhimento
1. Assunto: Neste campo são apresentados os con- ao arquivo permanente.
juntos documentais produzidos e recebidos, hierarquica- III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam
mente distribuídos de acordo com as funções e atividades com serviços de arquivamento intermediário: Nesta variá-
desempenhadas pela instituição. Para possibilitar melhor vel, as unidades organizacionais também funcionam como
identificação do conteúdo da informação, foram emprega- arquivo corrente, transferindo os documentos – depois de
das funções, atividades, espécies e tipos documentais, ge- cessado o prazo previsto para esta fase – para o arquivo
nericamente denominados assuntos, agrupados segundo intermediário, que promoverá o recolhimento ao arquivo
um código de classificação, cujos conjuntos constituem o permanente.
referencial para o arquivamento dos documentos. IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem
Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice, contam com serviços de arquivamento intermediário:
que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeti- Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades
camente para agilizar a sua localização na tabela. organizacionais são igualmente responsáveis pelo arquiva-
mento corrente, ficando a guarda intermediária a cargo das
2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário mesmas ou do arquivo público, o qual deverá assumir tais
para arquivamento dos documentos nas fases corrente e in- funções.
termediária, visando atender exclusivamente às necessida-
des da administração que os gerou, mencionado, preferen- 3. Destinação final: Neste campo é registrada a desti-
cialmente, em anos. Excepcionalmente, pode ser expresso nação estabelecida que pode ser a eliminação, quando o
a partir de uma ação concreta que deverá necessariamente documento não apresenta valor secundário (probatório ou
ocorrer em relação a um determinado conjunto documen- informativo) ou a guarda permanente, quando as informa-
tal. Entretanto, deve ser objetivo e direto na definição da ções contidas no documento são consideradas importan-
ação – exemplos: até aprovação das contas; até homolo- tes para fins de prova, informação e pesquisa.
gação da aposentadoria; e até quitação da dívida. O prazo A guarda permanente será sempre nas instituições ar-
estabelecido para a fase corrente relaciona-se ao período quivísticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos
em que o documento é frequentemente consultado, exi- estaduais, do Distrito Federal e municipais), responsáveis
gindo sua permanência junto às unidades organizacionais. pela preservação dos documentos e pelo acesso às infor-
A fase intermediária relaciona-se ao período em que o do- mações neles contidas. Outras instituições poderão manter
cumento ainda é necessário à administração, porém com seus arquivos permanentes, seguindo orientação técnica
menor frequência de uso, podendo ser transferido para de- dos arquivos públicos, garantindo o intercâmbio de infor-
pósito em outro local, embora à disposição desta. mações sobre os respectivos acervos.
91
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
4. Observações: Neste campo são registradas informa- É importante que os registros relativos aos documentos
ções complementares e justificativas, necessárias à correta sejam incorporados a um sistema de informações, como
aplicação da tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto um banco de dados, e que os sistemas de recuperação
à alteração do suporte da informação e aspectos elucidati- sejam amplamente compatíveis.
vos quanto à destinação dos documentos, segundo a par-
ticularidade dos conjuntos documentais avaliados. Áreas de Armazenamento
A necessidade de comunicação é tão antiga como a Todos os documentos devem ser armazenados em lo-
formação da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia cais que apresentem condições ambientais apropriadas às
de se perpetuar, teve sempre a preocupação de registrar suas necessidades de preservação, pelo prazo de guarda
suas observações, seu pensamento, para os legar às gera- estabelecido em tabela de temporalidade e destinação.
ções futuras.
Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada
Áreas Externas
mais é do que registrar e guardar. Por sua vez, no seu sen-
tido mais simples, guardar é arquivar. A localização de um depósito de arquivo deve prever
Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre facilidades de acesso e de segurança contra perigos imi-
o verdadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indis- nentes, evitando-se, por exemplo:
cutivelmente, por anos e anos, estas instituições tiveram - áreas de risco de vendavais e outras intempéries, e de
mais ou menos o mesmo objetivo. Eram elas depósitos de inundações, como margens de rios e subsolos;
tudo o que se produzira a mente humana, isto é, do resul- - áreas de risco de incêndios, próximas a postos de
tado do trabalho intelectual e espiritual do homem. combustíveis, depósitos e distribuidoras de gases, e cons-
O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens, truções irregulares;
evita repetição desnecessárias de experiências, diminui a - áreas próximas a indústrias pesadas com altos índices
duplicidade de documentos, revela o que está por ser feito, de poluição atmosférica, como refinarias de petróleo;
o que já foi feito e os resultados obtidos. Constitui fonte de - áreas próximas a instalações estratégicas, como in-
pesquisa para todos os ramos administrativos e auxilia o dústrias e depósitos de munições, de material bélico e ae-
administrador a tomada de decisões. roportos.
Acondicionamento, Armazenamento, Preservação Áreas Internas
e Conservação de Documentos de Arquivo As áreas de trabalho e de circulação de público deve-
Nos processos de produção, tramitação, organização e
rão atender às necessidades de funcionalidade e conforto,
acesso aos documentos, deverão ser observados procedi-
enquanto as de armazenamento de documentos devem
mentos específicos, de acordo com os diferentes gêneros
documentais, com vistas a assegurar sua preservação du- ser totalmente independentes das demais. O manual Reco-
rante o prazo de guarda estabelecido na tabela de tempo- mendações para a construção de arquivos, publicado pelo
ralidade e destinação. CONARQ em 2000, reúne as indicações para a construção,
Alguns documentos, conforme as normas vigentes de- reforma e adequação de edifícios de arquivos.
verão ser produzidos em formatos padronizados. Os docu- • Áreas de Depósito
mentos identificados nas tabelas de temporalidade e des- Nas áreas de depósito, os cuidados devem ser dirigi-
tinação como de valor permanente deverão ser produzidos dos a:
em papéis alcalinos. - evitar, principalmente, os subsolos e porões, em ra-
Cabe acrescentar que: zão do grande risco de inundações, dando preferência a
- Os papéis das capas de processos devem ser alcali- terrenos mais elevados, distanciados do lençol freático. No
nos; caso de depósitos em andares térreos, prever pisos mais
- As presilhas devem ser em plástico ou metal não oxi- elevados em relação ao solo e com boas condições de dre-
dável; nagem deste, pelas mesmas razões;
- As práticas de grampear e de colar documentos de- - prever condições estruturais de resistência a cargas,
vem ser evitadas; de acordo com as Recomendações para a construção de ar-
- Os dossiês, processos e volumes devem ser arquiva- quivos, do CONARQ;
dos em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com suas
- a área dos depósitos não deve exceder a 200m2. Se
dimensões.
necessário, os depósitos deverão ser compartimentados.
Todos os documentos devem ser preservados em con-
dições adequadas ao seu uso, pelos prazos de guarda es- Os compartimentos devem ser independentes entre si,
tabelecidos nas tabelas de temporalidade e destinação de separados por corredores, com acessos equipados com
documentos. portas corta-fogo e, de preferência, também com sistemas
A informação deve estar adequadamente identificada, independentes de energia elétrica, de aeração ou de cli-
classificada e controlada, para que a localização e a devo- matização;
lução ao local de depósito sejam realizadas de forma ágil e - evitar tubulações hidráulicas, caixas d’água e quadros
sem riscos de danos ou extravios. Para que esses procedi- de energia elétrica sobre as áreas de depósito;
mentos sejam efetivos e possam assegurar a manutenção - evitar todo tipo de material que possa promover risco
das condições de acesso, eles devem ser regularmente re- de propagação de fogo ou formação de gases, como ma-
vistos. deiras, pinturas e revestimentos;
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Os documentos de valor permanente que apresentam - utilizar escadas seguras, especialmente desenhadas
grandes formatos, como mapas, plantas e cartazes, devem para a retirada de documentos das estantes, bem como
ser armazenados horizontalmente, em mapotecas adequa- carrinhos, para o seu transporte entre o depósito e a sala
das às suas medidas, ou enrolados sobre tubos confeccio- de consulta, visando à segurança no trabalho e à integrida-
nados em cartão alcalino e acondicionados em armários ou de dos documentos;
gavetas. Nenhum documento deve ser armazenado direta- - transportar documentos entre seções, para expo-
mente sobre o chão. sições ou para empréstimos externos ou serviços de ter-
As mídias magnéticas, como fitas de vídeo, áudio e de ceiros, como microfilmagem e conservação, seguindo
computador, devem ser armazenadas longe de campos procedimentos padronizados de embalagem, transporte
magnéticos que possam causar a distorção ou a perda de e manuseio, visando à preservação e segurança dos do-
dados. O armazenamento será preferencialmente em mo- cumentos.
biliário de aço tratado com pintura sintética, de efeito an-
tiestático. Segurança
As embalagens protegem os documentos contra a Toda instituição arquivística deve contar com um Plano
poeira e danos acidentais, minimizam as variações externas de Emergência escrito, direcionado para a prevenção con-
de temperatura e umidade relativa e reduzem os riscos de tra riscos potenciais e para o salvamento de acervos em
danos por água e fogo em casos de desastre. situações de calamidade com fogo, água, insetos, roubo e
As caixas de arquivo devem ser resistentes ao manu- vandalismo.
Este plano deve incluir:
seio, ao peso dos documentos e à pressão, caso tenham de
Um programa de manutenção do edifício, partindo de
ser empilhadas. Precisam ser mantidas em boas condições
um diagnóstico prévio do prédio e de sua localização, para
de conservação e limpeza, de forma a proteger os docu-
identificar:
mentos.
- riscos geográficos e climáticos que possam ameaçar
As medidas de caixas, envelopes ou pastas devem res- o prédio e o acervo;
peitar formatos padronizados, e devem ser sempre supe- - vulnerabilidades do edifício, quanto à sua função de
riores às dos documentos que irão abrigar. proteger os acervos;
Todos os materiais usados para o armazenamento de - níveis de vulnerabilidade dos materiais que compõem
documentos permanentes devem manter-se quimicamente o acervo;
estáveis ao longo do tempo, não podendo provocar quais- - vulnerabilidades administrativas (ex.: seguro, segu-
quer reações que afetem a preservação dos documentos. rança).
Os papéis e cartões empregados na produção de cai-
xas e invólucros devem ser alcalinos e corresponder às ex- Um plano de metas concretas e cronograma de prio-
pectativas de preservação dos documentos. ridades para a eliminação do maior número possível de
No caso de caixas não confeccionados em cartão alca- riscos:
lino, recomenda-se o uso de invólucros internos de papel - inspecionar regularmente o prédio;
alcalino, para evitar o contato direto de documentos com - manter em perfeitas condições de funcionamento os
materiais instáveis. sistemas elétrico, hidráulico e de esgoto do prédio;
- implantar um programa integrado contra pragas;
Manuseio e Transporte - instalar sistemas confiáveis de detecção e combate de
O manuseio requer cuidados especiais, tanto pelos téc- incêndio e de suprimento elétrico de emergência;
nicos, durante o tratamento dos documentos, quanto pelos - manter todo o acervo documental identificado e in-
usuários, merecendo recomendações afixadas nas salas de ventariado;
trabalho e de consulta, a saber: - implantar procedimentos de segurança e de limpeza
- manusear os documentos originais com mãos limpas, periódica nos depósitos.
de preferência fazendo uso de luvas. Além de luvas, os téc-
nicos devem também utilizar guarda-pós, e máscaras para Um plano de salvamento e de segurança humanos:
o manuseio de documentos. - formar e treinar periodicamente a brigada de incên-
dio;
Esta recomendação atende à saúde de usuários e téc-
- utilizar sinalização de segurança e de escape para ca-
nicos, considerando-se que no passado foi frequente o uso
sos de emergência;
de inseticidas, que em muitos casos ainda preservam ele-
- efetuar treinamentos e simulações periódicas de
vados níveis de toxidez. emergência.
Esporos de microorganismos também podem ser fato-
res de contaminação e toxidez; Um plano de salvamento de acervos (plano de emer-
- utilizar também luvas e máscaras ao manusear foto- gência):
grafias, filmes, microfilmes, discos e suportes magnéticos e As instituições depositárias de acervos deverão ter um
ópticos, considerando-se a fragilidade desses materiais e a plano de emergência escrito para salvamento do acervo
necessidade de proteção dos usuários; em casos de calamidade, atendendo às especificidades de
- manusear documentos de grandes formatos em me- seu acervo e às condições de localização do mesmo em
sas de grandes dimensões;
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Num levantamento cuidadoso das condições de con- e fluorescentes (vapor de mercúrio). Deve-se evitar a luz
servação dos documentos de um acervo, é possível iden- natural e as lâmpadas fluorescentes, que são fontes gera-
tificar facilmente as consequências desses fatores, quando doras de UV. A intensidade da luz é medida através de um
não controlados dentro de uma margem de valores acei- aparelho denominado luxímetro ou fotômetro.
tável. Algumas medidas podem ser tomadas para proteção
Todos fazem parte do ambiente e atuam em conjunto. dos acervos:
Sem a pretensão de aprofundar as explicações científi- - As janelas devem ser protegidas por cortinas ou per-
cas de tais fatores, podemos resumir suas ações da seguin- sianas que bloqueiem totalmente o sol; essa medida tam-
te forma: bém ajuda no controle de temperatura, minimizando a ge-
1.1 Temperatura e umidade relativa: O calor e a umi- ração de calor durante o dia.
dade contribuem significativamente para a destruição dos - Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no
documentos, principalmente quando em suporte-papel. O controle da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto
desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O ca- em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo de vida
lor acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações limitado).
químicas, inclusive as de deterioração, é dobrada a cada - Cuidados especiais devem ser considerados em ex-
aumento de 10°C. A umidade relativa alta proporciona as posições de curto, médio e longo tempo:
condições necessárias para desencadear intensas reações - não expor um objeto valioso por muito tempo;
químicas nos materiais. Evidências de temperatura e umi- - manter o nível de luz o mais baixo possível;
dade relativa altas são detectadas com a presença de co- - não colocar lâmpadas dentro de vitrines;
lônias de fungos nos documentos, sejam estes em papel, - proteger objetos com filtros especiais;
couro, tecido ou outros materiais. - certificar-se de que as vitrines sejam feitas de mate-
Umidade relativa do ar e temperatura muito baixas riais que não danifiquem os documentos.
transparecem em documentos distorcidos e ressecados. 1.3 Qualidades do ar: O controle da qualidade do ar
As flutuações de temperatura e umidade relativa do ar é essencial num programa de conservação de acervos. Os
são muito mais nocivas do que os índices superiores aos poluentes contribuem pesadamente para a deterioração de
considerados ideais, desde que estáveis e constantes. To- materiais de bibliotecas e arquivos.
dos os materiais encontrados nos acervos são higroscópi- Há dois tipos de poluentes – os gases e as partículas
sólidas – que podem ter duas origens: os que vêm do am-
cos, isto é, absorvem e liberam umidade muito facilmente
biente externo e os gerados no próprio ambiente.
e, portanto, se expandem e se contraem com as variações
Os poluentes externos são principalmente o dióxido de
de temperatura e umidade relativa do ar.
enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o Ozô-
Essas variações dimensionais aceleram o processo de
nio (O3). São gases que provocam reações químicas, com
deterioração e provocam danos visíveis aos documentos,
formação de ácidos que causam danos sérios e irreversí-
ocasionando o craquelamento de tintas, ondulações nos
veis aos materiais. O papel fica quebradiço e descolorido; o
papéis e nos materiais de revestimento de livros, danos nas couro perde a pele e deteriora.
emulsões de fotos etc.. As partículas sólidas, além de carregarem gases po-
O mais recomendado é manter a temperatura o mais luentes, agem como abrasivos e desfiguram os documen-
próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a tos.
50%, evitando-se de todas as formas as oscilações de 3°C Agentes poluentes podem ter origem no próprio am-
de temperatura e 10% de umidade relativa. biente do acervo, como no caso de aplicação de vernizes,
O monitoramento, que nos dá as diretrizes para qual- madeiras, adesivos, tintas etc., que podem liberar gases
quer projeto de mudança, é feito através do termo higrô- prejudiciais à conservação de todos os materiais.
metro (aparelho medidor da umidade e temperatura simul- 2. Agentes biológicos
taneamente). Os agentes biológicos de deterioração de acervos são,
A circulação do ar ambiente representa um fator bas- entre outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedo-
tante importante para amenizar os efeitos da temperatura res e os fungos, cuja presença depende quase que exclu-
e umidade relativa elevada. sivamente das condições ambientais reinantes nas depen-
1.2 Radiação da luz dências onde se encontram os documentos.
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite Para que atuem sobre os documentos e proliferem, ne-
radiação nociva aos materiais de acervos, provocando con- cessitam de conforto ambiental e alimentação. O confor-
sideráveis danos através da oxidação. to ambiental para praticamente todos os seres vivos está
O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, escu- basicamente na temperatura e umidade relativa elevadas,
recido. As tintas desbotam ou mudam de cor, alterando a pouca circulação de ar, falta de higiene etc.
legibilidade dos documentos textuais, dos iconográficos e 2.1 Fungos
das encadernações. Os fungos representam um grupo grande de organis-
O componente da luz que mais merece atenção é a ra- mos. São conhecidos mais de 100.000 tipos que atuam em
diação ultravioleta (UV). Qualquer exposição à luz, mesmo diferentes ambientes, atacando diversos substratos. No
que por pouco tempo, é nociva e o dano é cumulativo e caso dos acervos de bibliotecas e arquivos, são mais co-
irreversível. A luz pode ser de origem natural (sol) e artifi- muns aqueles que vivem dos nutrientes encontrados nos
cial, proveniente de lâmpadas incandescentes (tungstênio) documentos.
96
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
97
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Quando o ataque se torna uma infestação, é preciso Qualquer tratamento que se queira aplicar exige um
buscar a ajuda de um profissional especializado. conhecimento das características individuais dos docu-
A providência a ser tomada é identificar o documento mentos e dos materiais a serem empregados no proces-
atacado e, se possível, isolá-lo até tratamento. A higieniza- so de conservação. Todos os profissionais de bibliotecas
ção de infestados por brocas deve ser feita em lugar dis- e arquivos devem ter noções básicas de conservação dos
tante, devido ao risco de espalhar ovos ou muitas larvas documentos com que lidam, seja para efetivamente exe-
pelo ambiente. cutá-la, seja para escolher os técnicos capazes de fazê-lo,
Estes insetos precisam ser muito bem controlados: por controlando seu trabalho. Os conhecimentos de conserva-
mais que se higienize o ambiente e se removam as larvas ção ajudam a manter equipes de controle ambiental, con-
e resíduos, corre-se o risco de não eliminar totalmente os trole de infestações, higienização do ambiente e dos docu-
ovos. Portanto, após a higienização, os documentos devem mentos, melhorando as condições do acervo.
ser revistos de tempos em tempos. Pequenos reparos e acondicionamentos simples po-
Todo tratamento mais agressivo deve ser feito por pro- dem ser realizados por aqueles que tenham sido treinados
fissionais especializados, pois o uso de qualquer produto nas técnicas e critérios básicos de intervenção.
químico pode acarretar danos intensos aos documentos. 4. Problemas no manuseio de livros e documentos
Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só O manuseio inadequado dos documentos é um fator
para as coleções como para o prédio em si. de degradação muito frequente em qualquer tipo de acer-
Vivem em sociedades muito bem organizadas, repro- vo.
duzem-se em ninhos e a ação é devastadora onde quer O manuseio abrange todas as ações de tocar no do-
que ataquem. Na grande maioria das vezes, sua presença cumento, sejam elas durante a higienização pelos funcio-
só é detectada depois de terem causado grandes danos. nários da instituição, na remoção das estantes ou arquivos
Os cupins percorrem áreas internas de alvenaria, tubu- para uso do pesquisador, nas foto-reproduções, na pesqui-
lações, conduítes de instalações elétricas, rodapés, baten- sa pelo usuário etc. O suporte-papel tem uma resistência
tes de portas e janelas etc., muitas vezes fora do alcance determinada pelo seu estado de conservação. Os critérios
dos nossos olhos. para higienização, por exemplo, devem ser formulados me-
Chegam aos acervos em ataques massivos, através de diante avaliação do estado de degradação do documento.
estantes coladas às paredes, caixas de interruptores de luz,
Os limites devem ser obedecidos. Há documentos que, por
assoalhos etc.
mais que necessitem de limpeza, não podem ser manipu-
Os ninhos não precisam obrigatoriamente estar dentro
lados durante um procedimento de higienização, porque o
dos edifícios das bibliotecas e arquivos.
tratamento seria muito mais nocivo à sua integridade, que
Podem estar a muitos metros de distância, inclusive na
é o item mais importante a preservar, do que a eliminação
base de árvores ou outros prédios.
da sujidade.
Com muita frequência, quando os cupins atacam o
acervo, já estão instalados em todo o prédio. Da mesma 4.1 Furto e vandalismo
forma que os outros agentes citados anteriormente, os Um volume muito grande de documentos em nossos
cupins se instalam em ambientes com índices de tempe- acervos é vítima de furtos e vandalismo.
ratura e umidade relativa elevados, ausência de boa circu- A falta de segurança e nenhuma política de controle
lação de ar, falta de higienização e pouco manuseio dos são a causa desse desastre.
documentos. Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A
No caso de ataque de cupim, não há como solucionar quantidade de documentos mutilados aumenta dia a dia.
o problema sozinho. O ideal é buscar auxílio com um pro- Esse é o tipo de dano que, muitas vezes, só se constata
fissional especializado na área de conservação de acervos muito tempo depois. É necessário implantar uma política
para cuidar dos documentos atacados e outro profissional de proteção, mesmo que seja através de um sistema de
capacitado para cuidar do extermínio dos cupins que estão segurança simples.
na parte física do prédio. O tratamento recomendado para Durante o período de fechamento das instituições, a
o extermínio dos cupins ou para prevenção contra novos melhor proteção é feita com alarmes e detectores internos.
ataques é feito mediante barreiras químicas adequada- O problema é durante o horário de funcionamento, que é
mente projetadas. quando os fatos acontecem.
3. Intervenções inadequadas nos acervos O recomendado é que se tenha uma só porta de entra-
Chamamos de intervenções inadequadas todos os pro- da e saída das instalações onde se encontra o acervo, para
cedimentos de conservação que realizamos em um con- ser usada tanto pelos consulentes/pesquisadores quanto
junto de documentos com o objetivo de interromper ou pelos funcionários.
melhorar seu estado de degradação. Muitas vezes, com a As janelas devem ser mantidas fechadas e trancadas.
boa intenção de protegê-los, fazemos intervenções que re- Nas áreas destinadas aos usuários, o encarregado precisa
sultam em danos ainda maiores. ter uma visão de todas as mesas, permanecendo no local
Nos acervos formados por livros, fotografias, docu- durante todo o horário de funcionamento. As chaves das
mentos impressos, documentos manuscritos, mapas, plan- salas de acervo e o acesso a elas devem estar disponíveis
tas de arquitetura, obras de arte etc., é preciso ver que, se- apenas a um número restrito de funcionários.
gundo sua natureza, cada um apresenta suportes, tintas, Na devolução dos documentos, é preciso que o funcio-
pigmentos, estruturas etc. completamente diferentes. nário faça uma vistoria geral em cada um.
98
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
• Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e, Para a limpeza de livros utilizamos trinchas de diferen-
portanto, extremamente nocivos ao papel. São rapidamen- tes tamanhos, pincéis, flanelas macias, aspiradores de baixa
te absorvidos, alterando seriamente o pH do papel. potência com proteção de boca, pinças, espátulas de metal,
8.1.3 Avaliação do objeto a ser limpo entre outros materiais.
Cada objeto deve ser avaliado individualmente para Na limpeza do couro, é recomendável somente a utili-
determinar se a higienização é necessária e se pode ser zação de pincel e flanela macia, caso o couro esteja íntegro.
realizada com segurança. No caso de termos as condições Não se deve tratá-lo com óleos e solventes.
abaixo, provavelmente o tratamento não será possível: A encadernação em pergaminho não necessita do
• Fragilidade física do suporte – Objetos com áreas mesmo tratamento do couro. Como é muito sensível à
finas, perdas, rasgos intensos podem estar muito frágeis umidade, o tratamento aquoso deve ser evitado. Para sua
para limpeza. Áreas com manchas e áreas atacadas por limpeza, apresenta bons resultados o uso de algodão em-
fungos podem não resistir à limpeza: o suporte torna-se bebido em solvente de 50% de água e álcool. O algodão
escuro, quebradiço, manchado e, portanto, muito facil- precisa estar bem enxuto, e deve-se sempre buscar traba-
mente danificado. lhar o suporte em pequenas áreas de cada vez. Nessa lim-
Quando o papel se degrada, até mesmo um suave con- peza, é importante ter muito cuidado com os pergaminhos
tato com o pó de borracha pode provocar a fragmentação muito ressecados e distorcidos. A fragilidade é intensa e
do documento. o documento pode desintegrar-se. A estabilização de per-
• Papéis de textura muito porosa – Não se deve passar gaminhos, nesse caso, requer os serviços de especialistas.
borracha nesses materiais, pois a remoção das partículas Há muita controvérsia no uso de Leather Dressing para
residuais com pincel se torna difícil: a hidratação dos couros. Os componentes das diversas
- papel japonês; fórmulas do produto variam muito (óleos, graxas, gordu-
- papel de textura fragilizada pelo ataque de fungos ras) e, se mal aplicados, podem causar sérios problemas
(que degradam a celulose, consumindo a encolagem); de conservação ao couro. A fórmula do British Museum é
- papel molhado (que perde a encolagem e, após a se- a mais usada e recomendada. O uso deve ser criterioso e
cagem, torna-se frágil). não indiscriminado. Em casos específicos de livros novos
8.1.4 Materiais usados para limpeza de superfície de coleções de bibliotecas, pode ser apropriado o seu uso
A remoção da sujidade superficial (que está solta so- como parte integrante de um programa de manutenção.
bre o documento) é feita através de pincéis, flanela macia,
No caso dos revestimentos em tecido, a aplicação de
aspirador e inúmeras outras ferramentas que se adaptam
trincha ou aspirador é recomendável, caso sua integridade
à técnica.
o permita.
Como já foi dito anteriormente, essa etapa é obrigató-
Nas capas de livros revestidas em papel, pode ser uti-
ria e sempre se realiza como primeiro tratamento, quais-
lizado pó de borracha ou diretamente a borracha, caso a
quer que sejam as outras intervenções previstas.
integridade do papel e das tintas não fique comprometida
• Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na
limpeza mecânica, de diferentes formas, tamanhos, quali- com essa ação.
dade e tipos de cerdas (podem ser usados com carga es- E, nos revestimentos plastificados (percalux e outros),
tática atritando as cerdas contra o nylon, material sintético deve-se usar apenas uma flanela seca e bem macia.
ou lã); Na limpeza do miolo do livro, utilizamos um pincel
• Flanela: serve para remover sujidade de encaderna- macio, sem aplicar borracha ou pó de borracha. Além de
ções, por exemplo; agredir as tintas, o resíduo de borracha é permanente e de
• Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e difícil remoção. Os resíduos agem como abrasivos e per-
com potência de sucção controlada; manecerão em contato com o suporte para sempre.
• Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça, 8.2.1 Limpeza de livros – metodologia em mesa de hi-
espátula, agulha, cotonete; gienização
• Materiais de apoio necessários para limpeza mecâ- - Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha,
nica: pincel macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado
- raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil; da encadernação;
- fita-crepe; - Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela
- lápis de borracha; lombada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel,
- luvas de látex ou algodão; limpar os cortes, começando pela cabeça do livro, que é
- máscaras; a área que está mais exposta à sujidade. Quando a sujei-
- papel mata-borrão; ra está muito incrustada e intensa, utilizar, primeiramente,
- pesos; aspirador de pó de baixa potência ou ainda um pedaço de
- poliéster (mylar); carpete sem uso;
- folhas de papel siliconado; - O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha,
- microscópios; numa primeira higienização;
Os livros, além do suporte-papel, exigem também tra- - Oxigenar as folhas várias vezes.
tamento de revestimento. Assim, o couro(inclui-se aqui o Num programa de manutenção, pode-se limpar a en-
pergaminho), tecidos e plastificados fazem parte dos ma- cadernação, cortes e aproximadamente as primeiras e últi-
teriais pertencentes aos livros. mas 15 folhas, que são as mais sujeitas a receber sujidade,
100
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
devido à estrutura das encadernações. Nos livros mais frá- do para tratar grandes áreas. Os grandes mapas impressos,
geis, deve-se suportar o volume em estruturas adequadas muitas vezes, têm várias folhas de papel coladas entre si
durante a operação para evitar danos na manipulação e nas margens, visando permitir uma impressão maior. Ao
tratamento. fazer a limpeza de um documento desses, o cuidado com
Todo o documento que contiver gravuras ou outra téc- as emendas deve ser redobrado, pois nessas, geralmente,
nica de obra de arte no seu interior necessita um cuidado ocorrem descolamentos que podem reter resíduos de bor-
redobrado. Antes de qualquer intervenção com pincéis, racha da limpeza, gerando degradação. Outros mapas são
trinchas, flanelas, é necessário examinar bem o documento, montados em linho ou algodão com cola de amido. O ver-
pois, nesse caso, só será recomendada a limpeza de super- so desses documentos retém muita sujidade. Recomenda-
fície se não houver nenhum risco de dano. -se remover o máximo com aspirador de pó (munido das
No caso dos documentos impressos como os livros, devidas proteções em seu bocal e no documento).
existe uma grande margem de segurança na resistência 9. Pequenos reparos
das tintas em relação ao pincel. Mesmo assim, devemos Os pequenos reparos são diminutas intervenções que
escolher o pincel de maciez adequada para cada situação. podemos executar visando interromper um processo de
Em relação às obras de arte, as técnicas são tão variadas e deterioração em andamento. Essas pequenas intervenções
as tintas de composições tão diversas que, de modo algum, devem obedecer a critérios rigorosos de ética e técnica e
se deve confiar na sua estabilidade frente à ação do pincel têm a função de melhorar o estado de conservação dos
documentos. Caso esses critérios não sejam obedecidos, o
ou outro material.
risco de aumentar os danos é muito grande e muitas vezes
8.3 Higienização de documentos de arquivo
de caráter irreversível.
Materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmen- Os livros raros e os documentos de arquivo mais an-
te quebradiços, frágeis, distorcidos ou fragmentados. Isso tigos devem ser tratados por especialistas da área. Os
se deve principalmente ao alto índice de acidez resultante demais documentos permitem algumas intervenções, de
do uso de papéis de baixa qualidade. As más condições de simples a moderadas. Os materiais utilizados para esse fim
armazenamento e o excesso de manuseio também contri- devem ser de qualidade arquivística e de caráter reversí-
buem para a degradação dos materiais. Tais documentos vel. Da mesma forma, toda a intervenção deve obedecer
têm que ser higienizados com muito critério e cuidado. a técnicas e procedimentos reversíveis. Isso significa que,
8.3.1 Documentos manuscritos caso seja necessário reverter o processo, não pode existir
Os mesmos cuidados para com os livros devem ser to- nenhum obstáculo na técnica e nos materiais utilizados.
mados em relação aos manuscritos. O exame dos docu- Os procedimentos e técnicas para a realização de re-
mentos, testes de estabilidade de seus componentes para paros em documentos exigem os seguintes instrumentos:
o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de in- - mesa de trabalho;
tervenção devem ser cuidadosamente realizados. - pinça;
As tintas ferrogálicas, conforme o caso podem destruir - papel mata-borrão;
um documento pelo seu alto índice de acidez. Todo cuida- - entretela sem cola;
do é pouco para manusear esses documentos. As espessas - placa de vidro;
tintas encontradas em partituras de música, por exemplo, - peso de mármore;
podem estar soltas ou em estado de pó. - espátula de metal;
Tintas, como de cópias de carbono, são fáceis de “bor- - espátula de osso;
rar”, ao mesmo tempo em que o tipo de papel utilizado - pincel chato;
para isso é fino e quebradiço, tornando o manuseio mui- - pincel fino;
to arriscado e a limpeza de superfície desaconselhável. As - filme de poliéster.
áreas ilustradas e decorativas dos manuscritos iluminados
são desenhadas com tintas à base de água que podem es- EPIs – Equipamentos de Proteção Individual - São os
dispositivos de uso pessoal destinados a resguardar a saú-
tar secas e pulverulentas. A limpeza mecânica, nesses ca-
de e a integridade física do trabalhador. Devemos trabalhar
sos, deve ser evitada.
sempre protegidos com avental, luva, máscara, toucas, ócu-
8.3.2 Documentos em grande formato
los de proteção e pró-pé/bota.
Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura A não-utilização de EPIs durante a realização do traba-
(no geral em papel vegetal) podem ser limpos com pó de lho, pode acarretar diversas manifestações alérgicas, como
borracha, após testes. Pode-se também usar um cotone- rinite, irritação ocular, problemas respiratórios.8
te - bem enxuto e embebido em álcool. Muito sensíveis
à água, esses papéis podem ter distorções causadas pela Fontes: www.administradores.com.br/ José Benedito Re-
umidade que são irreversíveis ou de difícil remoção. gina, EPA – evolução do pensamento administrativo
Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são Adaptado de: Elisabeth Mendes Vieira/Por Jose Roberto
muito frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica. Marques/ Carlos Ramos / Geronimo Mendes/ Juliano Miola/
Todo cuidado é pouco, até mesmo na escolha de seu acon- Vinicius Oliveira Ribeiro/Elisabete Moreira/Rogerio Araujo/
dicionamento. Katia Janine Rocha/Wagner Rabello Jr/ Romualdo Dropa/
Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma Daniel Mocelin/Inan Ricardo Grateron/Maria Teresa Miceli/
atenção especial na limpeza. Em mapas impressos, desde Prof. Cezar/Claudio Cabral/Glauber Marinho/ Flavio Sousa)
que em boas condições, o pó de borracha pode ser aplica- 8 Texto adaptado de Maiko Gomes
101
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
a) C - C - E GABARITO
b) C - E - C
c) E - C - E 01 B
d) C - C - C
e) E - E - E 02 D
03 CERTA
14. (CONSULPLAN - 2012 - TSE - Analista Judiciário)
04 E
Em relação à comunicação nas organizações, analise.
I. Uma comunicação eficaz é um processo horizontal, 05 CERTA
em que todos os envolvidos mantêm uma ética relacional. 06 A
II. É possível melhorar a comunicação por meio de trei-
07 C
namento e desenvolvimento de pessoal.
III. A comunicação é elemento acessório no processo 08 E
de busca de qualidade nas organizações. 09 D
Assinale
a) se apenas a afirmativa I estiver correta. 10 B
b) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 11 D
c) se apenas a afirmativa II estiver correta. 12 D
d) se apenas a afirmativa III estiver correta.
13 A
15. (CESPE / CEHAP-PB / 2009) O processo admi- 14 B
nistrativo envolve cinco funções, quais sejam, o pla- 15 D
nejamento, a organização, a liderança, a execução e o
controle. No que tange à função planejamento, assinale 16 E
a opção incorreta.
a) O planejamento permite antever cenários e possibili- EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
ta à empresa tomar atitudes proativas em relação ao futuro.
b) Como processo, podem-se destacar os dados de en- 01) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que
trada, o planejamento em si e os produtos, quais sejam, os se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a
planos elaborados pela organização. seguir. Se um atendente adotar condutas defensivas e
c) Como níveis de planejamento, tem-se os estratégi- se lhe faltarem habilidades para lidar com críticas de
cos, funcionais e operacionais. usuários e clientes, a qualidade do atendimento por ele
d) Dado o custo da implantação do planejamento nas prestado será negativamente afetada.
organizações, não deve ele, após encerrado, ser alterado, ( ) Certo
mesmo com a ocorrência de fatores antes não passíveis de ( ) Errado
consideração pela equipe encarregada de fazê-lo.
Vejamos: Atender um cliente, antes de mais nada,
16. (CESGRANRIO/2014 – Petrobras) Na gestão do é acolher, informar, perceber e tratar suas necessidades
desempenho, o desenvolvimento da avaliação do de- como únicas e exclusivas. Para tanto, é fundamental que o
sempenho apresenta objetivos fundamentais para o al- atendente saiba técnicas de atendimento para resultar em
cance do sucesso da organização. um atendimento positivo e de qualidade.
Entre os objetivos da avaliação de desempenho
NÃO se inclui o de RESPOSTA: “CERTO”.
a) fornecer oportunidade de crescimento e condições
de efetiva participação a todos os membros da organiza- 02) (STF – Técnico Judiciário – CESPE/2013) No que
ção, levando em consideração os objetivos organizacionais se refere ao atendimento ao público, julgue os itens a
e individuais. seguir. Durante os atendimentos, é importante que os
b) garantir o reconhecimento e o tratamento dos re- interlocutores — atendente e público — expressem li-
cursos humanos como importante vantagem competitiva vremente seus sentimentos e emoções, de modo que
da organização, cuja produtividade pode ser desenvolvida. se instaure um clima de empatia no atendimento ao
c) permitir condições de medição do potencial huma- público.
no, no sentido de determinar sua plena aplicação. ( ) Certo
d) propor providências no sentido de melhorar o pa- ( ) Errado
drão de desempenho de subordinados.
e) viabilizar a avaliação de comportamento dos subor- Vejamos: É fundamental que se tenha um clima de em-
dinados, contando com um sistema amplo de medição ca- patia, para que o atendente possa esforçar-se ao máximo
paz de levar em consideração as subjetividades individuais. para que o cliente se sinta satisfeito e com a questão de-
sejada resolvida. Porém, todo esse trâmite deve ser feito
de forma profissional, formal e adequada, não sendo acei-
104
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
09) (MI – Assistente Técnico Administrativo – CES- subsequentes. No serviço público, o tempo é muito
PE/2013) Acerca da qualidade no atendimento ao pú- importante e deve ser aproveitado ao máximo. Nesse
blico nos aspectos de comunicabilidade, eficiência e sentido, enquanto o atendente escuta as demandas do
presteza, julgue os próximos itens. usuário, é recomendável que ele realize outras ativida-
Uma comunicação eficaz ocorre quando o significa- des inerentes ao cargo, sempre com a preocupação de
do pretendido da fonte e o significado percebido pelo melhor aproveitar o tempo.
receptor são os mesmos. ( ) Certo
( ) Certo ( ) Errado
( ) Errado
Vejamos: Atendimento não é aquilo que a fonte diz, e Vejamos: A gestão do tempo é muito importante para
sim, o que o receptor entende. Portanto, a comunicação só qualquer funcionário. Mas, fazer outras atividades enquan-
será efetiva se o receptor entender corretamente o que a to atende um cliente não é permitido em hipótese alguma.
fonte emitiu. O atendente, enquanto faz um atendimento, deve, úni-
ca e exclusivamente, atentar-se ao seu cliente. E não reali-
RESPOSTA: “CERTO”. zar nenhuma outra atividade avessa a essa prática.
106
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
e) Demonstrar irritação com pessoas impacien- III. Personalização, ou customização que ocorre
tes pode neutralizar as tensões do diálogo; ter bloco quando o órgão prestador dos serviços proporcionar
e caneta sempre à mão; ao atender, empregar o termo um atendimento tal que identifica os clientes/cidadãos
“quem gostaria?”. como pessoas;
a) Todas as assertivas são verdadeiras.
Vejamos: Não é permitido atender duas ligações simul- b) Todas as assertivas são falsas.
taneamente, empregar tratamento informal, passar liga- c) Somente as assertivas I, II e III são verdadeiras.
ções para pessoas que estão em reunião, deixar o telefone d) Somente as assertivas II, III e IV são verdadei-
fora de conexão, demonstrar irritação. ras.
A resposta que está totalmente correta é a B.
Vejamos: Todas as alternativas estão corretas, pois to-
RESPOSTA: “B”. dos os elementos citados fundamentam um atendimento
com qualidade.
20) (DPE/TO - Oficial de Diligência da Defensoria
Pública – COPESE/2012) A qualidade no atendimento RESPOSTA: “A”.
ao público no serviço público possui algumas especi-
ficidades se comparada ao empresarial, especialmente 22) (DPE/TO - Oficial de Diligência da Defensoria
porque a finalidade é servir ao cidadão. Neste sentido Pública – COPESE/2012) Relativamente à técnica de
pode-se afirmar que são pré-requisitos para o bom atendimento ao público ao telefone é correto afirmar,
atendimento, EXCETO: EXCETO:
a) Relativamente ao tratamento da informação: a) Atenda no máximo ao terceiro toque.
deve-se verificar o que, por que, para que/quem e para b) Não diga alô, mas sim o nome do setor, seu
quando pedem a informação; se o assunto é da com- nome acompanhado de um cumprimento: bom dia,
petência da área de atuação; se a informação pode ser boa tarde.
respondida na hora; em quanto tempo pode-se obter a c) Se for necessário algum tempo para transferir
informação e certificar-se que as informações são cor- a ligação ou obter uma informação para responder ao
retas, seguras e não provocarão dupla interpretação. cliente/cidadão use expressões “espere um minutinho”
b) Cumprimentar sempre todos os que chegam e ou “um instantinho”
os que saem do setor; além de ter atenção para não d) Fale ao telefone como se a pessoa estivesse à
tratar ninguém de modo personalizado. sua frente.
c) Ser amigável sem entrar em intimidades, de-
monstrar interesse não só pela pessoa, mas ao assunto Vejamos: Todas as alternativas estão corretas, exceto
que está sendo tratado. a C, pois expressões no diminutivo devem ser extintas do
d) Estar atento à emoção que transmitir pela voz e vocabulário de um atendente, por não passarem a imagem
das palavras que escolher, pois as mesmas podem mo- de profissionalismo.
dificar a mensagem que se deseja transmitir. Saber falar
corretamente o idioma é fundamental, mas saber como RESPOSTA: “C”.
falar é mais importante.
23) (PG/DF - Técnico Jurídico – IADES/2011) Pos-
Vejamos: Todas as alternativas estão corretas, exceto a tura de atendimento é o tratamento dispensado às
B. Pois o atendimento DEVE SER personalizado e impessoal, pessoas. Está relacionado ao funcionário em si, com
e nunca mecânico. as suas atitudes e o seu modo de agir com quem está
sendo atendido naquele momento. Para bem atender,
RESPOSTA: “B”. o profissional deverá:
a) sempre compreender e atender as necessida-
21) (DPE/TO - Oficial de Diligência da Defensoria des de quem está sendo atendido e fazer o correto en-
Pública – COPESE/2012) Leia as assertivas e marque a caminhamento das questões levantadas.
resposta CORRETA. O bom atendimento deve envolver b) entender o lado humano e justificar as falhas
uma interação multivariável eficiente entre os seguin- da organização a partir da explicação de que “errar é
tes elementos: humano”.
I. Aparência das instalações, do pessoal, dos equi- c) manter estado de espírito positivo e ter atitu-
pamentos e dos recursos de comunicação; des adequadas no momento, procurando criar atmos-
I. Disposição para servir, ou “prestatividade” aos fera de intimidade e proximidade com o outro.
clientes/cidadãos; d) ter uma postura física adequada, mantendo
II. Segurança, evidenciada pelo conhecimento e semblante rígido e agindo de forma calculista.
domínio completos do serviço por parte dos servido- e) manter uma boa apresentação, cuidando sem-
res/colaboradores e habilidade em proporcionar um pre da higiene pessoal. Os homens e as mulheres deve-
clima de confiança nos clientes/cidadãos; rão sempre estar com os cabelos curtos.
108
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
Vejamos: Intimidade e rigidez demais nunca devem ser Vejamos: O contato inicial do cidadão com qualquer
empregadas no atendimento. Aplicar técnicas de atendi- órgão público dar-se-á perante o atendimento. A resposta
mento, como fazer o correto encaminhamento das ques- proativa e eficiente do atendente caracterizar-se-á em uma
tões levantadas, são fundamentais para o percurso do imagem de atendimento de qualidade por parte do estado.
atendimento.
RESPOSTA: “CERTO”.
RESPOSTA: “A”.
27) (MPU - Técnico de Apoio Especializado – CES-
24) (UF/AL - Assistente de Administração – COPE- PE/2010) Com relação à qualidade do atendimento ao
VE/2011) Durante o desempenho de suas atribuições, público, julgue os itens que se seguem. O objetivo de
o servidor público muitas vezes precisa atender dire- dar visibilidade às necessidades, experiências e expec-
tamente o cidadão. Na relação direta com o indivíduo tativas do cliente torna o atendimento no setor público
que está sendo atendido, o servidor responsável pelo similar ao oferecido na iniciativa privada, simbolizado
atendimento deve observar uma série de requisitos
pela máxima “o cliente sempre tem razão”.
para desempenhar de forma correta seu trabalho. Qual
( ) Certo
das opções listadas a seguir corresponde a um desses
( ) Errado
requisitos?
a) Ouvir o cidadão.
b) Usar palavras inadequadas. Vejamos: A relação entre cliente/empresa deve ser “ga-
c) Agir com sarcasmo e prepotência. nha-ganha”. O cliente terá sempre razão até onde a lei diz.
d) Discutir com quem está sendo atendido. Não tem como o atendente infringir alguma norma ou lei
e) Apresentar aparência desleixada. para atender ao cliente. A ética e responsabilidade devem
estar acima de qualquer princípio.
Vejamos: A utilização de palavras inadequadas, o sar-
casmo e a prepotência, discussão com o atendido e a apa- RESPOSTA: “ERRADO”.
rência desleixada, não são ferramentas que devem ser uti-
lizadas no atendimento em nenhuma situação, e não há 28) (MPU - Técnico de Apoio Especializado CES-
exceções para nenhum caso. Já ouvir o cidadão é o início PE/2010) No que diz respeito à qualidade do atendi-
de qualquer atendimento com qualidade. mento ao público e às competências do atendente, jul-
gue os itens subsequentes.
RESPOSTA: “A”. A atitude de indiferença do servidor responsável
pelo atendimento ao público pode causar impressão de
25) (STM - Técnico Judiciário - CESPE /2011) No descompromisso ou descaso desse servidor em relação
momento de realizar um atendimento, a linguagem à organização e gerar reclamação por parte do usuário.
corporal do servidor público pode revelar até que pon- ( ) Certo
to ele se interessa em solucionar os problemas trazidos ( ) Errado
pelo cidadão e pode até mesmo indicar seu status de
nível superior ou inferior. Vejamos: A resposta está correta, pois todo usuário que
Certo busca atendimento em qualquer órgão, procura que no mí-
Errado nimo o atendente seja profissional e busque solucionar seu
problema.
Vejamos: A comunicação pode ser verbal e não verbal.
A linguagem corporal diz a respeito de como o atendente
RESPOSTA: “CERTO”.
está conduzindo o atendimento. Por isso, a linguagem cor-
poral deve ser coerente com a linguagem verbal, adotando
29) (DPU - Agente Administrativo – CESPE/2010)
sempre uma postura corporal receptiva e de atenção ao
Em caso de atraso no atendimento a cidadãos em ór-
usuário.
gão público, o servidor deve, com base nos princípios
RESPOSTA: “CERTO”. de ética no serviço público,
a) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição
26) (TRT/RN - Técnico Judiciário – CESPE/2010) e rendimento, buscando por fim ao problema.
Com relação a serviço público e qualidade do atendi- b) ter respeito à hierarquia, não se imiscuindo na
mento, julgue os itens a seguir. situação, que não lhe diz respeito, e procurando fazer
A aproximação entre o Estado e o cidadão ocorre da melhor maneira suas atribuições.
mediante a prestação do atendimento e se materializa c) ser apenas cortês com os cidadãos, caso lhe
na resposta proativa e eficiente do atendente. apresentem reclamações quanto a situação de atraso.
Certo d) informar aos cidadãos que, diante da situação,
Errado só deve fazer o que está previsto em lei, em respeito ao
princípio da estrita legalidade.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/SITUAÇÕES GERENCIAIS
e) atender ao princípio de isonomia, não se en- b) Ética no atendimento ao cliente é definida como
volvendo na situação em tela, cumprindo suas obriga- o que é correto ou bom na conduta do atendimento, e a
ções, porque, caso aja de modo diferente, incorrerá em preocupação com o que deve ser feito limita-se ao que
crime de advocacia administrativa. determinam as leis que regem o serviço realizado.
c) O conhecimento do atendente acerca do servi-
Vejamos: Se o atendimento já está atrasado, o que se ço a ser prestado é condição suficiente para um atendi-
espera de um atendente é que ele exerça suas atribuições mento de qualidade.
com rapidez, buscando solucionar o problema do usuário. d) O êxito da opção por uma forma diferenciada
de prestação de serviços públicos pressupõe um aten-
RESPOSTA: “A”. dimento que considere apenas padrões de excelência
oriundos da organização do trabalho.
30) (DPU – Agende Administrativo - CESPE/2010) e) A satisfação dos usuários não possui relação
No que se refere aos requisitos necessários ao profis- com as condições de trabalho do atendente.
sional do atendimento ao público, assinale a opção cor-
reta. Vejamos: A missão de toda organização pública, que é
a) O conhecimento especializado e restrito à fun- a prestação de serviços, deve ser de qualidade.
ção de atendimento ao público é condição suficiente
para que o profissional preste serviço de excelente qua- RESPOSTA: “A”.
lidade.
b) O atendente não precisa preocupar-se com as 32) (DPU - Agente Administrativo – CESPE/2010) A
respeito da natureza da relação entre atendente e usuá-
informações atuais acerca do serviço que presta e da
rio e do perfil do profissional de atendimento ao públi-
função que exerce, visto que dispõe de manuais de con-
co, assinale a opção correta.
sulta que lhe garantem, no momento que for necessá-
a) O caráter social do atendimento ao público se
rio, a prestação da informação correta.
manifesta somente quando, na situação de atendimen-
c) O atendimento ao público é uma atividade em to, é dada visibilidade às necessidades, experiências e
que não se pode ser criativo, especialmente em situa- expectativas do usuário.
ções de conflito e tensão, pois essa atitude pode com- b) O servidor deve ser atento às normas da insti-
prometer o profissionalismo que a função requer. tuição, pois isso garante a satisfação das necessidades
d) A auto-observação e a observação do compor- dos usuários.
tamento do cliente são dispensáveis nessa atividade, c) Prescinde-se da ótica do cidadão na avaliação
pois afetam a objetividade do atendente. do nível de satisfação do usuário com o atendimento
e) Caso não tenha desenvolvido habilidades de recebido.
controle emocional, o atendente torna-se facilmente d) No serviço público, o atendente representa o
uma espécie de para-raios afetivo, captando as des- elo entre o usuário e os objetivos do Estado.
cargas emocionais dos clientes e entrando em sintonia e) A situação de atendimento ao público, por ser
com elas, quando as relações sociais do atendimento um momento singular e diferenciado, está desconec-
são envolvidas em situações de tensão e conflito com tada de uma série de variáveis do contexto organiza-
o público. cional.
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