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CURSO PROFISSIONAL

ANO LETIVO 2015/2016


FICHA DE TRABALHO/AVALIAÇÃO/FORMATIVA
Turma: 11ºTécnico Contabilidade Módulo 5: O Estado e a Atividade Económica Disciplina: Economia

Nome:_______________________________________________________________nº______ Duração: 60 minutos

OBSERVAÇÕES:
CLASSIFICAÇÃO: ______________ DATA / / O ENCARREGADO DE EDUCAÇÃO

ASSINATURA DO PROFESSOR: __________________________________ _____________________________

1) Consulte a Constituição da República Portuguesai, nomeadamente os artigos relativos aos princípios

fundamentais (artº1 ao artº 11) e reúna os conceitos de Estado e dos elementos que o constituem:

a) O Povo;

b) O Território;

c) A Soberania.

Segundo a constituição portuguesa, e baseada nesta, Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana
e na vontade popular e empenhada na sua transformação numa sociedade sem classes.

A República Portuguesa é um Estado democrático, baseado na soberania popular, no respeito e na garantia dos direitos e liberdades
fundamentais e no pluralismo de expressão e organização política democrática, que tem por objetivo assegurar a transição para o
socialismo mediante a criação de condições para o exercício democrático do poder pelas classes trabalhadoras.

Em relação aos elementos que o constituem:

- Povo, São cidadãos portugueses todos aqueles que como tal sejam considerados pela lei ou por convenção internacional; Povo é
o elemento humano do Estado, composto pelo conjunto de cidadãos, isto é, o conjunto das pessoas que mantêm um vínculo jurídico-
político com o Estado.
CONCEITO DE POVO. O conceito de povo pode ser estabelecido do ponto de vista político, jurídico e sociológico. Antes, convém
distinguir o conceito de povo do conceito de população.
POPULAÇÃO. Todas as pessoas presentes no território do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas,
fazem parte da população. Nesse aspecto, população é um dado essencialmente quantitativo, que independe de qualquer laço
jurídico de sujeição ao poder estatal. Não se confunde com a noção de povo, porque, nessa, o fundamento é o vínculo do indivíduo
com o Estado através da nacionalidade ou cidadania. População é conceito demográfico e estatístico.

CONCEITO POLÍTICO DE POVO. CÍCERO, na antiguidade, já tratava do conceito de povo ao afirmar que ele é a reunião da multidão
associada pelo consenso do direito e pela comunhão da utilidade. Portanto, não era, desde lá, um simples conjunto de homens
agregados de qualquer maneira. O conceito moderno de povo é buscado a partir da Revolução Francesa. Ele foi desconhecido
durante a Idade Média, cuja teoria do Estado partia do território, da organização feudal, onde o poder se assentava nas relações de
propriedade. No absolutismo, povo fora objeto; com a democracia, ele se transforma em sujeito. A nova teoria do Estado começa
coma implantação da sociedade liberal-burguesa, na segunda metade do século XVIII. É só aqui que o conceito de povo passa a
integrar o conceito de Estado.

O conceito político de povo tem origem no princípio constitucional do Estado liberal, constitucional e representativo. A história que
vai do sufrágio restrito ao sufrágio universal é a própria história da implantação do princípio democrático e da formação política do
conceito de povo. Embora restrito, o sufrágio inicia a participação dos governados, sua presença oficial no poder mediante o sistema
representativo, elegendo representantes que intervirão na elaboração das leis e que exprimirão pela primeira vez na sociedade
moderna uma vontade política nova e distinta da vontade dos reis absolutos.
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Turma: 11ºTécnico Contabilidade Módulo 5: O Estado e a Atividade Económica Disciplina: Economia

Nome:_______________________________________________________________nº______ Duração: 60 minutos

CONCEITO JURÍDICO DE POVO. Só o direito pode explicar plenamente o conceito de povo. Se há um traço que o caracteriza, esse
traço é, sobretudo, jurídico e onde ele estiver presente, as objeções não prevalecem. Povo, de fato, é a coletividade de pessoas e
decorre de critérios que são fixados pela ordem jurídica estatal. É ela formada por quem o direito estatal reconhece como integrante
da dimensão pessoal do Estado.
CONCEITO SOCIOLÓGICO DE POVO. Também dito conceito naturalista ou étnico. Decorre, com muito mais frequência, de dados
culturais que uma consideração unilateralmente jurídica não poderia explicar. Do ponto de vista sociológico, há equivalência entre
o conceito de povo com o de nação. Nesse sentido, povo é compreendido como toda a continuidade do elemento humano, projetado
historicamente no decurso de várias gerações e dotado de valores e aspirações comuns. Compreende vivos e mortos, as gerações
presentes e as passadas, os que vivem e os que hão de viver. A dimensão histórica está presente de forma marcante no conceito
sociológico de povo e, nesse sentido, povo é nação, transcendendo o momento de contemporaneidade de sua existência concreta.

- Território, Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.
O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo de
retificação de fronteiras. A lei define a extensão e o limite das águas territoriais e os direitos de Portugal aos fundos marinhos
contíguos. O território de Macau, sob administração portuguesa, rege-se por estatuto adequado à sua situação especial;
CONCEITO DE TERRITÓRIO. Constitui a base geográfica do poder. O território do Estado é definido de maneira mais ou menos
uniforme pela doutrina. O território está para o Estado assim como o corpo está para a pessoa.

Se o território de um país é ocupado belicamente, pode acarretar a extinção do Estado. Quando se trata de ocupação temporária,
a doutrina entende que é o Estado de paz que decidirá a sorte do Estado. São parte do território a terra firme, com as águas aí
compreendidas, o mar territorial, o subsolo e a plataforma continental, e o espaço aéreo.

– Soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição. O Movimento das Forças
Armadas, como garante das conquistas democráticas e do processo revolucionário, participa, em aliança com o povo, no exercício
da soberania, nos termos da Constituição. Os partidos políticos concorrem para a organização e para a expressão da vontade
popular, no respeito pelos princípios da independência nacional e da democracia política. O Estado está submetido à Constituição e
funda-se na legalidade democrática.
CONCEITO DE SOBERANIA. Por fim, como último traço, a soberania, que exprime o mais alto poder do Estado, a qualidade de poder
supremo (suprema potestas). Apresenta duas faces distintas: interna e externa. A soberania interna significa o império que o Estado
tem sobre o território e a população, bem como a superioridade do poder político frente aos demais poderes sociais, que lhe ficam
sujeitos, de forma imediata ou mediata. A soberania externa é a manifestação independente do poder do Estado perante os outros
Estados.

Assim a soberania do Estado se projeta para fora do território; a soberania no Estado projeta-se para dentro do Estado.

OU,

_____________________________
Fazem parte do Estado, uma soberania, um território, e o povo. Cada elemento é essencial, não pode existir Estado sem um
deles. Da mesma forma, se define os conceitos povo e nação como sendo integrantes de uma população de um Estado. Povo é,
o grupo humano encarado na sua integração, numa ordem Estatal determinada, é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas
leis.
O elemento humano do Estado é sempre um povo, ainda que com ideais e aspirações diferentes. Já o conceito de nação é
entendido como indivíduos unidos que têm interesses comuns, ideais e aspirações comuns. O povo é uma entidade jurídica,
nação é uma entidade moral, é uma comunidade de consciências unidas por um sentimento comum. O patriotismo pode ser
citado como exemplo. Os conceitos de raça, língua e religião são conceitos coadjuvantes, não constituem a característica
fundamental da nação, mas o que une um povo até constituir uma nação são a identidade de história e de tradição, onde o
passado comum é condição indispensável para a formação nacional.
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Uma definição de Mancini, professor de Direito Internacional de Turin, em 1851, conceituou o termo nação da seguinte forma:
" Nação é uma sociedade natural de um homem, na qual a unidade de território de origem, de costumes, de língua e a comunhão
de vida criara a consciência social".
O território é o segundo elemento constitutivo do Estado, segundo a concepção geral. Sem o território não pode haver o Estado,
o território é essencial para a existência do Estado. O povo judeu é um exemplo de povo que até há pouco tempo era uma nação,
mas não consistia ainda um Estado, por faltar-lhe um território. Somente em 1948 formou-se o Estado de Israel, da mesma forma
os nómadas, os ciganos, por exemplo.

Os elementos que constituem o Estado, são os materiais, compostos pela população e território; os elementos formais
constituídos por um governo soberano (poder) e um ordenamento jurídico; e o elemento final, o bem comum.

A população consiste no conjunto de todos os habitantes do território de um Estado, que mantenha ou não vínculos políticos e
jurídicos (participação parcial) e o Povo que é o conjunto dos cidadãos. É a parcela da população de determinado Estado que
com ele mantém vínculos de natureza política, além dos de natureza jurídica (participação efetiva no Estado);

O território é necessário para que exista o Estado. É composto pelas seguintes partes: solo, subsolo, espaço aéreo, embaixadas,
navios e aviões de uso comercial ou civil e o mar territorial (200 milhas).

A soberania é o terceiro elemento do Estado. O ordenamento jurídico é onde o Estado cria, executa e aplica seu ordenamento
jurídico, visando o bem comum de todos por um conjunto de normas por um Estado de variedade complexa e abrangente que
são definidas pela Constituição do Estado: Presidente da República, Assembleia da República, Governo e Tribunais.

O governo nada mais é do que o conjunto dos órgãos do Estado que colocam em prática as deliberações dos órgãos legislativos
(organização necessária para o exercício do poder político do Estado). A soberania é a forma suprema de poder: é o poder
incontestável e incontestável que o Estado tem de, dentro de seu território e sobre uma população, criar, executar e aplicar o
seu ordenamento jurídico visando o bem comum.

O bem comum é o fim último do Estado. Não se admite a existência do Estado sem este fim específico.
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2) Formar 4 grupos de trabalho e sortear por cada grupo um dos Órgãos de Soberania do Estado. Cada

grupo deverá realizar um trabalho de pesquisa sobre o órgão de soberania de modo a conhecer as

suas competências e composição.

Em Portugal existem 4 órgãos de soberania, o Presidente da Republica, a Assembleia da Republica, o Governo e os tribunais.

O Presidente da República é eleito pelos cidadãos, por sufrágio direto e universal, para um mandato de 5 anos, não podendo ser
reeleito para um terceiro mandato consecutivo. As candidaturas são propostas por cidadãos eleitores (num mínimo de 7500 e num
máximo de 15000) e o candidato para ser eleito tem necessariamente de obter mais de metade dos votos validamente expressos.
Para esse efeito, se necessário, realizar-se-á uma segunda votação com os dois candidatos mais votados no primeiro sufrágio.

A Assembleia da República é o órgão legislativo do Estado Português. É o segundo órgão de soberania de uma República
Constitucional. É um parlamento “unicameral”, sendo composto por 230 Deputados, eleitos por círculos plurinominais para
mandatos de 4 anos. A Assembleia da República reúne-se diariamente no Palácio de São Bento, em Lisboa.

O governo é "a organização, que é a autoridade governante de uma unidade política e o aparato pelo qual o corpo governante
funciona e exerce autoridade.

Finalmente, o tribunal (do latim: tribunalis, significando "dos tribunos") é um órgão cuja finalidade é exercer a jurisdição, ou seja,
resolver litígios com eficácia de coisa julgada. Alguns tribunais podem ter competências para cumprir atos não contenciosos. Cada
tribunal é composto por um ou mais juízes, encarregues de julgar os litígios
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3) Faça corresponder a cada uma das letras uma expressão que permita obter afirmações

verdadeiras:

a) O território, o (Povo) e a (Soberania) são os elementos essenciais que constituem o (Estado).

b) O território pode ser definido como o espaço (Físico) onde o Estado exerce o seu poder, sendo composto pelo

(solo continental e insular), pelo (subsolo), pelo espaço aéreo e pelo (Território Marítimo).

c) O principal objetivo da ação do Estado é (regulamentar, preservar o interesse público).

d) Além da função executiva, o Estado desempenha ainda as funções (Legislativa) e (Judicial).

e) A função executiva desempenhada pelo Estado traduz-se na capacidade de cumprir e (elaborar leis).

f) É através dos (Órgãos de Soberania) que o Estado exerce as suas funções.

g) O Presidente da República e a (Assembleia da Republica) são exemplos de (Órgãos de Soberania do

Estado).

i
Disponível em http://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/constpt2005.pdf

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