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histórias, mas apresentar as reflexões que o autor vai expondo a propósito dele próprio,
de outras personagens ou do mundo em geral.
Segundo palavras do autor, este romance foi “a necessidade de ele se redescobrir e
descobrir os limites da sua condição humana.
Há uma personagem que ocupa toda a obra e à volta da qual tudo gira. Há um eu
narrador, distanciado dos acontecimentos da narrativa e um narrador-personagem auto e
homo-diegético, à volta do qual se movem as outras personagens. O eu-narrador distante
move-se num tempo posterior aos acontecimentos narrados.
Alberto Soares é simultaneamente a personagem central e o narrador do que lhe
aconteceu em dois planos distintos (na sua aldeia e na cidade de Évora).
Há uma acção principal que abrange a maior parte dos factos narrados ligados a uma
trágica revelação ou Aparição, no espaço citadino, e uma acção secundária, ligada ao
espaço rural, que completa a acção principal (morte do pai).
2ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Acção Secundária
O seu pai ajuda-o na escolha da profissão “Mas eu, eu o que é que sou”
Estrutura
Inútil tentar dormir- Volta à realidade
“Lavei-me enfim(...)
Saí com uma tranquilidade nova”
Pausa narrativa
“Escrevo à luz mortal deste silêncio lunar,
batido pelas vozes do vento, num casarão
vazio”
Professor porquê? Papel fundamental do pai: “Penso que te darás melhor em Letras”
O Liceu
Espaço
Claustro
Jardim tratado
taça de mármore
silêncio
Tempo
Setembro
Exames de 2ª época
O Reitor
“homem alto e vagaroso”
É recordado como um amigo de “face cansada de quem esgotou a vida” que o ouvia
“do lado de lá do seu cansaço”
Notícia de que o Dr. Moura telefonou e “quer saber onde é que o pode encontrar”
3ºCAPÍTULO
ACÇÃO PRINCIPAL
Acontecimentos Reflexões
ACÇÃO SECUNDÁRIA
ESTRUTURA
Pausa: O narrador fala da memória que tem de Sofia: “os teus olhos vivos(...)
tinham o mistério da vitória e do desastre, da violência e do sangue”
Aparece Alfredo Cerqueira, genro do Dr. Moura
Alberto Soares recebe um convite para jantar.
“Saí enfim para a noite”- Conversa com o Chico sobre a cultura na cidade de Évora
De regresso à Pensão o narrador enerva-se com o Sr. Morgado e tem vontade de
mudar de pensão.
Necessidade da escrita
REGRESSO À MEMÓRIA
Vestir o pai- “Senti um arrepio na ameaça do contacto com uma carne morta”
“a estúpida inverosimilhança da morte”
“que é que te habita, que é que está em ti”
Descrença total em Deus: “Não cabe na harmonia do que sou”
A morte do corpo/A morte do EU.
4ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Acção Secundária
ESTRUTURA
TIA DULCE
Irmã do avô
magrinha
sisuda (para impôr o respeito)
Cumpria as regras sociais (não comer muito)
Tinha algo de diferente (“porque em ti vivia a fascinação do tempo, o sinal do que
nos transcende”
beata
gananciosa.
5ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
ESTRUTURA
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Encontro com o Chico “era absolutamente necessário que
Encontro com Carolino, o Bexiguinha a vida se iluminasse na evidência
da morte”
Acção Secundária
ESTRUTURA
O narrador sente “espanto, fúria e terror” pela morte do Bailote. O Dr. Moura fica em
silêncio, perturbado.
“Que fazemos nós na vida?”
Alberto Soares sente a necessidade de fazer a conferência para elucidar as pessoas,
para elucidar as pessoas, para “revolucionar o mundo”.
Procura Chico por todo o lado até que resolve ir a casa dele.
Fala-se da conferência em que Alberto Soares se propõe falar de uma coisa nova.
Aparece Carolino: aluno de Alberto Soares, primo do Chico, moço bisonho, cara
cravada de impigens, tratavam-no por Bexiguinha.
Alberto Soares fala e Carolino escuta-o entusiasmado.
Toca o telefone e interrompe as lucubrações do narrador sobre Nós e o Eu que nos
habita. Chico não pode compreender, é um homem do cimento e dos alicerces.
Alberto Soares conta um episódio da sua infância, passado na casa da família, era ele
pequeno. As memórias trazem-lhe a imagem do pai a falar-lhe sobre o Universo.
A criança descobre a sua imagem reflectida no espelho e julga tratar-se de um ladrão.
Todos acham que ele possui uma grande imaginação e culpam a tia Dulce e as suas
histórias de influenciar a criança sensível.
Chico não compreende nada, Carolino fica petrificado. Para Chico o importante e a
“única verdade a conquistar é a de que todos os homens têm direito a comer”. Tudo o
que Alberto Soares lhe conta é conversa da idade da pedra lascada.
Alberto Soares deseja um humanismo que seja “uma consciência, uma plenitude”
Carolino defende os princípios do seu mestre e mostra ter compreendido tudo, o que
muito surpreende Alberto Soares.
7º CAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
ESTRUTURA
Alfredo Cerqueira brinca com Alberto Soares ao vê-lo dar pão a um cão. O narrador
percebe que toda a conversa do dia anterior fora comentada por Chico, no jantar em
casa do Cerqueira. Para Sofia e Ana as palavras de Alberto Soares são esclarecedoras,
mas Cerqueira não percebeu nada.
Cerqueira leva Alberto ao Liceu e diz-lhe que Ana quer falar com ele.
Importância do estado do tempo para o narrador: “a chuva tem para mim o abalo da
revelação”.
Reflexões sobre o presente e o passado.
Alberto Soares vai dar lição a Sofia, num dia de muita chuva. Esta espera-o toda
vestida de preto. Alberto Soares deixa-se seduzir pela imagem de Sofia e agarra-lhe
as mãos.
Recomeça a lição mas Sofia não a deseja e revela a Alberto Soares ter já percebido a
perturbação que lhe causa. Sofia beija-o e revela-lhe total compreensão sobre a
conversa que este havia tido com o Chico.
Alberto Soares mergulha numa profunda intimidade com Sofia que lhe surge agora
como “uma beleza demoníaca, uma criança assassina (...) a boca ávida e sangrenta. E
um apelo de uma união trágica e blasfema subiu-me pelo corpo”.
Deram enfim a lição sobre o canto IV da Eneida.
8ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
9ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Acção Secundária
ESTRUTURA
10ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Aulas diárias no Liceu “Mas eu sabia, eu, que luto há tanto tempo
Novo encontro com Carolino por reconduzir à dimensão humana tudo
quanto traz ainda um rasto divino (...), eu,
que sou materialista mas não só de um
materialismo que se mede a metro, pesa na
balança, eu, que sonho com o reinado
integral do homem na terra da sua
condenação e grandeza”.
ESTRUTURA
Alberto Soares mostra-se entusiasmado com a sua profissão, com os novos métodos que vai
experimentando.
O Reitor resolve conversar com ele e avisa-o de que é preciso ter cuidado com a cidade e com o meio.
Algumas dessas inovações de Alberto poderão ser mal interpretadas pelo meio.
Carolino resolve procurá-lo.
Alberto e Carolino vão dar um passeio pelo campo.
Carolino fala na destruição da linguagem.
Alberto Soares tenta compreendê-lo. Utiliza-se uma prolepse em que o narrador afirma: “Eu, porém,
não queria envenenar-te, ao contrário do que depois de afirmou”.
Carolino fala do homem que se enforcou e expõe algumas ideias que parecem aterradoras:”já não há
deuses para criarem e assim o homem (...) é que é deus porque pode matar”.
Alberto afirma que “a vida é um milagre fantástico”.
Carolino acha que pode compreender muito bem um assassino.
A conversa foi interrompida por um porco que lhe saltou no caminho.
Ambos observam a natureza que os rodeia, os vários animais, o rebanho que o cão guarda.
O cão aproxima-se deles. Agarram em pedras para se defenderem. Carolino atira uma pedra, erra
a pontaria e mata uma galinha. Fica fascinado ao olhar para a galinha morta. Indícios de que
Carolino tem uma personalidade perturbada.
11º CAPÍTULO
Acção Secundária
Acontecimentos Reflexões
ESTRUTURA
Primeiro Natal depois da morte do pai. Quebra-se a tradição da família toda reunida. Alberto Soares
afirma preferir ficar sozinho: “Para mim não faz diferença: estou eu e aquilo que me povoa”
António vai esperá-lo à estação e manifesta o desejo de lhe contar as novidades. Alberto não quer
ouvir, quer apenas pensar.
Chegada a casa. Não se vê ninguém. A mãe está deitada. Encontra-se cansada e sem energia. Ele pensa
que a mãe está doente.
Ao jantar a mãe pergunta-lhe as novidades mas parece pouco interessada e habituada já ao silêncio.
A casa está triste e silenciosa, Alberto recorda a infância e o cão Mondego. Recorda o desgosto que
sentiu pela morte do cão- 1ª imagem da morte.
12ºCAPÍTULO
Acção Secundária
Acontecimentos Reflexões
ESTRUTURA
13ºCAPÍTULO
Acção Secundária
Acontecimentos Reflexão
ESTRUTURA
14ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
ESTRUTURA
Prolepse: A minha história espera-me mais terrível do que nunca, disparando para o seu desfecho.
A pensão Machado fechou. O narrador instala-se na Eborense. Sugere-se apenas que o fecho da pensão
se deve a motivos políticos mas a razão mantem-se desconhecida.
Alberto Soares manifesta o desejo de tirar a carta (ideia que lhe surgiu com o sorteio dos bens).
Sente saudades de Sofia e procura-a em casa mas Lucrécia informa-o de que ela não está.
Na Praça encontra Ana e Alfredo e dirigem-se ao café onde também irá ter Sofia. Alberto encontra a
oportunidade tão esperada de a rever.
Ana pergunta a Alberto se durante as suas férias aprofundou as suas “teses”.
Alfredo interrompe a conversa com uma “grossera ofensiva”
Chegada de Sofia: “ E ela veio enfim...” mas disse apenas “olá” e anunciou que vinham também Chico
e Carolino.
Alberto sente-se perturbado mas não o demonstra. Fica sem palavras: “tudo o que eu dissesse estava a
mais”
Carolino está comprometido na presença de Alberto. Instala-se ao pé de Sofia. Alberto sente que há
algo entre os dois: “Estais pois unidos secretamente...”
Alberto anuncia a sua mudança para a Casa do Alto. Ana compreende a sua necessidade de se isolar e
poder meditar em sossego.
Alberto assume o facto de ter ido a casa do Dr. Moura apenas para procurar Sofia. Mas há algo que se
relaciona com as lições de latim, de que ele ainda não sabe.
15ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
16ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos
Visita à quinta da Sobreira
ESTRUTURA
Alberto chega tarde mas todos mostraram interesse pela sua demora.
Alfredo mostra-se de novo um homem terra-a-terra e tenta falar de porcos.
Alberto fala no silêncio que deseja ter na nova casa.
Chico mostra um certo desdem por Alberto e informa-o de que já não se poderão realizar as
conferências.
Alberto estranha a ausência de Cristina e é informado de que ela não veio por estar doente.
Alberto fala com Carolino sobre a sua desistência do Liceu mas o Carolino mostra-se irritado.
Fica em aberto o Carnaval no Redondo.
17ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
ESTRUTURA
Descrição da Casa do Alto.
Reflexões de Alberto: “ A massa de amigos com que fui fraternizando através da vida despreza-me
com náuseas”.
“Só se é homem assumindo tudo o que fale de nós”
Alberto arruma a casa e revê o album da tia Dulce. Lembra-se que todos aqueles já morreram. Apesar
do seu cansaço todos se mantêm vivos na sua memória: “Mas agora ainda estais vivos, ainda alguém,
eu, aqui, silencioso nesta casa solitária, vos liga à vida que freme para lá destes muros na Primavera
anunciada(...)”
O narrador lembra uma visita que Sofia lhe fez. Escreve há distância de alguns anos: “Minha mulher
dorme”.
18ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos
Ida ao Carnaval ao Redondo
Desastre com o jeep de Alfredo
Morte de Cristina
ESTRUTURA
Alberto pergunta a Cristina se quer viajar com ele mas ela prefere ir com Alfredo.
Sofia e a mãe viajam com Alberto
Cristina está feliz no seu fato de holandesa, atira serpentinas e enfeita os carros.
Bexiguinha espera-os no Redondo.
Descrição dos mascarados.
Lanche em casa do Bexiguinha.
Regresso a Évora. “Alfredo comeu e bebeu alegremente. Tem a face rubicunda do prazer carnudo”.
Alberto apercebe-se de que Chico e Alfredo estão na estrada, cheios de sangue, devido ao desastre.
Cristina respira ainda. Ana, em silêncio, agarra a irmã e leva-a ao colo, no carro de Alberto, para o
hospital. O caminho parece demasiado longo, não tem fim. Chegam ao hospital. Não se encontra o Dr.
Moura.
Alberto procura o Dr. Moura na Igreja: “Moura desagravava o Senhor dos pecados de Carnaval”
Alberto vai ao pé de Cristina e assiste à sua morte. Cristina mexe os dedos, como se tocasse uma
“música do fim, a alegria subtil desde o fundo da noite, desde o silêncio da morte”.
19ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Visita de Carolino ao Dr. Alberto e tentativa “Não procures a noite por não suportares
de assassinato. o dia. Leva para o sol a tua aparição e serás
um homem”
ESTRUTURA
Alberto tenta falar com Ana, com o Dr. Moura, mas não encontra ninguém.
Numa noite de forte chuva Carolino visita Alberto na Casa do Alto. Mostra-se enlouquecido e
enraivecido.
Alberto não mostra medo de Carolino e revela firmeza no seu comportamento. No fundo acha que o
rapaz enlouqueceu.
Carolino afirma: “Eu não tenho medo. De nada. Mesmo da morte, o senhor tem medo da morte, a
morte é a gente antes de ter nascido...” Aponta então uma navalha a Alberto Soares. Este revela um
comportamento surpreendente. Sente-se cheio de uma força brutal “e na raiva que se apossara de mim,
esbofeteei o rapaz até me estafar. Mas eu sentia obscuramente que apenas me esbofeteava a mim”.
Prolepse: “Porque sei agora que o teu crime não era contra mim, não seria contra ela. O teu crime era
contra a vida, contra o absurdo que te assolou”.
Carolino parte finalmente.
20º CAPÍTULO
Acção principal
Acontecimentos Reflexões
Alberto é convidado pelo Reitor a deixar “Terei pois, como destino, esta agitação constante,
Évora por causa do escândalo que corre esta sufocação de nada?”
pela cidade.
Encontro casual com Ana.
ESTRUTURA
O narrador acha que deveria ter contado a alguém o que se passara com carolino, mas não o faz.
Alberto continua a procurar alguém mas não encontra.
Conversa com o Reitor. Este quer saber se Alberto sai ou não de Évora porque “os ditos chegam
sempre, a gente não quer ouvir, mas ouve, não tem outro remédio (...) a gente julga que está
procedendo bem, mas é preciso sabermos com quem falamos”.
Alberto encontra Alfredo. Este mostra-se simpático e dá a Alberto notícias da família. Mostra conhecer
ou saber o que se passara entre Alberto e Carolino. Fala do sofrimento de Ana e do seu desejo de estar
só. Ana sofria “de uma crise”. Sofia partira para Lisboa para uma casa de freiras.
Alberto entra na Sé devido à forte chuva que se faz sentir e encontra Ana. Esta diz precisar daquele
silêncio. Lembra o local onde estivera a urna de Cristina e começa a falar, transfigurada, da morte.
Percebe que em Cristina havia várias personalidades: a que morreu vestida de holandesa, a que tocava;
revela necessidade de estar ali, naquela igreja, porque ali é o lugar “que tem uns restos do que é
importante”, é “um lugar onde se ouve bem”.
A chuva pára e saem ambos da Igreja. Alberto acompanha Ana até ao largo.
21ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Alberto é visitado por Chico que o responsabiliza “Duas verdades vividas não podem
estabelecer um diálogo”
pelas suas ideias perversas.
ESTRUTURA
Chico visita Alberto, num Domingo de manhã. Estava violento em palavras e atitudes: “ bateu à porta
com violência, a violência categórica de quem vem por ordem da justiça”. Quer saber se Alberto se vai
embora de Évora.
Alberto fica incomodado por achar que ele não tem nada a ver com isso. Tenta, no entanto, falar com
ele com calma.
22ºCAPÍTULO
Acção Pincipal
Acontecimentos Reflexões
Partida para férias e estadia na aldeia um ou dois dias “Quue maldição pesa sobre a assunção do
nosso destino? Sobre o nosso confronto
connosco mesmos? Sobre a evidência da
nossa condição?”
ESTRUTURA
Alberto vai viajar pelo país: Lisboa, Sintra, Praia da Areia Branca, Leiria, Figueira, Aveiro, Porto, Vila
Praia de Âncora, Amarante, Vila Real. “Desço enfim à minha aldeia”- o tempo mudou. É Primavera, o
mês de Abril. A mãe vive a sua solidão: “Somos a mesma carne, o mesmo calor de sangue, dizem-me
que me pareço contigo, no olhar ao menos: estamos sós e definitivos aqui à face um do outro”.
Alberto não vê os irmãos e passa pouco tempo na aldeia.
23ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos
Mês de Maio, “O Verão chegou à cidade”. Alberto continua a não ver ninguém. De vez em quando
cruza-se com o Dr. Moura que “finge não o ver” ou o sauda discretamente”.
Encontro com Alfredo que lhe dá notícias dos outros e o convida a ir a sua casa.
Alfredo convida Alberto para ir à herdade e dá-lhe notícias de Sofia. Informa-o de que Sofia tentou de
novo o suicídio. O Dr. Moura parece preocupado com o futuro de Sofia.
Alberto quer saber notícias de Ana mas Alfredo repete-lhe o convite para ir à herdade.
Num dia de grande calor Alberto vai à Quinta da Bouça, depois de ter dado uma manhã de aulas. Passa
no local onde Cristina morreu.
Passa também pelos ceifeiros e perturba-se: “diante de mim, em fila, como em marcha de penitência,
homens e mulheres, cosidos com a terra, ceifam uma seara”: “agora sois só os escravos da maldição-
maldição dos homens que se enojam de ter as vossas tripas, os vossos ossos.
Alberto vê Ana a ler com duas crianças junto dela e surpreende-se. Percebe que são filhos do Bailote,
os dois mais novos. Ana está absorvida com as crianças e com o livro, Alfredo diz que ela é feliz.
Ana fala com Alberto sobre as crianças: “É extraordinário como no corpo destes pequenos há uma
pessoa viva, um todo independente, como uma consciência brutal da sua individualidade”.
Sofia aparece e fala com normalidade dos seus projectos, do exame que vai fazer, da sua vida.
Jantam ao ar livre e Alberto continua a observar os ceifeiros.
Alfredo propõe a Alberto que no seu regresso leve consigo Sofia.
Sofia conversa e diz “sou corajosa e não tenho ilusões”. Depois pede-lhe para parar no local onde
Cristina morreu e canta. Pede a Alberto para a levar a sua casa.
Alberto e Sofia passam a noite juntos, ficam a ver as estrelas e o universo. Sofia canta de novo mas
Alberto sente-se perturbado.
Sofia visita algumas vezes Alberto e subitamente desaparece.
24ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acção Principal Reflexões
ESTRUTURA
Alguém informa Alberto de que Chico morreu mas de facto ele está apenas doente.
Alberto visita Chico e encontra Ana e Alfredo. Chico está perturbado: “Um doente é um ser em
decadência”.
Alberto pensa na vida e lembra-se de Florbela Espanca: “para lá do muro gradeado do jardim, Florbela
continuava a sua meditação.
25ºCAPÍTULO
Acção Principal
Acontecimentos Reflexões
Alberto Soares recebe no Liceu um telefonema ameaçador: “O que enfrenta o meu cansaço, o
“Só você é responsável. Só Você” que afoga a minha interrogação é
esta fácil desautorização da morte”
ESTRUTURA
Noite de S. João, “noite cálida de bruxas e de sonhos”. Festa na praça, noite de feira no Rossio.
Alberto cruza-se com Ana. Esta pergunta-lhe por Sofia. A última vez que Alberto vira Sofia esta estava
com Carolino, “num banco secreto do jardim”.
Alberto continua a observar a confusão dos palhaços e dos trapezistas e cruza-se de novo com Ana e
Alfredo. Este diz-lhe que se vir Sofia a informe que estão todos no café Luso.
Alberto recorda um telefonema ameaçador que recebeu no Liceu.
Á distância da escrita o narrador afirma: “para que insistir na minha inquietação (...) como quem quer
retardar um efeito teatral? Na realidade, no dia seguinte (...) Sofia apareceu num caminho (...)
assassinada a punhal”.
C0NCLUSÃO