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TEXTO I
TEXTO II
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim
corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque
a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie — nem
sequer mental ou de sonho —, transmudou-se-me o desejo para aquilo que
em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem.
Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a
minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um
prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria
perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento,
num delírio passivo de coisa movida.
PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986.
TEXTO I
É evidente que a vitamina D é importante — mas como obtê-la? Realmente, a
vitamina D pode ser produzida naturalmente pela exposição à luz do sol, mas
ela também existe em alguns alimentos comuns. Entretanto, como fonte dessa
vitamina, certos alimentos são melhores do que outros. Alguns possuem uma
quantidade significativa de vitamina D, naturalmente, e são alimentos que talvez
você não queira exagerar: manteiga, nata, gema de ovo e fígado.
Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br.
Acesso em: 31 jul. 2012.
TEXTO II
Todos nós sabemos que a vitamina D (colecalciferol) é crucial para sua saúde.
Mas a vitamina D é realmente uma vitamina? Está presente nas comidas que os
humanos normalmente consomem? Embora exista em algum percentual na
gordura do peixe, a vitamina D não está em nossas dietas, a não ser que os
humanos artificialmente incrementem um produto alimentar, como o leite
enriquecido com vitamina D. A natureza planejou que você a produzisse em sua
pele, e não a colocasse direto em sua boca. Então, seria a vitamina D realmente
uma vitamina?
Disponível em: www.umaoutravisao.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
6) (FGV- 2015)
Texto 1 – Cercados de objetos por todos os lados
Nunca possuímos tantas coisas como hoje, mesmo que as utilizemos
cada vez menos. As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas
de objetos. Temos uma tela de plasma em cada aposento, substituindo
televisores de raios catódicos que há apenas cinco anos eram de última
geração. Temos armários cheios de lençóis; acabamos de descobrir um
interesse obsessivo pelo “número de fios”. Temos guarda-roupas com pilhas
de sapatos. Temos prateleiras de CDs e salas cheias de jogos eletrônicos e
computadores. Temos jardins equipados com carrinhos de mão, tesouras,
podões e cortadores de grama. Temos máquinas de remo em que nunca nos
exercitamos, mesa de jantar em que não comemos e fornos triplos em que
não cozinhamos. São os nossos brinquedos: consolos às pressões
incessantes por conseguir o dinheiro para comprá-los, e que, em nossa busca
deles nos infantilizam. [...]
Exatamente como quando as marcas de moda põem seus nomes em
roupas infantis, uma cozinha nova de aço inoxidável nos concede o álibi do
altruísmo quando a compramos. Sentimo-nos seguros acreditando não se
tratar de caprichos, mas de investimento na família. E nossos filhos possuem
brinquedos de verdade: caixas e caixas de brinquedos que eles deixam de
lado em questão de dias. E, com infâncias cada vez mais curtas, a natureza
desses brinquedos também mudou. O Mc Donald’s se tornou o maior
distribuidor mundial de brinquedos, quase todos usados, para
fazer merchandisingde marcas ligadas a filmes. [...]
Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo
e ao mesmo tempo enojado e com vergonha de mim mesmo diante do
volume do que nós todos consumimos e da atração superficial, mas forte,
que a fábrica do querer exerce sobre nós.
(Sudjic, Deyan. A linguagem das coisas, Rio de Janeiro:
Intrínseca, 2010.)
a) texto didático, já que procura divulgar verdades úteis para a vida futura;
7) (ENEM – 2016)
a) Nessa campanha publicitária, para estimular a economia de água, o
leitor é incitado a adotar práticas de consumo consciente.
b) Alterar hábitos de higienização pessoal e residencial.
c) Contrapor-se a formas indiretas de exportação de água.
d) Optar por vestuário produzido com matéria-prima reciclável.
e) Conscientizar produtores rurais sobre os custos de produção
9) (ENEM – 2016)
Prova 1º Ano
1) (ENEM-2014)
A História, mais ou menos
Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá que tinha nascido um
guri. Viram o cometa no Oriente e tal e de flagraram que o Guri tinha pintado por
lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já tinham dicado o troço: em
Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se
mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém, como
mandava o catálogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em
Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama.
Perguntaram: Onde está o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no
Oriente e viemos adorá–lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes,
que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono da
praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se
apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero
saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam
tudo para o coroa.
VERÍSSIMO. L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
I II III
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Analisando cada fala, pode-se dizer que apresenta(m) mais orações na fala
o(s) quadrinho(s):
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III