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Administração

da Produção
Material Teórico
Evolução da Produção

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Giovana Gavioli Ribeiro da Silva

Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Evolução da Produção

• Introdução
• Produção em Massa e Produção Enxuta
• Produtos
• Serviços
• Função Produção nas Organizações

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Entender a evolução da função produção nas Organizações a partir
de um panorama histórico que explora a evolução do uso do capital
humano na produção.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Evolução da Produção

Introdução
De acordo com Slack (2002, p. 32):
A função de produção na organização representa a reunião de recursos
destinados à produção de seus bens e serviços. Os gerentes de produção
são funcionários de uma organização que exercem responsabilidade de
administrar algum ou todos os recursos envolvidos pela função produção.
A administração da produção é, portanto, o termo usado para as
atividades, decisões e responsabilidades dos gerentes de produção.

O entendimento da produção, como conhecemos atualmente, passou por um


processo evolutivo, desde o surgimento das cidades, movido pelas Revoluções
Industriais e pela evolução do comércio.

Vamos entender melhor esse panorama histórico?

O surgimento das cidades remonta ao final da época feudal, com os agricultores


migrando do campo para a cidade em busca de melhores oportunidades de
trabalho e vida. Entre essas pessoas está a Figura do artesão, aquele que fazia todo
o trabalho, desde a compra da matéria-prima até a entrega do produto final.

Podemos classificar nessa categoria pintores, sapateiros, alfaiates, ourives,


marceneiros e todos os prestadores de serviços da época, que serviam a nobreza e
outros consumidores que tinham dinheiro para comprar esses produtos mais caros,
feitos à mão e administrados pelo artesão do começo ao fim.

Figura 1 – O artesão no processo produtivo: da matéria-prima


ao produto final | Alfaiate mede vestido em cliente.
Fonte: iStock/Getty Images

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A primeira Revolução Industrial ocorreu entre os anos de 1780 e 1860 e au-
mentou ainda mais a migração do campo para a cidade. Ela trouxe o motor à vapor
e novas formas de produzir com maior rapidez, a partir da mecanização da indús-
tria e da agricultura. Isso abriu espaço para o surgimento da Figura do industrial,
o dono da fábrica ou da oficina, que empregava os serviços do artesão e de certa
quantidade de trabalhadores, o proletariado.

Importante! Importante!

O grande impacto da primeira Revolução Industrial foi a substituição da força motriz,


ou seja, a força do homem, do animal ou da roda pelo trabalho da máquina. Além
de acelerar a produção, ela também proporcionou avanços nos transportes, com o
surgimento da navegação a vapor e das locomotivas.

A Segunda Revolução Industrial, que ocorreu entre 1860 e 1914, conhecida


como a Revolução do Aço e da Eletricidade, contribuiu de forma impactante na
produção. A ênfase passa a ser a velocidade e a eficiência produtiva.

Figura 2 – O surgimento da indústria: velocidade e eficiência produtiva | Produção em


fábrica metalúrgica demonstrando a aplicação de maquinário e homens na produção
Fonte: iStock/Getty Images

A Segunda Revolução foi impulsionada com o aperfeiçoamento dos motores e


a substituição do ferro pelo aço, tornando as máquinas mais leves, e a substituição
do vapor pela eletricidade e derivados de petróleo, como fontes de energia.

Importante! Importante!

A Segunda Revolução transforma de forma radical os transportes e as comunicações. As


linhas férreas são ampliadas, mas os automóveis passam a se tornar economicamente
mais viáveis, sendo produzidos a partir de 1880 pela Daimler e Benz na Alemanha e,
mais tarde, em 1908, por Henry Ford, na produção do modelo Ford T.

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UNIDADE Evolução da Produção

Nessa época de transição, diversos estudio-


sos se propuseram a escrever teorias acerca
da Administração das fábricas e das relações
entre empregadores e empregados.

Um dos mais importantes foi Frederick


Taylor, que consolidou conceitos como a
organização racional do trabalho, a divisão das
tarefas e a especialização do trabalho, entre
muitos outros que delinearam as estratégias
produtivas utilizadas na época e que perduram
até hoje.

Taylor propôs um estudo detalhado da


Figura 3 – Frederick Winslow
análise do trabalho e um estudo de tempos e Taylor – 1856-1915, considerado
movimentos necessário para se realizar cada o pai da Administração Científica
tarefa no chão de fábrica. Fonte: Wikimedia Commons

Chão de fábrica: local no qual é efetuada a fabricação dos produtos ou a prestação de


Explor

serviços; onde efetivamente acontece o processo produtivo.

Ao entender como cada tarefa era realizada nos mínimos processos, Taylor,
então, propôs que essas tarefas fossem divididas, ou seja, cada operário faria uma
parte do processo, que junto formaria o todo. Veja a Figura 4.

Cada operário Vários operários Vários operários


desempenha desempenham em paralelo desempenham em série
a tarefa total partes da tarefa partes da tarefa total
Figura 4 – Divisão do Trabalho | A figura mostra três etapas na realização de uma tarefa.
A primeira, com o operário realizando a tarefa do início ao fim; a segunda, com vários operários
realizando partes da tarefa do início ao fim; e a terceira, em que os operários realizam a tarefa em séries.

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O princípio da divisão do trabalho de Taylor consistia em pegar uma tarefa
executada do início ao fim, como no primeiro quadrante da Figura 4 – que ilustra
também como era realizada a tarefa do artesão – e quebrá-la em partes menores,
como no segundo quadrante. Nesse caso, cada operário realiza uma parte da tarefa
de forma paralela e depois cada parte é reunida para compor o resultado final.

A proposta final de Taylor era dividir ainda mais essas tarefas paralelas e colocá-
las em um formato de linha, em que cada operário fizesse uma parte da tarefa, mas
sem ter o domínio do todo.

Essa nova proposta de trabalho permitiria às oficinas aumentarem a sua


capacidade produtiva, eliminando paradas desnecessárias, otimizando a supervisão
e padronizando os métodos de trabalho e as máquinas.

O artesão já não dominava mais o processo por completo; ele fora quebrado em
partes e pertencia agora ao dono da fábrica. Surge uma nova relação comercial e
trabalhista na produção.

As teorias elaboradas por Taylor serviram de inspiração para muitos outros


estudos, teorias e aplicações, como a de Henry Ford, que utilizou os conceitos de
Taylor em sua linha de produção de automóveis, fabricando o Ford T.

Figura 5 – Henry Ford – 1863-1919 – Linha de produção do Ford T


Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons

Ford aprofundou a especialização do trabalhador e o fixou em seus postos de tra-


balho, aplicando o conceito da esteira na produção. A movimentação do trabalha-
dor agora é drasticamente reduzida e a velocidade é exponencialmente aumentada.

Acesse o link e veja um trecho do filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, que mostra de
Explor

forma crítica a divisão do trabalho proposta por Taylor e a linha de produção com a esteira,
popularizada por Henry Ford: https://youtu.be/XFXg7nEa7vQ

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UNIDADE Evolução da Produção

Diversas outras teorias impactaram a produção, mas Taylor e Ford realmente


revolucionaram a forma como a produção era vista e, além de tudo, executada.
Suas teorias e práticas, alinhadas ao momento econômico e social da época,
tornaram a alta produção algo essencial para qualquer grande indústria. Isso
ocorreu, principalmente, na década de 1950, após o fim da Segunda Guerra
Mundial, quando a Europa e os países aliados, como Estados Unidos, encontravam-
se desabastecidos de recursos, com consumidores carentes por produtos de
necessidade básica, eletrodomésticos e automóveis.

Produção em Massa e Produção Enxuta


A produção em massa passa a tomar forma nesse novo cenário. Veja na Tabela
1, seus princípios.

Tabela 1 – Princípios da Produção em Massa


Uso intensivo dos bens de capital Altos estoques de matéria-prima
Parque fabril altamente tecnológico Altos estoques de produtos acabados
Grande número de trabalhadores Foco na eficiência produtiva

O objetivo da produção em massa é manter o mercado abastecido sempre,


aproveitando ao máximo a capacidade de produção da Empresa. Empresas que
aplicam essa estratégia tem como objetivo aproveitar as suas máquinas, ou seja,
o uso intensivo dos bens de capital com a produção de produtos padronizados e
com a mínima diferenciação. Seu chão de fábrica é abastecido com maquinário
altamente tecnológico, que depende de um grande número de trabalhadores para
abastecê-lo e deslocar os materiais e produtos de um ponto a outro. Como seu
foco é utilizar ao máximo as suas máquinas, as empresas de produção em massa
geralmente possuem altos estoques de matérias-primas e produtos acabados,
arcando, também, com seus custos.

Ao mesmo tempo em que a produção em massa ganhava importância e era


aplicada em mais empresas, principalmente, na Inglaterra e nos Estados Unidos, o
Japão passou a criar novas práticas produtivas, movido por necessidade.

Na década de 1950, com estrutura econômica ainda não recuperada por conta
da Guerra e com baixos recursos, as empresas japonesas eram incapazes de
aplicar os princípios da produção em massa, na qual a alta eficiência produtiva
compensava a manutenção de altos estoques e a montagem de um parque fabril
grande e altamente tecnológico.

A incapacidade econômica impossibilitava as empresas japonesas de alcançarem


a eficiência das empresas norte-americanas. Nesse cenário, a Toyota, fabricante de
automóveis, desenvolveu um sistema produtivo que fabricava automóveis melhores,
mais baratos e com produtividade total superior às das fábricas norte-americanas,
conseguindo preços mais competitivos e utilizando menos recursos.

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A filosofia do Sistema Toyota de Produção ficou conhecida como Produção
Enxuta. Veja suas características na Tabela 2:

Tabela 2 – Princípios da Produção Enxuta


Parque fabril enxuto Estoque zero – Just in Time
Redução de desperdícios Eliminação de movimentação desnecessária
Zero defeito Foco na qualidade

Diferente da produção em massa, a produção enxuta tem um parque fabril


pequeno, mas, mesmo assim, eficiente, pois seu foco é a redução de desperdícios
na produção de produtos diferentes.

Além disso, empresas de produção enxuta investem em treinamento e manuten-


ção do maquinário para que a produção tenha zero defeito. Seu estoque é o mínimo
necessário, ou até mesmo estoque zero, como a filosofia Just in Time. Os tempos
e movimentos são estudados a fim de reduzir qualquer movimentação desnecessária
no decorrer do processo produtivo. O foco da produção enxuta é a qualidade.

Os resultados da produção enxuta influenciaram diversas empresas que aplica-


vam a produção em massa em seus processos e que, depois da baixa na demanda
por produtos, por parte dos consumidores, já não conseguiram administrar seus
altos custos. A produção enxuta também tornava possível oferecer produtos menos
padronizados que a produção em massa. Os automóveis, por exemplo, passaram a
ser oferecidos em cores e formatos diferentes do Ford T, que era produzido padro-
nizado e somente na cor preta. Essa nova opção agradou aos consumidores e aca-
bou ganhando mercado, trazendo consigo o interesse pela nova forma produtiva.

Diversas empresas passaram a adotar os princípios da produção enxuta, que for-


mou as bases para a filosofia Lean Production, que aprofundaremos na Unidade 6.

Você conhece empresas que ainda operam com a produção em massa? E com a filosofia da
Explor

produção enxuta? Pense em exemplos de produtos padronizados e produtos diversificados


que possam se encaixar em cada tipo de produção.

Diversos autores defendem uma Terceira Revolução Industrial, que tomou forma
após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, e acontece ainda nos dias atuais.

A Terceira Revolução é baseada na evolução crescente da tecnologia e das


comunicações, fazendo com que cada vez mais as máquinas e processos aplicados
à produção evoluam e se modifiquem de forma constante. Temas como Robótica,
Engenharia Genética, Engenharia Bioquímica e Nanotecnologia, entre muitos
outros, fazem parte da terceira evolução e continuam sendo desenvolvidos até hoje.

Agora que conhecemos a evolução da produção, vamos conhecer melhor as


características de produtos e de serviços.

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UNIDADE Evolução da Produção

Produtos
Primeiramente, vamos conhecer as características dos produtos. De maneira
geral, os bens ou mercadorias são produtos físicos tangíveis e visíveis, ou seja,
podem ser tocados, ouvidos, degustados e são compostos de materiais físicos.
Possuem cores, tamanhos, dimensões e podem servir para consumo ou produção
de outros bens.

Podemos classificá-los em:


• Bens de consumo: são produtos que podem ser consumidos pelo cliente final
e se dividem em:
» Duráveis: O consumo é feito ao longo do tempo e o produto demora para
sofrer desgaste ou deterioração;
» Semiduráveis: São consumidos em menor prazo, pois há desgaste do produto;

» Perecíveis: Em geral, finalizam sua vida útil


ao serem consumidos, ou seja, o arroz, ao A vida útil de um
bem é o prazo que
ser preparado, será consumido em sua in- ele leva desde o início
tegridade, finalizando sua vida útil. Produtos de seu consumo
perecíveis possuem duração curta e, geral- até seu término ou
deterioração, quando
mente, prazo de validade determinado. Caso deve ser destinado
o produto não seja consumido antes desse para descarte ou reuso.
prazo, deverá ser descartado.
• Bens de produção: também são conhecidos como bens de capital e são
caracterizados por produtos que servem para produzir ou movimentar outros
materiais, como, por exemplo: máquinas, prensas, empilhadeiras etc.

Trocando ideias...Importante!
Geralmente, Empresas voltadas para o Mercado de consumo produzem bens de
consumo, e Empresas voltadas para o Mercado industrial produzem bens de produção
(SLACK, 2002, p. 41).

Vamos pensar em outros produtos e classificá-los?

Veja alguns bens na Tabela a seguir e sua classificação.

Tabela 3 – Classificação de bens


Produto Classificação
Máquina de lavar Bem de consumo durável
Roupas Bem de consumo semidurável
Feijão, farinha, ovo, fermento Bem de consumo perecível
Empilhadeiras Bem de produção

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Produto Classificação
Máquinas industriais Bem de produção
Automóvel Bem de consumo durável
Sapatos Bem de consumo semidurável

Serviços
Os serviços também tem diferentes características. São atividades especializadas
e possuem enorme variedade de características e diversificações.

Um produto é algo tangível, ou seja, pode ser tocado, percebido em suas


cores, tamanhos, texturas, volume; já o serviço é intangível, portanto, não possui
substância física e suas dimensões não podem ser comprovadas.

O consumidor somente fica de posse do resultado da prestação do serviço,


não do serviço em si, como, por exemplo, um corte de cabelo. A videoaula desta
Unidade aprofunda as diferenças entre as características de produtos e serviços.

Função Produção nas Organizações


A função da produção, como conhecemos no início da Unidade, consiste na reu-
nião de recursos destinados para a produção de bens ou de serviços. Ela se relaciona
de forma direta com diversas outras funções da Empresa. Veja alguns exemplos:
• Produção e Marketing: entender e adaptar as restrições do processo produ-
tivo com relação às expectativas de vendas e às exigências do mercado;
• Produção e Desenvolvimento: adaptar os processos produtivos a partir de
novas ideias de produtos e serviços;
• Produção e Contabilidade: análise financeira para aquisição ou venda de
maquinário, recursos, materiais etc.;
• Produção e Recursos Humanos: contratação ou afastamento de pessoal fixo
ou temporário, dependendo da necessidade de produção;
• Produção e Logística: abastecimento de matérias-primas e distribuição de pro-
dutos acabados, com gerenciamento de estoques ao longo do processo produtivo.

É correto afirmar que a relação entre os diversos Departamentos deve ser a


mais clara e transparente possível, alinhada ao planejamento estratégico da Em-
presa e de forma a atender às necessidades do consumidor.

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UNIDADE Evolução da Produção

Importante! Importante!

• A função de produção é responsável pela reunião de recursos destinados à produção


de bens e serviços;
• Sua evolução ocorreu por conta das Primeira E Segunda Revoluções Industriais que
substituíram a força motriz humana e do animal, utilizadas pela agricultura e pelos
artesões, pelas máquinas a vapor, na Primeira Revolução e por máquinas movidas à
eletricidade e motor de combustão, após a Segunda Revolução;
• As Teorias da Administração também impactaram a forma como a produção organiza
as suas relações no chão de fábrica, principalmente as Teorias de Taylor e as adap-
tações dela por Henry Ford, na produção da indústria automobilística da época, apli-
cando a esteira à produção;
• Os principais conceitos utilizados foram o estudo de tempos e movimentos, a organi-
zação racional do trabalho, a divisão de tarefas e a especialização do trabalhador;
• Diferente do artesão, o operário realiza as tarefas separadas e divididas em processos
menores, sendo alienado à sua contribuição para o todo;
• A produção artesanal passa a ser uma produção em massa, motivada pela eficiên-
cia produtiva, altos estoques, grande número de trabalhadores e estoques tanto de
matérias-primas como de produtos acabados, tudo apoiado em um parque fabril al-
tamente tecnológico;
• Na década de 1950, o Japão e, mais especificamente, a Toyota, criaram uma nova
filosofia produtiva, vez que seus recursos eram escassos e seu capital reduzido por
conta das guerras recentes. Surge, nesse cenário, a produção enxuta;
• A produção enxuta tem como foco a qualidade total do processo produtivo, reduz-
indo ao máximo os desperdícios, movimentos desnecessários e as quantidades em
estoque, tudo isso executado em um parque fabril enxuto;
• Muitas empresas passaram a adotar a filosofia da produção enxuta ao invés da
produção em massa, como forma de reduzir seus custos e oferecer maior variedade
de produtos aos seus consumidores;
• Atualmente, e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, passamos por uma
Terceira Revolução Industrial, ligada às evoluções tecnológicas e sua aplicação no
processo produtivo com avanços nos setores de informática, robótica, genética, bio-
química, telecomunicações, nanotecnologia e muitas outras;
• Os produtos podem ser classificados em bens de consumo duráveis, semi-duráveis,
perecíveis e bens de capital;
• Os serviços constituem atividades especializadas com grande variedade e intangibili-
dade, ou seja, o consumidor fica de posse do resultado da prestação do serviço;
• A produção se relaciona com as demais funções da empresa, de forma a adaptar seu
processo e garantir as melhores relações de custos e desempenho para a Empresa.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Introdução à Administração
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru, Introdução à Administração, São Paulo: Atlas:
2009. Sistema Toyota de Produção. p. 40-3;

Vídeos
Modelos de Produção na Indústria: Fordismo e Toyotismo
EVOLUCIONAL.
https://youtu.be/i4703cGgY7s
Revolução Industrial: Divisão do Trabalho e Adam Smith – Manufatura e Maquinofatura
Historiação Humanas.
https://youtu.be/ix5jUPyx99g

Leitura
Produto x Serviço
SANTOS, Rapahel dos.
https://goo.gl/QaW52f

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UNIDADE Evolução da Produção

Referências
CORRÊA, Henrique L.; CAON, Mauro. Gestão de serviços: lucratividade por
meio de operações e de satisfação dos clientes. São Paulo: Atlas, 2009.

MARTINS, Petronio; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção, 2.ed.


São Paulo: Saraiva, 2005.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. São Paulo:


Atlas: 2009.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart, JOHNSTON, Robert. Administração da


Produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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