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SUA ESTABILIZAÇÃO
Heizir Ferreira de Castro, Gisella Maria Zanin,
Flávio Faria de Moraes, Paula Sá-Pereira
SUMÁRIO
As vantagens das enzimas imobilizadas, em relação às solúveis, surgem de sua maior esta-
bilidade e facilidade de separação do meio de reação, o que acarreta economia significati-
va no custo global do processo, desde que o procedimento de imobilização não seja mui-
to dispendioso, haja boa recuperação da atividade enzimática e que a meia-vida operacio-
nal da enzima imobilizada seja suficientemente longa. Os métodos de imobilização vari-
am da simples ligação por adsorção física em suportes diversos até a encapsulação em ma-
trizes de sol-gel e granulação. Durante o uso das enzimas imobilizadas, efeitos de transfe-
rência de massa podem ocasionar gradientes adversos de substratos ou de pH, que po-
dem reduzir a velocidade de reação e o rendimento em produto. Impurezas presentes no
meio podem ocluir a enzima imobilizada e também reduzir a velocidade de reação e o
rendimento em produto. A perda de atividade biocatalítica durante o processo de imobi-
lização deve ser reduzida para compensar o custo extra da imobilização, o suporte poroso
deve ser apropriado para facilitar a transferência de reagentes e produtos, e a purificação
exaustiva da solução de substrato deve ocorrer para obter-se uma longa vida operacional.
Este capítulo conceitua inicialmente os diversos termos relacionados com a técnica
de imobilização, fornece uma classificação dos métodos e destaca ainda as vantagens e li-
mitações do uso de enzimas. Na seqüência, apresenta os métodos de imobilização de en-
zimas, correlacionando-os com os tipos de suportes mais comumente utilizados. Aborda a
interação enzima-suporte com base nos fatores que interferem no comportamento da en-
zima imobilizada;. discute a aplicação de enzimas imobilizadas em meio orgânico, bem
como, a influência de aditivos como agentes estabilizantes da atividade catalítica da enzi-
ma imobilizada, e, finalmente, enfoca o tema das aplicações das enzimas imobilizadas.
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ENZIMAS IMOBILIZADAS
As enzimas têm, intrinsecamente, excelentes propriedades como a atividade, a seletivi-
dade e a especificidade. Estas características permitem o desenho de processos de sínte-
se de produtos muito complexos em condições ecossustentadas. Mas apesar do elevado
potencial de aplicação das enzimas, devido à pressão dos consumidores, elas têm de ser
otimizadas, de modo a cumprirem suas funções biológicas com eficácia e eficiência. A
catálise de reações em processos metabólicos complexos pode ser regulada em vários
níveis. E assim, algumas delas passam a ter as características adequadas para serem
integradas em processos industriais.
Enzimas na sua forma nativa (enzimas livres) têm sido usadas por séculos na indús-
tria de alimentos e mais recentemente nas indústrias farmacêuticas e químicas. Sua es-
trutura e modo de ação vêm sendo gradativamente elucidados por métodos experi-
mentais bem estabelecidos, como as técnicas clássicas de raios X e avançadas de resso-
nância magnética nuclear (RMN). Modernas metodologias de engenharia genética
possibilitaram a produção de enzimas em grande escala ou a modificação de sua estru-
tura primária, alterando, portanto algumas de suas características físico-químicas e bio-
lógicas (MA et alii, 2003). De igual significância são as recentes técnicas de evolução di-
recionada, que permitem, via modificação do DNA, a preparação de enzimas especial-
mente dirigidas para uma determinada finalidade, isto é, enzimas que atuam em valores
extremos de pH e temperatura, bem como em presença de meios não convencionais
(solventes orgânicos, fase gasosa, CO2 supercrítico) (POWELL et alii, 2001).
O valor de venda de enzimas para o uso em indústrias de alimentos, detergentes e
especialidades químicas, que perfazia um total de aproximadamente US$ 700 milhões
em 1992 (KATCHALSKI-KATZIR e KRAEMER, 2000), aumentou para US$ 2 bilhões
em 2004 (RAJAN, 2004). De acordo com as projeções, o crescimento no mercado de en-
zimas é de aproximadamente 4-5% ao ano, acompanhado pela redução de preço, de-
corrente do grande número de empresas que comercializam enzimas com preços mais
competitivos (RAJAN, 2004).
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Enzima Suporte
Propriedades Propriedades
Bioquímicas Bioquímicas
Desempenho
Consumo de enzima (U/kg de produto)
Produtividade (kg produto/U)
Dentre os vários parâmetros que devem ser considerados os mais importantes são
apresentados na tabela 6.1, os quais incluem pH, temperatura, força iônica, pressão,
agitação, liberação de co-fatores e do substrato com a remoção dos produtos. Estes fato-
res influem no desempenho do suporte, na conformação da enzima, na velocidade de
transferência de massa e de reação intrínseca, e, portanto, afetam o comportamento da
enzima imobilizada.
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vidade em relação à enzima solúvel (BON et alii, 1984; ZANIN et alii, 1998; PEREIRA et
alii, 2001; SOBRAL et alii, 2003a,b; GOMES et alii, 2004).
Uma enzima insolúvel pode ser obtida pela formação de ligações cruzadas inter-
moleculares (reticulação ou cross-linking) entre moléculas da enzima sem a presença
de um suporte sólido. Sempre que possível, deve-se escolher um reagente que promova
a ligação entre grupos não envolvidos na catálise e que esteja em concentração suficien-
te para a completa imobilização com retenção da atividade. O glutaraldeído tem sido o
reagente bifuncional mais amplamente utilizado (FERNANDES e CABRAL, 2006).
Em algumas situações, quando se deseja obter enzimas imobilizadas com maior ati-
vidade, ou aumentar a resistência mecânica dos suportes, é recomendável a utilização
de uma combinação de métodos para a imobilização de enzimas. Por exemplo, pode-se
melhorar a estabilidade da enzima imobilizada por adsorção promovendo-se uma
ligação cruzada entre as moléculas da enzima com o glutaraldeído.
Imobilização Multipontual
A imobilização multipontual de uma enzima consiste na formação de várias ligações cova-
lentes entre uma molécula de enzima e vários grupos ativos do suporte. Para se obter deriva-
do estável pela técnica de imobilização multipontual, deve-se selecionar um suporte morfo-
logicamente apropriado. Suportes porosos, cuja estrutura interna tem grande área superfi-
cial, como por exemplo, sílica, alumina e géis de agarose, promovem congruência geomé-
trica entre a enzima e o suporte, aumentando a rigidez de uma pequena parte da área su-
perficial da enzima (10 a 20%), que é transladada para toda a estrutura terciária, devido às
fortes interações entre todas as partes da molécula de proteína (GUISÁN et alii, 1991).
A ligação da enzima ao suporte dá-se entre grupos amino da enzima e grupos aldeí-
do alifáticos pequenos do suporte. Géis glioxil-agarose (Ag-O-CH2-CHO) possibilitam
multiinteração enzima-suporte intensa, sem distorção da estrutura da enzima, devido à
ausência de impedimentos estéricos para a reação química amina-aldeído, estabilidade
dos grupos aldeídos e reversibilidade de cada ligação unipontual amina-aldeído.
Com o uso do sistema insolubilização-estabilização de enzimas proposto por Guisán
(1988) e controle das variáveis que definem a intensidade das multiinterações enzima
(amino) suporte (aldeído), a saber, a densidade superficial dos grupos aldeído no gel ati-
vado, o tempo de contato enzima insolubilizada-suporte ativado, a temperatura e o pH, é
possível preparar derivados mais ativos e mais estáveis com, por exemplo, penicilina G-aci-
lase (BLANCO e GUISÁN, 1989), quimotripsina (GUISÁN et alii, 1991), esterase termo-
fílica (FERNADEZ-LAFUENTE et alii, 1995), carboxipeptidase A (PEDROCHE et alii,
2002), alcalase (TARDIOLI et alii, 2003b) e lipase (PALOMO et alii, 2005).
A tabela 6.2 mostra a atividade recuperada e o fator de estabilidade de diversas en-
zimas imobilizadas em gel glioxil-agarose (MATEO et alii, 2005). A atividade recupera-
da variou de 60 a 100% e a estabilização, de acordo com o tempo de meia vida do bioca-
talisador, em muitos casos foi 1.000 a 10.000 vezes mais alta do que a conseguida para a
enzima imobilizada unipontualmente.
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Tabela 6.2 Atividade recuperada e fator de estabilidade para diversas enzimas imobilizadas
multipontualmente em glioxil-agarose
Tripsina 75 10.000a
Quimotripsina 70 60.000a
Penicilina G acilase (E. coli) 70 8.000a
Lipase (C. rugosa) 50 150a
Lipase (B. thermocatenulatus) 75 500a
Esterase (B. stearothermophilus) 70 1000a
Termolisina (B. thermoproteolyticus) 100 100a
Glutamato racemase 70 1000a
Alcalase 54 500
Uroquinase 80 10
a: comparada com enzimas imobilizadas unipontualmente.
Fonte: Mateo et alii (2005).
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a)
Água
Enzima
b)
Polióis
Água
Enzima Enzima
Figura 6.3a Desnaturação da enzima em solução aquosa. (b) Efeito de polióis na estabilização das
enzimas.
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a enzima livre. Isto conduz a uma alta produtividade volumétrica (kg) por volu-
me de reator (m3) e por hora. Além disto, como o substrato e produto são ex-
postos a condições de reação mais brandas por um menor tempo de reação, im-
pede-se a ocorrência de reações indesejáveis e a contaminação do meio de
reação.
e) Alterar, em alguns casos, as propriedades catalíticas da enzima em relação a sua
forma solúvel, como por exemplo, conferir-lhe maior estabilidade ao pH e à
temperatura, reduzir os efeitos de inibição pelo substrato e produto que são
removidos continuamente do biorreator.
f) Facilitar a interrupção da reação, quando se atinge um determinado grau de con-
versão, pela remoção do biocatalisador, se a operação está sendo realizada em ba-
telada, ou pelo ajuste do tempo de residência, se é utilizado um reator contínuo
(MESSING, 1975; ROSEVEAR et alii, 1987; HARTMEIER, 1988; TISCHER e
WEDEKIND, 1999).
O sucesso da tecnologia de imobilização mostra que, de modo geral, as vantagens
superam as limitações. Porém, alguns fatores devem ser apontados, não como desvanta-
gens do processo, mas sim como pontos a serem evitados. Dentre estes fatores podem
ser citados (ROSEVEAR et alii, 1987):
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Estabilidade do biocatalisador
O custo da imobilização deve ser compensado pela longa vida do biocatalisador. O su-
porte deve manter suas propriedades físicas (resistência mecânica e ao ataque por rea-
gentes químicos) durante o tempo de meia-vida estimado. Normalmente, os substratos
utilizados nas reações enzimáticas contêm substâncias em suspensão, lipídios, que po-
dem se adsorver ao suporte e bloquear os poros, diminuindo a acessibilidade do subs-
trato à enzima e promovendo uma redução aparente do tempo de meia-vida da enzima
imobilizada. Neste caso, as soluções de substrato devem ser purificadas antes da
alimentação do biorreator.
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PERSPECTIVAS
Embora seja grande o número de trabalhos publicados no campo da imobilização de
enzimas os processos que as utilizam em escala industrial são poucos e isto se deve prin-
cipalmente aos seguintes fatores: o suporte e os reagentes para a imobilização são caros;
a ainda baixa eficiência dos métodos de imobilização; a relativamente baixa estabilida-
de operacional da enzima imobilizada; o fato de os equipamentos requeridos para a
operação contínua serem, via de regra, mais sofisticados e pouco versáteis; a pequena
demanda dos produtos, que, normalmente, não incentiva a produção em larga escala; e
a baixa eficiência das enzimas imobilizadas para produtos de alto peso molecular.
Para viabilizar a aplicação industrial, é necessário otimizar os seguintes parâme-
tros: custo de imobilização, retenção da atividade enzimática, estabilidade da enzima à
temperatura e ao pH, a estabilidade operacional e projeto do biorreator; além da
obtenção de suportes mais resistentes e baratos.
A tecnologia de imobilização reune os conhecimentos da química, da bioquímica,
da biologia molecular e celular aos da engenharia, buscando sempre se ampliar as apli-
cações das enzimas na conversão de matérias-primas, normalmente de baixo custo, em
produtos de maior valor agregado. Dessa forma, a imobilização de enzimas é realizada
não só com o propósito de atender aplicações puramente científicas, onde são utiliza-
das como modelos para estudar a relação entre a atividade catalítica e a estrutura protéi-
ca, mas principalmente visando o uso comercial em processos contínuos.
As estratégias de posicionamento da indústria de enzimas imobilizadas dependem
diretamente do avanço de investigação em áreas relacionadas com a estabilização enzi-
mática, entre elas aa investigação do uso de proteínas de proteção, como as chaperoni-
nas (MOSKOVITZ e SREBNIK, 2005). Outras estratégias têm sido abordadas com êxito
como a aplicação de modelos de inativação, a modificação química e a estabilização
com aditivos e solutos compatíveis (O’FAGAIN, 2003; SÁ-PEREIRA et alii, 2004). A área
que mais se destaca é a engenharia de proteínas que tem contribuído decisivamente
para o desenvolvimento de novos processos de estabilização enzimática.
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