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Nome: Fernando Tranquilino Marques dos Santos (8052867) Página 1 de 5

Turma: DGPED1801RECA2O
Polo: Recife
Data: 26/05/2018

AVALIAÇÃO SEMESTRAL INTERDISCIPLINAR


CADERNO DE PROVA

ORIENTAÇÕES
Objetivos da Avaliação Semestral Interdisciplinar: avaliar as dificuldades encontradas pelos alunos quanto à aprendizagem, servindo de avaliação
diagnóstica para criar soluções e estratégias para a melhoria do ensino; avaliar como está a construção do perfil do aluno no curso, considerando
o semestre vigente; e garantir a aprendizagem dos alunos – formação pessoal e profissional (colocação do Projeto Educativo e do Projeto Político-
Pedagógico de Curso em prática), considerando os conhecimentos teóricos e/ou práticos estudados nos Ciclos de Aprendizagem 1, 2, 3 e 4, como
contribuição para a construção do perfil profissional e humano no contexto do curso em que está matriculado.
Valor: 0,0 a 3,0 pontos.
Quantidade de Questões: 6 questões de múltipla escolha.
Tempo para realização: 45 minutos por disciplina.
Tempo mínimo de permanência na sala: 45 minutos.
Procedimentos para a realização do instrumento avaliativo:

• Fica expressamente proibida, por parte do aluno, a utilização de qualquer tipo de dispositivo móvel ou acessórios eletrônicos (como
telefones celulares, tablets, computadores portáteis, agendas eletrônicas, aparelhos de som, fones de ouvido, relógios e outros do gênero
que possibilitem a comunicação, a transmissão e o armazenamento de informações). Durante as avaliações, é proibido, também, o acesso a
livros, apostilas, anotações ou quaisquer outros materiais impressos. Caso o aluno compareça aos momentos avaliativos portando materiais
e/ou equipamentos de uso não permitido, estes deverão ser desligados e/ou guardados em local que não seja permitido o seu acesso
(Artigos 2º e 7º da Instrução Normativa nº 002/2016).
• Verifique se o seu nome está correto na parte superior do caderno de prova e formulário de respostas. Caso contrário, avise o fiscal que
está aplicando a prova.
• Você deve assinar o formulário de respostas ou escrever seu nome completo, com caneta esferográfica de tinta preta ou azul, no local
indicado (em: Assinatura do aluno), na parte superior.
• Dedique seu tempo para ler atentamente os enunciados de cada questão, tendo o cuidado de assinalar as respostas adequadamente no
formulário: pintar toda a bolinha com caneta preta ou azul e não rasurar (caso aconteça, a resposta não será considerada).
• Todas as questões devem ser respondidas, mesmo aquela que por algum motivo, gerou questionamento de sua parte ou que, devido
à problema na impressão, não estava legível.

CURSO
DGPEDBTT - Pedagogia (Licenciatura) - 2018/01-2 - 1º Semestre (Segunda Licenciatura)

QUESTÕES
1 - [128127] Veja a situação didática apresentada abaixo depois assinale sumo de leitura, Lícia pediu a um representante de cada grupo que fosse
a alternativa que melhor caracteriza tal prática pedagógica: preencher o gráfico do tempo que eles têm na classe. A professora en-
Situação: Sala da professora Lícia sinou as crianças a ler informações do tempo que saem cotidianamente
nos jornais. Juntamente com os alunos, montou uma tabela, na qual reg-
istram todos os dias da semana e utilizam símbolos para representar o
A sala estava mobiliada com carteiras agrupadas de quatro em quatro. clima previsto para cada dia. Todo final de mês elaboram um gráfico que
Nas paredes havia cartazes do tipo: lista de nomes, lista dos livros em- representa a quantidade de dias ensolarados, nublados e chuvosos. Essa
prestados, notícias da semana, desenhos das crianças e combinados da é uma atividade que acontece toda 6ª feira, então as crianças já sabem
turma. Na lousa estava escrito a rotina do dia. Havia uma prateleira com o que devem fazer e já organizaram um rodízio, de tal forma que todos
livros de história, gibis, revistas Globo Ciências, dicionários e atlas. acabam participando da elaboração do gráfico do tempo.
Às 7h30, as crianças estavam organizadas em pequenos grupos folhean- Às 9h, Lícia pediu-lhes que guardassem os jornais no cantinho de mate-
do os jornais da semana. A instrução que a professora havia dado foi a de riais de leitura e, como já estavam organizados em grupo, planejou uma
que folheassem o jornal para ver o que havia acontecido de interessante atividade de matemática, na qual construiriam o jogo de damas. Cada
e importante naquela semana. Cada grupo deveria escolher uma matéria grupo tinha um responsável por buscar o material necessário que já es-
para ler e todos deveriam olhar a previsão do tempo. tava organizado. Rosana deu as instruções necessárias, apresentando um
Passada meia hora, Lícia deu início a uma conversa sobre o que cada modelo do jogo, que ficou a disposição das crianças para consulta. Du-
grupo havia lido de mais importante. Cada grupo contava as informações rante essa atividade a classe estava agitada, pois várias crianças conver-
que havia obtido e a professora complementava informações ou corrigia savam e se movimentavam ao mesmo tempo. Mas o clima era de trabal-
compreensões equivocadas. Depois que cada grupo apresentou seu re- ho. Estavam interessadas e falavam sobre o assunto em questão: como
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resolver os problemas que surgiam para montar o jogo. b) Apenas II e III.


Às 10h as crianças saíram para a merenda. Por volta das 10h20min. En-
traram para a sala de aula onde a professora propôs que preenchessem c) Apenas III e IV.
uma cruzadinha. Leu para as crianças as instruções e ia caminhando pela
classe para oferecer ajuda aos que necessitassem. Algumas crianças ter- d) Apenas II e IV.
minaram rapidamente e receberam orientação para que criassem uma
história utilizando as figuras da cruzadinha. Aos que tinham maior difi- e) Apenas I, III e IV.
culdade no preenchimento, a professora oferecia a informação das letras
que estavam faltando. Quando todos estavam com a cruzadinha pronta,
Lícia chamava algumas crianças que já sabiam escrever convencional- 2 - [128125] As mulheres frequentam mais os Bancos escolares que
mente para que escrevessem as palavras na lousa a fim de que todos os homens, dividem seu tempo entre o trabalho e os cuidados da casa,
pudessem corrigi-las. geram renda familiar, porém continuam ganhando menos e trabalhando
À medida que terminavam está atividade iam pegando o trabalho que mais que os homens. As políticas de benefícios implementados por em-
iniciaram no dia anterior, mas que não tinham tido tempo de terminar. presas preocupadas em facilitar a vida dos funcionários que têm cri-
Estavam reescrevendo a história do Patinho Feio em duplas. Cada cri- ança pequena em casa já estão chegando ao Brasil. Acordos e horários
ança tinha uma função na dupla: um ditava e o outro escrevia. flexíveis, programas como auxílio-creche, auxílio-babá e auxílio-ama-
As duplas que iam terminando sua atividade podiam realizar atividades mentação são alguns dos benefícios oferecidos (ENADE 2014).
alternativas como cruzadinhas, caça-palavras, bingo de nomes, jogo da
memória, leitura de livros ou gibis... Esse “acervo” ficava em uma
prateleira e era modificada uma vez por mês.
Por volta das 11h30min, Lícia propõe às crianças que não terminaram
de reescrever a história que terminem no dia seguinte. Todas as crianças
guardam o material e cada uma pega uma cadeira e leva para a área ex-
terna da classe, formando um círculo. Esta é a roda de leitura. Outra
daquelas atividades permanente, que acontecem todos os dias. A única
coisa que varia, segundo Lícia, é onde fazem a roda. E aí, por meia hora
Lícia leu o conto A roupa nova do rei.
Leia as alternativas abaixo e observe aquelas que caracterizam a propos-
ta pedagógica que sustentam a prática docente da professora Lícia:
I - Nesta proposta tradicional, por meio da utilização do método silábico,
pois nesta concepção, a criança, inicialmente, parte do pressuposto de
que este não possui maturidade para aprender ler e escrever, sendo, por-
tanto, submetido a exercícios de prontidão. Fundamenta o modelo tradi-
cional de alfabetização, concebendo-o enquanto processo de codificação
e decodificação da língua escrita, pautada, na memorização inicial de Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 30 Jul.
sílabas simples (BA, BE, BI, BO, BU) seguidas das sílabas complexas 2013 (adaptado).
para a formação de palavras. Considerando o texto e o gráfico, auxilie as afirmações a seguir:
II - Nesta proposta pedagógica Vigotskiana, pois nesta concepção, a I. O somatório do tempo dedicado pelas mulheres aos afazeres domésti-
aprendizagem é resultante das interações sociais, uma vez que estas de- cos e ao trabalho remunerado é superior ao dedicado pelos homens, in-
sempenham papéis determinantes na constituição dos sujeitos, principal- dependente do formato da família.
mente no que se refere ao desenvolvimento das funções psíquicas do II. O fragmento de texto e os dados do gráfico apontam para a necessi-
homem, tais como as representações do real, a produção do pensamen- dade de criação de políticas que promovam a igualdade entre os gêneros
to e a utilização da linguagem como instrumento do pensamento e como no que concerne, por exemplo, o tempo médio dedicado ao trabalho e a
meio de comunicação (REGO, 1995). Está fundamentada nos pressupos- remuneração recebida.
tos teóricos do materialismo histórico-dialético. III. No fragmento de reportagem apresentado, ressalta-se a diferença en-
III - Nesta proposta a leitura e a escrita são concebidas enquanto objetos tre o tempo dedicado por mulheres e homens ao trabalho remunerado,
culturais que estabelecem diferentes usos e funções com base no contex- sem alusão aos afazeres domésticos.
to social da criança. Além de evidenciar os usos sociais da língua como É correto o que se afirma em:
parte integrante da natureza do processo de alfabetização, a concepção
sociocultural explicita a aquisição da escrita numa perspectiva sociolin- a) I, apenas.
guística, realçando que a língua oral e a língua escrita servem a difer-
entes situações sociais e com diferentes objetivos (SOARES, 1995). b) III, apenas.
IV – Nesta proposta a alfabetização parte de uma concepção “tradi-
cional” de alfabetização, traduzida nos métodos analíticos ou sintéticos. c) I e II, apenas.
Além disso, parte no trabalho com os métodos e o uso de cartilhas, val-
orizava nesse processo a decodificação das palavras, desvinculando-as d) II e III, apenas.
em seu significado para a criança.
Das alternativas acima quais delas se referem as características da prática e) I, II e III.
pedagógica que sustentam a prática docente da professora Lícia:

a) Apenas I e II. 3 - [128128] (ENADE/2017) Entendemos a educação não formal como


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aquela voltada para o ser humano como um todo, cidadão do mundo, galos e mais outro tanto de galinhas. Vendo os galos. A dois cruzeiros
homens e mulheres. Em hipótese alguma, ela substitui ou compete com cada um — duas vezes cinco, dez... Mil cruzeiros!... posso então com-
a educação formal, escolar. prar doze porcas de cria e mais uma cabrita. As porcas dão-me, cada
Poderá ajudar na complementação dessa última, via programações es- uma, seis letões. Seis vezes doze...
pecíficas, que articulem escola e comunidade educativa localizada no Estava a menina neste ponto quando tropeçou, perdeu o equilíbrio e, com
território de entorno da escola. A educação não formal tem alguns de a lata e tudo, caiu um grande tombo no chão.
seus objetivos semelhantes aos da educação formal, como a formação Pobre Laurinha!
de um cidadão pleno, mas ela tem também a possibilidade de desen- Ergueu-se chorosa, com um ardor de esfoladura no joelho; e enquanto
volver alguns objetivos que lhe são específicos, pela forma e pelos es- espanejava as roupas sujas de pó viu sumir-se, embebido pela terra seca,
paços onde se desenvolvem suas práticas, a exemplo de um conselho ou o primeiro leite da sua vaquinha mocha e com ele os doze ovos, as cinco
da participação em uma luta social contra as discriminações, por exemp- botadeiras, os quinhenetos galos, as doze porcas de cria, a cabritinha —
lo, e a favor das diferenças culturais. todos os belos sonhos da sua ardente imaginação...
GOHN, M. G. Educação não formal, participação da sociedade civil e Emília bateu palmas.
estruturas colegiadas das escolas. Ensaio: aval. Pol. Públ. Educ., Rio de — Viva! Viva a Laurinha!... No nosso passeio ao país das Fábulas tive-
Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, 2006 (adaptado). mos ocasião de ver essa história formar-se — mas o fim foi diferente.
Considerando o tema apresentado e práticas inclusivas e democráticas de Laurinha estava esperta e não derrubou o pote de leite, porque não car-
articulação escola-comunidade e movimentos sociais comunitários, ava- regava o leite em pote nenhum e sim numa lata de metal bem fechada.
lie as afirmações a seguir, a respeito das ações realizadas pela escola e/ Lembra-se, Narizinho?....
ou por seus profissionais nesse contexto. A menina lembrava-se.
I. Identificar que objetivos da educação não formal estão sendo dissem- — Sim — disse ela. Lembro-me muito bem. A Laurinha não derramou
inados na comunidade e utilizá-los para complementar e aprimorar a o leite e deixou a fábula errada. O certo é como a vovó acaba de contar.
prática educativa escolar. — Está claro, minha filha — concordou Dona Benta. É preciso que
II. Descentralizar o poder decisório, que, geralmente, se encontra nas Laurinha derrame o leite para que possamos extrair uma moralidade da
mãos da equipe gestora, para que os membros da comunidade sejam pro- história.
tagonistas das decisões colegiadas. Que é moralidade, vovó?
III. Garantir a participação dos membros da comunidade nos órgãos É a lição moral da história. Nesta fábula da menina do leite a moralidade
colegiados da escola, pois esses são os locais onde se entrecruzam ne- é que não devemos contar com uma coisa antes de a termos consegui-
cessidades advindas da prática da educação formal/escolar com as da ed- do...(LOBATO, Monteiro. Obra Completa. São Paulo: Brasiliense,
ucação não formal. 1982, p. 425. v. 2).
IV. Identificar e selecionar pais ou familiares que têm atuação política Texto 2: Eu tropeço e não desisto - Giselda Laporta Nicolelis
mais efetiva junto a movimentos sociais comunitários para que represen- A menina ordenhou a vaca para vender o leite. Enquanto caminhava, em
tem os demais. direção ao mercado, ia so-nhando...
É correto o que se afirma em: Depois de vender o leite, com o dinheiro, compraria uma galinha. Esta,
com certeza, botaria os ovos que ela venderia para comprar um vestido
a) I e II. azul. Ficaria tão bonita que se casaria com um lindo príncipe, o qual a
levaria para morar no castelo lá no alto da colina.
b) I e IV. Entusiasmada, a menina olhou para a colina e pimba!, tropeçou numa
pedra: o balde virou e não so¬brou nem uma gota de leite. A menina
c) III e IV. começou a chorar por ter perdido o seu sonho. De repente, surgiu uma
mulher bem velha que falou assim:
d) I, II e III. – Não chore, menina, porque chorar não resolve nada. Se quiser o seu
sonho de volta, comece tudo de novo. Mas, dessa vez, preste atenção na
e) II, III e IV. pedra...
Nem deu tempo de a menina responder e a velha já havia desaparecido.
Então a menina voltou para casa e, na manhã seguinte, começou tudo de
4 - [128126] Observe e Leia as duas versões de uma mesma fábula hoje novo: ordenhou a vaca para vender o leite. Só que, desta vez, ela estava
conhecida como a “Menina do pote de leite”, apresentadas numa linha mais atenta. Desviando da pedra no caminho conseguiu chegar ao mer-
temporal: Monteiro Lobato, do século XX e o texto de Giselda Laporta cado, onde ven¬deu o leite.
Nicolelis, do século XXI. Com o dinheiro da venda, a menina comprou uma galinha. A galinha,
Texto 1: A Menina e o pote de Leite, de Monteiro Lobato como era o esperado, botou mui¬tos ovos, que ela também vendeu e as-
sim pôde comprar o lindo vestido azul.
Então, de vestido novo e olhar ansioso, ficou na janela, esperando o
Laurinha, no seu vestido novo de pintas vermelhas, chinelos de bezerro, príncipe... Porém, nada de ele che¬gar. De repente, a velha surgiu nova-
treque, treque, treque, lá ia para o mercado com uma lata de leite à mente e disse:
cabeça — o primeiro leite da sua vaquinha mocha. Ia contente da vida, – Vá até a colina que o príncipe precisa de ajuda. Ele também não viu a
rindo-se e falando sozinha. pedra e caiu do cavalo.
— Vendo o leite — dizia e compro uma dúzia de ovos. Choco os ovos A menina saiu correndo para socorrer o príncipe. Ele estava muito
e antes de um mês já tenho uma dúzia de pintos. Morrem... dois, que se- machucado. A menina levou-o para a casa dela, onde o tratou com o
jam, e crescem dez — cinco frangas e cinco frangos. Vendo os frangos maior carinho. Quando o príncipe finalmente sarou, estava tão encan¬ta-
e crio as frangas, que crescem viram ótimas botadeiras de duzentos ovos do com a menina que a pediu em casamento.
por ano cada uma. Cinco: mil ovos! Choco tudo e lá me vem quinhentos Toda feliz, porque também se apaixonara pelo príncipe, a menina aceitou
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o pedido. Pôs de novo o vestido azul. O príncipe, radiante, colocou-a na mitos, os valores culturais e que, portanto, congregam em si o mundo
garupa do seu cavalo e foram em direção ao castelo... O príncipe, muito material e imaterial, de cada etnia. Os jogos requerem um aprendizado
sonhador, e totalmente distraído, ia fazendo planos para o futuro... mas a específico de habilidades motoras, estratégias e/ou sorte. Geralmente,
menina prestava atenção. são jogados cerimonialmente, em rituais, para agradar a um ser sobrenat-
Encontraram várias pedras no caminho, porém a menina sempre fazia ural e/ou para obter fertilidade, chuva, alimentos, saúde, condicionamen-
como a velha havia ensinado. Ela era tão velha quanto o mundo e sabia to físico, sucesso na guerra, entre outros. Visam, também, a preparação
das coisas – principalmente do que é feito um sonho! O príncipe e a do jovem para a vida adulta, a socialização, a cooperação e/ou a for-
princesa foram muito felizes. Eles descobriram que, na vida, o mais im- mação de guerreiros. Os jogos ocorrem em períodos e locais determina-
portante é jamais desistir (NICOLELIS, 2002. p. 4 – 31). dos, as regras são dinamicamente estabelecidas, não há geralmente lim-
De acordo com a análise dos processos de intertextualidade presentes na ite de idade para os jogadores, não existem necessariamente ganhadores/
literatura infantil e juvenil é correto afirmar que: perdedores e nem requerem premiação, exceto prestígio; a participação
em si está carregada de significados e promove experiências que são in-
corporadas pelo grupo e pelo indivíduo (FERREIRA et al., 2005, p.33).
I – Em relação às histórias tradicionais, Giselda L. Nicolelis recupera a (ROCHA FERREIRA, M. B. et al. Jogos tradicionais indígenas. In:
personagem central do texto de Lobato (a menina), os episódios da ven- COSTA, L. P. (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape,
da do leite, os acidentes do tropeço e do choramingo; o recipiente do 2005. p. 35-36.)
leite. Também permanece o sonho da personagem, no entanto, dentro A linguagem do “esporte” como pensamento hegemônico dos diferentes
de um novo contexto, fazendo um dialogismo, também, com o conto de setores da sociedade pode dificultar a compreensão do “outro”. O es-
fadas da Cinderela. O sonho de comprar um lindo vestido azul, casar porte tem uma característica racionalista, com regras pré-estabelecidas
com um príncipe e ir morar num castelo. Elementos presentes na história e de caráter competitivo. As regras são propostas de forma a se uni-
da Cinderela. versalizarem, com penalidades para os atletas que não as cumprem.
II - Pode-se dizer que Lobato brinca com a forma de dizer e Giselda Os esportes são federalizados em níveis nacionais e internacionais. A
brinca com a temática e o gênero. Giselda desde o título mostra o en- competição é uma característica intrínseca ao esporte, mas pode ter
volvimento que abre ao leitor. Com linguagem simples, narra no mun- diferentes conotações, tais como ‘Fair Play, agonística, cooperativa, ou
do infantil. Apresenta um caráter lúdico que vai incutindo a “ideia de profissionalizante, de alto rendimento, podendo até causar malefícios à
luta pelo sonho” ao longo do discurso, exemplificando-o. Transforma a saúde, advindo de supertreinamento ou doping. A mentalidade da com-
moral para uma visão mais positiva. Concretiza com um final feliz. petitividade para ganhar, vencer o outro no esporte, se transferida para
IV - É notável o salto que Monteiro Lobato dá, abrindo espaço ao diál- a compreensão dos Jogos dos Povos Indígenas dificulta o entendimento
ogo com a criança. Giselda alarga ainda mais o leque, consegue mostrar de uma prática no significado de “celebrar e não competir”. E mesmo o
sua visão da fábula enriquecendo-a com os elementos mágicos do conto estabelecimento de regras “rígidas”, sem a possibilidade de se alterar no
de fadas. É impossível, porém, deixar de notar que o conto infantil mod- momento da competição traz problemas. A celebração exige organiza-
erno aconselha, de maneira muito simpática: Seja você sem medo de ser ção, mas não rigidez de regras (ROCHA FERREIRA, 2010, p.70).
feliz. (ROCHA FERREIRA, M. B. Jogos dos povos indígenas: diversidades.
V – Observa-se que Giselda L. Nicolelis utiliza-se da carnavalização O público e o privado, Fortaleza, n.16, p.65-80, 2010. Disponível em:
quando inverte o gênero (passa de fábula para conto). Tradicionalmente, <http://seer.uece.br/?journal=opublicoeoprivado&page=arti-
os contos de fadas são uma variação do conto popular ou da fábula. Par- cle&op=viewFile&path%5B%5D=10&path%5B%5D=92>. Acesso em:
tilham com estes o fato de serem uma narrativa curta cuja história se re- 25 set. 2015.)
produz a partir de um motivo principal e transmite conhecimento e val- No Norte e Nordeste do Brasil, predominantemente no Maranhão, vive
ores culturais de geração para geração. um grupo étnico, os índios Canela, que de tempos em tempos participam
VI - Giselda L. Nicolelis em seu texto trabalha a inversão da moral, pre- de jogos de esforços físicos, entre os quais destaca-se a corrida de toras.
sente desde o título da narrativa (Eu tropeço, mas não desisto), a person- Nela, os índios carregam coletivamente uma tora de madeira, correndo
agem central supera a queda, dá a volta por cima e recomeça. Como diz por um percurso determinado. A tora passa de mão em mão e todos os
o texto, sonha, mas com o pé no chão. Embora não perca a exemplar- participantes atingem a chegada ao mesmo tempo. Praticam, também, o
idade típica das fábulas, o livro traz uma nova ética. Dentro dessa no- futebol convencional. Entretanto, quando um dos participantes faz gol,
va visão, mais adequada ao mundo contemporâneo, temos um incentivo todos os outros comemoram a façanha, independentemente da equipe
ao enfrentamento das dificuldades, sem os “choramingos” presentes na que o realizou.
história de Monteiro Lobato. O caso acima relatado sugere uma relação de produção incomum no es-
porte convencional, pois baseia essencialmente em:
a) As afirmativas I, II e III estão corretas.
a) competição e solidariedade.
b) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
b) cooperação e solidariedade.
c) As afirmativas I, IV e V estão corretas.
c) cooperação e competição.
d) As afirmativas III, IV e V estão corretas.
d) trabalho e exploração.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
e) exploração e competição.

5 - [128124] Leia atentamente os trechos que seguem:


Atividades corporais, com características lúdicas, por onde permeiam os 6 - [128129] Leia o trecho abaixo.
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análise para a compreensão da sociedade e consequentemente, para sua


transformação.
“Neste sentido, a educação é tanto um direito social básico e universal III. Ao longo das últimas décadas, a educação fortaleceu seu papel no
quanto vital para romper com a histórica dependência científica, tec- desenvolvimento econômico e social do país, à medida que atua de for-
nológica e cultural do país, e fundamental para a construção de uma ma direta na preparação de mão-de-obra qualificada para o mercado e
nação autônoma, soberana e solidária na relação consigo mesma e indireta na criação de condições para as inovações tecnológicas e cientí-
com outras nações. A educação é, portanto, ao mesmo tempo determi- ficas.
nada e determinante da construção do desenvolvimento social de uma IV. A formação humanística e científica das novas gerações é condição
nação soberana. Além de ser crucial para uma formação integral hu- indispensável para a desenvolvimento de um país, pois além de seu papel
manística e científica de sujeitos autônomos, críticos, criativos e pro- utilitário no progresso econômico, contribui diretamente nos processos
tagonistas da cidadania ativa, é decisiva, também, para romper com a de socialização, potencialização da dignidade e do bem-estar e fomento
condição histórica de subalternidade e de resistir a uma completa de- da cidadania responsável e da solidariedade.Está correto o que se afirma
pendência científica, tecnológica e cultural” (FRIGOTTO, CIAVAT- nos itens:
TA, 2003, p.102-103). Tendo em vista esta afirmação e os estudos e dis-
cussões sobre a função social da educação no mundo contemporâneo, a) I, II, III e IV.
avalie os itens a seguir:
I. Uma das funções sociais da educação formal, ou seja, da escola na so- b) I, II e III, apenas.
ciedade contemporânea, é propiciar a formação para a cidadania, por in-
termédio da construção de conhecimentos, valores, atitudes e pautas que c) II, III e IV, apenas.
permitam aos alunos uma participação ativa e responsável na vida políti-
ca e social. d) I, II e IV, apenas.
II. A educação é um direito universal, cuja função social está alicerçada
na ideia de utilização do conhecimento social e historicamente construí- e) I, III e IV, apenas.
do pela humanidade, das experiências e da reflexão como ferramentas de

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