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Capitulo 4 Teoria de Elementos de Pa PDF
Capitulo 4 Teoria de Elementos de Pa PDF
1.1 Elementos de pá
A teoria de elementos de pá foi proposta por Drzwiecki em 1982 para o estudo de hélice
do avião. Como base desta teoria a pá é dividida em secções independentes (que não
interagem entre si) onde todos os cálculos são feitos utilizando a aerodinâmica
bidimensional. Isto quer dizer que são desprezados todos os efeitos tridmensionais,
actuado cada perfil como um perfil bidimensional. Integrando ao longo de toda a pá
(desde a raiz da pá à ponta da mesma) podemos calcular a propulsão e a potência total.
Analisando então um perfil de largura dy distanciado de y do eixo de rotação.
e noutra paralela ao bordo de ataque
A velocidade total no plano do
. A
velocidade
perpendicular ao bordo de ataque
só interessará para o cálculo da resistência aerodinâmica. Analisando
agora no plano do perfil:
A velocidade
Figura 2 Definição das velocidade e ângulos no plano do perfil
=
+
sin
= +
1.1
= + 1.2
Em relação aos ângulos temos θ que é o ângulo de picada do perfil (o ângulo imposto ao
= atan
1.3
α = θ − = θ − atan
1.4
1
#= * + -.
' 2
1
" = * + -/
1.5
2
Dado que temos 23 pás no rotor a propulsão será calculada a partir da componente
segundo a direcção vertical:
4 = 23 $& 1.7
O binário será encontrado através do momento que a força horizontal faz em relação ao
eixo de rotação:
5 = 23 6 $&
7 1.8
8 = 5 = 23 6 $&
7 1.9
1.10
≫ ⇒ = + ≈ 1.11
≫ ⇒ = atan ≈0
1.12
@ = atan ≈
?sin =
1.13
>cos = 1
1.15
B=
!
1.16
= = =B
! ! !
1.17
H= = = = B
!
! !
1.18
4 5 8
- = , -K = , - = ,
*I6 !7 *I6 !7 !
*I6 !7L
1.19
23 # 23 MN* -. +
O N 23 +
- = = = - Q R Q R⇒
*I6 !7 * P ! 6 !7 P! .
! !
- = S -. B B
N
1.20
23 6 # + "7
- = -K =
*I6 !7
23 MN* -. +
+ N* -/ +
O
=
* P ! 6 !7
N 23 +
L
1.21
= 6-. + -/ 7 Q R Q R⇒
P! ! !
- = S 6-. + -/ 7 B L B
N
contribuição total da pá temos que integrar estas expressões desde a raiz da pá até à
isto é a corda + não varia com B, implicando que S é constante ao longo de toda a pá
podemos escrever para o coeficiente de propulsão:
N N
- = U S -. B B = S U -. B B
N N
V V
1.22
V V
1.23
Estas variações implicariam uma solução numérica dos integrais. No entanto com
algumas aproximações é possível encontrar uma solução analítica. Esta solução é
importante porque serve para ilustrar a forma fundamental dos resultados em termos de
parâmetros operacionais e geométricos do rotor. Das equações linearizadas da
-. = -. ] 6X − XV 7 = -. ] 6[ − − XV 7 1.24
V V
1 BL B
N N
= S-. ] U 6[V B − HB7 B = S-. ] a[V − H c
N
2 3 2 V
1.25
V
1 [V H
⇒ - = S-. ] d − e
2 3 2
Para a condição de pairar, tínhamos chegado à relação em a velocidade induzida e o
coeficiente de propulsão:
- 1 [V 1 -
HC = f ⇒ - = S-. ] g − f h
2 2 3 2 2
1.26
Como a pairar a propulsão tem que ser igual ao peso e -. ] é conhecido dado termos
escolhido o perfil, podemos retirar de 1.26 o ângulo de picada a introduzir na pá de
modo a conseguir a situação de voo pairado:
6 - 3 -
[V = + f H
S-. ] 2 2 C
1.27
Podemos comparar os resultados obtidos com esta teoria com resultados experimentais,
Figura 3, e concluímos que os resultados obtido com a teoria estão muito próximos dos
resultados experimentais, validando deste modo a teoria.
V V
N
= S-. ] U M6[V.no + 6B − 0.757[FDj 7B − HBO B
N
1.31
V
1 [V.no H
⇒ - = S-. ] d − e
2 3 2
Que é uma expressão equivalente à encontrada para a pá sem torção (equação 1.25).
- = S 6-. + -/ 7 B L B = S 6H-. B + -/ B L 7 B
N N
= SH-. B B + S -/ B L B = H - + -r
N N
= -s + -r
1.32
muitos grandes.
Podemos assim escrever:
jtN jtN jtN N
- = U -s + U -r = U H - + U S -/ B L
N
-
Lv
- = + u S -/V
N
√2
1.34
Esta é a mesma expressão encontrada para a teoria do memento linear, validado assim
este novo cálculo desde que seja assumida em particular que a velocidade induzida (e
logo o seu rácio) seja constante ao logo de toda a pá.
Tendo calculado a expressão para o coeficiente de propulsão podemos escrever que a
eficiência do rotor é:
-sxyz{ H-
$Z = =
-|yz{ H- + Nu S -/V
1.35
N N
1
- = U S -. B B= U S-}. B B = S-}.
N N
V
V 6
1.36
Onde foi mais uma vez assumido que estamos a tratar de pás rectangulares. Sabendo
também que o coeficiente de propulsão tem que ser igual ao coeficiente do peso
podemos encontrar o coeficiente de sustentação médio da pá
-
-}. = 6
S
1.37
Cujos valores típicos em pás de helicóptero variam entre 0.5 e 0.8. Introduzindo esta
expressão na equação da eficiência (equação 1.34) podemos escrever:
H- 1 1
$Z = = =
H- + u S -/V 1 + S -/V ⁄68H- 7 8
1 + S -/V vQ HS-}. R
N
6
1
=
1.38
3
1 + 6-/V ⁄-}. 7⁄H
4
Dado que queremos maximizar a eficiência termos de minimizar -/V ⁄-}. , ou seja
encontrar perfis cujo rácio entre o coeficiente de sustentação e o de resistência seja o
máximo possível.
- = S-. ] U 6[B − HB7 B
N
V
1.39
1 [V H
- = S-. ] d − e
2 3 2
1.40
Podemos admitir na pá uma torção do tipo [6B7 = [CDEFG ⁄B, e veremos mais à frente a
- = S-. ] U
N
6[B − HB7 B = S-. ] U M[CDEFG B − HBO B
N
V V
1
= S-. ]
[CDEFG − H
1.41
4
Dado que os valores típicos de B são entre 0.95 e 0.98, concluímos que a redução da
propulsão utilizando a expressão 1.41 é de 6 a 10%. Há autores que defendem que a
influência do efeito da ponta da pá não é uma redução efectiva do comprimento da pá
mas sim uma influência na velocidade induzida. Assim a expressão para a velocidade
induzida corrigida é na realidade:
4 4 1 4 1 1
C Dj = f =f = f = C ⇒ HDj = H
2 * I 2 * 6I 7 2 * I
1.42
Podemos substituir esta correcção na expressão obtida para pás sem torção e velocidade
induzida uniforme (equação 1.25):
1 [V H
= S-. ] d − e
2 3 2
1.43
H
- = S-. ] d[CDEFG − e
1.44
Os mesmos cálculos podem ser feitos para o coeficiente de potência de onde se pode
tirar:
S-
@[ = [V ⇒ - = . ] H d[V − H e + 1 S-/V
2 3 2 8
S- H H 1
?[ = [CDEFGvB ⇒ - = . ] d [CDEFG − e + S-/V
1.45
4 8
>
Modelar o voo horizontal é extremamente difícil tal como foi demonstrado no capítulo
anterior utilizando e por isso utilizando a teoria de elementos de pá a situação mantém-
se. No entanto, com algumas simplificações, pode-se obter os termos importantes das
forças aerodinâmicas do rotor. Comece-mos com a expressão para a sustentação
incremental (sustentação gerada por um elemento de pá) de um perfil simétrico:
1 1
# = * + -.
= * + -. ] 6[ − 7
2 2
1.46
Utilizando as aproximações feitas em que o módulo da velocidade pode ser
aproximado por e é pequeno e pode ser aproximado pelo rácio das velocidades
(equação 1.11, 1.12, 1.13):
1
#= * + -. ] [ −
2
1
= *+ -. ] M[ − O
1.47
1 1
"= * + -/
= * + -/
2 2
1.48
1
$& = # cos − " sin ≈ # = *+ -. ] M[ − O
2
1.49
2 -. ]
1.50
Dado que estamos na situação de voo com velocidade horizontal vale a pena relembrar
que neste caso as velocidades são periódicas dependendo da posição azimutal da pá,
sendo que:
• No plano do rotor a velocidade tem duas contribuições:
o Devido à rotação
o Devido à velocidade de avanço
• Perpendicular ao plano do rotor há tem três contribuições:
o Velocidade induzida
o Devido ao movimento de batimento
o Devido ao ângulo de batimento
Figura 4 Velocidade no plano do rotor perpendicular ao bordo de ataque da pá
6
,
6 7 =
+
sin 1.51
Figura 5 Velocidade no plano perpendicular à pá
= + +
677 +
67
66
, 7 6 7 cos
= 6H + H 7 ! +
677 + !67
6 7 cos
1.52
onde mais uma vez assumimos que o ângulo de batimento é pequeno por isso o ângulo
pode ser aproximado pelo seu seno que é igual à tangente. Vemos também que pela
primeira vez introduzimos o movimento de batimento da pá, que já tínhamos visto no
capitulo 1 é um movimento fundamental para o controlo do helicóptero. Não esquecer
que ainda há uma componente da velocidade paralela ao plano do rotor é dada por
= + sin = B + sin
! ! !
1.54
= 66H + H 7 + + cos = 6H + H 7 + B + cos
! !
1.55
= cos
!
1.56
1.5 Modelos para a velocidade induzida no rotor
H = HV Q1 + % R = HV 61 + % B cos 7
!
1.57
O valor λ0 é valor médio do rácio da velocidade induzida no centro do rotor, dado pela
teoria do momento linear:
-
HV =
2 + H
1.58
e a constante % tem o valor de 1.2. Uma modificação a deste modelo permite não só a
variação do rácio com x mas também com y:
H = HV Q1 + % + R = HV M1 + % B cos + B sin O
! !
1.59
Autor(es) kx ky
tan Q R
2
Coleman et. Al. 0
MN N.u O⁄
L
Drees -
2µ
6⁄7⁄6N.⁄7
L
Payne 0
615P⁄237 tan Q R
2
Pitt & Peters 0
%
= atan
& + H
1.60
A comparação de todos estes modelos pode ser feita com resultados experimentais
Figura 7 Comparação da variação longitudinal da velocidade induzida para uma velocidade de
avanço adimensional de 0.23
De onde se pode concluir que apesar de nenhum dos modelos ser correcto, dão
resultados suficientemente próximos para um primeiro cálculo num projecto preliminar.