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CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE

FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

A dificuldade de uma confecção de biquíni exportar


Um estudo de caso Confecções Vangli

ARIANA BOSSOLAN

Capivari – SP

2012

1
CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE

FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

A dificuldade de uma confecção de biquíni exportar


Um estudo de caso Confecções Vangli

Monografia apresentada ao Curso


de Graduação em Administração
da FACECAP/CNEC Capivari, para
obtenção do título de Bacharel em
Administração, sob orientação do
Prof.º Anderson Meira Cotrin e do
Prof.º Marco A. Armelin,
coordenador da disciplina.

Ariana Bossolan

CAPIVARI

2012

2
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que durante a


elaboração deste trabalho sempre
esteve presente, e por colocar em
meu caminho pessoas igual ao
meu Pai e minha Mãe que me
ajudaram para caminhar ate o
fim sem desistir. Agradeço
também ao meu professor
orientador, Anderson Meira
Cotrim, ao professor Me
ValdirA.Vitorino Filho e ao
professor Marco Antônio
Armelin,coordenador da
disciplina. A Confecção Vangli
que colaborou com a pesquisa
desse trabalho.

3
BOSSOLAN, Ariana. A dificuldade de uma confecção de biquíni exportar.
Estudo de caso da Confecção Vangli. Monografia de conclusão de curso. Graduação em
Administração pela Faculdade Cenecista de Capivari, p.55, 2012.

Resumo

Este trabalho abordar o tema exportação tendo como foco uma pequena empresa
que exporta seu produto para algumas cidades do exterior, mas encontra dificuldade. Foi
feito um estudo de caso com a empresa Confecções Vangli, onde foi respondido ao um
questionário para poder entender e apresentar em que processo da exportação a empresa
sente mais dificuldade. Ao decorrer do trabalho serão apresentadas as vantagens que as
empresas brasileiras têm exportar, apontando também que existem as dificuldades. E que
existem órgãos que apoiam a exportação das micro e pequenas empresas.

Palavras chaves: 1. Exportação. 2. Comércio Internacional. 3. Dificuldades de exportação. 4.


Caminhos para exportação.

4
SUMÁRIO

Introdução..................................................................................................................... 8
Capítulo I..................................................................................................................... 9
1.1 Caracterização da Empresa
1.2 Apresentação e justificativa desse trabalho .............................................................. 9
1.3 Relevância .................................................................................................. .............. 10
1.4 Objetivos do trabalho .............................................................................................. 10
1.4.1 Objetivos gerais.................................................................................................... 10
1.4.2 Temos como objetivos específicos........................................................................ 10
1.5 Estrutura do trabalho ............................................................................................... 10
Capítulo II................. ................................................................................................... 11
2 Revisão bibliográfica ................................................................................................. 12
2.1 Conceitos do comércio exterior ............................................................................... 12
2.2 Comércio internacional. .......................................................................................... 13
2.3 Economia internacional. . . ...................................................................................... 13
2.4 Exportação... ........................................................................................................... 14
2.4.1 Porquexportar... .................................................................................................... 15
2.4.2 E o que exportar... ................................................................................................ 15
2.4.2.1 Exportar Biquíni... ............................................................................................. 16
2.4.3 As vantagens no comércio Internacional... ............................................................ 16
2.5 Internacionalização da Micro e Pequena Empresa.................................................... 16
2.6 A Historia do Biquíni... ........................................................................................... 18
2.6.1 É preciso investir... ............................................................................................... 19
2.7 Distância do comércio internacional... ..................................................................... 2
2.7.1 Distância geográfica... .......................................................................................... 20
2.7.2 Distância cultural.................................................................................................. 20
2.7.3 Distância tecnológica............................................................................................ 20
2.7.4 Distância temporal... ............................................................................................. 21
2.8 Influências Culturais................................................................................................ 21
2.9 Foco na pequena empresa-Desafiando o mercado Internacional ............................... 22
2.10. Interesses em Comércio Exterior... ....................................................................... 22
2.11 Programas de Apoio ao Exportador... .................................................................... 23

5
2.11.1 Agência de Promoção de Exportação (APEX)... ................................................. 23
2.11.2 Sistema Rede Nacional de Agentes do Comércio Exterior... ............................... 24
2.11.3 Registro do Importador e do Exportador (REI)... ................................................ 24
2.11.4 Registro de Operação de Crédito (RC)... ............................................................. 25
2.11.5 Exporta Fácil ECT... ........................................................................................... 25
2.11.6 Brasil Trade Guide...... ....................................................................................... 26
2.11.7 Feiras Internacionais...... ..................................................................................... 27
2.11.8 SEBRAE...... ...................................................................................................... 27
2.11.9 Inconterms...... .................................................................................................... 27
2.12 Barreiras ao comércio internacional...... ................................................................. 30
2.13 Transporte e Seguro no Comércio Exterior....... ..................................................... 33
2.13.1 Modais de transporte........................................................................................... 33
2.13.1.1 Transporte marítimo....... ................................................................................. 33
2.13.1.2 Transporte Rodoviário....... .............................................................................. 34
2.13.1.3 Vantagens....... ................................................................................................. 34
2.13.1.4 Desvantagens....... ............................................................................................ 35
2.13.1.5 Transporte ferroviário....... ............................................................................... 35
2.13.1.6 Vantagens....... ................................................................................................. 36
2.13.1.7 Desvantagens....... ............................................................................................ 36
2.13.1.8 Transporte aéreo....... ....................................................................................... 37
2.13.1.9 Vantagens....... ................................................................................................. 37
2.13.2 Desvantagens...................................................................................................... 38
2.13.2.1 Tipos de aeronaves....... ................................................................................... 38
2.14 Seguros e Sub-ramos de seguro....... ...................................................................... 38
2.14.1 Seguro rodoviário....... ........................................................................................ 39
2.14.2 Seguro aéreo....... ................................................................................................ 39
2.14.3 Seguros de navio................................................................................................. 39
2.15 Despacho aduaneiro de exportação....... ................................................................. 40
Capítulo III ................. ............................................................................................... 41
3 Metodogia....... ........................................................................................................... 41
3.1 Pesquisa....... ........................................................................................................... 41
3.2 Considerações gerais....... ........................................................................................ 41
3.3 Procedimentos para obtenção de dados....... ............................................................. 42

6
Capítulo IV.... ....... ...................................................................................................... 43
4 Empresa alvo.............................................................................................................. 43
4.1 Missão da empresa....... ........................................................................................... 44
4.2 Visão da empresa.................................................................................................... 44
4.3 Histórico da empresa....... ........................................................................................ 44
4.4 Principais Produtos e Serviços....... .......................................................................... 44
Capítulo V...... ...... ....................................................................................................... 46
5 Apresentação dos resultados....... ................................................................................ 46
Capítulo VI....... ........................................................................................................... 50
Considerações finais...................................................................................................... 50
Limitações do estudo e sugestões para trabalhos futuros.............................................. 51
Referencias bibliográfica...... ......................................................................................... 52
Apêndice.......... ....... ..................................................................................................... 55

7
INTRODUÇÃO

Este trabalho realizará um estudo sobre Comércio Exterior, acompanhando passo a


passo como uma empresa de pequeno porte pode se inserir no mercado externo. Abordar-
se a dificuldade que o Brasil tem em exportar nossos produtos e se manter no mercado
internacional.

Levando em consideração que o Brasil vem mostrando um ritmo maior de


crescimento nas exportações, mesmo assim os empresários se deparam com barreiras e
muitas dificuldades na hora de colocar seu produto lá fora.

Apresenta-se então, alguns conceitos importantes de comércio exterior, focando o


setor de confecção têxtil, - Internacionalização das empresas, as barreiras tarifárias, o apoio
à exportação, cultura sobre os produtos, crescimento na exportação. Assim como outros
temas importantes que serão citados no decorrer do trabalho, desenvolvendo e se
aprofundando mais sobre o assunto.

Para Kotler (2000, p. 388) “Uma empresa não precisa ser grande para vender seus
produtos para o mundo todo. Empresas de pequeno e médio porte podem atuar em
mercados de nicho no mundo inteiro”.

Considerando as palavras de Kotler (2000),aborda-se nesse o estudo sobre


exportação de uma pequena empresa, como ingressar nesse mundo de exportação. E
mostrando que o Brasil é um país com muitas oportunidades quando se trata em moda,
principalmente na moda praia, já que somos o maior em se tratando de confecções de
Beachwear (Roupa de Praia).

O trabalho fará o uso de uma pesquisa de campo na empresa Vangli, uma


confecção que está caminhando em busca de exportar seu produto. A pesquisa ajudará a
empresa compreender onde é ponto que mais sente dificuldade na hora de inserir seu
produto para um país desconhecido.

8
Capitulo 1- Caracterização da pesquisa
1.1 Caracterização do problema
Hoje no Brasil o cenário é de crescimento, as exportações mostrou um ritmo maior.
Apesar do crescimento, algumas empresas se deparam com dificuldades de iniciarem sua
carreira no comércio internacional devido à falta de incentivo e as grandes barreiras
internacionais encontrada nesse setor, como a burocracia aduaneira tendo que apresentar
uma enorme quantidade de documentos.

Com o objetivo de relacionar os problemas que afetam as exportações brasileiras,


esse trabalho tem como objetivo responder a seguinte pergunta: qual a dificuldade de uma
confecção de exportar biquíni?

1.2 Apresentação e justificativa desse trabalho

A escolha desse tema surgiu por ser um assunto bastante promissor quando se trata
em exportar produtos brasileiros, já que o país é o maior exportador de carne bovina, café e
entre outros e vem crescendo para ser o maior exportador de soja do mundo.

Mas com eixo na confecção, o interesse maior é discutir nesse trabalho a


dificuldade de exportar biquínis brasileiros, o Brasil tem crescido muito no setor têxtil e de
confecções, contando com a qualidade que temos na moda nacional, claramente está
conquistando o mercado internacional.

E se tem um setor de vestuário que o Brasil está na frente é a moda praia, por ser o
maior país que fabrica e consome esse tipo de segmento, e por obra de Deus que
beneficiou o Brasil com uma extensão de sete mil Km de praias, explicando o porquê o
país é o maior lançador de moda nesse segmento, reconhecido internacionalmente por
muitas marcas que exploram o comercio lá fora.

Apesar de sol o ano inteiro no país, as confecções de moda praia sofrem com a
sazonalidade nas estações de outono e inverno. Para não ficar sem vendas no período de
baixa é que a empresa alvo que será estudada decidiu exportar sua linha de moda praia, e a
participar de feiras nacionais e internacionais. (FOLHA/UOL, 2012).

Aborda-se nesse trabalho assuntos focados a disciplina Comércio exterior, com


desenvolvimento no estudo de uma pequena empresa da região.

9
1.3 Relevância

O estudo desse trabalho teve base tanto na importância do tema quanto para a
contribuição da organização envolvida, expondo a sua dificuldade e mostrando quais são
as exigências para ter seu produto no exterior. O tema principal desse assunto é
Exportação, o Brasil no setor agrícola é uma potencia e se tornou o maior exportador de
café, laranja, soja e dentre outros, mas quando se trata em segmento têxtil e confecção a
algumas barreiras a serem enfrentadas. Será muito importante para a empresa a abordagem
desse tema, podendo contribuir de forma muito satisfatória para que ela possa retomar suas
atividades em adentra no Comercio exterior, com uma carga muito maior em informações.

1.4 Objetivos do trabalho

1.4.1 Objetivos gerais

O objetivo desse estudo é citar quais as dificuldades que uma empresa que
confecciona biquíni tem em exportar esse tipo de produto.

1.4.2 Temos como objetivos específicos:

-Evidenciar as vantagens para a empresa em exportar

-Caracterizar as influências culturais

-Descrever as dificuldades

-Destacar o segmento

1.5 Estruturas do trabalho

Esse trabalho é composto por seis capítulos. Revisa-se no segundo capitulo as


referencias bibliográfica, como o objetivo de clarear algumas questões, como: os passos
para um micro empresa tornar exportadora sem que encontre tantas dificuldades, mas em
contra partida, salientando as barreiras ao comercio exterior.

10
No terceiro capitulo abordar-se o tipo de pesquisa que será utilizada durante o
processo de desenvolvimento do trabalho.

No quarto capitulo, será apresentada a empresa alvo- Confecções Vangli – empresa


que atua no ramo, de cueca, fitness e o biquíni que será o assunto desse trabalho.

Só no quinto capitulo que serão apresentados os resultados do questionário


aplicado.

No ultimo capitulo será a conclusão obtida com o estudo desse trabalho, assim
como a resposta da pergunta problema apresentada no Primeiro Capitulo.

11
Capitulo 2- Revisões bibliográficas
2.1 Conceitos de comercio exterior
Para SOARES (2004, p. 09) “inúmeros podem ser os conceitos do Comércio
Exterior e em cada área do conhecimento pelo qual a matéria é observada se elabora um
conceito especifico". No que se refere aos negócios internacionais de compra e venda
internacional, são duas as fontes básicas: a Convenção Uniforme de Haia em Matéria de
Compra e Venda Internacional, de 1964, e a Convenção de Viena sobre Venda
Internacional de Bens Móveis, 1980.

- Convenção de Haia 1964

Convenção Uniforme em Matéria de Compra e Venda Internacional, define que uma


compra e/ou venda é internacional contanto que:

 Os estabelecimentos comerciais ou as residenciais encontra-se em território de


países diferentes;
 Os atos de ofertas e aceitação sejam efetivados em territórios de países diferentes;
 A coisa ou o objeto negociado esteja situado e seja transportado em território de
países diferentes, e deve ser entregue no território de um Estado diverso daquele em
que se realizaram a oferta e aceitação.

- Convenção de Viena 1980

Convenção sobre Venda Internacional de Bens Móveis, define que uma compra e venda
internacional ocorrem sempre que:

 As partes tenham seu estabelecimento em países diferentes, independentemente de


nacionalidade ou do caráter civil ou comercial das pessoas envolvidas;
 Os eventuais conflitos contratuais sejam resolvidos pela legislação de um dos
países das partes contratantes,
 A coisa ou o objeto vendido não consista exclusivamente em fornecimento de mão
de obra ou outros serviços. (SOARES 2004, p.10)

Ainda em SOARES (2004, p.13) “podemos conceituar uma operação de compra e


venda internacional como aquela em que dois ou mais agentes econômicos sediados ou

12
residentes em países diferentes negociam uma mercadoria que sofrerá um transporte
internacional e cujo resultado financeiro sofrerá uma operação de câmbio”.
Numa compra e venda internacionais, é necessário desde o inicio ter noção de
direito internacional e utilizar as ferramentas de economia a fim de que o negócio seja
administrado, em todos os seus aspectos, com eficácia e competência.

2.2 Comércio Internacional

Comercio internacional, também chamado de Comercio externo ou Comercio


exterior como mostra ROCHA (1973, p.1) “é o intercambio de mercadorias, serviços e o
movimento de capitais realizado entre dois ou mais países”. Essas transações envolvem o
uso de moedas como meio de pagamento.

Segundo SOARES (2004, p.20) “o comércio internacional existe desde a


antiguidade, nos primórdios da civilização, mas somente a partir do XV, com o advento do
mercantilismo, essa pratica se desenvolveram ate os nossos dias atuais”.

2.3 Economia internacional

Para MAIA (2003), para a sobrevivência do ser humano, ele precisa comer se
agasalhar e lugar para se abrigar, e para satisfazer todas essas necessidades é necessário
obter bens, por exemplo, roupas, plantar (para poder ser alimentar). Mas nem tudo o que o
homem precisou foi encontrado na natureza, e com a falta de muitas coisas o ser humano
foi percebendo que era difícil produzir tudo o que precisava, “era mais fácil produzir dez
coisas iguais do que sete diferentes”, nascendo então à divisão do trabalho, que
proporcionaram maior oportunidade de troca. As trocas ocorriam entre os próprios
habitantes das tribos, ampliando com o passar dos séculos, para as cidades, nações e para o
mundo. A troca ultrapassou fronteiras, tornando se Comercio Internacional.
Ainda em Maia, ele cita fatos que torna necessidade Comercio Internacional:

 Desigual distribuição das jazidas minerais do nosso planeta. O petróleo,


por exemplo, que é inexistente em alguns lugares e abundante em outros;
 Diferença de solos e climas, que diversifica a produção agrícola dos países;
 Diferença dos estágios de desenvolvimento econômico. Exemplo: o Brasil
exporta aviões de porte médio e importa aviões de grande porte. (Maia,
2003, p. 24)

13
2.4 Exportação
No site COMEX Portal Brasileiro de Comércio Exterior, defini exportação como
saída de um bem do Brasil, que pode ocorrer em virtude de um contrato internacional de
compra e venda. A empresa que exporta adquire vantagens em relação aos concorrentes
internos, pois diversifica mercados, aproveita melhor sua capacidade instalada, aprimora a
qualidade do produto vendido, incorpora tecnologia, aumenta sua rentabilidade e reduz
custos operacionais.

A atividade de exportar pressupõe uma boa postura profissional, conhecimento das


normas e versatilidade. Para exportar, a empresa deve buscar junto à Receita Federal a sua
habilitação para operar no comércio exterior. Cada operação deverá ser registrada no
Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.

Para RATTI (2001) exportação vem a ser a remessa de bens de um país para outro.
Em um sentido amplo poderá compreender, além dos bens propriamente ditos, também os
serviços ligados a essa exportação (fretes, seguros bancários etc.).

MAIA (2003) refere-se à exportação como geradora de empregos e divisa, e se


houvesse menos barreiras impostas pelos países desenvolvidos, os benefícios seriam
maiores que qualquer programa de ajuda financeira.

De acordo com o Estadão On Line (2012), a cultura da exportação no Brasil é


recente ainda, explicando a pequena participação do país no Comercio Internacional, e
mostra que a indústria Brasileira tem muitas dificuldades para disputar espaço no mercado
internacional, e se mantem em 22º posição entre os exportadores graças as excelentes
condições em matérias primas e bens intermediários (produtos intermediários são insumos
que em geral uma empresa compra de outra para elaboração de produtos de sua
especialidade. Exemplo bonina de aço produzida por uma siderúrgica, que é considerado
um bem intermediário para a fabricação de um automóvel).

ADMS (2006) relata que o mercado brasileiro de biquíni seja um dos maiores do
mundo, mas mesmo com todo reconhecimento internacional a participação neste mercado
é ainda muito pequena.

14
2.4.1Porque exportar

Para MINERVINI (2005, p.04) “são vários os motivos que levam milhares de
empresa a querer enfrentar o mercado internacional”, entre algumas: Estratégia de
desenvolvimento da empresa, necessidade de trabalhar com maiores volumes de produção,
melhoria da imagem da empresa, entre outros. Exportar possibilita confronto com outras
realidades, outros concorrentes, outras exigências, levando a maior competitividade.
Exigindo compromisso com qualidade, criatividade e profissionalismo.

Exportar significa aos empresários segundo ROCHA (1973, p.42).

“-Incremento nas operações da Empresa- aberturas de novos mercados,


aumento no faturamento;
-Maior dinamismo e melhores padrões operacionais- exigência do mercado
externo a constante atualização de métodos e processos de produção para não
ser superada pela concorrência;
-Maior prestigio- o produto que é aceito no exterior leva o consumidora ter
certeza que se trata de produto de alta qualidade;
-Seguro contra as flutuações negativas do mercado interno- uma forma segura
de vender seu produto caso haja queda de vendas no mercado interno, já que os
períodos de retração dos países não coincidem;
-Exportar é vender a vista- Nas vendas externas pagamentos a vista é regra;
-Melhores preços para os produtos- Em muitas oportunidades os preços
internacionais são mais compensadores;
-Maiores lucros em decorrência dos estímulos fiscais e facilidades de credito
concedido pelo governo”. (Rocha 1973, p. 42)

No site Aprendendo exportar Confecções, mostra que exportando as empresas


adquirem vantagens sobre seus concorrentes internos, em desenvolvimentos de novas
ideias, aprimoramento na qualidade, conquistas de novos mercados e clientes. Com a
exportação a empresa poderá reduzir os custos dos seus produtos e aumentar a sua margem
de lucro.

“A criatividade de nossos estilistas e a qualidade dos tecidos produzidos no


Brasil são cada vez mais reconhecidos no mercado internacional. Não é atoa
que estilistas brasileiros fazem sucesso, desfilando suas coleções nas principais
passarelas do mundo fashion: Londres, Milão, Paris e Nova York”.
(APRENDENDO A EXPORTAR, 2012).

2.4.2 E o que exportar?

MINERVINI (2005, p.07), “exporta-se produto, serviço, que cumpra com as


exigências do exportador, depende da sua capacidade de entender os mercados”.

15
VAZQUEZ (2001) no alerta sobre os cuidados que devem ser tomados pela
empresa:

1. Verificar se o produto atende às necessidades do mercado. Deve-se


saber se o mercado alvo precisa daquilo que quero exportar.
2. Verificar se o produto atende as necessidades específicas. As
especificações técnicas devem ser atendidas.
3. Verificar se o produto apresenta vantagens para o mercado-alvo. O
produto deve ter alguma característica diferente, algo que seja diferente
ao do país destino, um preço competitivo ou um plus diferencial.
4. Verificar se o produto é compatível com o clima, se não fere
sentimentos religiosos e não contraria hábitos locais. Deve saber a
respeito de características, por exemplo, no Japão o branco não significa
paz e sim luto.
5. Verificar se o sistema de pesos e medidas utilizados em seu produto
atende às exigências do mercado a ser atingido. Verificar como é
determinado no país destina as especificações de pesos e medidas.
6. Confirmar se o idioma utilizado na embalagem do produto é o do local
ou se o produto poderá ser comercializado com rótulo em português.
Verificar se pode ser deixado o rótulo em português ou se deve ser
colocado em outro idioma ou inglês.
7. Checar se a embalagem é apropriada para o trânsito até a fronteira do
país e no seu interior até a chegada ao destino. Ver se a mercadoria pode
ser transportada a granel, em contêiner ou etc.

2.4.2.1 Exportar biquíni

O Brasil tem o maior mercado de moda praia do mundo, segundo o SEBRAE


(2012), o Brasil é o país que mais consome moda praia no mundo, e movimentou só no
setor interno cerca de US$ 1,5 bilhão por ano.

2.4.3 As vantagens no comercio internacional

Para VAZQUEZ (2002, p.119 a 122) são vários os motivos que estimulam as
empresas a procurar o comercio internacional.
16
 Aumentar sua produção com menor custo,
 Aproveitando a capacidade ociosa, pois a politica de comercio exterior só
aumenta as vendas dos produtos das empresas, aumenta a utilização de
bens, equipamentos e mão de obra,
 Manter um relacionamento bom com seu cliente, pois mercado externo
exige mudança na cultura,
 Compensação de tributos,
 Formação de nome global é importante para uma empresa ter seu nome
reconhecido lá fora, isso aumenta sua visibilidade no mercado interno.
 Aproveitamento fiscal, quando operamos no mercado externo obtemos
algumas vantagens fiscais, como taxas de juros mais baixas do mercado
feitas no mesmo nível de custos internacionais. (VAZQUEZ, 2002 p.119 a
122).

2.5 Internacionalização das Micro e Pequenas Empresa

Num processo de internacionalização é necessário ter uma carga mínima de


informações, saber quais problemas encontrará, como cita Minervini (2005, p.21) “a
primeira medida que deve ser tomada no processo de internacionalização é a de difundir
internamente a cultura exportadora e motivar os participantes da iniciativa”.

“Se a internacionalização é um investimento, para realiza-la é preciso aportar


recursos financeiros e humanos. Eis o nó que muitas vezes a impossibilita,
sobretudo no caso das micro e pequenas empresas” (Soares 2004, p.214).

Com a ajuda do SEBRAE os empreendedores se preparam para competir no


mundo, através de um Programa de Internacionalização de Micro e Pequenas Empresas,
que atuam para ampliar o acesso das empresas aos mercados internacionais. Esse programa
conta com o apoio dos seus parceiros: a APEX (Agencias de apoio às exportações), o
Banco do Brasil, MDIC (Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e o ITC
(International Trade Centre).

E tem como objetivo

 “Preparar as empresas para um mercado doméstico cada vez mais


globalizado;
 Aumentar o numero de empresas exportadoras, o volume e a qualidade de
suas exportações;
 Conscientiza-las quantos as vantagens e oportunidades do processo de
internacionalização;
 Identificar estratégias e praticas para que se beneficiem melhor das
oportunidades de importação de bens e serviços e da absorção de inovação
e de novas tecnologias provenientes do exterior”. (SEBRAE, 2009)

17
Ainda no site do SEBRAE (2009) a micro e pequena empresa esta pronta para
ocupar mais espaço no mercado internacional, apenas 1/3 das exportações brasileiras são
de produtos produzidos pelos pequenos negócios.

A Apex Brasil apoia as empresas na internacionalização, como mostra no site


APEXBRASIL.COM, “os serviços de apoio à internacionalização são oferecidos pela
Apex-Brasil como um importante recurso para viabilizar a inserção definitiva de empresas
brasileiras em mercador externo”.

Para SOARES (2004) internacionaliza depende de um diagnostico organizacional


para verificar se a empresa e o produto tem potencial, se existe comprometimento dos
donos e disponibilidade financeira para investir. Só depois de feito o diagnostico é que
pode avaliar se a empresa tem no momento e poderá ter no futuro um trabalho de
internacionalização.

Muitas empresas de moda praia que optam pela internacionalização, não tomam o
conhecimento do processo operacional de exportação, como conhecer o mercado de
destino, sua logística e tramites alfandegários ADMS (2006, p.31) relata que “as empresa
acreditam que o primeiro passo para exportar é participar de uma feira internacional,
quando, na verdade, este deve ser um dos últimos passos”.

A empresa que esta começando a exportar pode buscar trabalhar com um agente no
exterior como orienta ADMS (2006, p.43), “o agente se encarrega de todo o processo de
exportação e de entrega, a margem do exportador passa a ser menor, mas também diminui
o risco da operação”.

2.6 A História do Biquíni

Em um pesquisa sobre a historia do biquíni no site da Folha.uol.com, é possível ver


que o Brasil com certeza é o país que mais fabrica e consome esse tipo de vestuário,
avançando em tecnologia e modelagem ao longo do ano, reconhecido internacionalmente
por vários adjetivos, qualidade, modelos e ousadia.

“O biquíni brasileiro é conhecido e reconhecido internacionalmente, seja por


seu estilo mais ousado, por sua qualidade ou mesmo pela criatividade dos

18
modelos, que o diferencia dos outros fabricados em outros países.” (Folha
UOL).

No Brasil o biquíni ganhou seu espaço no final da década de 50 por algumas


celebridades da época como Carmem Veronica e Norma Tamar (vedetes da época), mas
não foi uma invenção nacional, o biquíni foi criado por um estilista francês Louis Réard,
lançado em 26 de junho de 1946. Segundo a editora de moda da época Diana Vreeland
(1903-1989) disse que o biquíni “é a invenção mais importante do século (20), depois da
bomba atômica”, por ter causado um efeito de uma bomba no dia de seu lançamento. Entre
anos e outros os biquínis tomaram formas diferentes. (FOLHA UOL, 2012)

Segundo o site UOL entre 2009 e 2011, houve um aumento de 43% nas
exportações da moda praia brasileiro.

Muitas empresas brasileiras exportam esse tipo de segmento, entre elas estão as
mais conhecidas como: Rosa Chá; Poko Pano; Cia Marítima, Siriloco, Mar Egeu, Salinas,
Agua de Coco, Fashion Bikini, Vanina Nemer.

2.6.1 É preciso investir

Para ter competitividade lá fora é necessário investir, como relata ADMS (2006),
em uma publicação produzida para revisão da Agencia dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional,

“para ingressar no mercado estrangeiro não é suficiente a mera alteração de


tamanho do biquíni brasileiro. A modelagem deve atingir ao gosto especifico e
também ao biótipo da consumidora estrangeira, mas a adaptação do produto é
apenas um dos itens que irá gerar custos dentro da atividade exportadora. Uma
serie de outros investimentos é preciso ser feita para que uma empresa
brasileira seja bem sucedida ao exportar moda praia, passando por custo de
pesquisa de mercado, desenvolvimento de coleção, produção, material de apoio
de vendas (sites), ações de acesso ao mercado( feiras , consultorias) e
acompanhamento pôs venda”ADMS(2006, p. 29)

ADMS (2006) ainda relata que o tamanho do mercado externo é pequeno quando
comparado com o mercado interno, o setor de moda praia é muito maior no Brasil do que
em outros países “o hábito da brasileira de comprar vários biquínis e trocar a cada estação
só é repetido por estrangeiros de alta classe social” com isso o mercado externo fica pouco
atraente quando a empresa já está consolidada no mercado nacional. São necessários
investimentos altos para empresas que querem se posicionar no mercado externo, e como
muitas vezes o retorno é lento acabam desistindo desta iniciativa.

19
2.7 Distâncias do comercio internacional.

No comercio internacional é necessário que a empresa supere algumas barreiras,


como cita SOARES (2004, p.201) “existem quatro distancias que uma empresa e seus
profissionais precisam superar: distancia geográfica, distancia cultural, distancia
tecnológica e distancia temporal”.

2.7.1 Distancia Geográfica

Para SOARES (2004, p.201),“quando uma empresa vai exportar para um país que
não possua fronteira ela vai disponibilizar de todo um processo logístico, que dependendo
da situação é feito por mais de um transporte utilizando uma tecnologia de transporte
específica”.

2.7.2 Distancia cultural

Essa é a maior distancia do comercio internacional, como cita SOARES (2004,


p.202-203), pois no processo de internacionalização de uma empresa as diferenças
culturais aparecem. É necessária a adaptação da empresa e dos seus profissionais a outras
culturas, e fazer com que nossa cultura e nossos valores sejam aceitos no exterior.

Quando adaptamos um produto para ser vendido no exterior, estamos entendendo


as diferenças daquela sociedade e ao mesmo tempo levando nossa cultura e nossos valores
a outros povos. O maior desafio das empresas é tornar sua organização multicultural,
evitando conflitos culturais, para isso acontecer é necessário que exista o reconhecimento
de que não existe cultura certa ou errada.

2.7.3Distancia tecnológica

Como cita SOARES (2004, p.205), “essa distancia influencia os negócios


internacionais na medida em que o nível tecnológico de um país condiciona a qualidade e o
valor agregado das suas exportações e importações”.

20
2.7.4 Distancia temporal

“Trata-se do tempo decorrido entre o primeiro contato com um potencial cliente


ate a entrega do produto (lead time).” (SOARES 2004, p.206)

Citado por Roque, na Revista Conteúdo:

“Todo processo de transporte dos produtos que estão sendo exportados por
qualquer país custa muito dinheiro, e no Brasil, ainda temos o problema da
excessiva burocracia e os procedimentos aduaneiros necessários para liberar as
mercadorias que compramos e ou vendemos. Apesar de a distância temporal
não ser visível ela é extremamente importante. Um dos principais motivos é que
ela interfere diretamente no prazo de entrega estipulado das mercadorias
podendo contribuir para obtenção de lucro ou prejuízo” (Roque, 2010, p.
25).

2.8 Influências Culturais


Para LONGENECKER et al (1997) um empreendedor precisa estudar as culturas
de outros países, tornando o mercado externo menos estranho, para evitar erros que
poderão surgir diante a uma negociação.

MUYLAERT(1993, citado por ALMEIDA, ET AL. P.2, 2005),

Citado por ALMEIDA2005

“cultura é concebida como sendo o modo de vida de um povo, dentro de sua


extensão e complexidade, um conceito que designa a estrutura social no campo
das ideias, crenças, costumes, moral, linguagem, leis, direito, artes, etc., e que é
traduzida nas formas de agir, sentir e pensar de um grupo de pessoas que
aprende, inova e renova o modo de criar e fazer as coisas em mundo em
constante transformação”. (Thompson,1989),(Muylaert,1993).

MINERVINI (2005) relata que 70% do sucesso ou do fracasso na exportação é


devido ao desconhecimento das diferenças culturais. Com as facilidades do mundo
globalizado essas influências culturais fazem com que se reduzem, mas há um longo
caminho para chegarmos a um “mundo global de comportamento”. Há alguns aspectos
culturais que precisa conhecer para não cometer erros;
 Conceito de tempo
 Conceito de espaço privacidade
 Idade
 Sexo
 Religião

21
 Superstição
 Saudações
 Conceito de higiene
 Valores
 Humor
 Alimentação
 Politica
 Vestuário, entre outros.

2.9 Foco na Pequena Empresa-Desafiando o Mercado Internacional

Definição:

Para LONGENECKER et al(1997)“uma pequena empresa pode ser descrita como


“pequena” quando comparada com grandes empresas, mas “grandes” quando comparadas
com menores”.

Ainda diz “pequenas empresas não é apenas a onda do futuro, é a realidade do


presente. Certas oportunidades no exterior são mais lucrativas que aquelas em casa. Muitas
empresas pequenas podem ser tão bem-sucedidas quanto as grandes nos mercados
internacionais”. (LONGENECKER, 1997, p. 391)

2.10 Interesses da empresa em comercio exterior

VAZQUEZ (2002) cita alguns motivos que estimulam as empresas buscarem do


comercio exterior.

 Aumento de seu volume de produção com a diminuição do valor unitário-


Com a globalização e a transformação de nosso mercado, não resta ao
empresário outra opção que não seja produzir mais a custo menor.
Exportando, essa tendência tão obvia torna-se certa e necessária.
 Aproveitamento da capacidade ociosa- As venda externas tendem a
incrementar a utilização da maquinas e equipamentos disponíveis,
reduzindo a capacidade ociosa dos mesmos. Maquina parada é prejuízo na
certa. A politica do comercio exterior só vem aumentar as vendas dos
produtos das empresas, aumentando a utilização de bens, equipamentos e
mão de obra.
 Manter um bom relacionamento com seu cliente, atendendo-o em varias
partes do mundo, ou seja, servindo-o onde ele quiser- Voltar-se para o

22
mercado externo é mudança de cultura. Não há necessidade de estar
fisicamente em todos os países com os quais se relaciona, pois isso poderá
acontecer via representante autorizado ou agente. A presença em varias
partes do mundo facilitará em muito as empresas que
 Pretendem trabalhar o mercado externo.
 Diversificação de mercado. (Vazquez, 2002 p.119)

Segundo o site do SEBRAE-SC, a exportação é o caminho para driblar a


sazonalidade do setor, garantindo uma produção continua, enquanto no Brasil a demanda
de biquíni é de julho a fevereiro, o exterior procura pelo biquíni de janeiro a abril. Ainda
diz que entrar no mercado da moda praia sem respaldo requer jogo de cintura e ter
estratégias bem definidas, exportar não é tarefa fácil, as taxas de mortalidade é
significativa, pois sofrem com a concorrência com a China.

“Direcionar ao mercado externo a capacidade ociosa da produção em períodos


de recessão do mercado interno, devido à inversão das estações durante o ano, é
uma excelente opção de redução de custos e aumento da rentabilidade. Um
exemplo disso é a produção de roupas de banho ou, também conhecidas como
roupas de praia. Quando estamos no inverno, as empresas estão em plena
produção para exportação aos países que se encontram no verão.” (SEBRAE
MG, 2005).

2.11 Programas de Apoio ao Exportador.

2.11.1 Agencia de Promoção de Exportação (Apex)

Segundo VAZQUEZ (2002, p.37)“a Apex visa reunir empresários e Governo para
aumentar o contingente dos que vendem para o mercado externo, com atenção voltada as
pequenas empresas”. Sua função é buscar mercados para bens e serviços brasileiros e
cooperar com o empresário para que ele possa exportar mais. A Apex opera em
colaboração direta com a Câmara de Comercio Exterior (CAMEX), vinculada a
Presidência da Republica e em estreita coordenação com os Ministérios das Relações
Exteriores e do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio.

No site Comex Brasil, diz que o objetivo da APEX é estimular as exportações


brasileiras, firmar acordos internacionais, realizar grandes eventos com a temática sobre
Brasil, inserir novas empresas brasileiras no mercado internacional, e além de promover a
imagem do Brasil.

23
2.11.2 Sistema Rede Nacional de Agentes de Comercio Exterior -
Siscomex

Sistema Integrado de Comércio Exterior- sistema administrativo do comercio


exterior, instituído pelo Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992.
Com a criação do Siscomex, todo processamento administrativo relativo a
exportações foi informatizado. As operações passaram a ser registradas via sistema e
analisadas on-line pelos órgãos que atuam em comercio exterior. O Brasil é o único pais do
mundo a dispor de um sistema de registro de exportações totalmente informatizado,
permitindo um ganho nas agilizações, confiabilidade, rápido acesso a informações
estatísticas, redução de custos e etc. VAZQUEZ (2002, p.170)
Segundo o portal do MDIC o modulo de Exportação do Siscomex foi desenvolvido
pelo Banco Central e lançado em 1993
De acordo com site COMEXBRASIL, em 2010 o modulo do SISCOMEX ganhou
uma nova plataforma WEB, buscou não só a atualização tecnológica, mas também
facilidade, agilidade operacional pelos órgãos anuentes e demais intervenientes no
processo de exportação.
Segundo RATTI (2001) o SISCOMEX permite: simplificação e padronização das
operações de comercio exterior, com redução de burocracia; redução de tempo para
liberação das mercadorias importadas e para embarque das mercadorias a serem
exportadas; ampliação do numero de pontos de atendimento no País; eliminação de
diversos formulários e documentos e de uma serie de controles paralelos, que seriam
substituídos por um único documento no final do processo. Para todos os efeitos legais, os
registros no SISCOMEX equivalem a Guia de Exportação, a Declaração de Exportação, ao
Documento Especial de Exportação, a Guia de Importação e a Declaração de Importação.
O SISCOMEX é uma espécie de central única de atendimento a exportadores e
importadores.

2.11.3 Registro do importador e do exportador (REI)

Para exportar, as empresas devem estar cadastradas no REI- Registro de


Exportadores e Importadores da Secretaria do Comercio Exterior. O cadastramento no REI
é feito no ato da primeira operação, por meio de qualquer ponto conectado ao Siscomex,

24
informando CGC, constituição societária, capital social e outros dados cadastrais.
(Vazquez 2002, p.171).

Segundo o site COMEXBRASIL a inscrição no REI da Secretaria do Comercio


Exterior (SECEX) é automática, sendo realizada no ato da primeira operação de
importação ou exportação, conectada ao Sistema Integrado do Comercio Exterior
(SISCOMEX), deixa de ser obrigatório a inscrição no REI as exportações por via postal,
com ou sem cobertura cambial, ate o limite de US$ 50.000,00 (ou equivalente a outra
moeda), exceto.

-donativos realizados por pessoa física ou jurídica

-Produtos com exportação proibida ou suspensa

-Exportações que tem margens não sacada de câmbio, vinculada a regimes aduaneiros
especiais e atípicos,

-Exportações sujeitas a Registro de Operações de Credito (RC)

2.11.4 Registro de operação de credito (RC)

Para VAZQUEZ (2002, p.172), RC representa o conjunto de informações de


caráter cambial e financeiro, nas exportações, com prazos de pagamento superior a 180
dias. Como regra geral, o exportador deve solicitar o RC e obter seu deferimento antes do
RE. Cabe ao exportador, prestar as informações necessárias ao exame e efetivação do
Registro de Operação de Credito- RC.

2.11.5 Exporta Fácil- ECT

Em pesquisa feita no site dos CORREIOS, o Exporta Fácil é uma operação dos
Correios que oferece facilidade no processo de exportação, para empresas ou pessoas
físicas que desejam exportar seus produtos de maneira mais simples, os correios cuidam de
todo o processo burocrático, como o de registro de operação no Sistema de Comercio
Exterior - SISCOMEX

Para iniciar o processo de exportação pelo Exporta Fácil é simples, é só seguir


alguns passos:

1-Procurar uma agencia dos Correios que está espalhado por todo o território nacional,

25
2-Preencher um formulário único de postagem de serviço, podendo ser feito com toda a
segurança e comodidade pela internet e já apresentar o formulário pronto.

3- Faça a postagem na agência. Quem tem um contrato com os Correios, pode usar o
serviço Disque Coleta.

A partir daí, a responsabilidade é do Correio.

Cada remessa pode ter o valor mínimo de USD 50.000,00 (cinquenta mil dólares)
em mercadorias, cada pacote pesar ate 30 quilos, dependendo da modalidade de serviço
escolhida. A exportação conta com o seguro automático gratuito, podendo contratar um
seguro opcional quando sua mercadoria tiver um valor acima do seguro gratuito.

São cinco modalidades de serviço para você escolher conforme a urgência da sua
exportação. Nossos prazos têm como referência as principais cidades do mundo e variam
de acordo com a origem e o destino das remessas:

 Sedex Mundi– prazo de entrega garantido: 1, 2, 3 ou 4 dias úteis;


 Expressa (EMS) – prazo de entrega estimado: de 3 a 7 dias úteis;
 Mercadoria Econômica – prazo de entrega estimado: de 14 a 30 dias úteis;
 Leve Prioritária – prazo de entrega estimado: de 4 a 13 dias úteis;
 Leve Econômica - prazo de entrega estimado: de 14 a 30 dias úteis; (Correios.com)

Os prazos variam de acordo com a origem e o destino das remessas.

“Pequenas empresas podem efetuar exportações diretas utilizando-se dos


correios. Trata-se de operação simplificada que não requer do exportador
registro ou credenciamento. O serviço oferecido pelos correios, conhecido como
Exporta Fácil, tem limite de valor e peso por remessa”. (SEBRAE-MG,
2005)

2.11.6 Brasil Trade Guide


“O Brasil Trade Guide (BTG) visa aproximar compradores estrangeiros de
trading companies brasileiras especializadas em determinados produtos ou
mercados. O BTG contribui também para que micro, pequenas e medias
empresas possam identificar empresas comerciais exportadoras que facilitem
seu acesso aos mercados externos”. (BRASILTRADEGUIDE, 2012).

Ainda no site, se destacam algumas vantagens:

 Relações comerciais: conquista e manutenção de clientes estrangeiros

26
 Contratos internacionais: segurança jurídica dos negócios realizados
 Operações financeiras: neutralização de riscos financeiros decorrentes dos negócios
 Operações logísticas: movimento de mercadorias com a melhor relação
custo/beneficio
 Procedimentos aduaneiros: gerenciamento de processo na aduana de origem e/ou
destino
 Controle de processo: realização de ações operacionais que efetivem o fechamento
de negócios.

2.11.7 Feiras Internacionais

Participar de feiras internacionais é o meio mais eficaz de conhecer o mercado que


se quer exportar. No site Aprendendo a Exportar mostra que as feiras comerciais, é uma
excelente oportunidade para se manter contato com clientes potenciais. Para um feira bem
sucedida é importante: Apresentação dos produtos em estande; uma equipe preparada para
falar outros idiomas; material de divulgação como catálogos; preços dos produtos
concorrentes.

“mesmo com os modernos meios de comunicação, as feiras ainda apresentam


alguns requisitos insubstituíveis, como: possiblidade de tocar no produto;
contato direto com cliente; feedback imediato sobre as reais exigências do
visitante; oportunidade de conhecer os produtos dos concorrente, etc”.
(Minervini, 2005, p.109)

2.11.8 SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas


Empresas

O SEBRAE promover programas de capacitação, desenvolvimento territorial e


acesso a mercados. Trabalha pela redução de carga tributaria e da burocracia para facilitar
a abertura de mercados e ampliação de acesso ao credito, e a inovação das micro pequenas
empresa. (SEBRAE, 2012).

2.11.9 Inconterms

Para SOARES (2004)International Commercial TERMS(INCONTERMS),tem


como finalidade de indicar as responsabilidades do importador e exportador na entrega e
no transporte das mercadorias. A utilização correta dos INCOTERMS é fundamental para
evitar qualquer violação do contrato entre as partes, e sendo muito importante conhecer as
obrigações que eles acarretam e o momento em que tais obrigações terminam.
27
Os Inconterms são organizados em quatro grupos (Grupo E, F, C e D) e treze
termos denominado condição de venda, reconhecido mundialmente por exportadores e
importadores.

Quadro 1- Estrutura dos INCONTERMS

Grupo Critério Termos Sigla


E Partida Ex Works(local de embarque) EXW
F Transporte Free carrier(local de embarque) FCA
principal não Free alongside(porto de embarque) FAS
pago Free on board (porto de embarque FOB
C Transporte Cost and freight(porto de destino) CFR
principal pago cost, insurance and freight(porto de destino) CIF
carriage paid to( local de destino)
Carriage and insurance paid to(local de CPT
destino) CIP
D Chegada Delivered at frontier (local de destino) DAF
Delivered ex ship( porto de destino) DES
Delivered ex quay (porto de destino) DEQ
Delivered duty unpaid (porto de destino) DDU
Delivered duty paid (porto de destino) DDP
Fonte: Adaptação de RAMBERG, J. ICC Guide to Inconterms 2000: understanding and practical use.
França: ICC Publishing, 1999. P.39.

Inconterms utilizados nos negócios de comercio exterior, ainda em SOARES (2004).

 EXW- (local o embarque)


Obrigação do vendedor (exportador) é apenas de entrega das mercadorias
quando coloca disponíveis para o comprador (importador) em sua propriedade,
como em fabricas, indústria. O vendedor não é responsável pelo carregamento
das mercadorias e nem pelo desembaraço para a exportação, o comprador
assume todos os riscos e custos envolvidos, mas pode haver acordo em
contrario.
É um acordo que mais favorece o vendedor em se tratando de obrigações e
responsabilidades, em contrapartida é a pior condição de compra pelo
importador.

 FCA- transporte livre- local de embarque


Nesse termo o vendedor (exportador) completa suas obrigações quando entrega
a mercadoria, pronta para a exportação, aos cuidados do transportador
internacional indicado pelo comprador(importador).
Pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.
28
 FAS-livre no costado do navio-local de embarque
O vendedor (exportador) encerra sua obrigação no momento em que a
mercadoria é colocada ao longo do costado do navio transportador.
Termo utilizado somente para transporte marítimo

 FOB-livre a bordo- porto de embarque


O vendedor (exportador) encerra suas obrigações quando coloca a mercadoria a
bordo do navio indicado pelo comprador (importador), a partir desse momento
o comprador assume todos os riscos.
É um termo utilizado somente para transporte marítimo ou de cabotagem.

 CFR- custo e frete- local de destino


O vendedor (exportador) contrata e paga o frete necessário para levar a
mercadoria até o porto de destino, providencia documentos e prepara a carga
para a exportação. A responsabilidade sobre qualquer despesa adicional é
transferida para o comprador no momento da transposição da amurado do navio
no porto de embarque.
Termo utilizado somente para transporte marítimo

 CIF-custo, frete e seguro-local de destino


O vendedor (exportador) contrata e paga o frete necessário para levar a
mercadoria ate o porto de destino indicado, providencia todos os documentos,
prepara a carga para exportação e contrata o seguro marítimo de transporte.
Termo utilizado somente para transporte marítimo

 CPT-Local de destino designado


O vendedor (exportador) paga o frete pelo transporte das mercadorias ate o
destino designado. Os riscos por perda ou dano a mercadoria, ou qualquer que
seja a despesas devido a algum evento que ocorram após terem sido entregue as
mercadorias, são transferidas do vendedor para o comprador, quando as
mercadorias são entregues a custodio do transportador.
Termo utilizado em operações de transporte aéreo.

29
 CIP- Transporte e Seguros pagos ate o local designado
O vendedor (exportador) tem as mesmas obrigações ao termo CPT, mas com a
responsabilidade de fazer seguro da carga contra risco de perda ou dano, em
favor ao comprador (importador) durante o transporte.

 DAF- entregue na fronteira


O vendedor (exportador) cumpre sua obrigação de entrega das mercadorias,
desembaraçadas para exportação, no porto e no local designados na fronteira.

 DES- entregue a partir do navio- porto de destino


O vendedor (exportador) é responsável pela colocação da mercadoria a bordo
do navio, tem que assumir todos os custos e riscos envolvidos em levar as
mercadorias ate o ponto de destino designado.
Termo utilizado somente para transporte marítimo ou de cabotagem.

 DEQ- entregue a partir do cais- porto de destino


Significa que o vendedor (exportador) cumpriu sua obrigação de entrega da
mercadoria quando colocou a disposição no cais(desembarcadouro), o vendedor
é responsável por todos os riscos e despesas ate a colocação da mercadoria no
cais, a partir disso o comprador (importador) é responsável pelas despesas que
ocorrerem.

 DDP- entregue com direitos- aduaneiros- pagos- local de destino


O vendedor (exportador) cumpre sua obrigação de entrega da mercadoria ate o
destino designado, no país de destino, assumindo riscos e custos, incluindo
direitos, impostos e outros encargos para a entrega da mercadoria no local. O
DDP representa a máxima obrigação para o vendedor, ao contrario do EX
Works que significa a mínima obrigação por ele.

2.12 Barreiras ao comercio Internacional

Antes de iniciar seu processo de exportação, é oportuno considerar quais as


barreiras ou as dificuldades que você deverá enfrentar. MINERVINI (2005) diz que

30
conhecendo as barreiras antes terá mais possibilidades de passar por cima delas e supera-
las.

No comercio exterior os países utilizam de mecanismo conhecido como barreiras


comerciais para evitar à entrada de mercadorias importadas no seu território a maneira
mais usada é por meio de tarifas, mas com o surgimento de acordos comerciais
internacionais que, visam á redução dessas tarifas, esses países se utilizam de barreiras-não
tarifarias, mas especificamente as barreiras técnicas a exportação. Quando uma empresa
inicia as atividades no ramo internacional é normal que ela encontre uma serie de barreiras,
devido a diferentes fatores como: cultura dos países, problemas de moedas diferentes, o
idioma, e também com o conflito de legislação. Um esquema protecionista também
constituem barreiras ao Comercio Internacional. (Maia, 2003)

MINERVINI (2005) relata que essa lei protecionista que tem a finalidade de
proteger a indústria nacional, em alguns casos favorecendo os empresários. Em lugares
onde essa lei se vigora a empresa que quer importar um produto que seja similar ao que já
exista no local, haverá uma taxa de importação muito alta, em alguns casos até a proibição
da importação.

 Tarifas alfandegarias (barreiras alfandegarias);

Para Maia (2003), era normal dizer que barreiras alfandegarias são instrumentos de
países subdesenvolvidos que não tem condição de competir com países de Primeiro
Mundo, mas esta acontecendo o inverso, países ricos como Estados Unidos e União
Europeia prejudicam mais países pobres do que os outros, ao criarem barreiras
alfandegarias. Com exemplo, os Estados Unidos, tributam os produtos brasileiros com
barreiras como:

 O suco de laranja paga um imposto especifico por tonelada


 O fumo é taxado em 350% para o que ultrapassar a quota estabelecida;
 Sementes oleaginosas, 188%;
 Amendoim descascado, 132%
 Açúcar bruto: imposto de U$$ 350,00 por tonelada. Como o preço médio de
tonelada em 2001 custava U$$ 204,00, a tributação era de 171%.
 Produtos siderúrgicos, 142%. As siderúrgicas norte-americanas estão
obsoletas e não podem competir com as importações. Maia (2003, p
179)

Com isso ocorreu que as vendas de aço brasileiro a esse pais caíram, em 1999, em
70%.
31
De acordo com o site Folhauol.com(2012) a quantidade de documentos que é
necessário para a venda de produtos brasileiros a outros países é enorme, a burocracia
exagerada e as dificuldades inviabilizam as atividades no exterior. É necessário aprovação
de até 12 órgãos diferentes do governo, a 130 impostos e tributos relacionados às
atividades.

Documentos necessários que deixa a exportação mais difícil,

 Fatura proforma, é o documento que da inicio ao negocio, deve ser emitido


pelo exportador para o importador para que ele providencie a Licença de
Importação, entre outras providencias.
 Registro de Exportação (RE) é um documento eletrônico preenchido e
emitido pelo SISCOMEX (Sistema integrado de Comercio Exterior), pelo
exportador ou pelo representante legal.
 Contrato de Cambio, documento que equivale à nota fiscal no exterior,
emitido pelo banco negociador de cambio e que formaliza a troca de divisa
estrangeira por moeda nacional.
 Comprovante de exportação (CE), documento oficial emitido pela receita
federal, que comprova que a mercadoria foi embarcada.
 Nota fiscal, depois de aprovado o pedido de importação, o próximo passo é
a emissão de nota fiscal que deve acompanhar a mercadoria ate a liberação
da Receita.
 Certificado ou apólice de seguro, necessário quando a venda envolve a
contratação de seguro, deve ser providenciado pelas empresas seguradoras.
 Conhecimento de embarque, documento emitido pela transportadora que
atesta o reconhecimento de carga, condições de entrega de mercadoria e
qual o meio de transporte utilizado.
 Romaneio de embarque, documento emitido pelo exportador para o
embarque de mercadorias que se encontram acondicionadas em mais de um
volume ou em um único volume que contenha vários tipos de volumes.
 Carta de credito, o original desse documento é essencial para que o
exportador consiga concretizar a operação com o banco.
 Border, protocolo fornecido pelo banco negociador de cambio em que estão
relacionados todos os documento entregue á ele. (Aprendendo a
Exportar, 2012).

MINERVINI (2005) menciona que uma das principais barreiras á


internacionalização é a falta de cultura exportadora por parte da empresa, e a falta de uma
adequada estrutura interna profissional para gerenciar a internacionalização. É importante
investir numa estrutura interna eficiente, o processo de internacionalização da empresa é o
departamento de exportação. As principais atividades desse departamento são; identificar
os mercados prioritários e os secundários; identificar e selecionar as principais
oportunidades de negócios; avaliar as formas de pagamentos mais vantajosas para a
empresa, entre muitas outras funções.

32
2.13 Transporte e Seguro no Comercio Exterior

O transporte de carga significa a atividade de circulação de mercadorias, de um


ponto a outro de um território, podendo ser nacional ou internacional. (KEEDI 2000).

Ainda em KEEDI (2000), se iniciou com a tração humana, pelo ato de um homem
levar um objeto de um lugar a outro, com suas próprias forças. Isto pode ser considerado
como o ponto de partida de conceito de transporte para o ser humano, que foi aperfeiçoado
através do uso de objetos que facilitassem estes transporte como cestas, carroças,
plataformas carregáveis, etc.

Nesse tema veremos os principais modais de transporte e para qual tipo são
utilizados. Entre eles o sistema aquáviario, terrestre e o aéreo.

2.13.1 Modais de transporte

2.13.1.1Transporte Marítimo

Segundo KEEDI (2000, p.69) “o transporte marítimo é realizado por navios de


grande porte, dividido em duas categorias que se divide em ser navegação nacional ou
internacional, longo curso e cabotagem”.

-Longo curso-navegação internacional, transportando cargas em portos de países


diferentes.

-Cabotagem- navegação nacional, transportando cargas entre portos marítimos nacionais.

Os custos do transporte são influenciados pelos seguintes itens, como cita


VAZQUEZ (2002, p.208),

-característica de carga;

-peso e volume cubico da carga;

-fragilidade-embalagem-valor da mercadoria no porto de embarque;

-distancia entre os portos de embarque e desembarque;

-localização dos portos.

33
2.13.1.2Transporte Rodoviário

“Transporte rodoviário é realizado em estradas de rodagem, com utilização de


veículos como caminhões e carretas, e pode ser realizado de forma nacional,
dentro de um país, ou internacional, abrangendo dois ou mais países. No plano
internacional é um modal utilizado, para efetuar transportes limítrofes, mas
ocorrendo também entre países que não façam fronteiras entre si.
Entre todos os modais, o rodoviário é o mais adequado nos transportes de
mercadorias, tanto na exportação quanto na importação, nas viagens de curtas e
medias distancias. É mais recomendado para mercadorias de alto valor ou
perecíveis” (KEEDI, 2000, p.127)

Ainda em KEEDI (2000), os veículos rodoviários tem capacidade de transportar


qualquer tipo de carga, para cada carga a ser transportada é utilizado um tipo veiculo. Por
isso nessa modalidade são utilizados vários tipos de veículos, como os caminhões que
apresentam alguns modelos para diversos tipos de cargas podendo ser equipados. As
carretas, que possuiu unidades de tração e de carga em módulos separados, sendo
denominados cavalo mecânicos e semi reboques. Os Boogies, que comportam containers
adaptados a diversos tamanhos. E por ultimo os treminhões que são compostos por três
partes, cavalos mecânicos, reboque e semi reboques apropriados para transporte de
containers, são veículos que devem ser transportados por roteiros estabelecidos e
autorizados pelo Ministério dos Transportes.
De acordo com o site Aprendendo a Exportar, o transporte rodoviário internacional
caracteriza-se pela simplicidade de funcionamento.

2.13.1.3Vantagens

Para KEEDI (2000, p.128)

“Esse transporte e é o mais flexível e o mais ágil no acesso as cargas, permite


integrar regiões, mesmo as mais afastadas, como o interior dos países. Nesses
casos, principalmente quando não há outros modais disponíveis. A simplicidade
do funcionamento do transporte rodoviário é o seu ponto forte, pois não
apresenta qualquer dificuldade e esta sempre disponível para atendimentos
urgente”. (KEEDI, 2000, p.128)

Este transporte oferece algumas vantagens, dentre as quais:

-vendas na condição de entrega porta a porta;


-menos manuseio de carga, portanto, mais segurança, já que o caminhão é lacrado no local
de carregamento e aberto no local da entrega;
-rapidez na entrega de carga de curta distancia;
-o transporte vai ate a carga em vez de obrigar o exportador a leva-la ate eles;

34
-a carga vai ate o importador ao invés de obriga-lo a ir retira-la;
-possibilidade de utilização de embalagens mais simples e de menor custo;
-peça fundamental da multimodalidade e da intermodalidade.

2.13.1.4 Desvantagens

Ainda em KEEDI (2000, p.128), “o transporte rodoviário também apresenta


algumas desvantagens, dignas de serem registradas”, entre as quais:

-frete mais alto do que alguns outros modais que são ou estão apresentando-se como seus
concorrentes;

-a menor capacidade de carga entre todos os modais;

-custo elevado na sua infraestrutura;

-um modal bastante poluidor do meio ambiente;

-a quantidade excessiva de veículos ajuda a provocar congestionamento, trazendo


transtornos ao transito vem como a toda poluição, inclusive aumentado o consumo de
combustível, agravando a situação do país que é importador de liquido de petróleo;

-obriga a construção continua de estradas, ou a sua manutenção, com recurso do poder


publico, ou seja, da população. Isto faz com que, além de frete visível, tenhamos também
um alto frete invisível que recai sobre os contribuintes.

2.13.1.5 Transporte ferroviário

Conforme KEEDI (2000, p. 141),


“O transporte ferroviário é aquele realizado por trens, composto de vagões
puxados por locomotivas, sobre trilhos. Ele tem trajetos devidamente
delineados, ou seja, sem flexibilidade quanto a percursos, portanto, presos a
caminhos únicos. Isto pode provocar atrasos na entrega das mercadorias em
caso de obstrução da ferrovia. Pode ser realizado de forma nacional, dentro de
um pais, ou internacional, abrangendo dois ou mais países. É um modal usado
para transporte entre países limítrofes, ou também entre países que não façam
fronteiras entre si, mas que apresentem condições para tal, tanto em relação a
distancia quanto a viabilidade de custos e condições das ferrovias, cujo transito
é realizado através de um terceiro ou terceiros países”.
(KEEDI, 2000, p.141)
Ainda em KEEDI (2000), o transporte ferroviário não é tão ágil quanto o rodoviário
no acesso as cargas, já que as mesmas devem, em geral, ser levadas a ele. O ferroviário é

35
um modal de transporte recomendo para mercadorias de baixo valor agregado e grandes
quantidades, é adequado para viagens de medias e longas distância em face do seu baixo
frete. O transporte ferroviário é mais apropriado para transporte de mercadorias agrícolas,
minérios de ferro, derivados de petróleo, produtos siderúrgicos, fertilizantes, cimento,
areia, sendo também interessante no transporte de containers, visto o baixo frete e
capacidade de transporte de ate duas unidades de 40’.

2.13.1.6 Vantagens

Mesmo não sendo flexível e ágil o transporte ferroviário permite alcançar regiões,
ate mesmo as mais afastadas, como o interior do país.

Segundo KEEDI (2000, p.142) este transporte permite aos embarcadores algumas
vantagens, como:

-menor custo de transporte em face do mesmo ser, normalmente, movido à energia elétrica
ou diesel, e ter grande capacidade de transporte;

-o frete mais barato em relação ao rodoviário, só perdendo para o hidroviário;

-esta livre de congestionamento, tendo normalmente caminho livre a frente, podendo


executar as viagens sem problemas;

-pode ter terminais particulares dentro ou próximo às unidades produtoras;

-propicia o transporte de grandes quantidades de carga com vários vagões, já que um vagão
pode transportar entre 25 e 100 toneladas, porem sempre dependendo do tipo de carga e
locomotiva para suporta-la;

-menor custo de infraestrutura.

2.13.1.7 Desvantagens

Ainda em KEEDI (2000, p. 143), são apresentadas algumas desvantagens no


transporte ferroviário, como:

-é um transporte mais lento do que o rodoviário, gastando mais tempo para a entrega da
carga;

-não tem flexibilidade de trajeto, devendo ater-se a sua linha férrea;


36
-enfrenta problemas de bitola, tanto dentro do país quanto nos demais países sul-
americanos, não podendo realizar transportes diretos entre todos os pontos desejados;

-exige o transbordo constante de carga para que esta seja levada a seu destino final.

2.13.1.8 Transporte Aéreo

KEEDI (2000, p.149) “mostra que transporte aéreo é o único dentro da sua
característica, sendo uma atividade que envolve com facilidade e rapidez por vários países,
devido à velocidade do meio utilizado”. Pode ser dividido em:

Internacional- que é o transporte entre os aeroportos de países diferentes, isto é, aquele


que representa operações de comercio exterior.
Nacional-denominado de transporte domestico, ou ainda de cabotagem, embora este termo
não seja muito comum, que faz a ligação entre aeroportos de um mesmo pais.
Embora bastante diferentes nos seus conceitos, as duas são semelhantes nos conceitos
básicos de segurança e operacionalidade. O principio seguido é o mesmo, tanto para cargas
domesticas, quanto para as cargas internacionais, e são baseadas em normas do IATA
(International Air Transport Association) e em acordos e convenções internacionais.
Ainda KEEDI (2000),o transporte aéreo é ágil e recomendado para mercadorias de
alto valor agregado, pequenos volumes e encomendas urgentes. É adequado para viagens
de longas distancias e intercontinentais.

2.13.1.9 Vantagens

Continuando na visão de KEEDI (2000), o transporte aéreo tem muitas vantagens,


como:

-usado particularmente com muita eficácia para transporte de amostras;

-ideal para transporte de mercadorias com prioridade de entrega (urgência);

-documento de transporte obtido com maior rapidez, face a emissão antecipada;

-os aeroportos, normalmente, estão localizados mais próximos dos centros de produção,
industrial ou agrícola, pois se encontram em grande numero e espalhados praticamente por
todas as cidades importantes do planeta ou por seus arredores;

37
-os fretes internos, para colocação das mercadorias nos aeroportos, são menores, e o tempo
mais curto, em face da localização dos mesmos;

-possibilidade de redução ou eliminação de estoques pelo exportador, já que se pode


aplicar mais agressivamente uma politica de just in time, com redução dos custos de capital
de giro pelo embarque continuo, podendo ser ate diário ou mais vezes ao dia, dependendo
dos destinos;

-maior competitividade do exportador, visto que a entrega rápida pode ser um bom
argumento de venda;

-o seguro de transporte aéreo é mais baixo em relação ao marítimo, podendo variar de 30%
a 50% na media geral, dependendo de mercadoria.

2.13.2 Desvantagens

KEEDI (2000) cita três desvantagens do transporte aéreo;

-frete relativamente alto em relação ao demais modais;

-capacidade de carga bem menor que os modais marítimos e ferroviários, ganhando apenas
do rodoviário;

-custo elevado da sua infraestrutura.

2.13.2.1Tipos de aeronaves

São vários os modelos de aviões utilizados na navegação aérea Segundo KEEDI


(2000, p. 155) e podem ser classificados em três tipos:

-Full Pax- avião exclusivo de passageiros,

-All Cargo ou Full Cargo- avião exclusivo para o transporte de carga,

-Combi- aeronaves utilizadas para transporte de cargas e também de passageiros.

2.14Seguros e Sub-ramos de seguro

Para KEEDI; SAMIR (2000) “seguro é uma operação que se realiza entre duas
partes, o segurado e o segurador. Para segurar os seus bens o segurado paga uma
importância à seguradora, que é combinada no momento da contratação. O objetivo do

38
seguro é dar proteção à carga contra danos e perdas, visando sempre repor o bem
sinistrado”.

Alguns elementos básicos do seguro são citados por VAZQUEZ (2002, p.218):

-Interesse do segurado e do segurador. Um deseja segurar a coisa, o objeto, à


mercadoria; outro, mediante pagamento de um prêmio, está disposto, sob
algumas condições contratuais, a assumir o risco da coisa, objeto ou
mercadoria.
-Risco. Para que o contrato se materialize, há que se supor um risco.
-Premio. Como informamos no primeiro elemento, haverá o pagamento de um
premio para assunção de determinado risco.
-Promessa de indenização. Ao assumir correr o risco estipulado, o segurador
promete indenizar, sob certas condições contratuais, a ocorrência de sinistro.
(VAZQUEZ 2002).

2.14.1Seguro Rodoviário

Segundo KEEDI (2000) é obrigação os transportadores rodoviários realizarem dois


tipos de seguros.

Seguro obrigatório de responsabilidade civil do transportador rodoviário de carga


(RCTR-C)- É um seguro contratado pelo transportador rodoviário para cobrir danos e
perdas as cargas de terceiros que lhe são confiadas.

Seguro de responsabilidade civil do transportador rodoviário por desaparecimento


de carga (RCF-C)-seguro.

2.14.2Seguro Aéreo

Como cita KEEDI, SAMIR (2000, p.224) “este seguro visa cobrir danos e prejuízos
ocorridos às aeronaves no caso de acidentes”.

2.14.3 Seguro dos Navios

KEEDI (2000) é o seguro que visa indenizar o segurado por danos causados á
embarcação. Os seguros podem ser básicas ou especiais, como mostra o autor.

-Básicas: cobre naufrágio, encalhe colisão, incêndio, raio, explosão, tempestade.

-Especiais: cobre greves, guerras, comoções civis, etc.

39
2.15 Despacho aduaneiro de Exportação

Segundo VAZQUEZ (2002) é um procedimento fiscal, mediante a qual se processa


o desembaraço da mercadoria ao exterior, seja ela exportada a titulo definido ou não. Ele
se inicia no momento em que o exportador, já com seu RE deferido, faz- via Siscomex- a
Solicitação de Despacho (SD) junto a secretaria da Receita Federal. Nessa fase, as
mercadorias devem estar á disposição da Secretaria da Receita Federal, acompanhadas de
algumas documentações básicas; a 1º via da nota fiscal em casos de embarques marítimos
ou aéreos; no caso de exportações via terrestre, fluvial ou lacustre a 1º via da nota fiscal
acompanhada dos originais do Conhecimento de Embarque e do Manifesto Internacional
de Carga (MIC). Os documentos são conferidos com os dados constantes do RE. Quando
concluídos os estágios anteriores, inicia-se o processo de despacho. O ato final do
despacho aduaneiro é a “averbação”, que consiste na confirmação, por parte da
fiscalização, do embarque ou transposição da fronteira. A averbação é registrada
eletronicamente, via Siscomex.

40
Capitulo 3 Metologia

3 Metodologia

Para BEZZON (2005),“é o mais importante do projeto, na metodologia de


pesquisas encontramos meio e técnica utilizados para atingir os objetivos que foram
apresentados”.

“se não traçarmos um caminho para aplicação de nossa pesquisa, tudo o que
fizemos ficará no papel, pois não saberemos como começar a colocar em pratica
tudo o que pretendemos no projeto, e o problema nunca será respondido”
(BEZZON, 2005, p.23).

3.1 Pesquisa

Segundo GIL (1991, p.19) “Pesquisa pode ser definido como procedimento
racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar resposta aos problemas que são
propostos”.

O conceito de pesquisa é visto para MARCONI e LAKATOS (2001), como


levantamento de dados de varias fontes, por documentação direta e a indireta.

Documentão direta- levantam-se os dados no próprio local, e podem ser elaborados


através da pesquisa de campo ou da pesquisa de laboratório, as duas maneiras utilizam de
técnicas de observação direta (observação e entrevista) ou observação direta extensiva
(questionário, formulário).

Documentação indireta- fontes de dados coletados por outra pessoa ou já elaborado.

3.2 Considerações Gerais

Para GIL (1991, p.58) “Estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e
exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado
conhecimento”. Ainda acrescenta (1991, p. 59) “Ele pode ser visto como técnica
psicoterápica, método didático ou como método de pesquisa”.

GIL citando YOUNG (1991, p.59),

“... um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do processo


social de uma unidade, em suas varias relações internas e nas suas fixações
culturais, quer seja essa unidade uma pessoa, uma família, um profissional, uma
instituição social, uma comunidade ou uma nação” (Young, 1960, p.269).

41
Ainda em GIL (1991), o estudo de caso apresenta algumas vantagens. O estimulo a
novas descobertas, pois ao logo do processo, o pesquisador atenta-se a novas descobertas.

“E, muitas vezes, o estudo desses aspectos torna-se mais relevantes para a
solução do problema do que considerados inicialmente. Dai porque o estudo de
caso é altamente recomendado para a realização de estudos exploratórios”
(GIL, 1991, p.59).
A ênfase na totalidade, segundo GIL (1991, p.60), “O pesquisador volta-se para a
multiplicidade de dimensões de um problema, focalizando-o com um todo”.

A simplicidade dos procedimentos, esse processo de coleta de dados são bastante


simples quando são comparados com outros tipos de delineamento.

É necessário levantar que o estudo de caso tem suas limitações, podendo haver
dificuldade de generalização dos resultados obtidos, pode ocorrer que a unidade escolhida
para investigação seja bastante diferente em relação a muitas de sua espécie.

Continuando o pensamento de GIL (1991, p.60), “Cabe lembrar que, embora o


estudo de caso se processe de forma relativamente simples, pode exigir do pesquisador
nível de capacitação mais elevado”.

3.3Procedimentos para obtenção de dados


Para GIL (1991), diversas técnicas podem ser adotadas para coletar dados, o de
interrogação, o questionário e a entrevista.

Para realizar esse trabalho foi aplicado o método de questionário que segundo GIL
(1991, p.90), “Questionário entende-se um conjunto de questões que são respondidas por
escrito pelo pesquisado”.

Foram elaboradas sete perguntas e duas perguntas de múltipla escolha no qual o


pesquisado também teve a opção de opinar sobre algumas respostas que não foi colocado.
Esse questionário foi aplicado ao proprietário da empresa alvo, no dia 19/07/2012.

42
Capitulo 4 Apresentação da Empresa-Alvo
4. Empresa-alvo Confecções Vangli

A empresa alvo Confecções Vangli, situa-se na cidade de Capivari-SP na Rua


Pedro Stucchi, 381 no bairro Pão de açúcar, tem como objetivo empresarial oferecer
produtos de qualidade, com preço na realidade do mercado, sempre atendendo bem seus
clientes, para conquistar sempre novos clientes.

Figura 1 – Linha de produção

Fonte: Site da empresa

Figura 2- Visão de cima da fabrica

Fonte: Site da empresa

43
Figura 3- Lateral da fabrica.

Fonte: Site da empresa

4.1 Missão da empresa


Criar, desenvolver e comercializar produtos diferenciados, com alto padrão de
qualidade, garantindo aos clientes conforto e prazer em sua utilização.

4.2 Visão da empresa


Manter-se como empresa sólida e bem sucedida dentro dos segmentos de vestuários
em que atua e fortalecer as parcerias melhorando o relacionamento com nossos clientes e
representantes.

Para os próximos cinco anos conquistar novos parceiros no mercado externo e


prestar à estes atendimento de excelência visando um fortalecimento de nossas marcas
Maré Brasil, Vangli e Maré Sport.

4.3 Histórico da empresa

Atuando desde 1976 em Capivari-SP, a Vangli surgiu a princípio fabricando


Cuecas e Pijamas para depois também produzir toda uma linha de produtos Fitness e Moda
Praia, sempre primando pela qualidade dos tecidos desde a escolha dos melhores
fornecedores, cores e estampas que compõe as tendências determinadas pela moda,
atendendo aos mais exigentes clientes dentro de todo território Nacional, criando assim
uma ponte para o mercado externo.

4.4 Principais produtos e serviços

Hoje a empresa alvo conta com quatro linhas de produtos;

44
 Calcinhas Vangli adulto e infantil,
 Cuecas Vangli adulto, infantil e juvenil,
 Maré Sport adulto, uma linha para academia bem diversificada com cores e
modelos diferentes,
 Moda Praia Maré Brasil, a linha praia conta com um leque bem diversificado;
Biquíni Adulto, infantil e juvenil; sunga adulta, infantil e juvenil.

A empresa vende seus produtos pelo site, e também representados por vendedores
em algumas regiões do estado de SP, MG, BA, RJ, RS, RC, PR, e também para alguns
países através da internet.
Como citado acima, a empresa não tem sua produção totalmente direcionado a
moda praia, tem a linha de produção direcionada para cuecas e calcinhas, e também a linha
aeróbica de verão e inverno, isso faz com em períodos de inverno a fabrica de continuidade
em sua produção e não dependa totalmente de produzir só biquíni. Mas mesmo no inverno
a vendas de biquínis continuam para os estados que não fazem frio.

45
Capitulo 5 - Apresentação

5.1 Apresentação dos resultados

Os dados que serão apresentados foram tirados dos questionários aplicados ao dono
da empresa alvo.

1 Sua empresa é exportadora? Desde quando?

Resposta. Sim. Desde 2009.

Ao ser indagado sobre se sua empresa é exportadora e desde quando, o entrevistado


respondeu que SIM, e isso é feito desde 2009, com os produtos da marca Vata, que a
empresa terceiriza seus serviços. Nos dias atuais a empresa exporta seus produtos pelo
catálogo virtual na sua pagina da internet.

2 A empresa já exporta para qual país? E qual país é de interesse da empresa exportar?

Resposta. Exporta para EUA e Canada. Com interesse em exportar para os países da
Europa.

A empresa já exportou para alguns países como:


Alemanha: - Braunschweig;
Australia: - Sidney;
Canadá: - Ontário e Vancouver;
Espanha: - Traiguera;
E.U.A: - Doral; Miami e New Jersey;
Itália: - Firenze;
Jordania: - Amman;
Peru: - Lima;
Inglaterra: - United Kingdon;

Muitos desses países citados foram vendas a partir de catálogo virtual, outras
através da feira realizada onde houve o contato internacional.

3Sua empresa tem um departamento especifico responsável pela exportação?

Resposta. Não mais.

46
A empresa contava com um funcionário que cuidava dos processos de exportação,
mas não houve continuidade. Para Minervini (2005) um gerente de exportação é essencial
para uma estrutura da exportação, carga de muita responsabilidade e representa um valor
enorme para empresa para enfrentar o sucesso do mercado.

4 Mesmo exportando com regularidade, quais as dificuldades encontradas?

Resposta. Burocracia envolvendo tramites de despacho.

Em relação às dificuldades encontradas a empresa se deparou com a burocracia


envolvendo os tramite de despacho. Para o despacho de mercadoria Vazquez (2002) relata
que é um procedimento fiscal, que processa o desembaraço da mercadoria ao exterior.
Como foi visto no segundo capitulo a burocracia é exagerada e as dificuldades
inviabilizam o comercio das empresas no exterior, é necessário aprovação de até 12 órgãos
diferentes relacionados a essa atividade.

Mas ainda sim, exportar exigiu muito mais conhecimento da empresa, em relação à
cultura, modelagem internacional, e como foi citado participações em feiras e
investimento.

5 A empresa possui algum apoio a exportação? Por exemplo: Trade, Apex. Se tiver alguma
mais cite, por favor.

Resposta. Apoio da ABIT e APEX.

A empresa teve apoio da ABIT(Associação Brasileira da indústria Têxtil e de


Confecção), e da APEX (Agência de Promoção de Exportação ),órgãos que apoiam a
internacionalização das empresas, as quais levaram as feiras no Brasil (Expo Center- SP),
e afeiras no exterior (Colômbia Moda).

6 O que motivou a empresa iniciar as atividades no comercio internacional?

Resposta. Falta de venda no comércio interno

A falta de venda no mercado interno e a sazonalidade dos produtos (já que parte do
Brasil faz inverno, ai os produtos ficariam estocados), foram pontos fortes que motivaram
a empresa iniciar seu processo de exportação.

Pode se notar que a resposta dada pelo entrevistado está diretamente relacionada ao
motivo de queda de venda interna, que pode ser comprovada pelo autor ROCHA (1973)

47
que diz que é uma forma segura de vender seu produto caso haja queda de vendas no
mercado interno.

7 É normal que algumas empresas encontrem pelo caminho algumas barreiras. Quais foram
as dificuldades encontradas?

Resposta. Colocar sua marca lá fora.

Mesmo com todas as informações necessárias de como exportar, a empresa sentiu


dificuldade no inicio, pois ela precisa mostrar seu produto e sua marca, e para isso é
necessário que a empresa participe de feiras internacionais, mas a exposição internacional
é muito caro, e isso fez com que a empresa só participasse de uma feira internacional.
Como foi visto por Soares (1994) a internacionalização depende de um diagnostico
organizacional, verificar se existe disponibilidade financeira pra investir.
De acordo com o autor MINERVINI (2005) é necessário que a empresa tenha uma carga
mínima de informações, saber quais os problemas encontrará.

8 O conhecimento de algumas ferramentas internacionais são necessários ,como: regras


cambiais, financiamentos, legislação, formas de comercialização, documentação entre outros.
Qual o nível de conhecimento que a empresa tem em relação ao comercio exterior?

Resposta. Tem conhecimento aprofundado sobre o assunto.

A empresa entrevista relata que possui um conhecimento aprofundado sobre o


assunto. Conforme citado na pagina 15 é necessário que a empresa tenha uma carga
mínima de informações, saber quais problemas encontrá, pois muitas empresas não tomam
conhecimentos de todos os processos operacionais e acabam desistindo no meio do
caminho.

9 A abordagem principal do tema desse trabalho é “Quais as dificuldades que o Brasil tem de
colocar nossos produtos no mercado internacional?” , com segmento na confecção têxtil,
mais precisamente em produtos acabados, Biquínis. Para cada país que se tentar exportar
esse tipo de segmento é necessário saber sobre a cultura que cada um tem, foi necessário criar
modelos diferenciados para levar os biquínis (no caso para os EUA e o Canada como foi
citada a cima) para esses países?

Reposta. Foi necessário desenvolver modelo exclusivo para exportação.

48
A diferença cultural também foi um ponto de dificuldade para a empresa. Cada país
segue uma crença, uma cultura diferente, e por isso a empresa deve seguir os costumes de
cada lugar ao confeccionar um biquíni. A empresa entrevistada respondeu ao questionário
que teve que haver mudança na modelagem, pois o que vendia aqui no Brasil não podia ser
vendido na Europa por exemplo. A empresa alvo terceiriza seu serviço para uma marca da
Argentina, então em alguns casos as modelagens vinham de clientes, já que a empresa
além de exportar seu produto com a marca Mare Brasil, também exporta seu serviço de
fabricação que leva outra marca.

Então se observa que para a empresa exportar ela precisa aumentar sua produção,
atualmente a fabrica conta com mão de obra especializada em estilizar os biquínis
brasileiros, remodelar a empresa seria o ponto inicial para tentar exportar, quando se trata
em levar produtos de outra origem para os países com costumes diferentes.

49
Capítulo 6 -Considerações finais

Durante a elaboração desse trabalho pode-se notar a importância de buscar o


entendimento do Comercio Internacional, um tema bastante amplo, mas que foi possível
entender e responder a seguinte pergunta: “Qual a dificuldade que empresa encontrou em
exportar biquíni”, e também elucidar os objetivos principais citados.

Durante as pesquisa podemos comprovar que o setor de moda praia no Brasil é o


maior do mundo, reconhecido internacionalmente por seus modelos ousados, feitos por
grandes estilistas que esnobam seus modelos nas maiores passarelas do mundo.

De acordo com um dos objetivos principais da pesquisa busca-se compreender as


vantagens em inserir a empresa no mercado interno, foi possível esclarecer que vários
motivos estimulam empresas buscarem o comercio internacional, Vazquez (2002), citou
que formar o nome da empresa no mundo é importante, a empresa que tem seu produto
exportado aumenta sua credibilidade no mercado interno.

A pesquisa permitiu encontrar as dificuldades que a empresa alvo teve ao tentar


levar sua marca para fora do país, uma delas foi às barreiras técnicas de exportação, muitos
documentos foram necessários e isso gerou um desconforto para a empresa que não
conseguiu enxergar uma viabilidade para investir nessas questões burocráticas, além de
que não possuía um departamento especializado que pudesse dar todo apoio e garantias do
sucesso do investimento. As barreiras técnicas são documentos necessários para a empresa
que quer exportar.

Entre outras as dificuldades foi possível analisar que maior que a dificuldade
técnica da operação, foi à diferença cultural que entrou em conflito, a empresa alvo teve
que se adequar para poder atender as necessidades do país importador, como foi apontado
por LONGENECKER (Capitulo 2.8) um empreendedor precisa estudar as culturas de
outros países. Mas para tal adequação pode perceber que a empresa estudada talvez não
estivesse pronta para uma exportação de grande porte, pois isso contaria com uma linha de
produção voltada especificamente para atender ao pedido de exportação e isso com certeza
geraria um custo muito maior para a empresa, sem contar uma equipe especializada em
análises e voltada a direcionar o produto para atender a cultura do país importador.

50
A pesquisa evidenciou um ponto muito importante durante o questionário, à
empresa alvo não dispõe de um gerente de exportação, cargo muito importante no processo
de internacionalização de uma empresa, pois é ele cria as oportunidades para empresa,
realiza o estudo de mercado, identifica a forma de ingresso nos mercado. Na atualidade a
empresa alvo só negocia seus produtos pela internet pelo catálogo virtual.

Os resultados gerais permite evidenciar que a empresa alvo conhece o caminho


para entrar nesse mercado, já participou de feiras nacionais e internacionais que levou a
conquistar alguns clientes estrangeiro, tem o apoio dos principais órgãos que ajudam
pequenas empresas rumo ao exterior. Atualmente a empresa não participou de nenhuma
exposição (feiras), esse tipo de recurso é caro, e não superou suas expectativas quanto ao
resultado. Sem duvida alguma, a empresa estudada tem condições em seguir em frente ao
seu proposito, sem deixar de notar a importância de algumas funções dentro da sua
organização para que o caminho até a exportação seja eficiente e eficaz.

6.1 - Limitações do estudo e sugestões para trabalhos futuros

Esse trabalho teve como objetivo apenas averiguar o ponto de dificuldade que a
empresa alvo teve ao iniciar seu processo de exportação. Por isso se limitou ir a fundo à
pesquisa referente à disciplina do Comercio Exterior, um tema bastante amplo que a muito
para ser explorado.

Mas referente o problema em questão, foi possível enxergar através da pesquisa o


ponto principal da dificuldade que a empresa alvo teve no processo de exportação, e vale
ressaltar que o foco da análise se trata na dificuldade da exportação de um produto em um
segmento. Esse estudo teve só como base uma empresa, que não justifica que a empresa
que queira se inserir nesse mercado vai encontrar a mesma dificuldade.

Esse trabalho compõe uma series de informações que podem ser objetos de
pesquisa para a própria empresa analisar os resultados obtidos, e também para futuros
estudos de alunos queiram abordar esse assunto.

51
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confeccoes/obrasil/integra_bia/ident_unico/18659>, acesso em 23 de agosto de 2012.

SEBRAE-MG – Exportação 2005. Extraído via


<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/58115D6303E291D503256FE1004715
81/$File/NT000314CE.pdf> acesso em 23 de 08 de 2012.

53
SOARES, Claudio César. Introdução ao comércio exterior: Fundamentos teóricos do
comercio internacional. São Paulo: Saraiva 2004.

UOL.Com. br extraído via


<http://www2.uol.com.br/modabrasil/moda_praia/nosso_lugar_sol/index2.htm> acesso em 27
de 08 de 2012.

VAZQUEZ, José Lopes. Manual de exportação. 2.ed.- São Paulo: Atlas, 2002.

54
Apêndice
01) Sua empresa é exportadora? Desde quando?

02) A empresa já exporta para algum país? E qual país é de interesse da empresa
exportar?

03) Sua empresa tem um departamento especifico responsável pela exportação?

04) Mesmo exportando com regularidade, quais as dificuldades encontradas? E como a


empresa lida com esses obstáculos?

05) A empresa possui algum apoio a exportação? Por exemplo: Trade, Apex. Se tiver
alguma mais cite, por favor.

06) O que motivou a empresa iniciar as atividades no comercio internacional?

07) É normal que algumas empresas encontrem pelo caminho algumas barreiras. Quais
foram as dificuldades encontradas?

08) O conhecimento de algumas ferramentas internacionais são necessários ,como: regras


cambiais, financiamentos, legislação, formas de comercialização, documentação entre
outros. Qual o nível de conhecimento que a empresa tem em relação ao comercio
exterior?

( ) Nenhum tipo de conhecimento


( ) Algum tipo de conhecimento
( ) Possui um conhecimento aprofundado sobre o mercado alvo

Comentário:

09) A abordagem principal do tema desse trabalho é “Quais as dificuldades que o Brasil
tem de colocar nossos produtos no mercado internacional?” , com segmento na
confecção têxtil, mais precisamente em produtos acabados, Biquínis. Para cada país
que se tentar exportar esse tipo de segmento é necessário saber sobre a cultura que
cada um tem, foi necessário criar modelos diferenciados para levar os biquínis (no
caso para os EUA e o Canada como foi citada a cima) para esses países?

( ) Sim
( ) Não

Comentário:

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