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Texto dramático/teatral

Práticas de Leitura do Texto Literário


Operadores de Leitura do Texto
Dramático
Sonia Aparecida Vido
Pascolati
BONNICI, Thomas e ZOLIN, Lúcia
Osana (org.). Teoria Literária:
abordagens históricas e tendências
contemporâneas. 3ª ed. Maringá:
EDUEM, 2009.
Fenômeno Teatral: texto e espetáculo

• Teatralidade como intrínseca ao ser humano


• Origina-se em rituais: danças tribais, ritos religiosos, cerimônias públicas,
tendência humana de experimentar o mundo por meio do lúdico.
• Aristóteles: a imitação é natural ao ser humano e fonte de prazer.
• Hoje em dia: shows musicais, ritos de igrejas, teatro de rua, publicidade,
simulações de operações policiais, etc.
Teatro, Theatron

• Teatro origina-se do grego theatron = “miradouro, lugar de onde se vê ou se


observa algo, por isso o termo está associado à arte da representação cênica,
indicando também o local onde a representação acontece; visão e observação
implicam a ideia de público, plateia, assistência. Desse modo, o termo teatro é
associado à dimensão espetacular do fenômeno teatral. Já a palavra drama, em
grego, significa ação, remetendo à existência de uma tensão, de um conflito entre
as vontades das personagens e uma consequente dinâmica de causa e efeito
entre suas ações.”
Dupla dimensão

• “Diferentemente dos demais gêneros, o estudo do gênero dramático implica uma


dupla dimensão: o estudo do texto, o que chamamos literatura dramática, e o
estudo do espetáculo, a outra face do fenômeno teatral.”
• “Em sua origem, na Grécia antiga, e conforme teorizado por Aristóteles, o drama
caracteriza-se pelo modo de imitação que prescinde da mediação de uma
instância narrativa, lançando mão de atores que agem diretamente”
• Aristóteles ressalta a importância do espetáculo, mas aponta que o texto, mesmo
sem ser encenado também consegue alcançar sua finalidade artística.
Polêmicas

• A interdependência entre texto e espetáculo é polêmica.


• Anatol Rosenfeld afirma que o texto dramático só se realiza plenamente a partir de
sua encenação.
• Martin Esslin afirma que o que faz o drama ser drama é justamente o elemento que
reside além das palavras: a ação.
• João Roberto Faria afirma que ambas manifestações são autônomas, de modo que a
encenação realça o texto dramático, mas não é fundamental.
• Sábato Magaldi, mais ponderado, afirma que a literatura dramática pressupõe a
representação cênica, mesmo quando ela não se realiza: o espetáculo está
virtualmente inscrito no texto dramático.
A presença virtual do espetáculo

• A “caracterização de personagens e movimento de atores, iluminação e marcações,


gestos e atitudes, tudo vem indicado nas rubricas, também chamadas didascálias ou
indicações cênicas. A lista de personagens, a indicação do cenário, as entradas e saídas
de personagens e até mesmo sugestões de encenação também fazem parte das rubricas,
ou seja, elas correspondem às orientações propostas pelo autor (ou por editores),
destinadas a esclarecer leitores e encenadores.”
• Diferença: o texto é perene, o espetáculo é efêmero.
• O dramaturgo é o autor do texto, o encenador é o autor do espetáculo.
• A criação e circulação do texto depende do dramaturgo, do texto e do leitor. Já a criação
e circulação do espetáculo depende, além do dramaturgo e do texto, de um encenador,
atores, espaço, público, figurino*, cenografia*, música*, iluminação*, sonoplastia*,
coreografia*, etc.
Exemplos de didascálias

• A bruxinha que era boa (Ana Maria Machado)


• Cenário Único: UMA FLORESTA
(Veem-se as cinco bruxinhas em fila e a bruxa-instrutora, de costas. Todas estão
montadas em vassouras. A de costas, que é a bruxa-chefe, apita e as bruxinhas dão
direita-volver. A bruxa-instrutora dá outro apito. As bruxinhas começam a cavalgar em
torno da cena, sempre montadas em suas vassouras. A bruxa-instrutora torna a apitar;
elas param)
• Auto da Compadecida (Ariano Suassuna)
• “esta cena, a partir daqui, é cortável, a critério do encenador”
• “aqui o espetáculo pode ser interrompido, a critério do ensaiador, marcando-se o fim
do primeiro ato”
Pausa para
Platão
e
Aristóteles
Sobre as artes poéticas (criativas)

PLATÃO ARISTÓTELES
• A arte é cópia da cópia (simulacro) • A arte são possíveis interpretações do
• A arte não visa a essência das coisas. É real através das ações humanas
cópia e prejudica o discurso do • Representação do que é possível, não
filósofo. do que é real – verossimilhança.
• A arte é oposta à verdade (os poetas • O homem tem a tendência inata a
seriam banidos de sua cidade ideal) imitar, e disposição inata para o ritmo
e melodia.
Aristóteles, o
primeiro
miçangueiro das
Humanas, prazer!
A Poética, para
Aristóteles
A poesia e suas espécies
Como se realiza a imitação
1.Meios: cores, voz, ritmo, linguagem, etc.
2.Objetos: pessoas elevadas, pessoas vis, etc.
3.Modos: narração e representação
Meios: ritmo, linguagem, harmonia; Objetos: ações, caracteres e
Tragédia paixões de seres elevados; Modo: representação

Meios: ritmo, linguagem, harmonia; Objetos: ações, caracteres e


Comédia paixões de seres inferiores; Modo: representação

Literatura
Meios: ritmo e linguagem; Objetos: ações, caracteres e paixões
Epopeia de seres elevados; Modo: narração e representação
Artes miméticas

Ditirambos e Meios: ritmo, linguagem, harmonia; Objetos: ações, caracteres e


paixões do eu; Modo: narração
Mimos

Aulética Meios: ritmo, harmonia; Objetos: ações, caracteres e paixões

Música
Citarística Meios: ritmo, harmonia; Objetos: ações, caracteres e paixões

Pintura Meios: cores e imagens; Objetos: ações, caracteres e paixões

Dança Meios: ritmo; Objetos: ações, caracteres e paixões


Arte e Poesia
• Arte (tikhne): não as “belas-artes”, mas toda produção artesanal ou industrial
(construção de navios, casas). Era a habilidade para fazer qualquer coisa.
• O que compreendemos como arte era chamado “artes miméticas” – produção da
imitação
• Poesia (poiesis) era a imitação da physis, sendo passível de ser usada em relação
a todas as artes miméticas.
Diferenças entre texto narrativo e texto dramático

NARRATIVA DRAMA
ENREDO Permite multiplicidade de núcleos Concentrado em uma ação nuclear.
narrativos. Pode se desenvolver e se Circunscrito a poucos episódios.
desdobrar em muitos episódios.
PERSONAGENS Podem ser inumeráveis e apresentar Em número reduzido e retratadas com
múltiplas dimensões, sendo possível pinceladas precisas. Traços essenciais,
descrevê-las em pormenores e analisar valores e formas de pensar são revelados
seu íntimo cuidadosamente. por atitudes e pelo diálogo.
TEMPO Pode ser distendido indefinidamente, Reduzido ao necessário para o desenlace
acolhendo antecipações ou flashbacks. do conflito, focalizando as personagens
Possibilita grandes transformações das numa situação bastante específica.
personagens.
Diferenças entre texto narrativo e texto dramático

NARRATIVA DRAMA
ESPAÇO Múltiplo e variado. Pode ser descrito Limitado ao essencial. Organizado em
minuciosamente. função das necessidades do desenrolar da
ação. Geralmente reduzido a um ou dois
ambientes.
RECEPÇÃO Ritmo da leitura solitária. A leitura das indicações cênicas possibilita
a construção imaginária de espaços,
movimentos e caracteres. Prevê a
recepção coletiva pelo público no teatro.
Gênero dramático
• Apresenta o mundo como autônomo, livre da visão determinante de personagens
ou narradores.
• A ação deve obedecer a um encadeamento causal a fim de que a intriga caminhe
coerentemente rumo à resolução do conflito.
Traços estilísticos da obra dramática pura

• Apagamento das figuras do autor e do narrador por meio do diálogo direto entre as
personagens;
• Mecanismo dramático deve desenrolar-se sozinho, por meio da ação das personagens e
sem a interferência de um mediador (narrador);
• Ponto de arranque do texto coincide com o desencadeamento imediato da ação, da qual
apenas os pontos essenciais devem ser retratados;
• Ação deve obedecer a um rígido encadeamento causal;
• Um conflito de vontades desencadeia a ação;
• O drama representa sempre um presente que caminha para o futuro (desenrolar da ação
e seu desfecho);
• As categorias essenciais do drama são ação, diálogo e conflito dramático;
• Respeito às unidades de ação (concentrada no essencial), lugar (preferencialmente único)
e tempo (apenas o necessário para que o conflito chegue ao desenlace).
Drama clássico
• Estabelece-se com o teatro grego e posteriormente é tomado como modelo
durante o Classicismo.
• Shakespeare frequentemente rompia esses modelos e o Romantismo, herdeiro
de Shakespeare, propala a mistura de gêneros e defende a liberdade da criação
literária acima de quaisquer modelos.
Tensão dramática
• Pathos – sofrimento, emoção, circunstância que provoca piedade ou tristeza.
Pauta-se pela distância entre o que é representado e o público (quanto maior a
distância, maior a tensão)
• Problemático – concentra-se em torno de um problema ou de uma ideia. A
tensão é alimentada pela pergunta “por que razão?”
• A tensão dramática também é um elemento essencial ao desenvolvimento da
comédia, com a diferença de que “o autor cômico cria a tensão para desfazê-la
em seguida”.
Dramas limítrofes
• Drama lírico – com expressão poética de sentimentos (O Marinheiro, Fernando
Pessoa)
• Drama épico – Pode lançar mão de expedientes tipicamente narrativos, como a
presença de um mensageiro que relata fatos externos à cena, ou o recurso ao
monólogo, chegando a procedimentos mais explícitos como os utilizados por
Bertolt Brecht na criação do teatro épico.
Teatro épico
• Deve mostrar ações de forma objetiva, de modo que o espectador consiga
manter um distanciamento em relação à ação relatada. Para alcançar esse efeito,
são constantes os cortes e interrupções da ação e nos diálogos, inserindo a figura
do narrador como mediador da ação dramática.
Experimentalismos
• Da possibilidade do diálogo depende a possibilidade do drama
• Exposição da interioridade
• O passado pode entrar em cena
Elementos fundamentais do texto dramático
Ação
• Elemento fundamental do texto dramático; tudo o mais se organiza em torno
dele
• Ler uma peça de teatro é estar diante de uma série de ações não apenas
concatenadas umas às outras, mas uma decorrendo diretamente da anterior. A
conexão entre duas ações permite a progressão da peça.
• Metáfora do jogo de dominó.
Diálogo

• “Falar, no teatro ainda mais que na realidade cotidiana, sempre é agir”


• Pode revelar intenções ou escondê-las, fornecer dados importantes para a
compreensão da intriga e dos próprios personagens
• Interrupções bruscas, silêncios ou insinuações são tão significativos quanto as
palavras.
• O teatro naturalista optava por diálogos curtos e espontâneos. A tragédia clássica
utilizava exposições longas, com pouca possibilidade de réplica.
Conflito dramático
• Compõe, com a ação e o diálogo, o tripé fundamental sobre o qual o drama se
alicerça.
• Origina-se na divergência de vontades entre as personagens.
• O querer de uma personagem e a existência de um obstáculo à realização desse
desejo constituem a forma canônica de conflito no teatro. Para obter o que
deseja, a personagem age e fala com a intenção de manipular os demais para
remover os obstáculos que se interpõem à realização de seu querer.
Conflito dramático
CONFLITO CARACTERIZAÇÃO
Personagem contra ela Forças divergentes coexistem no interior da mesma personagem (dilema)
mesma
Desejo de uma personagem é interditado pela vontade de outra,
Uma personagem
configurando assim um clássico conflito de vontades. O conflito também
contra outra
pode se dar entre concepções de mundo ou valores morais divergentes.
Personagem contra a A personagem infringe uma regra social e corre o risco das sanções
sociedade cabíveis. (O Pagador de Promessas)
Essas forças podem ser o universo, os deuses, forças naturais, o absurdo
Personagem contra
etc. Típico conflito das tragédias clássicas ou de peças do teatro do
forças superiores
absurdo.
Fábula e intriga

• Fábula (mythos) - enredo: o modo como as ações e peripécias são organizadas


pelo dramaturgo
• A divisão do texto em atos e cenas serve aos interesses da fabulação, da
organização da intriga. Optar por três, quatro ou cinco atos, ou mesmo concentrar
a ação em um só ato, está relacionado aos momentos de suspensão no
desenvolvimento da ação. Por vezes a divisão em atos é feita para marcar
mudanças espaciais ou temporais. Quando a peça é dividida em atos, observa-se
geralmente que o final de cada um é marcado por um aumento na tensão e pela
instauração de uma expectativa quanto ao desenrolar da ação, como se o final do
ato deixasse uma questão no ar que pode ser resolvida em acordo ou desacordo
com os interesses do protagonista.
Fábula e intriga

• Construção tradicional: exposição, nó, clímax, desenlace.


• Nem todo texto dramático parte da exposição e chega claramente a um
desenlace. A peça em um ato, por exemplo, tende a já iniciar em um momento de
tensão.
Personagem

• Não é apresentada por uma voz narradora.


• Caracteriza-se por:
• O que a personagem revela sobre si mesma;
• O que a personagem faz;
• O que outros dizem sobre a personagem.
• Alguns dramaturgo tentam intensificar a sensação de independência da
personagem, utilizando, por exemplo, uma linguagem própria do grupo ao qual
determinada personagem pertence.
Espaço/Tempo

• O espaço teatral é multidimensional: arquitetônico, cenográfico e dramatúrgico;


visual e verbal. Por meio das rubricas, o texto prevê a materialização de certos
signos que constituem o espaço cênico, ou seja, aquilo que está materializado e
visível diante dos olhos do espectador (espaço mimético). Mas há também um
espaço extracênico, mediado pela linguagem, o espaço diegético. O discurso das
personagens confere uma existência verbal (não visual) a certos signos; por
exemplos, uma personagem pode apontar discursivamente objetos não presentes
de fato no ambiente. É diegética também a referência a fatos passados fora da
cena ou num tempo distante; a cena tem apenas existência verbal, narrativa.
Espaço/Tempo

• O tempo também pode ser duvidido em tempo cênico e dramático, o primeiro


referindo-se ao tempo do espectador diante do espetáculo (duração da
apresentação) e o segundo ao tempo em que se passa a ação da peça, à
temporalidade dos fatos. Da relação entre essas duas temporalidades – da
representação e da ação representada – surge o tempo teatral.
Espaço/Tempo

• Regra das três unidades (ação, tempo, espaço)


• A ação deve ser única, sem desdobramentos nem intrigas secundárias;
• Não deve ultrapassar o tempo estritamente necessário para que a ação caminhe da
exposição do conflito para seu desenlace;
• Deve utilizar um único espaço em torno do qual toda a ação se desenrole.
• O teatro épico é o que mais foge a essas regras, já que a ação pode se dar em
curvas e saltos, permitindo avanços e recuos temporais
Formas dramáticas
• Tragédia
• Aristóteles: “imitação de uma ação de caráter elevado”, cuja organização seja
coerente e completa e cuja extensão não ultrapasse o tempo necessário para a
passagem da felicidade para a infelicidade.
• Unidade de tempo, unidade de espaço, unidade de ação.
• Imitação se faz a partir de atores, sem mediação de narrador, e deve provocar
catarse – suscitar terror e piedade, tendo em vista a purificação dessas emoções.
Formas dramáticas
• Tragédia
• Partes:
• Prólogo (exposição do conflito que desencadeia a ação trágica)
• Párodo (entrada do coro em cena)
• Episódios (“cenas”, encadeamento das ações e desenvolvimento da intriga)
• Estásimos (cantos corais acompanhados da evolução cênica do Coro)
• Êxodo (desfecho e saída de cena do coro)
Formas dramáticas

• Tragédia
• Os protagonistas estão em embate com o próprio destino (moira) e com a força dos
deuses.
• As noções de moira e ananké (necessidade) apresentam o destino humano como
imutável e mostram o cosmos como algo organizado onde não se pode intervir sob pena
de instalação do caos.
• Procurando guiar-se pelo próprio caráter (ethos), mas subordinado ao gênio mal
(dáimon), o herói incorre na falha trágica (hamartia) impulsionado pela desmedida
(hybris); a conjugação desses elementos envolve o herói num acontecimento
aterrorizante.
• Ao final do evento trágico, a ordem do cosmos deve ser restabelecida.
Formas dramáticas

• Tragédia
• O trágico nasce do confronto do herói com uma fatalidade, inevitável e insolúvel, geralmente
provocada pelo conflito do homem com algo que lhe é superior (princípio moral, preceito
religioso)
• O trágico surge da tensão entre o dever e o querer do herói
• A tragédia clássica deixa de existir quando o homem se assume, na modernidade, senhor de
seu destino.
• O individualismo burguês poupa o herói do confronto com o mundo, tornando o conflito
interno ao próprio sujeito.
Formas dramáticas

• Comédia
• Caminha para o reestabelecimento do equilíbrio
• Seu alvo é o cotidiano de pessoas comuns
• Tendo o riso como um de seus componentes, a comédia lança mão de expedientes
variados para provocá-lo, como:
• Exagero na composição de tipos
• Contraste entre personagens espertas e ingênuas
• Repetição de expressões e situações
• Vocabulário e imagens que apelam para o baixo corporal
• Palavras de duplo sentido ou com conotação maliciosa
• Recorrência de quiproquós (mal-entendidos) e confusões
• Descompasso entre gesto e discurso da personagem
• Inversão de papéis e posições sociais com posterior desmascaramento
Formas dramáticas

• Tragicomédia
• Poderia facilmente acabar em catástrofe, mas chega a um final feliz (Renascimento)
• Mistura o grotesco e o sublime (Romantismo)
• Farsa:
• Remonta aos mistérios medievais, nos intervalo dos quais era inserida para provocar
riso e relaxamento em meio a apresentações sérias.
• Riso grotesco e pouco refinado
• Exagero, obscenidades e escatologia
• O espectador é instado a se sentir superior – o riso é mais cruel do que na comédia
• Comédia “inferior”
Formas dramáticas

• Drama
• Drama burguês – meio do caminho entre tragédia e comédia, coloca em cena o
homem fruto da revolução industrial
• Drama romântico – ruptura de regras de tempo e espaço, mistura de gêneros,
recurso a ações espetaculares
• Drama lírico – com propósito de revelar liricamente os estados da alma, advindo de
formas musicais de teatro (ópera)
• Drama litúrgico – ligado a representações de cenas bíblicas, surgido na Idade Média
• Drama histórico
Formas dramáticas

• Melodrama
• Presença da música para intensificar momentos mais dramáticos.
• Luta do bem contra o mal, maniqueísmo, efeitos cênicos emocionantes
• Amor impossível, bons sendo perseguidos injustamente, triunfo da virtude, punição dos
vilões.
• Reviravoltas, assassinatos, suspense, salvamentos miraculosos
• Mundo idealizado, diferente da realidade
• Muito do que há nas novelas vem desse estilo
Formas dramáticas

• Auto
• Forma predominante no período medieval
• Teatro como evangelização e doutrinação
• Cantos, danças, alegorias (sentimentos e valores como personagens)
• Formas:
• Auto de milagres: sobre a vida de santos
• Auto de mistério: episódios bíblicos
• Auto de moralidade: exaltação do modo de vida cristão
• Auto sacramental: problemas morais e teológicos, sacramentos e outros dogmas
Formas dramáticas

• Commedia dell’arte
• 09 a 12 pessoas, sempre com papeis fixos identificados por máscaras (jovens enamorados, velhos,
criadas, servos – espertos ou estúpidos)
• Improvisos cômicos a partir de um roteiro inicial, criação coletiva dos atores
• Quiproquós, jovens enamorados atrapalhados por velhos libidinosos, “travestimentos”, pobres que
viram ricos, desaparecidos que reaparecem, criados tratantes
• Pierro, Colombina, Arlequim
Recepção do texto dramático
• Ler em silêncio
• Buscar o contexto de produção
• Ler em voz alta
• Identificar o conflito: que quer a personagem? Identificação das
forças atuantes na peça
• Qual o objeto do querer? Quem se opõe ao personagem na busca
desse objeto?
• Observar signos recorrentes (objetos, fala, tom, expressões,
iluminação, etc.)
Características do teatro épico

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