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Setor externo
03
Cenário global
197
Inflação
10
Política
231
Política monetária
28
Atividade econômica
279
Brasil em números
84
Política fiscal
316
10 de dezembro de 2017
137
2
Sumário
Cenário global
Ambiente global continuará favorável para o Brasil em 2018
As principais economias desenvolvidas manterão uma sincronia elevada em 2018, em termos de maior crescimento
econômico e menor inflação. A consolidação de uma maior expansão da atividade e as condições robustas do mercado
de trabalho ainda não gerarão uma maior inflação, mas representam um fator de risco.
O crescimento do PIB nos EUA aumentará em 2018, com a inflação permanecendo relativamente estável. O banco
central dos Estados Unidos manterá a política de alta gradual de sua taxa de juros. A aprovação pelo Congresso da
proposta tributária do governo, que incorpora redução de impostos sobre o setor corporativo e as famílias,
terá impacto benigno, mas incerto sobre o aumento dos investimentos e do consumo.
O PIB da Área do Euro crescerá mais em 2018, beneficiado pelo aumento da demanda externa
e por uma política fiscal mais acomodatícia, permitindo uma expansão da economia acima do seu
potencial, em um cenário de inflação comportada. O Banco Central Europeu interromperá
gradualmente o afrouxamento monetário quantitativo em meados de 2018 e elevará sua taxa
de juros apenas a partir de 2019.
A expansão econômica da China continuará relativamente estável em 2018, com
continuação da lenta migração de um modelo de crescimento com foco em investimentos e
exportações para outro com maior relevância do consumo das famílias. A influência geopolítica
e econômica do governo da China nos mercados emergentes continuará a aumentar nos
próximos anos, com provável ampliação dos fluxos de investimento.
A elevada liquidez financeira continuará a favorecer os mercados emergentes, com
fluxos expressivos de divisas para esses mercados. O Brasil será beneficiado por esse
cenário global benigno, a menos que o desenvolvimento de eventos domésticos em 2018
(e.g., eleições gerais e déficit fiscal elevado) agregue riscos maiores para a economia local.
10 de dezembro de 2017 4
Política – Eleições gerais de 2018
Baixa previsibilidade do resultado da eleição presidencial
A previsibilidade sobre o resultado da eleição para presidente permanecerá baixa, enquanto não forem definidos os
candidatos e formadas as coligações partidárias. Em parte, a formação dessas coligações dependerá dos processos no
Judiciário relativos ao ex-presidente Lula, principal candidato da oposição, que lidera as pesquisas eleitorais, e do
andamento de eventuais investigações sobre os outros candidatos.
Haverá, provavelmente, um número elevado de candidatos à Presidência em 2018, o que torna ainda mais incerto não
apenas o resultado da eleição, mas também o nome daqueles que irão para o segundo turno. O candidato que obter o
apoio da maior parte do Centrão (bloco formado por partidos de centro) e do PMDB, o maior partido em número de
prefeituras, deputados federais e senadores, aumenta muito o seu tempo de campanha no rádio e na TV. O obstáculo é
que o apoio das estruturas partidárias de alguns partidos dependerá de questões específicas de cada Estado, em particular
da construção de apoio para eleições de governador e senador. A provável dispersão dos votos sugere que os dois
candidatos que alcançarem o segundo turno precisam angariar o maior apoio possível dos outros postulantes.
A baixa aprovação do atual presidente indica que alguns partidos poderão deixar o governo em 2018. A redução do
apoio político ao governo e a proximidade das eleições tornarão improvável a aprovação de medidas relevantes no
Congresso em 2018, principalmente aquelas que exigem mudanças constitucionais.
O presidente eleito em outubro de 2018 precisará construir uma base de apoio sólida o suficiente para aprovar já em
2019 diversas reformas estruturais (e.g., reforma da Previdência Social e Tributária) que exigem maioria constitucional.
O governo também precisará avançar na implementação de uma agenda microeconômica, visando elevar a
produtividade da economia e, portanto, o crescimento potencial do País.
10
0 de
de dezembro
dezzem
embro de 2017 5
Atividade econômica
Retomada gradual da atividade continuará em curso em 2018
O crescimento econômico aumentará em 2018, com expansão positiva em todos os trimestres do
próximo ano. Essa dinâmica pressupõe que o ambiente global permanecerá favorável e que o quadro
político não contaminará a economia de forma significativa.
O maior crescimento do PIB em 2018 estará associado, principalmente, à continuação da sólida
expansão do consumo das famílias e à ampliação dos investimentos, após sua contração nos
últimos anos. O crescimento do consumo das famílias em 2018 responderá à manutenção
de condições de crédito favoráveis, à alta da massa salarial real e ao aumento do número
de postos de trabalho. Os investimentos crescerão em 2018 como reflexo da expansão
do crédito para pessoas jurídicas, revertendo o declínio de 2017, e da alta da
confiança de empresários.
A contribuição do setor externo diminuirá ligeiramente, em virtude do aumento
das importações, como reflexo da maior demanda doméstica. A contribuição do
consumo do governo para o PIB será praticamente nula, após vários anos de
contração.
Os principais riscos para a atividade estão associados à: (i) incerteza sobre
a capacidade do governo a ser eleito para o mandato de 2019 a 2022
de reverter o forte desequilíbrio fiscal dos últimos anos; e (ii) manutenção
das condições favoráveis na economia global.
10 de dezembro de 2017 6
Setor externo
Investimento direto no País continuará alto em 2018
O saldo comercial diminuirá em 2018, em função de uma alta das importações mais substancial do que a das exportações.
As importações aumentarão em 2018, devido ao maior crescimento econômico e à hipótese de reduzida depreciação
cambial. A expansão das exportações em 2018 será consequência da alta das vendas externas de manufaturados, reflexo
do maior crescimento global. O aumento das exportações será inferior ao de 2017, devido à menor alta do preço do
minério de ferro e, principalmente, a menores vendas externas de commodities agrícolas, como consequência da redução
da produtividade agrícola. A elevação do déficit em transações correntes nos próximos anos será explicada pelo recuo do
superávit comercial e pela alta do déficit no balanço de rendas e serviços, reflexo da retomada da atividade.
O Investimento Direto no País aumentará nos próximos anos, refletindo, provavelmente, a elevada
liquidez global, a alta demanda por ativos em países emergentes e a expectativa de melhoria dos
fundamentos domésticos no médio prazo. A saída de investimentos em renda fixa será interrompida,
após forte recuo, desde a perda do grau de investimento, da participação de estrangeiros
na dívida mobiliária pública.
A reduzida depreciação cambial em 2018 será função do robusto balanço de pagamentos
e da recente melhoria dos fundamentos da economia. Os principais riscos para a dinâmica da
taxa de câmbio estão associados a eventuais turbulências no cenário global, à deterioração fiscal
adicional e à eventual liderança, durante 2018, de candidatos para presidente com plataformas
dissonantes da agenda de reformas requeridas para estabilizar a trajetória da dívida pública e aumentar
a produtividade e o crescimento do produto potencial.
A não aprovação ao menos de alguma versão de reforma da Previdência Social até meados do
primeiro semestre de 2018 pode levar algumas agências de classificação de risco a reduzir a
nota da dívida soberana do País para um grau ainda mais especulativo.
10 de dezembro
dezem
em
embro
m dee 2017
20
0117 7
Inflação e política monetária
Início de um ciclo de aperto monetário até 2019
A inflação IPCA aumentará em 2018, por conta do fim do choque positivo na oferta de alimentos observado desde
a segunda metade de 2016. A contribuição favorável da atividade econômica para a inflação diminuirá
gradualmente até o fechamento do hiato do produto no início de 2019. A depreciação cambial pouco expressiva, a
ausência de pressões de demanda e a alta persistência inflacionária contribuirão para que a inflação permaneça
próxima do centro da meta em 2018. O aumento da inflação em 2018 será consequência da aceleração de preços
livres e da manutenção de uma alta inflação de administrados.
A inflação de alimentação no domicílio aumentará em 2018, em virtude do fim do efeito benigno do choque de
oferta de alimentos. A ligeira elevação da inflação de bens industriais em 2018 será função, em parte, de condições
mais favoráveis do mercado de trabalho e da retomada da atividade. A inflação de serviços continuará diminuindo
em 2018, por conta da sua elevada inércia e do baixo reajuste do salário mínimo. A inflação de preços
administrados permanecerá elevada em 2018, devido, principalmente, à maior alta das tarifas de energia elétrica.
O Copom manterá a taxa Selic estável na maior parte de 2018. Nossas estimativas de taxa estrutural de juros mais
alta do que o atual patamar e de crescimento potencial baixo explicam, em parte, nossa expectativa de início do
ciclo de aperto monetário no fim de 2018, em um ambiente de inflação crescente e de fechamento do hiato do
produto. Uma deterioração do quadro político doméstico ou do cenário global pode promover uma depreciação
cambial adicional e o consequente aumento da inflação, exigindo a antecipação do ciclo de aperto monetário.
10 de dezembro de 2017 8
Política fiscal
Risco muito alto de não cumprimento do teto dos gastos em 2019
O déficit primário do setor público em 2018 será muito próximo ao de 2017, sendo o principal risco associado à
sua elevada dependência em relação às receitas não recorrentes (e.g., receitas de concessões e de privatização).
O governo será capaz de cumprir em 2018 a regra que impede o crescimento das despesas do governo federal
em termos reais. Não obstante, a menos que a nova legislatura de 2019-2022 no Congresso aprove cortes
expressivos nos gastos obrigatórios já no seu primeiro ano, essa regra dificilmente será cumprida em 2019.
O pagamento de juros como percentual do PIB diminuirá em função do forte corte da taxa de juros e da
diminuição da inflação, apesar do aumento do estoque da dívida pública nos últimos anos. Apesar do
elevado déficit primário, a dívida bruta como proporção do PIB permanecerá estável em 2018, por conta
da antecipação do pagamento ao Tesouro da dívida do BNDES. Em 2019, essa dívida bruta voltará
a aumentar, como reflexo dos resultados fiscais desfavoráveis.
A aprovação da atual proposta de reforma da Previdência Social não estabilizará o déficit
previdenciário como percentual do PIB. O Congresso a ser eleito para o mandato de 2019
a 2022 precisará revisitar o tema já no seu primeiro ano de mandato, para evitar um
desequilíbrio ainda maior das contas públicas nos próximos anos.
A reversão do déficit primário exigirá também a aprovação de uma ampla agenda de
reformas que reduza e flexibilize gastos, incluindo o fim de alguns programas (e.g., abono
salarial), a redução de renúncias tributárias e subsídios, em particular daquelas com custos
nitidamente bem superiores aos benefícios para a sociedade, e o aumento da carga
tributária (e.g., aprovação da CPMF), mesmo que provisoriamente.
10 de dezembro de 2017 9
Global
Maior crescimento global e inflação global mais alta em 2018
O crescimento global aumentará de 2,5% em 2016 para 3,1% em 2017 e 3,3% em 2018. Essa maior
expansão será função da aceleração das economias desenvolvidas, de 2,1% em 2017 para 2,3% em 2018 e
do maior crescimento das economias emergentes, de 4,6% para 4,7%, no mesmo período.
A alta da inflação global de 5,6% em 2017 para 6,4% em 2018 deve-se à expectativa de maior alta de
preços nos países emergentes, notadamente na América Latina.
10 de dezembro de 2017 11
Apreciação do dólar frente às moedas de emergentes em 2018
O dólar tende a se depreciar frente às moedas dos demais países desenvolvidos e a apreciar frente às dos principais
emergentes. A expectativa é de apreciação do Euro para US$ 1,25/ no intervalo de 12 meses, por conta do
significativo crescimento da atividade e do superávit comercial de 3,0% do PIB da Área do Euro em 2018.
As moedas com expectativas de maior depreciação cambial em 2018 são as do México, Rússia e Brasil. A
depreciação cambial no México seria explicada pela incerteza sobre as eleições em julho e sobre eventuais
alterações no Nafta, com possíveis consequências desfavoráveis sobre o crescimento de longo prazo do país.
Rand sul-africano 13,55 13,75 14,00 Foram usadas as moedas dos seguintes mercados desenvolvidos: Área do Euro, Austrália, Canadá, Japão, Noruega, Nova
Zelândia, Reino Unido, Suécia e Suíça. Foram usadas as moedas dos seguintes países emergentes : África do Sul, Brasil, Chile,
1 Moedas em US$/moeda local. Cingapura, Colômbia, Coreia do Sul, China, Filipinas, Hong Kong, Índia, Indonesia, Malásia, México, Rússia, Tailândia, Taiwan e
Turquia.
4,2
3,8
2,9
2,9
2,2
2,1
2,1
1,8
1,7
1,7
1,6
1,5
1,3
Juro real
1,2
1,1
1,0
0,8
0,7
0,6
0,6
0,5
0,5
0,3
0,1
0,0
0,0
0,0
-0,1
-0,1
-0,1
-0,3
-0,3
-0,3
-0,4
-0,8
-0,9
-1,0
-1,6
-1,6
-1,5
-1,9
-2,1
2017 2018
12,3
10,3
Juro nominal
8,0
7,0
7,5
7,0
7,0
6,8
6,8
6,0
6,0
5,8
5,0
4,5
4,4
4,4
4,3
4,3
4,3
3,3
3,3
3,0
3,0
3,0
3,0
2,5
1,9
1,8
1,8
1,5
1,5
1,5
1,5
1,5
1,4
1,4
0,9
0,9
0,8
0,5
0,0
0,0
Taiwan
Peru
do Sul
do Sul
México
Coreia
Brasil
Chile
África
Reino
Unido
Filipinas
Polônia
Rússia
Estados
União
Hungria
Malásia
Unidos
Turquia
China
Tailândia
Colômbia
Índia
Indonésia
Europeia
10 de dezembro de 2017 13
Crescimento do PIB dos EUA aumentará para 2,7% em 2018
O crescimento do PIB dos EUA aumentará de 2,3% em 2017 para 2,7% em 2018, acima da projeção para o
seu crescimento potencial de 1,7%.
A maior expansão econômica em 2018 será consequência da melhora das condições do mercado de trabalho
e redução de impostos sobre as famílias, bem como dos maiores gastos com defesa e do governo com as
obras de reconstrução, após a destruição causada pelos furacões no 2S17. Os investimentos das empresas,
os investimentos no setor energético e a reforma tributária também contribuirão para o maior crescimento do
PIB em 2018, enquanto a participação do setor externo tende a ser nula.
Crescimento do PIB e do PIB potencial dos EUA1 Crescimento do PIB e de seus componentes
(%, frente ao ano anterior) de demanda (%, frente ao ano anterior)
5
Consumo das famílias Investimentos residenciais
10,2 Investimentos corporativos Consumo do governo
4
PIB Exportações líquidas
3
2,7
2
PIB 1,7
potencial 5,5 5,2
1 4,5
3,6
0 2,7 2,7 2,5
2,3
-1 1,4
1,0
0,8 0,5 0,4
-2
-0,2 -0,2 -0,1 -0,1
-0,7 -0,6
-3
1990 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018e 2015 2016 2017e 2018e
1 Produto potencial calculado pelo Congressional Budget Office. Esta é a taxa que não promove aceleração da inflação. Fonte: CBO, FRED, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 14
Corte de impostos em 2018 elevará um pouco a expansão do PIB
O Congresso e o Senado aprovaram nos últimos meses propostas de corte de impostos, tanto para indivíduos
quanto para empresas, com impacto fiscal de US$ 1,5 trilhão por 10 anos. Os projetos precisam ser
compatibilizaos em ambas as Casas e sancionado pelo presidente. Essas medidas têm por propósito estimular a
economia no curto prazo via aumento da demanda agregada e elevar os investimentos no longo prazo.
Estimamos que tais medidas elevem o crescimento do PIB entre 20pb e 40pb em 2018. Apesar da forte redução
de impostos, o efeito na economia será modesto, devido às condições de quase pleno emprego na economia, à
inexistência de restrições de crédito na maioria das famílias impactadas pelas medidas, ao aumento do déficit em
transações correntes e à duração temporária de algumas das medidas.1
Propostas comuns aos projetos em ambas as Casas Taxa média do imposto médio para empresas no G20
Medidas relativas às famílias1 Argentina
Indonésia
Aumento do valor de deduções para o imposto padrão para US$ 12 mil para Estados Unidos
indivíduos, US$ 18mil para chefes de família; e US$ 24 mil para casais. Japão
Redução de impostos, com a Câmara propondo a redução do número de faixas Itália
de tributação para quatro; e o Senado, a redução da alíquota da maior faixa. Índia
Fim de deduções pessoais para dependentes. África do Sul
Aumento do crédito por dependente menor de idade (CTC). Brasil
Fim do Imposto alternativo mínimo (AMT). Rússia
Redução das deduções relativas a impostos estaduais e municipais (SALT) Coreia do Sul
e fim de outras deduções. México
Fim do imposto sobre herança. França
Turquia
Medidas referentes às empresas Chinaa
Redução do imposto para empresas para 20% e fim do imposto alternativo mínimo Austrália 2012
(AMT). As medidas na proposta do Senado só entrariam em vigor em 2019. Canadá
Redução do imposto pago pelas empresas pass-through2. Alemanha 2004
Deduções imediatas de impostos sobre capital até 2023. Reino Unido
Migração para uma tributação territorial e repatriação de receitas externas. 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
1 A maioria das medidas sobre corte de impostos para as famílias proposta pelo Senado expiraria em 2025. Fonte: Congressional
2 Em sua grande maioria, as empresas pass-through são pequenas e têm poucos acionistas, sendo utilizadas para reduzir o imposto de renda desses acionistas. Budget Office, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 15
Aperto das condições do mercado de trabalho nos EUA em 2018
A taxa de desemprego recuou de 4,7% em dezembro de 2016 para 4,1% em outubro de 2017, um dos
patamares mais baixos da série e abaixo da taxa natural de desemprego1 de 4,7%. Ao mesmo tempo, os
salários continuam a aumentar desde 2015, com alta de 2,7% em outubro ante o mesmo mês de 2016.
A taxa de desemprego média em 2018 será de 4,2%, próxima ao seu atual patamar.
Taxa de desemprego e Crescimento do salário médio real
taxa natural de desemprego (NAIRU) 1 (%) (%, T/T-12)
11 4,3
Taxa de desemprego
T/ T-12
10
3,8
9
3,3
8 Acumulado em 12 meses
7 2,8
NAIRU
6 2,3
5
1,8
4
1,3
3
2 0,8
Jan-48 Jan-62 Jan-76 Jan-90 Jan-04 Dez-18e Jun-07 Jun-09 Jun-11 Jun-13 Jun-15 Jun-17
1 Taxa natural de desemprego, aquela compatível com a não aceleração da inflação e o pleno emprego dos fatores de produção, calculada pelo Congressional Budget Office. Fonte: CBO, FRED, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 16
Núcleos de inflação nos EUA aumentarão em 2018
Após três anos consecutivos de recuo, a expectativa Medidas de núcleo para inflação2
de inflação de longo prazo aumentou de 1,7% em (%, acumulada em 12 meses)
3,0
2016 para 2,0% em 2017, nível próximo ao da
meta do Fed.1 Essa elevação deveu-se, sobretudo, 2,5
Núcleo de
à melhora da atividade, às condições mais apertadas Máximo
inflação
2,0
do mercado de trabalho e à expectativa de estímulos
fiscais (e.g., reforma tributária). 1,5
médias aparadas do PCE, núcleo de mediana do Fed de Cleveland e núcleo de médias aparadas 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
do Fed de Cleveland. Fonte: FRED, Fed Cleveland, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 17
Regra de Taylor sugere alta do fed funds de 0,5 ponto percentual
Estimamos que a decisão sobre a taxa de juros básica (fed funds) do banco central dos Estados Unidos (Fed)
nos últimos 40 anos acompanhou, com alguma precisão, a dinâmica prescrita por uma Regra de Taylor, com
desvios em relação ao previsto em apenas alguns anos (entre 2003 e 2004 e no fim de 2016).
Foram calculadas 162 trajetórias para a Regra de Taylor com base em estimativas para a ociosidade da
economia (e.g., hiatos do produto e da taxa do desemprego) e a taxa natural de juros. As projeções para essa
regra indicavam taxa de juros 50 pontos-base acima do patamar do fed funds em novembro de 2017.
Taxa de juros fed funds e a estimativas para o fed funds com base em uma Regra de Taylor (%)
20
Mediana das projeções aponta alta de 0,5pp do fed funds
35
15 25
15
5
10 0
-1,0 -0,5 0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
5
Máximo
fed funds
0
Mediana
Mínimo
-5
Jul-79 Jun-82 Mai-85 Abr-88 Mar-91 Fev-94 Jan-97 Dez-99 Nov-02 Out-05 Set-08 Ago-11 Jul-14 Jan-17
1 Foiadotada uma regra de Taylor dada por: , onde é a taxa natural de juros, é a meta do Banco Central para a inflação (2%), é o núcleo de inflação PCE,
é o coeficiente que mede o impacto da ociosidade da demanda agregada sobre a inflação (foi utilizado =2). | 2Para o cálculo das 162 curvas de juros, foram utilizadas 18 estimativas de ociosidade da atividade e
nove estimativas de taxa natural de juros, todas calculadas pelo Fed de Atlanta. Fonte: Fed Atlanta. © Datastream International Limited Todos os direitos reservados, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 18
Aumento do fed funds de 0,25% no 1T18 e no 2T18
As expectativas dos membros votantes do Fed para o fed funds no fim de 2018 ficaram concentradas em
torno de quatro altas de 0,25% até 2018. Ocorreu um recuo das expectativas mais elevadas para os juros
entre a reunião de junho de 2017 e setembro de 2017. Em junho de 2017, dois dirigentes projetavam juros
de 3,125% e 2,75%. Atualmente, a maior projeção dos dirigentes é de 2,625%.
Para 2018, esperamos duas altas (1T18 e 2T18) de 0,25pp do fed funds. Nossa expectativa de uma menor
taxa de juros nos EUA em 2018, frente à expectativa da maioria dos membros do Fed, deve-se ao aumento
apenas gradual dos núcleos de inflação em 2018.
Projeções de fed funds por cada membro votante em junho e setembro de 2017 (%)
5
Número de votos Projeções
1 4 16 Jun-17 Set-17
4 Mediana – Set-17
3 2,875%
2,688% 2,75%
2,125%
2
0
2017 2018 2019 2020 Longo prazo
Fonte: © Datastream International Limited Todos os direitos reservados, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 19
Desaceleração do afrouxamento quantitativo em 2018
O Fed e o Banco Central Europeu (BCE) em 2018 terão interrompido seus processos de afrouxamento
quantitativo:
O Fed decidiu em setembro de 2017 reduzir seu balanço de aproximadamente US$ 4,5 trilhões, composto por
US$ 2,5 trilhões de títulos públicos (UST) e US$ 1,8 trilhão de títulos garantidos por hipoteca (MBS). A redução iniciada
em outubro de US$ 10 bilhões por mês aumentará em US$ 10 bilhões por trimestre até alcançar a diminuição de
US$ 50 bilhões por mês.
O BCE informou em outubro de 2017 que reduziria suas compras mensais de títulos a partir de janeiro de 2018 de
€ 60 bilhões para € 30 bilhões. O BCE tende a finalizar o seu programa de compra de ativos em setembro de 2018.
A expectativa é que o BCE inicie o processo de alta da sua taxa de juros apenas em meados de 2019.
Balanço do Federal Reserve Board (Fed) Balanço do Banco Central Europeu (BCE)
(US$ trilhões) (€ trilhões)
5 5
4,421 4,371
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
Nov-93 Nov-99 Nov-05 Nov-11 Nov-17 Set-99 Mar-04 Set-08 Mar-13 Set-17
Fonte: Fed, BCE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 20
Política monetária nos países desenvolvidos é um risco para 2018
A redução dos balanços dos bancos centrais de países desenvolvidos e o aumento de suas taxas de juros
diminuirão a alta liquidez global nos próximos anos. A velocidade deste processo será determinante para a
dinâmica da economia global, em particular a das economias emergentes. Uma eventual surpresa inflacionária
exigiria uma alta de juros ou uma maior diminuição do balanço dos bancos centrais, acelerando a normalização
da política monetária e elevando a aversão ao risco.
A maior liquidez global em 2017 possibilitou um ambiente bastante benigno para o Brasil, apesar da
deterioração das contas fiscais e do cenário político incerto. O ritmo de normalização da política monetária nos
países desenvolvidos é uma importante incerteza para a dinâmica dos preços dos ativos financeiros em 2018.
Taxa básica de juros de Taxa de juros dos títulos de 10 anos
de países desenvolvidos (%, ao ano) de países desenvolvidos (%, ao ano)
7 14
Fed Reino Unido
6 12
10
5
BOE 8
4 Estados Unidos
6
3 França
ECB 4
2
2
Japão
1 0
BoJ Alemanha
0 -2
Out-99 Out-02 Out-05 Out-08 Out-11 Out-14 Out-17 Set-89 Set-93 Set-97 Set-01 Set-05 Set-09 Set-13 Set-17
10 de dezembro de 2017 21
Crescimento da Área do Euro aumentará em 2018 para 2,5%
O PIB da Área do Euro crescerá 2,3% em 2017, Crescimento do PIB – Europa
bem acima do esperado no início do ano e de seu (%, ao ano)
crescimento potencial (entre 1% e 1,5%). O Crescimento do PIB Inflação
crescimento do PIB na região aumentará para 2,5% 2017e 2018e 2017e 2018e
em 2018, porque: Área do Euro 2,3 2,5 1,4 1,5
10 de dezembro de 2017 22
França continuará avançando na agenda de reformas em 2018
Os resultados fiscais (i.e., gastos do governo, déficit Indicadores econômicos
da União Europeia, Alemanha e França
fiscal, dívida pública) da França estão entre os piores 96,3 89,0
França Alemanha Euro
na Área do Euro. O governo da França iniciou 10,0 10,0
Resultado primário 68,1
10 de dezembro de 2017 23
Crescimento do PIB de países emergentes relativamente estável
O crescimento médio do PIB dos países emergentes Crescimento do PIB – Países emergentes
permanecerá relativamente estável, alcançando (%, frente ao ano anterior)
Peso (2017) 2015 2016 2017e 2018e
4,7% em 2018, frente aos 4,6% em 2017. América Latina 17,0 0,0 -1,1 1,3 2,5
Argentina 2,2 2,6 -2,2 2,8 3,1
As expansões da atividade da China e da Índia Brasil 7,3 -3,5 -3,5 1,0 2,5
continuarão entre as mais altas em 2018, Chile 0,9 2,3 1,6 1,3 2,4
Colômbia 1,1 3,1 2,0 1,7 2,8
respondendo por uma parte relevante do Equador 0,4 0,2 -1,5 0,7 0,9
crescimento médio do PIB dos mercados México 4,0 2,6 2,3 2,3 2,4
Peru 0,8 3,3 4,0 2,6 4,2
emergentes. Venezuela 0,3 -6,2 -10,0 -8,0 -4,3
Europa e África 13,9 1,1 1,6 3,0 2,7
O crescimento do PIB de países emergentes da Hungria 0,5 3,1 2,0 3,9 4,1
10 de dezembro de 2017 24
Saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo é um risco
O Reino Unido deixará a União Europeia em março Transações correntes no Reino Unido (% do PIB)
de 2019, e vários termos da saída (e.g., imigração, 4
montante financeiro devido ao bloco europeu, 2
fronteira da Irlanda do Norte) ainda não foram
0
definidos. O cenário mais provável é de haver um
acordo de transição com poucas mudanças -2
sujeito às medidas da UE na Organização Mundial Produtos químicos Equip. de transporte Máquinas elétricas 1,7
4,5 4,1 2,4
do Comércio. Além disso, os acordos comerciais da
UE com outros países deixariam, provavelmente, de Minerais e metais
1,9
Açúcares e confeitaria Produtos para animais
24,6 16,2
valer para o Reino Unido. Esse cenário tornaria mais Vestuário Frutas e vegetais Café e chá
difícil o financiamento do elevado déficit em 11,5 11,3 6,1
transações correntes do Reino Unido. Outros prod. agrícolas Couros e calçados Petróleo Manufaturados
4,8 4,2 3,1 2,4
Fonte: Departamento de Estatísticas do Reino Unido, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 25
Piora das condições de crédito na China teria impacto global
O crédito ao setor não financeiro na China aumentou Crédito total ao setor não financeiro (% do PIB)
de 156% do PIB em 2009 para 258% do PIB em Governo Famílias Empresas não financeiras
2017, bem acima da média de países emergentes
(189% do PIB) e próxima à de países desenvolvidos
(268% do PIB). Essa forte alta deveu-se à transição 165
China
166
de uma economia menos dependente do setor externo 136 145 153
121 121 123
e mais do consumo interno, bem como à reação do 97 108
46
governo à crise financeira global em 2007-08. 19 19 26 28 28 31 34 36 40
29 29 34 34 34 35 38 41 44 47
O crédito para empresas representava 165% do PIB
Países emergentes
em 2017 na China, sendo bem superior à média de
países emergentes (104% do PIB) e desenvolvidos 105 104
81 86 91
(87% do PIB). A participação do crédito às famílias no 60 61
72 72 72
crédito ao setor não financeiro na China aumentou de 23 26 27 26 29 30 30 34 37
20
12% em 2009 para 18% em 2017, com recuo do 36 33 41 40 37 39 39 40 45 48
peso dos empréstimos para empresas não financeiras.
Países desenvolvidos
Em linha com os países que enfrentaram crises de 94 90 91 87 86 88 81
90 87
87
crédito, a alta capacidade instalada e a redução do 76
82 76 75 76 74
lucros das empresas são evidências de possível má 83 76 80 69
alocação de recursos e de expansão não sustentável 99 101 105 106 101 112 107
75 78 89
do crédito, o que pode resultar em uma crise no país e
em impactos desfavoráveis para a economia global. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2T17
1 O FMI estima que 14% da dívida corporativa na China em 2015 estava em risco, definida como aquela em que a razão entre as receitas antes do lucros,
impostos, depreciação e amortização não era suficiente para o pagamento dos juros da dívida. Dentre os países que passaram por crises de crédito,
destacam-se: Japão, Tailândia e Espanha. Para mais detalhes, ver: Maliszewski, W. et all (2016) “Resolving China’s Corporate Debt Problem”, IMF, WP 16/203. Fonte: BIS, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 26
Alta sustentável do crescimento do PIB depende da produtividade
O crescimento da produtividade do trabalho em economias desenvolvidas recuou nas últimas décadas. Por
exemplo, a produtividade média dos EUA diminuiu de 1,6% na década de 90 para 1,0% nos últimos 10 anos,
enquanto a do Japão recuou de 3,8% para 0,6%. Essa situação também ocorreu mais recentemente com
algumas economias emergentes, como África do Sul, Brasil e Rússia.
A manutenção de um crescimento global elevado como o de 2018 por período prolongado dependerá da alta
da produtividade do trabalho. A baixa produtividade tanto em países desenvolvidos como em economias
emergentes sugere que o maior crescimento do PIB global de 2017 e 2018 pode ser cíclico.
Produtividade do trabalho em países desenvolvidos Produtividade do trabalho em países emergentes
(%, média geométrica móvel de 10 anos) (%, média geométrica móvel de 10 anos)
10 14
9 12
Japão China
8 10
7
8
6 Hong Kong Coreia do Sul Índia
França 6
5
4
4
Alemanha 2
3 Estados Unidos
2 0
Brasil
Reino Unido África do Sul
1 -2
Canadá Rússia
0 -4
1960 1968 1974 1980 1986 1992 1998 2004 2010 2016 1960 1968 1974 1980 1986 1992 1998 2004 2010 2016
Fonte: Conference Board, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 27
Política
Aprovação do presidente Michel Temer é a menor da série
A aprovação do governo do presidente Michel Temer (avaliação “ótima” ou “boa”) foi de 5% no 4T17, a menor
da série histórica iniciada em 1986. A melhor aprovação de um governo foi obtida pelo ex-presidente Lula, no
fim de seu segundo mandato: 80% dos entrevistados consideravam o seu governo como bom ou ótimo.
Avaliação do governo
(% dos entrevistados que atribuíram avaliação “boa” ou “ótima”, por trimestre)
80 80
Lula 2
70
60
57 l 1
Lula
50
40 Dilma 1
40
40
FHC 1
30
22
20 FHC 2
Fernando
12 Collor 12
10 10
Michel Itamar
Dilma 2 5 Franco
Temer
0
1T 2T 3T 4T 5T 6T 7T 8T 9T 10T 11T 12T 13T 14T 15T 16T
Fonte: CNI/Ibope, Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 29
Desaprovação do presidente Michel Temer é disseminada
A desaprovação do governo do presidente Michel Temer é alta em todas as regiões do País, em todas as
faixas etárias e em todas as classes de renda familiar. O atual presidente tem menor aprovação, em
comparação com a média da população, entre as mulheres e os eleitores de renda mais baixa.
Avaliação dos governos Dilma e Temer por região Avaliação do governo Temer
(% dos entrevistados que atribuíram avaliação (%)
“boa” ou “ótima”)
Por Gênero e Faixa Etária
Norte/ Centro-Oeste Sudeste Ótimo 3 4 1 3 4 1 3 2 1 4 1 4
Bom 16 13 16 14 15 15
20 20
Regular 17
16 16 13 14 12 19 21 21 17 18 17
13 13 Ruim 20
10
9 8 8 7 6 7 6
4 4 Péssimo 58 63 59 63 60 54
3 54 56
Não sabe/
Não respondeu 3 2 4 2 3 3 2 5
Set-15
Set-16
Set-17
Set-15
Set-16
Set-17
Jun-16
Jun-17
Jun-17
Jun-16
Mar-16
Mar-17
Mar-16
Mar-17
Dez-15
Dez-16
Dez-15
Dez-16 Total M F 16 a 24 25 a 34 35 a 44 45 a 54 55 e +
Gênero Faixa etária
Dez-15
Set-16
Dez-16
Set-17
Set-15
Dez-15
Set-16
Dez-16
Set-17
Jun-16
Jun-17
Jun-16
Jun-17
Mar-16
Mar-17
Mar-16
Mar-17
Não respondeu 3 4 3 1
Total Até 1 de 1 a 2 2a5 5 a 10
Renda familiar (salários mínimos)
Dilma Temer
Fonte: CNI/Ibope, Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 30
Fragmentação partidária continuará alta na Câmara dos Deputados
Os quatro maiores partidos políticos (PMDB, PT, PSDB, PP) respondem por 41% dos representantes da
Câmara dos Deputados. Cerca de 31% dos deputados federais são filiados a partidos que representam
menos de 5% das 513 cadeiras da Câmara.
A fragmentação política continuará elevada na legislatura 2019-2022, mesmo com a cláusula de barreira,
dificultando a construção de apoio no Congresso.
10 de dezembro de 2017 31
Quatro maiores partidos respondem por 60% do Senado
Os quatro maiores partidos (PMDB, PSDB, PT e PP) respondem por 60% das cadeiras do Senado.
Enquanto isso, os partidos da base de apoio ao governo são representados por 57 senadores (70% do total).
A ampla base do governo no Senado tende a oferecer menor dissidência nas votações das medidas de ajuste
fiscal do que na Câmara dos Deputados.
Haverá renovação de dois terços das 81 vagas existentes no Senado Federal nas eleições de 2018.
PSD DEM
PP 4 4
7 PR
4 PTB
PSDB 2
11 PTC 1
PRB 1
PSC 1
S/Partido
1
PT
Governistas 9 Oposição
57 senadores 24 senadores
PSB 4
PMDB
22 PDT 3
PODE 3
81 PROS 1
PCdoB 1
senadores
REDE 1
PPS 1
Fonte: Senado Federal, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 32
PT perdeu mais deputados que outros partidos desde 2014
PT, PTB, PSDB, PMDB e PROS foram os partidos Composição partidária nas eleições para a
que mais perderam deputados na Câmara dos Câmara dos Deputados (513 deputados eleitos)
Deputados desde a eleição de 2014. 7 15 22 17 13 11
PSC
PPS
12 10 PV 12
O número de deputados do PODE, PP e DEM 31 12 13 16
PMN
PCdoB
26 13 15
aumentou, respectivamente, 12, 8 e 8 cadeiras entre 25
21 22 22
25 21 PTB
PDT
19
2014 e 2017. 24 27 21 29 DEM
-53
1998 2002 2006 2010 2014 2017
-76 1 O PT do B e PTN mudaram de nome e passaram a ser denominados AVANTE e Podemos,
Fonte: Câmara dos Deputados, Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse respectivamente. Assim, para 2014, consideramos o número de deputados do PT do B e do PTN.
10 de dezembro de 2017 33
PT foi o partido que mais perdeu senadores desde 2014
O número de senadores do PSD, PODE, PMDB, PP e PSDB aumentou em 11 cadeiras desde as eleições
de 2014. Enquanto isso, PT, PTB, DEM, PSB e PR perderam 11 cadeiras no período.
-3
25 24 22
20 19 20
-4
1995-1999 1999-2003 2003-2007 2007-2011 2011-2015 2017 PT PTB DEM PSB PR PSDB PP PMDB PODE PSD
1 O DEM surgiu a partir do antigo PFL. Assim, consideramos os senadores do PFL na legislatura de 1995-1999.
2 PDT e PC do B também tiveram variação de -1, e PTC, REDE e PROS tiveram variação de 1. Fonte: Senado Federal, Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 34
Data-limite para registro de candidatos em 15 de agosto de 2018
O processo eleitoral começará em abril de 2018, com a desincompatibilização dos candidatos que ocupam
cargos do poder executivo, com exceção dos candidatos à reeleição. O candidato precisa estar filiado ao
partido pelo qual concorrerá até 7 de abril. O registro das candidaturas ocorrerá até 15 de agosto; e a
propaganda gratuita no rádio e na televisão, somente a partir de 31 de agosto.
Cronograma das eleições de 2018
10 de dezembro de 2017 35
Campanha eleitoral de 2018 será mais curta do que anteriores
As Leis 13.165/2015 Tema Eleição de 20181 Até a eleição de 2014
e 13.488/2017 Filiação Seis meses antes das eleições Um ano antes das eleições
alteraram algumas Domicílio eleitoral Seis meses antes das eleições Um ano antes das eleições
Seis meses antes das eleições Um ano antes das eleições
normas eleitorais Registro de partido
Janela de 30 dias para desfiliação sem perda do mandato, no Perda de mandato para o detentor do cargo que se
que vigoraram até a Desfiliação
sétimo mês que antecede as eleições. desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Gastos com combustíveis, motorista particular, telefonia, alimentação e Gastos pessoais com campanha
Gastos pessoais
hospedagem própria dos candidatos ficam dispensados da prestação de contas. devem estar na prestação
10 de dezembro de 2017 38
Tempo do horário eleitoral diminuirá e das inserções aumentará
A campanha eleitoral no rádio e na TV é composta pelo Horário Eleitoral Gratuito e por inserções, que são
propagandas avulsas dos partidos. O total de exposição será de 120 minutos por dia. O Horário Eleitoral diário
diminuirá de 50 min para 25 min por bloco. Será mantida a exibição do programa em dois horários por dia - às
7h00 e às 12h00 para o rádio e às 13h00 e às 20h00 para a TV. O tempo destinado à propaganda para as
candidaturas a presidente e a deputado federal foi reduzido para dois blocos de 12’30’’ para cada grupo em
três dias por semana. O tempo destinado às inserções diárias aumentará de 30 min para 70 min e será
dividido em partes iguais para as campanhas dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais.
Horário Eleitoral Gratuito (tempo por cada um dos 2 blocos diários)
Às terças e quintas-feiras e aos sábados Segundas, quartas e sextas-feiras
Governador
2014 2014 2014 2014 2014
Presidente
7’
9’ 9’
12’30’’ 12’30’’ 14’
18’ 18’
25’ 25’
20181 20181
Deputado federal,
1 Lei 13.165/2015. 2Renovação de 2/3 dos senadores. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse 10 de dezembro de 2017 39
Propaganda eleitoral no segundo turno diminuirá frente a 2014
Caso haja segundo turno nas eleições, as emissoras de rádio e televisão reservarão dois períodos diários de
10’ para a exibição do Horário Eleitoral Gratuito para cada cargo eletivo. Até a eleição de 2014, esse tempo
era de 20’. O tempo de cada bloco diário do programa eleitoral é dividido igualmente entre os candidatos.
O tempo destinado às inserções diárias para cada cargo em disputa aumentará de 15’ para 25’. A inserções
podem ser de 30” ou 60”. O tempo de propaganda eleitoral diário (dois blocos de horário eleitoral + inserções)
para o candidato a presidente diminuirá de 55’ para 45’, com programas de segunda a domingo.
20181 20181
2014 2014
Presidente
Presidente
Candidato A Candidato B
10’ 50% 50%
do tempo do tempo
15’ disponível disponível
20’
25’
20181 20181
Será mantida a exibição do Horário Eleitoral Gratuito
Governador
Governador
2014 2014
em dois horários por dia - às 7h e às 12h para o
10’ rádio e às 13h e às 20h para a TV. As inserções podem
15’ ser de 30” e de 60”, a critério do partido ou da coligação.
Até as eleições de 2014, cada inserção podia ser de até 60”.
20’
25’
Cláusula de barreira (de desempenho): No sistema majoritário por meio de voto distrital,
Restrição aos partidos que não alcançarem o território nacional é dividido em distritos, com
um determinado percentual de votos, no que cada um elegendo um deputado federal. Os
se refere ao funcionamento parlamentar, ao eleitores votam em candidatos de seus distritos,
acesso ao Fundo Partidário e ao horário eleitoral elegendo um único político para representar a
gratuito no rádio e na TV. região por meio de eleições majoritárias, i.e.,
vence a eleição o candidato com maior número de
votos em cada distrito. O número de distritos é
Fim das coligações partidárias em eleições definido de acordo com a quantidade de
proporcionais: Para deputados federais, habitantes de cada Estado. Quando os distritos
estaduais e distrital e para vereadores a partir são os Estados da Federação, o sistema é
das eleições municipais de 2020. denominado distritão.
O sistema distrital misto é uma combinação do
sistema proporcional e do distrital: um percentual
Criação do Fundo Especial de
das vagas é definido por lista fechada
Financiamento de Campanha (FEFC)
preordenada (indicada pelos partidos), e a outra
parte é definida por meio do voto distrital.
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Câmara dos Deputados, Credit Suisse 10 de dezembro de 2017 42
Vários candidatos concorreram à Presidência em eleições passadas
Histórico resumido de potenciais candidatos à Presidência da República nas eleições de 20181
Luiz Inácio Marina Silva Geraldo Alckmin Ciro Gomes
Lula da Silva 59 anos 65 anos 60 anos
72 anos
Partido PT REDE PSDB PDT
Naturalidade Caetés - PE Rio Branco - AC Pindamonhangaba-SP Pindamonhangaba-SP
Escolaridade Ensino fundamental História Medicina Direito
Curso técnico de torneiro (Universidade Federal do Acre) (Universidade de Taubaté) (Universidade Federal do Ceará)
mecânico Pós-graduação Especialização Cursos de economia
(Senai) em teoria psicanalítica em anestesiologia (Escola de Direito da Universidade de
(Universidade de Brasília) (Instituto de Assistência Médica ao Harvard)
Pós-graduação Servidor Público Estadual)
em psicopedagogia
(Universidade Católica de Brasília)
Carreira Presidente do PT Vereadora de Rio Branco, Acre Vereador e prefeito de Deputado estadual do Ceará
no setor (1980-1994) (1989-1990) Pindamonhangaba (1983-1988)
público Deputado federal Deputada estadual do Acre (1973-1982) Prefeito de Fortaleza
(1987-1991) (1991-1994) Deputado estadual de São Paulo (1989-1990)
Presidente da República Senadora por dois mandatos (1983-1987) Governador do Ceará
1º mandato (1995-2011) Deputado federal por dois (1991-1994)
(2003-2006) Ministra do Meio Ambiente mandatos (1987-1994) Ministro da Fazenda
Presidente da República (2003-2008) Vice-governador (1994-1995)
2º mandato de São Paulo Ministro da Integração Nacional
(2007-2010) (1995-2001) (2003-2006)
Governador de São Paulo Deputado federal
(2001-2006) (2007-2011)
Secretário estadual de Secretário estadual
Desenvolvimento de São Paulo de Saúde do Ceará (2013-2015)
(2009-2010)
Governador de São Paulo
(2011 - presente)
1 Ordem de apresentação de acordo com o resultado da pesquisa de novembro de 2017 do Datafolha. Fonte: Sites dos possíveis candidatos e de seus partidos, Câmara, Senado, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 43
Alguns partidos já lançaram pré-candidatos à Presidência
Histórico resumido de potenciais candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018 1
Jair Álvaro Manuela Paulo João
Bolsonaro Dias d'Ávila Rabello Amoêdo
62 anos 73 anos 36 anos 68 anos 55 anos
1 Ordem de apresentação de acordo com o resultado da pesquisa de novembro de 2017 do Datafolha. Fonte: Sites dos possíveis candidatos e de seus partidos, Câmara, Senado, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 44
Experiências diversas entre os possíveis candidatos à Presidência
Histórico resumido de potenciais candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018 1
Joaquim João Fernando Henrique Luciano Jaques
Barbosa Doria Haddad Meirelles Huck Wagner
63 anos 59 anos 54 anos 72 anos 46 anos 66 anos
Carreira Ministro do Supremo Secretário Municipal Ministro da Educação Deputado federal Deputado federal por 3
no setor Tribunal Federal de Turismo (2005-2008) (2002) mandatos (1991-2002)
público (2003-2014) de São Paulo Ministro da Educação Presidente do Banco Ministro do Trabalho
Ministro do Tribunal (1983-1986) (2008-2012) Central (2003 - 2011) e Emprego (2003-2004)
Superior Eleitoral Prefeito de São Paulo Prefeito de São Paulo Ministro da Fazenda Ministro-chefe
(2008) (2017 - presente) (2013-2016) (2016 - presente) da Sec. de Relações
Institucionais (2005-2006)
Governador da Bahia
por dois mandatos
(2007-2015)
Ministro da Defesa
(2015)
Ministro-chefe da Casa
Civil (2015-2016)
Secretário estadual de
Desenvolvimento
Econômico da Bahia
(2017 - presente)
1 Ordem de apresentação de acordo com o resultado da pesquisa de novembro de 2017 do Datafolha. Fonte: Sites dos possíveis candidatos e de seus partidos, Câmara, Senado, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 45
Eleição de 2018 tem algumas semelhanças com a eleição de 1989
Na eleição presidencial de 1989, houve 22 candidatos, número bem superior à média de nove candidaturas das eleições
seguintes. A elevada pulverização levou à eleição para o 2º turno dois candidatos não associados ao governo federal:
Fernando Collor, candidato por um partido com pouca representatividade (PRN), e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Não se
pode descartar cenário similar nas eleições de 2018, com o lançamento de várias candidaturas (e.g., Geraldo Alckmin,
João Doria, Henrique Meirelles e Luciano Huck) com diretrizes econômicas provavelmente similares.
Similaridades entre potenciais candidatos à eleição para presidente em 2018 e candidatos em 1989
2018 1989 Similaridades
Lula Lula Em 1989, Luiz Inácio Lula da Silva disputou as eleições com um discurso fortemente de esquerda. Em 2002, foi eleito com um discurso bem moderado. O discurso
(PT) (PT) que o pré-candidato Lula tem feito nas caravanas pelo País lembra os da campanha de 1989.
Geraldo Mário Covas tinha governado o Estado de São Paulo com um discurso de conciliação nacional e era indicação de consenso dentro do partido para disputar a Presidência da
Alckmin Covas República. Alckmin, atual governador de São Paulo, também será a indicação da quase totalidade do PSDB para a disputa da Presidência. Sua campanha defenderá,
(PSDB) (PSDB) provavelmente, que, como político muito experiente, será capaz de superar a polarização existente no País. Alckmin foi vice-governador de Covas em 1995-01.
Éneas Carneiro era visto como autoritário. Sua campanha defendia o restabelecimento da ordem. Além disso, defendia supostos valores da família tradicional e
Jair Enéas questionava interesses internacionais na demarcação de reservas na Amazônia. O candidato criticava a exportação de nióbio a preço muito baixo, em vez de usá-lo
Bolsonaro Carneiro para desenvolver a indústria. Algumas bandeiras de Enéas têm sido associadas também a Bolsonaro, que já manifestou supostamente que Enéas seria uma de suas
(PEN) (PRONA) maiores influências na política. Em 1989, a campanha tinha 15 segundos em cada bloco do horário eleitoral na TV. Caso Bolsonaro seja candidato pelo PEN, sem
formalizar aliança com outro partido, também terá pouco tempo de exposição na TV, tendo direito a apenas cinco segundos em cada bloco do horário eleitoral.
João Fernando Collor tinha grande capacidade de comunicação e mantinha presença constante na imprensa antes da campanha. Collor conseguiu se posicionar como político avesso
Doria Collor à corrupção e alguém que defendia a sociedade. Foi candidato em um cenário de rejeição aos políticos mais tradicionais. Doria apresentou um discurso sustentado
(PSDB) (PRN) em ser um gestor, e não um político. Desde que se elegeu prefeito de São Paulo, Doria também manteve uma forte presença na mídia, ressaltando as críticas ao PT.
Luciano Silvio Em 1989, o PMB (Partido Municipalista Brasileiro) lançou a candidatura de Silvio Santos um mês antes das eleições. Apesar da forte repercussão, a candidatura foi
Huck Santos barrada pela Justiça Eleitoral. Do mesmo modo, Luciano Huck, também empresário e popular apresentador de TV, tem recebido, supostamente, ofertas de vários
(s/partido) (PMB) partidos para ser candidato à Presidência nas eleições de 2018.
Marina Fernando
Silva Gabeira Fernando Gabeira defendia a proteção do meio ambiente, similar a uma das bandeiras de eventual candidatura de Marina Silva.
(REDE) (PV)
Ciro Leonel Ciro Gomes tem um discurso com viés aparentemente mais nacionalista, similar ao defendido por Leonel Brizola nas eleições de 1989. Assim como Ciro Gomes,
Gomes Brizola
(PDT) (PDT) Brizola também foi candidato pelo PDT.
10 de dezembro de 2017 46
Liderança do ex-presidente Lula nas pesquisas eleitorais recentes
O ex-presidente Lula lidera todas as simulações de intenções de votos no primeiro turno em que sua
candidatura é citada, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro e a ex-senadora Marina Silva.
intenções de votos para as eleições presidenciais para o primeiro turno de 2018
(%, período de 29 a 30 de novembro)
Cenário 1 Cenário 21 Cenário 3 Cenário 4 Cenário 5
Lula (PT) 36 34 36
Outros 3 9 3 8 8
Brancos e nulos 13 12 14 25 27
Não sabe 2 2 2 3 3
1 Diferença desse cenario em relação ao 1o: inclui os candidatos Joaquim Barbosa (5% dos votos válidos), Michel Temer (1%) e Henrique Meirelles (1%). Fonte: Datafolha, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 47
Pesquisas apontam favoritismo do ex-presidente Lula no 2º turno
O ex-presidente Lula lidera todas as simulações de segundo turno. A diferença em relação ao segundo
colocado é menor quando a ex-senadora Marina Silva é a candidata concorrente.
Pesquisas de intenção de votos para o 2º turno das eleições de 2018
(% dos entrevistados – período de 29 a 30 de novembro)
Cenário Lula x Marina Cenário Lula x Bolsonaro Cenário Lula x Alckmin
48 51 52
35 33 30
15 15 16
1 1 1
.
Lula
l Marina Brancos Não Lula
l Bolsonaro Brancos Não Lula
l Alckmin Brancos Não
(PT) (REDE) e nulos respondeu (PT) (PSC) e nulos respondeu (PT) (PSDB) e nulos respondeu
46
32 35 33
28
20
2 4
10 de dezembro de 2017 48
Intenções de votos podem variar muito durante o ano eleitoral
As intenções de votos podem variar bastante entre a 1ª Diferença entre as intenções de votos da 1ª pesquisa
pesquisa eleitoral e a última antes do 1º turno. do ano eleitoral e da última antes do 1º turno (pp)
Considerando a 1ª pesquisa do ano eleitoral e a última 27
antes do pleito de todas as eleições presidenciais a
partir de 1989, o maior aumento entre as duas
pesquisas ocorreu em 1994 (Fernando Henrique 14 14
16
14
Cardoso) e o maior declínio no mesmo ano (Lula).
Máxima
9 8 9
A média das maiores altas de intenções de votos nos
anos eleitorais foi 14pp, e a dos maiores recuos foi de
5pp. A média das variações positivas é maior do que a
das negativas, em função da redução do número de
indecisos, votos brancos e nulos durante o ano eleitoral. Fernando Fernando Fernando Lula Alckmin Dilma Aécio
Collor Henrique Henrique Neves
Intenções de votos em branco, nulos e que não
souberam responder nas últimas eleições -1 -1
-2
(% dos entrevistados) -5 -3
40 -5
Mínima
2014 -9
30
22
21 2010 -15
20
19
10 2006 9
6 Ulysses Lula
L l Enéas Ciro Heloísa José Dilma
0 Guimarães Gomes Helena Serra
Fev Abr Mai Jun Jul Ago Set Última
pesquisa 1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014
Fonte: Datafolha, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 49
Sudeste concentra o maior número de eleitores
O Sudeste concentra 43% dos 147 milhões de eleitores, sendo a região com a maior concentração de
eleitores.
Distribuição dos eleitores por região Distribuição dos eleitores por municípios
Nordeste
25% Capital
39.456.283 (26,9%)
Norte
11.354.081 (7,7%) 58% Interior
Outros municípios da
17% região metropolitana
Centro-Oeste
10.663.235 (7,3%) 31% Até 50 mil habitantes
Sul
21.323.668 (14,6%) 32% Mais de 500 mil habitantes
10 de dezembro de 2017 50
SP, MG e RJ são os Estados que concentram mais eleitores
Distribuição dos eleitores por Estados1 (mil, %)
Pará (PA) Bahia (BA)
9 4
5.513 (3,8%) 10.619 (7,2%)
RR AP
Amazonas (AM) Pernambuco (PE)
17 7
2.340 (1,6%) 6.543 (4,5%)
Rondônia (RO) Ceará (CE)
23 8
1.149 (0,8%) 6.376 (4,4%)
AM CE
Norte
Nordeste
PI PB
Acre (AC) PE Paraíba (PB)
25 13
535 (0,4%) 2.908 (2,0%)
AC TO AL
Amapá (AP) RO Rio Grande do Norte (RN)
26 MT BA SE 15
487 (0,3%) 2.396 (1,6%)
Roraima (RR) Goiás (GO) Piauí (PI)
12 16
27
327 (0,2%) 4.544 (3,1%) DF 2.358 (1,6%)
Centro-Oeste
Sudeste
7.946 (5,4%) 2
SC 15.609 (10,7%)
Rio Grande do Sul (RS)
Sul
10 de dezembro de 2017 52
Dezenove partidos terão menos de 30 segundos no horário eleitoral
Mesmo assumindo que 100% do tempo das inserções para propaganda de eleições majoritárias seja alocado
para o candidato a presidente:
os 16 menores partidos terão menos de 01'30" por dia para propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.
os 12 menores partidos terão menos de 1'00" por dia.
Distribuição por partido do tempo de TV e rádio por dia para a campanha para presidente
Horário Eleitoral Inserções Total (Dois blocos de Horário Eleitoral + Inserções)
Partido Tempo (por bloco1) Tempo máximo2 Cenário I3 Cenário II3
Ter, qui, sáb Seg a dom 100% - presidente 50% - presidente
PDT 0'29" 01'21" 2'19" 1'38"
SD 0'22" 01'03" 1'47" 1'16"
PSC 0'20" 00'55" 1'35" 1'07"
PROS 0'17" 00'48" 1'22" 0'58"
PCdoB 0'16" 00'44" 1'16" 0'54"
PPS 0'16" 00'44" 1'16" 0'54"
PV 0'13" 00'37" 1'03" 0'45"
PHS 0'09" 00'26" 0'44" 0'31"
PSOL 0'09" 00'26" 0'44" 0'31"
PODE 0'08" 00'22" 0'38" 0'27"
PRP 0'07" 00'19" 0'32" 0'22"
PMN 0'07" 00'19" 0'32" 0'22"
AVANTE 0'05" 00'15" 0'25" 0'18"
PEN 0'05" 00'15" 0'25" 0'18"
PTC 0'05" 00'15" 0'25" 0'18"
PSDC 0'05" 00'15" 0'25" 0'18"
PSL 0'04" 00'11" 0'19" 0'13"
PRTB 0'04" 00'11" 0'19" 0'13"
REDE 0'03" 00'08" 0'13" 0'09"
Total 3'23" 9'30" 16'20" 11'30"
1São dois blocos diários. 2 Tempo a ser distribuído entre os candidatos a presidente e a governador. 3 Os cenários I e II correspondem aos casos em que o percentual do tempo destinado pelo partido
ao candidato a presidente é de, respectivamente, 100% e 50%. Na eleição de 2014, as coligações com candidatos a governador em São Paulo destinaram cerca de 50% do tempo das inserções ao
candidato a presidente e 50% ao candidato a governador. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 53
Três maiores partidos terão 37% dos recursos do FEFC
PMDB, PT e PSDB receberão 37% dos recursos Distribuição dos recursos do FEFC
estimados do Fundo Especial de Financiamento de por partido em 2018 (%, R$ milhões)
% no total
Campanha (FEFC) de R$ 1,7 bilhão em 2018. Os PMDB 14,0 238
PT 12,1 205
10 maiores partidos receberão mais de 77% dos PSDB 10,5 179
PP
recursos do FEFC; enquanto os 15 menores, PSD
7,8
6,7 113
132
10 de dezembro de 2017 54
Dez maiores partidos receberão 72% do Fundo Partidário em 2018
Todos os partidos políticos registrados no TSE (35) Estimativa da distribuição dos recursos do Fundo
têm direito a receber parte do Fundo Especial de Partidário por partido em 2018 (%, R$ milhões)
Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo % no total
PT 13,4 118,7
Partidário - FP), que é constituído por: (i) multas e PSDB 10,9 97,2
PMDB 10,7 94,7
penalidades eleitorais; (ii) recursos do Orçamento da PP 6,4 56,9
PSB 6,3 55,6
União; e (iii) doações de pessoa física ou jurídica. O PSD 6,0 53,0
valor do FP aumentou significativamente em 2015 e PR
PRB
5,6
4,5 39,6
50,1 Os 10 maiores partidos
receberão 72%
tem permanecido relativamente estável desde então. DEM
PTB
4,1
4,0
36,7
35,2
do FP em 2018
PDT 3,6 31,8
Destinação dos recursos (%) SD
PSC
2,8
2,6
24,6
23,1
Distribuição dos recursos
do fundo eleitoral
PV 2,1 18,6
Para criação e manutenção PROS 2,1 18,4 em 2018 (%)
de um instituto de pesquisa PPS 2,1 18,2
Para despesas PC do B 2,0 17,8 Divididos igualmente
administrativas 75 PSOL 1,8 16,4 entre todos os partidos
Em programas PHS 1,1 9,5
e campanhas
20 de promoção AVANTE 1,0 8,4 5%
institucionais1 PSL
da participação 0,9 8,3
PRP 0,9 7,5
5 das mulheres
PODE 0,8 7,5
PEN 0,8 7,1 95%
PSDC 0,6 5,7
Valor do Fundo Partidário (R$ milhões) PMN 0,6 5,3
PRTB 0,6 5,2
Multas eleitorais 868 888 PTC
Na proporção dos votos
819 819 0,5 4,2
obtidos na última eleição
Demais fontes 56 81 PSTU 0,3 2,9
350 362 PPL 0,3 2,5 para a Câmara
309 372
197 63 68 58 PCB 0,2 1,9
43 811 738 PCO 0,2 1,4 Partidos que não têm
36
265 286 294 313 NOVO 0,1 1,3 representantes na Câmara
160 REDE 0,1 1,3 nem no Senado
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e PMB 0,1 1,3
1Há limites para gastos com pessoal: 50% para o diretório nacional e 60% para diretórios estaduais Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Câmara, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 55
Gastos nas campanhas eleitorais tendem a diminuir em 2018
As campanhas de 2018 serão financiadas com Gastos totais declarados com campanhas eleitorais
recursos de: (i) Fundo Especial de Financiamento de (R$ milhões)
Campanha (FEFC); (ii) fundo partidário; (iii) doações de 5100 O total de recursos para
2018 pode ser ampliado
pessoas físicas, que não podem superar 10% da sua com doações de PF
receita em 2017; e (iv) autodoação. 3230
2588
O FEFC e o fundo partidário totalizarão R$ 2,6 bilhões Fundo
888
em 2018. As doações de pessoas físicas para a 1450 partidário1
campanha de 2018 precisaria ser de R$ 2,5 bilhões 1700 FEFC
para igualar os gastos declarados em 20141.
2006 2010 2014 2018e
Os gastos com campanhas para os candidatos à
Gastos com as campanhas dos candidatos à
Presidência corresponderam, em média, a 11% dos
Presidência (R$ milhões, %)
gastos das eleições de 2006 a 2014. Assumindo esse
652
percentual para 2018, os recursos disponíveis para a
campanha vindos dos fundos seriam de R$ 291
milhões1, menos da metade dos gastos de 2014. As
doações de pessoa física para as campanhas à 284 291
Os recursos declarados disponíveis para gastos com 2006 2010 2014 2018e
as campanhas eleitorais em 2018 tendem a ser bem Gastos com a campanha presidencial % do total de gastos
inferiores aos de 2014 e próximos aos de 2010. 1Assumindo que todos os recursos do fundo partidário serão utilizados para o financiamento das
campanhas eleitorais. Contudo, parte do fundo partidário é usado para manter as atividades dos
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Credit Suisse partidos, como, por exemplo, manutenção de sedes, pagamento de pessoal, eventos etc.
10 de dezembro de 2017 56
Gastos com campanhas presidenciais são bastante concentrados
O gasto declarado da campanha de reeleição da presidente Dilma Roussef em 2014 (R$ 350 milhões) foi o
maior da série histórica, superando em 54% os gastos do senador Aécio Neves.
Os gastos da campanha presidencial do PT e do PSDB em 2010 e 2014 totalizaram 90% do total de gastos
das campanhas à Presidência1. Em 2006, esses partidos responderam por 99% do total. A ex-senadora
Marina Silva obteve o maior percentual de votos válidos como proporção dos gastos da sua campanha eleitoral.
Votos válidos no 1º turno e gastos com as campanhas Gastos com campanhas eleitorais
dos candidatos à Presidência da República (%) (R$ milhões)
Dilma Rousseff 350
Eleições 2014
Dilma Rousseff
Eleições 2010
54 153
47
37 33 José Serra 107
19
8 Marina Silva 24
1 1
Dilma Rousseff José Serra Marina Silva Demais (6 candidatos) Demais 1
Lula
Eleições 2006
53 49 91
46 42
Geraldo Alckmin 79
1 3 0
7 0 0 Cristovam Buarque 2
Lula Geraldo Alckmin Cristovam Buarque Heloísa Helena Demais (3 candidatos) Demais 1
Gastos (% do total) Votos válidos (%)
1 Os gastos dos dois partidos com a campanha eleitoral no 2º turno contribuíram para um maior gasto dos dois candidatos. O TSE não
disponibiliza a abertura dos gastos de campanha por turno das eleições. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 57
Partidos menores terão mais recursos em 2018 do que em 2014
Caso os recursos disponíveis para as campanhas presidenciais nas eleições de 2014 fossem limitados aos
atuais valores disponíveis para a campanha de 2018, referentes ao Fundo Partidário e ao Fundo Especial de
Financiamento de Campanha (FEFC)1, seria possível apontar que:
Os partidos pequenos teriam tido mais recursos do que em 2014 (e.g. o PSOL teria tido R$ 4,9 bilhões, ante
R$ 0,5 bilhão), enquanto as maiores coligações (dos candidatos Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva) teriam tido
menos recursos. Contudo, a proporção dos recursos destinados aos partidos pequenos continuaria bem inferior à das
maiores coligações.
A coligação da candidata Dilma teria concentrado 42% dos recursos destinados às campanhas presidenciais, 11,4pp a
menos do que a participação dos gastos em 2014. Em relação aos recursos totais destinados para a campanha presidencial,
a participação relativa da coligação do candidato Aécio teria sido ligeiramente menor; e a da candidata Marina Silva, maior.
Gastos com as campanhas eleitorais dos candidatos Distribuição dos gastos com as campanhas
à Presidência da República em 2014 (R$ milhões) eleitorais de 2014 (% do total)
Com recursos dos
Coligações 2014
fundos de 2018 53,7
2014 Recursos dos fundos de 2018
PT, PMDB, PSD, PP, PR, PDT,
Dilma Rousseff2 PRB, PROS, PCdoB 350,2 105,03
42,3
PSDB, SD, PMN, PEN, PTN,
Aécio Neves2 PTC, DEM, PTdoB, PTB 227,4 86,2 34,9 34,7
Marina Silva PSB, PPS, PSL, PHS, PPL, PRP 61,6 36,2
Pastor Everaldo PSC 7,9 7,7
Eduardo Jorge PV 3,5 5,4
Luciana Genro PSOL 0,5 4,9 14,6
Eymael PSDC 0,4 0,9 9,4
José Maria PSTU 0,2 0,5 1,2 3,1
Levy Fidelix PRTB 0,1 0,8
0,5 2,2 0,1 2,0 0,1 1,1
Mauro Luís PCB 0,1 0,4 Dilma Aécio Marina Pastor Eduardo Luciana Demais
Rui Costa PCO 0,0 0,2 Rousseff Neves Silva Everaldo Jorge Genro
1 Esse exercício assumiu que o total dos recursos alocados à campanha de 2014 teria sido igual ao volume programado para a campanha de
2018 e que a destinada à campanha presidencial seria similar ao efetivamente observado em 2014 (13%). 2 Os gastos com a campanha
eleitoral do 2º turno contribuíram para um maior gasto dos dois candidatos. O TSE não disponibiliza a abertura dos gastos por turno das
eleições. 3 Assumimos o limite de gastos para a campanha do candidato a presidente que irá vigorar a partir das eleições de 2018. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 58
Oito partidos têm cerca de 70% dos cargos de eleições majoritárias
Os oito maiores partidos em número de deputados federais (PMDB, PT, PSDB, PP, PSD, PR, PSB e DEM)
concentram: (i) 89% dos governadores; (ii) 81% dos senadores; (iii) 68% dos deputados federais; (vi) 61%
dos deputados estaduais; (iii) 71% dos prefeitos; e (v) 62% dos vereadores.
Deputados federais
26% 27% 11% PSDB 46
PT 9
entre os partidos (%)
Governadores
PT 5 9% PP 46
11%
Senadores
19% 9%
PSDB 11 PSD 38
14% 7%
7% PR 37
22% PSDB 6 9% PP 7 7%
5% 6% PSB 33
4% 5% PSD 4
7% 6% PR 4 DEM 29
11% PP 1 5% PSB 5 32%
11% PSD 2 19%
DEM 4
PSB 3 Demais 167
Demais 3 Demais 15
14%
PT PT 256 14% PT
PSDB 96 17% 5% PSDB 5.346
11% 5% PSDB 803
9% PP 4.840
9% PP 45 14%
Vereadores
9% PSD 4.638
Prefeitos
4% PSD 75 PP 494
7% 9% 8%
4% PR 38 5% PR 3.028
7% 10% PSD 539 6%
PSB 73 PSB 3.484
4% 5% 5%
DEM 42 6% PR 299 DEM 2.900
5% PSB 327
39% 26% 38%
DEM 327
Demais 43 Demais 21.664
Demais 1.620
10 de dezembro de 2017 59
Seis partidos têm mais de 50% da representatividade política
Os seis maiores partidos em número de deputados federais (PMDB, PT, PSDB, PP, PSD e PR) concentram:
(i) 78% dos 27 governadores do País; (ii) 70% dos 81 senadores; (iii) 55% dos 513 deputados federais;
(iv) 51% dos 1024 deputados estaduais do País; (v) 60% dos 5568 prefeitos; e (vi) 51% dos 56.810
vereadores.
Deputados federais
estaduais e municipais 26% 27%
PT 9 11% PSDB 46
Governadores
entre os partidos (%) PT 5
11% 9% PP 46
Senadores
19% 9%
14% PSDB 11 7% PSD 38
7% PR 37
22% PSDB 6 9% PP 7
5%
4% 5% PSD 4
7% PP 1 45%
30% PR 4
22% PSD 2
Demais 229
Demais 6 Demais 24
Vereadores
PP 45 9% PP 4.840
PP 494
Prefeitos
4% 75 9% PSD 4.638
7% PSD 8%
4% PR 38 10% PSD 539 5% PR 3.028
5%
PR 299
50% 49%
40%
Demais 517 Demais 2.214 Demais 28.048
10 de dezembro de 2017 60
Seis partidos têm mais de 50% do fundo eleitoral e do tempo de TV
Distribuição do tempo de TV, fundos eleitorais, filiados e ministérios por partido
Os seis maiores
partidos em número de Horário eleitoral 70’ 67’
PSD PR
+ Inserções (%, PP 56’
deputados federais PSDB
tempo por semana) 7 76
Demais 40’ 38’ 36’
(PMDB, PT, PSDB, PT 10
46
PP, PSD e PR) PMDB
12
12
concentram mais de
333
50% dos recursos Fundos
PSD PR
324
276
destinados às eleições eleitorais1 PSDB
PP
189
(Fundo Partidário e (%, R$ milhões) PT 11 7
66 Demais 166 158
44
Fundo eleitoral de PMDB
13
13
Financiamento de
Campanha), do tempo Número 2,402
PP PSD PR
de propaganda na TV de filiados PSDB 2 Demais 1,585 1,445 1,437
(16.018 filiados) 9 5
e dos ministérios do PT 9 50 799
10
Brasil. PMDB 15 317
Esses partidos
Número 7
respondem por cerca
de ministérios PP PSD PR
de metade dos 16.018 (28 ministérios)2 PSDB 4
filiados a partidos 14
7 74 Demais
2 2
políticos. PMDB
25
43
1
0
PMDB PT PSDB PP PSD PR
1 Fundo Partidário e FEFC. 2 Considerando secretarias e outros órgãos com status de ministério. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral, Câmara dos Deputados, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 61
Apoio do Centrão será importante na campanha para a presidência
A disputa dos partidos com candidatos a eleições majoritárias para formar coligações e, portanto, ter mais
tempo para propaganda eleitoral e mais recursos públicos disponíveis para a campanha eleitoral, tende a ser
bem maior nas eleições de 2018. Isso porque a duração da propaganda nas eleições de 2018 será de apenas
52 dias, frente aos cerca de 90 dias nas últimas eleições gerais, e as doações do setor privado para os gastos
com campanhas tendem a ser bem menores do que no passado.
O papel dos quatro maiores partidos do Centrão, bloco parlamentar informal formado por 13 partidos (PP,
PSD, PR, PRB, PODE, PTB, SD, PSC, PHS, PROS, AVANTE, PEN, PSL) que somam cerca de 225
deputados federais (44% do total), será importante por conta da sua elevada participação no tempo alocado
para propaganda eleitoral na TV e no rádio.
Partidos do Centrão
Fundo Partidário + FEFC Tempo de propaganda
Deputados federais Senadores (US$ milhões) eleitoral (por semana)
PP 46 7 189 40'01"
PSD 38 4 166 38'01"
PR 37 4 158 36'01"
PRB 22 1 106 23'01"
PODE 16 3 51 22'01"
PTB 16 2 93 17'01"
SD 14 0 65 15'01"
PSC 11 1 59 12'01"
PHS 7 0 27 10'01"
PROS 6 0 44 7'01"
AVANTE 6 0 24 5'01"
PEN 3 0 17 4'01"
PSL 3 0 17 4'01"
Total 225 22 994 229'12’’
10 de dezembro de 2017 62
PSDB com apoio do PMDB e Centrão seria bem forte eleitoralmente
Cenário 1: Principais coligações Distribuição das prefeituras por coligação
Coligação PSDB: Formada por PSDB, PMDB, Centrão
(PP, PSD, PR, PRB, PTB, SD, AVANTE), DEM, PPS e PSB.
Coligação PT: Formada por PT e PROS.
10 de dezembro de 2017 63
Divisão do apoio do Centrão tornaria eleição bastante polarizada
Cenário 2: Principais coligações Distribuição das prefeituras por coligação
Coligação PSDB: Formada por PSDB, PMDB,
Parte do Centrão (PSD, PTB, SD, AVANTE), DEM e PPS.
Coligação PT: Formada por PT e Parte do Centrão
(PP, PR e PRB), PSB e PROS.
1Assumimos, em todos os cenários, que: (i) o PSDB formará coligação com o PTB, SD e AVANTE, partidos que o apoiaram nas eleições PT, PP, PR, PRB
de 2014; (ii) o PT terá o apoio do PROS (e do PSB nos cenários 2 e 3); (iii) o REDE formará coligação com o PV, PHS e PSL (e com o PSB, PROS
PSB no cenário 5); (iv) o PEN é apoiado pelo PRP e (v) PODE, PC do B, NOVO, PSDC, PSOL e PRTB lançarão candidatos próprios. 1.529 prefeituras
2 Horário eleitoral (HE): Total de 12’30” por cada bloco diário, três dias por semana. Inserções: 35’00” diários, seis dias por semana.
3Assumindo que os 35’ diários a serem distribuídos entre os candidatos a presidente e a governador sejam distribuídos igualitariamente Fonte: Tribunal Superior Eleitoral,
(50% para cada). 4 O limite de gastos com a campanha à Presidência é de R$ 70 milhões no 1º turno e R$ 35 milhões no 2º turno. Câmara, Senado, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 64
Coligação de centro poderia ser mais forte do que as do PSDB e PT
Cenário 3: Principais coligações Distribuição das prefeituras por coligação
Coligação de Centro: Formada por PMDB,
parte do Centrão (PP, PR e PRB), DEM e PPS.
Coligação PSDB: Formada por PSDB, parte
do Centrão (PSD, PTB, SD, AVANTE).
Coligação PT: Formada por PT, PSB e PROS.
21 PSDB, PSD,
21 Coligação PTB, SD, AVANTE
Coligação PT 59 1.673 prefeituras
PT 33'35" (do total de 5.568)
24 Coligação 24
PSDB 39'02" PT, PSB e PROS
Coligação PSDB 69 1.633 prefeituras
1Assumimos, em todos os cenários, que: (i) o PSDB formará coligação com o PTB, SD e AVANTE, partidos que o apoiaram nas eleições PMDB, PP, PR,
de 2014; (ii) o PT terá o apoio do PROS (e do PSB nos cenários 2 e 3); (iii) o REDE formará coligação com o PV, PHS e PSL (e com o PRB, DEM, PPS
PSB no cenário 5); (iv) o PEN é apoiado pelo PRP e (v) PODE, PC do B, NOVO, PSDC, PSOL e PRTB lançarão candidatos próprios. 2.244 prefeituras
2 Horário eleitoral (HE): Total de 12’30” por cada bloco diário, três dias por semana. Inserções: 35’00” diários, seis dias por semana.
3Assumindo que os 35’ diários a serem distribuídos entre os candidatos a presidente e a governador sejam distribuídos igualitariamente Fonte: Tribunal Superior Eleitoral,
(50% para cada). 4 O limite de gastos com a campanha à Presidência é de R$ 70 milhões no 1º turno e R$ 35 milhões no 2º turno. Câmara, Senado, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 65
Coligação da maioria do Centrão e PMDB seria forte eleitoralmente
Cenário 4: Principais coligações Distribuição das prefeituras por coligação
Coligação de Centro Expandido: Formada por PMDB,
parte do Centrão (PP, PSD, PR e PRB), DEM, PPS e PSB.
Coligação PSDB: Formada por PSDB e parte do Centrão (PTB, SD e
AVANTE).
Coligação PT: Formada por PT e PROS.
10 de dezembro de 2017 66
Fragmentação do centro tornaria o resultado eleitoral mais incerto
Cenário 5: Principais coligações Distribuição das prefeituras por coligação
Coligação de Centro 1: Formada por parte do Centrão
(PP, PR e PRB) e PPS.
Coligação de Centro 2: Formada por PMDB e PSD.
Coligação PSDB: Formada por PSDB, Parte do Centrão (PTB, SD e
AVANTE).
Coligação PT: Formada por PT e PROS.
10 de dezembro de 2017 67
Internet/ redes sociais tendem a ter mais influência sobre eleições
Na comparação com 2013, ano anterior à última eleição, o número de usuários de internet, redes sociais e
WhatsApp aumentou bastante. O número de usuários de internet alcançou 139 milhões em 2017, próximo ao
número de eleitores no Brasil, 147 milhões. Na comparação com 2013, seis vezes mais pessoas utilizam hoje
o aplicativo de troca de mensagens WhatsApp.
O aumento de usuários de internet/redes sociais tende a elevar a influência desses canais nas eleições de
2018. Uma parcela não desprezível da população (36%) afirma que a internet e as redes sociais exercem
muita influência na sua escolha do candidato à Presidência, percentual similar ao da mídia tradicional (35%).
139 Mídia 35 21 42 3
120 Conversa com os amigos 29 29 40 2
100 102
Movimentos sociais 28 26 43 3
86
78 Conversa com parentes 27 29 42 2
61
Partidos políticos 24 22 51 3
Políticos influentes 23 22 52 3
20
Igreja 21 22 54 3
Celebridades 16 19 62 3
Internet Redes sociais WhatsApp Facebook Muita Pouca Nenhuma NS/NR1
Fonte: Ibope, Credit Suisse 1 Pequisa realizada em maio de 2017. 2 Não sabem/não responderam.
10 de dezembro de 2017 68
Presença nas redes sociais dos possíveis candidatos difere muito
O deputado Jair Bolsonaro possui um número significativo de seguidores nas redes sociais, sendo 4,8 milhões
no Facebook e 0,6 milhão no Twitter, bem mais do que quase todos os possíveis candidatos a presidente
(e.g, ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, governador Geraldo Alckmin, prefeito João Doria e ex-senadora
Marina Silva). A exceção é marcada pelo empresário e comunicador Luciano Huck, que tem17,5 milhões de
seguidores no Facebook e 12,9 milhões no Twitter.
O deputado Bolsonaro tem um número expressivo em termos de compartilhamentos e comentários. Já a ex-
senadora Marina e o governador Alckmin são os possíveis candidatos que menos interagem com seguidores.
Por exemplo, suas postagens no Facebook tiveram apenas 8 mil e 53 mil comentários, respectivamente.
Números nas redes sociais dos prováveis candidatos à Presidência
Seguidores Curtidas1 Compartilhamento1 Comentários1
(milhões) (milhares) (milhares) (milhares)
10 de dezembro de 2017 69
TV é principal fonte de informação sobre política para a população
Embora as mídias sociais influenciem a decisão dos eleitores, e a utilização desses canais tenha aumentado
nos últimos anos, a TV continua como a principal fonte de informação sobre política para a população,
exercendo, portanto, influência sobre suas escolhas do candidato à Presidência da República.
TV 69 Facebook 77
Sites de notícias 24 WhastApp 48
Mídias sociais 22
YouTube 21
Jornal 19
Google+ 20
Rádio 17
Instagram 11
Conversa com
parentes e amigos 7
Twitter 7
Blogs 3
SnapChat 1
Demais 13
10 de dezembro de 2017 70
Desgaste dos partidos gerou substituição de seus nomes por slogans
O desgaste da representação político-partidária nos Alterações nos nomes dos partidos políticos
últimos anos estimulou partidos políticos a substituir Fundação Primeira mudança Segunda mudança Eleições 2018
MDB PMDB
seus nomes com “P” (de partido) por slogans. Em 1966 1980
MDB
10 de dezembro de 2017 71
Distritão em 2014 teria eleito 91% dos atuais deputados federais
Um total de 45 deputados dos atuais 513 Deputados que não teriam sido eleitos
pelo distritão em 2014
deputados (9% do total) não teriam sido eleitos para
Nº de dep. que não seriam Nº de dep. % de dep. no Estado que
a legislatura 2015-2018, caso o sistema distritão eleitos pelo distritão na Câmara não teriam sido eleitos
estivesse em vigor na eleição de 2014. O sistema São Paulo 8 70 11%
Minas Gerais 5 53 9%
atual estabelece que o número de votos obtidos por Rio de Janeiro 3 46 7%
uma coligação partidária determine a quantidade de Bahia 1 39 3%
Rio Grande do Sul 3 31 10%
candidatos eleitos por essa coligação. Paraná 3 30 10%
10 de dezembro de 2017 72
Maior alta do número de prefeituras em 2016 foi do PSDB
O PSDB foi o partido com maior crescimento no número de prefeituras nas eleições de 2016, com 105
prefeitos a mais do que na eleição de 2012, seguido do SD, PROS e PSD.
O número de prefeituras do PT diminuiu de 630 nas eleições de 2012 para 255 em 2016. O PT passou a ser
o 10º colocado em termos de maior número de prefeituras em 2016, após ter sido o 3º em 2012.
Distribuição das prefeituras por partido1
791
686
630
495 537 474 497 434 405
304 327 274 296 276 268 298 259 255
122 118
60 50 51 81 79 103 82 86 99 98
0 0
60
50 42
30 24 23 23 22 22
4 PV PPS DEM PSB PTB PT
PSDB SD PROS PSD PC do B PRB PDT PP PMDB PR PSC -1 -4 -8
-29
-39
-375
1 Consideramos apenas os partidos com mais de 50 prefeituras em 2012 ou 2016. Fonte: Sites dos partidos, Tribunal Superior Eleitoral, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 73
Apoio ao governo Temer no Congresso foi alto em 2016 e 2017
O presidente Michel Temer conseguiu votações expressivas na Câmara e no Senado para aprovar diversas
medidas importantes (e.g., limite de expansão dos gastos do governo federal, reforma da legislação trabalhista
e criação da TLP).
Resultado das votações no Congresso
(% de votos em relação ao mínimo necessário para a aprovação1 da medida)
Câmara
Contra +
Rejeitada Aprovada Quórum A favor abstenções
Reforma Trabalhista 124 474 296 178
TLP 177 293 261 32
Reforma Política 125 402 384 18
Teto dos gastos 119 480 366 114
Repatriação 100 138 435 303 132
RRF aos Estados
2 117 436 301 135
DRU 108 427 334 93
1ª denúncia 153 492 263 229
2ª denúncia 146 486 251 235
Senado
Contra +
Rejeitada Aprovada Quórum A favor abstenções
Reforma Trabalhista 127 77 50 27
TLP 133 49 34 15
Reforma Política 118 72 58 14
Teto dos gastos 100 124 76 61 15
Repatriação 152 59 47 12
RRF2 aos Estados 137 66 56 10
DRU 114 70 56 14
1No caso das denúncias, % mínimo para a rejeição do prosseguimento do processo contra o presidente Temer. 2 Regime de Recuperação Fiscal. Fonte: Câmara dos Deputados, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 74
Congresso aprovou medidas para melhorar o ambiente de negócios
O Congresso aprovou uma série de medidas para melhorar o ambiente de negócios, e.g., terceirização
(Lei 13429/2017) e a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), o que contribuirá para elevar o crescimento
potencial da economia no médio prazo.
Terceirização A terceirização pode ser feita em quaisquer atividades da empresa contratante, inclusive na sua atividade principal.
e garantias aos São assegurados aos empregados terceirizados, quando prestarem serviços na contratante, direitos iguais aos dos empregados desta última, no que diz
trabalhadores respeito à alimentação em refeitórios, serviços de transporte, atendimento médico ou ambulatorial e treinamento adequado quando a atividade exigir.
terceirizados Impede que o trabalhador que tenha trabalhado nos últimos 18 meses em uma empresa seja contratado como pessoa jurídica, buscando evitar a "pejotização".
Determina que as convenções e os acordos coletivos de trabalho prevalecem sobre a lei em algumas situações, como na definição de: jornada de
trabalho; banco de horas, adesão ao Programa Seguro-Desemprego, salários e funções; representante dos trabalhadores no local de trabalho; troca do dia de
Acordos e feriado; intervalo intrajornada e prorrogação de jornada em ambientes insalubres sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho.
convenções
Fixou 29 direitos que não podem ser reduzidos ou suprimidos em convenções coletivas: salário mínimo, FGTS, repouso semanal remunerado, horas extras,
coletivas de remuneração de férias, medidas de proteção legal de crianças e adolescentes, aposentadoria, igualdade de direitos entre trabalhadores com vínculo empregatício
trabalho permanente e trabalhadores avulsos, salário-família, aviso prévio, direito de greve e licenças-maternidade e paternidade.
Define que os acordos coletivos entre o sindicato laboral e a empresa sempre prevalecerão sobre as convenções coletivas de trabalho.
Contribuição sindical O desconto da contribuição sindical deixa de ser obrigatório, só podendo ser realizado com autorização prévia do trabalhador.
Jornada de trabalho Poderá ser de 12h com 36h ininterruptas de descanso, respeitando o limite de 44h semanais (ou 48h, com as horas extras) e 220h mensais.
Fixa que as horas extras estão limitadas a duas horas diárias, com valor mínimo adicional de 50% sobre a hora normal.
Jornadas
A compensação de horas extras pode ser feita via banco de horas, que pode ser definido por meio de acordo individual.
extraordinárias
Todas as formas de compensação podem ser alteradas via acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Jornada Duas possibilidades de jornada em regime de tempo parcial: 26h ou 30h por semana (h/ s). Mantém a proibição de horas extras para os casos de 30 h/s,
parcial mas permite a realização de até seis horas extras semanais nas jornadas de 26 h/s. A hora extra terá, pelo menos, 50% de acréscimo sobre o salário-hora normal.
Poderão ser divididas em até três períodos. Um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos, e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos,
Férias cada um. As férias não podem começar nos dois dias anteriores a um feriado ou ao dia de repouso semanal remunerado.
Os acordos coletivos podem determinar a troca do dia de feriado. Por exemplo, um feriado na quinta-feira pode ser transferido para sexta-feira,
Feriados impedindo a folga na quinta e na sexta-feira (dia “enforcado”).
Teletrabalho A prestação de serviços deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.
ou homeoffice O empregador tem a prerrogativa de alterar o regime de teletrabalho para o de trabalho presencial, devendo, para isso, alterar o contrato individual de trabalho.
Multa por não O empregador que mantiver empregado não registrado ficará sujeito a multa de R$ 3 mil por empregado, acrescido de igual valor em cada reincidência.
contratados No caso de microempresa ou empresa de pequeno porte, o valor da multa será de R$ 800,00 por empregado não registrado.
Rescisão Retira a exigência da homologação da rescisão ser feita em sindicatos.
contratual Será na própria empresa, na presença dos advogados do empregador e do empregado.
Fonte: Câmara dos Deputados, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 76
Congresso aprovou várias medidas visando a consolidação fiscal
Desde o início do governo do presidente Michel Temer, o Congresso aprovou diversas medidas para elevar a
arrecadação tributária, diminuir as renúncias tributárias e reduzir gastos públicos, como, por exemplo, limite de
expansão dos gastos do governo federal (Emenda Constitucional – EC – 95/2016) e a DRU (EC 93/2016).
Principais medidas aprovadas no governo do presidente Michel Temer
Limite de expansão dos Estabelece que o crescimento dos gastos primários será de no máximo 7,2% em 2017. A partir de 2018, o valor será
gastos do governo federal reajustado com base na inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior.
Desvinculação das Receitas Prorroga a DRU até 2023, elevando para 30% o percentual de receitas com contribuições sociais que podem ser
da União (DRU) desvinculadas.
Regime de Recuperação Define contrapartidas, como a privatização de empresas estatais e a proibição de aumento das despesas com pessoal,
Fiscal (RRF) para os Estados necessárias para que a União suspenda integralmente o pagamento das dívidas dos Estados por, no máximo, 36 meses.
Programa Regulariza ativos irregulares mantidos no exterior não declarados. No 1º programa, a alíquota cobrada de IR era de 15%,
de repatriação e a multa também de 15%. No 2º programa, a alíquota de IR aumentou para 20%, e a multa, para 20,25%.
Alteração nas regras de Altera as regras de concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez e define a criação de um mutirão de
benefício previdenciário perícias para identificar benefícios fraudulentos.
para reduzir fraudes
Reintegra Revoga o aumento da isenção do programa de incentivo fiscal que beneficia os exportadores em 2018. O programa
devolve aos empresários uma parte do valor exportado em produtos manufaturados via créditos do PIS e Cofins. Uma
alíquota maior representaria uma renúncia fiscal maior.
Programa Especial Permite a regularização do pagamento de dívidas de pessoas físicas e jurídicas com a União,
de Regularização Tributária
(PERT), novo Refis com validade até 14 de novembro.
Instituiu a Taxa de Longo Prazo (TLP) como base para as operações de crédito concedidas pelo BNDES, em substituição
Substituição à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A TLP passará a valer para os financiamentos contratados a partir de 1º de
da TJLP pela TLP janeiro de 2018 e será composta pela variação do IPCA e por uma taxa de juros real prefixada, que equivale ao
rendimento real da NTN-B no prazo de cinco anos.
Fonte: Câmara dos Deputados, Senado Federal, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 77
PEC requer 3/ 5 dos votos nas duas casas legislativas
Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) precisa ser aprovada por 60% dos representantes da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal em dois turnos, após ser aprovada por comissões nas duas Casas.
Principais normas legislativas
Emenda Constitucional (EC) Lei Ordinária (LO) Lei Complementar (LC) Medida Provisória (MP)
3/ 5 Maioria simples Maioria absoluta Maioria Simples
Quórum1
(308 deputados federais (50%+1 dos representantes, (257 deputados federais (50%+1 dos representantes, presentes
e 49 senadores) presentes no mínimo a maioria e 41 senadores) no mínimo a maioria absoluta)
absoluta em cada Casa)
Comissão Especial
CCJC3 CCJC3 1 turno na Câmara
(não tem caráter terminativo)
1 No plenário da Câmara e do Senado. 2 Caso o projeto se inicie na Câmara. 3 Caso seja rejeitada, há possibilidade de recurso de 1/3 Fonte: Constituição Federal, Regimento Interno
dos deputados para ir diretamente a plenário. 4 Isso significa que o projeto não precisaria ser apreciado pelo Plenário da Câmara. da Câmara dos Deputados, Regimento Interno
5 Caso seja rejeitada, há possibilidade de recurso de 1/3 dos senadores para ir diretamente a plenário. do Senado Federal, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 78
Congresso aprovou 97 Emendas Constitucionais desde 1988
Desde a Constituição Federal de 1988, foram Emendas Constitucionais
aprovadas 97 Emendas Constitucionais (ECs). O Emendas Direitos conferidos
Tramitação (Duração
mediana, meses)
Constitucionais
governo FHC aprovou o maior número de emendas (ECs) Ampliação Redução Câmara Senado
constitucionais (35), seguido pelo governo Lula Collor 2 1 0 13,7 6,6
(28). O número de PECs aprovadas é muito inferior Itamar 2 1 0 - 11,1
FHC 1 16 6 9 7,7 3,7
ao de propostas apresentadas no Congresso.
FHC 2 19 10 4 17,4 2,8
Do total de ECs aprovadas desde 1988, 26% foram Lula 1 14 8 4 17,0 5,8
aprovadas em anos eleitorais. Considerando as ECs Lula 2 14 9 1 25,9 1,2
Dilma 1 17 13 2 14,9 3,3
que reduziam direitos (23 no total), apenas três
Dilma 2 8 5 1 10,7 4,0
(13%) foram aprovadas em anos eleitorais. Temer 5 0 3 4,1 2,8
PECs
451
209 164
direitos conferidos
72 70
Impacto em
74%
87 19
16 17
ECs 14 14
8
5
26% 28 30
Anos eleitorais 13
25 ECs Neutro Redução Ampliação FHC 1 FHC 2 Lula 1 Lula 2 Dilma 1 Dilma 2 Temer
Fonte: Câmara dos Deputados, Senado Federal, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 79
Aprovação de uma PEC é mais lenta na Câmara dos Deputados
O tempo de tramitação de uma Proposta de Duração de tramitação de PECs
Emenda Constitucional (PEC) não é preestabelecido. (meses, mediana)
A aprovação mais rápida ocorreu em 4,5 meses, 27,1
enquanto a mais longa, em 154 meses. 22,9
As aprovações de PECs foram mais rápidas no 20,2
18,2
governo do presidente Michel Temer. A duração 14,8
mediana das cinco PECs aprovadas em seu governo 11,4 10,4
foi de 10,4 meses. Os estágios mais demorados de
tramitação de uma PEC são as análises nas diversas
comissões na Câmara dos Deputados. No Senado, FHC 1 FHC 2 Lula 1 Lula 2 Dilma 1 Dilma 2 Temer
a maioria das emendas foi aprovada no plenário em
primeiro e segundo turnos, no mesmo dia.
Duração de tramitação de uma PEC em cada etapa (meses, mediana)
7,0 FHC 1 Lula 1 Dilma 1 Michel Temer
5,5
5,4
4,7 5,4
Total 4,4
4,2 4,2
3,7
3,7 2,6 2,6 2,8
2,1 1,9 1,9 1,4 1,9
1,9 2,1
1,1 0,7
0,5 0,5 0,7 0,6 0,7 0,5 0,0 0,5
0,4 0,4 0,9
0,5 0,5
Câmara - CCJ Câmara - CE Câmara - 1T Câmara - 2T Senado - CCJ Senado - 1T Senado - 2T
Fonte: Câmara dos Deputados, Senado Federal, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 80
Chance de aprovação de PEC impopular em ano eleitoral é baixa
Do total de Emendas Constitucionais (ECs) ECs aprovadas desde a Constituição de 1988
aprovadas em anos eleitorais (25), 68% ampliaram Impacto em direitos conferidos
72
direitos conferidos. Esse número foi de 54% em Redução
anos não eleitorais. Neutro 39
Ampliação
Medidas que ampliam direitos enfrentaram menor 25
13
resistência para aprovação no Congresso. A média 5
17
20
3
anual do número de ECs que ampliavam direitos foi Anos eleitorais Anos não eleitorais
maior em anos eleitorais do que em anos não Média anual
eleitorais. Por outro lado, a média das ECs que Anos eleitorais 2,4
reduziam direitos foi bem menor nos anos eleitorais. Anos não eleitorais
Mediana 2,0 1,8
Isso sugere que PECs que reduzem direitos, por 0,7
1,0 1,0 1,0
serem impopulares, são mais difíceis de serem 0,6 0,4
0,9
aprovadas em anos eleitorais. 0,0 0,0
Neutro Redução Ampliação
Dentre os anos de eleições gerais, 2014 foi o que
teve maior aprovação de ECs ampliando direitos ECs aprovadas em anos eleitorais
(seis). Nenhuma EC com redução de direitos foi Impacto em direitos conferidos 8
aprovada em 2006 e 2010 (eleições anteriores para Redução
presidente). Neutro 5 5
6
Ampliação 4
3 1
1 4 4
2 1
0 0 1 2 1 1 1
1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014
Fonte: Câmara dos Deputados, Senado Federal, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 81
Congresso precisa aprovar medidas fiscais nos próximos meses
O cumprimento da meta de déficit primário para 2018 será ainda mais difícil, caso medidas encaminhadas
pelo governo ao Congresso, tratando da elevação da tributação sobre fundos fechados, reoneração da folha
de pagamentos, postergação de aumentos de gastos obrigatórios, entre outras, não sejam aprovadas.
Medidas com impacto fiscal relevante em tramitação no Congresso
Norma Probabilidade
Medidas Resumo legislativa de aprovação
Tributação sobre fundos de Iguala a tributação de fundos fechados (que são usados normalmente para aplicar grandes valores e que Medida
Alta
investimentos fechados (MP 806/2017) hoje só pagam IR quando são finalizados) à de fundos abertos, o que dará uma receita extra de R$ 6 Provisória
bilhões.
Elevação da contribuição previdenciária
Elevação será progressiva: 11% de contribuição previdenciária para quem recebe até o teto do INSS (hoje Medida
dos servidores federais de 11% para Baixa
em R$ 5.531). Quem ganha mais do que esse valor pagará 14% sobre o excedente ao teto. Provisória
14% (MP 805/2017)
Adiamento do reajuste dos servidores Adiamento para 2019 do reajuste dos servidores públicos que estava programado para janeiro de 2018. O Medida
Média
de 2018 (MP 805/2017) adiamento é válido para servidores federais civis, ativos, inativos e pensionistas. Provisória
Redução dos gastos com O auxílio-moradia, que alcança até R$ 4,3 mil, será pago por, no máximo, quatro anos, e o seu valor Medida
Média
auxílio-moradia (MP 805/2017) reduzido em 25% ao ano, até zerar. Provisória
Mantém a contribuição previdenciária sobre a receita bruta apenas para as empresas de transporte rodoviário
Reoneração da folha de pagamentos Projeto
coletivo, transporte ferroviário de passageiros, construção civil, jornalísticas e de radiodifusão. Para os Alta
(PL 8456/2017) de Lei
demais setores, a contribuição voltaria a ser sobre a folha de pagamento.
10 de dezembro de 2017 82
Reforma Tributária exigirá debate amplo no Congresso
A proposta da Reforma Tributária, de Principais pontos da proposta da Reforma Tributária1
relatoria do deputado Luiz Carlos Hauly Extinção, criação e realocação de tributos
(PSDB-PR), prevê a extinção de dez Extinção: IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep, Cofins, Salário-Educação, Cide Combustíveis, todos
federais; ICMS estadual; e ISS municipal.
tributos e a alta gradual dos impostos sobre
Criação: Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS, sobre valor agregado) e
a renda e o patrimônio. A reforma propõe a Imposto Seletivo (IS, sobre bens e serviços específicos).
substituição desses tributos por apenas dois Realocação: ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e IPVA.
impostos com arrecadação estadual. Competências tributárias passariam a ser as seguintes
A probabilidade de aprovação dessa reforma União: Imposto de Renda (com incorporação da CSLL), Imposto Seletivo, ITR, ITCMD
(arrecadação destinada aos municípios), contribuição previdenciária sobre folha de pagamentos
em 2018 é baixa, em função de sua ampla (empregado e empregador) e outras contribuições e taxas.
abrangência e da rejeição dos congressistas Estados: IBS (com absorção do PIS, Pasep, Cofins, IPI, IOF, Cide Combustíveis, ICMS e ISS,
em discutir projetos dessa natureza em anos exceto em relação às bases tributadas pelo Imposto Seletivo federal), IPVA (arrecadação
destinada aos municípios), contribuição previdenciária e taxas.
eleitorais, ainda mais quando demandam Municípios: IPTU, ITBI, contribuição de iluminação, contribuição previdenciária e taxas.
aprovação por maioria constitucional (60%
Considerações
das duas Casas em dois turnos). Eventuais
IR e CSLL: O Imposto de Renda (IR) incorporará a CSLL. Por essa razão, terá suas alíquotas
projetos de simplificação tributária, e.g., ampliadas, com essa mudança precisando ser feita pela legislação ordinária.
unificação do PIS/Cofins, têm maior IPVA: Apesar de continuar na órbita estadual, o IPVA também terá suas receitas totalmente
direcionadas para os municípios. Serão acrescentadas as embarcações e as aeronaves em sua
probabilidade de aprovação. hipótese de incidência.
IS: Será cobrado sobre petróleo e seus derivados, combustíveis e lubrificantes de qualquer
1 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados); IOF (Imposto sobre Operações origem, cigarros, energia elétrica, serviços de telecomunicações, bebidas alcoólicas e não
Financeiras); CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido); PIS (Programa alcoólicas, veículos automotores terrestres, aquáticos e aéreos, novos, bem como pneus, partes
Integração Social); Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor e peças neles empregados. Lei complementar definiria quais produtos e serviços dessas
Público); Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social); ICMS categorias seriam incluídos no IS; sobre os demais, incidiria o IBS.
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); ISS (Imposto sobre Serviços);
ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação); IPVA (Imposto sobre a ITCMD: Passa para a competência federal, com toda a arrecadação destinada aos municípios.
Propriedade de Veículos Automotores); IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana); ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) Fonte: Ministério da Fazenda, Câmara dos Deputados, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 83
Atividade
Econômica
Fim da recessão no 4T16
O Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE-FGV) identificou que a recessão 2014-2016 durou
11 trimestres, do 2T14 ao 4T16. A contração do PIB acumulada foi de 8,2%, e a recessão foi uma das mais
profundas e longas das últimas décadas. Mesmo as recessões de 1T81-3T83 e de 3T89-1T92 foram menos
extensas em duração, considerando a série dessazonalizada do PIB desde 19801.
Trajetória do PIB em episódios de recessão
(Número-índice dessazonalizado, 100 = trimestre anterior ao início da recessão)
115
Fim da recessão
de 2014-2016
1T03-2T03
110 2T01-4T01
4T08-1T09
1T98-1T99
105 2T95-3T95
100
1T81-1T83
3T89-1T92
95 3T87-4T88
2T14-4T16
90
T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T+6 T+7 T+8 T+9 T+10 T+11 T+12 T+13
1Utilizamos as séries do PIB de 1980 a 1995 do IPEA e das Contas Nacionais Trimestrais de 1996 a 2017. As recessões são definidas pelo Comitê
de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE). Fonte: IBGE, IPEA, FGV, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 85
Diversos fatores contribuíram para a retomada econômica em 2017
A retomada da economia em 2017 após a forte recessão iniciada no 2T14 deveu-se a um conjunto de fatores
endógenos e exógenos, entre os quais: mudança de expectativas em relação à orientação de política
econômica, forte crescimento da safra agrícola e crescimento global mais expressivo.
Medidas de
estímulo ao
consumo (e.g.,
Fatores endógenos
liberação do
FGTS) Aumento da
confiança de
Flexibilização das empresários e
condições financeiras consumidores
e apreciação cambial
Mudança
de orientação Aumento
da política dos salários
econômica reais
Forte recuo
Redução da
inflação
Maior
dos preços de
alimentos
crescimento
Forte Aprofundamento
do PIB
Fatores exógenos
expansão do ciclo de
da safra afrouxamento em 2017
agrícola monetário
Expansão mais
expressiva do PIB
agropecuário
Maior
crescimento
global
10 de dezembro de 2017 86
Forte melhora das condições financeiras no Brasil em 2017
As condições financeiras do País melhoraram significativamente em 2017 frente a 2016, de acordo com o
nosso indicador de condições financeiras¹ (ICF), que reúne as seguintes variáveis financeiras: (i) risco país
EMBI; (ii) Ibovespa; (iii) índice de preços de garantia de imóveis; (iv) volume de crédito bancário; (v) taxa de
câmbio real efetiva; (vi) taxa de juros Selic; e (vii) taxa de juros dos empréstimos bancários.
O indicador sugere uma situação mais favorável em 2017, após forte deterioração das condições financeiras
entre 2014 e 2016. A manutenção do indicador no atual patamar é compatível com a aceleração da atividade.
Matriz de correlação das variáveis financeiras ICF versus crescimento do PIB
(%) (%, T/T-4, normalizado pela média e desvio padrão)
1,2
Embi IBOV Imóveis Crédito Câmbio Selic Juros ICF t-2
Embi 1,00 0,8
-0,4 -0,38
Crédito 0,02 0,13 -0,02 1,00
PIB
Câmbio 0,38 -0,25 -0,14 0,25 1,00 -0,8
1A construção do índice seguiu metodologia similar à implementada no texto IMF Country Report No. 16/349. O indicador é feito por meio de um procedimento conhecido como análise de componentes
principais. O método consiste em transformar um conjunto de variáveis correlacionadas em um grupo de componentes linearmente não correlacionados. O indicador é obtido por meio do 1º componente
principal, que é aquele que explica a maior parte da variância dos dados. As séries foram transformadas quando necessário de forma a torná-las estacionárias. Fonte: Banco Central, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 87
Retomadas foram caracterizadas por forte aceleração do PIB
As recessões nas últimas décadas foram caracterizadas por rápida retomada da atividade após o fim da
recessão. O crescimento médio do PIB nessas retomadas foi de 1,4% ao trimestre nos quatro trimestres após
o fim da recessão, recuando para 1,0% nos oito trimestres após o fim da recessão.
Crescimento do PIB em episódios recessivos1 (%)
Contração do PIB durante os períodos recessivos
1T81 a 1T83 3T87 a 4T88 3T89 a 1T92 2T95 a 3T95 1T98 a 1T99 2T01 a 4T01 1T03 a 2T03 4T08 a 1T09 2T14 a 4T16 Média Mediana
-1,0 -0,7 -0,7 -0,3 -0,8 -0,3 -0,7 -0,8 -1,0 -0,7
-1,4 -1,3 -1,4
-2,8 -3,1
-4,2 -4,6 -4,2
-6,0
-7,7 -8,2
-8,5
2,3
1,4 1,5 1,7 1,4
1,4 1,3 1,2 1,3
1,2
1,1 1,6 1,0 0,9 0,9 0,6 1,0 1,0
0,9
0,7
0,0
4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T 4T 8T
1As recessões são definidas pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE) da FGV.
O valor do crescimento para a atual recessão em quatro trimestres considera nossa expectativa para o crescimento do PIB no 4T17. Fonte: FGV, IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 88
PIB de 4,0% em 2018 com ritmo das retomadas anteriores
O crescimento do PIB de 2,5% em 2018 assume expansão trimestral média do PIB ligeiramente acima do
crescimento do PIB médio desde 1996 de 0,6% ao trimestre. Um crescimento do PIB próximo a 4,0% em
2018 exigiria que a retomada da atividade fosse mais próxima à de recuperações anteriores. O crescimento
médio do PIB foi de 0,7% ao trimestre entre 1T17 e 3T17.
Cenários para o crescimento do PIB em 2018 e 2019
(%, a.a.)
Crescimento anual do PIB em 2018 3,9 Estatísticas do crescimento
3,4
2,9 trimestral do PIB (%)
2,4
1,9
1,4
0,8 Média
Crescimento do 0,3 0,6
desde 1996
PIB em 2018
(T/T-1) 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
0,0 0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 Mediana
Crescimento do PIB em 2019 (T/T-1)
0,8
desde 1996
0,2 0,5 0,8 1,1 1,4 1,7 2,0 2,3 2,6
0,4 1,0 1,3 1,6 1,9 2,2 2,5 2,8 3,1 Média de 8 trimestres
1,0
das retomadas
0,6 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0 3,3 3,6
0,8 2,0 2,3 2,6 2,9 3,2 3,5 3,8 4,2 Média de 4 trimestres
1,4
das retomadas
1,0 2,5 2,8 3,1 3,4 3,8 4,1 4,4 4,7
1,2 3,0 3,3 3,7 4,0 4,3 4,6 4,9 5,2 Média de 8 trimestres da
1,4
recessão do 1T81 a 1T83
1,4 3,5 3,9 4,2 4,5 4,8 5,1 5,4 5,7
10 de dezembro de 2017 89
Dinâmica da atividade será mais positiva em 2018 e 2019
10 de dezembro de 2017 90
Crescimento do PIB de 2,5% em 2018 e 2,3% em 2019
Nosso cenário é compatível com um aumento do crescimento do PIB na comparação com o mesmo trimestre
do ano anterior até o 3T18 e uma desaceleração para patamar mais próximo a 2,3% em 2019.
Dinâmica do crescimento do PIB (%, T/T-4)
8
6 95%
90%
4
50%
2,9 30%
2,6 2,4
2,5 2,4 2,3 2,310%
2 2,2
1,8
PIB
-2
-4
-6
2T11 4T11 2T12 4T12 2T13 4T13 2T14 4T14 2T15 4T15 2T16 4T16 2T17 4T17e 2T18e 4T18e 2T19e 4T19e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 91
Consumo das famílias explicará maior crescimento do PIB em 2018
O aumento do crescimento do PIB em 2018 será explicado, principalmente, pela maior expansão do consumo
das famílias. O maior crescimento dos investimentos também contribuirá para a maior expansão doméstica,
enquanto o consumo do governo será uma restrição para uma dinâmica ainda mais favorável.
Crescimento do PIB pela ótica da demanda (%, a.a.)
PIB
Peso: 100%
7,5
4,0 3,0
1,9 2,5 2,3
0,5 1,0
-3,5 -3,5
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e 2019e
11,7
3,9
6,2
33,6
4,8
3,5
3,5
2,3
3,1
6,8
2,2
5,8
5,0
2,6
2,3
3,5
6,8
10,5
1,5
0,8
1,0
5,0
9,4
4,8
4,7
7,9
0,8
7,2
4,1
5,1
0,5
0,7
2,4
1,9
0,0
0,3
-2,3
-4,2
-1,9
-0,1
-10,3
-0,6
-10,2
-13,9
-3,2
-14,2
-1,4
-1,1
-4,3
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Fonte: IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 92
Ciclo de afrouxamento monetário estimulará a economia em 2018
O ciclo de afrouxamento monetário desde outubro de 2016 contribuirá para a expansão da atividade nos
próximos trimestres. Essa avaliação é corroborada pela estimação de dois modelos SVAR (Structural Vector
Autoregressive Model) e de um modelo VAR (Vector Autoregressive Model) para o Brasil1.
Os modelos sugerem que o impacto de uma redução da taxa Selic sobre o hiato do produto alcança seu efeito
máximo entre três e quatro trimestres.
Resposta do hiato do PIB a uma alta de 100 pontos- Resposta do hiato da absorção doméstica a uma alta
base na Selic (Ponto percentual) de 100 pontos-base na Selic (Ponto percentual)
0,05 0,05
VAR VAR
0,00 0,00
-0,05
-0,05
SVAR completo
-0,10 SVAR completo
-0,10
-0,15
-0,15
-0,20
SVAR restrito
SVAR restrito
-0,25 -0,20
-0,30 -0,25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Trimestres Trimestres
1Os modelos seguem a metodologia de Ouliaris, S., Pagam, A.R. e Restrepo, J. (2016), “Quantitative Macroeconomic Modeling with Structural Vector Autoregressions”, Working Paper, IMF. Os
modelos relacionam as variáveis hiato do produto, hiato da absorção doméstica, inflação, taxa de juros e taxa de câmbio real efetiva, além de duas variáveis exógenas para capturar interações com a
economia global (i.e., hiato do comércio global e Fed funds). As medidas de hiato do produto e de absorção doméstica foram obtidas com a aplicação da decomposição de Beveridge Nelson e
consideraram modelos AR(4) e um horizonte temporal de 12 trimestres para a previsão fora da amostra. A absorção doméstica é composta pelo consumo e os investimentos.
Fonte: Banco Central, IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 93
Setor externo contribuirá negativamente para o PIB em 2018
O setor externo contribuirá negativamente para a expansão do PIB em 2018 e 2019, após sua significativa
contribuição entre 2014 e 2016. O padrão de crescimento do PIB de 2018 e 2019 tende a ser similar ao de
períodos em que o aumento da demanda doméstica foi acompanhado pela alta das importações.
Decomposição do crescimento do PIB (%, pp, acumulado em 4 trimestres)
9,9 10,0 Demanda doméstica Setor externo
8,7
1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018e 2019e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 94
Consumo do governo crescerá pouco em 2018, mesmo com eleições
O crescimento do consumo do governo aumentou nos anos de eleições presidenciais desde 1996. A
expansão média foi de 3,1% ao ano nas cinco eleições desse período, ante 1,5% nos anos sem eleição
presidencial. O resultado é igual, mesmo controlando pelo padrão cíclico. O PIB cresceu mais do que o
consumo do governo em 0,5 ponto percentual nos anos sem eleição, contra uma diferença nula em anos
eleitorais. Apesar desse padrão dos últimos anos, o crescimento do consumo do governo será nulo em 2018,
como resultado da atual limitação fiscal.
Crescimento do consumo do governo (%, a.a.)
-2,1 2,9 1,2 -4,5 1,2 0,8 0,5 -1,9 -1,2 -0,4 -2,0 -3,0 3,1 -3,6 -1,8 0,4 -1,5 0,3 2,1 3,4 -1,6
-0,2 -0,1
-0,6
-1,4
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 95
Menor contribuição do governo e das exportações na atual retomada
O padrão de recuperação da atividade no Brasil nas recessões de 1996 até 2014 tem sido caracterizado por
uma alta contribuição das exportações, que explicaram o início do processo de retomada. O consumo das
famílias e do governo também contribuiu para a retomada da atividade, com os investimentos sendo o último
componente da demanda a registrar reação. Ao contrário dessas retomadas mais recentes, a atual
recuperação tem sido mais gradual. A menor expansão da economia global em relação a outros processos de
retomada e a necessidade de implementação de forte redução dos gastos públicos sugerem uma menor
contribuição das exportações e do consumo do governo na atual recuperação.
Padrão de retomada dos componentes de demanda
(Número-índice com ajuste sazonal, T= início da recessão, mediana das recessões entre 1996 e 2014)
Exportações Consumo das famílias Investimentos Governo
125 124,7 107 105 107
106,6
Mediana 101,3 106 106,1
105 100
120 Mediana
117,4 105
Mediana 103
95 Mediana
115 104
101
90 103
110 99
85 102
97
105 Atual 101
80
Atual 95
94,3 Atual 100
100 75 Atual
93 99
72,9 98,4
95 91 70 98
T-1 T+1 T+4 T+7 T+10 T+13 T-1 T+1 T+4 T+7 T+10 T+13 T-1 T+1 T+4 T+7 T+10 T+13 T-1 T+1 T+4 T+7 T+10 T+13
Fonte: IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 96
Carregamento estatístico do PIB bem baixo para 2018
Assumindo nossa previsão para o crescimento do PIB no 4T17, o carregamento estatístico do PIB será de
apenas 0,3% em 2018. Na série iniciada em 1996, apenas as expansões do PIB de 2004 e 2007, excluindo
o efeito do carregamento estatístico, superaram 4,0%. Quase a totalidade do crescimento do PIB em 2018
precisa ser construída no ano.
Decomposição do crescimento do PIB em contribuição do carregamento e crescimento ex-carregamento
(%, a.a.)
4,4 4,3 Carregamento
3,8 Crescimento ex-carregamento
3,6
3,4
3,0 3,1
2,8
2,3 2,2 2,2
2,1
1,8 1,9 1,9 1,8 1,9
1,6 1,7 1,7
1,5 1,4 1,3 1,3 1,4
1,1 1,1
0,8 0,9 0,7
0,5
0,1 0,3
-3,6
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 97
PIB dependerá mais do consumo das familias e dos investimentos
A expansão do PIB superou 4,0% em apenas sete anos entre 1997 e 2016. Nesses anos (2000, 2004,
2006, 2007, 2008, 2010 e 2011), o crescimento médio do consumo das famílias foi de 5,3%; e o dos
investimentos, de 9,8%. Dados os atuais pesos dos componentes do PIB e a sensibilidade histórica da
dinâmica das importações frente ao crescimento dos investimentos, o crescimento do PIB seria inferior a
4,0% em 2018, mesmo assumindo a expansão média do consumo das famílias e dos investimentos daqueles
anos, por conta da nossa expectativa para a expansão do consumo do governo e das exportações em 2018.
Simulação para o crescimento do PIB em 2018
(%, a.a.) Expansão de quase
Média dos anos de expansão acima de 4,0% 8,0% ocorreu no
período de forte 16,9
Simulação para o crescimento do PIB1
crescimento do PIB 15,9
nos principais
parceiros comerciais
(e.g., China)
Restrição fiscal
impedirá alta 9,8
9,8
forte do consumo
do governo 7,9
0,0
10 de dezembro de 2017 98
Aumento do PIB de 4,0% em 2018 exigiria forte alta da demanda
Um crescimento do PIB de 4,0% em 2018 exigiria uma combinação não usual de forte expansão do consumo
das famílias e dos investimentos assumindo o nosso cenário de crescimento das exportações de 5,0% e do
consumo do governo de 0,0%, de contribuição quase nula da variação de estoques para o crescimento do
PIB e de manutenção da sensibilidade histórica do crescimento das importações ao crescimento do consumo
das famílias e dos investimentos.
Crescimento do consumo e dos investimentos para diferentes cenários de crescimento do PIB em 2018 (%, a.a)
8
7
2007 2008
6 2010
2006
5 2006
2005 2000 2011
4 2004
Consumo das famílias
3 2012
2003
1997
2 2014
2002
1 2001
1999 2017e
0
2003
-1 1998
-2
-3
-4 2015
-5 2016
-6
-15 -13 -10 -8 -5 -3 0 3 5 8 10 13 15 18 20
Formação Bruta de Capital Fixo
PIB 5,0 PIB 4,0 PIB 3,0 PIB 2,0 PIB 1,0 PIB 0,0 PIB -1,0 PIB -2,0 PIB -3,0
Fonte: IBGE, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017 99
Expansão da demanda para o PIB crescer 4,0% só ocorreu em 2007
Excluindo os efeitos do carregamento estatístico para o consumo das famílias e os investimentos, apenas um
crescimento do consumo das famílias e dos investimentos equivalente ao ocorrido em 2007 seria suficiente
para sustentar um crescimento do PIB próximo a 4,0% em 20181. O crescimento do consumo das famílias no
ano foi de 4,4%; e o dos investimentos, de 8,7%, descontados os efeitos do carregamento estatístico.
Simulações para consumo e investimento em Crescimento do consumo das famílias e do
diferentes cenários de crescimento do PIB em 2018, investimento, excluindo o carregamento (%, a.a.)
descontando o carregamento estatístico (%, a.a.)
4,6
4,4
3,9
8
3,7
3,2
3,4
3,0
7
2,2
2,2
2,0
1,8
1,8
1,7
1,3
1,3
6
das famílias
0,1
5 2009
Consumo
2010 2007
4
-0,3
2012 2008
Consumo das famílias
-1,0
2006
3 2002 2004
-2,4
-2,5
2014 2000
2 2017e 2011
2013
-4,2
1 1999 2005
0 1998
2003
-1
8,7
2001
7,6
7,0
5,5
-2
5,0
5,1
4,7
4,3
4,4
2,7
1997
-3
1,7
2016
0,5
0,2
-4
Investimento
2015
-5
-0,5
-1,0
-1,9
-3,0
-6
-4,5
-5,0
-6,2
-15 -13 -10 -8 -5 -3 0 3 5 8 10 13 15 18 20
Formação Bruta de Capital Fixo
-11,9
PIB 5,0 PIB 4,0 PIB 3,0 PIB 2,0 PIB 1,0
PIB 0,0 PIB -1,0 PIB -2,0 PIB -3,0 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017e
1 O exercício assume as mesmas hipóteses para o crescimento das exportações, do consumo do governo e das importações assinaladas no slide anterior. Fonte: IBGE, Credit Suisse
Crescimento real e participação no PIB do crédito Crescimento real do crédito livre e direcionado
livre para pessoa física2 (% do PIB, %, a.a.) para pessoa jurídica2 (%, a.a.)
40 15 40
30 13 30
Crédito livre Crédito direcionado
Percentual do PIB (eixo dir.) 20
20 11
10
10 9
Crescimento real 0
0 7 -10
-10 5 -20
2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
1 A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foi descontinuada em 2016. 2 Valores acumulados até outubro de 2017. Fonte: Banco Central, IBGE, Credit Suisse
Dinâmica do PIB, do consumo das famílias e dos Estoque de crédito nos bancos públicos
investimentos em 2002 (Número-Índice, T-1=1T02) e privados em 2002 (Número-Índice, T-1=1T02)
112 160
110
150
PIB
108 Crédito público
140
106
104 130
102 120
100
Consumo das famílias 110
98 Crédito privado
100
96
Formação Bruta de Capital Fixo
94 90
T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T+6 T+7 T+8 T+9 T+10 T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T+6 T+7 T+8 T+9 T+10
Fonte: IBGE, Banco Central, Credit Suisse
diversos setores da economia (e.g., setor externo, mercado de trabalho, mercado de crédito e economia global) por meio de suas defasagens.
1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17
1 Estão inclusos nesse grupo os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada. Fonte: IBGE, Credit Suisse
-900 -20
1T13 3T13 1T14 3T14 1T15 3T15 1T16 3T16 1T17 3T17 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17
Fonte: IBGE, Credit Suisse
atividade.
1 Como a série da PNADC é muito curta, foi utilizada a Pesquisa Mensal de Emprego (PME, encerrada em fevereiro de 2016) retropolada para estimar o modelo. As subamostras foram escolhidas de
forma a separar as duas séries da PME que foram retropoladas.
2 A metodologia implementada foi a seguinte: (i) primeiro, foi testada a hipótese de raiz unitária nas séries de PIB, população formal, população informal e taxa de participação; (ii) confirmada a hipótese
de presença de raiz unitária nas séries, foi testada a hipótese de existência de uma relação de cointegração entre essas variáveis; (iii) o modelo VECM foi estimado, com o número de defasagens para
cada variável determinado por uma defasagem a menos do que o sugerido pela minimização do critério AIC condicional à não existência de autocorrelação serial dos erros em um VAR com essas
mesmas variáveis. A seleção de defasagens foi a de duas defasagens para a amostra completa e uma defasagem para cada subamostra. Fonte: IBGE, Credit Suisse
5% de significância
10% de significância
1 O teste de causalidade de Granger analisa a hipótese de que as defasagens de uma série temporal são relevantes para explicar o comportamento contemporâneo de
Controle para a recessão mediana Controle para a recessão média Controle para recessões similares à do Brasil
Contração acumulada superior a -2,0% Contração acumulada superior a -2,7% Contração acumulada superior a -7,0%
11,5
10,5
9,0
7,0 6,5
5,0
3,0 3,0 3,0 3,5
Recessões maiores Recessões menores Recessões maiores Recessões menores Recessões maiores Recessões menores
que controle que controle que controle que controle que controle que controle
1O exercício consiste em cortar a amostra em dois grupos: os episódios cuja contração foi superior a um determinado patamar e os episódios em que a
contração do PIB foi inferior a esse patamar. Fonte: IBGE, OCDE, Credit Suisse
Maiores recessões 7
na amostra restrita Estados Unidos 4T 1969
6,5
6
Amostra Grécia 4T 1992
restrita
5
6,0
Áustria 2T 2001
Amostra restrita
4
sem sobreposição
Alemanha 2T 1980
5,5
3
5,0 2
T T+3 T+6 T+9 T+12 T+15 T+18 T+21 T+24 T+27 T+30 T T+3 T+6 T+9 T+12 T+15 T+18 T+21 T+24 T+27 T+30
1 A taxa natural de desemprego foi calculada utilizando filtro estatístico nas séries, o que poderia apresentar problemas que embutem um viés nos resultados do estudo, pois parte das recessões incluídas
na amostra ocorreu nos últimos anos. Problemas de estimativas com filtros estatísticos nas últimas observações de uma série temporal são bastante conhecidos na literatura. A fim de evitar esse
problema, consideramos apenas os casos de recessões terminadas antes de 2007, período que marcou o início da crise financeira global de 2008. Nesse sentido, essa amostra truncada considerou 53
dos 123 episódios de recessão disponíveis. Fonte: OCDE, Credit Suisse
190 12 trimestres
14
9 trimestres
11
180
170
3T17
2T22 1T21 2T20
160
1T14 2T15 4T16 1T18 2T19 4T20 1T22 Crescimento de 2,0% Crescimento de 3,0% Crescimento de 4,0%
1 Em todos os cenários abaixo, consideramos a nossa projeção para o crescimento do PIB no 4T17.
2 Considerando-se a relação média encontrada neste estudo de nove trimestres para a recuperação do emprego para sete trimestres de retomada do PIB. Fonte: IBGE, Credit Suisse
-3,5 -3,5
-4
2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017e
1 A PTF reflete a eficiência com que uma economia aloca os fatores de produção (i.e., capital e trabalho) para gerar determinado nível de produção. 2 Outras variáveis utilizadas para a construção do modelo
foram a taxa de depreciação do estoque de capital, assumida de 4,8%, e o estoque de capital inicial, cuja estimativa para 1996 foi compatível com uma relação capital/produto de 2,94 para aquele ano.
3 A decomposição do crescimento do PIB começa em 2001, pois utilizamos no exercício a base de dados das Contas Nacionais Anuais do IBGE para a população ocupada, com início em 2000.
1
e o 3T17 foi estimada utilizando um modelo VAR (Vector Autoregressive Model). Esse modelo foi adotado
Estágio
para projetar três cenários para as trajetórias de PIB, taxa de desemprego e Nuci, baseados na previsão
mediana e no mínimo e no máximo do intervalo de confiança para a projeção de cada variável 1,2.
2
Com base nesses três cenários, o NUCI e a taxa de desemprego de equilíbrio da economia são estimados
Estágio
por um modelo que aplica o filtro de Kalman3, resultando em três estimativas de Nuci de equilíbrio e três
estimativas de taxa de desemprego de equilíbrio.
3
Estágio
Três diferentes especificações da função de produção são utilizadas para estimar o produto potencial,
resultando em nove estimativas de PIB potencial para a economia.
Adicionalmente, são calculadas três outras estimativas para o produto potencial por meio da aplicação do filtro
de Hodrick-Prescott na trajetória de PIB com base nos cenários do estágio 1.
1 A estimação do VAR considera apenas uma defasagem das variáveis, por conta do baixo número de observações e de essa escolha ter produzido erros não autocorrelacionados. Considerou-se também uma
variável dummy para capturar períodos de crise. 2 O cenário mediano estimado pelo modelo VAR não representa nosso cenário-base. A recuperação da atividade desse modelo é bem mais rápida do que a do
nosso cenário-base, pois o modelo VAR não considera interações do PIB com outras variáveis (e.g., crédito). Apesar da simplicidade do VAR, o seu uso no atual contexto produz trajetórias consistentes e não
arbitrárias para as variáveis PIB, NUCI e taxa de desemprego. 3 Areosa, M. (2008): “Combining Hodrick-Prescott Filtering with a Production Function Approach to Estimate Output Gap”, Banco Central do
Brasil Working Paper Series 172.
Positivo
86 14
550
Mediano 84 13
500
82 12
Negativo
450 80 11
400 78 10
76 9
350
74 8
300
72 7
250 70 6
1T00 2T07 3T14 4T21 1T00 2T07 3T14 4T21 1T00 2T07 3T14 4T21
1 Os cenários (positivo, mediano e negativo) são construídos a partir das projeções do modelo VAR especificado nos slides anteriores.
Fonte: IBGE, FGV, Credit Suisse
80 12
Mediano
78 11
Mediano
76 10
74 9
72 8
Negativo Positivo
70 7
1T00 3T02 2T05 3T08 4T10 3T12 2T16 1T19 4T21 1T00 3T04 4T08 1T13 3T17 4T21
1 Areosa, M. “Combining Hodrick-Prescott Filtering with a Production Function Approach to Estimate Output Gap”, Banco Central do Brasil Working Paper Series 172, agosto de 2008.
2 Os cenários (positivo, mediano e negativo) são construídos a partir das projeções do modelo VAR especificado nos slides anteriores.
Fonte: IBGE, FGV, Credit Suisse
550
Intervalo das estimativas
para o PIB potencial
500
PIB projeção CS
450
400
350
300
250
1T00 4T01 3T03 1T05 4T06 3T08 1T10 4T11 3T13 1T15 4T16 3T18e 1T20e 4T21e
Fonte: IBGE, FGV, Credit Suisse
18
30 5,8% em 37 anos 12
16 20,8% em 37 anos 10
25 Média 8 14
50-80 Média
50-80
12 5
20 3,5 4
3,6
10
15 0,2 0 0,6
8 0
Média Média
81-17 81-17
10 Produção por -4 6
pessoa ocupada Produção por
4 hora trabalhada -5
Crescimento da produção
5 -8 Crescimento da produção
por pessoa ocupada
(eixo dir.) 2 por pessoa ocupada
(eixo dir.)
0 -12 0 -10
1954 1963 1972 1981 1990 1999 2008 2017 1954 1963 1972 1981 1990 1999 2008 2017
Fonte: The Conference Board Total Economy Database, Credit Suisse
0,82
0,82
0,81
0,80
0,79
0,78
0,77
0,77
0,76
0,74
0,72
0,71
0,70
0,70
0,69
0,69
0,68
0,66
0,66
0,66
0,64
0,63
0,62
0,62
0,62
0,60
0,60
0,60
0,57
0,56
República Checa 0,56
0,53
0,53
0,52
0,52
0,51
0,48
0,46
0,44
0,43
0,43
0,39
0,39
Nova Zelândia
Coreia do Sul
Reino Unido
Hong Kong
Eslováquia
Cingapura
Luxemburgo
África do Sul
Finlândia
Portugal
Romênia
Bulgária
Islândia
Argentina
Lituânia
Eslovênia
Estados Unidos
Canadá
Chipre
Espanha
Rússia
Dinamarca
Malásia
Austrália
Polônia
Japão
Venezuela
Israel
Alemanha
Hungria
Áustria
México
Chile
Itália
Estônia
Malta
Colômbia
Bélgica
Suécia
Peru
Grécia
Turquia
Holanda
Letônia
Filipinas
França
Brasil
Ucrânia
Tailândia
Noruega
Suíça
Indonésia
Irlanda
China
Índia
1 A PTF reflete a eficiência com que uma economia aloca os fatores de produção (i.e., capital e trabalho) para gerar determinado nível de produção. Fonte: Penn World Table, Credit Suisse
10 de dezembro de 2017
Fonte: Banco Mundial, Heritage Foundation, Global Competitiveness Report, WIPO, UNCTAD, Penn World Table, Credit Suisse 125
Abertura comercial é uma das causas das diferenças de PTF
O peso de vários fatores para a dinâmica da PTF foi calculado com base em estimações em painel com
informações para 56 países entre 1995 e 2014, sob as metodologias de estimação completa1, backward
selection2 e forward selection3. As variáveis com maior presença nas especificações e com maior significância
estatística são o grau de abertura comercial e o grau de integridade do governo.
Variáveis explicativas da PTF em cada uma das metodologias adotadas1,2,3
Estimação conjunta Backward selection Forward selection
Importações e exportações de bens e serviços no comércio global
Integridade do governo
Flexibilidade do mercado de trabalho
Resolução de insolvência
Registro de propriedade
Direitos de propriedade
Acesso a crédito
Investimento em treinamento para adoção de tecnologia
Facilidade para abrir uma empresa
Total de patentes
Eficiência do governo
Treinamento da mão de obra
Quanto menor o valor dessa estatística, maior a probabilidade de que o coeficiente de uma determinada variável seja diferente de zero. O modelo escolhido foi aquele em que restaram apenas variáveis com
coeficiente estatisticamente significativo e sinal em linha com o sugerido na literatura.
3 Forward selection: Esta metodologia consistiu na construção dos modelos com base em todas as combinações possíveis das variáveis contidas em seis grupos apontados. As restrições impostas foram: (i) uma
variável por grupo; e (ii) sinal dos coeficientes condizente com a literatura. O modelo selecionado foi aquele com a maior aderência aos dados entre todas as especificações.
Fonte: Banco Mundial, Heritage Foundation, Global Competitiveness Report, WIPO, UNCTAD, Penn World Table, Credit Suisse
Facilidade de abertura de empresa - Nova Zelândia Flexibilidade do mercado de trabalho - EUA Abertura comercial - Hong Kong
Fonte: Banco Mundial, Heritage Foundation, Global Competitiveness Report, WIPO, UNCTAD, Penn World Table, Credit Suisse
10 0,46
0 0,45
2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024
Facilidade de abertura de empresa - Chile Flexibilidade do mercado de trabalho - Peru Abertura comercial - África do Sul
Fonte: Banco Mundial, Heritage Foundation, Global Competitiveness Report, WIPO, UNCTAD, Penn World Table, Credit Suisse
Simulações para alguns dos determinantes da PTF Simulações para a PTF em alguns cenários para
(Distância para a fronteira) seus determinantes (PTF nos EUA = 1)
100 0,59
0,57
80 20,1%
0,55
60 PTF
0,53
40 0,51
0,49 3,2%
20 1,6%
0,47
0 0,45
2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022 2024
60
Serviços 1.000
tradicionais
50
Agropecuária 800
40 Agropecuária
600
30
400
20
Indústria Indústria
11.910
-2,7
1951-60 1961-70 1971-80 1981-90 1991-00 2001-10 2010-17e Serviços Indústria Agropecuária Serviços
Décadas modernos tradicionais
Fonte: IBGE, Credit Suisse
¹ Consideramos como taxa de investimento a formação bruta de capital fixo como porcentagem do México 2,6 20,2 22,1
PIB, pela dificuldade de se conseguirem dados de estoque como % do PIB para a amostra de países.
2 Os países considerados emergentes no estudo são: África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, China, Brasil 2,6 19,5 19,3
Cingapura, Colômbia, Coreia do Sul, Equador, Filipinas, Hong Kong, Índia, Indonésia, Malásia,
México, Peru, Tailândia e Turquia. Os países Cingapura, Coreia do Sul e Hong Kong foram África do Sul 2,4 19,4 22,7
considerados no grupo dos emergentes pois durante o período analisado no estudo, de 1980 a
2015, ainda eram classificados como economias emergentes.
Argentina 2,1 17,7 20,3
Fonte: Banco Mundial, IBGE, Credit Suisse
0
2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015
Taxa de investimento Governo geral Famílias e instituições sem fins lucrativos Empresas não financeiras e financeiras Taxa de poupança
Fonte: IBGE, Credit Suisse
30 25 27 30 28 31 31
35 32 35 35 35 36 36 36 35 Lucro
43 41 40 38
50 50 50 52 53 52 52 51 50 45 48 46
77 75
70 73 68 67 71 72 73 70 69 68 Custo de
67 67 67 68
mão de obra 55 57 58 60
49 48 48 46 44 46 46 47 48 52 50 52
-3 -3 -1 -2 -3 -3 -1 -1 -1 -3 Subsídios
-5 -6 -4 -4 -4 -4 -0,1 -0,1 -0,3 -0,3 -0,3 -0,3 -0,4
2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015
Fonte: IBGE, Credit Suisse
66 66 69 68 68 68 67 67 66 66 66 66 66 66 67 67 Lucro
84 85 84 83 81 81 80 80
79 77 77 77 76 76 75 77
Custo de
32 32 30 30 30 30 31 31 33 32 32 33 33 33 32 32
mão de obra
-0,2 -0,2 -0,2 -0,2 -0,2 Subsídios -0,1 -0,1 -0,1 -0,1 -0,1 -0,1 -0,1 -0,1 -0,1
2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015
Fonte: IBGE, Credit Suisse
Baixa Muito baixa instrumentos para seu alcance e consequências de seu descumprimento, Consultoria de Orçamentos,
Fiscalização e Controle do Senado Federal. Fonte: Ministério do Planejamento, Tesouro Nacional, Credit Suisse
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e 2019e
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Receita total
Sensibilidade média com
20 o início fixo em 2002
1,2
15
0,8
PIB nominal
10 Sensibilidade
em cada ano
0,4
5
Receitas recorrentes
0 0,0
2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017e 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017e
Fonte: Tesouro Nacional, IBGE, Credit Suisse
As renúncias tributárias estimadas pela Receita Aposentadoria por moléstia grave ou acidente 12.014 4,2
Federal são da ordem de R$ 283 bilhões para Indenizações por rescisão de contrato de trabalho 6.756 2,4
Uma das melhores estratégias do governo a Assistência médica, odontológica e farmacêutica a empregados 5.271 1,9
ser eleito em 2019 para reverter o desequilíbrio Transporte coletivo e táxi 4.623 1,6
para a sociedade. Fonte: Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério da Fazenda, Credit Suisse
500 36
400 27
300 18
200 9
100 0
2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Benefícios Benefícios de Prestação Pessoal e Seguro-desemprego Discricionárias Demais
previdenciários Continuada da LOAS/ RMV encargos sociais e abono salarial sem vinculação
Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
Ministério da Saúde
Fundo constitucional DF
Demais obrigatórias
0,0
42,5
Abono
salarial
desemprego
Seguro-
Benefíciosprevidenciários
(RGPS)
LOAS/ RMV
Benefícios
Folha de pagamentos
(governo central)
(RPPS)
9,6
12,4
Total
Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
75 Projeção para as despesas com pessoal por órgão contidas no PLOA 2018
60
(R$ bilhões)
Executivo 33
74 Judiciário
22 11 Legislativo
19 3
17 % 12 Demais
12 10 12
8 9
5 5 4 3 5 4 5 4 5
3 2
Executivo
Judiciário
Outros Poder
Outros Poder
Outros Poder
Legislativo
Senado
Planejamento,
e Gestão
Trabalho
Transportes,
Portos e
Ministério
Eleitoral
Defesa
Fazenda
Desenv.
Justiça
Deputados
Federal
Público
e Segurança
da União
Saúde
Justiça
Pública
Inovações e
Social
Agricultura,
Comunicações
da União
Justiça
Câmara dos
Aviação Civil
Desenv.
Pecuária e
Abastecimento
Federal
Demais
Advocacia-Geral
Educação
Ciência, Tec.,
Justiça do
Trabalho
Ministérios
Fonte: Tesouro Nacional, Ministério do Planejamento, Credit Suisse
Ministério
Público 54 Executivo 2,6 2,5
2,1
da União (Militar)
2 23
Judiciário
12 Distrito Legislativo Judiciário Executivo Executivo Distrito
Legislativo 5 Federal (Civil) (Militar) Federal
4
1Gastototal por quantitativo dos servidores em dezembro do ano de referência, dividido por 13 salários.
Não são considerados os gastos com contribuição patronal. Fonte: Ministério do Planejamento, Credit Suisse
Equalização dos critérios de aposentadoria entre trabalhadores rurais e urbanos cuja idade seja
Idade mínima: 60 anos para homens e 57 para mulheres. Haverá transição para as mulheres (a
inferior a 50 anos (homens) e 45 anos (mulheres). Para trabalhadores com idades superiores a
idade mínima aumentará em 1 ano, a cada 2 anos) até atingir os 57 estabelecidos na PEC
Aposentadoria esses limites, seria aplicado um período adicional de 50% sobre o tempo restante para se atingir
287/2016.
rural 180 meses de atividade rural.
Valor da contribuição incidirá sobre o salário mínimo, com base nas alíquotas estabelecidas para o Lei definiria a alíquota de contribuição para os trabalhadores rurais, que também incidiria sobre o
RGPS. salário mínimo.
Proíbe o acúmulo de duas pensões por morte, mas permite que o indivíduo receba pensão e
aposentadoria nos casos em que os dois benefícios, somados, não excederem dois salários Proíbe o acúmulo de pensões por morte e aposentadoria ou de duas pensões dessa modalidade.
mínimos.
Pensões
Regra de cálculo do valor da pensão igual a 50% do valor do benefício somado a 10pp por Regra de cálculo do valor da pensão como sendo igual a 50% do valor do benefício somado a
dependente. O valor máximo está sujeito ao teto do RGPS; e o mínimo, atrelado ao salário mínimo. 10pp por dependente. Ocorreria a desvinculação de pensões do salário mínimo.
Os deficientes poderão acessar o BPC com qualquer idade. Os idosos terão direito a acessá-lo Aumento da idade mínima de acesso ao benefício para 70 anos (tanto para deficientes como para
BPC com 68 anos. As demais regras de acesso ao BPC serão regulamentadas por lei. idosos).
O valor do benefício continuará igual a um salário mínimo. O valor do benefício passaria a ser desvinculado do salário mínimo.
Os Estados e municípios terão seis meses, a partir da publicação da Emenda Constitucional, para
Estados e Os servidores dos Estados e municípios estariam sujeitos às mesmas regras aplicáveis aos
reformar seus regimes próprios de Previdência. Depois do prazo, prevalecerão as regras da PEC
municípios servidores federais.
287/2016.
Fonte: Ministério da Fazenda, Câmara dos Deputados, Credit Suisse
Cálculo do benefício: 70% da média de todos os salários desde 1994, mais 1,5pp a cada ano
Cálculo do benefício: 51% da média dos salários de contribuição, acrescidos de um ponto
que superar 25 anos de contribuição, mais 2pp para cada ano que superar 30 anos de contribuição
percentual dessa média para cada ano de contribuição.
e mais 2,5pp para cada ano após 35 anos, alcançando 100% aos 40 anos de contribuição.
Idade mínima: progressiva Idade mínima:
Homens: de 60 anos a 65 anos (a partir de 2028) Homens: 65 anos
2004 a 2013 Mulheres: de 55 anos a 62 anos (a partir de 2032) Mulheres: 65 anos
Tempo de contribuição: 25 anos para homens e mulheres Tempo de contribuição: 25 anos para homens e mulheres
Regra de transição: Para qualquer servidor que ingressar no serviço público até a aprovação da Regra de transição: Homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 anos se
reforma - pedágio de 30% sobre o tempo que falta para a aposentadoria pelas regras atuais, aposentarão com benefício de 100% da média salarial desde 1994 ou desde a competência do
respeitando a idade mínima de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens. Aumento de 1 ano início da contribuição, porém com um período adicional de 50% do tempo restante até o tempo
a cada dois anos para a mulher e para o homem, a partir de 2020, até a data de início do pedágio. mínimo de contribuição (de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres).
Cálculo do benefício: A mesma regra aplicável a quem ingressou entre 2004 e 2013. O valor
Cálculo do benefício: 51% da média dos salários de contribuição, acrescidos de um ponto
será limitado ao teto do INSS (de R$ 5.531), se o Estado ou município tiver instituído fundo
percentual dessa média para cada ano de contribuição
complementar.
Idade mínima: progressiva Idade mínima:
Homens: de 60 anos a 65 anos (a partir de 2028) Homens: 65 anos
A partir de Mulheres: de 55 anos a 62 anos (a partir de 2032) Mulheres: 65 anos
fevereiro de 2013 Tempo de contribuição: 25 anos para homens e mulheres Tempo de contribuição: 25 anos para homens e mulheres
Regra de transição: Para qualquer servidor que ingressar no serviço público até a aprovação da
Regra de transição: Homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 anos se
reforma - pedágio de 30% sobre o tempo que falta para a aposentadoria pelas regras atuais,
aposentam segundo as regras atuais, porém com um período adicional de 50% do tempo restante
respeitando a idade mínima de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens. Aumento de 1 ano
até o tempo mínimo de contribuição (de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres).
a cada dois anos para a mulher e para o homem, a partir de 2020, até a data de início do pedágio.
Fonte: Ministério da Fazenda, Câmara dos Deputados, Credit Suisse
Vinculação de receitas As contribuições da Previdência deixam de ser submetidas à Desvinculação das Receitas da União (DRU) Incluído no novo texto
Carência da Requer mudança no artigo 142 da Lei 8.213/1991. A Requer mudança no artigo 40, parágrafo 1, inciso III da
aposentadoria Constituição regra estabelece que o número mínimo de meses exigido Constituição Constituição Federal. O inciso estabelece um tempo
por idade – Lei ordinária/ para obtenção de aposentadoria por idade é de 180 Lei ordinária// mínimo de 10 anos efetivos no serviço público para a
complementar meses. complementar obtenção de aposentadoria pelo RPPS.
rural e urbana
Requer mudança no artigo 201, parágrafo 7, da
Contribuição Constituição Constituição Federal, no que diz respeito à idade de
aposentadoria Lei ordinária/ aposentadoria, e no artigo 195, parágrafo 8, no que se
rural complementar refere à incidência da contribuição previdenciária.
22 2 436
19 0,4%
21 2 382 11 5,2%
95 4,2%
Aposentadoria 0,4% 2,3%
por tempo de 4,8% Rendas
LOAS mensais
contribuição 21,5%
LOAS portador de vitalícias
118 Outros Acidentários
idoso deficiência
Auxílio-
doença
100%
27,8%
Pensões 87,8%
42 por morte
104 9,5%
Aposentadoria
23,9% por invalidez
95 3,0
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Fonte: Secretaria da Previdência Social, Credit Suisse
Proporção do número de benefícios emitidos em Déficit do RGPS e BPC com salário mínimo
valor equivalente ao do salário mínimo (% do total) constante em termos reais (% do PIB)
5,0
BPC 100
4,7
Aposentadoria rural 99 1
4,5
Aposentadoria por 70 30 Sem reforma Nova
idade - Urbana proposta
4,0 4,0
Pensões por morte 69 31 3,9
Aposentadoria 3,6
Substitutivo
por invalidez 56 44
3,5
Auxílios (reclusão, 42 58
doença e acidente) PEC
Total - RGPS 69 31
2,5
Menor ou igual a 1 SM Superior a 1 SM 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Fonte: Secretaria da Previdência Social, Credit Suisse
Sem reforma
4,5 Projeto original 921 12,4% 121 3,6
A partir de 2020
Substitutivo 504 6,6% 137 4,8
4,0
3,9
-77,8
Contração anual
Contração
acumulada -98,9
-95,2
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
1 Despesas apuradas conforme o critério de “valor pago”, que computa como despesa todas as ordens bancárias emitidas. Difere do critério de pagamento efetivo utilizado no cálculo do resultado fiscal
do governo central. 2 Os gastos com a Previdência Social consideram a trajetória embutida no cenário com aprovação do substitutivo e a evolução dos demais gastos de acordo com a inflação.
Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
Contração de despesas frente às de 2016 necessária para o cumprimento da EC 95/ 2016 (%)
4
0 1
-4
-10
-12
-14 -17
-15 -18 -22
-23 -22 -25
-28 Despesas discricionárias,
-32 pessoal ativo, benefícios
-37 -37 -36 -39 vinculados ao SM e
-41 -40 -42
-43 -44 demais obrigatórias
-49 -50
-51 Despesas discricionárias,
-54 -53 -56 -56
-59 pessoal ativo e benefícios
-66 vinculados ao SM
-68 -66
-74 -72 Despesas discricionárias
-79 e pessoal ativo
-83 Despesas
-87 -88
discricionárias e Despesas discricionárias,
Despesas -96 demais obrigatórias benefícios vinculados ao SM
discricionárias e demais obrigatórias
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Despesas 700
Outras receitas correntes
de capital
500
Vedação da
Regra de Ouro
300
Limite Amortização
Investimento 0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e
Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
1 8
Acumulado 137
em 12 meses 102
228
82
9 94 6 85
94 925 972
809 754
518 514 577 621 577 677
472 449
31 41 34 36 41 57 69 76 72 76 66 38
-410 -502 -512 -785
-535 -498 -568 -554
-832
-16 -42 -1.028 -1.048 -1.153
-9 -44 -13
Receitas de operação de crédito Investimentos -17
Inversões financeiras Amortização da dívida
Saldo da subconta da dívida Discrepância
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017¹ 2017²
1 Resultado acumulado em 12 meses até setembro, sem considerar a discrepância associada à
movimentação da subconta da dívida, entre a apuração do Tesouro e via dados do SIGA Brasil.
2 Resultado acumulado em 2017 até setembro. Fonte: SIGA Brasil - Senado Federal, Credit Suisse
-6,0 -5,3 -5,1 -5,0 -5,4 -4,4 -4,7 -5,4 -6,5 -5,8 -5,0 -5,6
-8,5 -6,6 -7,4 -6,7 -8,4
-0,4 -2,4
Pagamento de juros -5,6
-2,5 -1,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e 2019e
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
20 19,7 11,7
18,6
18
Participação de não residentes 8,1 NTN-B
16 16,2
15,5
36,5
14
12,8 12,8
12 44,9 NTN-F
11,4
10,6
10 21,3
8
7,3 Média anual
6,6 38,0
6
49,5
4 43,8 LTN
3,4
2 36,3
0
Jan-07 Set-09 Mai-12 Jan-15 Out-17 2012 2015 2017
1 DPMFi – Dívida Pública Mobiliária Federal interna. Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
Simulações para o superávit primário condicional Simulações para a dívida bruta condicional
ao crescimento do PIB1 (% do PIB) ao crescimento do PIB1 (% do PIB)
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
0,0 -2,7 -2,7 -2,7 -2,7 -2,7 -2,7 -2,7 -2,7 -2,7 -2,7 0,0 77 83 89 95 102 110 117 125 134 142
0,5 -2,6 -2,4 -2,3 -2,2 -2,1 -2,0 -1,9 -1,8 -1,6 -1,5 0,5 76 81 87 92 98 104 110 116 122 128
1,0 -2,5 -2,2 -2,0 -1,8 -1,5 -1,3 -1,1 -0,9 -0,7 -0,4 1,0 76 80 85 89 94 98 103 107 111 116
1,5 -2,4 -2,0 -1,7 -1,3 -1,0 -0,7 -0,4 0,0 0,3 0,6 1,5 75 79 83 86 90 93 96 99 101 104
2,0 -2,3 -1,8 -1,4 -0,9 -0,5 -0,1 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 75 78 81 84 86 88 90 91 92 92
2,5 -2,2 -1,6 -1,1 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 2,5 74 77 79 81 82 83 84 83 83 82
3,0 -2,1 -1,4 -0,8 -0,1 0,5 1,1 1,7 2,3 2,9 3,4 3,0 74 76 77 78 79 78 78 76 74 72
3,5 -2,0 -1,2 -0,5 0,3 1,0 1,7 2,4 3,0 3,6 4,3 3,5 73 75 76 76 75 74 72 69 66 62
4,0 -1,9 -1,0 -0,2 0,7 1,5 2,2 3,0 3,7 4,4 5,1 4,0 73 74 74 73 72 69 66 63 58 53
1 As hipóteses adotadas nas simulações foram as seguintes: (i) juro real de 4,5% ao ano; (ii) depreciação cambial seguindo o diferencial entre
IPCA e CPI; (iii) crescimento real zero das despesas primárias a partir de 2019 (EC 95/2016); e (iv) deflator do PIB 0,5pp acima do IPCA. Fonte: Tesouro Nacional, IBGE, Credit Suisse
1Acumulado em 12 meses até agosto de 2017. Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
1 4 4 4
2 2
1 1 1
51,9 54,3 55,0
43,3 41,5 -1 -1
36,6 35,6 35,2 37,7 40,2
-4
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20172 2008 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20172
1 Essa medida é sabidamente imprecisa, pois vários Estados supostamente lançam alguns itens de despesa com pessoal em outras
Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
alíneas de gastos, de forma a permanecerem dentro dos limites estipulados. 2 Acumulado em 12 meses até agosto de 2017
28
Despesas com pessoal
25 Receitas Correntes Líquidas (RCL)
20
17 16
15 15
13 13 13 13
11 11
9 10 10 9 9
7 6
6
5 5
3 4 4
5 5 5 4 5 5 4
2 3 2 3 3 3 3
2 1 2 2 2 1
1 1
0
-1 0
-1
RS SP SC AC ES DF PI RN RO MT PA PR MG RJ AL TO MA PE BA AP AM SE PB GO RR CE
1Acumulado em 12 meses até agosto de 2017. Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
30 30 42
24 15 28 16 17 24 28
11 6 2 3 8 7
-2 -9
-26
-66
-82
RJ RS MG SC AL SE PE MS PI PB GO SP ES DF PA CE PR AC TO AM RO MA BA AP RR
1 Mato Grosso e Rio Grande do Norte não disponibilizaram os demonstrativos de despesas do RPPS. 2 Acumulado em 12 meses até agosto de 2017. Fonte: Tesouro Nacional, Credit Suisse
90 90 90
60 60 60
30 30 30
0 0 0
-10 -5 0 5 -8 -6 -4 -2 0 2 -15 -10 -5 0 5
Resultado nominal estrutural (% do PIB potencial)
1Os cálculos foram feitos excluindo os outliers, definidos aqui como os países que apresentaram uma das estatísticas fiscais superior ou inferior a dois desvios padrão da média. Os países considerados foram
os seguintes: África do Sul, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Bulgária, Canadá, Cazaquistão, Chile, China, Chipre, Colômbia, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Egito,
Equador, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Filipinas, Finlândia, França, Geórgia, Granada, Grécia, Guiana, Holanda, Hong Kong, Hungria, Ilhas Maurício, Índia, Indonésia, Irlanda, Islândia, Israel,
Itália, Japão, Letônia, Líbano, Lituânia, Luxemburgo, Malásia, Malta, Marrocos, México, Noruega, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, República
Dominicana, República Eslovaca, Romênia, Rússia, Sérvia, Singapura, Suécia, Suíça, Suriname, Tailândia, Taiwan, Tunísia, Turquia, Ucrânia e Uruguai.
Fonte: FMI, Credit Suisse
100
80
60
40
20
0
1970 1974 1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010
1982: 1989/ 94: 1990: Overnight, 1986: Plano Cruzado: 1989/ 90: Plano BONEX: 1998: Câmbio fixo e dois 2001: 2002: Fim do
Dívidas Inflação poupança e dep. à títulos reajustados foram conversão de depósitos choques externos reduziram as Proibição de regime cambial
externa muito alta e vista acima de fixados por um ano, com bancários em dólares reservas. Houve alta de juros e saque acima de fixo, depósitos em
e interna corrosão Cz$50mil congelados alta da inflação de 80% para pesos. Títulos do pedido de financiamento do US$ 1 mil, e dólares convertidos
reestru- parcial da por 18 meses, sendo em 1986 e 363% em governo também foram FMI, devido ao desequilíbrio títulos públicos para pesos e,
turadas dívida remunerados por 1987. Moratória da dívida convertidos, e a inflação fiscal e à crise política para internos depois, para títulos
interna. inflação+6%. externa após 1987. aumentou. manter o regime cambial. reestruturados. públicos.
-0,04
0,2
-0,06
Renda do trabalho
-0,08
0,1
Renda -0,10
do trabalho
0,0 -0,12
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39
Trimestres após o choque Trimestres após o choque
1 DSGE é a abreviação de Modelo Estocástico Dinâmico de Equilíbrio Geral. 2 Uma variação da carga tributária sobre a renda do trabalho e a do capital da mesma magnitude exige que o choque sobre a
alíquota da renda do trabalho seja 3,78 vezes maior do que o choque na alíquota do imposto sobre a renda do capital.3 Reproduzimos o modelo descrito em Costa Júnior, Celso e A. Sampaio (2014): Tax
Reduction Policies of the Productive Sector and Its Impacts on Brazilian Economy, Working Paper 36, CEBREMAP. Alteramos os parâmetros relacionados com as alíquotas de impostos sobre o trabalho,
o capital, a Previdência Social e o consumo para refletir a atual composição da carga tributária no Brasil. As alíquotas de impostos foram estimadas com base nos dados de composição da carga tributária
como percentual do PIB divulgados pela Receita Federal em 2015. Os percentuais de carga tributária como percentual do PIB em 2015 são os seguintes: 16,3% sobre consumo, 7,2% sobre capital,
2,9% sobre a renda do trabalho e 5,5% sobre a Previdência Social. Com isso, as altas no imposto sobre a renda do trabalho e a renda do capital consideradas no exercício seriam de, respectivamente,
0,05pp do PIB e 0,19pp do PIB.
Fonte: Credit Suisse
0 0
T-5 T-4 T-3 T-2 T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T-5 T-4 T-3 T-2 T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5
Média dos desenvolvidos Média dos emergentes Mediana Início do processo de consolidação fiscal
1 Consolidação fiscal é definida como o caso em que o resultado primário estrutural aumenta por dois anos consecutivos em mais de 2,0 pontos percentuais do PIB potencial. A consolidação também
pode ser definida como uma alta do resultado primário estrutural por ao menos três anos consecutivos acima de 3,0 pontos percentuais do PIB potencial. Fonte: FMI, Credit Suisse
5 5
4 4
3 3
4,9
4,2 4,3 4,3 4,5 4,4 4,4 4,2
2 4,0 3,9 3,9 4,0 3,9 2 3,8 4,0
3,4 3,3
2,9 3,0 2,8 2,9
1 1
1,5
0 0
T-5 T-4 T-3 T-2 T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T-5 T-4 T-3 T-2 T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5
Mediana Média dos desenvolvidos Média dos emergentes Início do processo de consolidação fiscal
Fonte: FMI, Credit Suisse
55,2
4,0
51,9 -17,5
3,5 49,9
46,9 46,5
46,1 45,8
3,0 45,9
44,6 44,2 44,3
1,0
42,3
-7,7 41,9 41,5
40,6 40,7
2,5 40,3
38,7 38,9 38,7
38,8 38,4
0,1 37,5
2,0
T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T+6 T+7 T+8 T+9 T+10 T-1 T T+1 T+2 T+3 T+4 T+5 T+6 T+7 T+8 T+9 T+10
Mediana dos episódios de ajuste pela receita Mediana dos episódios de ajuste pela despesa
Fonte: FMI, Credit Suisse
Finlândia
1998 17,6 17,0 15,7 15,3 15,8 16,1 -1,5 3,1 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 -0,1
Países Baixos
2004 10,7 10,3 10,0 9,6 9,6 10,7 0,0 3,1 3,0 3,0 3,0 3,0 3,2 0,1
Noruega
1993 16,3 15,8 15,0 14,4 13,9 14,6 -1,7 2,2 2,1 3,2 3,0 2,9 3,0 0,8
Reino Unido
1995 16,3 15,8 15,0 14,4 13,9 14,6 -1,7 2,2 2,1 3,2 3,0 2,9 3,0 0,8
Suécia
1995 17,2 16,4 15,9 16,0 15,7 15,2 -2,0 3,4 3,4 3,3 3,3 3,3 3,3 -0,1
2000 15,2 15,4 15,6 16,1 15,8 15,5 0,3 3,3 3,3 3,3 3,3 3,2 3,2 -0,1
2003 16,1 15,8 15,5 14,9 14,2 14,2 -1,9 3,3 3,2 3,2 3,2 3,1 3,2 -0,1
Nova Zelândia
1992 14,5 13,8 13,1 12,7 12,3 12,5 -2,0 2,3 2,2 2,1 2,1 2,0 2,1 -0,2
2000 11,2 10,7 10,1 9,9 9,2 9,2 -2,0 2,3 2,3 2,2 2,1 2,1 2,2 -0,1
1São considerados os episódios de ajuste fiscal bem-sucedidos (iniciados em T) para os países selecionados. Esses episódios são aqueles em que a dívida pública como proporção
do PIB potencial no segundo ano após o fim do ajuste é menor ou igual à dívida no último ano do ajuste fiscal, ou seja, são episódios em que há estabilidade da trajetória da dívida
pública. Os demais são considerados episódios malsucedidos. Fonte: OCDE, Credit Suisse
46,6
45,5
44,8
44,0
43,5
43,3
43,3
39,4
38,6
38,1
37,8
37,1
37,0
36,9
36,8
36,6
34,5
33,8
33,6
33,5
32,8
32,5
32,3
32,1
32,0
31,9
31,4
31,3
30,9
30,0
29,0
27,9
27,0
26,4
25,7
25,6
25,3
24,7
23,6
23,1
21,2
21,0
20,9
20,9
20,8
20,6
19,9
17,9
17,4
17,3
17,1
16,2
13,7
12,4
Barbados
Brasil
Trinidade e Tobago
México
Coreia do Sul
Peru
França
Guatemala
Bolívia
Letônia
Honduras
Eslováquia
Grécia
Chile
Reino Unido
Nova Zelândia
Alemanha
Costa Rica
Uruguai
Holanda
Dinamarca
Portugal
Hungria
Nicarágua
Bélgica
Venezuela
Estônia
Irlanda
Suécia
Colômbia
Equador
Suíça
Argentina
República Checa
Espanha
Eslovênia
Panamá
Turquia
Israel
Islândia
Noruega
Áustria
Finlândia
Paraguai
Bahamas
Jamaica
Itália
Belize
Canadá
Rep. Dominicana
Cuba
Luxemburgo
El Salvador
Estados Unidos
0,2
Média da
6,2 3,8 11,2 0,6 22,8
América Latina 0,8
25
Mediana
20 19
15
10
Brasil Equador Argentina Uruguai Honduras Chile Costa Paraguai Peru Panamá Colômbia Nicarágua El Bolívia México Guatemala
Rica Salvador
Fonte: Moody's Investors Service, Credit Suisse
180 49% 53% 54% 55% 65% 70% 70% 70% 71% 74% 75% 78% 85% 85% 88% 93%
140
120
100
80
60
40
20
Equador Peru* Nicarágua Panamá* Honduras México* Guatemala Paraguai El Chile* Bolívia Uruguai* Argentina Colômbia* Costa Brasil
Salvador Rica
* Países classificados com grau de investimento. Fonte: Moody's Investors Service, Credit Suisse
60
50
Transferências
correntes
40
30
20
10 Despesas
operacionais
0
Paraguai Bolívia Nicarágua Honduras Equador El Peru Guatemala Costa Uruguai México Panamá Chile Argentina Brasil Colômbia
Salvador Rica
Fonte: Moody's Investors Service, Credit Suisse
58
42 48 42 45
31 37 40
4 1,7 1,5
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 0 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e 2019e
2003 2004 2005 1,2 2007
US$ bilhões
-8 0,7 2006
-13
0,0
-19
-24 -25 -24 -24 -0,6
-26 -26
-31 -31 -39
-34
-1,3
-1,6 -1,6
-1,8 -1,8
-104
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
5
5 4
3 Demais serviços
5 5
3 e rendas
65
2 6
6 3 48
43 45 4 6 5 45
2 33 38 38 Balança comercial
24 24 25 28
3 18 17 18
1 1 2 12
5 5
-5 -7 -8 -8 -2 -2 -2 -2 -2 -2 -4 -5 -6 -8 -9 -14 -7
-2 -15 -14 -14 -13 -13 -13 -13 -11 -7 -17 -19 -19 Aluguel de
-8 -8 -9-1 -11 -3 -2 -2 -8 -22 -20 -19 -21 -22
-3-3 -3-3 -3 -3 -3 -2 -3 -4 -10 -23 equipamentos
-4 -5 -3 -4 -3 -5 -5 -6 -7 -2 -5
-4 -12 -14
-2 -7 -13 -16 -22 -17 -19
-4 -4 -1 -2 -1 -6 -23
-8 -22 -22 -24 -22 Juros
-25
-1 -3 -34 -8
-9 -21 -4 -5
-6 -6 -7 Transportes
-6 -14 -9 -19 -21
-5 -56 -21
-38 -26 -30 Lucros e dividendos
-57 -8
-19
-31 -12 -14
-16
-11 -16 -20 Viagens
-19
-15
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017e 2019e
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Importações (%)
50,0
44,9 46,5 43 42 47,7
40,0 Saldo Comercial 40,0
33,8 32 (US$ bilhões)
21
29,8
32 30 23 24 32
24,9 25,0 25,3
17 16 17 20,1 27 24 19,4 18 17
15 13 23 19,7
13,2 10 11
6 7
4 2 4 4
2,7 2,3
-0,7 -4,1
-1 -3
-5
-7 -4
-15 -15
-20
-23
-26 -25
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e 2019e
1Existe uma diferença metodológica entre a balança comercial divulgada pelo MDIC e aquela divulgada pelo do Banco Central. Por exemplo, o MDIC
não considera transações fictas. A projeção considerada nesta seção refere-se à balança comercial apurada segundo a metodologia do MDIC. Fonte: MDIC, Credit Suisse
26
23 Preço Quantum 21,8
21
Exportações
11 10 12
9 13,9
5 3 3 7 13,2
3 0
-3 -5 -3 -2
-5 -6
-13 -11 3,3 3,3
-22 0,2
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20171 1T17 2T17 3T17
22 21
18
14 3,1
8 9 9
4 4 5 2,1
1
-2 -1 -2 -3
-11 -12 -15 -9
-12
-17 -1,4
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20171 1T17 2T17 3T17
1Acumulado no ano até outubro ante o mesmo período do ano anterior. Fonte: MDIC, Funcex, Credit Suisse
10 de dezembro
deezem
embbro de
de 2017
2 017 203
203
Forte alta das exportações de petróleo, minério e veículos em 2017
O crescimento das exportações do Brasil em 2017 Crescimento das exportações por produto (%)
foi disseminado entre os produtos. Três grupos
cresceram acima de 35%1, tendo contribuído com
cerca de 80% da expansão das exportações totais1:
20171
Petróleo e derivados (9,7% da pauta): 66,4
crescimento de 66% em 20171, por conta, 58,3 57,0
principalmente, do aumento da produção na 43,7
camada do pré-sal. 32,8
25,7 20,8 20,4
2016
36,6
alta de preços de exportação de 52%.
20,0
Veículos
Açúcar
Produtos
Minério
de ferro
químicos
derivados
(5,6)
ferrosos
(8,9)
Complexo
(5,6)
de soja
Metais não
(1,5)
(14,0)
Petróleo e
(9,7)
metalúrgicos
(3,4)
Siderúrgicos e
(5,2)
agrícolas, em particular, soja e açúcar, decorrente
da forte expansão da safra 2016/2017 também
contribuiu para a alta das exportações totais.
1 No acumulado no ano até outubro ante o mesmo período do ano anterior. Fonte: MDIC, Credit Suisse
90
32,5 80 Média 2017
31,0
28,9
25,8 70 71
% das Média 2016 68
65
exportações totais 60 Média 2018
19,1 57
16,5 55
13,2 14,3 16,3 14,1 13,3 50
10,6 12,8 13,4 Média
11,5 40
8,4 8,7 8,9 2015
6,6 7,4 7,2 30
20
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20171 Jan-15 Jul-15 Jan-16 Jul-16 Jan-17 Jul-17 Jan-18 Jul-18
1 Acumulada em 12 meses até outubro. 2 Cotação do minério de ferro dos contratos SGX AsiaClear. Fonte: @ Datastream International Limited Todos os direitos reservados, Credit Suisse
Exportações
Produção
A maior expansão das vendas foi para os países da 6,1 9,1
2,7
1,1 2,8
América Latina - de 61% no acumulado no ano até
-0,4 -0,7
outubro de 2017 ante o mesmo período de 2016. -10,7
-3,4
-11,2
-15,3
A participação da região na pauta de exportação de -22,8
veículos do Brasil aumentou para 90% em 2017. 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20171
Crescimento das exportações brasileiras Participação de países/ blocos da América Latina nas
de veículos por país1 (%) exportações de veículos do Brasil (%)
122 Outros
3,8
4,4 3,0 Colômbia
6,7 5,8 3,6 Uruguai
Outros 7,6 6,0 Peru
83 0,3 1,5 7,1 Chile
Rússia 0,4 2,5 1,6 México
3,6
63 63 África do Sul 3,4
50 47 4,1 2,9
61 1,4 1,8
Estados Unidos
63,1 Argentina
29 31
América Latina 87,3 87,9 87,3 89,5
Holanda Alemanha
China Coreia do Sul
Japão
EUA
Argentina
2007 2009 2011 2013 2015 2017e 2019e 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: Banco Central, UNCTAD, Credit Suisse
9 10 10 12 12 13
12 11 13 15 20 16 14
80 23 23 19
75 26
72
12
66 67 66 67 66 10
64 62
62 7 60 62
16 35
15 17 12 54 55 6 56 8 13 44 40 39 37 34 34 35
7
8 9 27 26 48 50 54 40 51 31
6 6 42
41 41
29 40
39 25 22 21 20
30 27 6 31 22
27 26 26 28 5
49 47 48 50 51
16 43 39 46 47 48
40 38 33 30 33 36 38 37 35
31 27 30 29 30 32
22 20 24 24 20 20 22 17 24
2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 20171 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 20171
Outros passivos Crédito comercial Empréstimos Investimentos em carteira Investimento Direto no País
1 Posição em outubro. Fonte: Banco Central, Credit Suisse
20 meses de importações.
13,8
13,7
11,1
11,0
10,4
9,8
9,6
9,3
9,0
8,8
8,8
8,5
8,5
8,5
8,5
8,4
8,2
7,7
7,1
6,5
6,3
6,3
6,3
6,3
6,2
6,1
5,9
5,7
5,6
5,5
5,5
5,4
5,4
5,4
5,3
5,2
5,0
5,0
4,6
4,5
4,2
4,1
4,1
3,7
3,7
3,7
3,5
3,5
3,5
3,5
3,3
3,2
3,2
3,0
2,9
2,8
2,7
2,5
Gabão 2,4
Bielorrússia 2,1
Equador 2,0
Maldivas 1,7
Lituânia 1,0
República Eslovaca 0,4
Eslovênia 0,3
Brasil
Coreia do Sul
Bolívia
Guatemala
México
Argélia
Peru
Líbano
Jordânia
Uruguai
África do Sul
Honduras
Trinidad e Tobago
Iraque
Tunísia
Ucrânia
Costa Rica
Montenegro
Rússia
Maurícia
Chile
Hungria
Macedonia
Seychelles
China
Filipinas
Croácia
Polônia
Venezuela
Azerbaijão
Geórgia
República Checa
Colômbia
Argentina
Letônia
Israel
Índia
Malásia
Albânia
Vietnã
Bulgária
Jamaica
Tailândia
Indonésia
Paraguai
Romênia
Rep. Dominicana
Panamá
Belize
Antígua e Barbuda
Bahamas
Angola
Moldávia
Sri Lanka
Bósnia e Herzegovina
Marrocos
Armênia
El Salvador
Mongólia
Emirados Árabes
Cazaquistão
Sérvia
Turquia
¹Importações acumuladas em 12 meses até junho de 2017 e reservas internacionais de junho do mesmo ano. Fonte: FMI, Credit Suisse
Turquia
México
Peru
Bolívia
Guatemala
Jordânia
Chile
Tunísia
Uruguai
Seychelles
Ucrânia
África do Sul
Hungria
Costa Rica
Paquistão
Filipinas
Polônia
Croácia
Geórgia
Albânia
Malásia
Argentina
Paraguai
Bulgária
República Dominicana
Bielorrússia
Roménia
Moldávia
Tailândia
Indonésia
China
Bósnia e Herzegovina
Angola
Armênia
Marrocos
El Salvador
Cazaquistão
Sérvia
Brasil (2015)
Brasil (2016)
Brasil (2017)
Ba2
Baa3 Grau de investimento
Ba1 Grau especulativo
Ba2
Ba3
B1
B2
BBB
BBB- Grau de investimento
BB+ Grau especulativo
BB
BB-
B+ Perspectivas: Positiva Estável Negativa
B
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: S&P, Fitch, Moody’s, Credit Suisse
6
12 24
BB- BB-
4
BB
10 22
Medianas BB+
2 Medianas
BB
BB BB+
8 20
0 Medianas
BB+
6 18
-2 BB-
-4 4 16
2018e
2019e
2018e
2019e
2018e
2019e
2015
2017
2016
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2010
2011
2012
2013
2014
2016
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2017
Fonte: S&P, FMI, Credit Suisse
80 -2 BB
Medianas
70 BB-
-4
60
BB+
50 -6
BB-
40 BB
-8
30
20 Medianas -10
10
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018e 2019e -12
Fonte: S&P, FMI, Credit Suisse
1
10
0
8 -1
Medianas
-2 BB
6
-3 BB+
BB
BB-
4 -4
BB+
BB-
Medianas -5
2
-6
0 -7
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018e 2019e 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018e 2019e
Fonte: S&P, FMI, Credit Suisse
Sofisticação dos
Brasil Saúde
negócios
48
53
56 58 56 57
Ensino
Preparo 64
Superior Brasil 66
tecnológico
72 75
BB (agrupado2) 80
81
Desenvolvimento Mercado de bens
financeiro
Mercado de trabalho
100
1 Normalizado
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
para o intervalo [0,100], onde zero (o centro) corresponde à pior posição, e
100 corresponde à melhor. 2 BB-, BB e BB+. 3 BBB-, BBB e BBB+. Fonte: World Economic Forum, Credit Suisse
Densidade
0,10 5
59 Densidade
0,05
29 3 1
1 1 1 1
49% 0 0 0 0
0,00
BB-/BB/BB+ Perspectiva Rebaixado 0 5 10 15 20 25 30
(estável) Negativa Meses
1 Consideramos as perspectivas classificadas como em “Credit Watch Negative” (6 casos), que atribuem uma maior probabilidade de rebaixamento da nota, também como negativa.
Bahamas: de BBB+/estável (dez-12) para BBB/estável (out-11). A mudança ocorreu após revisão da metodologia da S&P, que atribuiu maior peso à diversificação da economia dos países.
Indonésia (2 vezes): de BBB/estável (mai-96) para BBB-/estável (out-97) e BB+/negativo (dez-7): As revisões ocorreram durante a crise da Ásia, quando a Indonésia foi muito afetada. Fonte: S&P,
Índia: de BBB/estável (set-90) para BBB-/negativo (jul-97): a mudança ocorreu por conta da crise de balanço de pagamentos. Credit Suisse
0,06 37
Densidade
Densidade
0,04
14 11
Rebaixamento 0,02 2
12 16 4 5 3 0 2 2 0 1
X X-11 0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 meses
1 Foram considerados também os casos com redução de mais de um grau na classificação de risco de uma só vez. Fonte: S&P, Credit Suisse
158
155
2003 = 45 2003 = 63 2003 = 74
142
140
2010 = 42 2010 = 60 2010 = 82
2016 = 45 2016 = 50 2016= 92
121
111
105
107
105
103
100
94
91
91
88
89
88
82
83
82
74
73
70
69
66
60
57
55
55
54
51
51
49
48
47
47
44
45
44
40
40
39
41
37
38
36
38
37
36
33
33
33
33
32
30
29
27
28
26
21
22
21
18
17
17
13
Índia
Malásia
Brasil
México
Chile
China
Paquistão
Polônia
Peru
Argentina
Romênia
Filipinas
Bulgária
Tailândia
Rússia
Bangladesh
Hungria
Colômbia
Turquia
Ucrânia
Venezuela
África do Sul
1 Ver, por exemplo, Lucas, Robert (1988). “On the mechanics of economic development” Journal of Monetary Economics. 22, pag.3-42; Grossman, Gene e Helpman, Elhanan (1991) “Trade, Knowledge
Spillovers, and Growth” European Economic Review. 35, pag. 517-526; Barro, Robert e Sala-i-Martin, Xavier (1995) “Technological diffusion, convergence, and growth”. NBER. WP5151. Para o Brasil, ver
Ferreira, Pedro e Rossi, José (2003) “New evidence from Brazil on Trade Liberalization and Productivity Growth”, International Economic Review. 44, pag. 1383-1405. O artigo aponta que a liberalização comercial
iniciada em 1987 e finalizada em 1997 aumentou o crescimento da produtividade total dos fatores e a produtividade do trabalho em 6%. Fonte: UNCTAD, FMI, Credit Suisse
26,3
26,4
26,6
26,0
1,3
25,8
25,2
1,3
1,3
1,3
24,4
1,2
22,9
22,4
1,1
21,6
20,7
1,1
19,7
1,0
1,1
18,5
1,1
17,4
0,9
16,6
0,9
0,9
1,0
15,9
1,0
1,0
15,3
1,0
0,9
14,6
14,4
14,2
13,9
0,9
13,6
0,9
0,8
0,8
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Fonte: UNCTAD, Credit Suisse
Em 1995, o Brasil tinha um número de acordos comerciais Um menor número de acordos comerciais reduz 27
a relevância do País no comércio global e sua
superior à média dos demais países da AL e dos capacidade de expandir o comércio exterior.
acordos da maioria dos outros países emergentes. 1995 2000 2010 2017
30 31 31 30
28
22
20
17 16 17 17
14 15 14
13 13 13 12 13
11 11
8 9 9 9 10 9 8 8 8 8 8
6 7 7 7 6 7
4 4 5 6 6 5 6
3 3 3 4 3 3 3 3 2 2 3 4 3 3 2 3 3
1
África
Chile Peru México Colômbia Brasil Argentina Venezuela Turquia Índia China Malásia Tailândia Rússia Paquistão Filipinas Indonésia Bangladesh Bulgária Hungria Polônia Romênia Ucrânia
do Sul
1Global
System of Trade Preferences among Developing Countries (GSTP), Latin American Integration Association (LAIA),
Mercosul, Protocol on Trade Negotiations (PTN) e Mercosul-Índia. 2 Acumulados até o ano de referência. Fonte: World Trade Agreements, Credit Suisse
4
REER1
3,19
3
RER - US$2
2
Taxa de câmbio nominal
1
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
1 Taxade câmbio real efetiva: taxa de câmbio real ponderada pela participação dos países na pauta de exportação do Brasil.
2 Taxa de câmbio real (USD): taxa de câmbio descontado o diferencial entre a inflação do Brasil e dos EUA.
3 No ano até 31 de outubro. Fonte: Banco Central, Credit Suisse
IPCA 7,7 12,5 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 6,3 2,8 4,5 4,5
Administrados 10,1 14,2 14,0 9,2 8,7 4,3 1,5 3,5 4,5 3,2 5,6 3,7 1,5 5,3 18,1 5,5 8,1 7,1 4,8
Preços livres 6,6 11,8 7,2 6,9 4,2 2,6 5,7 7,0 4,2 7,1 6,6 6,5 7,3 6,7 8,5 6,6 1,1 3,8 4,5
Alimentação 9,6 19,5 7,5 3,9 2,0 1,3 12,4 10,7 0,9 10,7 5,4 10,0 7,6 7,1 12,9 9,4 -5,7 4,7 5,1
Serviços 4,8 5,5 7,1 6,8 6,8 5,5 5,2 6,4 6,4 7,6 9,0 8,7 8,7 8,3 8,1 6,5 4,5 4,2 4,5
Industriais 5,5 10,5 6,9 10,0 4,2 1,4 2,1 4,0 2,9 3,5 3,6 1,8 5,2 4,3 6,2 4,8 0,9 2,5 4,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017e 2018e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
40 15
30 Média
10
20 8,6
7,1
10 5
0
0
-10
-20 -5
4T99 3T01 2T03 1T05 4T06 3T08 2T10 1T12 4T13 3T15 3T17 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
12,0 12,0
9,6 10,5 9,8 10,5 9,5 10,1 9,8 10,4
8,7 7,7
9% 6,9 7,7 7,2
5,9 5,4
Alimentação 3,6 3,5
fora do
domicílio
12,9
10,7
9,6
7,3 7,9
5,7 6,5 6,1 5,2 6,6 5,2 6,1 5,1 6,6
15% 5,0
3,7 4,0 4,0
Industriais 2,3
não duráveis
8,1 8,8
6,7
8% 4,6
3,6 2,6 3,6 3,0 3,3
Industriais 1,4
duráveis 0,4
-0,7 -1,2 -0,5
-2,2 -2,6 -2,2 -1,7
-3,5
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018e
9,9
4,3
Gás de bujão
11,8
Emplacamento
e licença
farmacêuticos
Produtos
Ônibus intermunicipal
0,4
Táxi 0,4
7,1
3,7
Ônibus interestadual -1,9
7,7
5,0
Óleo diesel 7,6
2,2
6,9
Gás veicular 8,6
0,6
2017e 2018e
Fonte: IBGE, Credit Suisse
do petróleo
59 -44 -19 6 31 56
61 -34 -9 17 42 68
63 -25 1 27 54 80
65 -16 11 38 65 92
67 -7 21 48 76 103
69 2 31 59 87 115
1 A Petrobras informou que os valores dos reajustes diários de preços respeitariam o intervalo de -7% e 7%. 2 Em julho, houve um descasamento entre
10 de dezembro de 2017
a inflação interna e externa por conta do aumento da tarifa de PIS/Cofins sobre gasolina de R$0,3816 para R$0,7925. Fonte: IBGE, Credit Suisse 242
Reajustes dos planos de saúde tendem a ser altos em 2018
O índice Variação de Custos Médico-hospitalares Inflação do plano de saúde,
(VCMH), que acompanha os custos do setor de custo do setor de saúde e diferença acumulada
saúde, sugere variações de preços bem superiores (%, acumulado em 12 meses)
à inflação de plano de saúde no IPCA desde 2007. 50,5
59,5
O nível dos reservatórios nas hidrelétricas no Brasil Reservatórios das hidrelétricas em novembro
diminuiu bastante em 2017. As usinas do Sudeste, de cada ano (% do nível máximo)
59 59 68 59
responsáveis por mais de 70% da produção de 41 36 42 48 50 41 32 42 33
Sudeste 22 23 16 27 19
energia elétrica, apresentavam o segundo menor Centro-Oeste
2017
2010
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Um cenário adverso com chuvas insuficientes
para aumentar o nível dos reservatórios e reduzir
a demanda por fontes de energia mais caras Preço da energia elétrica spot por MWh
tenderia a elevar muito as tarifas de energia (deflacionado pelo IPCA)
800
elétrica. Nesse cenário, um recuo do consumo PLD
de energia só seria possível com uma alta 600
Média anual
expressiva de preços, dada a baixa elasticidade- 400
preço ao consumo de energia elétrica. 200
1 A expectativa da CCEE é um parâmetro do mercado de energia elétrica utilizado pelas
empresas de fornecimento em suas programações anuais. O baixo nível dos reservatórios leva o 0
operador nacional a reduzir a produção das hidrelétricas e a ligação de fontes mais caras (e.g.,
termelétricas). O custo do consumo de fontes mais caras é coberto pelas distribuidoras e Jan-08 Dez-09 Nov-11 Out-13 Set-15 Nov-17
ressarcido no ano seguinte com a alta das tarifas ordinárias do tipo A.
Componentes da oferta
O baixo nível de chuvas e eventuais fenômenos climáticos desfavoráveis podem
pressionar a safra de 2017/18. Por outro lado, os atuais elevados estoques sugerem
uma baixa probabilidade de alta expressiva dos preços de alimentos. O baixo nível dos
reservatórios pode elevar os preços de energia elétrica de forma significativa. O cenário
global favorável sugere que uma eventual forte depreciação cambial estaria mais
associada a eventos domésticos, como, por exemplo, deterioração do quadro político.
-2
Mínimo
-4 Mediana
-6
Mar-00 Abr-02 Mai-04 Jun-06 Jul-08 Ago-10 Set-12 Out-14 Nov-16 Dez-18e
1 As estimativas de produto potencial usualmente utilizadas são sensíveis aos últimos valores do PIB. Para reduzir esse efeito, diferentes cenários para o PIB (variáveis de função de produção) são adotados para calcular o produto potencial.
Esse cálculo utiliza um modelo de espaço de estados e o filtro Hodrick-Prescott, assumindo três funções de produção (padrão, com capital humano e capital humano multiplicativo). Um modelo de vetor autorregressivo é utilizado para construir
cenários para PIB, NUCI e taxa de desemprego. O cenário-base considera a projeção média do modelo para todas as variáveis (e.g., PIB de 1,0% T/T-1) para calcular a função de produção e o filtro; o cenário favorável assume a trajetória
do limite superior do intervalo de confiança de 95% das variáveis (e.g., PIB de 1,5% T/T-1); e o cenário desfavorável usa a trajetória do intervalo de confiança inferior (e.g., crescimento do PIB de 0,6%T/T-1).
Fonte: Banco Central, IBGE, FGV, Credit Suisse.
3
Máximo
2
1
Mediana
0
Mínimo
-1
-2
Mar-00 Abr-02 Mai-04 Jun-06 Jul-08 Ago-10 Set-12 Out-14 Nov-16 Dez-18e
1A taxa natural de desemprego (NAIRU) é calculada com base em um modelo de espaço estado e com base em um filtro Hodrick-Prescott, para cada um dos três cenários construídos para a taxa de desemprego (médio, favorável e
desfavorável). O uso de trajetórias para a taxa de desemprego reduz os problemas de fim de amostra em filtros e modelos.
Fonte: Banco Central, IBGE, FGV, Credit Suisse.
12
Máximo
4 Mediana
Mínimo
0
Nov-01 Jun-03 Jan-05 Ago-06 Mar-08 Out-09 Mai-11 Dez-12 Jul-14 Fev-16 Dez-17
Fonte: Banco Central, IBGE, Credit Suisse.
Projeção da inflação IPCA – modelo BVAR Histograma das projeções do BVAR para 2018
(%, acumulada em 12 meses) (%, acumulada em 12 meses)
11 10
Mediana: 4,7%
10
9 8
Histograma
8 das projeções
6
7
Máximo
6
5,5 4
5
4,7
4 4,1 2
Mediana
3
Mínimo
2 0
Mar-15 Ago-15 Jan-16 Jun-16 Nov-16 Abr-17 Set-17 Fev-18e Jul-18e Dez-18e 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5
Fonte: IBGE, Banco Central, Credit Suisse
Projeção da inflação IPCA – modelo VAR Histograma das projeções do VAR para 2018
(%, acumulada em 12 meses) (%, acumulada em 12 meses)
12 8
11 Mediana: 4,4%
10
6
9
8
7 4
6 Histograma
Máximo das projeções
5 5,0
2
4 4,4
Mediana 3,9
3
Mínimo
2 0
Mar-15 Ago-15 Jan-16 Jun-16 Nov-16 Abr-17 Set-17 Fev-18e Jul-18e Dez-18e 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5
Fonte: IBGE, Banco Central, Credit Suisse
Projeção da inflação IPCA – modelo VAR Histograma das projeções do VAR para 2018
(%, acumulada em 12 meses) (%, acumulada em 12 meses)
14 8
Mediana: 5,2%
Histograma
12 das projeções
6
10
8 4
Máximo
6,7
6
5,2 2
Mediana
4
Mínimo 2,2
2 0
2000 2003 2006 2009 2012 2015 2018e 2 4 6 8
Fonte: IBGE, Banco Central, Credit Suisse
8
Média dos emergentes
6 de 4,0%
Média dos desenvolvidos
4 de 2,0%
2
0
Japão
Gana
Peru
Brasil
Canadá
Suíça
Sérvia
Brasil 2019
Brasil 2020
Índia
Israel
Vietnã
Zâmbia
Chile
Ucrânia
Rússia
Uganda
Albânia
Suécia
México
Moldávia
Austrália
Uruguai
Guatemala
Geórgia
Paquistão
Polônia
Armênia
Hungria
Coreia do Sul
Noruega
Islândia
Turquia
África do Sul
Tailândia
Romênia
Reino Unido
Cazaquistão
Filipinas
Mongólia
Argentina
Colômbia
Nova Zelândia
Bangladesh
Indonésia
República Dominicana
Paraguai
República Checa
Fonte: Bancos centrais, Credit Suisse
Gana
Peru
Brasil
Canadá
Suíça
Israel
Sérvia
Índia
Vietnã
Zâmbia
Chile
Ucrânia
Uganda
Suécia
Albânia
México
Rússia
Austrália
Moldávia
Uruguai
Guatemala
Armênia
Geórgia
Paquistão
Polônia
Islândia
Hungria
Turquia
Coreia do Sul
Noruega
Romênia
Tailândia
Reino Unido
África do Sul
Azerbaijão
Cazaquistão
Filipinas
Mongólia
Argentina
Colômbia
Nova Zelândia
Bangladesh
Moçambique
Indonésia
República Dominicana
Paraguai
República Checa
Desvio de inflação frente à meta Limite inferior da meta Limite superior da meta
³ Para os demais países exceto Brasil, foram utilizadas as projeções para a inflação de 2017 do FMI do World Outlook de outubro de 2017. Fonte: Bancos centrais, Credit Suisse
10 8
Brasil
8
4
6
4
Emergentes 0
2 Diferencial Brasil
Desenvolvidos e emergentes
0 -4
2002 2006 2010 2014 2018e 2000 2003 2006 2009 2012 2015 2018e
1Países emergentes: Bangladesh, Brasil, Bulgária, Chile, China, Colômbia, Hungria, Índia, Indonésia, Malásia, México, Paquistão, Peru, Filipinas, Polônia, Romênia, Rússia, África do Sul, Tailândia, Turquia , Ucrânia. Países
desenvolvidos: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hong Kong, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Coreia do Sul, Letônia, Lituânia,
Luxemburgo, Macao, Malta, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Porto Rico, San Marino, Cingapura, República Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Taiwan, Reino Unido, Estados Unidos. Utilizamos as
projeções do FMI para o fim de 2017 e 2018. Fonte: IBGE, FMI, Credit Suisse
IPCA
6,0 5,7 5,9 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 6,3
argumentação de que a inflação teria 3,1 4,5 4,3 2,8
Industriais
10,5 10,0
6,9
emergentes não parece robusta. 6,0 5,5 4,2 4,0 2,9 3,5 3,6 5,2 4,3 6,2 4,8
1,4 2,1 1,8 0,9
Os ajustes recentes (e.g., reforma da
legislação trabalhista) contribuem, certamente,
para reduzir o nível de inflação dos próximos
Serviços
36 9,0 8,7 8,7
7,1 6,8 6,8 7,6 8,3 8,1
anos. Todavia, a baixa produtividade do 4,8 5,5 5,5 5,2 6,4 6,4 6,5 4,5
3,2
trabalho e as condições de negócios
19,5
desfavoráveis no País (e.g., reduzida abertura 9,6
12,410,7 10,7 10,0
12,9
9,4
7,5 7,6 7,1
da economia, concentração bancária alta,
Alimentação
3,9 5,4
3,2 2,0 1,3
sistema tributário complexo e infraestrutura 16
0,9
8,0
8
7,9 Alimentação fora do domicílio Alimentação
-3,4
no domicílio
IPCA 3,5 -5,2
3
2,7
Alimentação
-2 fora do domicílio -0,4
Serviços -0,3
ex-alimentos
-5,1
Industriais -1,1
-7
Out-16 Dez-16 Fev-17 Abr-17 Jun-17 Ago-17 Out-17
Fonte: IBGE, Credit Suisse
2,78 2,50
2,11 1,97 1,82
0,33 0,26 0,05
-0,32 -0,07 -0,54
-0,13 -0,10 -0,07
-0,98 -1,29
1T16 4T16 2T17
Composição do recuo de 6,0pp do IPCA livres entre o 1T16 e o 2T17
42% 16% 16% 1% 34% -8%
Inflação passada Expectativas Hiato do Commodities Temperatura Residual
desemprego
Fonte: IBGE, Credit Suisse. 10 de dezembro de 2017 264
Dois ciclos de forte desinflação de alimentos desde 1999
Inflação IPCA e variação da inflação IPCA nos últimos 12 meses (%, acumulado em 12 meses)
20 De mai-03 a abr-04 De abr-05 a mar-07 De jan-16 a set-17
Ciclos
de desinflação De maio 2003 a abril 2004 De abril 2005 a março 2007 De janeiro 2016 a setembro 2017
do IPCA
Características
Todos os ciclos apresentaram um período desinflacionário superior a um ano. Baixa ou nenhuma contribuição do grupo de serviços para a
comuns entre
os ciclos desinflação no período. Contribuição relevante dos administrados para o recuo da inflação.
1 Ciclos de desinflação definidos por aqueles em que a inflação em determinado mês recuou mais de 3,0pp frente ao mesmo mês do ano anterior. Fonte: IBGE, Credit Suisse.
1 Fischer, S. e D. Orsmond (2000) “Israeli Inflation from an International Perspective”, FMI , Working Paper 00/78. Fonte: Fischer, S. e D. Orsmond (2000), Credit Suisse
Autonomia formal
microeconômicas
preços, contratos
do Banco Central
Desindexação de
déficit fiscal
Redução do
comercial
Reformas
e salários
Abertura
O México e o Chile A Croácia foi capaz de Hungria e Croácia O Chile e a Colômbia México e Chile
promoveram um amplo desindexar os salários implementaram concederam essa reduziram bastante
programa de e benefícios do medidas como a autonomia no que se os impostos sobre
consolidação fiscal funcionalismo flexibilização do refere à gestão da importações e
para retirar suas e de eliminar a mercado de trabalho, política monetária. estabeleceram
dívidas brutas de uma indexação do a melhoria do ambiente diversos acordos
trajetória insustentável. salário mínimo. de negócios, a comerciais bilaterais,
Por exemplo, o México simplificação do o que contribuiu para
sistema tributário e
conseguiu reverter o reduzir muito
as privatizações. Foram
déficit fiscal superior a medidas fundamentais a inflação.
20% do PIB em 1987 para elevar a
para um superávit já produtividade e
em 1992. o produto potencial da
economia e reduzir
pressões inflacionárias.
Avaliação sobre a capacidade de projeção das Distribuição dos erros de projeção fora da amostra
medidas de núcleo um ano à frente para o IPCA 1 ano à frente (ponto percentual)
Capacidade de projeção da 0,30
Medidas de núcleo IPCA MS
inflação um ano à frente
0,25
IPCA DP24
Mais de 68% dos erros de projeção 0,20
Densidade
são positivos. Apesar de ser aquela com IPCA DP48
Núcleo de
a distribuição mais assimétrica de erros 0,15
médias aparadas com
de projeção, essa medida de núcleo foi
suavização (MS) a que mostrou o menor erro absoluto 0,10
médio (1,5pp).
IPCA EX
0,05
2,0
IPCA-DP IPCA-DP
(48 meses) (24 meses)
1,5
AR(1)
1,0
IPCA-EX
0,5 Médias aparadas
com suavização
0,0
Nov-08 Set-09 Jul-10 Mai-11 Mar-12 Jan-13 Nov-13 Set-14 Ago-15 Jun-16 Set-17
Fonte: IBGE, Credit Suisse
períodos prolongados.
Dos quatro modelos utilizados aqui para analisar a
9
inflação de longo prazo para o caso do Brasil, três se
baseiam na medida de inflação tendencial de Máxima
Beveridge-Nelson1 (i.e., modelo de componentes não 8
observáveis – UC, modelo de componentes não
observáveis com volatilidade estocástica – UCSV e o
modelo de vetor autorregressivo com coeficientes 7
Média
onde e são normalmente distribuídos com variância constante. A inflação tendencial neste modelo é
definida pelo componente , que segue um passeio aleatório1.
A inflação tendencial alcançou 9,2% em 2002, período de forte aversão ao risco e desvalorização cambial.
Essa inflação de longo prazo diminuiu de 7,0% no 1T15 para 4,8% no 3T17.
Inflação IPCA e inflação tendencial do modelo UC (%, acumulada em 12 meses)
12
10
Inflação de longo prazo
8
6
4,8
4
2
IPCA trimestral anualizado
0
4T99 1T01 2T02 3T03 4T04 1T06 2T07 3T08 4T09 1T11 2T12 3T13 4T14 1T16 3T17
1 Para mais detalhes, ver Stock, J. e M. Watson (2007) “Why has U.S. inflation become harder to forecast?”, Journal of Money, Credit and Banking.
A estimação do modelo foi realizada utilizando o algoritmo EM (Expectation Maximization). O parâmetro da variância de é definido como aquele que
gera a projeção um ano à frente com o menor erro dentro da amostra, com critério dado pelo erro quadrático médio. Fonte: IBGE, Credit Suisse
onde é composto pela inflação IPCA e pela expectativa de mercado para a inflação em 12 meses e suas
defasagens. A medida de longo prazo para a inflação é estimada como a mediana da
densidade de projeção da inflação 10 trimestres à frente.
A inflação tendencial com uma ou duas defasagens das variáveis explicativas na estimação variou entre 4,9%
e 6,2% nos últimos anos, alcançando nas duas especificações, respectivamente, 5,4% e 5,6% no 3T17.
Inflação IPCA e estimativas de inflação tendencial no modelo TVVAR
(%, acumulada em 12 meses)
TVVAR - p=2 10,410,1
TVVAR - p=1 9,5 9,1
8,5 8,7
7,7
7,1 6,7 7,0
4,6 5,6 6,3 6,2 5,8 5,2 4,9 5,1 5,6 6,1 6,6 5,8 5,0 5,2 5,6
6,4 6,6 6,1
5,8 5,8
6,4 6,6 6,5
4,3 4,9 5,6
4,4 4,2 4,6 5,4
3,6
2,6
4T07 3T08 2T09 1T10 4T10 3T11 2T12 1T13 4T13 3T14 2T15 1T16 4T16 3T17
1 Ciccarelli, M. et all (2017) “Low inflation in the euro area: causes and consequences” Occasional Paper Series, n181. 2 A metodologia de Cogley, T. e T. Sargent (2002) “Evolving Post-War II US Inflation
Dynamics” , NBER Macroeconomics Annual 2001, MIT Press, Cambridge; para a inflação tendencial: mediana da densidade posteriori de projeção. Dado o tamanho reduzido da série de expectativas de inflação,
utilizamos 10 trimestres como horizonte de projeção de longo prazo. Os valores da inflação tendencial são calculados com uma janela de estimação móvel. Por exemplo, para o cálculo da inflação tendencial do
4T07, estimamos o modelo até o 2T15 e projetamos a densidade posteriori de 10 períodos à frente (4T07). Para calcular a inflação tendencial do 1T08, estimamos o modelo com um período a mais e repetimos o
procedimento anterior. Fonte: IBGE, Credit Suisse
8,0
10
7,5
7,0 5
6,5
6,0 0
5,5
-5
5,0
4,5 -10
Set-09 Jan-11 Mai-12 Set-13 Jan-15 Mai-16 Out-17 Set-09 Jan-11 Mai-12 Set-13 Jan-15 Mai-16 Out-17
1O coeficiente do modelo de inflação tem efeitos relevantes apenas sobre as expectativas de médio prazo, alterando, portanto,
apenas a “curvatura” da curva de expectativas. Fonte: IBGE, Credit Suisse
25
Taxa Selic
20
15
Taxa real de juros
10
9,50
7,50
7,00
5 4,5
Inflação IPCA acumulada em 12 meses 4,5
2,9
0
Dez-99 Dez-01 Dez-03 Dez-05 Dez-07 Dez-09 Dez-11 Dez-13 Dez-15 Dez-17 Dez-19e
Fonte: Banco Central, IBGE, Credit Suisse
30
Regra de Taylor
(hiato do produto e diferença entre expectativas de inflação e o centro da meta)
25
Taxa básica de juros Selic
20
15
5
1T99 4T00 1T02 4T03 3T05 1T07 3T08 2T10 4T11 2T13 1T15 3T16 1T18e 4T19e
1Produto potencial calculado por um filtro Hodrick-Prescott, com expansão da nossa projeção de crescimento do PIB até 2025 para minimizar o risco de sensibilidade das caudas. A projeção de
expectativa de inflação de 12 meses a partir de 2019 assume nossas projeções de inflação de longo prazo.
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Estados Unidos (Fed)1 foi utilizado para estimar a Taxa de juros natural:
(iii) No último passo, foram utilizadas ambas as estimativas obtidas nos passos anteriores para a
estimação do modelo completo.
1 Para mais detalhes sobre o modelo ver: Holston, K., Laubach, M. e Williams
(2016) “Measuring the Natural Rate of Interest: International Trends and
Determinants”, WP 2016-11, Federal Reserve Bank of San Francisco.
Fonte: Credit Suisse
das observações entre 1999 e 2002, período sem medidas de expectativas de inflação disponíveis, subestima, provavelmente, as projeções de taxa natural de juros ao excluem um período de juros reais
elevados. Fonte: IBGE, Banco Central, Credit Suisse
16 16
fed funds Libor TIPS fed funds Libor TIPS
14
14
12
NTNB (5 anos) NTNB (2045) 12 NTNB (5 anos) NTNB (2045)
10
10
Libor
8 TIPS
TIPS 8
6 Libor
NTNB NTNB (2045)
(5 anos) 6
4 NTNB
(2045) 4 NTNB (5 anos)
2
fed funds fed funds
0 2
Mar-05 Set-07 Mar-10 Set-12 Mar-15 Out-17 Mar-05 Set-07 Mar-10 Set-12 Mar-15 Out-17
1 Paramais detalhes, ver Barbosa, Fernando, Felipe Camêlo e Igor João, 2015: “A Taxa de Juros Natural e a Regra de Taylor no Brasil: 2003-2015”, Revista Brasileira
de Economia, 70(4), 399-417; e Christiano, Lawrence e Terry Fitzgerald, 2003: “The Band Pass Filter”, International Economic Review, Vol 44, n. 2, 435-465. Fonte: Banco Central, B3, Fred, Credit Suisse
6,75
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Fonte: B3, Credit Suisse
24 meses
450
250
50
-150
12 meses
-350
-550
-750
Mai-05 Mar-06 Jan-07 Nov-07 Set-08 Jul-09 Mai-10 Mar-11 Jan-12 Nov-12 Set-13 Jul-14 Mai-15 Mar-16 Jan-17 Nov-17
1 Os valores para 12 e 24 meses assumem que há um número de reuniões do Copom similar ao número existente para os prazos de 1 e 2 anos. Fonte: Banco Central, B3, Credit Suisse
Inclinação da curva de juros de 4 anos x 2 anos (FRA 2x4) e de 3 anos x 1 ano (FRA 1x3) 1
(pontos-base, 7 de dezembro)
400
300
3 anos x 1 ano
200
100
-100
4 anos x 2 anos
-200
-300
-400
Jan-05 Mar-06 Mai-07 Jul-08 Set-09 Nov-10 Jan-12 Mar-13 Mai-14 Jul-15 Set-16 Dez-17
1 Os valores assumem que há um número de reuniões do Copom similar ao número existente para os prazos de 1, 2 e 4 anos. Fonte: Banco Central, B3, Credit Suisse
dada por . 2 Para estimar a função impulso resposta, foi utilizado um vetor autorregressivo em que as variáveis endógenas utilizadas
foram os coeficientes a inflação IPCA, a dívida bruta e o hiato do produto (IBC-Br), e a variável exógena foi a Selic, sendo adotadas as diferenças para as variáveis não estacionárias. Para
mais detalhes, ver: Diebold, F., G, Rudenbusch, e S. Aruoba (2006): “The Macroeconomy and the Yield Curve: a Dynamic Latent Factor Approach”,
Journal of Econometrics, 131, 309-338. Fonte: IBGE, Banco Central, B3, Credit Suisse
Cálculo A base de cálculo da exigibilidade corresponde à Deduzir R$ 30 milhões e depois Até 18% da exigibilidade poderá ser cumprida com a
e forma de média aritmética dos VSR (valores sujeitos a calcular os VSR com base no dedução de: (i) financiamentos habitacionais do SFH
recolhimento recolhimento) apurados no período de cálculo, que exceder: (i) R$ 3 bilhões, se contratados a partir de junho de 2015, não admitidos
deduzida de R$ 70 milhões. o PR-I* for menor que refinanciamentos para esse fim; e (ii) saldo devedor das
São isentos do recolhimento, algumas ordens R$ 3 bilhões; (ii) R$ 2 bilhões, linhas de crédito para projetos de infraestrutura, inclusive
de pagamento em moeda estrangeira; os depósitos se o PR-I for entre R$ 3 bilhões linhas de capital de giro contratadas entre dezembro de
à vista captados por instituições financeiras públicas e R$ 10 bilhões; e 2015 e julho de 2016.
federais e estaduais, autarquias e sociedades de (iii) R$ 1 bilhão, se o PR-I for
Para as instituições com Nível I do PR inferior a
economia mista de cujos capitais participem os entre R$ 10 bilhões e
R$ 5 bilhões, a exigibilidade será deduzida de R$ 100
respectivos governos. Recolhimento é dispensado, R$ 15 bilhões.
milhões até o período de cálculo de 26 a 29 de
se for inferior a R$ 500 mil. Recolhimento é dispensado, se o dezembro de 2017.
valor for inferior a R$ 500 mil.
Remuneração Espécie e caixa das instituições financeiras, Depósito em espécie, Depósito em espécie, com remuneração da poupança
limitados a 40% da exigibilidade, sem remunerado pela Selic. vinculada:
remuneração. As reservas bancárias não podem TR + 3%; para os depósitos efetuados após 2012:
ser menores do que 80% da exigibilidade. O saldo (i) se Selic > 8,5%: TR + 6%.
médio das reservas bancárias não pode ser menor (ii) se Selic < 8,5%: TR + 70% da Selic.
do que 100% da exigibilidade.
1 O valor do Patrimônio de Referência (PR) consiste no somatório do Nível I e Nível II do capital. Nível I: composto por ações ordinárias e preferenciais,
reservas de lucros e prejuízos acumulados. Nível II: composto por instrumento de dívida subordinada emitido em dólar, acrescido de Libor trimestral e juros fixos. Fonte: Banco Central, Credit Suisse
20
Crédito bancário
15
95%
10
7,8
6,3
5
0 0,0
-5
Dez-09 Dez-10 Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14 Dez-15 Dez-16 Dez-17e Dez-18e Dez-19e
1 As linhas de 95% se referem ao intervalo de confiança de 95% da previsão do modelo utilizado para projetar o crescimento do crédito bancário. Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Crédito livre 30
15 Crédito direcionado
25
95%
20
10
8,8
7,3 15
5 95%
10
6,8
5 5,2
0 0,8
0 -0,8
-5 -5
Dez-09 Dez-11 Dez-13 Dez-15 Dez-17e Dez-19e Dez-09 Dez-11 Dez-13 Dez-15 Dez-17e Dez-19e
1 As linhas de 95% se referem ao intervalo de confiança de 95% da previsão do modelo utilizado para projetar o crescimento do crédito bancário. Fonte: Banco Central, Credit Suisse
20
20
15
Crédito livre
para pessoa jurídica
10
15 95%
Crédito livre 95% 6,3
para pessoa física 5
3,0
10,8 10,8
10
0
-5 -3,9
5 5,2
-10
0 -15
Dez-09 Dez-11 Dez-13 Dez-15 Dez-17e Dez-19e Dez-09 Dez-11 Dez-13 Dez-15 Dez-17e Dez-19e
1 As linhas de 95% se referem ao intervalo de confiança de 95% da previsão do modelo utilizado para projetar o crescimento do crédito bancário. Fonte: Banco Central, Credit Suisse
20
30
Crédito direcionado
25 para pessoa jurídica
Crédito direcionado 20
para pessoa física
20
95% 10
95%
15
0 -20
Dez-09 Dez-11 Dez-13 Dez-15 Dez-17e Dez-19e Dez-09 Dez-11 Dez-13 Dez-15 Dez-17e Dez-19e
1 As linhas de 95% se referem ao intervalo de confiança de 95% da previsão do modelo utilizado para projetar o crescimento do crédito bancário.
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
120
30 80
100
25 60
80 Brasil
20 40
60
Brasil
Brasil
40 15 20
08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17
1 Base de dados do BIS até o 1T17. Fonte: BIS, Credit Suisse
40 40
35 35
Brasil Brasil
30 30
Máximo
25 25
Máximo Mediana
20 20
15 15
Mediana
10 10
5 5 Mínimo
Mínimo
0 0
1T99 2T01 3T03 4T05 1T08 2T10 3T12 4T14 1T17 1T99 2T01 3T03 4T05 1T08 2T10 3T12 4T14 1T17
1 Base de dados do BIS até o 1T17. Os países utilizados nessa amostra foram os seguintes: (i) emergentes: África do Sul, Brasil, China, Hungria, Índia, Indonésia, Malásia, México, Peru, Polônia, Rússia
e Tailândia; (ii) desenvolvidos: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Hong Kong, Itália,
Japão, Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça. Fonte: BIS, Credit Suisse
111
40
78
30
54 52 47
20 78 88 33
51
Crédito imobiliário 32 25 4 6
10 10 11
60
55 55,3
50
45 44,7
40
Instituições financeiras públicas
35
30
Jun-88 Nov-90 Abr-93 Set-95 Fev-98 Jul-00 Dez-02 Mai-05 Out-07 Mar-10 Ago-12 Jan-15 Set-17
700 BNDES
50
BNDES
600
40
500
Imobiliário Imobiliário
400 30
300 Rural
20 Rural
200
Outros 10
100
Outros
0 0
Mar-07 Dez-08 Set-10 Jun-12 Mar-14 Dez-15 Set-17 Mar-07 Dez-08 Set-10 Jun-12 Mar-14 Dez-15 Set-17
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
3,5
3,4
3
livre, cuja taxa de inadimplência recuará de 5,2%
3,2
em 2017 para 4,8% em 2018 e aumentará para 2
5,0% em 2019. 1
5,2
5,0
4,5
4,8
maior ampliação da inadimplência nos últimos anos. 3,0
1,7
1,5
1,6
1,6
1,0
0,5
0
1T11 4T11 4T12 4T13 4T14 4T15 4T16 4T17e 4T18e 4T19e
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
bancos públicos de 8
2,0
desenvolvimento.
Bancos privados
6 1,5
Central. As reestruturações referem-se a estimativas do Banco Central sobre as renegociações de operações vencidas e convertidas em
operações a vencer, sem pagamento integral dos valores em atraso (capitalização dos saldos em atraso).
10 de dezembro de 2017 307
Carteira de ativos problemáticos continua bastante alta
A carteira de ativos problemáticos do sistema financeiro nacional permaneceu bem elevada, apesar da
estabilização da inadimplência do crédito bancário nos últimos meses. A carteira de ativos problemáticos dos
bancos públicos de desenvolvimento continuou aumentando até junho de 2017 (último dado disponível),
enquanto a carteira de ativos problemáticos dos bancos públicos comerciais e bancos privados recuou.
8
Bancos privados
8
7
Ativos problemáticos Classificadas Sistema
6 de E a H financeiro
6
5
Bancos públicos comerciais
Reestruturadas
4
4
3
2 2
Inadimplentes
1 Bancos públicos de desenvolvimento
0 0
Dez-12 Set-13 Jun-14 Mar-15 Dez-15 Set-16 Jun-17 Dez-12 Set-13 Jun-14 Mar-15 Dez-15 Set-16 Jun-17
1 Classificação de risco do Banco Central de A (menos arriscado) a H (mais arriscado). Fonte: Banco Central, Credit Suisse
50 6
Taxa de aplicação 5,5
40 EUA 5,2
Chile 4,3
30 43 4
35 3,9 3,9
20 África do Sul
Taxa de captação 2,7
2 Turquia
10 2,1
0 Rússia
Mar Set Mar Set Mar Set Mar Set Mar Set Mar Set Mar Set 0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: Banco Mundial, Credit Suisse
Decomposição do
spread bancário para o crédito livre e o direcionado
(% da rentabilidade bruta de intermediação financeira, em 2016 )
12
Direcionado
Custos
33 27
Livre
Total
administrativos 28
Custo
44 PDD 42 45
1 Febraban e Accenture (2017): “Estudo do Spread Bancário”, mimeo, agosto de 2017. Fonte: Febraban, Accenture, Credit Suisse
4,5
33
15 Desenvolvidos
32
3,8 3,4 12,8 Brasil
1,8 Emergentes
1,1 2,0
22 11 Emergentes
0,4 Desenvolvidos
Turquia 18,5 Média Reino Unido 6 Média Reino Unido 1,0 Média
0,38
0,21
0,15
0,08
0,00 0,00 0,00 0,01 0,02 0,02 0,04 0,05
0,05
Rússia África Austrália Coreia Turquia Chile Colômbia México EUA Reino Alemanha Índia Brasil
do Sul do Sul Unido
1 Febraban e Accenture (2017): “Estudo do Spread Bancário”, mimeo, agosto de 2017. Fonte: Febraban, Accenture, Credit Suisse
1.600 74
Depósitos Depósitos
1.400 68
Ativos Ativos
1.200 62
1.000 56
800 50
Jun-08 Jun-09 Jun-11 Jun-13 Jun-15 Jun-17 Jun-08 Jun-09 Jun-11 Jun-13 Jun-15 Jun-17
1O BCB considera que mercados que registraram valores para o IHH situados entre 0 e 1.000 são considerados de baixa concentração; entre 1.000 e 1.800, de moderada concentração; e acima de
1.800, de elevada concentração. O IHH é obtido pelo somatório do quadrado da participação de cada instituição financeira (IF) no mercado considerado: IHH = (IF1)2 + (IF2)2 +... + (IFn)2.
Fonte: Banco Central, Credit Suisse
Alimentação no domicílio (%) -0,1 12,4 10,7 0,9 10,7 5,4 10,0 7,6 7,1 12,9 9,4 -5,7 4,7 5,1
Bens industriais (%) 1,5 2,1 4,1 3,0 3,5 3,6 1,8 5,2 4,3 6,2 4,8 0,9 2,5 4,0
Serviços (%) 5,2 5,6 7,3 6,8 7,8 9,7 8,7 8,7 8,3 8,1 6,5 4,5 4,2 4,5
Preços monitorados (%) 4,5 1,5 3,5 4,5 3,2 5,6 3,7 1,5 5,3 18,1 5,5 8,1 7,1 4,8
Inflação IGP-DI (%) 3,8 7,9 9,1 -1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 11,1 7,2 -0,6 4,5 4,5
Taxa de câmbio fim de período (R$/US$) 2,14 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,65 3,90 3,26 3,20 3,30 3,40
Taxa de câmbio média (R$/US$) 2,18 1,95 1,84 1,99 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,49 3,19 3,25 3,35
Taxa de juros Selic fim de período (%) 13,25 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,75 7,00 7,50 9,50
Taxa de juros Selic média (%) 15,27 11,98 12,38 10,01 9,82 11,67 8,53 8,19 10,89 13,63 14,10 10,16 6,84 8,94
Política Fiscal
Resultado nominal (% do PIB) -3,6 -2,7 -2,0 -3,2 -3,2 -2,5 -2,3 -3,0 -6,0 -10,4 -9,0 -8,1 -7,2 -7,7
Resultado primário (% do PIB) 3,2 3,2 3,3 1,9 1,8 2,9 2,2 1,7 -0,6 -1,9 -2,5 -2,3 -2,2 -2,1
Receitas do Governo Central (% do PIB) 22,6 22,8 23,1 22,2 21,7 22,6 22,1 22,2 21,5 21,1 21,0 21,1 20,9 20,8
Despesas primárias do Governo Central (% do PIB) 16,7 16,8 16,0 17,2 16,9 16,6 16,7 17,2 18,1 19,6 19,9 20,0 19,7 19,4
Dívida bruta do governo geral (% do PIB) 55,5 56,8 56,0 59,3 51,8 51,3 53,8 51,7 57,1 66,5 69,9 74,5 74,3 77,6
Dívida líquida do setor público (% do PIB) 46,5 44,6 37,6 40,9 38,0 34,5 32,3 30,6 33,1 36,2 46,2 52,0 54,3 58,3
Fonte: IBGE, Banco Central, Tesouro Nacional, Credit Suisse
Indústria (%) 2,0 6,0 3,9 -4,8 10,2 4,1 -0,7 2,2 -1,5 -6,3 -4,0 0,0 3,3 2,7
Serviços (%) 4,4 5,8 4,8 1,9 5,8 3,5 2,9 2,8 1,0 -2,7 -2,6 0,2 2,4 2,1
Consumo das famílias (%) 5,4 6,3 6,4 4,2 6,2 4,8 3,5 3,5 2,3 -3,9 -4,3 1,0 3,1 2,6
Consumo do governo (%) 3,6 4,1 2,1 2,9 3,9 2,2 2,3 1,5 0,8 -1,1 -0,1 -0,6 0,0 0,5
Demanda
Formação bruta de capital fixo (%) 6,1 12,0 12,7 -1,9 17,9 6,8 0,8 5,8 -4,2 -13,9 -10,3 -2,3 5,0 3,5
Exportações (%) 4,8 6,2 0,4 -9,2 11,7 4,8 0,3 2,4 -1,1 6,3 1,9 4,7 5,0 4,1
Importações (%) 17,8 19,6 17,0 -7,6 33,6 9,4 0,7 7,2 -1,9 -14,1 -10,2 5,1 10,5 7,9
Investimentos (% do PIB)1 17,8 19,8 21,6 18,8 21,8 21,8 21,4 21,7 20,9 18,2 15,4 15,8 15,9 16,1
Taxa de desemprego média anual (%)2 - - - - - - 7,4 7,1 6,8 8,5 11,5 12,7 12,0 11,6
Salário real – rendimento habitual (%, ante o ano anterior) - - - - - - - 3,3 1,1 -0,3 -2,1 2,1 1,5 2,0
População ocupada (%, ante o ano anterior) - - - - - - - 1,4 1,5 0,0 -1,9 0,3 2,3 1,7
Massa salarial (%, ante o ano anterior) - - - - - - - 4,7 2,6 -0,3 -3,9 2,4 3,9 3,7
Crédito bancário (%, ante o ano anterior) 3 20,7 28,8 30,7 15,1 20,6 18,8 16,4 14,5 11,3 6,7 -3,5 0,0 6,3 7,8
Crédito Livre (%, ante o ano anterior) 23,4 32,6 32,8 8,4 16,9 16,5 13,6 7,9 4,6 3,8 -5,0 0,8 7,3 8,8
Pessoas físicas (%, ante o ano anterior) 24,8 33,4 25,7 15,9 20,5 13,2 10,2 7,8 5,5 2,8 0,4 5,2 10,8 10,8
Pessoas jurídicas (%, ante o ano anterior) 22,2 31,8 39,8 1,6 13,2 20,1 17,1 8,0 3,8 4,9 -10,2 -3,9 3,0 6,3
Crédito Direcionado (%, ante o ano anterior) 15,2 17,5 26,7 29,1 26,9 22,4 20,8 24,0 19,6 9,8 -2,1 -0,8 5,2 6,8
Crédito bancário (% do PIB) 30,4 34,7 39,7 42,7 44,1 46,5 49,3 51,0 53,1 54,5 49,6 47,4 47,2 47,4
Crédito livre (% do PIB) 20,7 24,3 26,9 27,1 27,2 28,1 29,1 28,3 27,7 27,7 24,9 23,9 24,1 24,4
Crédito direcionado (% do PIB) 9,7 10,1 12,8 15,5 16,9 18,4 20,2 22,7 25,3 26,8 24,8 23,5 23,1 23,0
Inadimplência (% do crédito livre) 5,0 4,3 4,4 5,5 4,5 5,1 5,2 4,4 4,3 5,3 5,6 5,2 4,8 5,0
1Investimentos são definidos pela soma da formação bruta de capital fixo e da variação dos estoques. 2 Taxa de demprego nacional, medida pela Pesquisa Nacional por Fonte: IBGE, Banco Central, Credit Suisse
Amostra de Domicílio. 3 As séries de crédito de 2003 à 2007 foram descontinuadas, conforme revisão da estrutura de dados do Banco Central em março de 2015.
Agradecemos a Edgard Dias e Rodrigo Daumichen pela coordenação dos trabalhos de design gráfico e editoração
desta publicação, ao time de Corporate Communications (Brasil), Edgard Dias, Fábio Vasconcelos, Francisco Lima,
Jéssica Abrahão, Márcio Brandão, Márcio Numa, Samy Levy, Rafael Fortino, Renato Di Nizo, Rodrigo Daumichen e
Victor da Mata; a Cristiane Mizuki, Graziela Rodrigues e William Steinmetz pela revisão e tradução dos textos; e a
Eduarda Capizzani e aos nossos estagiários Bruno Vicente, Julia Ghizzi, Renan Carinha e Ricardo Fontes pela
assistência de pesquisa e edição.
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