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15 Fundos imobiliários
Brasil
No Brasil, depois de uma série de Circuit Breakers em mar-
ço, o Ibovespa amargou seu pior mês desde agosto de 1998,
com uma queda acumulada de 29,90% no período. De lá para
cá, porém, nosso principal índice de ações retomou o fôlego
e recuperou boa parte dos pontos perdidos, ainda que em
meio à muita volatilidade.
Juros
Por falar em juros, a taxa Selic também não passou incólume
à pandemia, caindo de 4,50% no início do ano para os atuais
2,00%, renovando assim o menor patamar histórico diante da
retração da atividade econômica e da consequente menor
inflação em décadas do país.
para 2021 didas, a pergunta que todos se fazem é o que esperar para
2021.
Política
No campo político, a eleição do democrata Joe Biden nos
EUA tende a beneficiar os mercados emergentes, na medida
em que a imprevisibilidade e instabilidade de Donald Trump
dão lugar a um governo mais comedido e previsível, garantido
por uma provável maioria republicana no Senado que pode
barrar qualquer mudança mais brusca na política econômica
americana.
Mercado
Hoje, olhando para a curva de juros futuros, o mercado está
dizendo que a Selic pode terminar 2021 em 5,00%, mais que
o dobro do patamar atual. Não faço ideia se o mercado está
certo ou errado, mas não há como negar que a trajetória da
taxa de juros para o próximo ano é, sim, ascendente.
Mas, por mais que os nossos juros possam voltar a subir, ain-
da continuaremos muito distantes daquela era de ouro para
a renda fixa no Brasil. De modo que o investidor que almeja
uma rentabilidade expressiva em seus investimentos terá ne-
cessariamente que sofisticar suas aplicações, pensando mais
no longo prazo e montando uma carteira muito mais diversi-
ficada e balanceada, com parte de seus recursos alocada na
renda variável.
Conclusão
Dito isso, e sabendo que nem todos possuem disposição ao
risco, a primeira dica é iniciar a transição de forma gradual,
sempre baseando suas decisões em opiniões de especia-
listas. Nossa missão aqui no BTG Pactual digital é ajudá-lo
nesse processo, motivo pelo qual listamos abaixo nossas
principais ideias de investimentos para 2021.
Tamanho
O tamanho da reserva depende muito de cada pessoa, mas
o ideal é que a quantia seja suficiente para cobrir no mínimo
seis meses de todas as despesas – ou seja, seis vezes o valor
que você gasta com todas as suas contas ao longo do mês,
incluindo lazer. Dessa forma, você garante um tempo razoável
para resolver seu imprevisto sem ter que recorrer a moda-
lidades de endividamento, como empréstimos ou o temido
cheque especial.
Liquidez
Como é possível perceber, um dos principais requisitos para
sua reserva de emergência é a liquidez. Afinal, o dinheiro
investido precisará estar disponível rapidamente em um mo-
mento de urgência. Por conta disso, títulos de renda fixa em
que o investidor acaba travando sua aplicação por períodos
mais longos e fundos de investimento que só permitem o
resgate semanas depois da solicitação acabam não sendo
escolhas interessantes para esse fim específico.
investimento seja, as oscilações para cima ou para baixo que o valor apli-
cado pode sofrer. Obviamente, por se tratar de um dinheiro
para sua reserva para situações emergenciais que pode ser sacado a qualquer
momento, o investidor precisa que a aplicação lhe ofereça
de emergência previsibilidade, evitando assim o risco de surpresas negativas.
Com isso, o investimento em ativos de renda variável também
não é uma escolha interessante para este caso.
Confira a seguir.
2021
Como estratégia para 2021, entendemos que a visão mais
ampla de renda fixa faz bastante sentido para o investi-
dor que pretende diversificar sua carteira sem abrir mão
dessa classe de ativos.
A porta de
entrada para a
renda variável
Como funcionam
Os fundos imobiliários – ou FIIs – são negociados em Bolsa e
funcionam como ações, mas, em vez de empresas, o aporte
é em imóveis. Trata-se de uma das modalidades que mais
tem despertado o interesse dos brasileiros nos últimos dois
anos, o que faz sentido para um povo que tem tradição de
investir em imóveis, mas que, em sua grande maioria, ainda
desconhece as vantagens de fazê-lo através da compra de
cotas dos FIIs.
A porta de entrada
Segundo, porque consideramos a modalidade ideal para
para a renda variável
investidores que desejam receber uma renda periódica
Produtos
produtos Para auxiliá-lo na montagem de sua carteira, selecionamos
Vantagens
Nossa recomendação está pautada pelos seguintes fatores:
(I) carteira formada em sua maioria por imóveis AAA, localiza-
dos nas principais regiões de negócio do país; (II) capacidade
de originação de novos negócios pela excelente gestão; (III)
cenário positivo para o segmento de lajes corporativas de
alto padrão em São Paulo no longo prazo; (IV) ótima liquidez;
e (V) valuation atrativo.
Portifólio
Seu portfólio é formado por 14 ativos que, somados, equi-
valem a uma ABL (Área Bruta Locável) de 268 mil metros
quadrados, distribuídos entre os estados de São Paulo (83%)
e Rio de Janeiro (17%). A carteira de locatários é bastante
diversificada, possuindo grandes empresas como a Cargil,
E&Y, Volkswagen, Samsung, TIM, entre outras. Atualmente, o
fundo possui uma vacância de 14,6%, inferior à vacância dos
imóveis de alto padrão na cidade de São Paulo (16%).
BTG PACTUAL porativas de alto padrão em São Paulo para o longo prazo.
Entendemos que o curto prazo é desafiador por conta da
Conclusão
Por fim, o fundo negocia com desconto sobre o valor patri-
monial (P/VPA de 0,84x) e um dividend yield real e líquido es-
perado para 2021 de 6,1%, prêmio de 310 bps sobre a NTN-B
2035 líquida e acima da média do mercado para fundos de
lajes corporativas.
Performance LT
145
BRCR11 135
IFIX 125
CDI 115
105
95
85
75
out19
nov19
dez19
jan20
fev20
mar20
abr20
mai20
jun20
jul20
ago20
set20
out20
3.000 120%
2.700 114%
Valor de mercado (R$ Milhões) 2.400 108%
2.100 102%
P/VPA (%) 1.800 96%
1.500 90%
1.200 84%
900 78%
600 72%
300 66%
0 60%
out19
out20
nov19
dez19
jan20
fev20
mar20
abr20
mai20
jun20
jul20
ago20
set20
Recomendação
Nossa recomendação está pautada pelos seguintes pilares:
(I) maior diversificação e liquidez pós-oferta, em aquisições
de ativos com taxas atrativas; (II) portfólio com ativos bem
localizados e bons locatários; (III) gestão experiente; (IV) boa
liquidez; e (V) valuation atrativo.
Expectativa
A expectativa é que, após alocados os recursos da oferta, o
fundo apresente um patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão em
um portfólio diversificado com 17 ativos. Grande parte da
carteira estará localizada em São Paulo (73% da ABL), com
exposição de 75% da receita a contratos atípicos de longo
prazo (76% com vencimento após 2025), o que gera maior
segurança em termos de ocupação dos locatários e maior
previsibilidade de pagamento dos rendimentos.
Performance LT
160
BTLG11 150
140
IFIX
130
CDI 120
110
100
90
80
70
out19
nov19
dez19
jan20
fev20
mar20
abr20
mai20
jun20
jul20
ago20
set20
out20
900 125%
Valor de mercado (R$ Milhões) 800 120%
700 115%
P/VPA (%) 600 110%
500 105%
400 100%
300 95%
200 90%
100 85%
0 80%
nov19
dez19
jan20
fev20
mar20
abr20
mai20
jun20
jul20
ago20
set20
out20
out19
CAPITÂNIA O fundo
O Capitânia Securities II é um fundo de recebíveis com
Recomendação
Nossa recomendação está pautada pelos seguintes pontos:
(I) carteira diversificada em papéis de qualidade com taxas
atrativas; (II) gestão de primeira linha; (III) ótima liquidez; e (IV)
valuation atrativo.
Carteira
Sobre a carteira de CRIs, o fundo conta com 34 papéis,
pulverizados em diferentes devedores e segmentos, em sua
maioria indexados à inflação (75%) e o restante indexado ao
CDI (25%). Em termos da carteira de CRIs, o fundo possui
cerca de 40 papéis, pulverizados em diferentes devedores e
segmentos, com exposição a papéis de qualidade e garantias
bem amarradas em ativos performados.
Capitânia
A Capitânia é uma gestora de recursos que atua no mercado
há quase duas décadas e tem um time capacitado com gran-
de expertise no mercado de crédito. Grande parte dos CRIs
são estruturados dentro da gestora (cerca de 75% da carteira
atual), o que possibilita a geração de valor via negociação
de taxas e garantias em operações exclusivas, bem como
os investimentos em cotas de outros fundos imobiliários que
também apresentam oportunidades restritas.
Conclusão
Por fim, o CPTS11 negocia a um preço justo com um leve
prêmio de 3,6% sobre o patrimônio líquido, em linha com a
média histórica do fundo (P/VPA de 1,03x), e dividend yield
anualizado de 11,1% (último provento de R$ 0,90 por cota).
Olhando para a frente, entendemos que o fundo tende a
diminuir a distribuição de rendimentos para um patamar mais
sustentável em torno de R$ 0,62 por cota, o que ainda gera
um bom dividend yield forward de 7,7% ao ano.
CAPITÂNIA
SECURITIES II FII
(CPTS11)
Performance LT
140
CPTS11
130
IFIX 120
CDI 110
100
90
80
70
60
out19
nov19
dez19
jan20
fev20
mar20
abr20
mai20
jun20
jul20
ago20
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out20
Valor de mercado e e P/VPA
900 157%
Valor de mercado (R$ Milhões) 800 148%
700 140%
P/VPA (%) 600 131%
500 123%
400 114%
300 106%
200 97%
100 89%
0 80%
nov19
dez19
jan20
fev20
mar20
abr20
mai20
jun20
jul20
ago20
set20
out20
out19
por Ricardo Cavalieri São papéis de empresas de diferentes setores que, em nossa
opinião, encontram-se em boa situação para aumentar seus
lucros e gerar valor aos acionistas, proporcionando a monta-
gem de uma carteira balanceada e diversificada – caracterís-
ticas que acabam diluindo naturalmente eventuais impactos
negativos de alguma delas que, por qualquer motivo, venha a
ter uma performance ruim.
Vamos a elas:
B3 (B3SA3) Histórico
De 2016 até a chegada da pandemia, vimos um aumento
contínuo e consistente nas alocações em ações brasileiras
por investidores locais. E, em nossa opinião, esta alocação
aumentará com o tempo, principalmente em função do nível
historicamente baixo da taxa Selic. Além disso, no terceiro
trimestre, foram concluídos 25 negócios (13 IPOs + 12 Follow-
-Ons) de acordo com a B3, tornando-se o trimestre com
maior número de ofertas de todos os tempos. Somente em
setembro, o montante de capital levantado em ofertas iniciais
de ações foi superior ao de todo o ano de 2019. Com os nú-
meros de outubro, 2020 já se tornou o ano de maior volume
financeiro no mercado de capitais desde 2010, passando dos
R$ 89,6 bilhões do ano passado.
Futuro
E há muitos novos produtos por vir em 2021: a B3 espera
lançar uma nova tela de negociação para o empréstimo de tí-
tulos, facilitando o processo para os investidores e se conec-
tando ao ciclo de liquidação D+1 da clearing e com funcio-
nalidades de pré-negociação controladas por corretoras para
garantir a solidez do sistema. A nova política de precificação
de ações, anunciada no início do ano, também deverá ser
implementada durante o primeiro semestre de 2021, com um
esquema de descontos mais assertivo. Também será lança-
do o exercício automático de opções, solução que facilita a
operação e reduz o risco operacional dos operadores de alta
frequência. Além disso, novos mercados, como os registros
de apólices de seguros e de duplicatas eletrônicas, estão
sendo criados por órgãos reguladores, dos quais a B3 tem
participado de forma ativa.
Conclusão
Vemos o valuation atual (24x P/L ajustado de 2021) como
um bom ponto de entrada, visto que enxergamos os pares
globais negociando perto de 30x P/L. O mercado de capitais
brasileiro está crescendo, e nossas estimativas para os lucros
de 2021 ainda são conservadoras. Reiteramos a B3 como
nosso nome preferido para aproveitar a transformação que
está acontecendo no mercado de capitais brasileiro.
Hoje
Embora as ações estejam inegavelmente baratas em qualquer
métrica, ainda acreditamos que a redução na percepção de
risco da tese da ação será um processo gradual, com base
em três pilares: (I) o retorno de caixa em níveis atrativos deve
gerar entradas adicionais de capital (esperamos um dividend
yield em torno de 10-15% para 2021; (II) forte recuperação
nos volumes e custos decrescentes; e (III) melhora marginal
da percepção ESG, dado o foco maior da administração no
tema desde Brumadinho (longo prazo).
A empresa
A Magazine Luiza é uma de nossas Top Picks para o varejo e
e-commerce, considerando sua evolução como ecossistema
de produtos e serviços, foco na experiência do consumidor e
tráfego e sortimento relevantes.
Evolução
A evolução da empresa como ecossistema completo de
varejo/e-commerce e de serviços tem sido um diferencial. O
crescimento impressionante do e-commerce deve-se ao au-
mento da base de vendedores (3P), aumento da utilização do
Superapp da MGLU (incluindo os apps da Netshoes, Zattini
e Época Cosméticos), que hoje já possui mais de 30 milhões
de usuários, e à melhora em seus processos de logística: com
aumento de entregas expressas (em 24 horas) para as vendas
1P; as lojas funcionando como ponto de saída dos produtos
para entregas e a utilização do modelo de cross-docking.
Conclusão
A Magazine Luiza deve continuar sendo vista pelo mercado
como uma verdadeira empresa de tecnologia/omnichannel
(crescendo acima do mercado tanto online quanto offline
e sustentando um momentum sólido). A base de nossa tese
estrutural positiva sobre MGLU permanece centrada em dois
pilares: (i) o e-commerce continuará crescendo a uma taxa
secular, devendo pelo menos triplicar até 2025, aumentan-
do a penetração nas vendas totais do varejo; e (ii) como em
mercados mais maduros, há uma tendência de consolidação
pela frente, com poucos vencedores.
Hoje
Do ponto de vista macroeconômico, a reabertura das eco-
nomias (ainda que gradual) e a remoção das restrições para
deslocamentos e viagens trazem uma melhor perspectiva
para o lado da demanda. Reflexo disso é a clara melhora nos
preços do petróleo, que vêm se recuperando desde março
e continuam com uma curva futura ascendente. Resultados
da companhia devem naturalmente ser impulsionados por tal
melhora de preços e volumes de vendas. Em nossas proje-
ções, esperamos um lucro líquido de US$ 5,5 bilhões para
2021, entregando um lucro por ação de R$ 2,25.
Conclusão
Por fim, as ações da companhia ainda negociam com altos
descontos versus outros participantes da indústria, o que
reforça nossa visão para a Petrobras como uma das histórias
de valor mais assimétricas em nosso universo de cobertura,
suportada pela maior rentabilidade advinda do pré-sal, desa-
lavancagem e menor custo de capital.
Oi (OIBR3) Segmento
O setor de telecomunicações vem passando por grandes
transformações nos últimos anos. Os serviços mais requisita-
dos mudaram com a demanda maior pela telefonia móvel em
detrimento da fixa, além da crescente demanda por serviços
de internet rápida, intensificada pela pandemia. Dentro desse
cenário, ainda temos a reestruturação da Oi, que vem me-
xendo bastante com a dinâmica do setor e deve levar à maior
transformação desde as privatizações.
A empresa
A Oi passa por um processo de recuperação judicial iniciado
em 2016. Desde então, a empresa tem investido fortemente
na construção de uma infraestrutura de internet super-rápida
baseada em fibra ótica, com o intuito de se tornar o maior
negócio da empresa. Em setembro deste ano, a aprovação
do aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi per-
Reestruturação
A venda de ativos é parte fundamental da reestruturação da
Oi, já que vai permitir que a empresa pague antecipadamente
uma grande parte de suas dívidas e intensifique seus inves-
timentos em fibra ótica. Apenas a venda da unidade móvel,
com leilão marcado para 14 de dezembro, deve gerar R$ 16,5
bilhões para a empresa, sendo a TIM, a Vivo e a Claro as
principais interessadas, dado o potencial de consolidação
setorial e o ganho com sinergias. A Oi também vai vender
parte da sua operação de fibra ótica, levantando, pelas nos-
sas estimativas, cerca de R$ 6,5 bilhões. É importante res-
saltar que existem chances consideráveis da Oi vender sua
participação por valores maiores, gerando ainda mais upside
para o papel
Crescimento
A decisão de focar seus investimentos em fibra ótica tem se
mostrado assertiva. O crescimento das receitas provenien-
tes do segmento ultrapassou no terceiro trimestre as perdas
relacionadas à estrutura de cobre, mostrando que a receita
vinda do novo negócio da Oi já está conseguindo superar as
perdas relacionadas ao antigo. A empresa tem sido rápida e
eficiente na implantação de sua rede FTTH (Fiber-To-The-
-Home) de última geração. No terceiro trimestre, a operadora
já passava sua fibra por 7,9 milhões de residências, conectan-
do 1,75 milhão de clientes. Esperamos que a Oi termine 2020
com 2,1 milhões de clientes conectados e faturamento anuali-
zado de mais de R$ 2 bilhões. A expansão deve continuar de
maneira rápida em 2021, com a operadora terminando o ano
com aproximadamente 3,5 milhões de clientes.
Um abraço,
Gabriel Casonato, analista de investimentos
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