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LEITURA E ESCRITA 1º e - 2º ANOS - IZA - LOCATELLI - 2011 PDF
LEITURA E ESCRITA 1º e - 2º ANOS - IZA - LOCATELLI - 2011 PDF
SUBSECRETARIA DE EDUCAÇÃO
REGINA HELENA DINIZ BOMENY
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO
MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS
VASCONCELLOS
COORDENADORIA TÉCNICA
MARIA SOCORRO RAMOS DE SOUZA
MARIA DE FÁTIMA CUNHA
CONSULTORIA
PROFª DRª IZA LOCATELLI
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
JÚLIA YOLANDA PAES MENDES
MARIA LÚCIA DE SOUZA E MELLO
DIAGRAMAÇÃO
MARIA PAULA SANTOS DE OLIVEIRA
REVISÃO
ANTONIO AUGUSTO ALVES MATEUS FILHO
2
Professor,
3
palavras, descobrindo novas palavras, de forma lúdica e lógica.
O texto é o foco deste trabalho. Parte-se do texto e volta-se ao
texto com a escrita livre dos alunos, sem medo de arriscar ou de
errar. Há momentos em que se discutem as relações fonema-
grafema, indispensáveis para a compreensão de como as
palavras se formam. Estes momentos são parte das “aulas”, mas
“as aulas" não se reduzem à busca destas relações.
IZA LOCATELLI
JÚLIA YOLANDA PAES MENDES
MARIA LÚCIA DE SOUZA E MELLO
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
5
Os nomes dos alunos como unidade de significação ........................... 68
O texto como ponto de partida ................................................................. 69
As dificuldades ortográficas .................................................................... 78
Como se pode escrever determinada palavra? ...................................... 79
6
INTRODUÇÃO
7
A LÍNGUA ESCRITA COMO OBJETO DA
APRENDIZAGEM
8
Língua e Linguagem
9
Segundo Saussure (1969), língua é o conjunto de todas as
regras (fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas) que
determinam o emprego dos sons, das formas e das relações
sintáticas, necessárias para a produção de significados. A língua é
um conceito social que preexiste e subsiste aos seus falantes.
Ferdinand de Cada um de nós já encontra, ao nascer, a língua que irá falar.
Saussure
(1857-1913) Cada falante escolhe, em determinados momentos, parte da
Foi um linguista e
filósofo suíço cujas
língua e a utiliza segundo seus propósitos comunicativos. A isto
elaborações teóricas Saussure chama de Fala ou Discurso.
propiciaram o
desenvolvimento da
linguística enquanto Ainda, segundo Saussure (1969), a língua é composta de
ciência e o
surgimento do signos verbais. Um signo verbal é a reunião de um significante e
estruturalismo.
Além disso, o de um significado, isto é, reúne um conceito com uma imagem
pensamento de
Saussure estimulou acústica. O signo linguístico é arbitrário. O significado das palavras
muitos dos
questionamentos
boi, buey, boeuf, ox, em língua portuguesa, espanhola, francesa
que comparecem na ou inglesa, é o mesmo, mas o significante varia de acordo com a
linguística do
século XX. língua falada.
10
Conforme afirma Tedesco (2010):
11
não quer dizer relação causal. Estes não são fatores impeditivos
para a aprendizagem da leitura e da escrita. Podem ser
desenvolvidos junto com as habilidades necessárias a este
aprendizado. Quando um paradigma de palavra é apresentado às
crianças, não se está só ensinando a leitura daquelas palavras,
mas sim, e principalmente, o reconhecimento visual e auditivo de
semelhanças e diferenças entre elas. Inúmeras atividades que
reforcem coordenações e discriminações podem ser utilizadas no
decorrer do processo de alfabetização, sem que se espere que a
criança tenha “prontidão” para ser alfabetizada.
12
FALAR E LER
13
que eles percebam a relação da
escrita com a fala, deixando-os
livres para tentar escrever,
desenhar, falar, brincar com
palavras e sons. Isso torna o
processo de alfabetização mais
suave e produtivo, evitando,
assim, que o medo de errar iniba as crianças. O desenvolvimento
desse trabalho deve ser intenso no primeiro bimestre do ano
letivo, quando as crianças estão iniciando o processo de
aprendizagem da língua escrita.
14
Ao organizar e mediar a alfabetização dos alunos, o professor
deve ter clareza de que os fonemas são unidades mínimas da fala,
não contendo em si qualquer significado. Não possuem outra
função que não seja a de poderem ser combinados para formar
unidades linguísticas que lhes sejam superiores (os morfemas).
Mar
15
reconhecer a realidade linguística de cada um deles como uma
das variantes da língua “oficial” do nosso país. Os quadrinhos do
Chico Bento, abaixo, ilustram a forma de falar, isto é, o uso da
língua oral característica no campo. E nas diferentes cidades,
como falamos?
16
letras para, ao fim de uma simples frase, não saberem o que
leram. A leitura só é leitura se tem significado, o que envolve a
compreensão do texto lido. Esta é uma constatação importante o
suficiente para entendermos que determinados métodos que
priorizam a relação som/letra, sílabas, tornam artificial a leitura, até
porque, quando se lida com fonemas isolados, as frases formadas
tornam-se totalmente sem sentido. Como aprender a ler e se
interessar pela leitura se, muitas vezes, os textos apresentados
representam a não leitura? São textos clássicos em cartilhas, hoje
chamadas de livros de alfabetização, frases como: Vivi viu o ovo,
Vovó vê a Vivi, Viva o vovô, A chuva choveu no chapéu do Chico
etc.
17
Obviamente, as crianças precisam
conhecer as relações fonema/grafema,
só que esta relação não deve iniciar o
processo de leitura e sim, ser
descoberta pela observação e
comparação de palavras significativas,
http://coisasdastic.blogspot.com/
extraídas de textos: conversas,
parlendas, trava-línguas, poesias, quadrinhos... Não deve,
também, ser exaustiva, dando-se margem a que a criança faça
suas descobertas, como foi explicado acima. Se considerarmos o
número de letras do alfabeto, multiplicando-se este número por
cinco combinações com as diferentes vogais, teremos um imenso
número de sílabas sem significado. É importante que o professor
se lembre disto, antes de lidar com os
chamados métodos sintéticos.
18
levados a fazer esta relação. O modo mais lógico para que isto
aconteça é a observação do comportamento dos fonemas em
várias palavras, através de paradigmas.
gola
rola
19
sem muito esforço, deduzirão as diferentes possibilidades de
reunião de uma consoante com uma vogal. O bom professor
oferece instrumentos para a comparação e dedução pelos alunos.
O importante é que o professor saiba que as relações
fonema/grafema têm que ser construídas de forma direta e
explícita.
Fonética e fonologia
20
1 – Bilabiais - produzidos pelo contato dos lábios : /p/ /b/ /m/
(pato, bola, mapa)
21
Padrões estruturais da sílaba em língua portuguesa
V - a
CV - pá
VC - ás
CVC - paz
CVCC - supersticioso
CCV - traço
CCVC - crer
CVS - pai
VS - oi
V = vogal
C = consoante
S = semivogal
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ORGANIZANDO O CONTATO COM A LÍNGUA
ESCRITA: LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO
23
conhecimentos, conheçam o seu uso. A este processo chamamos
letramento.
QUINO. 10 anos de Mafalda. São Paulo:Editora WMF Martins Fontes, 2010, p.57.
24
O nível de letramento dos alunos vai influir na expectativa em
relação ao que irão aprender e nos resultados alcançados. Ainda é
Mafalda a ilustrar o que estamos falando:
Fonte: QUINO. 10 Anos de Mafalda. SP: Editora Martins Fontes, 2010, p.54.
25
que recursos da língua utilizar em dada situação, em dado
texto (a gramática);
de que forma são utilizados os recursos para atender aos
propósitos comunicativos (o estilo/ o uso da gramática).
Conhecer o funcionamento do
sistema de escrita é tão importante
quanto participar de práticas
sociais letradas.
26
Produção de texto: liberdade para escrever
O que escrevo?
27
www.revistadatribuna.com.br
28
Para que os alunos aprendam a escrever, é necessário que
eles, de fato, escrevam e que as situações de escrita sejam
constantes e variadas. Quanto mais a criança escreve, quanto
mais analisa o próprio texto, quanto mais produz textos com
diferentes objetivos e em diferentes situações, mais pode ampliar
as suas habilidades de produtora de texto.
29
análise das partes (parágrafos, palavras, sílabas e letras),
percebendo, assim, as distinções estruturais existentes em nosso
código linguístico. No entanto, cada uma dessas partes deve ser
remetida ao todo em situações significativas, para que tenham
sentido para as crianças. Assim, as atividades de escrita são
significativas quando planejadas com a finalidade de registrar
ideias e fatos, ou pela necessidade de os alunos se comunicarem
com alguém.
30
esses textos para a turma, o professor estará fornecendo
informações essenciais: lemos e escrevemos da esquerda para a
direita; do alto para baixo de cada folha; lemos e escrevemos na
página da esquerda antes da página da direita…
Com a intervenção/mediação do
professor, as crianças perceberão
que o texto é constituído de
palavras; aprenderão que as
palavras são constituídas de partes
menores, as letras, que são
símbolos usados para grafar os http://baudeideiasdaivanise.blogspot.com/2008/01/lingu
agem-3-jogo-de-leitura.html
31
sons da fala. Os alunos devem perceber que não existe uma
correspondência biunívoca entre o som, o fonema, e a sua
representação escrita, o grafema. Devem tomar consciência,
também, dos espaços no texto, descobrindo a necessidade de
organizar as palavras e frases. Enfim, deverão aprender que
essas são características do registro escrito na nossa língua. Por
isso, é muito importante a conscientização linguística dos alunos
quanto às diferenças entre a língua oral e a língua escrita.
32
No trabalho com gêneros textuais, tem-se a oportunidade de
utilizar tanto a oralidade como a escrita em seus usos culturais.
Esta diversidade propicia uma aprendizagem significativa. Assim,
as crianças passarão a lidar, de forma contextualizada, com as
palavras, os sinais de pontuação e todos os demais recursos
discursivos da nossa língua escrita usados para comunicação.
33
GATO ESCONDIDO
TÁ MAIS ESCONDIDO
QUE RABO
http://4.bp.blogspot.com/_KOFIc7UDClY/SXk9I9wxYII
UNI DUNI TÊ
SALAMÊ MINGUÊ
O QUE É
QUE NÃO TEM
O QUE É PERNAS MAS SEMPRE
ANDA ?
34
Neste caso, as propostas deverão ser diversificadas, variando com
o maior ou menor nível no processo de aquisição da escrita.
35
Por fim, os textos trabalhados
coletivamente podem ser ilustrados
pelos alunos e serem colocados em
exposição, em um local de fácil
acesso na sala de aula, para que as
crianças possam consultá-los, sempre
que necessitarem de um modelo, de
Produção escrita dos alunos da E. M. 06.22.011
um apoio.
36
criar uma expectativa sobre a leitura, antecipando o seu
tema;
despertar a imaginação de seus alunos, propondo que
falem sobre os aspectos do tema que podem ter sido
abordados no poema;
ler o seu título: o que ele sugere?
ler o nome do autor: já conhecem outros poemas escritos
por ele?
ler diversas vezes para a turma: explorar seu ritmo, o jogo
de palavras, as rimas;
apresentá-lo escrito em um blocão;
conversar sobre o significado das palavras que eles não
conhecem;
ler, apontando as palavras, marcando os espaços entre
elas;
propor que eles o leiam, à medida em que aponta as
palavras;
propor a representação por meio de desenho e de
dramatização;
propor a localização de palavras, no poema, substituindo-
as por desenhos dos alunos.
37
Explorando textos...
O MOSQUITO ESCREVE
CECÍLIA MEIRELES
O MOSQUITO PERNILONGO
TRANÇA AS PERNAS, FAZ UM M,
DEPOIS, TREME, TREME, TREME,
FAZ UM O BASTANTE OBLONGO,
FAZ UM S.
O MOSQUITO SOBE E DESCE.
COM ARTES QUE NINGUEM VÊ,
FAZ UM Q,
FAZ UM U E FAZ UM I.
ESSE MOSQUITO
ESQUISITO
CRUZA AS PATAS, FAZ UM T.
E AÍ,
SE ARREDONDA E FAZ OUTRO O,
MAIS BONITO.
OH!
JÁ NÃO É ANALFABETO,
ESSE INSETO,
POIS SABE ESCREVER SEU NOME.
38
Para ilustrar nossa proposta trouxemos, como exemplo, o
poema “O Mosquito Escreve”, de Cecília Meireles. Ressaltamos,
no entanto, que as etapas sugeridas para a exploração desse
texto podem ser utilizadas com diferentes gêneros textuais.
39
leia outras vezes, apontando as palavras lidas. Este
procedimento vai ajudar os alunos a estabelecer relações
entre a oralidade e a escrita. Perceberão, também, a
finalidade dos espaços entre as palavras.
40
O entendimento ou não, pelo colega, leva a criança a
perceber a necessidade do uso de uma escrita que permita o
entendimento dos leitores. Estimule a troca de conhecimentos
entre as crianças.
41
Um mesmo gênero textual pode se apresentar com diferentes
formas e conteúdos.
http://surra.org/img/receita
42
Quando falamos em receita, pensamos, com mais frequência,
na receita culinária e na receita médica. No entanto, há outros
tipos de receita, como vemos nas ilustrações.
http://146.164.47.135/blog/rosa/2010/05/28
escrita, converse com as crianças para
identificar e ampliar seus conhecimentos sobre o assunto. A troca
entre os diferentes saberes e as suas intervenções enriquecerão a
todos.
43
A escrita de nossos alunos
Características do texto
44
identificar algumas ocorrências da convenção: Moleque e Sapeco
( Linha 1 do texto).
Ex.:
Linha 1 - É um moleque sapeco.
Linha 2 – Ele usa gorro tem a perna só,
Linha 3 - E fuma gorro tem perna perna só
Linha 4 - O saci agora...
45
no texto escrito. Precisamos mostrar aos alunos estas diferenças,
para que ele vá se conscientizando sobre elas, o que lhe dará
segurança para pensar sobre os fatos da língua em seu próprio
texto. (SMOLKA, 1989).
46
pequenos grupos, ou coletivamente sobre o texto produzido. Para
as discussões coletivas, sugerimos que seja registrado, no quadro
de giz/quadro branco, o texto criado pelo coletivo da turma, que
será discutido por todos os alunos, tornando-se esse um momento
de cooperação e superação coletiva. Você deve conscientizar seu
aluno da importância dessa prática. Para tanto, faça desse
momento um procedimento rotineiro do processo de produção
escrita na sua sala de aula.
47
Observamos, também, que os espaços convencionais,
usados na escrita, não aparecem no texto, indicando que, nos
registros iniciais, aparece o fluxo contínuo do pensamento.
48
Por que isso acontece?
49
É importante considerar que, ao escrever o que pensa,
seu aluno começa o texto, mas se perde no movimento
que faz para registrar o fluxo do próprio pensamento e,
ao mesmo tempo, ter domínio do código linguístico
convencional.
50
As dificuldades são muitas. Como ajudar nossos alunos a
superá-las?
51
Esses dados devem ser observados por você para que, ao
organizar seus alunos, transforme sua sala de aula em um espaço
onde eles falem, se relacionem, de forma a possibilitar a interação,
a troca de ideias e de conhecimentos. É importante, também,
considerar os materiais e os recursos que estão disponíveis e que
os auxiliam nesse processo.
52
Crie muitas situações de escrita porque, ao escrever, seus
alunos vão experenciando as normas, as convenções da língua.
As situações de interlocução, de leitura dos próprios textos por
outra pessoa, aponta a necessidade de normas comuns para que
a leitura seja possível.
53
NINGUÉM LÊ SEM CONHECER O CÓDIGO, MAS ELE
DEVE SER APRENDIDO EM SITUAÇÕES
CONTEXTUALIZADAS
GLOBINHO-29/05/2010
54
No entanto, as reflexões sobre a relação fonema/grafema
precisam ser feitas, para que as crianças percebam que a letra é a
representação gráfica de um som. Desvelar o código escrito não é
tão simples. Quase nenhuma criança consegue fazer isto sozinha.
A maioria necessita do apoio de um adulto letrado que vá
apontando as relações entre fonemas e grafemas. Estas relações
podem ser percebidas através da lógica apresentada em
paradigmas de palavras, para que a criança perceba diferenças ou
semelhanças entre estas.
bola
mola
cavalo
bola
caneca
mola
boneca
rola
55
Por outro lado, as crianças terão que perceber, também
através de paradigmas, que, dependendo da posição em que
aparecem nas palavras, as letras terão sons diferenciados:
saco relógio
casa Teresa
56
Outras letras representam diferentes sons como o /S/:
S - sinal
SS - assado
C - cinema
SC - cresce
Ç - caçador
X - texto
Z - faz
XC- excelência
exatamente X=Z
xícara X = CH
Maxiliano X = CS
57
Evidentemente este trabalho não se esgota na alfabetização.
As dificuldades ortográficas devem ser discutidas durante todo o
percurso escolar dos alunos e não apenas pelos professores de
Língua Portuguesa.
58
CONTANDO HISTÓRIAS: ALGUMAS REFERÊNCIAS
59
A seguir, algumas “dicas” para o momento da contação de
histórias.
60
abordados na história; ler o título da história: o que ele
sugere?
ler o nome do/a autor/a: já conhecem outras histórias
escritas por ele/ela?
ler para a turma: explorar a pontuação, as pausas do texto,
o ritmo, dando entonação à leitura;
conversar sobre o significado das palavras que os alunos
não conhecem;
propor a representação por meio de desenho e de
dramatização.
61
Na “hora do estudo”:
tradutor, escritor,
contista e ensaísta. Conversar, também, sobre o autor: já conhecem alguma
Sua criação mais
outra obra de Monteiro Lobato?
conhecida foi o
Sítio do Picapau Verificar se eles estabelecem uma relação entre o autor do
Amarelo. Faleceu
livro e o seriado da televisão.
em 4 de julho de
1948. Propor, também, atividades para desenvolvimento dos
fatos da língua.
62
PONTOS - CHAVE A SEREM CONSIDERADOS
DURANTE O TRABALHO DE ALFABETIZAÇÃO
63
3 - Incentivar a criança a desenhar e
falar sobre seus desenhos.
64
11 - Diariamente passar, explicar e corrigir o dever de casa.
Devem ser criadas rotinas de estudo.
65
18 - Utilizar, no início do processo de aprendizagem da leitura
e da escrita, a letra em caixa alta ou a letra script, que têm um
traçado mais simples que a letra cursiva.
66
27 - Não expor alunos a críticas desagradáveis quando
cometem erros. Ter sensibilidade para não colocar em situação
de evidência (ir ao quadro, ler em voz alta) alunos que poderão se
sentir humilhados, se não realizarem bem a tarefa.
67
Os nomes dos alunos como unidade de significação
68
Rótulos de produtos conhecidos:
O rótulo é um texto, portanto deve ser
analisado:
Qual o produto?
Para que serve?
O que tem escrito?
http://www.shelflife.com.br/embalage
m/fermento-royal-nova-embalagem/
http://divulgarciencia.com/categoria/pont
69
se fala, como já dito. Em suma, nem sempre o que é óbvio para os
adultos o é também para as crianças.
O JOGO DE BOLA
Cecília Meireles
A bela bola
rola
a bela bola do Raul.
Bola amarela,
a da Arabela.
A do Raul
é azul.
Rola a amarela
e pula a azul.
A bola é mole,
é mole e rola.
A bola é bela,
é bela e pula.
É bela, rola e pula,
é mole, amarela, azul.
A de Raul é de Arabela,
e a de Arabela é de Raul.
70
Explorando o texto:
Raul/azul.
71
Pedir aos alunos que observem, no quadro de nomes de
alunos, os nomes que contêm a letra inicial da palavra bola.
72
Pedir aos alunos que digam outras palavras que terminem
igual à palavra bola, por exemplo, e registrá-las sob a
forma de paradigma.
bola
bela
rola
pula
amarela
sola
gola
mola
escola
73
fazer o mesmo com a sílaba inicial.
bola
boneca
bota
boca
bonito
bode
Exemplo:
74
bala mala mola bala ralo mala
lama ramo
lima remo
75
Criar palavras novas pela troca de sílabas e continuar a
efetuar trocas:
bolo-------lobo
lobo bobo
bobo bebo
amarela mala
mola
mala mula
boi - boa - Bia - mau - má - mia - meu - rei - rua - rói - lua - lã
76
Lembrar sempre que o trabalho de consciência fonológica,
com fonemas, sílabas e paradigmas, deve ser curto. A aula
deve envolver outras situações. Os textos apresentados
devem ser explorados de várias formas e não serem
apenas utilizados para a retirada de palavras que sirvam
para montagem de paradigmas.
77
Sugestão de uma atividade coletiva:
Com a ajuda da sua professora, faça uma lista de nomes de
jogos de bola conhecidos pela turma. Escolha um e
pesquise as suas regras.
As dificuldades ortográficas
78
Os vários sons do /S/, como em sino, assado, cinema,
cresce, caçador, pretexto, paz, excelente.
O mesmo som em je, ji, ge, gi, como em jipe, jeito, gelatina,
girafa.
79
registro surgem, durante as
discussões. Nessa diversidade de
interpretações, de organizações e de
formulações possíveis, trabalha-se o
uso e o funcionamento das normas.
http://portfoliodennys.blogspot.com/2
80
a ortografia, isto é, a escrita correta das palavras, é uma
convenção definida socialmente e varia com o passar do
tempo (ex.: já escrevemos farmácia com ph - pharmacia).
81
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EM LÍNGUA
PORTUGUESA
Competência textual
82
Oi, Juca.
Convido você para o meu aniversário .
Será no dia 12 de setembro, no quintal
da minha casa.
Francisco WWW.google.com.br
Fazer perguntas:
O texto acima é
- um bilhete.
- uma carta.
- uma lista.
- uma receita.
83
Identificar o assunto de um texto.
Praias limpas
Perguntas:
Que medo
Perguntas:
84
Identificar relações causa e consequência.
O leão e o ratinho
Perguntas:
85
Distinguir fato de opinião.
Histórias de antigamente
Perguntas:
Papai Noel,
86
Perguntas:
Ou no segundo:
87
Identificar o conflito gerador do enredo.
Perguntas:
88
Que convite o rato da cidade fez ao rato do campo?
Onde, na cidade, os dois ratos foram morar?
Quando os dois ratos comiam na despensa, o que
aconteceu?
Por que o rato do campo desistiu de morar na cidade?
A espera da galinha
Perguntas:
89
Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação.
Perguntas:
90
Identificar o tipo de portador de texto.
Ingredientes:
Perguntas:
Competência semântica
91
Muitas vezes, mesmo os adultos podem não conhecer exatamente
o significado de uma palavra lida num texto, mas poderão deduzi-
la pelo contexto em que ela está inserida.
92
Competência Literária
Competência Gramatical
93
verbal e vocabulário limitado, normalmente, as crianças
conseguem se expressar em frases com sentido, numa ordem
lógica. Nenhuma criança diria “escola nós vamos”. Ela poderia
dizer “Nós vamos à escola” ou “Nós vai à escola”.
94
Substituição de nome por pronome
95
Reunião de orações
Concordância verbal
A bola rola.
As bolas rolam.
Identificação de qualidades
Sinônimos
96
Antônimos
Concordância nominal
Separação de sílabas
gi-ra-fa tra-ves-sei-ro
97
O TEXTO NARRATIVO: EXPLORANDO ALGUMAS
HABILIDADES
1 – Apresentação
2 - Complicação ou Desenvolvimento
3 – Clímax
4 – Desfecho
98
Personagens: quem participou: protagonista (personagem
principal), antagonista (oponente do protagonista) e
coadjuvante (personagem secundário).
Espaço: onde o enredo se desenrola.
Tempo: quando se deu o fato.
99
Chapeuzinho telefonou para o Lobo, dizendo-lhe que iria
ajudá-lo e convidando-o para vir à sua casa. A sua reeducação
começaria logo. Depois que o Lobo tomou banho, eles jantaram
um prato vegetariano, porque o Lobo estava proibido de comer
carne.
100
Saiu publicado no jornal que circulava na floresta:
101
Lobo estava muito feliz na festa da Chapeuzinho Vermelho,
mas a menina tinha "preparado uma armadilha perigosa para ele:
um sanduíche ESPECIAL.
Explorando a narrativa:
102
Porque o lobo, cansado de ser mau, pediu ajuda
e, reeducado por Chapeuzinho, passou a ser bom
Por quê? e o mais popular da cidade e da floresta, o que
deixou a menina enciumada.
Ela o reeducou, tornando-o bom e preparou uma
Como? armadilha para ele voltar a ser o lobo mau.
Protagonista: Chapeuzinho Vermelho
Quem? Antagonista: Lobo mau
Coadjuvante: Crianças, a mãe da menina, a
vovó, o lenhador...
Onde? Cidade da Chapeuzinho e floresta do lobo.
103
Destacamos, a seguir, alguns aspectos a serem explorados
com seus alunos, ainda tendo como referência a mesma história:
104
a identificação do efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação no texto: interrogação, exclamação, travessão
etc.;
o reconhecimento de diferentes opiniões relativas ao
mesmo tema ou fato. Ex.: a história contada pelo lobo e a
história tradicional, na versão de Chapeuzinho Vermelho;
a identificação da finalidade de textos de diferentes
gêneros. Ex.: identificar o objetivo dos diferentes “artigos” e
“seções” do “O Jornal da Floresta”: informar, anunciar
(vender um produto), explicar, comentar, divertir,
recomendar etc.;
a distinção de um fato, da opinião relativa a esse fato. Ex.:
na reportagem “O Lobo é nosso herói”, que está no “O
Jornal da Floresta”, o jornalista/narrador, B. de Neve, relata
por que o lobo se tornou herói de todos e traz a opinião da
Vovó sobre o fato.
105
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO EM SALA
DE AULA
1. A organização do tempo
A realização constante de um
trabalho em um determinado dia da
semana dá pistas e referências aos
alunos para se situarem em relação
à sequência dos dias da semana.
Por isso, o planejamento das
atividades a serem desenvolvidas http://profetati.blogspot.com/2008/09/estamos-usando-
letra-cursiva.html
106
Sugerimos, a seguir, uma organização de prática diária. Ela é
uma entre tantas outras que você pode escolher para o seu
planejamento.
107
alunos.
Formação da O professor poderá conversar com os
consciência alunos sobre o assunto estudado.
fonológica Perceber o que eles já sabem sobre o
que está sendo apresentado, usando
diferentes materiais e procedimentos.
Produção de Verificar se os alunos entenderam aquilo
texto que foi apresentado; caso contrário,
realizar outras atividades onde o aluno
interaja com o professor.
Diariamente, o trabalho com letras e
palavras deverá ser feito com toda a
turma, atendendo-se individualmente,
no entanto, os alunos que tiverem
alguma dificuldade.
Produção de textos, coletivamente.
108
proposto é importante retomar o do trabalho a
assunto, recordando-o. Os alunos que ser realizado
não conseguiram realizá-lo, muitas em casa
vezes, necessitam de ajuda individual,
fazendo outras atividades ou utilizando
as fichas dos Cadernos de Reforço,
inclusive os que foram enviados às
escolas em 2009.
Apresente o dever de casa que será
corrigido no dia seguinte, explicando
passo a passo o que deve ser feito.
Importante: muitos alunos não têm
ajuda em casa para realizar as tarefas;
portanto, as suas explicações os tornam
autônomos para realizá-las.
109
Atividades Realização de atividades onde cada 40’
individuais aluno sistematize seu conhecimento.
Neste momento, é importante atender
individualmente as crianças que
demonstram dificuldade, tirando
dúvidas, acrescentando informações.
É momento também de observação
do nível de aprendizagem das crianças.
Observe, registre dados que vão
contribuir para a elaboração do
relatório de avaliação e reforço escolar,
tais como:
- Quem aprendeu (o que já sabe)?
- Quem precisa de recuperação?
- Quem precisa de reforço escolar
(planejamento de atividades
específicas)?
A avaliação dessas atividades dará
“dicas” para que o professor organize o
atendimento aos seus alunos, de forma
diversificada, de acordo com as
possibilidades de cada um, mas
estimulando-os para que desenvolvam
suas habilidades.
110
textos.
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possibilitará que o professor perceba os avanços e as dificuldades
dos alunos, no processo de construção de seus conhecimentos.
O horário destinado aos trabalhos diversificados possibilita
esse atendimento, uma vez que seus alunos estarão trabalhando
de forma independente, distribuídos pelos diversos “cantinhos”.
http://www.amecampos.org.br/proje
estimulados a discutirem sobre seus
to.asp
diferentes “pontos de vista”.
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é necessário, também, que estejam acostumados a
trabalhar coletivamente, para obter um “produto” que seja o
resultado da ação de todos, como: organizar o mural da
turma; fazer um doce para a festa dos aniversariantes do
mês; cultivar uma horta ou jardim; etc.
2. Organização do espaço:
113
Os “cantinhos”, se bem organizados e oferecidos aos
estudantes, favorecem o desenvolvimento da autonomia do aluno.
Devem ser organizados sempre em lugares de fácil acesso, para
que as crianças possam explorá-los, sendo montados com
materiais que as crianças possam usar, sem ajuda. O professor
poderá organizar uma variedade de “cantinhos”.
O ambiente alfabetizador
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observe e discuta sobre o tipo de alimentos selecionados no
cardápio da merenda; etc. Esses são alguns momentos de ensino-
aprendizagem fora da sala de aula.
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A MULTIEDUCAÇÃO E O TRABALHO COM
ATIVIDADES INTEGRADAS
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de experiências vividas e conceitos formados na interação com
outras pessoas.
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Mais facilmente, as aprendizagens ocorrem quando os alunos
percebem nelas significado e funcionalidade. Isto significa que,
quanto mais complexas e numerosas forem as conexões que os
alunos puderem fazer entre os conhecimentos aprendidos (fatos,
princípios, conceitos, habilidades, valores e atitudes) e os
elementos já presentes em sua estrutura cognitiva, mais
significado e funcionalidade terá a nova aprendizagem.
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as relações com o meio ambiente transformado pela a
cultura e pelo trabalho, expressas através de múltiplas
linguagens. Estas relações propostas pela ação
educativa nas escolas compõem princípios que educam
e orientam o ensino das disciplinas básicas, a Língua
Portuguesa, a Matemática, as Ciências Naturais, os
Estudos Sociais, as Artes, a Educação Física, as
Línguas Estrangeiras. (MULTIEDUCAÇÃO, 1996,
p.112).
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Analisemos algumas destas competências em relação ao
Meio Ambiente, por exemplo, em uma leitura “horizontal”,
relacionando um núcleo conceitual com os vários princípios
educativos:
Identidade
Linguagens
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próprio e com outros grupos sociais, próximos ou distantes, em
busca de objetivos comuns à sociedade em que vivemos e que
queremos transformar para melhor.
Linguagens e Alfabetização
130
impressões sobre fatos, situações, acontecimentos, explorar o
significado de novas palavras, reconhecer e explorar os vários
usos e funções da linguagem escrita, conhecer diferentes formas
de linguagem e suas manifestações nas artes, utilizar material
variado para expressar sentimentos, emoções, fatos e situações.
131
Matemática, encontramos, neste cruzamento, realizar operações
que envolvam o sistema monetário local, operações de compra,
venda, lucro, prejuízo.
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escola verdadeiramente democrática porque parte da
cultura do aluno para inseri-lo numa cultura mais ampla.
(...) Sabemos todos através da Multieducação, de onde
partimos e para onde caminhamos com nossos alunos,
mas cada escola municipal, embora parte de um grande
sistema de ensino, pode recriar seu próprio projeto
pedagógico. O importante é que a consciência a
respeito desta política educacional garanta a todos, e a
cada aluno, o direito a uma educação que os introduza
a uma cidadania plena; lendo, escrevendo, calculando e
entendendo suas relações transformadoras
responsáveis para com a cidade onde vivem, com o
estado e o país em que estamos, com este continente
americano do planeta Terra. (MULTIEDUCAÇÃO, 1996,
p.107,108).
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BIBLIOGRAFIA
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www.proead.unit.br/generos_textuais_definicoes_funcionalidade.rtf
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