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jusbrasil.com.br
19 de Outubro de 2017

4 Instrumentos jurídicos essenciais para startups na fase de Ideação

As startups são conceituadas como "conjunto de pessoas à procura de um modelo


de negócio repetível e escalável que trabalham em condições de extrema incerteza,
portanto estão inseridas num ambiente repleto de riscos."

Com objetivo de reduzir e controlar os riscos da construção do novo negócio,


apresentamos a seguir 4 documentos jurídicos importantes a ser utilizados na fase
de ideação da Startup, que todo projeto inovador deveria ter.

1. Memorando de Entendimento (EMOU)


O Memorando de Entendimento é um documento criado pelos sócios/fundadores
de startups, normalmente na fase inicial, em momento anterior à constituição
formal do negócio (elaboração do Contrato Social e registro na Junta Comercial) e
inscrição no CNPJ. O objetivo é proteger os sócios, promover segurança ao novo
negócio e alinhar as expectativas dos fundadores.
O Memorando estabelece de forma clara e objetiva as principais informações para
o bom andamento da Startup, especialmente, quanto aos direitos e
responsabilidade dos sócios, porcentagem de quotas sociais para cada um dos
fundadores na futura empresa, cargos e carga horária de cada sócio.

A finalidade da confecção do EMOU é deixar claro as regras de convivência entre


os sócios para que a felicidade, inspiração e motivação do início do novo negócio
não seja abalada por possíveis desavenças do cotidiano ou por não ter sido
estabelecido de modo objetivo como será atuação de cada um dos fundadores.

Embora seja um documento importante, no mais das vezes, os empreendedores


acabam por esquecê-lo ou desconsiderar a sua necessidade, e quando o conflito
aparece lamentam por não tê-lo redigido antes. Assim, para que isso não ocorra
sente com os demais sócios e façam um Memorando de entendimento, o tempo
gasto para pensar nesse instrumento poderá, num futuro, salvar o seu negócio e
deixar de ter sérias dores de cabeça.

Para saber como escrever um Memorando de Preconstituição leia o artigo


"https://roseadvocaciaparastartup.jusbrasil.com.br/artigos/506889536/como-
devo-escrever-no-memorando-..."

2. Registro da Marca
Você gostaria de trabalhar horas e mais horas no seu projeto, estudar o mercado,
os concorrentes, desenvolver o modelo de negócios, apresentar ao mercado a sua
solução, divulgar o seu produto e, ao final, não poder utilizar a sua marca?

Acredito que a resposta seja negativa. Para que o tempo dedicado por você e a sua
equipe não seja desperdiçado registre a sua marca, somente com isso sua marca
terá proteção e exclusividade de uso em todo o território nacional.

O registro da marca é efetuado junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade


Industrial) e possibilita ao empresário o uso exclusivo da marca em todo território
nacional; além disso ela poderá gerar receitas por meio do licenciamento ou
franquia da marca.

Sem contar que o registro irá garantir a identificação da sua empresa diante da
concorrência e aumenta a sua credibilidade frente o mercado.

3. Elabore e divulgue o Termo de Uso e a


Política de Privacidade (Understand Terms
and Conditions and Privacy Policy)
As empresas de Tecnologia, assim como Startups quando do desenvolvimento de
seus sites e aplicativos, frequentemente, se utilizam dos contratos virtuais tais
como “Termo de Uso” e a “Política de Privacidade”. Esses contratos visam limitar a
responsabilidade e direcionar como os seus clientes devem utilizar o seu produto.

O Termo de Uso estabelece as regras de utilização do aplicativos-site, nele contém


uma descrição ampla do site- aplicativo, descreve o produto/serviço, informa a
qual empresa pertence, explica as nomenclaturas adotada para os itens essenciais,
delimita como o usuário deverá utilizar o aplicativo-site, quais são as vedações
para a utilização, por fim, a quem pertence os direitos autorais, além de inúmeras
outras possibilidades de cláusulas que poderão conter esse documento.

Enquanto isso, a Política de Privacidade estabelece como as informações obtidas


com o uso do site-aplicativo serão utilizadas pela Startup, quanto aos dados
inseridos pelo usuários ou fruto de ferramenta de captura de informações (cookies
e outros), se haverá cessão das informações à terceiros, como se dará essa cessão.

Para saber como redigir um Termo de Uso ou uma Política de Privacidade, leia o
artigo
"https://roseadvocaciaparastartup.jusbrasil.com.br/artigos/507868098/saiba-
como-elaborar-um-termo-de-..."

4. Acordo de Confidencialidade
O Acordo de confidencialidade também chamado de “acordo de sigilo” ou “non-
disclosure agreementes” (NDA) é um contrato que protege os direitos sobre as
informações trocadas durante a negociação e execução da obra ou serviço, além de
informações divulgadas a colaboradores, investidores ou terceiros.

O NDA impede que as partes divulguem a pessoas externas a relação comercial


informações obtidas, em razão dos negócios firmados, já que, no mais das vezes,
são trocados documentos e informações estratégicas como relatório financeiro,
modelo de negócio, descrição da estratégia entre outras informações relevantes.

Para saber como redigir um "NDA"leia artigo


"https://roseadvocaciaparastartup.jusbrasil.com.br/artigos/508413917/ndaoquee
e-como-utiliza-lo-pa..."

Esses são alguns dos instrumentos jurídicos essenciais para as startups que estão
iniciando as suas atividades. Fique ligado nos próximos posts, neles trataremos
sobre mais questões jurídicas relacionadas as Startups e empresas de tecnologia.

Disponível em: http://roseadvocaciaparastartup.jusbrasil.com.br/artigos/506351346/4-instrumentos-juridicos-essenciais-para-startups-


na-fase-de-ideacao

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