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Resumo
Objetivo: Este artigo tem como objetivo principal analisar a jornada do consumidor de uma empresa baiana do
varejo de moda.
Teorias: A jornada do consumidor é definida pelo processo que uma pessoa atravessa ao longo do ciclo de vida
como cliente de uma empresa. Esta abarca todos os pontos de interação no caminho percorrido por um indivíduo,
desde a pesquisa sobre um produto até o momento em que ele faz a sua avaliação sobre o que foi adquirido.
Método: Para atingir o objetivo principal do trabalho, foi feita uma pesquisa de caráter qualitativo, utilizando
entrevistas em profundidade com roteiro semiestruturado. Para a análise de dados utilizou-se o método da análise
de conteúdo.
Resultados: Os principais resultados desse estudo abarcaram a elaboração de um mapa da jornada do consumidor
da empresa, a identificação dos canais de interação entre cliente e empresa e o reconhecimento de oportunidades
de melhoria no processo.
Contribuições teóricas/ metodológicas: Esta pesquisa se torna relevante ao contribuir para a expansão do estudo
sobre jornada do consumidor no contexto do varejo. O Marketing Science Institute (2018) aponta a necessidade
de analisar toda a jornada do cliente, pois seu estudo pode revelar importantes percepções sobre o caminho
percorrido pelos consumidores, além de auxiliar na criação de estratégias para aumento da conversão e
engajamento do seu público (PASTRE, 2020).
Contribuições gerenciais/ sociais: Como recomendações gerenciais para organizações como a SoulDila, o estudo
aponta a importância de se investir em um atendimento personalizado para atrair e fidelizar os clientes à marca,
inclusive por meio das mídias sociais. Outra recomendação gerencial é a necessidade de alinhamento no
lançamento dos produtos disponibilizados no e-commerce e nas lojas físicas. Como nos achados do estudo os
entrevistados destacaram muito a importância do ambiente físico da loja, sugere-se também que a empresa invista
em visual merchandising e em pequenas reformas para potencializar ainda mais este aspecto percebido como
positivo.
1
Graduada em Administração – Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Bahia, Brasil.
anapaulacaldasb@gmail.com
2
Doutora em Administração – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora do Programa de
Desenvolvimento em Gestão Social (PDGS) do Mestrado em Desenvolvimento e Gestão Social da Universidade
Federal da Bahia (UFBA) – Bahia, Brasil. profa.lucianarodasvera@gmail.com
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Revista Horizontes Interdisciplinares da Gestão – HIG
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Revista Horizontes Interdisciplinares da Gestão
v. 5, n. 2, Belo Horizonte, dez. 2021
Submetido em 01 abr. 2021/ Aprovado em 30 jun. 2021
Editores responsáveis: Helena Belintani Shigaki &
Gustavo Rodrigues Cunha
Processo de avaliação: Double Blind Review
e-ISSN: 2594-7788
Abstract
Purpose: This article aims to analyze the consumer journey of a fashion retail company in Bahia.
Theories: The consumer journey is defined by the process that a person goes through throughout the life cycle of
a company's customer. This encompasses all interaction points along the path taken by an individual, from
researching a product to the moment he makes his evaluation of what was purchased.
Method: To achieve the main objective of the work, a qualitative research was carried out, using in-depth
interviews with a semi-structured script. For data analysis, the method of content analysis was used.
Results: The main results of this study included the elaboration of a map of the company's consumer journey, the
identification of interaction channels between the customer and the company, and the recognition of opportunities
for improvement in the process.
Theoretical/ methodological contributions: This research becomes relevant as it contributes to the expansion of
the study on consumer journeys in the retail context. The Marketing Science Institute (2018) points out the need
to analyze the entire customer journey, as its study can reveal important insights into the path taken by consumers,
in addition to helping to create strategies to increase the conversion and engagement of your audience (Pastre,
2020).
Social/ management contributions: As management recommendations for organizations like SoulDila, the study
points out the importance of investing in personalized service to attract and retain customers to the brand, including
through social media. Another managerial recommendation is the need for alignment in the launch of products
made available in e-commerce and in physical stores. As in the study's findings, respondents highlighted the
importance of the store's physical environment, it is also suggested that the company invest in visual merchandising
and small renovations to further enhance this aspect perceived as positive.
Keywords: Consumer behavior. Consumer Journey. Purchase decision process. Fashion retail.
1. INTRODUÇÃO
Cada vez mais as pessoas escolhem produtos e serviços com base na experiência total
que têm. A ideia de experiência traz consigo o entendimento holístico de todos os pontos, canais
e experimentações de interação em situação vivida. Seu entendimento e análise podem gerar
diferenciais em uma relação, o que, para o contato entre empresa versus cliente, pode acarretar
em vantagens competitivas de mercado.
A fim de atender algum desejo, realizar um trabalho ou sentir uma emoção, clientes
fazem trocas com empresas, seja de dinheiro, tempo, atenção ou até dados, para adquirir
produtos ou serviços ofertados (KOTLER; ARMSTRONG, 2014). A jornada do consumidor
busca entender todos os pontos de interação entre empresa e cliente durante este caminho
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atendendo a todo o Brasil. Atualmente conta com mais de cinquenta funcionários trabalhando
diariamente na marca.
Considerando este contexto, este artigo se voltou para a análise da jornada do
consumidor da Soul Dila, através dos clientes chamados pela empresa como “amigos da
marca”. Estes são pessoas que compram com frequência com a Soul Dila, há alguns anos, são
conhecidos e próximos à marca e acompanham o crescimento da organização. Assim, a
pergunta de pesquisa deste artigo foi: como se dá a jornada de compra do consumidor de uma
marca baiana do varejo de moda, no caso a Soul Dila? O objetivo principal do trabalho foi
analisar a jornada de compra do consumidor da Soul Dila. Os objetivos específicos do trabalho
foram: elaborar um Mapa da Jornada do Consumidor da Soul Dila; identificar quais são os
canais de interação entre cliente e empresa; e reconhecer as oportunidades de melhoria em cada
fase da jornada do consumidor (pré-compra, compra, pós-compra).
Uma das justificativas para este trabalho é que, em seu relatório de prioridades de
pesquisa para os anos de 2018 a 2020, o Marketing Science Institute (2018) cita a necessidade
de analisar toda a jornada do cliente, pois seu estudo pode revelar importantes percepções sobre
o caminho percorrido pelos consumidores, além de auxiliar na criação de estratégias para
aumento da conversão e engajamento do seu público (PASTRE, 2020). De acordo com Chen,
Cheung e Tan (2018), a identificação e a análise da jornada completa de compra, incluindo
todos os pontos de contato, em todas as etapas, configura-se uma grande oportunidade de
pesquisa.
Outro fator motivador deste estudo é a falta de artigos acadêmicos com o recorte
temático escolhido. Dos diversos trabalhos recentes sobre jornada do consumidor, observa-se
que os estudos empíricos sobre o tema são limitados, mesmo que seu início tenha se dado no
começo dos anos 1990 (PASTRE, 2020; LEMON; VERHOEF, 2016). Ainda como aponta
Pastre (2020) em sua dissertação, os estudos levantados discorrem, em sua maioria, sobre as
etapas de compra, porém, não analisam a jornada de compra em sua totalidade. Desta forma,
entende-se que esta pesquisa se torna relevante ao contribuir para a expansão do estudo sobre
jornada do consumidor no contexto do varejo.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
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O ponto de partida do processo ocorre quando o indivíduo sente a diferença entre o que
ele percebe ser o seu estado ideal versus o estado atual. Quando há uma quebra de expectativa
entre esses dois estados surge o reconhecimento da necessidade (BLACKWELL; MINIARD;
ENGEL, 2008). De modo geral, a busca por satisfazer essa necessidade, seja um desejo, realizar
um trabalho ou sentir uma emoção, é que leva o cliente a procurar um produto ou serviço.
Após o reconhecimento de uma necessidade, a pessoa inicia a fase de pesquisa. Neste
momento, reúne aprendizados recolhidos ao longo da vida, ou seja, informações internas, como
também informações externas, que podem ser pesquisas com amigos/familiares, sites de busca,
rede social ou qualquer outro meio de pesquisa (KOTLER; KELLER, 2012).
Reunidas as informações, o consumidor parte para a terceira etapa da sua jornada,
momento em que ele faz comparações entre os produtos/marcas encontradas e então faz a
avaliação das opções detectadas. Para a avaliação das alternativas, há uma teoria de Kotler e
Keller (2012) que considera dois tipos de atributos: salientes e determinantes. Atributos
salientes são considerados os mais importantes, essenciais para que o produto seja adquirido
por um cliente, enquanto os determinantes são diferenciais, características acessórias que
poderão auxiliar na decisão caso a dúvida esteja entre dois produtos com todos os atributos
salientes.
Assim, após o estudo, o consumidor está pronto para efetuar a ação, que é o próximo
estágio dentro do processo apresentado na Figura 1, por Blackwell, Minard e Engel (2008).
Nessa ocasião, o ambiente, o atendimento, a sensação de segurança e a acessibilidade, por
exemplo, são fatores que podem afetar nesta etapa.
Então, após a compra do produto/serviço, o indivíduo ingressa na fase de avaliação pós-
consumo. Neste momento se consegue avaliar a satisfação do consumidor, esta ocorre quando
o desempenho percebido confirma as expectativas criadas para o produto. Após o uso e
avaliação da performance do produto, quando considerar o momento correto, o cliente optará
pelo descarte. Este pode ser feito de forma direta, reciclagem ou revenda. Neste momento, é
importante que a empresa considere o ensino da maneira correta do descarte do seu produto,
visando a sua responsabilidade ambiental (KOTLER; KELLER, 2012).
A título de exemplo, em uma empresa de varejo do setor de moda, o início da jornada
de uma de suas personas de consumidor pode ser a vontade de se vestir com uma roupa nova
em um evento especial. Nisto, ela começa a avaliar os critérios que este produto precisa possuir
e assim, pensará em uma marca que ofereça o que busca. Ilustrando, os critérios podem ser
gerais como: custo-benefício, reputação da marca, confiança, tempo de mercado, entre outros.
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Como também podem ser específicos, como: empresa que comercialize uma camiseta preta
com uma estampa grande na frente. Pensando nos parâmetros que deseja preencher, o
comprador vaí à procura – virtual e física – de uma marca que oferecerá o produto que preencha
suas expectativas.
É neste momento que uma boa estratégia de marketing pode ser o diferencial. Isto
porque, na etapa de pesquisa, este cliente pode estar aberto para conhecer novas marcas e é
nesta etapa que a empresa pode se mostrar para ele, seja em anúncios de redes sociais, links
patrocinados em sites de busca, contato direto ou até boa localização do ponto físico. Porém,
apesar do aumento nas pesquisas, as pessoas valorizam e confiam mais na opinião de
amigos/familiares e usuários da marca, do que nas pesquisas feitas.
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o foco passa a ser os pontos de interação entre cliente versus empresa, considerando também o
ponto de vista do consumidor (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017).
Em seu livro Marketing 4.0, os autores citados ilustram as etapas descritas por eles como
uma jornada voltada para o humano, entendendo que os pontos de contato, agora, acontecem
no online e offline. Ainda assim, a nova roupagem das etapas traz consigo a mesma ideia geral,
entender o caminho de pré-compra, compra e pós-compra do consumidor de uma marca. Então,
entendendo do que se trata a experiência do consumidor, entende-se a importância do
mapeamento da jornada do consumidor da Soul Dila, de modo que a empresa visualize os
pontos de interação com seus clientes, seus pontos críticos e assim possa buscar oportunidades
de ações de melhoria.
2.3 Mapa da jornada do consumidor
Posto o que é a Jornada do Consumidor e sua importância, este artigo visa a construção
de um diagrama que mostre a jornada de compra do cliente da Soul Dila. Ilustrar ou descrever
como a jornada do cliente pode ser concretizada através dos canais permite que todas as partes
interessadas de todas as áreas do empreendimento compreendam melhor a essência de toda a
experiência da perspectiva do cliente. “Como eles querem ser falados, o que estão pensando,
sentindo, vendo, ouvindo e fazendo?” (GROCKI, 2015). Uma maneira de desenhar esse
processo é através de mapas/diagramas de alinhamento da jornada do consumidor.
A criação de um Mapa da Jornada do Consumidor pode trazer diversos benefícios à
empresa. Apesar de não fornecer respostas imediatas, ele chama atenção dos colaboradores para
os pontos de interação com seus clientes e, com isso, todas as atividades e entregas de valor que
são oferecidas. Então, além de ser uma técnica visual da estratégia da empresa, os mapas de
alinhamento ajudam a criar empatia interna para a necessidade externa (TEMPKIN, 2010).
O benefício do alinhamento comum organizacional trazido pelo mapa da jornada do
cliente reforça o foco estratégico que uma empresa deve ter. É comum que aconteçam trocas
no quadro de funcionários de uma empresa e o desenho do diagrama ajuda a manter a
continuidade do trabalho, mesmo com o ir e vir de colaboradores. Por fim, este modelo de mapa
mental aponta as oportunidades de melhoria na criação de valor para o consumidor de uma
empresa.
Através da metodologia, o diagrama criado perpassará pelas etapas pré-compra, compra,
pós-compra da jornada do consumidor da empresa. A fim de levantar os pontos e canais de
interação entre cliente e organização, assim como promover as oportunidades de melhoria em
cada fase da experiência do consumidor.
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3. METODOLOGIA
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Em seus 12 anos de existência, o foco de marketing da Soul Dila sempre esteve pautado
em dois pontos essenciais: atendimento de qualidade e valorização da cultura baiana. A empresa
preza pelo atendimento próximo e acolhedor em seus pontos de venda e, por isso, acumulou ao
longo destes anos, amantes da marca. Estes clientes possuem enorme valor para a Soul Dila,
pois são os melhores divulgadores da empresa, possuem uma história significativa com a
organização e são os indivíduos que mais a consomem.
Por isso, avaliar através deste olhar, o de quem gosta e acompanha a marca, se tornou
interessante para o desenvolvimento da pesquisa deste trabalho. Estes clientes consomem a Soul
Dila há alguns anos e, por isto, possuem uma opinião formada quanto a empresa e seus
produtos, além de já terem passado pela experiência de compra diversas vezes. Além disso,
devido à relação especial dos entrevistados com a Soul Dila, observou-se que eles estariam mais
dispostos a conversar sobre a sua percepção da marca, oferecendo os insumos necessários a fim
de atender aos objetivos propostos.
Em relação ao tempo de relacionamento com a marca, o entrevistado com o mais curto
relacionamento compra há 2 anos (2017) na empresa e a mais longa relação foi de 12 anos, pois
o entrevistado compra com a marca desde a sua criação, em 2008. O tempo médio de
relacionamento de compra do consumidor do consumidor com a Soul Dila foi de 4,3 anos.
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No perfil da amostra foram trazidas 5 variáveis: nome do entrevistado, que para manter
o sigilo e a fim de organizar o trabalho, este item foi classificado de maneira numérica, seguindo
a ordem de aplicação das entrevistas; gênero do respondente; idade; escolaridade e renda
mensal individual bruta.
Treze pessoas foram entrevistadas para esta pesquisa, delas 3 são mulheres e 10 são
homens. A variável mais oscilante foi a idade dos respondentes, com idade mínima de 23 anos
e a máxima de 58 anos. O nível de escolaridade mais presente foi Ensino Superior Completo e
a renda mensal mais preenchida foi a de acima de R$ 5.988,01.
Como citado anteriormente, o mapa da jornada do consumidor foi desenhado nas etapas
(categorias de análise) de pré-compra, compra e pós-compra. Dentro dessas, estão as etapas de
tomada de decisão de compra. Com base nas entrevistas transcritas, a autora fez o desenho do
mapa individual de cada entrevistado e, então, analisou as ocorrências repetidas neles,
ocasionando na criação do mapa apresentado na Figura 3.
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4.2.1 Pré-compra
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Todas as vezes que eu vou aí (na Soul Dila) eu olho o site de vocês, entendeu? Olho
o site e vou vendo quais são os modelos que eu gosto e aí vou tirando foto no meu
celular. Aí quando chego na loja, vou mostrando as fotos... Às vezes não tem, porque
tem um número maior ou menor... Aí eu escolho outro modelo. Mas sempre olho no
site, tendeu? (ENTREVISTADO 7).
Ainda que a rede social WhatsApp não tenha sido um canal significativamente citado
pelos clientes de forma direta à jornada do cliente descrita para a pesquisa, pode-se observar o
contato por mensagem instantânea como uma oportunidade à empresa. Os entrevistados
comentaram que recebem mensagem sobre promoções e novidades das coleções, o que, por
vezes, os fazem ir à loja para comprar. Então, foi percebido que a comunicação, feita no dia a
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dia pela equipe de vendas, mantém o contato fresco com a marca e os fazem sentir especiais ao
serem lembrados.
Um dos respondentes menciona que recebe mensagens da sua vendedora fiel e gerente
e, se já gosta do produto, já separa a hora do almoço para ir ao shopping, que fica ao lado do
escritório em que trabalha, para realizar uma compra (Entrevistado 3). Outra maneira em que o
WhatsApp se torna uma oportunidade é porque, para alguns dos clientes, este é o canal direto
com a loja. Então, ocasionalmente, entram em contato com um funcionário da Soul Dila após
identificarem uma peça que os agradou para checar se tem o seu produto desejado na loja física.
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4.2.2 Compra
Acho a loja muito bem arrumada e costumo dizer que vocês selecionam o pessoal
muito a dedo. Sempre fui muito bem recebido. Sou um consumidor compulsivo.
Assim, compro muita roupa em muitas marcas, frequento várias marcas de grife, que
tipo assim, eu diria que tem uma patente altíssima, se acha muito, mas que não chega
aos pés da qualidade do produto de vocês e do atendimento. Porque eu acho que é o
que eu digo sempre. Eu trabalho com atendimento e acho que as pessoas estão
fidelizadas pela forma que são atendidos. Acho que isso conta muito. E até hoje não
tenho ponto negativo. E assim, sempre que vou na loja eu acho coisa, não teve uma
só vez que fui na loja de vocês e não encontrasse algo, seja pra mim ou pra presente
(ENTREVISTADO 6).
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a loja não possuía a peça em estoque e, por isto, ele se viu encurralado a realizar a compra do
item desejado pelo site (Entrevistado 5).
Notada a repetição da compra no ambiente físico, é proveitoso trazer nesta análise que
62% deles já fizeram uma aquisição pelo site anteriormente, mas esta, porém, não é o seu
caminho rotineiro de compra. Outro argumento trazido como motivo da preferência da compra
no ambiente físico da Soul Dila foi a percepção dos clientes de que a marca costuma variar no
padrão de tamanho das T-shirts, item mais vendido. Alguns deles até chegaram a citar dois, dos
três, nomes das modelagens que a empresa pratica. Porém, mesmo sabendo da existência delas,
não se sentem seguros para fazer uma compra online. Como foi o caso do entrevistado 8, por
exemplo:
Eu sempre preferi comprar pessoalmente, provando, porque vocês têm duas formas
né, que é a Slim e a De Boa. Então muitas vezes a Slim acaba ficando muito apertada
a GG, então eu pego a XG, porque não gosto de roupa apertada. E na De Boa eu pego
GG (ENTREVISTADO 8).
Compro no site e compro na loja. Já comprei no site pra pegar na loja e pra entregar
em casa. Gostei bastante da experiência. No geral, só tenho dois ajustes de sugestão
pra marca. Primeiro, o tamanho. Eu tenho muitas camisas da marca e elas sofrem
variação grande de tamanho, tenho camisa M, G e tenho GG. E uma coisa que eu
gosto pra caramba de vocês é a pulseira, mas só uma pulseira até agora deu em mim.
E ah, outra coisa, não sei se já tá aparecendo agora, mas no site não constava a
dimensão das peças, das pulseiras inclusive. Eu comprei acho que foi ano passado até,
na Black Friday, umas 3 pulseiras e acabei dando de presente. Foi bom porque eu dei
de presente (risos), mas o objetivo era ficar pra mim (mas não coube)
(ENTREVISTADO 5).
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Com isso, pode-se inferir que, apesar da maioria já ter feito pelo menos uma compra no
e-commerce da Soul Dila, os Amigos da Marca mencionam a preferência a realizar a compra
no ambiente físico. Foi trazido por eles explicações como o favoritismo pelo ambiente físico na
compra de vestuário, como já abordado.
Já que eu não tenho o hábito de ficar comprando no On, no meu caso, eu olho o
produto, vejo o preço, vou na loja e experimento a roupa e compro. Mas se for
obrigado pra comprar o que eu quero, eu vou pro site. Mas assim... Eu só não compro
no site por causa da modelagem. Se não fosse isso, eu iria comprar sempre no site,
pelo comodismo mesmo, de não sair de casa. Mas já que é pra mim, eu prefiro loja,
mas quando é pra presente aí tudo bem comprar no site (ENTREVISTADO 13).
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Se eu não me engano, foi na Black Friday ou de 2019 ou foi 2018. Eu comprei muita
peça de roupa, me lembro porque teve uma calça que eu não gostava do modelo, por
causa da forma dela que era skinny e eu acabei provando... como eu falei, eu não gosto
de nada colado no corpo, muito apertado ou justo. Então, pra mim foi uma surpresa
ter ficado tão bem no corpo. Aí eu acabei comprando junto com outras camisas
também que estavam na Black Friday. (ENTREVISTADO 8).
Eu lembro porque eu até fiquei com vergonha das pessoas, porque eu fiquei tipo umas
3 horas experimentando, e eu vi que eu estava atrapalhando o pessoal que estava
experimentando. Porque eu só estava no provador e aí vinha a menina com mais peça
(risos) aí me marcou porque eu fiquei com vergonha da situação (risos). Eu fiquei
contente, porque a peça tinha dado em mim e fiquei mais feliz por ela ter me
apresentado outros produtos e eu acabei me empolgando. Todas as roupas que
experimentei, eu acabei levando. Eu fui pra comprar só uma coisa e acabei me
surpreendendo (ENTREVISTADO 13).
Por fim, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017), enfatizam que no estágio da Ação, pelo
fato dos clientes não estarem mais tão frágeis à influências externas, as marcas que oferecem
uma experiência marcante se tornarão as preferidas por seus consumidores. Portanto, é
necessário entender a importância da interface entre o online e offline, entendendo que ambos
podem coexistir sem que haja sobreposição das propostas de valor oferecidas.
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http://hig.unihorizontes.br/index.php/Hig
Revista Horizontes Interdisciplinares da Gestão
v. 5, n. 2, Belo Horizonte, dez. 2021
Submetido em 01 abr. 2021/ Aprovado em 30 jun. 2021
Editores responsáveis: Helena Belintani Shigaki &
Gustavo Rodrigues Cunha
Processo de avaliação: Double Blind Review
e-ISSN: 2594-7788
Entrevistado Comentário
“A Soul Dila pra mim é a loja que eu mais me identifico, pelos produtos, é uma loja que eu sempre sou
Entrevistado 1 bem atendida. Acho que tem um pouco da raíz também, eu gosto muito dessa pegada de baianidade
que a Dila representa bem."
“Eu costumo olhar no instagram e no site, mas prefiro comprar ao vivo, fisicamente. Por isso meu
Entrevistado 2 consumo durante a pandemia diminuiu tanto, porque quando é uma compra para mim, eu gosto de
experimentar e ver fisicamente. Compro mais online quando é uma oportunidade de preço”.
"Entendo que sejam lojas diferentes e que tenham promoções diferentes, como eu falei do caso da
Entrevistado 2 concorrente. Mas não pode ser enganação também, sabe? Do tipo, o e-commerce ser um outlet da loja
e ai só ter promoção e não terem nunca peças iguais."
“Pra mim (a integração entre online e físico) facilita, porque diminui o seu tempo na loja né?! Quando
você já tem noção mais ou menos do que da buscando porque já viu no site antes. É mais fácil chegar
Entrevistado 6
na loja e destrinchar o que você quer. E com o WhatsApp também, acaba que junta mais as pessoas e
facilita, porque ai quando eu quero eu já falo com a vendedora e só vou pra loja pra pegar.”
“Eu visito o site pra ver se tem peça nova, mas prefiro ir na loja experimentar. Só compraria no site em
Entrevistado 9
uma oportunidade.... se eu vi e não achei na loja ou por preço. Mas nunca tive que comprar por lá.”
Eu vejo da seguinte forma, se tiver alguma razão de ser, pela qual o site conseguiu reduzir o preço, eu
acho que isso é um ganho pro consumidor. Então geralmente do que muita gente acha que isso seja
um prejuízo pro consumidor, eu acho que a empresa tem essa liberdade de fazer, porque o custo fixo
Entrevistado 11
de uma loja é diferente do custo fixo da internet. Mas eu sou advogado que lido com isso, então
entendo desse lado, então eu oficialmente não pediria (pra abaixar o preço), eu entenderia que há
custos diferentes em um e outro negócio.
"O ponto positivo é que eu mesmo escolho, sozinho mesmo (pelo site). Comprar no físico é bom que
você veste a roupa, você vê no seu corpo. E comprar online, quando tem que comprar, é mais difícil,
Entrevistado 11
porque é mais um tempo que você perde. Mas, se o preço no online fosse mais baixo, mesmo estando
na loja, eu prefiro comprar online."
“Prefiro fazer (compra) na loja física. Online só se tiver alguma promoção... algo assim. Porque eu
consigo experimentar né, porque alguns modelos não ficam muito legais, porque tem os estilos de
Entrevistado 12 camisa, por exemplo, tem a Slim e a De boa, as vezes não fica 100% legal. Os bonés mesmo, as
vezes ficam maiores, aí não vale a pena comprar pelo site. Só se eu já experimentei na loja, e aí eu
pego pelo site”
“Eu vou viajar, agora no final do ano. Aí eu tava vendo aleatoriamente o Instagram de vocês, e vi uma
peça, um loop (reels do Instagram) da peça. Aí eu já falei “quero essa!”. Aí fui pro site ver essa peça, já
Entrevistado 13
vi e eu queria experimentar antes de comprar. aí nesse caso eu vou na loja, porque eu até já queria
comprar outros produtos (Black Friday).”
“Eu prefiro comprar no físico. O online só não me atrai tanto por causa do fato de experimentar, porque
Entrevistado 13
realmente tem peças que tem a forma diferente. Mas se fosse de boa... eu compraria pelo site.”
4.2.3 Pós-compra
Para o cliente da Soul Dila, foi observado que o canal de interação mais habitual na
etapa de pós-compra foi a conversa entre amigos ou familiares, isto é, novamente, a
comunicação boca a boca (WOM). Os entrevistados foram constantes ao falar que comentam
com seus entes sobre a marca e seus produtos. Porém, a maior ocorrência ao fazerem isso é de
forma indireta, ou seja, quando são perguntados ou elogiados ao usar uma peça.
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Eu não costumo falar que comprei e mostrar, mas quando alguém me pergunta, eu
faço propaganda da loja, porque gosto muito. Então, costuma ser mais pra amigos ou
parentes que me veem usando, elogiam, e aí eu comento (ENTREVISTADO 2).
A postagem no Instagram após a compra ou durante o uso da peça também foi citada,
tendo sido apresentada por 4 dos entrevistados. Algumas pessoas costumam ser mais ativas do
que outras em suas redes sociais e, de maneira orgânica, decidem fazer uma postagem em seus
Stories ou Feed da rede social e marcar o perfil da Soul Dila.
A empresa possuía em sua agenda de postagem o costume de toda segunda-feira,
repostar as publicações nas quais havia sido marcada durante a semana. Alguns clientes
comentaram sobre esta prática dizendo que “Já até fui repostado por vocês” ou “Até quando eu
fiz a compra que recebi em casa eu fiz até um postzinho e a Soul Dila até repostou”. O que os
fez sentir ainda mais carinho pela marca e se sentirem mais especiais.
Para Kotler e Armstrong (2014), o marketing de relacionamento bem feito implica na
satisfação e fidelização do cliente. A gestão do relacionamento do cliente (CRM - Customer
Relationship Management) é uma ferramenta que visa criar vínculos que tornem o
relacionamento cliente versus empresa mais duradouro e positivo. Então, a gestão do
relacionamento com o consumidor é eficaz para entender as necessidades e expectativas dos
clientes a fim de oferecer a eles as soluções mais adequadas aos seus problemas. Por esta razão,
é significativo que a Soul Dila reforce o uso desta ferramenta nas suas atividades e processos.
Além do contato pelo Instagram, assim como foi citado na pré-compra, na última etapa
o constante contato com o cliente também é percebido como uma oportunidade. Seja por
WhatsApp ou Instagram, pode ser inferido que o cliente se sente especial quando uma marca
se preocupa se ele gostou do produto e como foi o uso, ou apenas divulgando a sua imagem. O
fazendo se sentir especial, tal como quando alguém presenteia um ente querido e então o
questiona se o item alcançou as expectativas.
Concluindo a etapa de pós-compra, perguntas contidas no roteiro de entrevistas tratavam
sobre a satisfação do cliente quanto à experiência vivida e se voltariam a comprar na marca. O
consumidor era questionado, no modelo de perguntas fechadas, a atribuir em uma escala de 1 a
5 sobre a sua experiência de compra, sendo um a resposta mais negativa e 5 a mais positiva.
Na pergunta sobre a satisfação do consumidor da experiência descrita por ele, 11 clientes
deram a nota máxima (5 - Muito satisfeito) e 2 deles deram a nota 4 – Satisfeito. No outro
questionamento, “Voltaria a comprar com a Soul Dila?”, buscou-se entender o que Kotler,
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“A Soul Dila pra mim é a loja que eu mais me identifico, pelos produtos, é uma loja que eu sempre sou
Entrevistado 1 bem atendida. Acho que tem um pouco da raíz também, eu gosto muito dessa pegada de baianidade
que a Dila representa bem."
“Eu costumo olhar no instagram e no site, mas prefiro comprar ao vivo, fisicamente. Por isso meu
Entrevistado 2 consumo durante a pandemia diminuiu tanto, porque quando é uma compra para mim, eu gosto de
experimentar e ver fisicamente. Compro mais online quando é uma oportunidade de preço”.
"Entendo que sejam lojas diferentes e que tenham promoções diferentes, como eu falei do caso da
Entrevistado 2 concorrente. Mas não pode ser enganação também, sabe? Do tipo, o e-commerce ser um outlet da loja
e ai só ter promoção e não terem nunca peças iguais."
“Pra mim (a integração entre online e físico) facilita, porque diminui o seu tempo na loja né?! Quando
você já tem noção mais ou menos do que da buscando porque já viu no site antes. É mais fácil chegar
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na loja e destrinchar o que você quer. E com o WhatsApp também, acaba que junta mais as pessoas e
facilita, porque ai quando eu quero eu já falo com a vendedora e só vou pra loja pra pegar.”
“Eu visito o site pra ver se tem peça nova, mas prefiro ir na loja experimentar. Só compraria no site em
Entrevistado 9
uma oportunidade.... se eu vi e não achei na loja ou por preço. Mas nunca tive que comprar por lá.”
Eu vejo da seguinte forma, se tiver alguma razão de ser, pela qual o site conseguiu reduzir o preço, eu
acho que isso é um ganho pro consumidor. Então geralmente do que muita gente acha que isso seja
um prejuízo pro consumidor, eu acho que a empresa tem essa liberdade de fazer, porque o custo fixo
Entrevistado 11
de uma loja é diferente do custo fixo da internet. Mas eu sou advogado que lido com isso, então
entendo desse lado, então eu oficialmente não pediria (pra abaixar o preço), eu entenderia que há
custos diferentes em um e outro negócio.
"O ponto positivo é que eu mesmo escolho, sozinho mesmo (pelo site). Comprar no físico é bom que
você veste a roupa, você vê no seu corpo. E comprar online, quando tem que comprar, é mais difícil,
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porque é mais um tempo que você perde. Mas, se o preço no online fosse mais baixo, mesmo estando
na loja, eu prefiro comprar online."
“Prefiro fazer (compra) na loja física. Online só se tiver alguma promoção... algo assim. Porque eu
consigo experimentar né, porque alguns modelos não ficam muito legais, porque tem os estilos de
Entrevistado 12 camisa, por exemplo, tem a Slim e a De boa, as vezes não fica 100% legal. Os bonés mesmo, as
vezes ficam maiores, aí não vale a pena comprar pelo site. Só se eu já experimentei na loja, e aí eu
pego pelo site”
“Eu vou viajar, agora no final do ano. Aí eu tava vendo aleatoriamente o Instagram de vocês, e vi uma
peça, um loop (reels do Instagram) da peça. Aí eu já falei “quero essa!”. Aí fui pro site ver essa peça, já
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vi e eu queria experimentar antes de comprar. aí nesse caso eu vou na loja, porque eu até já queria
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Como se dá a jornada do consumidor da Soul Dila?”. Esta foi a pergunta que balizou
o estudo apresentado. Diante disso, a fim de responder este questionamento, teve-se como
objetivo principal do trabalho analisar a jornada de compra do cliente da empresa. Então, o
presente trabalho atingiu o seu propósito através de um estudo de abordagem qualitativa com
entrevistas em profundidade com roteiro semiestruturado com 13 sujeitos de pesquisa, amantes
da marca.
Diversos aspectos foram sondados de forma a captar a percepção dos consumidores
referentes à jornada do consumidor da Soul Dila e alcançar os resultados esperados, tendo por
base, as dimensões do comportamento do consumidor e jornada de compra, através do olhar
dos top clientes da marca. Ao complemento e auxílio do objetivo geral, foram definidos
objetivos específicos.
O primeiro objetivo específico foi elaborar um mapa da jornada do consumidor da Soul
Dila, através da conversão das ideias dos entrevistados para um diagrama. Após a transcrição
dos áudios das entrevistas foi possível entender comportamentos repetitivos entre as
experiências. O intuito da integração desses pontos em comum levou a elaboração de um mapa
da jornada do consumidor.
Logo depois, o segundo objetivo abarcou o ideal de identificar quais são os canais de
interação entre cliente e empresa. Este foi alcançado e apresentado de maneira clara no desenho
do mapa da jornada apresentado neste trabalho. Apesar do avanço da tecnologia e acesso ao
mundo online nos últimos anos, com os canais de interação reconhecidos, foi possível avaliar
que para a realização de uma compra na Soul Dila, os clientes preferem se deslocar para uma
experiência na loja física, em detrimento da loja virtual. Isto porque, o ambiente físico o permite
o toque e o experimentar do caimento e modelagem da peça de roupa. Também pode-se concluir
sobre a grande influência do círculo social do cliente para a decisão de compra de uma peça ou
escolha da marca.
Com isso, o terceiro objetivo específico foi trazido à pesquisa. Após entender o caminho
habitual percorrido pelo consumidor da empresa e seus canais de interação, pode-se reconhecer
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REFERÊNCIAS
CHEN, Y.; CHEUNG, C. M.; TAN, C.-W. Omnichannel business research: Opportunities
GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A.,
2002.
JAIN, R.; AAGJA, J.; BAGDARE, S. Customer experience–a review and research
agenda. Journal of Service Theory and Practice, 2017.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 15a ed., Pearson Brasil, 2014.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração do Marketing. 14ª edição. Editora Pearson,
2012.
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NORTON, D. W., & PINE II, B. J. Using the Customer Journey to road test and refine
the business model, Strategy & Leadership, 2013.
TEMPKIN; Bruce. Customer Experience Matters “It´s All About Your Customer’s
Journey”, 2010.
VIANNA, M., VIANNA, Y., ADLER, I. K., LUCENA, B., & RUSSO, B. Design thinking:
inovação em negócios. Rio de Janeiro: MJV Press, 2012.
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