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MEMORIAL ECONÔMICO SANITÁRIO

AGROINDÚSTRIA DE FRUTAS E VEGETAIS

PARTE I: DESCRIÇÃO DA AGROINDÚSTRIA

01 – Nome da Agroindústria:

02- CPF / CNPJ:

03 – Denominação do estabelecimento:
Agroindústria de Processamento de Frutas e Vegetais
04 – Localização do estabelecimento e telefones de contato:

05 – Categoria do estabelecimento:
Fabrica de Doces , Conservas e popas de frutas
06 – Capacidade máxima de recepção diária:
A capacidade de recepção e industrialização diária será de 500kg/dia
07 – Produtos que pretende fabricar:
O estabelecimento pretende fabricar :GOIABADA,BANANADA, DOCE
DE ABACAXI, CONSERVA DE PEPINO, CONSERVA DE CENOURA,
PÍCLES, GELEIAS , (deve ser colocado todo tipo de doce que irá ser
fabricado na agroindústria), POLPAS DE FRUTAS CONGELADAS.
08 – Procedência da matéria-prima:
A matéria prima será dos pequenos agricultores referidos no Projeto.
09 – Mercado de consumo:
Todos os produtos serão comercializados a nível Estadual.
10 – Número aproximado de empregados:
O número aproximado de empregados deverá será de 4 funcionários.

11- Água de Abastecimento:

11.1 – Procedência:

A água de abastecimento será proveniente de:_________________

Vazão:___________m³

12-Energia Elétrica:
A rede de distribuição é ( ) Monofásica ( ) Bifásica ( )Trifásica e fica á
uma distância de ____________m do local aonde será construído a
agroindústria.
Beneficiamento de Frutas e Vegetais (doces, e
conservas, polpas e sucos).
(500 kg / dia podendo ser ampliado para 1000Kg/dia)
PARTE II: DESCRIÇÃO DO PROCESSAMENTO

1. Introdução

O mix de produção proposto neste perfil engloba goiaba, banana,


abacaxi, tomate, cenoura, pepino, batatinha, pimentão e cebola, sendo que
cada matéria-prima seria processada na sua respectiva época de safra. A
inclusão do tomate como matéria-prima deste perfil se deve principalmente
pelo seu período de maior oferta, que é a época de frio, preenchendo a lacuna
deixada pelas outras frutas. Vale lembrar que a tecnologia aqui descrita pode
ser aplicada a uma ampla variedade de frutas que serão citadas mais adiante. A
capacidade operacional da linha de processamento é de 500 kg/dia de matéria
prima,

2. Especificação da matéria-prima

De um modo geral, deseja-se que as frutas sejam primeiramente


comercializadas “in-natura” nas feiras ou vendidas a terceiros aos preços que
viabilizam a produção, o excedente da produção e as frutas que estiverem com
alguma injúria ou passadas sejam destinadas ao processamento desde que
apresentem uma uniformidade quanto à composição, coloração e sabor. Por
isso são estabelecidas faixas de valores para as medidas objetivas e exige-se
certa prática para a realização de avaliações de caráter subjetivo.
As características de qualidade das frutas resultam da interação de vários
fatores, tanto da fase pré-colheita como da pós-colheita, que podem ser
agrupados em diferentes categorias, tais como: fatores genéricos (cultivares,
porta-enxerto); fatores climáticos (temperatura, luz, vento, chuva); fatores
culturais (solo, irrigação, adubação, desbaste, poda, controle fitossanitário,
época e método de colheita); e estádio de maturação e tratamento pós-colheita
(fatores ambientais, métodos de manuseio entre a colheita e o consumo).
Para evitar problemas causados na colheita, como as injúrias ou traumas,
deve-se ter em mente diversos fatores durante e após a colheita, evitando-se
perdas. Por exemplo, o estabelecimento do período em que ela será realizada.
Deve-se evitar colheitas após chuvas pesadas, sendo melhor que esta seja
realizada nos períodos mais frios do dia, normalmente no período da manhã.
Os frutos não devem ser colocados diretamente no solo, nem ficar expostos a
condições climáticas ambientais, para que sua temperatura interna não se eleve
demasiadamente prejudicando assim, sua conservação. Por este fato,
aconselha-se um pré-resfriamento das frutas antes do transporte e
armazenamento.
O grau de maturação ótimo para a colheita depende da utilização que se
fará do fruto (consumo direto ou processamento) e é decisivo para o seu
potencial de conservação. Em ambos os casos, numerosos fatores devem
também ser considerados. A colheita precoce interrompe o desenvolvimento
do fruto e prejudica o processo de amadurecimento provocando perda da
qualidade final do produto industrializado e menor rendimento. Do mesmo
modo, a colheita tardia, com a fruta muito madura, trará conseqüências
irreversíveis de perdas. A decisão quanto ao grau de maturidade do produto na
colheita não depende apenas das necessidades do mercado e do tipo de
transporte a ser realizado, mas também das necessidades de armazenamento, e
pode diferir em épocas do ano. Isto é muito importante numa indústria de
processamento onde o abastecimento constante do mercado com seus produtos
é fundamental na estratégia da agroindústria.
Os atributos de qualidade das frutas para que se obtenha um produto de
qualidade dizem respeito a sua aparência, sabor e odor, textura, valor nutritivo
e segurança. Para cada atividade da cadeia de frutas (armazenamento,
consumo "in natura" ou processamento) os atributos tomam importância
variada.
O tamanho e a forma são importantes nas operações de processamento,
porque facilitam os cortes, o descascamento ou a mistura para a obtenção de
produtos uniformes. Os produtos com características de tamanho e peso
padronizadas são mais fáceis de ser manuseados em grandes quantidades, pois
apresentam perdas menores, produção mais rápida e melhor qualidade.
A cor também é um importante atributo de qualidade nas frutas
destinadas ao processamento. Na indústria, a intensidade de cor de doces
importante, especialmente para aquelas frutas que podem sofrer degradação
dos pigmentos naturais durante o tratamento térmico ou por processos naturais
iniciados pela ação mecânica que sofrem nas etapas de preparo.
O transporte das frutas até à indústria também se caracteriza como uma
etapa importante para a obtenção de produtos de qualidade, da mesma forma
que a colheita e os tratos após a mesma. O sucesso de manutenção das frutas
frescas com boa qualidade durante o trânsito depende do controle de cada
etapa que, por sua vez, é interdependente. Porém, deve-se ter em mente que a
condição essencial para que se tenha uma boa matéria-prima na indústria é a
boa qualidade inicial do produto (as frutas). O transporte e o armazenamento
de alimentos, de um modo geral, podem ser feitos tanto a granel como
embalados, utilizando-se, em ambos os casos, veículos apropriados e
facilidades de armazenamento.
3. Descrição do processo de produção
3.1. Colheita
A operação de colheita está condicionada às peculiaridades de cada
matéria-prima à variedade de cultivar disponível e características desejáveis no
produto. O estágio de maturação é a principal característica a ser observada.
Portanto, para se obter as características desejáveis da matéria-prima
para o processamento, devem ser observados os seguintes atributos: maturação
fisiológica (observar se o fruto é ou não climatério), pH, º Brix e acidez
titulável. Estas informações devem ser obtidas quando o fruto ainda está no
campo de produção para promover uma colheita seletiva de frutas. Depois de
colhidas, as frutas dever ser transportadas para câmaras de climatização na
indústria permanecendo durante 24 a 48 horas para atingirem uniformidade na
maturação.

3.2. Transporte
A forma como a fruta é levada até a indústria influencia muito na
preservação da sua qualidade. Fatores como tempo e temperatura devem ser
controlados. O transporte deve ser feito no menor prazo possível e em horários
mais frescos (à noite ou pela manhã). Os caminhões devem ser bem ventilados
e devem ser utilizadas caixas plásticas com capacidade de 20-23 kg de frutas.
As caixas mofadas aceleram a deterioração das frutas durante o transporte e
devem ser evitadas. O transporte e manuseio da matéria-prima deve ser feito
de maneira a não permitir choques mecânicos, elevação da temperatura e
acúmulo de metabólicos. O empilhamento não deve causar danos às frutas que
se encontram nas camadas inferiores, principalmente àquelas mais maduras.

3.3. Recepção
Ao chegarem à indústria, as frutas ou hortaliças são pesadas e passam
por uma pré-seleção, onde separam-se as estragadas e aquelas em estágio de
maturação avançado daquelas com maturação apropriada.
Nesta etapa, para verificar a qualidade do suprimento da indústria, retira-
se uma amostra representativa da carga para proceder-se as análises iniciais de
ºBrix, acidez titulável, pH e uma avaliação sensorial por técnicos treinado para
este fim.

3.4. Lavagem
A matéria-prima quando chega à indústria traz uma carga de
microrganismos, sujidades e principalmente terra acumulada durante a colheita
e transporte. A limpeza começa com a imersão das frutas em um tanque
apropriado (neste perfil adotamos uma caixa dágua de Fibra de vidro de 1000L
que fica na área de recepção) para promover a turbulência da água e,
consequentemente, o amolecimento das sujidades aderidas na superfície. Após
a retirada das sujeiras mais grosseiras, as frutas são submetidas a um banho de
aspersão (jatos d'água) conjuntamente com a utilização de escovas para
remoção das sujidades que permaneceram, além da retirada do excesso de
cloro.
Nos banhos de imersão recomenda-se a aplicação de água clorada, com
um teor de cloro residual livre (CRL) entre 5 e 10 ppm durante 15 minutos
para desinfecção do material a ser processado. A combinação de "tempo x
concentração" deve ser aplicada conforme as condições da matéria-prima. As
frutas colhidas ao invés de recolhidas do chão em geral são imersas durante
tempo reduzido com concentrações de cloro inferiores.
No processo de aspersão, visa-se a eliminação do excesso de cloro e
remoção das impurezas remanescentes. A aspersão é feita colocando-se as
frutas em caixas de plástico e estas por sua vez colocadas nos tanques de
alvenaria (tamanho compatível com as caixas) pulverizam a água tratada da
torneira sobre as frutas. A lavagem tem como objetivo reduzir o número de
microrganismos iniciais a um mínimo aceitável e ainda permitir melhor
visualização das frutas durante a seleção. Esta operação é considerada uma das
mais importantes no processamento.

3.5. Seleção
A seleção é realizada manualmente de acordo com o tamanho e estado
de maturação da fruta. Frutos "verdes" (maturação imprópria), as partes
florais, os amassados, em estado fitossanitário precário são separados.
Pequenos defeitos e pontos podres podem ser retirados com facas de aço
inoxidável. Os frutos não devem apresentar manchas ou rompimentos.
As frutas em estágio de maturação adequado para o processamento são
enviadas diretamente para a linha de produção, enquanto que as outras (com
estágio de maturação atrasado), são colocadas em caixas e vão para as câmaras
de climatização. Aquelas que estão fora dos padrões, devem ser descartadas.
A maturação ou sua uniformização deve ser conduzida em local fresco e
ventilado, ao abrigo de insetos e roedores.

3.6. Preparo
Alguns frutos exigem a preparação prévia ao despolpamento como o
descasque, retirada de talos e de sementes. Muitas vezes, a retirada da casca
pode ser feita na própria despolpadeira constituída de vários estágios, como é o
caso da acerola e do maracujá. Em alguns casos, como a manga, a retirada da
casca manualmente é indispensável. Mas para qualquer fruta deve se evitar
que a casca seja esmagada junto com a parte comestível da fruta, pois pode
ocasionar um sabor estranho no produto final devido à incorporação de alguns
componentes orgânicos.
A operação de descasque pode ser conduzida de diversas maneiras
conforme a fruta a ser processada. Para algumas frutas existem processos
mecanizados, como o caso do abacaxi, mamão, acerola, maçã. Para outras esta
operação tem que ser necessariamente manual, como é o caso da banana.
Ainda lançam-se mão de processos químicos, como a aplicação de hidróxido
de sódio (lixiviação) para goiaba, caju, figos e damascos.
A aplicação de calor (água quente ou vapor direto) pode facilitar a
retirada da casca como no caso da manga e do tomate. O aquecimento do
tomate pode ser feito em tachos até que os tomates comecem a desmanchar,
soltando a pele e a semente. Para evitar que se queimem, durante o
aquecimento, realiza-se a agitação dos frutos. Uma pequena quantidade de
água pode ser aplicada para evitar que o tomate agarre no fundo do recipiente.
A aplicação de calor não implica em investimentos adicionais àqueles
considerados neste projeto. No caso da manga, a sua imersão em água quente
permite que uma leve pressão manual sobre a fruta impele a polpa para fora da
casca com facilidade.
Além de auxiliar na despolpa e otimizar o seu rendimento, em muitos
casos, a utilização de calor na etapa de preparo também tem a função de
inativar enzimas que provocam alterações na textura e flavor do produto.

4. Aproveitamento e Tratamento de Resíduos

Do processamento mínimo de frutas aproximadamente 50% do peso


total da matéria-prima recebida é descartada na forma de folhas, talos ou
cascas. Esse descarte é impróprio para o consumo humano, mas pode ser
utilizado como matéria-prima para compostagem ou encaminhado para a
alimentação animal.

4.1. Compostagem
Alguns resíduos da fábrica provenientes de certas frutas podem ser
utilizados como fertilizantes de solo e como adubos de cobertura nos cultivos
das lavouras. Dessa forma, os resíduos devem ser triturados, em picadores de
capim, e secos ao sol. A utilização dos resíduos ainda úmidos não é
recomendável, pois podem ocorrer processos fermentativos, proliferação de
insetos, odores desagradáveis e danos biológicos às camadas do solo.
O adubo orgânico é obtido por meio de práticas de compostagens
simples, sendo formado através da transformação dos restos orgânicos pelos
microorganismos do solo. O que ocorre é uma fermentação aeróbia, sendo
necessário remexer o produto durante todo o processo, o qual pode durar
meses.
Um fator importante a se considerar nesse processo é a quantidade de
nitrogênio presente nos resíduos, pois este determina a velocidade de
decomposição. Após o processo de compostagem temos então o chamado
húmus. Este composto pode ser utilizado como fertilizante orgânico em
substituição a produtos químicos.

5. Dimensionamento, localização e obras.

A agroindústria deve estar situada na própria zona rural, mas de qualquer


forma, deve estar próxima à produção da matéria-prima, sendo que, de
preferência, absorva a produção de vários agricultores familiares associados. O
fornecimento de matéria-prima garantido é de fundamental importância para a
vitalidade da agroindústria.
A seguir relacionam-se os principais pontos que devem ser levados em
consideração na escolha do local a ser implantada a agroindústria:
 o potencial de obtenção da matéria-prima na região deve ser superior
à demanda da fábrica projetada e possibilitar futuras expansões na produção;
 suprimento de água confiável e de boa qualidade (potável);
 fornecimento suficiente de energia elétrica, sem interrupção;
 disponibilidade de mão-de-obra, incluindo pessoal de nível técnico;
 ausência de contaminantes de qualquer espécie nos arredores da
agroindústria;
 infra-estrutura de estradas em condições de uso e de fácil acesso;
 disponibilidade de área suficiente para implantação da agroindústria e
uma futura expansão.
.

5.1. Detalhes gerais de construção e instalação

De uma forma geral, o projeto da unidade industrial deve levar em


consideração a segurança e o conforto do pessoal dentro da unidade, ou seja,
deve apresentar condições de iluminação, arejamento, índices de ruídos
adequados e proporcionar facilidades na higienização, manutenção dos
equipamentos, minimizar as probabilidades de contaminações e impedir a
entrada de pragas e animais de qualquer espécie. Na elaboração do projeto
devem ser previstos: otimização dos espaços, área para ampliações futuras,
áreas para descarte de resíduos longe da unidade de processamento, instalações
sanitárias sem comunicação direta com o setor de processamento, e meios de
controle de insetos, pássaros e roedores no setor de produção.
As recomendações listadas a seguir foram baseadas no Manual de Boas
Práticas de Fabricação para a Indústria de Alimentos publicado pelo SBCTA
(Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos), mas não os
reproduzem na íntegra. Pretende-se neste perfil fornecer informações
suficientes para alertar o empreendedor quanto aos esforços necessários para
atingir as exigências legais e os padrões mínimos de qualidade.

5.2. Materiais e equipamentos


Os equipamentos e as instalações devem seguir algumas normas de
construção e disposição no local, que resultam num melhor desempenho das
operações e bem-estar dos funcionários. As formas e superfícies dos
equipamentos não devem permitir o acúmulo de umidade e resíduos, que
aumentam os riscos de contaminação do produto por favorecerem o
desenvolvimento de microrganismos e, no caso de superfície metálica,
propiciam o aparecimento de corrosão. As estruturas tubulares são preferidas
por conferir mais praticidade na higienização.
O material da superfície em contato com os alimentos deve ser atóxico e
não pode interagir com o alimento, sendo capaz de resistir às repetidas
aplicações de substâncias usadas no processo normal de limpeza. Materiais
que absorvem água, como a madeira, não são apropriados a locais atingidos
por água. Se o equipamento for pintado, a tinta deve ser atóxica e de boa
aderência.
Os equipamentos devem ser instalados de forma a permitir a circulação
ao redor, ficando afastados das paredes e de outros equipamentos cerca de 60
cm e também devem estar suspensos 30 cm acima do piso facilitando a
limpeza e manutenção. Os ângulos formados entre a base dos equipamentos,
pisos e paredes devem ser arredondados com raio mínimo de 5 cm.
5.2.1. Pé direito
Recomenda-se pé direito de 3,5 m devido à produção de calor quando se
utiliza o tacho de concentração e vapor direto em algumas operações de
limpeza e preparo de matéria prima, tornando o ambiente quente e
desconfortável para os funcionários. A utilização de exaustores é interessante
por propiciar aos funcionários um conforto térmico, que por sua vez
influenciará positivamente na produção e minimizará a necessidade de se
construir um prédio com pé direito superior à 3,5 m.

5.2.2. Paredes
As paredes devem apresentar superfície lisa e preferencialmente, cor
clara e ser resistente a freqüentes aplicações de agentes de limpeza. O
acabamento deve impedir acúmulo de poeira e minimizar o desenvolvimento
de mofo.

5.2.3. Aberturas do prédio


Todas as aberturas fixas, como as de ventilação, devem ser providas de
telas com malha de 1 a 2 mm. Em lugares com portas de acesso à planta, com
uso freqüente, devem ser colocadas portas de molas com telas. As telas devem
ser de fácil remoção para limpeza. As portas devem ser também de superfícies
lisas, não absorventes, com fechamento (mola).
Devem ser evitadas aberturas entre paredes e teto para evitar a entrada
de insetos, pode-se utilizar como complemento, cortinas de plástico para a sua
vedação. As portas que contenham trilhos devem ser fechadas com
dispositivos de vedação de borracha flexíveis para impedir a entrada de
roedores e outros animais.
As janelas devem ser fixas e permitir o aproveitamento da iluminação
natural. Também devem ser providas de telas quando usadas para ventilação.

5.2.4. Forro
Para evitar que materiais estranhos caiam sobre o produto, a área de
embalagem deve ser coberta. O forro de laje deve ter acabamento em reboco e
tinta acrílica.

5.2.5. Ventilação
O ar ambiente deve ser renovado continuamente nas áreas de
processamento de alimentos. A ventilação natural pode ser eficaz em algumas
instalações de pequeno porte, mas em alguns casos é aconselhável usar
ventilação artificial para diminuir o calor e eliminar o ar úmido para o exterior
da planta. Nessa situação, a solução mais recomendada, é canalizar o ar quente
presente na fábrica para fora da planta por meio de um sistema de exaustão. O
ar insuflado ou comprimido que entrar na área de processamento deve ser
seco, filtrado e limpo. Deve se ter a precaução de não direcionar o fluxo de ar
de uma área contaminada para uma área limpa.
5.2.6. Iluminação
O bom posicionamento das janelas proporciona o aproveitamento da
iluminação natural, que também é obtido com telhas translúcidas. A
iluminação artificial deve ser projetada dentro das normas da ABNT. As
sombras devem ser minimizadas. As lâmpadas devem ser posicionadas sobre
linhas de produção ou transporte de insumos ou produtos e devem estar
seguras contra explosão e quedas acidentais.
As áreas externas também devem ser também iluminadas, as lâmpadas
devem ser posicionadas distante das portas para evitar a atração de insetos
recomenda-se o uso de lâmpadas de vapor de sódio.

5.2.7. Pisos
O piso deve ser antiderrapante, resistente ao tráfego e à corrosão. Poderá
ser de material liso e impermeável, como cerâmica ou equivalente. O
acabamento final deve propiciar uma limpeza sem deixar acúmulo de umidade
e resíduos, deve ter boa resistência mecânica e boa resistência ao desgaste.
Deverá ser prevista uma declividade no piso, para o escoamento da água,
de 1 a 2 % no sentido das canaletas de drenagem, as quais deverão ser lisas, e
cantos arredondados com raio mínimo de 5 cm.
As canaletas devem ser evitadas nas áreas de produção e manipulação
dos alimentos, mas quando necessária devem ser estreitas com
aproximadamente 10 cm de largura, apenas o suficiente para permitir o
escoamento da água.
Ralos também devem ser evitados nos setores de processamento, mas
quando existirem devem permitir livre acesso para limpeza e ser dotados de
sistema de fechamento.

5.2.8. Instalações elétricas


As conexões elétricas devem ser isoladas minimizando riscos e
facilitando a limpeza. Os cabos com fios elétricos que não estiverem contidos
em tubos vedados devem ser protegidos com placas que permitam a ventilação
e limpeza. As normas estabelecidas pela ABNT devem ser seguidas,
observando-se a capacidade de carga e outros detalhes de segurança e
distribuição. As instalações devem ser as mais higiênicas possíveis e
protegidas da penetração de água e umidade.

5.2.9. Instalações hidráulicas


As instalações hidráulicas poderão ser visíveis por facilitar a sua
instalação e manutenção. Os materiais utilizados devem ser resistentes e as
tubulações bem dimensionadas para as necessidades de processamento.
Devem existir linhas separadas e sem cruzamento das tubulações de
acordo com a finalidade, ou seja, a linha de água não potável utilizada na
produção de vapor, refrigeração, controle de fogo e outros propósitos que não
entrarão em contato com o alimento não deve cruzar com a linha de água
potável.
7.2.10. Instalações sanitárias
Para viabilizar a higiene, na indústria, o pessoal deve dispor de boas e
suficientes instalações sanitárias, limpas, iluminadas e ventiladas. Vestiários e
sanitários não devem ter comunicação direta com a área de processamento,
mas devem ter lavatórios nas áreas de acesso de pessoal e de fabricação.

8. Equipamentos
Os equipamentos necessários para as operações deste empreendimento e
os seus respectivos códigos no croqui são apresentados a seguir. Todos podem
ser adquiridos no mercado interno, e muitas informações sobre fornecedores
potenciais estão disponíveis em alguns sites da internet listados em anexo. As
descrições dos equipamentos a seguir foram definidas de acordo com as
características dos equipamentos selecionados para aquisição no presente
perfil, com os seus respectivos preços apresentados na de orçamentos.
1-Caldeira a vapor (100 kgv/h)
Caldeira geradora de vapor horizontal, com funcionamento à lenha, capacidade
para gerar 100 kg/h de vapor.
2- Instrumentos de laboratório
-pHmetro: aparelho de bancada provido de eletrodo, suporte e
soluções de aferição.
-Refratômetro: Refratômetro manual portátil escala de 0 a 32% de
BRIX divisão de 0,2%. Medidor do conteúdo de açúcar. na plantação de cana-
de-açúcar é utilizada para o controle de maturação.
3-Balança eletrônica 15 Kg
4-Balde Medidor Plástico 15 Litros
5-Balde plástico vulcão de 22 litros
6-Botijão de gás ( completo c regulador)
7-Caçarola 12 litros
8-Coador plástico (grande, médio e pequeno)
9-Colher de Arroz Inox
10-Colher de Mesa
11-Concha Inox
12-Contentor Plástico
13-Cuba Plástica Marfinite
14-Espumadeira Inox cabo comprido
15-Estante de aço com 6 prateleiras
16-Faca ( “desossa de 5” tramontina)
17-Faca Mundial 10"
18-Fogão a gás industrial de quatro bocas( ind.)
19-Formas de aço inox
20-Jogo de colheres de medida
21-Lixão 90 Litros c/ tampa
22-Mangueira trançada 10 m
23-Materiais diversos p/ limpeza
24-Mesa c/ Tampo INOX ( 1,8 X 1,1m ) *
25-Tábua em Poliuretano p/ corte
26-Freezer horizontal 600L
27-Despolpadeira Industrial
28-Multiprocessador
29-Seladora
30-Balança Eletrônica 15Kg
31- Tacho semi-esférico com camisa dupla (50 litros)
Cavalete fabricado em aço carbono com pintura anticorrosiva e tacho
construído em aço inox 304 (corpo duplo). Possui trava de segurança no
sistema de tombamento para extração do produto. Dispõe de dispositivo de
alívio de pressão, com manômetro e válvula de segurança. Agitador com moto-
redutor. Aquecimento a vapor.
32- Uniforme completo
9. Bibliografia

SBCTA / PROFIQUA – Manual de Boas Práticas de Fabricação para a Indústria


de Alimentos. Campinas. SP. 1993. 26 P.

BRASIL. Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos. Resolução N o


12/78 de 24 de julho de 1978. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, p. 7.2 - 7.32, 24 de Julho de 1978, Seção I.

LEITÃO, Mauro (Diretor do ITAL). Análise de Perigos e Pontos Críticos de


Controle na Indústria de Alimentos. Centro Gráfico Scania do Brasil. São
Bernardo do Campo. SP.

SBCTA / PROFIQUA – Manual de Análise de Riscos e Pontos Críticos de


Controle. Campinas, SP, 1993. 30 P.
SÁVIO, Rafael Pereira. Revista de Política Agrícola, Ano IV, no 1.

CHITARRA, Maria Isabel Fernandes. Informe Agropecuário, v.17, no 179, 1994.

BOTREL, Neide & ABREU, Celeste M. Patto de. Informe Agropecuário, v.17, no
179, 1994.

CARVALHO, Vânia Déa de. Informe Agropecuário, v.17, no 179, 1994.

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