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Memorial Econômico Sanitário de Agroindústria de Processamento de Frutas e Vegetais 500 KG Dia
Memorial Econômico Sanitário de Agroindústria de Processamento de Frutas e Vegetais 500 KG Dia
01 – Nome da Agroindústria:
03 – Denominação do estabelecimento:
Agroindústria de Processamento de Frutas e Vegetais
04 – Localização do estabelecimento e telefones de contato:
05 – Categoria do estabelecimento:
Fabrica de Doces , Conservas e popas de frutas
06 – Capacidade máxima de recepção diária:
A capacidade de recepção e industrialização diária será de 500kg/dia
07 – Produtos que pretende fabricar:
O estabelecimento pretende fabricar :GOIABADA,BANANADA, DOCE
DE ABACAXI, CONSERVA DE PEPINO, CONSERVA DE CENOURA,
PÍCLES, GELEIAS , (deve ser colocado todo tipo de doce que irá ser
fabricado na agroindústria), POLPAS DE FRUTAS CONGELADAS.
08 – Procedência da matéria-prima:
A matéria prima será dos pequenos agricultores referidos no Projeto.
09 – Mercado de consumo:
Todos os produtos serão comercializados a nível Estadual.
10 – Número aproximado de empregados:
O número aproximado de empregados deverá será de 4 funcionários.
11.1 – Procedência:
Vazão:___________m³
12-Energia Elétrica:
A rede de distribuição é ( ) Monofásica ( ) Bifásica ( )Trifásica e fica á
uma distância de ____________m do local aonde será construído a
agroindústria.
Beneficiamento de Frutas e Vegetais (doces, e
conservas, polpas e sucos).
(500 kg / dia podendo ser ampliado para 1000Kg/dia)
PARTE II: DESCRIÇÃO DO PROCESSAMENTO
1. Introdução
2. Especificação da matéria-prima
3.2. Transporte
A forma como a fruta é levada até a indústria influencia muito na
preservação da sua qualidade. Fatores como tempo e temperatura devem ser
controlados. O transporte deve ser feito no menor prazo possível e em horários
mais frescos (à noite ou pela manhã). Os caminhões devem ser bem ventilados
e devem ser utilizadas caixas plásticas com capacidade de 20-23 kg de frutas.
As caixas mofadas aceleram a deterioração das frutas durante o transporte e
devem ser evitadas. O transporte e manuseio da matéria-prima deve ser feito
de maneira a não permitir choques mecânicos, elevação da temperatura e
acúmulo de metabólicos. O empilhamento não deve causar danos às frutas que
se encontram nas camadas inferiores, principalmente àquelas mais maduras.
3.3. Recepção
Ao chegarem à indústria, as frutas ou hortaliças são pesadas e passam
por uma pré-seleção, onde separam-se as estragadas e aquelas em estágio de
maturação avançado daquelas com maturação apropriada.
Nesta etapa, para verificar a qualidade do suprimento da indústria, retira-
se uma amostra representativa da carga para proceder-se as análises iniciais de
ºBrix, acidez titulável, pH e uma avaliação sensorial por técnicos treinado para
este fim.
3.4. Lavagem
A matéria-prima quando chega à indústria traz uma carga de
microrganismos, sujidades e principalmente terra acumulada durante a colheita
e transporte. A limpeza começa com a imersão das frutas em um tanque
apropriado (neste perfil adotamos uma caixa dágua de Fibra de vidro de 1000L
que fica na área de recepção) para promover a turbulência da água e,
consequentemente, o amolecimento das sujidades aderidas na superfície. Após
a retirada das sujeiras mais grosseiras, as frutas são submetidas a um banho de
aspersão (jatos d'água) conjuntamente com a utilização de escovas para
remoção das sujidades que permaneceram, além da retirada do excesso de
cloro.
Nos banhos de imersão recomenda-se a aplicação de água clorada, com
um teor de cloro residual livre (CRL) entre 5 e 10 ppm durante 15 minutos
para desinfecção do material a ser processado. A combinação de "tempo x
concentração" deve ser aplicada conforme as condições da matéria-prima. As
frutas colhidas ao invés de recolhidas do chão em geral são imersas durante
tempo reduzido com concentrações de cloro inferiores.
No processo de aspersão, visa-se a eliminação do excesso de cloro e
remoção das impurezas remanescentes. A aspersão é feita colocando-se as
frutas em caixas de plástico e estas por sua vez colocadas nos tanques de
alvenaria (tamanho compatível com as caixas) pulverizam a água tratada da
torneira sobre as frutas. A lavagem tem como objetivo reduzir o número de
microrganismos iniciais a um mínimo aceitável e ainda permitir melhor
visualização das frutas durante a seleção. Esta operação é considerada uma das
mais importantes no processamento.
3.5. Seleção
A seleção é realizada manualmente de acordo com o tamanho e estado
de maturação da fruta. Frutos "verdes" (maturação imprópria), as partes
florais, os amassados, em estado fitossanitário precário são separados.
Pequenos defeitos e pontos podres podem ser retirados com facas de aço
inoxidável. Os frutos não devem apresentar manchas ou rompimentos.
As frutas em estágio de maturação adequado para o processamento são
enviadas diretamente para a linha de produção, enquanto que as outras (com
estágio de maturação atrasado), são colocadas em caixas e vão para as câmaras
de climatização. Aquelas que estão fora dos padrões, devem ser descartadas.
A maturação ou sua uniformização deve ser conduzida em local fresco e
ventilado, ao abrigo de insetos e roedores.
3.6. Preparo
Alguns frutos exigem a preparação prévia ao despolpamento como o
descasque, retirada de talos e de sementes. Muitas vezes, a retirada da casca
pode ser feita na própria despolpadeira constituída de vários estágios, como é o
caso da acerola e do maracujá. Em alguns casos, como a manga, a retirada da
casca manualmente é indispensável. Mas para qualquer fruta deve se evitar
que a casca seja esmagada junto com a parte comestível da fruta, pois pode
ocasionar um sabor estranho no produto final devido à incorporação de alguns
componentes orgânicos.
A operação de descasque pode ser conduzida de diversas maneiras
conforme a fruta a ser processada. Para algumas frutas existem processos
mecanizados, como o caso do abacaxi, mamão, acerola, maçã. Para outras esta
operação tem que ser necessariamente manual, como é o caso da banana.
Ainda lançam-se mão de processos químicos, como a aplicação de hidróxido
de sódio (lixiviação) para goiaba, caju, figos e damascos.
A aplicação de calor (água quente ou vapor direto) pode facilitar a
retirada da casca como no caso da manga e do tomate. O aquecimento do
tomate pode ser feito em tachos até que os tomates comecem a desmanchar,
soltando a pele e a semente. Para evitar que se queimem, durante o
aquecimento, realiza-se a agitação dos frutos. Uma pequena quantidade de
água pode ser aplicada para evitar que o tomate agarre no fundo do recipiente.
A aplicação de calor não implica em investimentos adicionais àqueles
considerados neste projeto. No caso da manga, a sua imersão em água quente
permite que uma leve pressão manual sobre a fruta impele a polpa para fora da
casca com facilidade.
Além de auxiliar na despolpa e otimizar o seu rendimento, em muitos
casos, a utilização de calor na etapa de preparo também tem a função de
inativar enzimas que provocam alterações na textura e flavor do produto.
4.1. Compostagem
Alguns resíduos da fábrica provenientes de certas frutas podem ser
utilizados como fertilizantes de solo e como adubos de cobertura nos cultivos
das lavouras. Dessa forma, os resíduos devem ser triturados, em picadores de
capim, e secos ao sol. A utilização dos resíduos ainda úmidos não é
recomendável, pois podem ocorrer processos fermentativos, proliferação de
insetos, odores desagradáveis e danos biológicos às camadas do solo.
O adubo orgânico é obtido por meio de práticas de compostagens
simples, sendo formado através da transformação dos restos orgânicos pelos
microorganismos do solo. O que ocorre é uma fermentação aeróbia, sendo
necessário remexer o produto durante todo o processo, o qual pode durar
meses.
Um fator importante a se considerar nesse processo é a quantidade de
nitrogênio presente nos resíduos, pois este determina a velocidade de
decomposição. Após o processo de compostagem temos então o chamado
húmus. Este composto pode ser utilizado como fertilizante orgânico em
substituição a produtos químicos.
5.2.2. Paredes
As paredes devem apresentar superfície lisa e preferencialmente, cor
clara e ser resistente a freqüentes aplicações de agentes de limpeza. O
acabamento deve impedir acúmulo de poeira e minimizar o desenvolvimento
de mofo.
5.2.4. Forro
Para evitar que materiais estranhos caiam sobre o produto, a área de
embalagem deve ser coberta. O forro de laje deve ter acabamento em reboco e
tinta acrílica.
5.2.5. Ventilação
O ar ambiente deve ser renovado continuamente nas áreas de
processamento de alimentos. A ventilação natural pode ser eficaz em algumas
instalações de pequeno porte, mas em alguns casos é aconselhável usar
ventilação artificial para diminuir o calor e eliminar o ar úmido para o exterior
da planta. Nessa situação, a solução mais recomendada, é canalizar o ar quente
presente na fábrica para fora da planta por meio de um sistema de exaustão. O
ar insuflado ou comprimido que entrar na área de processamento deve ser
seco, filtrado e limpo. Deve se ter a precaução de não direcionar o fluxo de ar
de uma área contaminada para uma área limpa.
5.2.6. Iluminação
O bom posicionamento das janelas proporciona o aproveitamento da
iluminação natural, que também é obtido com telhas translúcidas. A
iluminação artificial deve ser projetada dentro das normas da ABNT. As
sombras devem ser minimizadas. As lâmpadas devem ser posicionadas sobre
linhas de produção ou transporte de insumos ou produtos e devem estar
seguras contra explosão e quedas acidentais.
As áreas externas também devem ser também iluminadas, as lâmpadas
devem ser posicionadas distante das portas para evitar a atração de insetos
recomenda-se o uso de lâmpadas de vapor de sódio.
5.2.7. Pisos
O piso deve ser antiderrapante, resistente ao tráfego e à corrosão. Poderá
ser de material liso e impermeável, como cerâmica ou equivalente. O
acabamento final deve propiciar uma limpeza sem deixar acúmulo de umidade
e resíduos, deve ter boa resistência mecânica e boa resistência ao desgaste.
Deverá ser prevista uma declividade no piso, para o escoamento da água,
de 1 a 2 % no sentido das canaletas de drenagem, as quais deverão ser lisas, e
cantos arredondados com raio mínimo de 5 cm.
As canaletas devem ser evitadas nas áreas de produção e manipulação
dos alimentos, mas quando necessária devem ser estreitas com
aproximadamente 10 cm de largura, apenas o suficiente para permitir o
escoamento da água.
Ralos também devem ser evitados nos setores de processamento, mas
quando existirem devem permitir livre acesso para limpeza e ser dotados de
sistema de fechamento.
8. Equipamentos
Os equipamentos necessários para as operações deste empreendimento e
os seus respectivos códigos no croqui são apresentados a seguir. Todos podem
ser adquiridos no mercado interno, e muitas informações sobre fornecedores
potenciais estão disponíveis em alguns sites da internet listados em anexo. As
descrições dos equipamentos a seguir foram definidas de acordo com as
características dos equipamentos selecionados para aquisição no presente
perfil, com os seus respectivos preços apresentados na de orçamentos.
1-Caldeira a vapor (100 kgv/h)
Caldeira geradora de vapor horizontal, com funcionamento à lenha, capacidade
para gerar 100 kg/h de vapor.
2- Instrumentos de laboratório
-pHmetro: aparelho de bancada provido de eletrodo, suporte e
soluções de aferição.
-Refratômetro: Refratômetro manual portátil escala de 0 a 32% de
BRIX divisão de 0,2%. Medidor do conteúdo de açúcar. na plantação de cana-
de-açúcar é utilizada para o controle de maturação.
3-Balança eletrônica 15 Kg
4-Balde Medidor Plástico 15 Litros
5-Balde plástico vulcão de 22 litros
6-Botijão de gás ( completo c regulador)
7-Caçarola 12 litros
8-Coador plástico (grande, médio e pequeno)
9-Colher de Arroz Inox
10-Colher de Mesa
11-Concha Inox
12-Contentor Plástico
13-Cuba Plástica Marfinite
14-Espumadeira Inox cabo comprido
15-Estante de aço com 6 prateleiras
16-Faca ( “desossa de 5” tramontina)
17-Faca Mundial 10"
18-Fogão a gás industrial de quatro bocas( ind.)
19-Formas de aço inox
20-Jogo de colheres de medida
21-Lixão 90 Litros c/ tampa
22-Mangueira trançada 10 m
23-Materiais diversos p/ limpeza
24-Mesa c/ Tampo INOX ( 1,8 X 1,1m ) *
25-Tábua em Poliuretano p/ corte
26-Freezer horizontal 600L
27-Despolpadeira Industrial
28-Multiprocessador
29-Seladora
30-Balança Eletrônica 15Kg
31- Tacho semi-esférico com camisa dupla (50 litros)
Cavalete fabricado em aço carbono com pintura anticorrosiva e tacho
construído em aço inox 304 (corpo duplo). Possui trava de segurança no
sistema de tombamento para extração do produto. Dispõe de dispositivo de
alívio de pressão, com manômetro e válvula de segurança. Agitador com moto-
redutor. Aquecimento a vapor.
32- Uniforme completo
9. Bibliografia
BOTREL, Neide & ABREU, Celeste M. Patto de. Informe Agropecuário, v.17, no
179, 1994.