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de Camaçari
Ocupação Indígena
Ocupação Portuguesa
Remanescentes indígenas
Quilombolas
Linha Férrea
Estação de Veraneio
Pólo Petroquímico
PASSADO INDÍGENA
Kon-Tiki , onde
Hayerdahl
atravessou o
Pacífico em 1947
e barco a remo
com que Amyr
Klink atrevessou
o Atlântico
desembarcando
na praia de
Itacimirim em
1984 (6 meses
depois)
OCUPAÇÃO PORTUGUESA
Como foi visto, já existiam povos
nesta região antes da chegada dos
http://www.correiodabahia.com.br
portugueses, no entanto, a História da
ocupação do território de Camaçari
nos remete aos primeiros anos da
colonização, quando em 1558, foi
criada a Aldeia do Divino Espírito
Santo pelos padres jesuítas reunindo
índios das várias aldeias tupinambá,
ao redor de uma capela de taipa sob o
comando do padre João Gonçalves e
o Irmão Antonio Rodrigues às
margens do Rio Joanes.
Nas margens do
Joanes existia a
maior das
aldeias dos
Terras da Tupinambás
Marqueza
de Niza
Aqui ficava
a Vila do
Pereira atual
Salvador E aqui a
Ilha de Este município praticamente
Itaparica teve início em duas grandes
propriedades, as terras da Marqueza
de Niza, tendo uma pequena área
parcialmente cedidas aos jesuítas para
as missões (aldeia do Espírito Santo,
com os índios Tupinambá), e a terra de
Garcia D´Ávila, ao norte do município.
Aos poucos essas terras foram se
dividindo formando pequenas fazendas e
depois povoados.
Por cálculos da Coroa Portuguesa,
descritos em cartas da época em que a
Bahia foi transformada em Capitania Real
existiam entre a foz do rio Paraguaçu e
Tatuapara (limite de Camaçari com Mata
de São João) cerca de 6000 guerreiros
tupinambá. (Risério).
Região de Cordoaria
Estudos recentes abordam a possibilidade da junção entre índios e negros nos quilombos. Fugindo do
trabalho forçado, muitos nativos se aquilombavam, convivendo aí com escravos e ex-escravos na luta
contra a exploração da sua força de trabalho. Ou em alguns casos, os índios conviviam nos quilombos
como única forma de sobrevivência frente a pobreza e a fome.
Esse último caso, podendo ter existido em algumas localidades na região do que é hoje o município de
Camaçari.
Cordoaria, por exemplo, hoje já é reconhecida como região remanescente – quilombola, junto ao Instituto
Palmares, possivelmente ainda existem outras regiões com as mesmas características a exemplo de Zumbi
e Palmares no Distrito de Monte Gordo.
Não há dúvida quanto a nossa origem cultural quando se observa que o Munípio possui sobrevivências
africanas da capoeira de Angola, candomblés e artesanatos.
Estão presentes em Camaçari as etnias Bantus e Yorubás (Gatois) na sede e Orla.
A vila foi extinta em 1846 (no período do Brasil Império) pela Resolução
provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada ao município de Mata de
São João. Em 1848 foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 03 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.
Neste período foi implantada na região a linha férrea, que saia de Salvador,
passando por Simões Filho, Camaçari (Parafuso e Sede – Camaçari), Dias D
´Ávila, seguindo em direção a Alagoinhas, onde existe um cruzamento, dividindo a
estrada em duas direções: Região do São Francisco e Sergipe.
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Estação da Calçada em Salvador
Fotos do calendário da Cãmera de Vereadores
Rio Pojuca
Bacia do
Jacuipe
Bacia do
Joanes
Rio Jacuipe
Município de o
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Limite do
e
Município de
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Camaçari
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Rio Jo
LEGENDA
Rio
Limite municipal
Além da estrada de ferro outro importante vetor de crescimento do município pode ser atribuído ao fato de que o Pe.
Camillo Torrend descobriu e propagou a excelência das águas minerais da região do Rio Imbassaí (Dias d’Ávila) em
1918, segundo o historiador Cid Teixeira essa descoberta intensificou o processo de fragmentação fundiária –
“Minifundização”, que vinha acontecendo desde final do século XIX.
BREVE HISTÓRICO
A primeira composição administrativa de Vila de Abrantes, abrangia os distritos de
Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A lei municipal de 22
de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa confirmada pela Lei estadual nº 1422, de 04 de agosto
desse mesmo ano. A lei estadual nº 1809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o
topônimo para Montenegro e transferiu-lhe a sede para o arraial de Camaçari,
elevado a categoria de vila.
Pela Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953, foi criado o distrito de Dias D’Ávila,
ficando o município composto de quatro distritos, até 1985, quando Dias D’Ávila
se desmembrou de Camaçari, voltando a ser composto dos três primeiros, sendo
essa a formação atual: Vila de Abrantes, Monte Gordo e Sede (Camaçari).
Linha do Tempo da divisão territorial do município
Distrito de
Monte Gordo
Distrito Sede
Distrito de
Vila de Abrantes
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI POR DISTRITO
Fonte: Censo Demográfico do IBGE 1940, 1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2000
Agora que compreendemos as principais características da ocupação humana no
município, bem como o processo histórico que determinou sua divisão territorial e
desenvolvimento de regiões específicas é preciso estar atento ao controle dessa
ocupação através do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – Rural evitando-se o
crescimento desordenado e a preservação dos recursos naturais.
APA Lagoas
de Guarajuba
DISTRITO SEDE
Camaçari Antigo
Gravatá, Alto da Cruz, Bomba, Camaçari de Dentro, Triângulo,
Lama preta, Centro, Praça Abrantes e Praça Desembargador
Montenegro, Rua do Limão (Francisco Drumond), Dois de Julho
e Quarenta e seis
Invasão do Gravatá
Invasão da Rodoviária
Invasão do PHOC
Foto: COSTAPPPR
Principais localidades do Distrito Sede
Pólo Petroquímico
Complexo Ford
Camaçari
(sede)
Pólo de Apoio
Machadinho
Parafuso
Zona Rural
Região de Parafuso
Natuba
Riacho do Dendê
Genipapeiro
Aroeira
Sapucaí
Jatahy
Macaúba
Mangueira de Parafuso
Região de Machadinho
Cajazeira
Água Fria
Maracaiúba (Macaúba do
Aterro)
Pedrinhas
Jorrinho Várzea Grande de Mineiro
Capivara
Jorrinho
Areal
Pq das Mangabas
Povoado da zona rural Serra Verde
do Distrito Sede
Zona Industrial
Pólo Industrial
Camaçari (sede)
Parafuso
Machadinho
Zona Urbana (Sede)
Pólo Industrial
Machadinho
Parafuso
Centro Administrativo Mutirão
Ponto Certo Mangueiral
INOOCOP Gleba A
Limoeiro Alto da Cruz
Dois de Julho Jardim Panorama
Caixa d'água FICAM
Piaçaveira Parque Satélite
Gleba D Parque Florestal
Novo Horizonte Buri Satuba
Verde Horizonte Lama preta
Nova Vitória Vila Luiza Maia
Camaçari de Dentro Santa Maria
Triângulo PHOC I
Rabo da Gata PHOC II
Gleba B Bairro dos 46
Bomba Morro dos Noivos
Natal Gleba C
Gravatá PHOC III
Cristo Redentor Gleba E
PHOC IV Parque Verde
CAMAÇARI
DISTRITO ABRANTES
Principais povoados
Arembepe
Areias
Abrantes
Jauá
Busca Vida
Vila de Abrantes Pedágio
Estrada do Coco
BA-099
Busca Vida
Areias
Pé de Areias
Piabas
Interlagos
Arembepe
Volta do Robalo
Coqueiro de Arembepe
Açu (Assu)
Aldeia
Cacimba Grande
Rancho Alegre
Lot Fonte das Águas
Araticum
Vila dos Artistas
Caraíba(s)
Capoeira Feia
Mataraca
Invasões
Pibas
Nova Esperança Malícia
Alto da Bela Vista
Arembepe Corre Nú (Fonte da Caixa)
Jardim Abrantes
Sítio Fradinho
Inv. Morada nobre
Cordoaria
Barra de Pojuca
Monte Gordo
Itacimirim
Guarajuba
B. do Jacuipe
Rio Pojuca – Imagem de
Satélite - LANDSAT
Esse historiador registrou também que descendentes de Garcia d’Ávila, na região de Monte
Gordo e do Rio Pojuca para cima, no século XVII já criara os primeiros engenhos de açucar
especialmente nas regiões mais férteis da frequesia de Mata de São João (Bomfim da Mata).
Carlos Ott
Povoamento do recôncavo pelos
engenhos -1536 – 1888 v II, Salvador,
Bigraf, 1996
Principais Localidades
Monte Gordo; Barra do Jacuípe; Saco; Trapiche; Várzea do Meira; Bela Vista; Bom
Jesus; São Bento; Taipú; Pilão; Pau d'Arco; Genipapo; Guarajuba; Jacaré; Guajirú;
Palheiro; Capela Feia; Lapinha; Jordão; Biribeira; Tambaí; Coqueiro de Monte Gordo;
Barra do Pojuca; Rodagem; Maria Dias; Itacimirim; Cachoeirinha; Tiririca; Emboacica;
Leandrinho; Sapato; Vila de Camaçari; Vila da Mira; Capoeira Feia; Zumbi; Palmares
Em três momentos –
Interligados a História de Camaçari
• A Feira de gado de Capuame foi substituída por Feira de Santana em meados do século XIX Dias
D’Ávila destaca-se no cenário estadual como uma estância hidromineral.
O município de Mata de São João, Dias d’Ávila e Camaçari tem um passado em comum, seus
territórios já se intercruzaram muitas vezes. Thales de azevedo descreve a origem do gado neste
território:
...” Aquelas primeiras criações faziam-se nos campos dos arredores da cidade. Com as reses que lhe couberam, das
partidas iniciais e das sucessivas, estabeleceu Garcia d’Ávila um curral em Itapagipe, donde passou para Itapuã e
afinal estendeu-se a Tatuapara. Dali, rico e poderoso, ia partir seu filho Francisco Dias d’Ávila com sua gente armada,
os seus vaqueiros mamelucos e os seus rebanhos à conquista e povoamento do Rio São Francisco, onde veio a
dominar centenas de léguas de terra obtidas em sesmaria para seu criatório. Em Tatuapara, Dias d’Ávila ergueria
como símbolo da sua fortuna e marco da marcha em direção aos sertões, mais que uma torre para sua defesa, o
famoso castelo de boa cantaria que ainda hoje, arruinado embora, fala de sua opulência. Em seus terrenos, àquela
altura algumas léguas da praia, formou-se a primeira feira de gados da Bahia, a “feira velha” do Capoame, aonde os
marchantes iam comprar reses para os açougues e talhos da cidade” Azevedo, 1969 p.321 – 322 / Azevedo, Thales.
O Povoamento da cidade de Salvador. Ba, Ed. Itapuã, 1969
Referências
Carlos Ott
Povoamento do recôncavo pelos engenhos -1536 – 1888 v II, Salvador, Bigraf, 1996
BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz Bandeira. O feudo: a Casa da Torre de Garcia D’Ávila: da conquista dos sertões à
Independência do Brasil. Civilização Brasileira. 2000.
BRANDÃO, Maria de Azevedo. Propriedade e uso da terra na periferia norte do recôncavo açucareiro: aspectos de história
recente. Planejamento. Salvador. 1976.
CORDEIRO, Enio. Política indigenista brasileira e promoção internacional dos direitos das populações indígenas. Brasília:
Instituto Rio Branco; Fundação Alexandre Gusmão; Centro de estudos estratégicos, 1999.
PARENTE, Sandra. “Camaçari: Sua História, sua gente”. Artset Gráfica e Editora Ltda.
RISÉRIO, Antonio. “Uma História da Cidade da Bahia”. Rio de Janeiro: Versal, 2004.
-Tese de docência apresentada a UFBA por Maria D. de Azevedo Brandão “Relações Agrárias em Camacari” – Salvador, 1963
http://www.locavinny.com.br/fun_content.php?codpg=17Papagaio - Jauá
Equipe Técnica
Ana Cláudia O. Almeida (ORG)
Paulo Pedro P. R. Costa – SESAU
Flávia Manoela - SEPLAN
Eduardo da Silva Barreto SEPLAN