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Luan Pietro 1

ATM 2016 FURG

Principais Tríades e Sinais em Semiologia

 TRIADE DE VIRCHOW:
1) Lesão ao endotélio vascular
2) Alterações no fluxo sanguíneo (estase)
3) Alteração na constituição do sangue (hipercoagulabilidade)

 TRÍADE DE CHARCOT : observada na colangite


1) Icterícia
2) Dor abdominal (hipocôndrio direito)
3) Febre com calafrios

 PENTADE DE REYNOLDS : evolução da tríade de Charcot, também observada na


colangite
1) Tríade de Charcot
2) Depressão do SNC
3) Hipotensão

 TRIADE DE SAINT:
1) Diverticulose cólica
2) Hérnia hiatal
3) Colelitiase

 TRIADE DE DIENLAFOY
1) Dor na fossa ilíaca direita
2) Hiperestesia cutânea local
3) Defesa involuntária da parede abdominal

 TRIADE DE BECK: ocorre no tamponamento cardíaco no derrame pericardico


1) Hipofonese de bulhas/ bulhas abafadas
2) Hipotensão arterial
3) Turgência jugular (sinal de kussmaul)

 TRIADE DE CUSHING: ocorre na hipertensão intracraniana


1) Hipertensão (aumento progressivo da pressão sistólica sanguínea)
2) Bradicardia
3) Bradipneia

 TRIADE DE HUTCHINSON: ocorre na sífilis terciaria


1) Dentes de Hutchinson
2) Ceratite intersticial
3) Lesão do VIII par craniano (nervo vestibulococlear)
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 SINAL DE BABINSKI:
Corresponde à flexão dorsal ou à extensão do polegar desencadeada pela estimulação
do tegumento de uma zona qualquer da planta dos pés, exceto à região plantar do
próprio polegar. Tecnicamente, a pesquisa deve ser realizada com o paciente em
decúbito dorsal, constituindo a manobra correta a estimulação ligeiramente rude da
porção lateralda planta dos pés, de posterior para anterior, terminando ao nível dos
metatarsos laterais, sem jamais atingir as falanges do polegar (realizando um “L”
invertido). Ocorre nas lesões neurológicas da via piramidal (corticoespinhal).

 SINAL DE RANCON OU DO “GUAXIRIM”:


Equimose periorbitaria que denota possível fratura de base de crânio.

 SINAL DA BANDEIRA:
Petequias ou hemorragias subconjuntival que podem estar presentes nas fraturas de
base de crânio ou nas asfixias mecânicas.

 SINAL DE BATTLE:
Equimoses em região temporal ou pré-auricular que podem estar presentes em fratura
basilar de crânio.

 SINAL DE ROMBERG:
Incapacidade para se manter na posição de pé (ataxia estática), com os calcanhares
juntos e os olhos fechados, que se traduz por oscilações que podem chegar à queda.
Este sinal traduz uma afecção das vias da sensibilidade profunda.

 SINAL DE BRUDZINSKY:
Coloca-se o paciente em decúbito dorsal,sobre uma superfície reta, com membros
inferiores estendidos, apoia-se a região occipital do paciente com as mãos e faz-se
flexão do pescoço, se ocorrer flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a
bacia ao se tentar ante-fletir a cabeça, o sinal de Brudzinsky será positivo. Sinal
observável na meningite aguda, evidenciando estiramento ou compressão nervosa.

 SINAL DE TROUSSEAU DE TETANIA LATENTE:


Pode ser observada em pacientes com hipocalcemia, quando espasmos carpais podem
ser provocados ao se ocluir a artéria braquial. Para realizar esta manobra, um maguito
de medição de pressão sanguínea sistólica, cerca de 20mmHg maior, e mantido no
local por 3 minutos. Se o espasmo carpal ocorrer, manifestado como flexão do pulso e
articulações metacarpofalangeanas, extensão interfalanges distais e articulações
interfalangianas proximais e adução do polegar e dedos, o sinal é dito ser positivo e o
paciente provavelmente tem hipocalcemia. O sinal pode se tornar positivo antes de
manifestações maiores de hipocalcemia como hiperreflexia ou tetania.
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 SINAL DE KUSSMAUL:
É o aumento de nível ou altura que alcançam as pulsações jugulares (turgência jugular)
durante a inspiração nos pacientes que apresentam pericardite constritiva crônica.

 SINAL DE MUSSET:
Oscilações da cabeça acompanhando os batimentos cardíacos. Geralmente é
associado à insuficiência aórtica devido ao pulso célere que ocorre nessa patologia.

 SINAL DE MINERVINI:
Pulsações observadas na base da língua. Geralmente é associado à insuficiência aórtica
devido ao pulso célere que ocorre nessa patologia.

 SINAL DE DUROZIEZ:
Duplo sopro auscultado à compressão da artéria femoral com o estetoscópio.
Geralmente é associado à insuficiência aórtica devido ao pulso célere que ocorre nessa
patologia.

 SINAL DE HILL:
Em condições fisiológicas, a tensão arterial máxima dos membros inferiores é superior
em 20mmHg a dos membros superiores. Na insuficiência aórtica essa diferença se
acentua superando os 40mmHg, caracterizando esse sinal.

 SINAL DE HOMANS:
Desconforto à compressão da panturrilha pelo esfigmomanometr, ao inflar o maguito
entre a pressão sistólica e diastólica. É causado por uma trombose das veias profundas
da perna (trombose venosa profunda).

 SINAL DE ROMAÑA:
Edema inflamatório bipalpebral unilateral, associado à conjuntivite, dacriadenite e
aumento ganglionar pré-auricular, ocorre em 10 a 20% dos casos agudos de doença de
Chagas.

 SINAL DE OSLER:
Ao inflar o manguito posicionado no braço, uma vez ultrapassada a asistolica, tanto o
pulso (radial/braquial), como a artéria (radial/braquial) deixam de ser palpados (ou
percebidos). Caso a artéria continue a ser palpada (embora sem pulsar), diz-se que o
Sinal de Osler está presente, indicativo de endurecimento da parede arterial
(aterosclerose com ou sem calcificação). Maior pressão será necessária para ocluir a
artéria endurecida, originando um erro para mais na leitura da sistólica. É o conceito
de pseudohipertensão.
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 SINAL (MANOBRA) DE RIVEIRO CARVALHO:


Com o paciente em decúbito dorsal, coloca-se o receptor do esteto na área tricúspide,
pondo-se especial atenção na intensidade do sopro. Em seguida solicita-se para o
paciente realizar uma inspiração profunda, durante a qual o examinador procura
detectar as modificações na intensidade do sopro. Se não houver alteração ou se o
sopro diminuir de intensidade, diz-se que a manobra de Riveiro-Carvalho é negativa.
Neste caso o sopro audível naquela área é apenas propagação de um sopro originado
na válvula mitral.
Se, ao contrario, o sopro aumenta de intensidade, pode-se concluir que sua origem é
no aparelho valvar tricúspide, evidenciando uma insuficiência tricúspide. Sopro
holossistólico de alta frequência.

 SINAL DE LEMOS-TORRES:
Abaulamento expiratório intercostal localizado nas bases pulmonares, na face lateral
do hemitorax. É característico da presença de um derrame pleural livre.

 SINAL DE SIGNORELLI:
Som claro pulmonar da coluna dorsal é substituído por submacicez e macicez. É
característico da presença de um derrame pleural.

 SINAL DE RAMOND:
Contratura da musculatura paravertebral no hemotórax afetado por derrame pleural.

 SINAL DE TROISIER:
É o achado de um linfonodo supraclavicular esquerdo aumentado e endurecido.é dito
ser patognominico de canceres abdominais, em particular do câncer gástrico. O
linfonodo geralmente palpado para identificar o sinal de Troisier é o linfonodo
(gânglio) de Virchow.

 SINAL DE MURPHY:
O examinador, à direita do paciente em decúbito dorsal, coloca sua mão esquerda de
modo que o polegar se insinue sob o rebordo costal direito ao nível da borda interna
do musculo reto anterior, enquanto a face palmar da mão direita apoia-se sobre o
flanco. Sem afrouxar a pressão exercida pela mão palpadora, manda-se o paciente
inspirar profundamente. Em caso de dor, o paciente interrompe o movimento
respiratório ao mesmo tempo em que reclama da palpação dolorosa. É indicativo de
colecistite, quando o paciente suspende a inspiração por dor à compressão do rebordo
costal direito.

 SINAL DE COURVOSIER-TERRIER:
Vesícula palpável, distendida em paciente ictérico. Tem como significado a obstrução
prolongada do colédoco terminal, e a neoplasia de cabeça de pâncreas.
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 SINAL DE BLUMBERG:
Consiste na presença de dor durante uma descompressão súbita da parede abdominal.
O verdadeiro sinal de Blumberg positivo ocorre somente quando a dor ocorre em dois
tempos:
1) Durante a compressão
2) Na descompressão, sendo nesta de muito maior intensidade.

Somente a descompressão dolorosa (dor em um tempo) não se caracteriza o sinal. É


indicativo de peritonite, estando geralmente associado à apendicite aguda quando
presente em FID.

 SINAL DE CULLEN:
Equimoses azuis-pretas na região periumbilical devido à hemorragia intraperitoneal,
associada principalmente à ruptura de gravidez ectópica, mas também eventualmente
presente na pancreatite aguda.

 SINAL DE GREY-TURNER:
Refere a equimoses nos flancos. Este sinal leva 24-48 horas para aparecer e prediz um
ataque severo de pancreatite aguda. Pode ser acompanhado pelo sinal de Cullen.
Outras causas são:
1) Trauma abdominal
2) Ruptura de aneurisma da aorta abdominal
3) Gravidez ectópica hemorrágica
4) Hemorragia espontânea secundaria a coagulopatia (congênita ou adquirida)

 SINAL DE GIORDANO:
Punho percussão dolorosa ao nível da região dorso abdominal, podendo evidenciar
irritação retroperitonial de origem renal.

 SINAL DE JOBERT:
Encontrado quando a percussão da linha axilar media sobre a área hepática produz
sons timpânicos ao invés de maciços, indicativo de ar livre na cavidade abdominal por
perfuração de visce oca. (exemplo: ulcera péptica perfurada).

 SINAL DE TORRES-HOMEM:
Dor à percussão na área hepática, podendo evidenciar abscesso hepático.

 SINAL DE ROSVING:
Identificado pela palpação profunda e continua do quadrante inferior esquerdo que
produz dor intensa no quadrante inferio direito, mais especificamente, na fossa ilíaca
direita, sinal esse também sugestivo de apendicite aguda.

 SINAL DE GERSUNY:
Ao se comprimir uma massa abdominal na topografia do sigmoide de maneira
profunda e demorada, e ao reduzir-se a pressão da mão, há a percepção de uma
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parede abdominal desprega-se subitamente do bolo fecal, ouvindo-se ligeiras


crepitações decorrentes do ar interposto entre a parede intestinal e o fecaloma.
Encontrado nos casos de fecaloma.

 SINAL DO VASCOLEJO:
Pode ser efetuado de duas maneiras :
1) Prende-se o estomago com a mão direita movimentando-o de um lado para o
outro, ao mesmo tempo que se procura ouvir ruídos hidroaéreos nele originados.
2) Repousa-se a mão sobre a região epigástrica e executam-se rápidos movimentos
compressivos com a face ventral dos dedos e as polpas digitais, tendo-se o cuidado
de não deslocar a palma da mão. Quando se ouvem ruídos líquidos sacolejando,
diz-se que há vascolejo.

Permite levantar a suspeita de estase liquida em um estomago atonico ou quando


existe estenose pilórica.

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