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CASO CLÍNICO

Identificação: Paciente masculino, 33 anos, natural e procedente do nordeste brasileiro.

Sua queixa principal é inchaço nas pernas há aproximadamente 30 dias.

Paciente refere que há 30 dias iniciou quadro de “dor no peito”, ventilatório-dependente,


com irradiação para dorso, sem característica de aperto, sudorese ou parestesia, tratada
incialmente com analgésico simples. Refere que houve permanência da dor com surgimento de
edema bilateral em MMII, iniciado em tornozelo e ascendeu, em aproximadamente 20 dias,
chegando a acometer toda a perna e a região escrotal. Relata fraqueza e dispneia com episódios
ortopneia e DPN, necessitando de elevação da cabeceira para dormir à noite. Conta que a
dispneia era, incialmente, relacionada aos esforços extra habituais, porém progrediu para os
mínimos esforços, como caminhar, tomar banho ou pentear o cabelo.
Somado ao quadro, apresenta história de dor e aumento do volume abdominal, pirose e 3
episódios de vômitos há cerca de dois meses. Buscou assistência médica, realizou EDA e recebeu
diagnóstico de infecção por H. Pylori, sendo prescrito tratamento com antibióticos e IBP. Refere
um episódio de diarreia durante o tratamento, com fezes líquidas, de coloração amarronzada,
sem sangue, muco ou quaisquer alterações.
Relata que cursou com piora do quadro edemigênico há uma semana. Nessa piora,
apresentou com novos episódios dispneia paroxística noturna e edema doloroso em bolsa
escrotal.

Ao exame físico:

 Paciente em bom estado geral, ativo, lúcido e orientado no tempo e espaço. PA: 140x90
mmHg; IMC: 29,7 kg/m². Mucosas normocrômicas e hidratadas.
 Aparelho cardiovascular: Presença de estase de jugulares, precórdio ativo. Bulhas rítmicas
e normofonéticas em 3 tempos às custas de B3.
 Abdome: Globoso, distendido, simétrico, ausência de circulação colateral. Ruídos
hidroaéreos presentes. Indolor à palpação superficial e profunda. Presença de macicez
móvel e semicírculo de Skoda. Fígado 2cm abaixo do rebordo costal. Espaço de Traube
livre.
 Gênito-urinário: edema de bolsa escrotal frio, mole e doloroso, sem sinais de sangramentos
ou hematomas.
 Extremidades: Acianóticas, com edema bilateral em todo MMII, frio, mole, com cacifo ++/4.
Presença de pulsos periféricos cheios e rítmicos.
Na admissão, o paciente realizou a radiografia de tórax a seguir:

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