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Art 37 PDF
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RESUMO
Nos dias atuais têm surgido vários trabalhos que versam sobre custos, tais como, artigos,
livros, monografias, dissertações e teses, o que vem corroborar com os estudos e avanços
deste ramo da Contabilidade. Sendo assim, este artigo vem dar uma contribuição nas
pesquisas nesta área. Para atingir o objetivo proposto de apresentar as vantagens e
desvantagens do sistema de custeio ABC (Activity Based Costing), o artigo mostra
considerações gerais sobre os sistemas de custeio por absorção e variável, por ser os
chamados sistemas tradicionais, para compará-los ao sistema ABC e, ainda, descreve sobre
os principais conceitos e faz uma revisão bibliográfica sobre este último. Como contribuição
apresenta-se um exemplo da aplicação dos sistemas de custeio ABC em uma indústria de
móveis a fim de evidenciar as vantagens e desvantagens do sistema aqui discutido.
1
Fundação Visconde de Cairu - Salvador - BA. E-mail: <nilton@gruposim.com.br>.
2
Fundação Visconde de Cairu - Salvador - BA. E-mail: <daniel@gruposim.com.br>.
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Fundação Visconde de Cairu - Salvador - BA. E-mail: <cleberbatista@crcmg.org.br>.
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1 INTRODUÇÃO
Métodos de custeio são formas de apuração dos valores de custos dos bens,
mercadorias ou serviços das entidades públicas e privadas. Segundo Eller (2000, p. 79), “os
métodos de custeio tem como função determinar o modo de como será atribuído custo aos
produtos”.
Vários são os métodos existentes, mas não pode se afirmar que um seja melhor
ou que substitua o outro, pois são aplicáveis conforme as características das entidades,
como ramo de atividade, porte, grau de detalhamento desejado dos valores de custos,
objetivos gerenciais etc.
Ao escolher um sistema de custeio os analistas de custos devem posicionar-se
em buscar um conjunto de preceitos, coordenados entre si, que atenda a empresa, seja
funcional e que respeite o princípio da relação custo- benefício, ou seja, de nada adianta
implantar um sistema de custeio muito detalhado em que as informações geradas não
justificam os valores gastos para produzi-las.
Por outro lado, o sistema, não pode ser tão sucinto que não gere as informações
necessárias para a tomada de decisão.
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Sistemas de custeio são os métodos de apuração de custos, tais como: sistema de custeio por absorção,
sistema de custeio variável, sistema de custeio ABC etc.
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Não se pode afirmar que um sistema seja melhor que outro, visto que cada um
atende a determinadas empresas, distintamente, dependendo da atividade desempenhada,
da formatação das informações requeridas e dos objetivos definidos pelos gestores.
Como o objetivo deste estudo é abordar o sistema de custeio ABC, apontando
suas vantagens e desvantagens, dando noções aos interessados para melhor definir os
limites dos sistemas; os demais serão tratados de forma sucinta, apenas para que o leitor
possa conhecê-los, com o fim de compará-los com o sistema ABC, objeto deste trabalho.
No entanto, antecedendo a abordagem sobre os métodos de custeio, faz-se
necessário que fiquem claros para o leitor, alguns conceitos para melhor compreensão do
assunto, quais sejam:
QUADRO 1 - CONCEITOS
ITEM DESCRIÇÃO
Custos Fixos Para Koliver (2003, p.30), “custos fixos são aqueles que tendem a permanecer num determinado
nível, entre certos limites no uso da capacidade instalada da entidade”.
Custos Variáveis Para Dutra (1995, p. 37) “Define-se custos variáveis como os custos que variam em função da
variação do volume de atividade, ou seja, da variação da quantidade produzida no período”.
Custos Diretos Para Horngren, Foster e Datar (2000, p. 20) “Custos diretos são os custos que estão relacionados a
um determinado objeto de custo e que podem ser identificados com este de maneira
economicamente viável”.
Custos Indiretos Para Martins (2003, p. 49) custos que “não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer
tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (...). São os
Custos Indiretos com relação aos produtos”.
Portadores Finais de São os produtos (bens e mercadorias) e/ou serviços objeto de custeio.
Custos
O sistema de custeio por absorção é aquele sistema que apura o valor dos custos
dos bens ou serviços, tomando como base todos os custos da produção, quer sejam fixos
ou variáveis, diretos ou indiretos.
Megliorini (2001, p. 3), ensina que custeio por absorção
Uma das vantagens do custeio por absorção é que o mesmo atende aos
Princípios Fundamentais de Contabilidade, editados pela resolução 750/93 do Conselho
Federal de Contabilidade, principalmente no que tange ao Princípio da Competência.
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Margem de contribuição: “é o resultado da diferença entre a receita e os custos variáveis e diretos incorridos
para a sua realização” (Leone, p. 191, 2004).
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(...)
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou
indícios de irregularidades na gestão orçamentária” (grifado).
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Princípio de causação: Os custos devem ser atribuídos ao portador ou atividade que o causou.
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custeio ABC como forma de mensuração dos resultados e apontamentos de suas vantagens
e desvantagens.
Sendo assim, o quadro 4 reflete algumas considerações sobre o resultado da
pesquisa no exemplo em análise:
VANTAGENS DESVANTAGENS
Conhecimento dos custos dos processos. Dificuldade de implantação completa do sistema.
Custos mais fidedignos. Necessidade de detalhamento dos controles internos.
Se for implantado superficialmente se equipara ao custeio Dificuldade de envolvimento dos responsáveis dos setores.
por absorção.
Possibilita revisão do processo de produção. Às vezes exige rateio.
Atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Tem limitações nas informações gerenciais.
FONTE: os autores
7 CONCLUSÃO
Assim, a Contabilidade não deve ser vista como uma função multidisciplinar. Sua
função é única e específica. Já o profissional contabilista deve interagir-se com todos os
outros departamentos das instituições. Ele é multidisciplinar, assim como deve ser a
auditoria, a consultoria e a assessoria.
Não se pretendeu ser finalista nos estudos sobre as vantagens e desvantagens
do ABC, visto que em cada entidade poder-se-ão numerar outros pontos. O que deve
ocorrer é manter-se sempre pronto para as mudanças mercadológicas e estar sempre
preparados para reorganizar o sistema de custeio ABC de maneira harmônica com cada
momento da economia.
BIBLIOGRAFIA
DUTRA, René Gomes. Custos: uma abordagem prática. 4a. ed. São Paulo, Atlas, 1995.
HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de custos. 9a. ed.
Rio de Janeiro, LTC Editora, 2000.
LEONE, George Sebastião Guerra, at alli. Dicionário de Custos. São Paulo: Atlas, 2004.
KOLIVER, Olívio. Tópicos especiais de custos. Belo Horizonte: Fundação Visconde de Cairu, 2003.
Apostila Didática.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu e GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade
das sociedades por ações (aplicável às demais sociedades). 5.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 3a.
ed. São Paulo: Atlas, 2000.
NAGAGAWA, Masayuki. ABC Custeio baseado em atividades. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
SHANK, John k. at alli. A Revolução dos Custos. 7.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.