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Auxiliar de Transporte, Logística e Distribuição PDF
Auxiliar de Transporte, Logística e Distribuição PDF
Logística e Distribuição
Manual do Participante
66 p.
Publicação originada no PNCE – Plano Nacional da Cultura Exportadora
Informações e contato:
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................65
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1 INTRODUÇÃO A LOGISTICA
PARA EM QUE
O QUE? ONDE? COMO?
QUEM? QUANTIDADE?
sob o ponto de vista operacional se transformar em uma missão a ser cumprida pela organização
logística. Contudo, atender simplesmente aos padrões de serviço não é suficiente. Serviços
custam dinheiro e consomem recursos, e, portanto devem ser executados de forma eficiente.
Com os recursos hoje em dia disponíveis, é possível, em princípio, atender a qualquer
nível de serviço, desde que não haja limitações de recursos ou preocupações com custos. Basta,
por exemplo, consignar grandes volumes de estoque junto aos clientes, manter uma frota de
veículos em constante prontidão, e possuir recursos abundantes de informação e comunicação.
No entanto, a não ser em situações muito especiais, tal política é economicamente inviável. O
atual clima de competição exige que se atinja um dado padrão de serviço ao menor custo
possível. Surge aí o segundo conceito importante para o entendimento da Logística Integrada, ou
seja, o conceito de sistema.
Um movimento em qualquer um dos componentes do sistema tem, em princípio, efeito
sobre outros componentes do mesmo sistema. A tentativa de otimização de cada um dos
componentes, isoladamente, não leva a otimização de todo o sistema. Ao contrário, leva a
subutilização. Tal princípio é normalmente conhecido como trade-off, ou seja, o princípio das
compensações, ou perdas e ganhos.
O formato do canal de distribuição é definido depois de se pensar como serão distribuídos
os produtos criados e seus níveis desde a manufatura até o consumidor final caracterizando-se,
desta forma, à extensão e a amplitude, representada pelo número de empresas que nela atuam.
Novaes (2000), ao diferenciar extensão e amplitude, acrescenta que tal escolha de
definição de canal dar-se-á a partir do momento em que se define também o tipo de produto a
ser distribuído descrevendo assim, três tipos de amplitude caracterizando a “profundidade” de
alcance e distribuição dos produtos, os quais são:
a. Distribuição exclusiva ou amplitude unitária: existe apenas uma empresa atuando
em cada região pelo fabricante do produto;
b. Distribuição seletiva ou amplitude múltipla, mas controlada: seleção de várias
empresas pelo fabricante do produto na comercialização;
c. Distribuição intensiva ou amplitude múltipla, aberta: distribuição dos produtos
através do maior número de revendedores.
A visão sistêmica das Teorias da Administração auxiliou na formatação do conceito de
Logística Integrada, visto a necessidade de sinergia entre as partes que compõem os sistemas
empresariais. A logística integrada faz parte desse sistema, desde a decisão do processo de
compra, da escolha de fornecedores, da alimentação da linha de produção, do controle de
qualidade, da movimentação interna, da venda, da distribuição e da entrega ao consumidor ou
usuário final.
Visão sistemática é a capacidade de identificar as ligações de fatos particulares do
sistema como um todo, onde, cada uma das atividades, independentes, mas interligadas,
interagem e interferem uma na realização da outra.
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países. O propósito da área de livre comércio é estimular o comércio entre os países participantes
por meio da especialização, da divisão do trabalho e da vantagem comparativa.
A área de livre comércio costuma ser vista como um passo para a instituição de uma
união aduaneira. Diferencia-se desta última pela inexistência de uma política comercial comum
(como, por exemplo, uma tarifa externa comum), adotada por todos os países participantes e
válida para as importações provenientes de fora da área.
As áreas de livre comércio são criadas por meio de acordos de livre comércio (ALC) entre
dois ou mais Estados.
Existem diversas modalidades de Zonas Livres de Comércio:
"União Aduaneira" - Adoção de uma tarifa externa comum e a livre circulação das
mercadorias oriundas dos países associados.
"Mercado Comum" - Elimina tarifas alfandegárias e permite a livre circulação de pessoas,
capital e mão-de-obra entre os países membros, como o MERCOSUL.
"União Econômica e Monetária" - Elimina tarifas alfandegárias, permite livre-circulação de
cidadãos dos países membros e unifica a moeda em circulação entre esses países, como a União
Européia.
O estado do Acre possui duas áreas de livre comércio, que são os municípios de Brasiléia
e Cruzeiro do Sul.
Registro de Exportação - RE não pode ser utilizado para comprovação de Atos Concessórios de
Drawback distintos de uma mesma beneficiária - é obrigatória a vinculação do Registro de
Exportação - RE ao Ato Concessório de Drawback .
A concessão do Regime Especial de Drawback não assegura a obtenção de cota de
importação para mercadoria ou de exportação para produto sujeito a contingenciamento, nem
exime a importação e a exportação da anuência prévia de outros órgãos, quando for o caso.
Também não pode ser concedido o regime de drawback para importação de mercadoria
utilizada na industrialização de produto destinado ao consumo na Zona Franca de Manaus e em
áreas de livre comércio, para importação ou exportação de mercadoria suspensa ou proibida,
para exportações contra pagamento em moeda nacional e em moeda-convênio ou outras não-
conversíveis, para importação de petróleo e seus derivados, conforme o disposto no Decreto nº.
1.495, de 18 de maio de 1995, e para exportações vinculadas à comprovação de outros Regimes
Aduaneiros ou incentivos à exportação.
O regime de drawback concede isenção ou suspensão do Imposto de Importação - II, do
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, do Imposto sobre Operações relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS, do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM, além
da dispensa do recolhimento de taxas que não correspondam à efetiva contraprestação de
serviços, nos termos da legislação em vigor.
TO: Araguaína
Dentre todas estas, a única com estrutura física e tecnológica administrativa instalada é
a de Senador Guiomard, que já conta com autorização de uma indústria em seu pólo, e vários
projetos encaminhados para apreciação pelo Conselho das Zonas de Processamento de
Exportação – CZPE, o qual recebe, analisa e defere os pedidos para instalação de indústrias.
Logística Empresarial não tem o mesmo significado para todas as pessoas, inclusive para
aquelas que estão ativamente engajadas no assunto.
Até o momento o campo ainda não tem um título único para identificá-lo, como fizeram
os setores de marketing e produção. Uma amostra dos membros do Conselho Nacional de
Administração da Distribuição Física Norte-americano mostrou que a área é representada por
nomes como transportes, distribuição, distribuição física, suprimento e distribuição, administração
de materiais, operações e logística.
Apesar de distribuição física ser o título mais popular, o termo logística empresarial é o
conceito mais atual, pois engloba tanto o suprimento físico como a distribuição física – que é o
foco dessa atividade.
Logística empresarial associa estudo e administração dos fluxos de bens e serviços e da
informação associada que os põe em movimento. Caso fosse viável produzir todos os bens e
serviços no ponto onde eles são consumidos ou caso as pessoas desejassem viver onde as
matérias-primas e a produção se localizam, então a logística seria pouco importante. Mas isto não
ocorre na sociedade moderna.
Uma região tende a especializar-se na produção daquilo que tiver vantagem econômica
para fazê-lo. Isto cria um hiato de tempo e espaço entre matérias-primas e produção e consumo.
Vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma
eficaz e eficiente é a tarefa do profissional de logística.
Ou seja, sua missão é colocar as mercadorias ou os serviços certos no lugar e no instante
corretos e na condição desejada, ao menor custo possível.
A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem,
que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de
consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento,
com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável. O
termo “produto” é aqui utilizado no sentido lato, incluindo tanto bens como serviços.
O fato é que a logística empresarial engloba todas as atividades operacionais, as quais
devem ser muito bem planejadas, caso contrário, qualquer erro pode custar muito caro para a
empresa.
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planos para diferentes períodos nos quais há a realização de algo, e que estes planos se ajustem
para suportar planos de longo alcance.
Em relação às áreas de planejamento, os níveis de serviço ao cliente, a localização, os
estoques e o transporte são as principais áreas do planejamento logístico por causa do impacto
que as decisões nessas áreas causam na lucratividade, no fluxo de caixa e no retorno sobre o
investimento da empresa. Cada área de decisão está inter-relacionada com as outras e não deve
ser planejada sem ao menos a consideração dos efeitos das compensações – trade-offs. O serviço
ao cliente é o resultado da estratégia formulada nas outras três áreas.
Em síntese, o planejamento logístico tenta responder aos questionamentos de “o que?
quando? como?” a nível operacional, tático e estratégico, tendo em vista a preocupação de
como movimentar produtos de maneira eficaz e eficiente através do canal logístico planejado.
Assim, os gestores das empresas devem elaborar Planejamentos Logísticos Flexíveis de
forma que possam ser ajustados aos elementos críticos logísticos, estabelecendo ações
apropriadas que devem ser utilizadas caso algum evento inesperado venha ocorrer. Desta forma,
pode-se evitar um processo desgastante junto aos clientes por não terem sido cumpridas as
ações programadas o que, em muitos casos, podem provocar quebras de contratos e perdas de
clientes de alta rentabilidade.
No Brasil, a logística evoluiu a uma velocidade gigantesca nos últimos anos, exigindo dos
profissionais da área uma visão integrada e colaborativa de todo o processo. Em paralelo, o
quadro de funcionários foi enxugado e as cobranças aumentaram, o que significa acúmulo de
funções.
Os profissionais devem acompanhar essa rápida evolução inovando na mesma velocidade
e até superando as expectativas de seus clientes – internos e externos – para sobreviver e
avançar nesse mercado.
Isso exigirá a permanente busca por mais conhecimentos técnicos e práticos,
familiaridade com as ferramentas tecnológicas tipo ERP, WMS e TMS, maior interação com as
áreas internas, foco nos Clientes e Fornecedores, visão de processos, constante preocupação com
a diminuição dos custos e a realização de serviços com maior qualidade e segurança, garantindo
o perfeito atendimento das entregas.
Além de tudo isso, conhecimentos de matemática financeira, custos, estatística, pesquisa
operacional e ferramentas de gestão da qualidade serão primordiais para os profissionais de
logística.
O profissional de logística necessitará ter uma visão global da logística, ser
multifuncional, mostrar pró-atividade e comprometimento, dinamismo, agilidade, flexibilidade,
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bom senso e raciocínio lógico, capacidade de trabalho em equipe, senso analítico, orientação para
resultados e coragem para assumir riscos.
Será importante entender que o principal objetivo é maximizar toda a cadeia de
abastecimento – supply chain – e não somente aquele elo onde atua.
Os líderes dessa área deverão estar devidamente preparados e atualizados para repassar
claramente as mudanças que estão ocorrendo, e viabilizá-las junto às suas equipes. Também
precisarão desenvolver uma alta capacidade de negociação com Clientes internos, parceiros,
Fornecedores e Clientes externos, desenvolvendo alianças a fim de identificar e explorar novas
oportunidades de negócios.
No contato com os Clientes deverá existir um canal direto e aberto oferecendo pronto
atendimento com informações atualizadas e precisas, entendendo as necessidades e
expectativas, transformando-se em um diferencial estratégico de adição de valor na cadeia
logística.
É crucial que o profissional entenda seu verdadeiro papel no contexto das empresas e
que tenha um perfil adequado para se adaptar às mudanças.
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É o ponta-pé inicial no processo logístico industrial, por isso muitas vezes confundido seu
conceito com o de logística. É a área responsável pelas decisões de escolha dos fornecedores,
compra e armazenagem de insumos e matérias-primas, e serviços de transporte até a planta
industrial.
O marketing está inserido nesse processo, também, pois envolve em suas atividades a
pesquisa de mercado, os produtos possíveis a serem desenvolvidos, a execução de projetos de
produtos e serviços, e a determinação do ponto de equilíbrio entre oferta e demanda.
O final da logística de suprimentos é o inicio da logística de produção, cujas atividades
são o planejamento, a programação e controle da produção – PPCP – que recebe matérias-primas
e componentes do estoque e os envia para a produção, manuseio e transporte interno e estoques
em processo. Inclui, em alguns casos, o DRP – Planejamento dos Recursos da Distribuição.
Nem sempre a fábrica está localizada onde a demanda pelo produto está. Existe outro aspecto: a
quantidade comprada pelo consumidor. Por ser pequeno o volume de pedido, torna-se inviável
para a fábrica enviar a cada cliente o pedido de compra.
Imagine que você seja um produtor de bolachas recheadas. O consumidor, quando
adquire esse tipo de produto, compra no máximo três pacotes. Imagine se a fábrica fosse
responsável em enviar o produto solicitado? Com certeza seria uma distribuição extremamente
assombrosa e inviabilizaria o processo.
É fácil agora compreender porque não devemos comprar direto da fábrica, digo isso
porque alguns devem pensar que se fosse eliminado o varejista, o processo poderia se tornar
mais barato. Esse raciocínio é válido somente para grandes quantidades, caso contrário é uma
opção cara.
As empresas estão cada vez mais terceirizando suas atividades relacionadas a
distribuição e focando suas atividades no core bussiness da empresa.
Nas organizações, a distribuição tem grande importância por ser uma atividade de alto
custo. Os custos de distribuição estão diretamente associados ao peso, volume, preço, Lead Time
do cliente, importância na cadeia de suprimentos, fragilidade, tipo e estado físico do material, e
estes aspectos influenciam ainda na escolha do modal de transporte, dos equipamentos de
movimentação, da qualificação e quantidade pessoal envolvido na operação, pontos de apoio,
seguro, entre outros.
A palavra distribuição esta associada também a entrega de cargas fracionadas, neste tipo
de entrega o produto/material é entregue em mais de um destinatário, aproveitando a viagem e
os custos envolvidos. A distribuição, neste caso, deve ser muito bem planejada, pois a entrega
unitária (carga total) tem um menor custo total e menor lead time. As entregas fracionadas
devem ser utilizadas somente quando não for possível a entrega direta, com lotação do veículo.
Algumas questões que devem ser consideradas para a definição do modelo de canal de
distribuição com o objetivo de entregar o produto ou serviço ao consumidor final:
Preciso que o produto seja vendido por um varejista?
Preciso que seja distribuído por um atacadista?
Preciso de quantos níveis no meu canal de distribuição?
Qual o comprimento do meu canal (quantos intermediários)?
Onde e quando meu produto precisa estar disponível?
Como será minha distribuição? (exclusiva, seletiva ou generalista).
Quando a estratégia de uma empresa está focada em disponibilizar seus produtos no
mercado externo, a escolha dos canais e distribuidores que a empresa deve utilizar recairá em
uma de duas hipóteses: I- o distribuidor selecionado organiza os próprios canais e sistemas de
distribuição, podendo perder o foco na produção do produto e o controle sobre o canal, ou, II- o
produtor vende diretamente através de pontos de venda e distribuidores locais por si escolhidos,
mantendo o controle da comercialização.
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importante a ser considerado, pois não se pode distribuir produtos onde não há necessidade
destes. Deve-se ter em conta diferentes fatores como: o custo do local, da mão-de-obra,
experiência da mão-de-obra, distâncias entre instalações, condições das infra-estruturas e
impostos, sendo estes fatores influentes nos gastos a longo prazo e no desempenho da cadeia de
abastecimento.
Os meios de transportes, ou canais de distribuição, são os responsáveis por movimentar
tudo o que se compra e se vende numa cadeia de abastecimento, desde matérias-primas ao
produto final. Tendo em conta que os custos relacionados com o transporte chegam a ser de 1/3
até 60% do custo operacional de uma cadeia de abastecimento, não será errado dizer que as
decisões relativas a qual meio de transporte usar determinará o sucesso da operação. Existem
seis modos básicos:
a) Marítimo – o mais lento e limitado (dependente de portos litorâneos) mas bastante
econômico e transporta um grande volume de carga.
b) Ferroviário – também lento e limitado às linhas férreas, mas bastante econômico
também.
c) Dutoviário – muito eficaz para o transporte de grãos, líquidos e gases, mas limitado
e com custos variáveis. Porém não é todo produto que pode ser transportado por
esse meio, além disso seu custo de instalação é muito alto.
d) Rodoviário – relativamente rápido e muito flexível, com custos variáveis
determinados por peso, volume métrico e distância a ser percorrida.
e) Aéreo – extremamente rápido, porem caro e limitado à necessidade de os aeroportos
de origem e destino serem alfandegados ou possuírem zonas primárias aduaneiras.
f) Eletrônico – o modo mais rápido e econômico de transporte. No entanto apenas
possível para transmissão de dados, energia e comunicação.
Via de regra, quanto mais valioso é o produto, mais a organização deverá se preocupar
com a capacidade de resposta do modo de transporte e quanto menos valioso, mais se deverá
preocupar com a eficiência.
Apesar de o conceito de Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento ser um conceito
moderno, muitos ainda o confundem com uma evolução do processo logístico. A sigla SCM, do
termo em inglês Supply Chain Management, representa a totalidade da engrenagem que une
consumidores finais e seus produtos, o que inclui o planejamento dos sistemas de processamento
de pedidos, compras, produção, armazenagem, movimentação, estoque e distribuição.
Como se pode perceber, não é uma tarefa das mais simples, pois exige o conhecimento
de todas as atividades que compõem a cadeia logística, tanto interna – processo produtivo,
armazenagem, estoque, distribuidores – como o externo – fornecedores, distribuidores, insumos,
compras, processamento de pedidos, demanda, consumidores.
O gerenciamento eficiente da cadeia de abastecimento depende, diretamente, do
planejamento elaborado, da manutenção das informações, do envolvimento dos colaboradores e
do entrosamento com os parceiros externos.
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de código de barras, leitores óticos, GPS, etc. Software inclui sistemas e aplicativos ou programas
usados na logística.
Os sistemas de informações logísticas possuem quatro diferentes níveis funcionais:
sistema transacional, controle gerencial, apoio à decisão e planejamento estratégico. O formato
piramidal apresentado sugere que a implementação de um sistema transacional robusto é a base
que sustenta o aprimoramento dos outros três níveis.
Os custos com aquisição e implementação destes pacotes são elevados, e estes valores
dependem principalmente do tamanho da empresa (número de usuários e instalações) e de sua
operação (módulos escolhidos do sistema). Em geral, estima-se que para cada R$ 1,00 gasto
com a aquisição da licença, são gastos R$ 2,00 com consultoria e entre R$ 0.50 e R$ 1.50 com
equipamentos.
c) Líquidos: Nos líquidos aplica-se a mesma lógica do material a granel. Estes têm a
vantagem de poderem ser diretamente conduzidos do local de armazenagem para a
fábrica através de dutos.
d) Gases: Os gases obedecem a medidas especiais de precaução, uma vez que se tornam
perigosos ao estarem sujeitos a altas pressões e serem inflamáveis. Por sua vez a
armazenagem de garrafas de gás está sujeita a regras específicas e as unidades de
transporte são, por norma, geralmente de grandes dimensões.
Os objetivos da função armazenagem são a maximização do espaço utilizado, uso
adequado de equipamentos e pessoal, facilidade de acesso aos materiais através do mapeamento
e proteção dos matérias armazenados. A organização, o registro dos materiais e das operações
agregam valor ao produto e auxiliam na satisfação dos clientes e usuários.
Devem ser levadas em consideração questões relativas ao layout envolvendo as
embalagens e as estruturas para o acondicionamento dos estoques, bem como sua
movimentação.
O layout – desenho – do armazém auxilia na redução de custos de movimentação, do
desperdício de materiais, no aumento da capacidade produtiva, a melhora das condições de
trabalho e segurança do pessoal e o melhor aproveitamento da área total disponível, seja ela
horizontal ou vertical. Abaixo um modelo de layout de armazém.
A gestão do processo logístico tem sido hoje grande diferencial competitivo, pois com o
passar dos tempos os consumidores tornaram-se também mais exigentes com relação à
qualidade dos produtos, tempo de produção e ciclo de vida dos produtos, prazo de entrega e mais
recentemente, com o índice de inovações tecnológicas incorporados aos produtos.
O que no passado eram pequenos incômodos do consumidor tornou-se hoje em rotina de
preocupação para as organizações. O fator preço do produto, na maioria das vezes era sequer
questionado pelo consumidor, como bem se pode lembrar das famosas máquinas de remarcar
preços nos supermercados, pois os altos índices inflacionários, em grande parte encobriam a
incompetência administrativa das organizações e iludiam os consumidores, pois o dinheiro perdia
seu valor a todo dia.
Muito se tem discutido sobre as atribuições dos estudos logísticos, porém quanto mais se
discute, mais necessidade de discussão aparece. O gerenciamento da relação entre custo e nível
de serviço tem sido considerado hoje como o principal desafio da logística moderna. A redução do
prazo de entrega com maior disponibilidade de produtos sem aumentar a quantidade
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Kanban é um termo de origem japonesa e significa literalmente “cartão” ou “sinalização”. É um conceito relacionado
com a utilização de cartões (post-it e outros) para indicar o andamento dos fluxos de produção em empresas de
fabricação em série. Nesses cartões são colocadas indicações sobre uma determinada tarefa, por exemplo, “para
executar”, “em andamento” ou “finalizado”.
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que são necessários, mas não atrapalham seu funcionamento caso faltem por um determinado
período é considerado como B e as matérias administrativas como canetas, papeis, lápis entre
outros são considerados como C.
Estes métodos permitem a coleta de informações relevantes por períodos, cujos dados
após compilados, processados a analisados irão direcionar as ações do período seguinte.
Já a gestão da distribuição, parte da decisão pelo meio de transporte, ou canal de
distribuição, a ser usado. A decisão será tomada levando em consideração os custos totais de
estoque, armazenagem, somados aos custos dos modais prováveis a serem utilizados,
identificando através da relação „custo x beneficio‟ qual o mais adequado para a satisfação do
cliente fim da atividade.
Cabe lembrar que logística e transporte não são a mesma coisa, pois transporte é uma
das atividades da cadeia logística, mas distribuição e transporte sim são termos iguais, visto a
necessidade de veículos para atender uma necessidade ou demanda das organizações para
disponibilizar produtos num determinado espaço geográfico e de tempo.
A embalagem pode ser visualizada tanto dentro do sistema logístico total e seu papel nos
mercados industrial e de consumo; as três principais funções da embalagem (utilidade e
eficiência de manuseio, proteção contra avarias e comunicação), e materiais de embalagem
tradicionais, tecnologias emergentes e implicações ambientais.
O custo da embalagem afeta toda a cadeia produtiva, desde o estoque até o transporte
ao ponto de vendas, influenciando inclusive na sua aquisição pelo consumidor final, que tende a
apresentar preferência por embalagens melhores elaboradas, desde que isso não apresente
grande impacto no preço do produto.
Em função da preocupação com o meio ambiente e da necessidade de se evitar o despejo
de resíduos em aterros sanitários, muitas empresas adotam o sistema de logística reversa com
suas embalagens. São as denominadas embalagens reutilizáveis, reutilizada em sua forma
original para o mesmo fim para a qual foi concebida e projetada. Ela deve desempenhar um
número mínimo de viagens ou rotações dentro de seu ciclo de vida e ajudam a reduzir o custo de
fabricação de novas unidades.
A distribuição física implica na escolha do modal ou canal de distribuição adequado para
o tipo de produto e embalagem, de acordo com o tratamento que estes necessitam.
Determinado o canal de distribuição, é necessário a verificação e escolha dos veículos de
transporte necessários para atender a demanda de produtos a serem distribuídos. Por exemplo,
empresas que trabalham com entregas expressas utilizam veículos de pequeno porte para
distribuição, o que os limita a transportar pequenos volumes de carga. Embalagens especiais
demandam veículos especiais, como no caso de cargas sobredimensionadas ou extremamente
frágeis.
A combinação do tipo de embalagem, do canal de distribuição e do meio de transporte
exigem planejamento prévio, de forma a se conhecer os custos de preparação do produto para
distribuição e a viabilidade do canal selecionado.
3 LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
trajetos curtos e médios. O veículos motorizados, além de maior capacidade de carga, tem
condições e autonomia para realizar o transporte por longos trechos.
As operações comerciais estão relacionadas com a maneira como os veículos operam na
rede e o conjunto de procedimentos especificados para o propósito desejado, incluindo o
ambiente legal (leis, códigos, regulamentos, etc.), social e político das regiões onde opera.
O sistema de transporte se divide nas seguintes categorias: passageiros, cargas, público,
e privado.
O transporte de passageiros, apesar de ser um categoria especifica, se enquadra
também nas categorias pública e privada, visto que tanto nas esferas governamentais –
transporte escolar, urbano e intermunicipal – como na privada – intermunicipal, interestadual,
urbano – se realizam o transporte de pessoas.
O transporte de cargas é responsável pelo deslocamento e distribuição de materiais entre
pontos de origem e destino – fornecedor e consumidor.
Os sistemas de transporte público e privado são semelhantes em infraestrutura e meios
de transporte – ônibus, trens, metrôs, aviões, barcas e balsas, mas diferenciam-se nos seguintes
quesitos:
a. No transporte privado, o usuário pode escolher a rota e os horários disponíveis,
enquanto que no publico deve se sujeitar as rotas e horários determinados;
b. No transporte público, os usuários pagam uma tarifa de utilização, enquanto que no
privado o custo depende do tipo de veiculo e do canal de distribuição escolhido, e é
de total responsabilidade do contratante.
Como todo sistema, o de transporte também exige o planejamento adequado para sua
operação, sendo seu ponto critico de sucesso a manutenção, pois dela depende o funcionamento
dos equipamentos em uso.
Sabe-se que quanto mais moderno e bem desenvolvido for o sistema de transporte de
uma região, melhor economicamente será aquela região. Isso prova que o sistema de transporte
é fator preponderante no desenvolvimento econômico, pois faz com que a produção circule
gerando um natural desenvolvimento econômico que, consequentemente, desenvolve o social, o
político, o cultural, etc.
Para uma operação logística satisfatória, as empresas dependem de um sistema de
transporte eficiente para transportar matéria-prima do fornecedor até a fábrica e desta para o
cliente. Sem um sistema de transporte eficiente a cadeia logística de uma empresa estará
completamente comprometida por conta dos altos custos que terão para o escoamento da
produção.
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que são necessários mais de um tipo de veículo para conduzir a mercadoria até ao seu destino
final, deste modo serão utilizados desde caminhões, navios, aviões ou outro tipo de condução
necessário para a entrega, como balsas, barcaças e veículos de pequeno porte.
Assim, para que a mercadoria possa chegar até ao seu destino final ela necessitará de
passar por mais de um tipo de transporte, podendo contratar uma empresa que faça essas
mudanças, sem que o importador ou exportador se envolva nessas trocas, que são os
denominados OTM – Operadores de Transporte Multimodal.
A multimodalidade implica na acumulação de custos pela utilização de várias interfaces
modais, tais como, transbordo, handling entre outros, somando-se esse custo ao preço final dos
produtos ou serviços realizados.
Para uma operação de transporte ser considerada como multimodal, é necessário que:
Seja realizado, pelo menos, por dois modos de transporte;
Exista um único responsável perante o dono da carga (OTM);
Exista um único contrato de transporte entre o Transportador e o dono da
mercadoria;
Exista um conhecimento único (Multimodal Bill of Lading), válido para todo o
percurso;
Sejam utilizadas cargas unitizadas indivisíveis;
Sejam feitas inspeções fiscais apenas na origem e no destino.
Em matéria de modais os transportes podem ser divididos em: rodoviário, ferroviário,
aquaviário, aéreo e dutoviário. Existem claras vantagens e desvantagens nos diferentes tipos de
transporte, bem como possíveis melhorias de modo a torná-los mais competitivos.
Veremos a seguir as vantagens e desvantagens de cada modal.
Modal Rodoviário
Vantagens Desvantagens
Manuseamento mais simples (cargas menores); Aumento do preço com a distância;
Grande competitividade em distâncias
curtas/médias; Espaço limitado;
Elevado grau de adaptação; Sujeito às condições atmosféricas;
Baixo investimento para o operador; Sujeito ao trânsito;
Sujeito à regulamentação (circulação,
Rápido e eficaz; horários);
Custos mais baixos de embalagem;
Grande cobertura geográfica;
Melhorias Possíveis
Melhoria nos contentores de modo a adaptarem-se a outros tipos de transporte (interface
multimodal);
Modal Ferroviário
Vantagens Desvantagens
Comboio de carga Serviços e horários pouco flexíveis
Ideal para grandes quantidades de Pouco competitivo para distâncias curtas e cargas
carga pequenas
Grande dependência de outros transportes
Baixo custo para grandes distâncias (nomeadamente rodoviário)
Bom para produtos de baixo valor e alta
densidade Pouco flexível pois só para de terminal em terminal
Pouco afetado pelo tráfico e condições
atmosféricas Elevados custos de manuseamento
Amigo do ambiente
Melhorias Possíveis
Melhoria nos contentores de modo a adaptarem-se a outros tipos de transporte (interface
multimodal)
Melhoria nos sistemas semi-automáticos de cargas e descarga
Aumento no uso de contentores/pallets standard
Implantação de sistemas de localização por coordenas geográficas
Uso de sistemas de comunicação rádio
Modal Aéreo
Vantagens Desvantagens
Pouco flexível, pois trabalha terminal a
Bom para situações de "aperto" a larga distância; terminal;
Bom para mercadoria de elevado valor a grandes Mais lento do que rodoviário para pequenas
distâncias; distâncias;
Elevado custo para grande parte dos
Boa fiabilidade e frequência entre cidades; produtos;
Velocidade de transporte;
Melhorias Possíveis
Melhor adaptação ao multimodal, transportando partes de veículos rodoviários;
Sistemas informatizados mais sofisticados para a gestão das capacidades de transporte;
Melhoria de cargas e descargas em terminais;
Modal Dutoviário
Vantagens Desvantagens
Não se adapta a muitos tipos de
Longa vida útil; produtos;
Pouca manutenção; Investimento inicial elevado;
Baixa mão-de-obra;
Rápido;
Funciona pronto a pronto para líquidos ou gases (gás natural ,
químicos e outros);
Melhorias Possíveis
Sistemas de construção por módulos e mais rápidos;
Sistemas de controle e observação de avarias;
serem cumpridos por veículos de uma frota, tendo como objetivo visitar um conjunto de pontos
geograficamente dispersos, em locais pré-determinados, que necessitam de atendimento.
As preparações dos pedidos, em certos tipos de depósitos, são feitos num local
específico. O processo da distribuição física dos produtos aos clientes se torna complexa, pois
muitas vezes requer veículos adequados e envolve problemas de roteirização, além de grande
número de itens para processar, documentar e coordenar.
A roteirização é definida por três fatores fundamentais:
Decisões: dizem respeito a alocação de veículos a grupos de clientes (programação e
seqüenciamento das visitas).
Objetivos: visa propiciar um serviço de alto nível aos clientes, mantendo custos
operacionais e de capital baixos.
Restrições: completar as rotas com os recursos disponíveis, respeitando os limites de
tempo da jornada de trabalho, além das restrições de trânsito (limites de velocidades, horários de
carga/descarga, tamanho máximo dos veículos nas vias públicas e outros).
Quando a separação dos clientes, pelos diversos roteiros, já foi realizada
antecipadamente, a questão da restrição de tempo e de capacidade está definida. O problema a
ser resolvido é o de encontrar a seqüência de visitas aos clientes que torne mínimo o percurso
dentro do bolsão de distribuição.
sistema de roteirização que se adote, é importante testar as opções de roteirização para validar o
que se mostra mais viável para o negócio.
No mundo globalizado e virtual que vivemos atualmente, as fronteiras ainda são físicas
para o transporte rodoviário de cargas, portanto é preciso cumprir com os regulamentos que
orientam a habilitação a essa categoria. Veremos a seguir os procedimentos para habilitação, de
uma empresa de transporte rodoviário, ao transporte internacional de cargas.
A regulamentação de que trata essa habilitação é a Resolução ANTT nº 1.474/2005, que
dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, da Autorização de
Caráter Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de Licença
Complementar, em caso de empresas estrangeiras.
Para que a empresa possa se inscrever no TRIC é necessário atender os seguintes
requisitos:
I - ser constituída nos termos da legislação brasileira;
II - ser proprietária de uma frota que tenha capacidade de transporte dinâmica total
mínima de 80 (oitenta) toneladas, a qual poderá ser composta por equipamentos do tipo trator
com semirreboque, caminhões com reboque ou veículos do tipo caminhão simples;
III - possuir infraestrutura composta de escritório e adequados meios de comunicação;
IV - atender as especificações exigidas pela Resolução MERCOSUL/GMC/RES. N° 25/11,
quanto aos veículos da frota a ser habilitada.
Os documentos exigidos pela ANTT para inscrição são:
I - requerimento da empresa ou procurador, este último mediante apresentação do
respectivo instrumento de mandato;
II - contrato ou estatuto social da empresa, com as eventuais alterações e, no caso de
sociedade anônima, cópia da ata da eleição da administração em exercício;
III – número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ;
IV - relação da frota a ser habilitada, por país de destino, com os respectivos Certificados
de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); e
V - número de inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga –
RNTRC, de que trata a Resolução nº 437, de 17 de fevereiro de 2004.
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É importante fazer um check list dos documentos a serem entregues na ANTT para evitar
que o processo de inscrição trave por falta de documentos.
Relação de Documentos para Expedição/Renovação de Licença Originária
1. Requerimento da empresa dirigido a ANTT, com firma reconhecida do signatário
2. Ato Constitutivo/Última alteração contratual e Certidão simplificada expedida pela Junta
Comercial (para Ltda).
3. Ata da Assembléia Geral Extraordinária e Certidão simplificada expedida pela Junta
Comercial (para S/A.).
4. Nada consta de multas emitidas pela ANTT ou por órgão conveniado
5. Prova de regularidade com a Fazenda Federal
6. Prova de regularidade com a Fazenda Estadual ou Distrito Federal.
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3.8.2.1 CRT
3.8.2.2 MIC/DTA
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.
DIAS, João Carlos Quaresma. Logística global e macrologística. Lisboa: Edições Silabo, 2005.
FERREIRA, Aurélio Buarque De Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2.ed. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
Receita Federal do Brasil. Áreas de Livre Comércio. Leis, Medidas Provisórias, Decretos, Portarias
e Instruções Normativas. Disponível em
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LegisAssunto/AreaLivCom.htm>