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Friedrich Schiller

Johann Christoph Friedrich von Schiller, enobrecido em 1802 (10 de Novembro de 1759 em Marbach am
Neckar — 9 de Maio de 1805 em Weimar), mais conhecido como Friedrich Schiller, foi um poeta, filósofo e
historiador alemão. Schiller foi um dos grandes homens de letras da Alemanha do século XVIII, e
juntamente com Goethe, Wieland e Herder é representante do Romantismo alemão e do Classicismo de
Weimar. Sua amizade com Goethe rendeu uma longa troca de cartas que se tornou famosa na literatura
alemã.
Filho de um cirurgião militar das tropas de Württemberg (na época, sob o comando do Duque Carlos-
Eugênio), Johann Kaspar Schiller (1723-1796) e de Elisabeth Dorothea Schiller, nascida Kodweis (1732-
1802), Friedrich Schiller nasceu em 1759, em Marbach am Neckar, onde vive seus primeiros anos de vida.
Em 1762 seu pai é promovido a capitão e passa a exercer funções de oficial-recrutador na cidade livre de
Schwäbisch Gmünd. Em 1763 a família Schiller fixa residência na localidade de Lorch, onde Schiller
aprende as primeiras letras. Aos cinco anos inicia seus estudos do latim, sob a orientação do pastor Ulrich
Moser.
Em 1767, um nova nomeação do pai de Schiller leva a família a se instalar em Ludwigsburg, onde o poeta
freqüenta a escola latina. A intenção de Schiller é se preparar para ser pastor, mas em 1773 acaba por
ingressar, contra a sua vontade, na Karlsschule (academia militar instalada no castelo Solitude em
Stuttgart, fundada por Carlos-Eugênio com a finalidade essencial de treinar oficiais e funcionários para
servi-lo). Schiller opta pelo curso de Direito, que posteriormente abandonará. A rigidez da disciplina militar
da academia causa profunda impressão em Schiller e lhe dá inspiração para sua primeira grande obra, Os
Bandoleiros.
Schiller abandona o curso de Direito, e em 1775 ingressa na faculdade de Medicina. Durante esse período
alimenta sua paixão pela literatura, lendo clássicos como Plutarco, Klopstock, Shakespeare, Lessing e
Goethe, e também iluministas como Voltaire e Rousseau. Também nessa época Schiller se fascina com o
movimento Sturm und Drang, do qual será representante como seu amigo Goethe. É durante esse período
na Faculdade de Medicina que Schiller escreve sua peça Os Bandoleiros.
Em dezembro de 1780 Schiller forma-se em Medicina e deixa a Karlsschule, e é designado como médico do
exército de Württemberg. Em 1781 publica Os Bandoleiros, seu primeiro grande sucesso nos palcos. Por
intermédio do empresário Wolfgang Heribert von Dalberg, a peça é representada pela primeira vez em
1782 no Teatro de Mannheim, causando grande comoção no público, principalmente os jovens. Como
Carlos-Eugênio não autorizou a representaçao da peça, Schiller foi punido com 14 dias de detenção e
proibição de continuar escrevendo. Numa noite de setembro de 1782, contrariando as ordens de Carlos
Eugênio, Schiller foge de Stuttgart junto com seu amigo e primeiro biógrafo Andreas Streicher, sem
dinheiro, e com destino a Mannheim.
Em 1782 Schiller publica, com dinheiro próprio, A Conjura de Fiesco - a obra não rende muito lucro
inicialmente. Em 1783 o empresário von Dalberg propõe a Schiller o emprego de dramaturgo no Teatro de
Mannheim (Theaterdichter em alemão). Porém Schiller adoece de Malária (doença então comum nos
charcos às margens do Reno) e não consegue cumprir com o contrato por problemas de saúde: 3 peças
por ano. Nessa época Schiller já inicia os trabalhos nas peças Intriga e Amor(até então com o título Luise
Millerin), que viria a ser encenada em abril de 1784, e Don Carlos. Seus problemas financeiros com o fim
do trabalho como dramaturgo aumentam, e Schiller quase chega a ser preso na chamada Schuldturm, ou
Torre dos devedores. O poeta se desvencilha das dificuldades econômicas com um gesto audacioso: confia
seus problemas a um grupo de desconhecidos que lhe haviam escrito manifestando sua admiração e
oferencendo-lhe hospitalidade em Leipzig. O grupo é composto pelos futuros grandes amigos de Schiller:
Gottfried Körner e Ferdinand Huber e suas respectivas noivas. O ambiente é de empolgante amizade, e ali
compõe o poema "Ode à Alegria" (An die Freunde), que seria imortalizada na Nona Sinfonia de Beethoven.
Em seguida mudam-se para as imediações de Dresden (especificamente o vilarejo Tharandt), e em 1787
Schiller finaliza a peça Don Carlos, onde trata a Guerra dos Oitenta Anos entre a Espanha e os Países
Baixos.
Em 1787 Schiller viaja para Weimar, e lá trava conhecimento com Wieland, Herder, Carl Leonard Reinhold e
Goethe. Num passeio pelo vilarejo de Rudolstadt Schiller conhece as irmãs Charlotte e Caroline von
Lengefeld, com as quais tenciona ter uma ligação amorosa (apesar de Caroline ser já casada), intenção
revelada por Schiller em uma carta às duas irmãs.[1]
Em dezembro de 1788, Schiller, que também sempre mantivera um grande e profundo interesse por
História, é indicado, a ser professor de Filosofia e História na Universidade de Iena, após indicação de
Goethe. Essa vaga era, no início, sem salário, mas com perspectivas de ganho futuro. Schiller porém não se
sente à vontade nesse cargo, e pensa até em abandoná-lo, tanto por um sentimento de inadequação com
a comunidade acadêmica quanto pelo seu estado de saúde constantemente debilitado.
Em 22 de Fevereiro de 1790 Schiller se casa com Charlotte, que lhe dará dois filhos e duas filhas. Esse
casamento eliminou a possibilidade do triângulo amoroso com Charlotte e Caroline, que o impetuoso
Schiller almejava. O casamento lhe trouxe, porém, satisfação e calma. No mesmo ano seu estado de saúde
se agrava, não vindo a se restabelecer até sua morte. Schiller sofre ataques e freqëntes desmaios,
decorrentes provavelmente de grave tuberculose. Seus hábitos de beber e fumar, associados à vida intensa
típica de um romântico, não poderiam lhe auferir outros resultados. É interessante notar, porém, que
mesmo com tal debilidade física Schiller foi um incansável escritor e pensador, e se viveu até os 45 anos é
porque uma grande força de vontade se alojava em seu peito.[1]
Nos anos seguintes Schiller se dedica à cátedra na Universidade, à Filosofia e à Estética. Em 1791, depois
de notícias sobre sua péssima saúde, recebe ajuda financeira (1000 Taler anuais por 5 anos) do Príncipe de
Augustenburg e do Conde Ernst von Schimmelmann. Esse mecenato rendeu diversos textos e estudos
importantes, como As Cartas Sobre Educação Estética, Sobre Graça e Dignidade, a "História da Guerra dos
Trinta Anos", entre outros.
Em 1794 floresce uma forte amizade com Goethe, que se iniciou na verdade em 1788, quando este
retorna de sua viagem à Itália. No início ambos não sentiram grande entusiasmo um com o outro, porém
com o tempo iniciaram uma cooperação que se tornou icônica do Romantismo alemão. As cartas que
trocaram se tornaram históricas, e são prova da amizade sincera que existiu entre os dois e que sempre foi
temperada com uma dose de competição. Goethe se sentia incomodado com o sucesso de seu
"concorrente mais jovem",[1] sentimento que era compartilhado por Wieland, e não suportava o vício de
Schiller pelo tabaco e pelo jogo. Apesar disso, os dois tiveram uma fértil produção, como o poema Xênias
(1796), baseado no livro homônimo de Marcial. A cooperação com Goethe faz Schiller exercer sua
criatividade ao máximo, com uma produção de numerosas baladas, de poemas como A Luva, O anel de
Polícrates, etc e de peças de teatro. Schiller também edita a revista As Horas. Em 1796, ano em que
Goethe retoma seu Fausto, Schiller começa a escrever Wallenstein, sua peça de maior destaque. Em
Weimar há um monumento aos dois grandes poetas do idioma alemão.
Em 1799 Schiller deixa Iena e fixa residência em Weimar, onde recebe um título de nobreza - podendo se
chamar a partir de então Friedrich von Schiller. É quando produz a peça de maior sucesso de toda sua
obra: em 1799 Wallenstein é representada pela primeira vez. Em 1800, publica Maria Stuart, peça que
trata da rainha da Escócia e de seus conflitos com a realeza britânica. Em 1801 é finalizada a peça A
Donzela de Orleans, representada pela primeira vez em Leipzig. Em 1803, publica a A Noiva de Messina e,
em 1804, a peça Guilherme Tell, cujo personagem principal, à la Robin Hood, era um anti-herói que
roubava de ricos para dar aos pobres, e foi tanto amado (tornou-se herói nacional da Suíça) quanto odiado
(durante a era do Nacional-Socialismo).
A extrema dedicação de Schiller à criação abalara profundamente seu estado de saúde, que já era grave.
Uma grave infecção causada pela tuberculose o derruba definitivamente em cama, e após sua morte
constata-se que seu corpo estava já terrivelmente comprometido: rins e pulmões destruídos, músculo
cardíaco atrofiado e vesícula e baço inchados. Uma forte crise o acomete, vindo a falecer em 9 de Maio de
1805, deixando em sua escrivaninha a peça Demetrius (iniciada em 1804) inacabada.
A produção teatral e filosófica de Schiller teve grande influência na constituição do Romantismo. Em suas
obras transparecem valores iluministas, como o Humanismo, a Razão e um enaltecimento da então
emergente classe burguesa. Suas peças foram traduzidas para diversas línguas e foram recebidas em
diversos países. Na Inglaterra, por exemplo, a peça "Os Bandoleiros" (primeira tradução de A.F.Tyler em
1792[2]) foi recebida com entusiasmo pelo público, que identificou no personagem Karl Moor conflitos
como os de Hamlet de Shakespeare e de Lúcifer de Milton.[3]
Na literatura brasileira e portuguesa Schiller também exerceu influência, inicialmente no poeta romântico
brasileiro Gonçalves Dias, que viria a ser o primeiro grande divulgador da obra de Schiller no Brasil.
Durante seus estudos em Coimbra, quando interagiu com poetas românticos lusitanos como Alexandre
Herculano e Antonio Feliciano de Castilho, Gonçalves Dias iniciou seus estudos de língua alemã e entrou
em contato com a tradição literária da Alemanha.
A obra teatral de Gonçalves Dias foi grandemente influenciada pela linguagem teatral e temática
schillerianas, como pode ser visto na obra Patkull, de 1843. A obra narra a história de Patkull (personagem
baseado em Johann Reinhold Patkul), um herói "sensível e apaixonado, que se torna alvo de inveja e
traições".[3] A crítica à vida palaciana, às intrigas que ali tomam lugar, o "conflito entre paixões e dever",
[3] valores humanistas como a confiança na amizade e no amor, temas típicos do teatro de Schiller, estão
presentes em Patkull e na produção teatral gonçalviana (Beatriz Cenci, Leonor de Mendonça e Boabdil).
Gonçalves Dias também se inspirou nos escritos historiográficos de Schiller ao escrever suas "Reflexões
sobre os Anais históricos do Maranhão por Berredo",[4] em que exalta a idéia schilleriana e romântica de
humanidade. A admiração de Gonçalves Dias por Schiller foi coroada por sua tentativa de traduzir A Noiva
de Messina, infelizmente inacabada devido à morte do poeta num naufrágio, no qual provavelmente a
versão final se perdeu.

Obras
Teatro
Os Bandoleiros (1781)
A Conjura de Fiesco (1782)
Intriga e Amor (1783)
Don Carlos (1787/88)
Wallenstein(1799)
Maria Stuart (Schiller) (1800)
Turandot (1801)
A Donzela de Orleáns (1801)
A Noiva de Messina (1803)
Wilhelm Tell (1803/04)
Demetrius (inacabada[1805])
[editar] Prosa
O Visionário (fragmentos)
[editar] Poesia
Os Artistas (1788)
Deuses da Grécia (1788)
Ode à Alegria (1785)
O Ideal e a Vida (1795)
Xénias (com Goethe) (1797)
A Luva (1797)
O Canto do Sino (1799)
A Canção da Campana(1800)

Filosofia
Cartas Filosóficas (1786)
Da Arte Trágica (1792)
Cartas de Augustenburg (1793)
Sobre Graça e Dignidade (1793)
Do Patético (1793)
Do Sublime (1793)
Kallias ou Sobre a Beleza (publicado postumamente, 1847)
Cartas Sobre a Educação Estética do Homem (1795)
Poesia Ingênua e Sentimental (1796)
História
História da Separação dos Países Baixos (1788)
História da Guerra dos Trinta Anos (incompleta)(1791-1793)

Referências
1.↑ a b c HAGE, Volker. Friedrich Schiller. Denker, Dichter, Dramatiker - Streiter für die Freiheit. in
Magazine Deutschland, n. 1 2005. Frankfurt am Main:Societäts-Verlag, pp. 12-17.
2.↑ PIRIE,David B. (ed.) The Romantic Period. London:Penguin Books, 1994 (citado em VOLOBUEF 2005)
3.↑ a b c VOLOBUEF,Karin. Friedrich Schiller e Gonçalves Dias. Pandemonium Germanicum. São Paulo:
Editora USP. 2005, V.9, pp. 77-90
4.↑ PARANHOS, Haroldo. História do Romantismo no Brasil. v.2. São Paulo:Edições Cultura Brasileira 1937,
pp. 86 e 102 (citado em VOLOBUEF 2005)

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Friedrich Schiller: um autor venerado, instrumentalizado e desdenhado

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Silhueta do poeta aponta o caminho para o Arquivo da
Literatura Alemã em MarbachNos 250 anos de seu nascimento, o autor de "Don Carlos" e da "Ode à
Alegria" não é mais o herói nacional de antes. Mas a integridade de seu espírito libertário o preservou até
contra a propaganda nacional-socialista.

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Cópia da estátua de Schiller por Johann
Friedrich von Dannecker, em Jena
Hoje em dia, Friedrich Schiller (1759-1805) não é mais um best-seller na Alemanha, tendo desaparecido
quase totalmente dos livros didáticos. Porém, é rara a cidade alemã onde não haja uma rua, praça ou
escola com seu nome: testemunho de uma época onde o culto ao poeta era um evento social. Seus versos
eram recitados e os monumentos dedicados a ele viraram verdadeiros locais de peregrinação.

Schiller já era reverenciado em vida, porém as honrarias alcançaram seu primeiro ápice em meados do
século 19. Era o alvorecer da era moderna para a burguesia e a época das primeiras revoluções
democráticas, preparando o caminho para a formação dos novos Estados nacionais.

Movimento operário e Beethoven

O historiador Otto Dann reconstrói o clima no país por ocasião do primeiro centenário de Schiller, em 10
de novembro de 1859, quando um entusiasmo se espalhou até pelas pequenas localidades. "Os
professores, os pastores de igreja e os eruditos se encarregaram de festejar. Foram organizados desfiles,
também com a participação das associações de trabalhadores. Era como uma embriaguês, a maior festa de
massa da Alemanha do século 19."

Mas uma embriaguês com programa político, ressalva o pesquisador. Dez anos após a fracassada
Revolução de 1848, embora os príncipes regessem o país, a ideia de um Estado nacional alemão não havia
sido esquecida.
O poeta Johann Christoph Friedrich von Schiller, falecido em 1805, era uma espécie de protótipo da
resistência contra o absolutismo reinante. Dann o classifica como "um homem sempre empenhado em
tentar entender seu próprio tempo, com grande sensibilidade para a sociedade, a política e as questões
estéticas".

Mais tarde, o movimento operário alemão emergente descobriria em Schiller um camarada para a causa
do povo trabalhador. O espírito republicano da primeira metade do século 19 foi compreendido
plenamente nesse movimento emancipatório, comenta Dann. O historiador faz aqui uma conexão musical
com Ludwig van Beethoven, que em sua Nona sinfonia musicou a Ode à Alegria de Schiller: "Essa obra
cresceu dentro do movimento operário. Ela era sempre executada no Ano Novo".

Bildunterschrift: Residência do poeta em Weimar


Cronista das nações europeias

Schiller, natural do sudeste alemão transformou-se num mito ainda em vida. Suas peças teatrais
impregnadas de ideias libertárias e de páthos republicano moviam e inflamavam os espectadores. Suas
aulas na Universidade de Jena atraíam multidões.

E ele não era venerado apenas em seu país, tendo se tornado uma figura conhecida para muito além das
fronteiras dos principados alemães. A Assembleia Nacional francesa o nomeou cidadão honorário da
França e a nobreza dinamarquesa apoiou financeiramente o poeta, um eterno endividado.

"Schiller escreveu dramas cênicos para as principais nações europeias, tratando de suas histórias
nacionais: Don Carlos para a Espanha, Guilherme Tell para a Suíça, Maria Stuart para a Inglaterra. E faleceu
sem completar Demétrio, para a Rússia", enumera Otto Dann.

Recrutado pelo nazismo

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Mão esquerda de Schiller, desenhada por
ele mesmo em 1777
O século 20 trouxe a apropriação de Schiller para fins propagandísticos, sua instrumentalização pelos
nacionalistas e populistas. Em 1934, o Partido Nacional-Socialista (NSDAP) chegou a promover uma corrida
de revezamento da Juventude Nazista na cidade natal do poeta, Marbach. Durante a transmissão
radiofônica, ouviram-se comentários como este:"Com a antena direcional para a África, camaradas do
povo, a homenagem da juventude alemã a Friedrich Schiller. Friedrich Schiller! Friedrich Schiller!
Veneramos Schiller como exemplo para todos, pois ele se consumiu a serviço de sua missão."

Esse tipo de veneração não durou muito tempo. Apesar do filme de propaganda política Friedrich Schiller,
de 1940, o espírito libertário do autor não se coadunava como a ideologia nazista, observa o historiador
Dann. "Ao fim, não se sabia o que fazer com Schiller. Hitler chegou a proibir que suas peças fosse
encenadas, em especial Don Carlos. Por isso, é preciso tomar cuidado ao situá-lo nesse contexto da
propaganda nazista."

Leste ou Oeste?

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Palestra de Thomas Mann em maio de
1955, em Weimar
Quando, terminada a Segunda Guerra, os dois Estados alemães se estabeleceram, travou-se então uma
espécie de concorrência político-cultural pela herança de Schiller. Isso não é surpreendente, pois há locais
em sua memória tanto no Leste quanto no Oeste do país.
Por ocasião dos 150 anos da morte do poeta, em 1955, o escritor Thomas Mann foi convidado pelos
governos das duas Alemanhas de então, e aceitou ambos os convites: primeiro, deu uma palestra em
Stuttgart, repetindo-a depois em Weimar, relata Otto Dann.

Mais segura de si, a Alemanha Oriental, sob governo comunista, cultivava a herança cultural clássica e
apelava sem hesitar para a frase de Goethe: "Pois ele é nosso". Na então Alemanha Ocidental, em
contraste, jovens diretores viravam manchete de jornal com remontagens provocadoras do clássico. Nas
escolas, ele quase não era mais lido. Por fim, no âmbito da reforma do ensino alemão, Schiller foi
totalmente eliminado do cânone escolar.

Contudo, encenações celebradas nos palcos europeus, até hoje, provam que sua obra dramática resistiu ao
tempo.

Autor: Cornelia Rabitz / Augusto Valente


Revisão: Soraia Vilela

Johann Wolfgang von Goethe (Frankfurt am Main, 28 de Agosto de 1749 — Weimar, 22 de Março de 1832)
foi um escritor alemão e pensador que também incursionou pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe
foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã[1] e do Romantismo europeu, nos finais do
século XVIII e inícios do século XIX. Juntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento
literário romântico alemão Sturm und Drang. De sua vasta produção fazem parte: romances, peças de
teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais.
Além disso, sua correspondência epistolar com pensadores e personalidades da época é grande fonte de
pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance Os sofrimentos do jovem Werther, Goethe
tornou-se famoso em toda a Europa no ano de 1774. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção
literária, e influenciado pelo também escritor alemão Friedrich Schiller, Goethe se tornou o mais
importante autor do Classicismo de Weimar. Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor
alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo.

Índice [esconder]
1 Vida
1.1 Origem
1.2 Juventude: Estudos e primeiras produções literárias
2 Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto)
3 Goethe em Weimar
4 Viagem à Itália
5 Classicismo de Weimar
6 Ciências naturais e poesia
7 Últimos anos do poeta
8 Recepção da obra
9 Goethe no Brasil
10 Curiosidades
11 Principais obras
12 Textos traduzidos
13 Citações
14 Referências
15 Bibliografia
16 Ver também
17 Ligações externas

[editar] Vida
[editar] Origem
Johann Wolfgang von Goethe nasceu em 28 de agosto de 1749 em Frankfurt am Main, Alemanha. Era o
filho mais velho de Johann Caspar Goethe. Homem culto, jurista que não exerceu a profissão, Caspar vivia
dos rendimentos de sua fortuna. A mãe de Goethe, Catharina Elisabeth Goethe (1731 –1808), procedia de
uma família de poder econômico e posição social. Casou-se aos 17 anos e teve outros filhos, dos quais
apenas uma viera a chegar à idade adulta.

Educados, inicialmente, pelo próprio pai e, depois, por tutores contratados. Goethe e a irmã receberam
uma ampla educação que incluía o estudo de francês, inglês, italiano, latim. Grego, ciências, religião e
desenho. Goethe teve aulas de violoncelo e piano, além de dança e equitação. O contato com a literatura
se deu desde a infância, através das histórias contadas por sua mãe e da leitura da Bíblia. À família
pertencia uma biblioteca que continha mais de 2 mil volumes.

[editar] Juventude: Estudos e primeiras produções literárias


Por decisão de seu pai, Goethe iniciou os estudos na Faculdade de Direito de Leipzig em 1765, mostrando-
se, porém pouco interessado. Goethe dedicou-se mais às aulas de desenho, xilogravura e gravura em
metal, e aproveitava a vida longe da casa dos pais entre teatros e noites na boemia. Acometido por uma
doença, possivelmente tuberculose, voltou para a casa dos pais. Em 1769 Goethe publicou sua primeira
antologia, Neue Lieder.

Em 1768, retorna para Frankfurt a fim de recuperar a saúde debilitada. Enquanto se recupera, dedica-se a
leituras, experiências com alquimia e astrologia. Nesse mesmo ano, Goethe escreve sua primeira comédia:
Die Mitschuldigen. Em abril de 1770 volta aos estudos de direito, agora em Estrasburgo, Alsácia, dessa vez
mostrando-se mais interessado. Durante esse período, conheceu Johann Gottfried Herder. Teólogo e
estudioso das artes e da literatura, Herder influenciou Goethe trazendo a ele leituras como Homero,
Shakespeare e Ossian assim como o contato com a poesia popular (Volkspoesie).

Nesse período, Goethe escrevia poemas a Friederike Brion, com a qual mantinha um romance. Esses, mais
tarde, ficaram conhecidos como Sesenheimer Lieder. Nelas já se expressa fortemente o início de uma nova
produção literária lírica.

No verão de 1771, Goethe licencia-se na faculdade de direito.

[editar] Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto)


De volta a Frankfurt, Goethe trabalha sem muito ânimo em seu escritório de advocacia, dando maior
importância à poesia. Ao fim de 1771 escreveu Geschichte Gottfriedens von Berlichingen mit der eisernen
Hand, que veio a ser publicado dois anos depois sob o título Götz Von Berlichtungen (O cavaleiro da mão
de ferro). A peça veio a valer como a primeira obra do movimento Sturm und Drang (Tempestade e
Ímpeto).

Em 1772 Goethe mudou-se para Wetzlar, a pedido do pai, para trabalhar na sede da corte da justiça
imperial. Lá conheceu Charlotte Buff, noiva de seu colega Johann Christian Kestner, por quem se
apaixonou. O escândalo dessa paixão obrigou-o a deixar Wetzlar. Um ano e meio depois, em 1774, Goethe
publica Die Leiden des Jungen Werther (Os sofrimentos do jovem Werther). Com esse romance Goethe
tornou-se rapidamente conhecido em toda a Europa.

O período entre seu retorno de Wetzlar e a partida à Weimar foi um dos mais produtivos de sua carreira.
Além de Werther, Goethe escreveu, entre outros, poemas que se tornaram exemplares de sua obra como
Prometheus, Ganymed e Mahomets Gesang, além de peças como Clavigo (Clavigo),Stella, e outras mais
curtas como Götter, Helden und Wieland. Nesse período Goethe inicia o projeto de seu mais conhecido
escrito,Faust (Fausto).

[editar] Goethe em Weimar


Em 1775, Carlos Augusto herda o governo de Saxe-Weimar-Eisenach e convida Goethe a visitar a Weimar,
capital do ducado. Disposto a desfrutar os prazeres da corte, Goethe aceita o convite a acaba por mudar-se
para Weimar. Em pouco tempo a população o acusa de desencaminhar o príncipe, que por sua vez reage e
faz Goethe comprometer-se com setores do governo. Goethe passa então, como ministro, a exercer alguns
serviços administrativos, como inspecionar minas e irrigação do solo, entre outros. Goethe viveu até 1786
na cidade, onde veio a exercer diversas funções político-administrativas. Em Weimar, Goethe viveu um
afetuoso romance com Charlotte von Stein, do qual restaram documentados mais de 2 mil cartas e
bilhetes.

Com o trabalho diário na administração da cidade restava-lhe pouco tempo para sua prática poética. Nesse
período Goethe trabalha na escrita em prosa de Iphigenie auf Tauris (Ifigênia em Táuride), além de
Egmont, Torquarto Tasso e Wilhelm Meister, e dos poemas Wandrers Nachtlied, Grenzen der Menschheit e
Das Göttliche.

Por volta de 1780, Goethe passa a ocupar-se sistematicamente com pesquisas na área das ciências
naturais. Seu interesse demonstrou-se principalmente nas áreas de geologia, botânica e osteologia. No
mesmo ano, juntamente com Herder, torna-se membro de uma sociedade secreta, os Illuminati (conhecida
como Maçonaria Iluminada, extinta pelo governo da Baviera em 1787), que alcança grande prestígio entre
as elites européias.

[editar] Viagem à Itália


Goethe estava cada vez mais insatisfeito com trabalho na administração pública e seu relacionamento com
Charlotte se desgastou. Goethe entrou em crise com relação ao rumo tomado por sua vida. Por conta
disso, em 1786, partiu sem pré-aviso para a Itália usando um pseudônimo, evitando assim ser reconhecido,
já que na época já havia se tornado um autor famoso. Goethe passou por Verona, Veneza, Lago di Garda,
até chegar a Roma, onde permanece até 1788, tendo também visitado nesse meio tempo Nápoles e Sicília.
Em abril daquele ano, Goethe deixou Roma e chegando dois meses depois de volta em Weimar.

Na Itália, Goethe conheceu e encantou-se pelas construções e obras de arte da antiguidade clássica e do
Renascimento, admirava em especial os trabalhos de Rafael e Andrea Palladio. Lá se dedicou ao desenho,
decidindo-se porém pela profissão de poeta. Entre outras coisas Goethe versificou nesse período Iphigenie
auf Tauris (Ifigênia em Tauride), finalizou Egmont, doze anos após o iniciado da escrita desse, e deu
prosseguimento a Tasso.

A viagem fora para Goethe uma experiência restabelecedora.

[editar] Classicismo de Weimar


De volta a Weimar, trava amizade com frau Schopenhauer, mãe do filósofo Arthur Schopenhauer. Poucas
semanas após o retorno, Goethe conhece Christiane Vulpius, uma mulher de 23 anos, de origem simples,
sem prestígio social. Mesmo com a pouca aceitação da sociedade weimarense, Goethe e Christiane casam-
se em 1806, mesmo ano que a cidade foi invadida pelos franceses em ocasião da Revolução Francesa. O
casal permaneceu junto até a morte dela em 1816.

Goethe assume cargos de influência política nas áreas de cultura e científica. De 1791 a 1817 Goethe
dirigiu o teatro de Weimar, antes dirigira a escola de desenho. Ao mesmo tempo Goethe era membro
conselheiro na Universidade de Jena, onde conheceu, entre outros, Friedrich Schiller, Georg Hegel e
Friedrich Schelling.

Em 1794, inicia amizade com Friedrich von Schiller, que passa também a residir em Weimar. Essa amizade
entre os dois grandes escritores é celebrada como um dos maiores momentos da literatura alemã.

[editar] Ciências naturais e poesia


Em 1806, Weimar é invadida pelos franceses e Goethe casa-se com Christiane Vulpius.Nos anos
posteriores à sua viagem à Itália, Goethe empenhava-se em pesquisas nas ciências naturais. Em 1790 ele
publica obra chamada Versuch die Metamorphose der Pflanzen zu erklären, e inicia sua pesquisa sobre as
cores, assunto ao qual se dedicou até o fim de sua vida.

As obras da década de 1790 fazem parte Römische Elegien, uma coleção de poemas eróticos à maneira
clássica sobre a paixão de Goethe por Christiane. Da viagem à Itália vieram os Venetiatischen Epigrame,
poemas satíricos sobre a Europa da época. Goethe escreveu também uma série de comédias satirizando a
Revolução Francesa: Der Groβ-Cophta (1791), Der Bürgergeneral (1793), e o fragmento Die Aufgeregten
(1793).

Em 1794 Schiller convida Goethe para colaborar na revista de arte e cultura: Die Horen. Goethe aceita o
convite e a partir daí inicia-se uma aproximação entre os dois intelectuais, que resultou numa íntima
amizade. Ambos desaprovavam a Revolução e apoiavam a estética da antiguidade clássica como ideal
artístico.

Como resultado de suas discussões a respeito dos fundamentos estéticos da arte, Schiller e Goethe
desenvolveram idéias artísticas que deram origem ao Classicismo de Weimar.

Nesse período, Schiller convence Goethe a retomar a escrita de Faust (Fausto) e acompanha o nascimento
de Wilhelm Meister Lehrjahre (Os anos de aprendizagem de Wilhelm Meister). Além dessas obras, Goethe
escreve no mesmo período Unterhaltungen deutscher Ausgewanderten e o épico escrito em hexâmetro
clássico Hermann und Dorothea.

Em 1805, interfere para que Hegel seja nomeado professor na Universidade de Berlim. A morte de Schiller
nesse mesmo ano, grande perda para o amigo Goethe,

Em 1808, Napoleão condecora Goethe, no Congresso de Erfurt, com a grande cruz da Legião da Honra. De
acordo com sua correspondência, sobretudo os registros Eckermann, seu amigo, Goethe ficou bastante
aturdido com a Revolução Francesa. Prova disso, é a segunda parte de Fausto, publicada postumamente,
conforme carta ao amigo, ao qual dizia para só se abrir o pacote após sua morte, num profundo lamento,
prevendo que sua literatura seria deixada no esquecimento.

Nesse período Goethe, incursiona pela ciência e publica algumas obras a esse respeito. A Teoria das cores
é publicada em 1810.

[editar] Últimos anos do poeta


Nos anos que seguiram a morte de Schiller Goethe adoece diversas vezes. Em 1806, ano em que Goethe se
casa com Christiane Vulpius, Weimar é invadida pelas tropas de Napoleão. Atormentado com os
acontecimentos, Goethe vive uma fase pessimista. Desta época provém seu último romance, Die
Wahlverwandschaften, de 1809. Um ano depois Goethe começa a escrever sua autobiografia e publica
Farbenlehre (Da teoria das cores).

Um ano após a morte da esposa (1816), Goethe organiza seus escritos e publica os trabalhos: Geschichte
meines botanischen Studiums (1817); Italianischen Reise (1817) (Viagem à Itália), diário e reflexões de sua
viagem, em duas partes, respectivamente; Wilhelm Meister Wanderjahre (1821) e Zur Naturwissenschaft
überhaupt (1824). Em 1823, Jean-Pierre Eckerman torna-se secretário de Goethe e o ajuda na revisão e
publicação de escritos até sua morte. As conversações com Eckerman são fruto dessa relação.

Durante esse período Goethe dedicava-se à escrita de Faust, que veio a finalizar, após 16 anos de trabalho,
em 1830. Aos 82 anos, em 22 de março de 1832, Goethe morre na cidade de Weimar.
[editar] Recepção da obra
Goethe se torna conhecido em toda a Europa na ocasião da publicação de Os Sofrimentos do Jovem
Werther. Já no século XIX, Goethe torna-se parte do cânone literário, sendo parte do currículo escolar
desde 1860.

Goethe foi aclamado gênio no Segundo Reich e suas ideias foram fundamentais para a instauração da
República de Weimar após a Primeira Guerra Mundial. Já no na Alemanha Nazista, sua obra fora deixada
de lado, pois suas ideias humanistas não cooptavam com a ideologia fascista.

[editar] Goethe no Brasil


Grande interessado em culturas, Goethe não deixou de passar observar aspectos da cultura brasileira. Em
sua biblioteca constavam 17 títulos de obras que tratavam do Brasil, além de estarem registrados
empréstimos de livros do tema na biblioteca de Weimar. Goethe conheceu canções tupinambás através da
leitura de Dos Canibais de Montaigne e mantinha um intercâmbio de informações científico com Carl
Friedrich Philipp von Martius, o qual costumava chamar o "brasileiro" Martius. Esse e Ness Von Esenbeck o
homenagearam batizando Goetha uma espécie de malvácea brasileira.

Na literatura, Goethe influenciou autores de renome como Machado de Assis e Guimarães Rosa.

[editar] Curiosidades
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O "método" goethiano de análise fenomenológica não se restringia à botânica, mas também abrange a
teoria do conhecimento e a das cores. No início do século XX, o filósofo austro-húngaro Rudolf Steiner
fundou a Ciência Espiritual, ou Antroposofia, inspirado no método de observação dos fenômenos
desenvolvido por Goethe (no qual a parte subjetiva do observador é também considerada).
Goethe passou anos obcecado pela obra Da Teoria das Cores, em que propunha uma nova teoria das
cores, em oposição à teoria de Newton. Essa obra por muito tempo foi deixada de lado, em boa parte
devido à maneira violenta pela qual pretende provar que Newton estava errado. Goethe fez diversas
observações corretas sobre a natureza das cores, especialmente sobre o aspecto da percepção emocional
e psicológica, que serão retomadas anos mais tarde pela escola da Gestalt e não ferem a teoria de Newton,
mas tentou justificá-las com argumentos falhos. Esses argumentos fizeram-no cair em descrença na
comunidade científica.
[editar] Principais obras
Götz von Berlichingen - 1773
Prometheus (poesia) – 1774
Die Leiden des Jungen Werther – 1774
Clavigo – 1774
Egmont – 1775
Iphigenie auf Tauris – 1779
Torquato Tasso – 1780
Wilhelm Meister LehrJahre – 1795
Hermann und Dorothea – 1798
Faust – 1806
As afinidades eletivas – 1809
[editar] Textos traduzidos
GOETHE, Wolfgang. O cavaleiro da mão de ferro (Götz von Berlichingen). Trad. Armando Lopo Simeão.
Lisboa: Edições Ultramar, 1945.

___. Egmont; Tragédia em cinco atos. Trad. Hamilcar Turelli. São Paulo: Melhoramentos, 1949.
___. Clavigo; Tragédia. Trad. Carlos Alberto Nunes. São Paulo: Melhoramentos, 1949.

___. Ifigênia em Táuride; Drama. Trad. Carlos Alberto Nunes. São Paulo: Instituto Hans Staden, 1964.

____. Memórias: Poesia e Verdade. Tradução de Leonel Vallandro. Brasília: Editora da Universidade de
Brasília / HUCITEC, 1986. ____. Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister. Tradução: Nicolino Simone
Neto. São Paulo: Ensaio, 1994.

___. Torquato Tasso: um drama. Tradução de João Barrento. Prefácio de Maria Filomena Molder Lisboa:
Relógio D'água, 1999.

____. Escritos sobre literatura. Seleção e Tradução: Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2000.

___. Fausto zero. Trad. Christine Röhrig. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.

___. Fausto e Werther. Trad. Alberto Maximiliano. São Paulo: Nova Cultural, 2002.

___. Fausto I: Uma tragédia (Primeira parte). Apresentação, comentários e notas de Marcus Mazzari. Trad.
Jenny Klabin Segall. Edição bilíngüe. São Paulo: Editora 34, 2004.

___. Fausto. Trad. Agostinho D'Ornellas. São Paulo: Martin Claret, 2004. [inclui a Primeira e Segunda Partes
de Faust]

___. Escritos sobre arte. Introdução, tradução e notas de Marco Aurélio Werle. São Paulo: Associação
Editorial Humanitas / Impresãoficial, 2005.

____. O Aprendiz De Feiticeiro. Tradução: Mônica Rodrigues da Costa. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

___. Fausto II: Segunda parte da tragédia. Apresentação, comentários e notas de Marcus Mazzari. (Trad.
Jenny Klabin Segall. Edição bilíngüe. São Paulo: Editora 34, 2007.

____. Os Sofrimentos Do Jovem Werther. São Paulo: Martins Editora, 2007.

____. As Afinidades Eletivas. Tradução: Leonardo Froes. São Paulo: Nova Alexandria, 2008.

____. Escritos Sobre Arte. Tradução: Marco Aurélio Werle. São Paulo: Imesp, 2008.

____. Trilogia Da Paixao. Edição Bilíngue. Tradução: Erlon José Paschoal. Porto Alegre: L&PM Editores,
2009.

____. Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister. São Paulo: Editora, 34, 2009.

[editar] Citações
Fausto

"Se eu me acosto jamais em fofa cama,


contente e em paz, que nesse instante eu morra!
Se uma só vez com falsas louvaminhas
chegares por tal arte a alucinar-me
que eu me agrade a mim próprio; se valeres
a cativar-me com deleites frívolos,
súbito a luz da vida se me apague.
Vá! queres apostar?"

Quadro V, Cena I - Tradução António Feliciano de Castilho[2]

Goethe era formado em Direito e chegou a atuar como advogado por pouco tempo. Como sua paixão era a
literatura, resolveu dedicar-se a esta área. Fez parte de dois movimentos literários importantes:
romantismo e expressionismo. Apresentou também um grande interesse pela pintura e desenho.

No ano de 1786 foi para a Itália, onde morou por dois anos. Neste período escreveu importantes obras
como, por exemplo, Torquato Tasso (drama), Ifigênia em Taúrides (peça de teatro) e as Elegias Romanas.

Porém, sua grande obra foi o poema Fausto, escrito em 1806. Baseada numa lenda, esta obra relata a vida
de Dr. Fausto, que vendeu a alma para o diabo em troca de prazeres terrenos, riqueza e poderes ilimitados.

Em 1806 casou-se com Christiane Volpius, que faleceu dez anos depois.

Escreveu também sobre temas científicos. Defendia uma nova explicação para a teoria das cores, em
oposição à defendida por Isaac Newton. Demonstrou também grande interesse por botânica e pela origem
das formas de vida (animal e vegetal). Alguns pesquisadores afirmam que seus estudos abriram caminho
para o darwinismo e evolucionismo (teoria da Evolução das Espécies).

Principais obras de Goethe

- Götz von Berlichingen - 1773


- Prometheus - 1774
- Os Sofrimentos do Jovem Werther - 1774
- Egmont - 1775
- Ifigênia em Taúrides - 1779
- Torquato Tasso - 1780
- Reineke Raposo - 1794
- Xenien (em conjunto com Friedrich Schiller) - 1796
- Fausto - 1806
- Hermann e Dorothea - 1798
- Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister - 1807
- Faust II - 1833

Frases de Goethe

- "A idade não nos torna adultos. Não! Faz de nós verdadeiras crianças."
- "Todas as coisas no mundo são metáforas."
- "A igualdade nos faz repousar. A contradição é que nos torna produtivo."
- "Coloquei a minha casa sobre o nada, por isso todo o mundo é meu."
- "A alegria não está nas coisas: está em nós."
- "A natureza do amor tem sempre algo de impertinente."
- "Ninguém é mais escravo do que aquele que se considera livre sem o ser."
- "O que cantamos em companhia vai de cada coração aos demais corações."
- "Um homem de valor nunca é ingrato."
- "O homem deseja tantas coisas, e no entanto precisa de tão pouco."
inaradella@hotmail.com

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