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Classicismo e anti-classicismo
Goethe era filho de um burguês de Frankfurt, e Schiller, filho de um médico militar da
Suábia. São aceitos pela sociedade aristocrática de Weimar.
O classicismo de Weimar é a-político, cosmopolita, retirado da vida pública em direção
ao reino das ideias platônicas. Sua Grécia, como a de Winckelmann, é apolínea, à
diferença da Grécia de Hölderlin e Nietzsche.
Winckelmann (1717-1768), oriundo de um povo há séculos Luterano, converteu-se ao
catolicismo romano apenas para que se lhe abrissem as portas dos cardeais romanos,
cercados por estátuas gregas. Era homossexual reconhecido, assim como verdadeiro
pagão a-cristão.
Schiller (1759-1805) teve uma juventude conturbado, mas a partir de 1794, quando se
torna amigo de Goethe, professor em Iena e conselheiro de teatro de Weimar, sua
vida se tranquiliza. Sua obra maior e mais duradoura é a trilogia Wallenstein. Schiller
foi, antes de tudo, um mestre da construção dramatúrgica. Ele se afastou
gradualmente de Shakespeare e foi mais influenciado pelo teatro clássico francês.
“Forneceu à língua culta alemã tantas ou mais expressões proverbiais do que a Bíblia. É
o verdadeiro poeta nacional. É, antes de tudo, o poeta da escola alemã. É ele quem dá
de fato um teatro nacional aos alemães.
Goethe (1749-1832) conheceu Herder na universidade de Estrasburgo. Com Herder se
aprofundou em leituras de Shakespeare, reconheceu a beleza da poesia popular e
tomou admiração pelo estilo gótico catedral, pela Alemanha medieval.
Os primeiros anos em Weimar ainda são pré-românticos, mas após algum tempo,
sobretudo após o início das relações íntimas com madame Stein, vai se tornando mais
clássico, aumentando em tranquility e amortizando a emotion. É nomeado ministro do
ducado de Weimar e aprende o valor do trabalho e dos deveres sérios. Depois, cansa-
se desta vida, abandonando-a a favor do mediterrâneo. Na Itália, prefere Roma a
Veneza, Nápoles e Sicília, passando seus 2 mais felizes anos em Roma.
Logo após o equilíbrio conquistado na Itália, veio a revolução francesa, a qual Goethe
desaprovava. Buscando manter seu equilíbrio, aprofundou-se em Spinoza,
mineralogia, anatomia comparada e botânica. Em 1974 assume a direção do teatro de
Weimar, conhece Schiller e estuda Kant.
Passados mais alguns anos, abandona a literatura e se aplica às artes plásticas,
contrário ao antipictorismo classicista. Abordou também o estudo das cores, com o
qual acreditou ter feito descobertas notáveis que desmentiriam a física de Newton,
mas os efeitos descobertos se deviam não a fenômenos físicos, e sim à fisiologia
humana. Por fim, retorna à poesia. Mantém casos eróticos enquanto septuagenário e
octogenário.
Jean Paul (1763-18325) “representa a versão burguesa, feminina e sentimental da
Sturm und Drang. Em quase tudo é o oposto dos classicistas de Weimar. Seu estilo é
descrito por Carpeaux como humorismo-sentimentalismo. Também diz que boa parte
da sua obra é ilegível.
Hölderlin (1770-1843) ficou quase totalmente desconhecido em vida, e só é de fato
descoberto em seu tamanho por volta de 1911, com a publicação da edição crítica.
Kleist (1777-1811) não teve sorte alguma durante a vida. Viveu de forma atípica até
suicidar-se. Seu tema fundamental era o da fragilidade da construção do mundo.
Dizem que o estudo da epistemologia de Kant contribui para balançar sua fé na
realidade. É o oposto do moralismo de Schiller; é um anti-Schiller.
O romantismo
O primeiro centro do romantismo de Iena foi a revista dos irmãos Schlegel Athenaeum.
August Schlegel foi um dos maiores tradutores de Shakespeare, foi amante e
conselheiro literário de madame de Staël.
Frederico Schlegel aponta em Goethe os sinais precursores do romantismo. “Exigiu
uma literatura universal e a revalorização da Idade Média e do Oriente (traduziu obras
orientais).
Schleiermacher (1768/1834) irracionalista da Alemanha Oriental
Wackenroder (1773-1798) foi um moço sentimental que admirava os elementos
hieráticos.
Tieck é talentoso, seu maior interesse é Shakespeare.
Novalis