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*ADMINISTRAÇÃO sistêmicas
Um Manual de Jogos de
Saberes e Competências
W. GREGORI
EVILÁSIO VOLPATO
2015
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WALDEMAR DE GREGORI
EVILÁSIO VOLPATO
CAPITAL TRICEREBRAL
E
ADMINISTRAÇÃO SISTÊMICA
2a edição
ISBN 85-901772-1-1
Brasília
© Edição dos Autores
2015
SUMÁRIO
Introdução 09
Metodologia da informação 84
Roteiro de pesquisa 86
Síntese do PDCA e comparação com o CCF 91
Breve explicação do Ciclo Cibernético de Feedback (CCF) para empresas 92
Breve explicação do CCF para pesquisa 96
Tipos de teorias, métodos e técnicas de pesquisa 105
Paradigmas de porte médio 106
Revisão da literatura triadicamente 109
Como ler livros pelo CCF com diferentes referenciais 115
Exemplo de resenha bibliográfica 117
A meta. Um processo de melhoria empresarial contínua (outro exemplo de resenha) 119
A Ilha. Exemplo de resenha com o uso dos 14 subsistemas 125
Questionamento holográfico 129
Coleta verbal de dados 136
Roteiro da linguagem não-verbal na coleta de dados 139
Processamento, análise de dados 141
Diagnóstico, conclusões, tese 146
Desdobramento do diagnóstico 149
Psicossíntese 151
Tutoria grupal 153
155
QUARTA PARTE – Funções da Inteligência Emocional na Organização que inova
PRIMEIRA PARTE
SEGUNDA PARTE
TERCEIRA PARTE
QUARTA PARTE
QUINTA PARTE
PRIMEIRA PARTE
SEGUNDA PARTE
TERCEIRA PARTE
QUARTA PARTE
2 *=
}
Funções-Competências
LÓGICO-ANALÍTICAS _> }----
######
***
(…)
|
Cl +
Funções-Competências
INTUITIVO-SINTÉTICAS
Funções-Competências
MOTOR-OPERACIONAIS
INTELIGÊNCIAOPERAÇIONA
Advertimos que se vão usar muitos termos novos ou com novo significado.
Não por capricho, mas porque não existe linguagem unificada para as ciências soci
ais e humanas; cada uma tem sua linguagem específica. Por isso fica difícil chegar a
uma visão global, vivendo no caos da globalização-desglobalização. Trata-se de su
perar uma linguagem divisionista e obsoleta. Pense na linguagem da Economia que
tem mais de duzentos anos; a do Direito, que é do tempo do império romano; a da
Sociologia… Quando esses termos novos aparecerem por primeira vez, incluímos,
imediatamente, uma breve explicação. Além disso, estarão no glossário ao final do
livro. Esses termos novos ou redefinidos são parte da teoria triádica de sistemas e
da teoria do caos ou dos sistemas dinâmicos, o que requer o emprego de alguns
termos em inglês. Como a teoria e os conceitos básicos estão nas duas primeiras
partes do livro, recomenda-se não ler as partes seguintes sem ter lido as duas pri
meiras. Uma e outra vez faremos comparações entre as ferramentas da Cibernética
Social, da Gestão do Conhecimento e Competências, do Planejamento Estratégico,
da Qualidade Total e outras.
11
Esta sistematização não está desenhada para ser memorizada, mas para ser
estudada e entendida a fundo, pois é um conjunto de neuroferramentas com instru
ções de uso para a sempre inacabada tarefa de redescobrir e reconstruir o conheci
mento, a inovação/criatividade e, a economia e o mercado. Em Cibernética Social
Proporcionalista esta missão se descreve assim: construir ciência trialética sistêmi
ca; construir inovação empresarial e espiritual; e construir ecossobrevivência.
Atualmente, quando nosso planeta se debate numa crise das três culturas ce
rebrais (irracionalidade, violência, e falta de sentido para tudo) pelas imposições polí
ticas do neoliberalismo e as imposições econômicas da globalização financeira, re
quer-se um nível mais elevado de compreensão e reorientação lúcidas, afetuosas e
operacionais da vida pessoal, empresarial e social. Este livro deseja que a aplicação
da Cibernética Social Proporcionalista contribua para a produtividade e a convivên
cia triádica dos diferentes subgrupos e culturas dentro da ética do proporcionalismo.
Postula uma “nova política do capital tricerebral" para a instauração de um novo ciclo
civilizatório na história do planeta.
W. De Gregori
Evilásio Volpato
14
PRIMEIRA PARTE
A ideia básica é que tudo é uma composição de três e tudo se move pela intera
ção desses três elementos e dessas três forças. A isso denominamos jogo triádico sis
têmico. Para uma visão macro do jogo triádico podem-se somar mais partes, mas man
tendo, sempre, o formato de três; para uma visão micro, podemos subdividir, manten
do, sempre, o formato mínimo de três. É o paradigma triádico sistêmico.
Esta energia tri-una se estende infinitamente numa rede ou cadeia universal tri
dimensional ou multidimensional de sistemas-parte que se interalimentam circularmen
te, acoplados por canais e válvulas de input (necessidades, demanda, insumo, custo) e
do output (oferta de bens satisfatores, produtos, venda, benefício).
NEGUENTROPIA
===2824 }
{} \\
== = = = ==
* ####sros"…os
A quem tenha visão monádica custa-lhe muito ver como se relacionam ou intera
tuam as coisas; custa-lhe entender e aceitar o ponto de vista dos demais. Por isso tar
da muito em perceber os conflitos: só quando lhe caem na cabeça. O monádico, por
ser um dissociador, termina mentalmente dissociado e nega ou não vê o que não lhe
interessa. Vê fenómenos, eventos, sintomas, mas não vê a rede de causalidade que os
entrelaça sistemicamente.
“DA CRENÇA NO LIVRE ARBÍTRIO E NA MÃO INVISÍVEL - À CIÊNCIA DO JOGO TRIÁDICO COM FEEDBACK”.
- Por quê?
Esses três lados ou tendências estão sempre interatuando tanto no átomo e nas
estrelas, como nas famílias, nos grupos, nas empresas e nações, intercambiando,
comprando/vendendo, disputando, trocando recursos, produção e acumulação de satis
fatores, mantendo a rede de sistemas e seu fluxo prestusuário (mercado de todos os sa
tisfatores) em estado de TENSIONAMENTO, conflito ou combustão e transformação.
Nas organizações, principalmente as gerenciadas por clãs familiares, o subgrupo oficial
chama a si, quase sempre, a função inovadora, eliminando o subgrupo antioficial. Em
virtude disso, as inovações não conseguem ser suficientes, a todo tempo, para acom
panhar as necessidades ou exigências do mercado, levando essas empresas a um en
velhecimento precoce. A supressão do subgrupo antioficial elimina também a alternân
cia do poder, que é sempre uma riqueza para as organizações e países. Os subgrupos
oficiais tendem ao conservadorismo.
“Pais ricos; filhos nobres; netos pobres”.
Empresa rica; filiais prosperando; matriz definhando!
Numa empresa, num sindicato, numa prestusuária qualquer, são necessárias
pessoas dos três subgrupos, se não o "átomo" grupal não funciona bem. É a democra
cia triádica ou a triarquia (três forças governantes, intergestão por três forças numa dada
proporção). Há, porém, há um grande problema: a cultura é monádica, valoriza demasi
ado a unidade, a uniformidade, o único, o primeiro, o máximo, o campeão, a prima
dona, o número um, o grande homem, o grande líder, o primeiro lugar em renda, em
negócios, em guerra, em assaltos, em crime... Maximocracia!!!. Daí as ditaduras, as
guerras religiosas, as falsas democracias, os falsos ecumenismos, as falsas liberdades,
a falsa livre concorrência etc. E os conflitos.
“Liberdade, igualdade, democracia, socialismo - tudo! - contanto que não discordem de mim!”
Para lidar com o fenômeno triádico, que é auto e interdevorador, existem diver
sas teorias:
• A de Maquiavel e do Cardeal Mazzarino que servem mais para os oficialistas políti
cos.
• A de Marx que serve mais para os antioficialistas políticos.
• As teorias da guerra de Sun Tzu e Clausewitz servem mais para os oficialistas da
política com aplicações na economia, assim como a teoria da seleção natural de
Darwin (darwinismo social).
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Frente à teoria do jogo triádico dos três subgrupos verticais, horizontais e trans
versais, não tem sentido falar em capitalismo e socialismo, em esquerdas e direitas,
em ateus e crentes, em revolucionários e conservadores, em pombas e falcões. Será
mais claro e mais realista falar em subgrupos triádicos, que é a usina de modelagem
de todos esses atores e suas máscaras ou disfarces.
“DO MONÁDICO MAXIMOCRÁTICO - AO JOGO TRIÁDICO SOLIDÁRIO, PROPORCIONAL.
Faz apenas uns 200 anos que se começou a reconhecer o direito de existência
democrática da oposição, da divergência, da livre concorrência, do antioficial. Mas, só
até certo ponto, aquele consentido pelo subgrupo oficial de turno. É assim em toda
parte - aqui, nos EUA, em Cuba, no Vaticano, nos partidos, nos sindicatos, nas religi
ões, na guerrilha, nas gangues, etc. Antes, os divergentes eram eliminados como he
reges, traidores, revoltosos, subversivos, dissidentes, desordeiros, perigosos, maus...
A dialética marxista propunha uma luta pela eliminação dos oficialistas (assim
como estes eliminavam os antioficialistas) reinstalando, depois, o monadismo, o abso
lutismo, a ditadura unicista e exclusivista.
Generalizou-se tal ânsia de poder e riqueza num vale tudo vergonhoso, que
consagra a violência como um direito de todos:
A essência última do processo não deveria ser que somos "sociedade de traba
lho". Deveria ser que somos “sociedade de agendonomia prestusuária”. No cerne de
tudo, está o processo de agendas usuprestadias para a ecossobrevivência, disputado
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A interação entre os três lados é sempre de dois contra um: competição entre o
antioficial e o oficial em função de sua maximocracia, como a competição entre duas
empresas disputando uma fatia sempre maior do mercado ou como dois partidos dispu
tando os eleitores; e cooperação do oscilante com um dos dois lados, quando sai de
sua neutralidade, em função, também, de sua maximocracia, como a cooperação dos
trabalhadores com seus patrões (oficiais) contra os líderes (antioficiais) de uma greve,
ou como a cooperação dos trabalhadores com os líderes de uma greve contra os pa
trões. Pode ser de cooperação ou cumplicidade passageira entre um oficial com o anti
oficial (formação de cartel) para explorar o terceiro grupo oscilante; mas este pode re
belar-se contra os dois (as elites do oficial e antioficial) como quando os trabalhadores
se rebelam contra os patrões e os líderes sindicais mancomunados, ou os filhos contra
o padre e a madre.
O jogo triádico não tem fim. Nem segue em linha reta. Funciona em ciclos de di
ástole e sístole, de neguentropia e entropia, como os pulmões ou o Big Bang: o estado
de tensão cresce, toca o clímax, decresce, entra em recessão, muda de direção, avan
ça, retrocede, se desvia, explode (ver Fig. 4).
A “lei do três” foi sentida/captada muito cedo pela humanidade que lhe deu no
mes diferentes segundo o cérebro predominante. Quando predominava o cérebro direi
to, a “lei do três” foi denominada trinitarismo pelas religiões. Quando predominava o
cérebro esquerdo, o mesmo fenômeno foi denominado dialética e agora trialética ou
triarquia: governo de três poderes (democracia). Quando predominou o cérebro cen
tral, o fenômeno foi denominado (livre) mercado: competição entre dois produtores
vendedores e um comprador, ou competição entre dois compradores e um produtor
vendedor.
O que se propõe é uma costura triádica, uma nova síntese dos três enfoques,
processos ou dimensões, incluindo o um, o dois e o três em suas inter-relações. Não
importa o nome publicitário que tenham: Princípio Unitriádico, Jogo Triádico, Livre Con
corrência, Seleção Natural, Trialética Sistêmica, Mística Unitrinitária etc. Não importa
por qual lado se aborde, tem-se que chegar a incluir os três. É o inclusivismo triádico.
Agora que temos uma visão mais ampla do jogo triádico, podemos compará-lo
com seus similares, citados anteriormente.
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O quadro 5.1, que combina cada subsistema com seus 4 fatores operacionais,
pode ser apresentado noutra diagramação, mostrando um desdobramento surpreen
dente, como um periférico mental ou um banco de dados/memória:
parcial e tratá-lo como toto-total, dada a estrutura holográfica de tudo. Tudo é hologra
ma que se multiplica/reflete em diferentes escalas: o todo contém as partes e cada par
te contém o todo (miniaturizado). Por isso é possível a clonagem e o exame de saúde a
partir de uma célula do cabelo.
O quadro de referencia dos catorze subsistemas tem umas poucas regras para
seu uso eficiente:
A)Cada
se detalha pelosum se operacionaliza
4 fatores operacionais,
e
como de atuação
“personagens”,
4 níveisapresentado, ousendo
supõem-se que
pelo
agendonomiaem
menos
e
de
talhar ou em
algo pelos subsis-
de-
tema.
vivência
“Operacionalizar”
descrever
presentes significará
cada4 fatores
operacionais.
B) Entre os 14 subsistemas
sempre há um subsistema-eixo, cen
tral, que subordina, move e alimenta os
outros 13 e, por sua vez, é retroalimen
tado por eles. E haverá um entre os ou
tros 13 que será como um subeixo e
estará de antioficial. Não há iguais; se
tal parece é porque a hierarquia está
disfarçada. Quadro 6.1. Sistema com eixo e subeixo
la de valor-importância aos outros treze; se quisermos ver o mesmo sistema sob outro
ponto de vista, mudamos o subsistema eixo, que redesenhará uma nova hierarquia e
determinará um novo peso-valor para cada um dos outros treze. Isto poderá ser feito
catorze vezes, para ver o mesmo sistema desde diferentes enfoques, ângulos ou pon
tos de vista. A este exercício de mudar o subsistema eixo, damos o nome de relativi
zação. Relativizar significará, pois, examinar um mesmo fenômeno sob diferentes ân
gulos, facetas, lados ou subsistemas.
Para entender essas correntes triádicas, devem-se agrupar seus autores, líde
res, administradores e participantes, em três subgrupos dentro de cada ciclo histórico:
os do lado oficial que representam ou são considerados os donos da verdade aceita
pela maioria. Os do lado antioficial, que contradizem àqueles. E os do lado oscilante
que buscam a neutralidade, o meio termo moderado ou a conciliação.
“O EXECUTIVO QUE TRABALHA DE 8h00 A 8h00 TERÁ MUITO ÊXITO; E SERÁ GRATAMENTE RECOR
DADO PELO PRÓXIMO ESPOSO DE SUA MULHER”.
Em síntese:
• A realidade é uma rede de sistemas interdependentes e não dissociados.
• Move-se por ciclos e ziguezagues probabilísticos e não em linha reta.
• Move-se pelo jogo de suas três formas de energia, e não por uma só (monádica).
• O fluxo prestusuário se orienta e regula por feedback dentro da proporcionalidade e
não, escapando-se rumo à maximocracia. Todas as tentativas de ir aos extremos
terminam sempre em desastre.
CARTESIANO
CIADOR
MONÁDICO DISSO- OPERACI-
ONAIS SISTÊMICO TRIÁDICO INTEGRADOR
1. Seres
radas em unidades isoladas, sepa- ESPAÇOTudo são sistemas em rede ecossistê
mica
2. Fluxo linear, progressivo CRONO- Tudo está em fluxo probabilístico, em
LOGIA ciclos, em sequência linear e não linear
3. Propulsão
dualista monádica, única, indivi- PERSONA-
GENS Propulsão triádica, pelos três subgrupos
ou três forças
4. Disputa maximocrática: lei do mais PROCEDI-
forte no mercado MENTOS Disputa proporcionalista por inter
feedback triádico
7. O HOLÓGRAFOSOCIAL
Ao lado direito das três colunas centrais, aparece o que se considera subgrupo
oficial; ao lado esquerdo, o antioficial; e no centro, o oscilante (não sempre é e será as
sim, nesse tabuleiro de xadrez planetário). Qualquer nível é oficial em relação com os
de baixo: é o oficialismo; é oscilante em relação com os de cima: é a oscilância ou su
bordinação. Qualquer nível pode confrontar-se com outro horizontal, vertical ou trans
versal: é o antioficialismo. Por isso se diz que as lideranças ou posições são permanen
tes e os líderes são transitórios.
15 SIMBOLOSFERA(virtual)
VIRTUOSFERA ou DIALÉTICA-TRIALÉTICA
TÊMICA SIS- ALFA FÍSICO-MÍSTICO MONOLÉTICAMONÁDICO
SISTEMISMO CARTESIANA CÓDIGO DA SIMBOLOGÊNESE: Metodologia do
Conhecimento, Epistemologia, Pesquisa. Moeda e valor.
Ética. Estética. Mitologia
14 CONDUÇÃO
PLANETÁRIA “Indignados globais”
AMBIENTALISMO ONU,
ONGsVATICANO
mundiais G-3 (Inglaterra, EUA, Israel)
Cartel financeiro
13 PRIMEIRO MUNDO Rússia UE, Japão e
países industrializados EUA. G-7. G-20.
12 INDUSTRIALIZADOS
PAÍSES SEMI- CHINA e emergentes (BRICS) Blocos Regionais em crise PAÍSES CAPATAZES
Brasil, México, Israel, RAS
11 PAÍSES PROLETÁRIOS 3º e países SOCIALISTA
MUNDO petroleiros “NÃO-ALINHADOS” 3º MUNDO NEOLIBERAL
10 VIZINHANÇA
(DE PAÍSES, REGIÕES) PAÍS (REGIÃO) RIVAL PAÍS (REGIÃO) MAIS FRACO PAÍS (REGIÃO) DOMINANTE CÓDIGO SINERGÍSTICO INTERNACIONAL
História Universal, Ciências Sociais e História, Diplomacia,
Geopolítica, Direito Internacional, “DE BELLO”
09 COMANDO NACIONAL CONFERÊNCIAS RELIGIOSAS GOVERNO CENTRAL PRESTUSUÁRIAS
E TRANSNACIONAIS
NACIONAIS CÓDIGO SINERGÍSTICO NACIONAL
08 ESTADOS, PROVÍNCIAS,
DEPARTAMENTOS CONGREGAÇÕES
ARQUIDIOCESES GOVERNOS ESTADUAIS PRESTUSUÁRIAS
ESTADUAIS
07 REGIÕES
(dentro de um país) DIOCESES ORGANISMOS REGIONAIS PRESTUSUÁRIAS
MÉDIAS/PEQUENAS
06 COMUNIDADES
MUNICÍPIOS PARÓQUIAS, COMUNIDADES
DE BASE GOVERNO MUNICIPAL PRESTUSUÁRIAS
MICRO CÓDIGO SINERGÍSTICO MUNICIPAL
Política, Sociologia, História Nacional, Antropologia
Cultural, Direito, Dinâmica de Grupo. Psicologia Social
REGULA- PRESTUSUÁRIAS APROPRI- CÓDIGO DOEconomia, C. Contábeis Atua
05 SOBREVIVÊNCIA
PRESTUSUÁRIAS DE RADORAS (SOCIAIS)
PRESTUSUÁRIAS REGENE- DORAS (POLÍTICAS)
PRESTUSUÁRIAS ADORAS (ECONÔMICAS) Engenharias, FLUXO PRESTUSUÁRIO
Mercadologia, e
A palavra show, ademais de sugerir televisão (...o show deve continuar, como
dizem depois de anunciar a morte de algum de seus protagonistas), sugere também
que estamos num lugar de desfrute. Ainda que o planeta tenha sido transformado
em campo de luta entre países, entre classes e entre indivíduos, em campo de guerra
de mercados e em violência urbana, é preciso reencontrar o sentido de emoção, arte,
prazer e felicidade, que torna a vida e o planeta “vivíveis”.
O Show de Jogos Globais mudou muito nas duas grandes guerras dos euro
peus. Está mudando muito mais agora. Não é só pelo colapso da URSS e do experi
mento socialista. É porque a disputa do fluxo prestusuário, mediado pelas extensões
tecnológicas potencializadoras do indivíduo e dos subgrupos, chegou a extremos de
produção de mercadorias cada vez mais antiecológicas, com cada vez menos valor
de uso e com cada vez mais produtos indesejáveis. Tudo resumido em “mudança
climática”. Os custos da produtividade chegaram a extremos, causando a eliminação
de concorrentes e trabalhadores. Por isso chegou, também, a extremos de concen
tração de riqueza e poder em cada vez menos países oficialistas; e, dentro desses
países, em subgrupos oficialistas cada vez menores e mais concentradores. As con
siderações sobre valores de solidariedade, de arte e de mística cósmica, de verdade,
conhecimento e razão foram substituídas pela competição ilimitada de um materia
lismo monetário grosseiro. É o neoliberalismo produzindo a quebradeira de países, a
falência das instituições internacionais de regulagem, e cavando a quebradeira do
ecossistema.
Falta ainda uma teoria do planeta como um todo; falta ética e espiritualidade
para um planeta integrado; e faltam instituições reguladoras, melhores que a ONU e
o Grupo dos 7, Grupo dos 20, dos não-alinhados, para o planeta como um todo.
SEGUNDA PARTE
1. Implicações
Intelectual,para o capital Hipotálamo
Límbico
Sistema Neocórtex
Pineal
Corpo Caloso
Operacional.
Emocional,
Tálamo
Cerebelo
Hipófise
De que valem os membros sem a cabeça?
Tronco
E de que vale a cabeça sem os membros? Cerebral
Pense em Stephen Hawking… FormaçãoReticular
Medula
Pode-se alegar que essa é uma tarefa que é imposta ao cérebro e não lhe é
natural. Mas, e com que mais contamos a não ser com ele? Ou inventamos um su
percomputador ou nos dedicamos a aperfeiçoar o cérebro que temos (Asimov, 1981).
Estamos, por isso, postulando uma nova NOOLOGIA ou ciência da mente, das
funções mentais que formam o capital intelectual, com novas bases teóricas, novo
enfoque, novos métodos educacionais e novos esforços para o desenvolvimento e
utilização do cérebro.
Outra fonte é John Eccles (neurologista inglês) que escreveu, com o filósofo
alemão, Karl Popper:
50
não escapou e não escapa. Para uma breve noção desse impasse vale a pena con
sultar “O Fim da Ciência” de John Horgan (1998) e também “A Unidade do Conheci
mento” de Edward O. Wilson (1998).
O cérebro começa a ser formado desde o útero e cresce conosco. Seu desen
volvimento neurológico amadurece por volta dos sete anos. Mas a construção dos tri
saberes que começa no útero, será um permanente processo de construção
desconstrução-reconstrução ou estímulo-desorganização-acomodação, comandado
quase que exclusivamente pela mãe no início, ajudada progressivamente pelo resto da
família e meio ambiente. Trata-se da programação inconsciente dos três cérebros em
seus 4 níveis. Isso de sermos determinados pela genética, e de sermos produto do
ambiente é mais real nos primeiros anos, embora a neurociência tenha demonstrado
que a estimulação intencional-educacional de redes neuronais podem silenciar deter
minadas redes de genes (Lipton, 2007; Kandel, 2009). Se as famílias e as escolas
aprendessem isso...
O cérebro é a última parte do organismo que morre. Dos três conjuntos de ope
rações o mais perceptível e mais consciente é o neocortical/esquerdo e, o menos per
ceptível e menos consciente, é o reptílico/central, principalmente nas funções fisiológi
cas. Apesar das práticas de lavagem cerebral, de desprogramação e reprogramação
mental em nível alfa, da psicocirurgia etc., falta muito para compreender e dominar de
maneira útil, sinérgica, os princípios de funcionamento do cérebro, sua estrutura, seus
ciclos noturno e diurno, as diferentes ciclagens, a genialidade, a alucinação, os estados
místicos, a hiperatividade etc.
"Não é tão estranho estabelecer uma analogia entre o cérebro e um país (ou
uma comunidade, ou o planeta) onde os cidadãos representariam os neurônios e as ci
dades representariam os núcleos nervosos. As cidades estão interconectadas pelas
múltiplas linhas de comunicação e realizam constantemente atividades específicas de
intercâmbio, por exemplo: comércio, turismo, manufaturas várias. Os indivíduos que vi
vem nessas cidades trabalham em tais atividades e influenciam outros indivíduos, em
bora muito poucos sejam realmente indispensáveis. A soma do conhecimento, memó
ria ou cultura da sociedade se distribui entre os componentes da cidadania. Digamos,
por fim, que toda a nação é influenciada, para bem ou para mal, pelo meio que a ro
deia, tanto o natural como o artificial" (Tyler, 1978).
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Esta metáfora amplificadora usada por Tyler é muito sugestiva. Pode-se enri
quecê-la, acrescentando que uma comunidade, um país ou o planeta, podem ser ima
ginados como um grande cérebro triádico que se prolonga em três subgrupos que co
mandam, constroem e disputam o fluxo prestusuário cujas ramificações fluem pelos
canais dos 14 subsistemas.
R
AD
IGM
IN
ST
bida num
ciais,
uma
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quantidade
prato,
subgrupos, de
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água etc.,
humanas,
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recebida molda
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copo,
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que "superioridades"
recebeaocorre
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suaentre os forma.
do cerebrais
copo;
própria Se
se (mui-
diferentes
rece- R
UM
EN
TO
A nova autoimagem que buscamos para o cérebro como sistema holístico, não
pretende somente desatualizar nomes e estereótipos como "consciência", "razão", "es
pírito", "corpo-mente", “mente-espírito”, “inteligência”, Psicologia etc., mas pretende
também superar outras fragmentações referentes a suas funções; e buscar a possível
unificação e correspondência entre o Ciclo Cibernético do Feedback (CCF) individual, o
grupal, o societário e sua acoplamento com a tecnologia da cibercultura. Isto levaria à
adopção do CCF como o eixo de uma metodologia geral e compartilhada pelas diver
sas ciências e equipes interprofissionais compostas por cientistas, espiritualistas e ad
ministradores, ainda que em seu campo específico cada um tenha e faça seus apro
fundamentos e suas ramificações.
Pode parecer que o cérebro direito é o que contribui menos, é menor. Não. É o
maior. Em níveis mais altos de desempenho, o cérebro direito pressupõe o desenvol
vimento e uso de operações como o feeling, a imaginação, a sintonia alfa com outras
dimensões, o sentido de missão, a disposição e entusiasmo para jogar e ganhar etc.
Da mesma maneira, as operações dos outros dois cérebros podem ser subdivididas
ou acrescidas, mas só quando os usuários tiverem desempenho suficiente nas dez
operações básicas aqui apresentadas.
A partir disso, será inadequado dizer que a função individual, grupal, societária
do cérebro é somente pensar ou produzir conhecimento, pois seria reduzi-lo somente
às operações lógicas, predominantes na dimensão neocortical/esquerda/frontal (até o
número 4 do CCF). O cérebro é triádico com predomínio de um de seus lados e tem
por função informar-pensar (esquerdo); regular o sistema todo e direcioná-lo estrate
gicamente para garantir a sobrevivência e reprodução (central); bem como amar, re
lacionar-se e desfrutar a existência a níveis de minivivência, mediovivência, grãvivên
cia e maxivivência. A exceção seria quando, por exemplo, alguém quisesse dedicar
sua vida à espiritualidade: teria que submeter, ao máximo, os cérebros lógico e ope
racional ao cérebro contemplativo, reduzindo-os ao mínimo vital.
Outras triadizações:
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As religiões que dão primazia à fé (que não se discute pelo cérebro esquerdo
porque é um "dom" do cérebro direito, acima de qualquer entendimento do esquerdo),
apoiam-se mais no processo límbico/direito do cérebro. As que dão primazia às boas
obras como prolongamento da fé apoiam-se mais no processo prático/central do cére
bro. As que dão primazia à discussão filosófico-teológica que argumenta sobre a "ver
dadeira" religião apoiam-se mais no processo neocortical/esquerdo do cérebro.
• Tese, antítese e síntese, de F. Hegel (filósofo alemão que deu bases para K. Marx). A
teoria é uma versão ocidental do Yang/Yin, – tese, antítese, síntese - na qual Hegel
explicitou o processo sistêmico, chamando a atenção para o dinamismo evolutivo
das coisas movidas pela dialética, porque as análises de então eram estáticas e
olhavam somente para o resultado, num enfoque monolético. No processo, Hegel
aponta uma tríade (três etapas); nos atores, fica numa díade – o sim e o não, mo
vendo-se em ziguezagues – ou como na versão popular do marxismo: “opres
sor/oprimido”; “burguês/proletário”, luta de classes etc..
• Razão Pura (cérebro esquerdo), Razão Prática (cérebro central) e os juízos a priori
(intuição, cérebro direito) de Emanuel Kant (filósofo alemão, que fez a melhor síntese an
glo-germânica da Filosofia).
• Razão (esquerdo) e elã ou impulso criativo (direito) de H. Bérgson (filósofo francês).
• Razão e Fé: a deusa Razão do iluminismo e protestantismo dos novos estados civis
europeus da modernidade, contra a Fé religiosa do estado teocrático medieval, cujo
prolongamento se dá na fricção entre Ciência e Teologia, entre mundo material e
mundo espiritual, até hoje. João Paulo II publicou uma Encíclica buscando essa inte
gração (reconciliação).
• Idealismo versus materialismo: o cérebro (esquerdo e direito) como superestrutura
ideológica-idealismo, alheia às condições materiais de sobrevivência prática, que é a
formulação Marxista.
Menos mal que o cérebro, em seu nível um que é instintivo, genético, nasce
“sabendo” o que fazer, apesar do dono (ver Quadro 11). O cérebro executa todo o ci
clo, mas o faz inconsciente e tumultuadamente, como em bate-papo de comadres.
Mas nessa era de alta complexidade, não é suficiente o desempenho inconsciente do
cérebro. É preciso conscientizar cada uma de suas principais funções e treiná-las pa
ra a excelência.
68
Uma pessoa que domine bem o Ciclo Cibernético de seu cérebro pode inverter a
sequência, reordená-la, condensá-la, ampliá-la, cruzá-la, ou aprofundar somente as
operações mais apropriadas a cada situação, consciente de quais teclas está tocando
porque conhece toda a escala, acidentes, acordes, dissonâncias e variações. Mas em
equipe, tem que prevalecer a disciplina mental, isto é, a sequência de 1 a 10.
O cérebro parece girar sobre um parafuso de rosca sem fim. Não é necessário
"pedir" que se mova, mandar ligar/desligar, "ordenar" que sonhe, que regule o orga
nismo, que não esqueça tais ou quais hábitos. Mas só no nível um, para a rotina cotidi
ana e pessoal. Entretanto, para fins tais como: feedback; autocondução por metas;
educação acadêmica e profissional; interpretação de fenômenos sociais amplos; ges
tão de conhecimentos e competências; para uma organização social-empresarial pro
dutiva é necessário conhecer e dominar os dez passos do CCF. Será necessário que
toda a sequência seja cumprida em cada empreendimento e não abandonada nalgum
dos passos intermédios. E que se usem os melhores procedimentos teóricos e eletrôni
cos para cada uma das operações.
- Qual poder?
69
- O dos subgrupos oficiais dos três cérebros e três culturas (poder econômico,
poder político e poder sacral/religioso em todos os níveis) sofrendo, sempre, a rivali
dade dos subgrupos antioficiais.
Igrejas, Templos
Palácios e Congregações.
e Partidos.
R
emOCraC,
SABER TENER
4. Política, geopolítica, rel. Internacionais. / 4. Mercado global, < SENTR. SER + … E =
Instituições de Adm. Pública (três pode- /rede ecossistêmica, \ 4: Teologia. Religiões, espiritualidade.
res). História, sociologia, direito, filoso- /Sistema financeiro ban-\ Estética e mística, Meritologia: Utopias.
fia, ideologias. Projeto nacional, ONU. I cário e não bancário. FMI\ Escatologismo. Mitologia, cosmogonias.
Ficção científica e política. OMC. Ficção econômica, \ Ficção religiosa. Apocalipse.
3. Paradigmas e saberes específicos. / 3. Economia, administra- 3. Paraciências, parapsicologia.
Produção de saberes e matemáticas. # ######
*~~~~ * * * ão de empresas. ia.
Consul-
Enqe Mentalismo. Holística. Futurologia,
|- * * * <
Sistemas de ciencia e controle de in- nharias ####### #ca profecias. Etica-métrica, virtudes.
formação. Mentalidade, cultura naci- } |- Estrategismo. Pastoral. Ascese.
onal, grau de racionalidade. dologia. Valor e moeda. Cria
ção de novos produtos. Catequese. Exegese.
O quadro acima ilustra bastante bem o atrelamento dos saberes aos três
subgrupos de poder. Ilustra também a posição dos intelectuais políticos, econômicos e
intelectuais religiosos ou teólogos, subordinados/afiliados a seus respectivos poderes.
Este compromisso dos intelectuais é o que mais produz o "bias" (viés, distorção percep
tiva, subjetivismo, condicionamento classista ou subgrupal que nos faz caolhos). O mal maior
do viés causado pela filiação ou pelo atrelamento não é sua dependência. É a ideolo
gização que se faz para justificar o respectivo grupo de poder, revestida de "garantias"
e aval científico, intelectual, tecnológico, teológico... E a objetividade, o respeito aos
fatos reais...
Ensinar fraternidade, amor cristão, pacifismo, fora do jogo triádico com todos
seus truques, é fazer escola de oscilantes, de futuras vítimas indefesas, é tratar o po
vo como bobo, é armar explosões sociais pouco a pouco. É preciso que o cidadão te
nha consciência do modelo social em que nasceu, da lógica social que lhe é inerente,
do atrelamento e condicionamento familiar-escolar-étnico da educação. É preciso que
o cidadão saiba e aceite que ele tem amigos e adversários de classe e de subgrupo,
concorrentes de todo tipo em todos os jogos triádicos, e que não é necessário odiar;
mas que é necessário saber controlar democraticamente, tratando de manter os três
subgrupos dentro de limites proporcionais, estando disposto à luta se outros meios fo
rem ineficazes.
"É fácil ver que toda disciplina científica (profissão) é também uma antidiscipli
na (profissão rival) frente a outra. É provável uma relação antagônica porque os que
se dedicam às disciplinas (profissões) próximas, estão inicialmente comprometidos
72
com a imposição de seus próprios métodos e suas ideias, o que cria uma disputa por
hegemonia e por financiamento entre as disciplinas-profissões, empresas, países”
(Wilson, 1998).
Como seria uma pessoa com bom treinamento triádico do cérebro? Será al
guém com predomínio de um lado do cérebro sem perder a conexão e proporcionali
dade com os outros dois. Será um especialista (cérebro lógico) situado no contexto
holístico (generalista) em completa integração com a realidade prática (cérebro cen
tral). Ou será um generalista (predomínio do cérebro direito) com capacidade lógico
crítica (esquerdo), e mantendo os pés em terra (central). Ou será um administrador
pragmático (predomínio do cérebro central) comprometido com a vida global (cérebro
direito) e capaz de pesquisar e analisar cientificamente (cérebro esquerdo) sua reali
dade. Há muitas outras combinações possíveis, decorrentes das subdivisões e combi
nações do tricerebrar em seu Ciclo Cibernético tetranivelado e os três subgrupos daí
derivados. Isso ficará mais claro, com o conhecimento dos três cérebros, sua hierar
quia e graus de intensidade.
03 crê que
Você crêfaz
nalguma
parte deforça
um todo
maior,
maior,
como o amor,espiritual?
invisível, a vida, alguma entidade superior? Você
05
04 Numa
Você anda
discussão,
alegre,você
gostatem
de boas
brincadeira,
explicações,
piada,tem bons
festa? Você é otimista sabe
argumentos, apesar
rebater?
de tudo?
Sa
08
07 No relacionamento
Você fala bem em afetivo,
grupo, você
tem bom
entravocabulário,
pra valer, com
temromantismo,
fluência e correção
com paixão?
gramatical?
10 pessoa capaz
Você é e sentirde
como
pôr-se
ela no
se lugar
sente?de outrem, de imaginar-se na situação de uma outra
11 Diante de uma situação, você combina os prós e os contras, você faz diagnósticos rea
listas, faz julgamentos bons, acertados?
12 Ao narrar algum fato você dá muitos detalhes, você gosta de descer às minúcias, aos
pormenores?
13 Quando
êxito financeiro,
você compra
saberiaouganhar
vende,e você
multiplicar
se saidinheiro?
bem? Se tivesse um negócio, você teria
14 Vocêoriginais?
vas, gosta de Gosta
modificar
de andar
a rotina do dia-a-dia, do ambiente? Você acha soluções criati-
inventando?
15 Você controla seus ímpetos? Pára e pensa antes de agir? Pensa nas consequências
antes de agir?
16 Antes de tomar uma informação como certa, você se dedica a coletar mais dados, a
ouvir o outro lado, a averiguar as fontes, a buscar comprovação?
17 Que consciência
exercícios físicos?e controle você tem do que come e bebe, do descanso, do sono e dos
18 da,
Frente
você
a tem
umaboa
dificuldade,
resistência,
você tem capacidade
aguenta muito? de concentração, dedicação continua-
19 dar
Na posição
comandos
de curtos,
chefe, você
exatos,
sabe
e cobrar
dividir atarefas,
execução?
calcular o tempo para cada coisa? Sabe
20 ta atenção
Você gostaade
umdecoração,
pôr-do-sol,arrumação
a um pássaro,
de ambientes?
a uma paisagem?
Você se arruma bem? Você pres-
21 pioneiras,
Você tem que
atração
ninguém
por aventuras,
fez antes?por desbravar caminhos, por tarefas desconhecidas,
24 nos possíveis
Você fica imaginando
rumos dos
o que
acontecimentos?
poderá acontecer no ano que vem, daqui a dez anos, e
25 Você se dá cronômetros,
fotográfica, bem com a tecnologia,
e os botõesgravador,
da eletrônica?
máquina de lavar, calculadora, máquina
26 Vocêtempo
Seu é rápido(a)
rende no
mais
que
que
faz?
o de
Resolve
seus colegas?
logo? Termina bem o que faz e no prazo certo?
TOTAL:
75
5.2. Cada uma das 27 preguntas supõe uma auto-avaliação e atribuir-se notas
de 1 (como mínimo) a 5 (como máximo) em números inteiros, sem frações.
5.3. Depois, há que somar as notas dos 9 retângulos, as notas dos 9 triângulos,
e as 9 notas dos círculos, anotando os três resultados nas figuras depois de “TOTAL”.
- O que se faz com essas três pontuações?
- Há três alternativas:
A) Com esses três pontuações se obtém o QT horizontal ou o Perfil de Com
petências Tricerebrais - horizontais. Quer dizer: Quanto vale ou que inten
sidade tem cada um dos três cérebros. Esta é uma importantíssima informa
ção para o desenvolvimento de sua personalidade e autonomia.
B) Como tudo é tridimensional, essas pontuações permitem elaborar o QT ver
tical ou o Perfil de Competências Tricerebrais - verticais. É uma radio
grafia de cada um dos 3 cérebros em seus quatro níveis para mostrar a hie
rarquia de competências verticais. Este indica se o desenvolvimento de cada
cérebro está no nível previsto para cada ciclo de vida ou ciclo de ascensão
profissional.
C) Por fim, pode-se deduzir o QT transversal ou o Perfil de Competências
Tricerebrais – transversais, que se manifesta no desempenho do CCF.
São duas curvas, uma indicando seu perfil de excelências e outra indicando
sua perfil de carências no uso do CCF.
5.4. Não pode haver diferença menor que dois pontos, pois os cérebros se en
gancham, se enredam um no outro e isso cria dúvidas e indecisão nas áreas corres
pondentes; isso ocorre tipicamente quando há transição de um ciclo de vida ou profis
são a outro, fenômeno mal denominado “crise” porque se trata tão só de uma transi
ção a um novo ciclo com suas oportunidades.
Não pode haver diferença maior que sete pontos, pois o maior anulará o menor,
impedindo-o de funcionar; isso caracteriza um desequilíbrio, uma enfermidade inicial
ou crescente que pode levar ao fundamentalismo, ao radicalismo, ao distanciamento
da normalidade: fanáticos por uma ideologia como os de cérebro esquerdo; fanáticos
por uma religião, por o futebol, por um vício ou por uma paixão amorosa, como os de
cérebro direito; e fanáticos por dinheiro, poder e violência como os desproporcionais
do cérebro central.
Em ambos os casos, a pessoa fica sem poder usar plenamente seus três pro
cessos mentais, e a vida lhe renderá menos. Existem os casos extremos, tratados
como “genialidade”. São conhecidas as esquisitices dos grandes intelectuais, dos
grandes videntes, artistas e santos, e dos grandes industriais, estadistas e conquista
dores militares. Quando alguém é vítima da maximocracia (busca insaciável de sem
pre mais e mais) admira morbidamente a esses “grandes”. Mas o que aqui se propõe
é que a felicidade de alguém e da humanidade está diretamente conectada com a
proporcionalidade tricerebral (e não unilateral) individual e coletiva.
76
SUBDOMINÂNCIA
• Se o subdominante é o CÉREBRO CENTRAL, você atua conscientemente e
usa o raciocínio também em função de níveis mais altos de sobrevivência.
• Se o subdominante é o CÉREBRO DIREITO, você é um teórico, um distraído,
um sábio ou artista.
Aos MAIS EXITOSOS no cérebro esquerdo lhes dizem: sábio, filósofo, pensador,
cientista, comunicador, escritor; e aos MENOS AFORTUNADOS lhes dizem: ignoran
te, imbecil, idiota, débil mental, cretino, analfabeto, fronteiriço, não usa a cabeça.
Aos MAIS EXITOSOS no cérebro direito lhes dizem: santo, místico, profeta, gê
nio da arte, sublime, refinado, divino; e aos MENOS AFORTUNADOS lhes dizem: in
sensível como um poste, psicopata, rude, primitivo, dinossauro, grosseiro etc.
Se você fez o teste do QT no papel, envie um scanner ou as três pontuações à
página www.csproporcional.com.br indicando quais dos serviços (A, B, C) deseja. A
empresa fará o processamento e diagnóstico, acompanhado de prospectiva e indica
ções de desenvolvimento pessoal.
O QT é um Cerebroscópio
79
especialistas
clínico general
paramédicos
curanderos
“A cada qual segundo seu tricerebrar”
03 ximos 5 ouimaginando
Você está 10 anos? e preparando sua empregabilidade e autossustentação nos pró-
04
05 Qual
Sabe éusar
o tamanho
calculadora
de suas
paraaspirações,
calcular porcentagens,
seus sonhos,superfícies
seus ideais,e suas
volumes,
bandeiras?
raiz quadra
07 suas
Você metas pessoais
tem clareza sobre a missãocom
combinam e metas
as dada
entidade?
entidade em que trabalha, e em que grau
08 Com que eficiência sabe usar Editor de Texto, PowerPoint e Planilhas tipo Excel?
09 Quanto
trabalhoconsegue
em que está?
inovar, aperfeiçoar, tornar mais produtivo e qualitativo o processo de
10 positivo
Exibe entusiasmo,
à sua volta?
humor, disposição que contagia os demais, cria clima organizacional
11 Que capacidade tem para decifrar manuais e seguir instruções de trabalho com exati
dão e bom senso?
12 Sabe desconfiar das aparências, percebe logo os truques de comunicação de cada
subgrupo e tem coragem de discordar da inverdade, da manipulação e da injustiça?
13 cas dede
Antes espaço,
começar
de cronologia,
algo, pensade
ondo
personagens
ou a que e de procedimentos
resultado quer chegar
para
e estabelece
chegar lá? táti-
14 Quanta
com pessoas
compensação
dos seus você
diversos
tira das
ambientes
relações
de de
vida?
amor, de amizade, de relacionamento
15 Tem e usa em tudo algum esquema classificatório para organizar a informação na sua
memória ou em estantes e arquivos?
16 Qual o grau de eficiência e progresso em leitura, observação, curiosidade para seguir
aprendendo sempre mais sobre seu trabalho ou seu negócio?
17 Em relação
utilidade possível,
a seu faz
ambiente
a conservação,
de trabalho, equipamentos
mantém a higiene, ae ordem,
materiais,
faz você
o melhor?
tira a maior
18 mentar,
Em grupo,
sabe
você
conter-se
respeita
nas
regras, entende
palavras, e darde
sugestões
divisão de
práticas?
tarefas, sabe ajudar e comple-
19 imediatamente
Em situações grupais
e põe oconfusas,
trabalho em
você
marcha
descobre logo
outra vez?
o que há que fazer, toma decisões
20 saberelação
Em às falhas
positivar, tirar lições
e desgostos pessoais,
construtivas, perdoar
beme recriar
como emo bom
relação
clima?
às dos outros, você
21 Com
Você que
percebe
rapidez
com
você
antecipação
vai e confere,
os faz
problemas
o feedback
quando
e soluciona?
estão apenas despontando?
25 Que
cedores,
familiaridade
clientes, produtos,
tem com ospreços
demais
e mercado?
setores da entidade em que trabalha, com forne-
26 Que
de mando, como tem
maturidade se fosse
para seu
ter negócio
próprio negócio?
próprio ou conduzir seu emprego sem depender
27 Que perfil tem seu capital intelectual, que nível de desempenho tem sua mente racio
nal, emocional e operacional em conjunto?
RESULTADO
Quadro 16. QT de competências profissionais
84
Segundo esta nova concepção do cérebro e esta nova Noologia (estudo da men
te), os testes existentes deveriam ser reconstruídos triadicamente, ou triadizados, o que
possibilitaria uma melhor Noometria. Valeria a pena aplicar os QTs não somente a indi
víduos, mas também a grupos, empresas, municípios, ecorregiões, a etnias e países.
Existe recorrência em tudo.
O que falta não é um novo método científico ou um antimétodo. O que falta é in
tegração e concomitância do científico-criativo-operacional ou racional-espiritual
econômico, ou de conhecimentos-habilidades-atitudes que se deve obter mediante a
educação tricerebral de indivíduos, instituições e países, desde a escola primária e não
somente na universidade. O problema não é tampouco porque o método seja mais ca
pitalista, socialista ou religioso: é um determinado tricerebrar do qual tudo nasce. O
CCF deverá ser usado por todos os indivíduos, subgrupos ou classes, independente de
ideologias, vigiando-se mutuamente em seus jogos triádicos de disputa pelos níveis
máximos de vivência, e ampliando-se desde o monádico absolutista até o triádico pro
porcional.
O questionamento ao paradigma cartesiano-monádico, absolutista e individualis
ta, está-se dando também no meio científico cartesiano, no ambientalismo e espiritua
lismo modernos.
Antes de aprender guias e técnicas de pesquisa, coleta de dados, estratégias
de amostragem e sondagem, experimentos e sua medição tecnológica e métodos esta
tísticos, antes de tudo isto, é mais importante adquirir uma nova atitude mental que não
é só científica: é transcientífica, transdisciplinar, coextensiva aos três cérebros. Proviso
riamente, podemos chamá-la lógico/criativo/operacional, ou racio
nal/espiritual/econômica, operando de forma integrada e concomitante e não, de forma
isolada e unilateral.
TERCEIRA PARTE
FUNÇÕES DA INTELIGÊNCIA RACIONAL
1. METODOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
“Algo
contrastada em aminha
aprendicom realidade, que toda
primitiva
longaévida: e pueril;
nossa ciência,
e, entre
O método qualitativo, mais espontâneo, criativo, artístico, que confia mais nas
vivências e na capacidade intuitiva e empática do investigador, é menos dado às esta
tísticas e à rigidez do método racionalista. Mas vem em socorro do cérebro esquerdo
com as operações do número 4.2 ao 6 do CCF, enquanto a pesquisa avança do nú
mero 1 ao 4.1 (cada passo do CCF tem um micro ciclo que percorre os outro nove,
por tudo ser holograma recorrente). Por esta razão, a entrada do cérebro direito no
trabalho do esquerdo é também conhecida como “antimétodo”. Este nome foi propos
to pelo filósofo Paul Feyerabend (1974) e outros, como um freio e um contrapeso ao
radicalismo reducionista e arrogância do método positivista-quantitativo do cérebro
esquerdo, vendido como o único, absoluto, santo e verdadeiro com suas acrobacias
matemáticas e linguísticas.
- Isso é possível?
- Para um máximo de neutralidade ou visão abrangente e realista é preciso
desfiliar-se de ideologias, religiões, partidos, subgrupos, etnias, carreira e narcisismo.
Qualquer afiliação não “tratada/neutralizada” produz viés, unilateralismo, preferências
“pelos meus” e por mim, em pesquisadores, juízes, avaliadores etc.
comportamento social e cultural pela aproximação compreensiva. Falta muito para ter
teorias e leis sobre o social (atividades e jogo triádico dos 3 subgrupos em seus 4 ní
veis). A aproximação mais qualitativa lida melhor com o nível de complexidade das
dinâmicas sociais e culturais, pois elas não encaixam na simplicidade e rotina das leis
físico-químico-biológicas.
Os métodos da ciência natural não captam tudo o que vale a pena saber, nem sequer o
que mais vale a pena saber: os fins últimos, que devem orientar todo domínio dos re
cursos da natureza e do homem” (Hans-Georg Gadamer. Verdady Método II).
Tratando-se das Ciências Sociais e Humanas, ainda há muito por adaptar, refi
nar e exercitar no CCF para chegar a um conhecimento mais confiável e que sirva pa
ra orientar uma pessoa, uma família, uma empresa, um município e o planeta, com
menos entropia e mais proporcionalismo em todo o ecossistema. Até agora, abundam
os discursos e faltam ferramentas e métodos para solucionar a pobreza, a fome, a
desordem, a violência, a injustiça, ao pressão, o imperialismo, o colapso do planeta
etc.
2. ROTEIRO DE PESQUISA
(Este roteiro é uma ampliação de tudo que foi apresentado na Segunda Parte)
maior uso é o dos quatro fatores operacionais (quadro 5). Depois, o dos catorze
subsistemas. Depois, o dos catorze subsistemas em combinação com os quatro
operacionais. Por fim, eles todos, combinados no Hológrafo Social. Vamos ver a
combinação do CCF com os referenciais classificatórios, do mais simples ao
mais complexo. Esses são passos para a amplificação mental de um pesquisa
dor/inovador/empreendedor.
00. Diagnóstico atualizado do Show do Jogo Mundial e da carrei- PRO-CEDI- PER-SO- CRO-NO- ES-PA-
ra de cada um MEN-
DI- GENS
NA- GIA
LO- ÇO
TOS
01. TÍTULO (subtítulo) do tema a pesquisar, aprofundar
1.1. Objetivo (fim) e meta (propósito) da pesquisa ou do projeto
1.2. Relevância: importância desses objetivos.
1.3. Justificativa e situação triádica que urgem tal pesquisa
1.4. Questionamentos que se podem fazer ao tema
1.5. Delimitação da pesquisa: o que abarca e o que não
1.6. Teorias que dão suporte à pesquisa
1.7. Bibliografia e autores, por subgrupo.
1.8. Peritos para uma primeira orientação (por subgrupo)
1.9. Redigir uma hipótese e definir conceitos
02. FONTES de informação sobre o tema ou projeto.
2.1. Coleta verbal. Elaboração de instrumentos de coleta.
2.2. Coleta não-verbal e factual. Roteiros de observação não
verbal.
2.3. Prova piloto ou pré-teste da coleta.
2.4. Administração e execução da coleta de dados.
. 03. PROCESSAMENTO: tabelas, cruzamentos de variáveis,
análises, interpretações
04. DIAGNÓSTICO: resumo do processamento, conclusões
4.1. Desdobramento e priorização
4.2. Redação do informe
05. FUTURIÇÃO (sobre mais pesquisas ou evolução do tema)
5.1. CRIATIVIDADE: alternativas/estratégias para ter êxito
06. DECISÕES sobre o projeto, ações a empreender
92
07. PLANIFICAÇÃO:
7.1. Fluxograma e operacionalização de cada ação
7.2. Plano Nº 2 ou de contingência
08. IMPLEMENTAÇÃO: concreção, realização, gestão do plano
8.1. Sala de gestão ou sala de inteligência, war room
09. SUPERVISÃO: Acompanhamento, orientação no cotidiano
09.1. Círculos ou medidas de controle de qualidade
10. FEEDBACK: avaliação de resultados e sua distribuição.
10.1. Difusão, endoculturação. Redirecionamento, incorporando
as sugestões de melhoramentos, obtidas no feedback. Novo
CCF.
10.2. Universidade corporativa e Academia corporativa
Quadro 17: Introdução à pesquisa operacionalizada
Ainda que o PDCA seja eficiente para corrigir problemas tecnológicos numa
empresa, é melhor ter algo como o CCF com 10 passos, que é mais amplo e serve
para outras instituições e finalidades e não só para empresas. O CCF situa mais cla
ramente o acoplamento de cada uma de suas funções com os fatores operacionais.
Além da diferença de passos e uso dos fatores operacionais entre o PDCA e o CCF,
este propõe quatro distintos níveis de desempenho.
Ver o quadro 4.2: os quatro níveis que correspondem a uma hierarquia mínima
de divisão do trabalho ou de carreiras estruturadas e complementares, tanto horizon
tal como verticalmente. Quando os níveis se reduzem a três é porque um mesmo gru
pode pessoas ocupa dois níveis, geralmente o quarto e o terceiro, traduzido em: alta
direção, direção técnica e execução. Quando os níveis são reduzidos a dois, se tra
duzem como: funções superiores (altas) e funções inferiores (baixas). Os níveis de
desempenho do CCF de um profissional e de uma empresa não são lineares. Quando
se medem e se conjugam entre si formam uma curva transversal, daí os grupos mis
tos de trabalho.
Esse tema da “atitude” está cada vez mais presente em vista dos programas
de qualidade total, de planejamento estratégico, de gestão de conhecimento e compe
tências e, enfim, das exigências do mercado. As empresas contratam consultores e
serviços para conseguir que todos “vistam a camiseta” e “se comprometam”. Entretan
to, a distância entre as intenções do empresário e a postura do corpo funcional cresce
cada vez mais. Todas as técnicas e métodos são ineficazes, enquanto não se consiga
explicitar e compartilhar as intenções e o entusiasmo do empresário/líder para desper
tar a motivação dos demais. Sobretudo, enquanto não se negocie um pacto proporci
onalista de acesso aos ganhos.
A comunicação (ver Quarta Parte) é uma questão muito especial, pois dificil
mente uma organização tem desequilíbrios ou descuidos nessa área sem consequên
cias imediatas desastrosas. Uma alta porcentagem de problemas na empresa se ori
gina de uma mesma causa: falta de comunicação. Todo o anterior é importante para
as principais políticas, tanto de gestão (liderança, acompanhamento, planejamento,
cobrança de resultados, feedback) como de marketing (atenção ao cliente, ao público,
ao produto, ao mercado), e de produção (inovação, tecnologia, racionalização, reen
genharia etc.).
fério norte/sul, e de sua posição social de classe ou subgrupo, nível de vivência, idade
e experiência, nível de atuação profissional, educação especializada, perfil de ubiqua
ção nos catorze subsistemas etc. Para a estimulação interna, a pessoa depende do
grau de autopercepção de si mesma como parte do ecossistema ou Show do Jogo
Mundial (ver quadro 10), com metas pessoais, metas para a ciência e profissão a que
se dedica, e metas para sua comunidade e para o mundo.
as regras do jogo triádico são diferentes. Não obstante, todas têm uma estrutura de
Poder Econômico, Poder Sacral e Poder Político que determinam a realidade à sua
maneira.
têmica de in
terdependên
res; a competição é de intensidade menor quando há trégua e maior cia. Por isso
começam ava-
a falardedehá
quando
vista Cibernética Social
"co-opetição",
guerra, segundo
associando do Alguns
Proporcionalista.
o momento
o conceitociclo. Este
de cooperação
autores e com-
é o começam
ponto de lorizartambémacooperação,
nummomento
emquetodosvalorizamsóa
Quanto aos temas de pesquisa, há que esclarecer que estão sempre vincula
dos à posição subgrupal do pesquisador e a ubiquação espaço-temporal de sua pro
fissão-cidadania e sua dependência de (auto)financiamento. Há sempre um mínimo
de três subgrupos de pesquisadores (conservadores, contestatários e moderados)
nas ciências (mais) exatas, e mais ainda nas ciências sociais-humanas-filosóficas, na
teologia, nas artes e no ocultismo. Por isso, nunca haverá verdade absoluta e total:
sempre haverá contradição, controvérsia (as verdades dos três subgrupos ou as três
porcentagens de verdade de cada subgrupo).
Não tem aparecido até agora uma teoria, um esquema, um quadro comparati
vo para distinguir e contratar modelos de consultoria, de gestão de saberes e compe
tências. É confiável a propaganda dos donos de cada modelo?
suas respostas aos problemas. Por isto, afirmam os defensores do antimétodo que é
melhor confiar mais na natureza e o instinto que nos processos analíticos, porque es
tes são morosos e obstrutivos. Será isto verdadeiro para tudo e para sempre?
* Cada método específico tem uns passos muito refinados e outros meio es
quecidos ou pouco trabalhados.
* Cada ciência quer ter seu campo de estudo exclusivo ou objeto formal pró
prio, independente dos demais (e do mundo, se fosse possível). E quer desenvolver
seu método e estilo particulares, ignorando que tudo existe em rede sistêmica e que
existe uma matriz comum a todos os métodos, que é o cérebro. São as pessoas ou os
usuários de tais métodos que são assim e não, os métodos em si mesmos. A prolife
ração metodológica é mais uma etapa de subdesenvolvimento que uma necessidade
real. É uma compreensão deficiente da unidade básica do ecossistema em rede e dos
seus saberes, cada um não sendo mais que uma relativização, um ângulo do todo.
A ferramenta mais prática para isso são os quatro fatores operacionais, avan
çando por um fluxograma em etapas A, B, C, D:
Depois de tudo isso, pode-se redigir uma justificativa para a pesquisa. É dar
razões, mostrar problemas ou situações que requeiram soluções para a vida prática
ou para avanços nos saberes. Não se faz pesquisa só para conquistar um título de
mestrado ou doutorado, que já é um vício/negócio academicista. A pesquisa deve ter
conexão com problemas reais, além do interesse do pesquisador em títulos.
Existem muitas mais teorias dedicadas a cada uma dessas esferas dinâmicas
da vida, que, por sua vez, se ramificam em teorias específicas em cada um dos ca
torze subsistemas sociais ou em cada um dos quatro fatores operacionais. Qualquer
109
subdivisão de uma teoria específica é uma teoria subespecífica, porque é uma subdi
visão de uma específica. Há uma “árvore ou pirâmide” de teorias. Uma teoria subes
pecífica está afiliada a uma específica que está afiliada a uma de porte médio que es
tá afiliada uma das poucas teorias gerais. Quando uma teoria abrange mais de um
subsistema ou mais de uma das dinâmicas, passa à categoria de interdisciplinar, hí
brida, multidisciplinar ou transdisciplinar.
Por esta razão se afirma que o que é permanente são as posições ou as vagas
para personagens oficialistas, antioficialistas e oscilantes/figurantes no teatro da vida,
vagas que são inerentes ao dinamismo triádico da energia. Permanentes são essas
vagas e não o líder que as ocupa, que será sempre transitório. Tanto é assim que
quando um deles muda de uma posição subgrupal a outra, da oposição ao poder ofi
cial, por exemplo, terá também que adaptar-se ao modo de agir típico da nova posi
ção subgrupal. O que será considerado traição por seus fãs.
utilizar tecnologia de bom nível. Um mínimo de 10.000 horas (Gladwell, 2006). Mas
como se chega à capacitação necessária? Por cursos de introdução à pesquisa, à
metodologia científica, à elaboração de projetos só de cérebro esquerdo? Será essa a
melhor maneira de preparar o intelectual, o pesquisador em Ciências Sociais e Hu
manas, o líder, o artista, o administrador?
Dado que a variação de temas, ciências, artes, deuses, países, profissões não
é tão grande neste planeta, é de supor que qualquer assunto proposto como tema de
pesquisa tenha antecedentes, estudos prévios realizados e publicados. Qualquer
pesquisa é sempre uma continuação, é um silogismo ou um argumento que se ramifi
ca, se desdobra, e que se retoma em cada geração.
Como a cultura provém do cérebro tri-uno, este projeta seu formato ou molde
triádico em tudo, de tal forma que tudo se descompõe em tríades menores por subtra
ção/divisão, e se complexifica ou recompõe em conjuntos triádicos maiores por so
ma/multiplicação. Por isto os fluxogramas seguintes, que representam a evolução de
algo, têm no topo ou em suas laterais as três projeções máximas do cérebro – poder
político-econômico-sacral, representando o macro contexto.
PASSO 1.3.1. COMO LER LIVROS PELO CCF COM DIFERENTES REFERENCIAIS
RESENHAS DOCUMENTAIS
Para lidar com a variedade de ideias de cada autor e subgrupo, não basta ler e
sublinhar os livros. O mínimo será fazer uma ficha com o resumo do livro. Mais com
pleto é situar a obra no espaço-tempo, citar as conclusões ou insinuações do autor, o
estilo de comunicação, as teorias presentes na obra, os referenciais, e uma crítica dos
temas tratados etc. E, se houver algo que citar, anotar as frases ou referências para
recuperá-las. Pode-se seguir um roteiro como o que segue.
3. Processamento.
3.1. Crítica do resenhista (concordância/discordância) quanto ao método de expo
sição, com porcentagens:
• mais dedutivo/indutivo monádico, diádico ou triádico (cérebro esquerdo);
• mais intuitivo/livre-associacionista, emocional, criativo (cérebro direito);
• mais experimental, realista, factual, pragmático (cérebro central).
de gestão (qualidade total, gestão do conhecimento, gestão por competências etc.); Ques
tões de gêneros.
PROCEDIMENTOS: Temas de trabalho, planificação, produção, distribuição etc.; Tec
nologia, know-how, metodologias, didáticas etc.; Filosofias de vida, crenças, valores etc.;
Documentação, contabilidade, sistemas de avaliação, feedback etc.
Dinâmica Matergística (paradigma monádico, que é típico das Ciências (mais) exatas
e do poder econômico e sacral; paradigma diádico, que é típico dos revolucionários
marxistas antes da tomada do poder, e das democracias com oposição legítima; para
digma triádico, que é típico do Manifesto da Proporcionalidade).
Dinâmica Ambiental (criacionismo, darwinismo, leis naturais, genética, ecologia).
Dinâmica Mental (neurociências, informática, inteligência artificial, mentalismo, budis
mozen, ciência).
Dinâmica Individual-familiar (Psicologia, Antropologia, Psicopedagogia, educação, fa
mília, sexualidade, gêneros, fisiculturismo, terapias, ascese e virtudes).
Dinâmica Prestusuária (marxismo, neoliberalismo, economia solidária, globalização,
automação, consultorias).
Dinâmica de Grupo (oficialismo; antioficialismo; oscilantismo/centrismo; liderança, po
der, democracia, imperialismo, violência; desenvolvimento organizacional, Rel. Huma
nas, recursos humanos).
Dinâmica da Simbolosfera ou da cultura (comunicação número-verbal, teorias, ciência,
ficção científica; comunicação não-verbal, artística, mitológica, ética e moral, ficção re
ligiosa; valor, dinheiro, trabalho, tecnologia, idolatria do bezerro de ouro).
Dinâmica Futuro-Universal (modelos planetários, utopias, apocalipse, pós-morte, so
brenatural, futuro da humanidade, migração a outros planetas).
4. Diagnóstico.
4.1. Concordância/discordância do leitor/resenhista sobre os assuntos tratados
(conforme o referencial escolhido).
4.2. Concordância/discordância do leitor/resenhista sobre assuntos omitidos (vazi
os deixados) e suas razões.
118
6.1. Citações ou frases com indicação de página e capítulo, para uso em artigos, te
ses, aulas, relatórios etc.
------*-------
3. Processamento
1. Referência Catalográfica.
GOLDRATT, Eliyahu & COX, Jeff. A META – Um Processo de Melhoria Empresarial Contí
nua. São Paulo: Educator, 1993. (Primeira edição em 1984).
1.1. Dados biográficos do autor. O autor Goldratt, que vendeu mais de 3 milhões de
exemplares, é um consultor de empresas que começou com programas computorizados de
programação de produção. Sua empresa se chama Creative Output e fundou o Instituto
Abraham E. Goldratt. Além deste livro, escreveu Não É Questão de Sorte; A Cadeia Críti
ca; e outros.
1.2. Tema eixo do livro: Como uma equipe de gerentes foi descobrindo a teoria de siste
mas e seu fluxo na produção de uma fábrica deficitária, e como mudou as medidas de efi
ciência e contabilidade para torná-la um sucesso.
1.2.1. Relativização do livro (sob outros ângulos ou pontos de vista). O livro pode ser
visto como a problemática dos gerentes com a tecnologia e os organogramas; também
121
2. Resumo. O livro começa com duas introduções em que propõe a problemática da organi
zação tradicional de empresas por organogramas com departamentos e contabilidade de cus
tos para cada um deles. Argumenta que nas empresas também se tem que usar o método de
pesquisa científica indutiva, para a solução das restrições ao crescimento e para o melhora
mento contínuo.
Há que ser “toureiro de vacas sagradas”…, ou seja, romper hábitos e tradições que
sejam obstáculos à eficiência e aos ganhos.
Nos 40 capítulos desta “novela empresarial” de 476 páginas (e mais 51 páginas de en
trevistas com gerentes que empregaram a teoria do livro) vai-se desdobrando a seguinte tra
ma:
• Alex Rogo é gerente de uma das diversas fábricas de uma grande metalúrgica; sua fábrica
que tem 600 empregados não é rentável. Não cumpre prazos de entrega, tem excesso de es
toques, despediu uns 30% de empregados, comprou máquinas novas, e a contabilidade mos
tra aumento de custos, ou seja, perdas! Acaba de receber uma visita furiosa do vice
presidente da companhia que o informa que tem 3 meses para tornar a fábrica rentável ou se
fechará esta unidade da grande metalúrgica.
• Alex Rogo é casado e tem um casalzinho de filhos. Quando conseguiu este emprego, teve
que ir morar numa pequena cidade onde está a fábrica que, coincidentemente, foi onde nas
ceu e se criou. Porém, sua esposa não gostou nada disso, porque está muito longe de todas
suas relações, demasiado perto da sogra; e seu esposo está “mais casado” com a empresa
que com ela (não tem tempo para ela e os filhos).
• Alex Rogo tem como seu guru um grande cientista de física, que nunca pisou numa fábri
ca, mas que trata tudo com atitude científica. O guru vai levando-o a descobrir a teoria de sis
temas pelo método socrático: colocando perguntas e desaparecendo (o guru viaja muito, eles
se encontram em aeroportos ou por chamadas telefónicas a Londres, Telavive etc.).
Quando Alex Rogo recebe o ultimatum do vice-presidente, por acaso se encontra com
o cientista guru num aeroporto e lhe propõe o problema.
- Que faço?
O cientista, que se chama Dr. Jonah, lhe deixa a pergunta:
- Qual é a meta, o objetivo final, aonde quer chegar sua fábrica? E desaparece…
Depois de muito averiguar e rejeitar hipótese s, concluiu que a meta que resume tudo
(a satisfação do cliente, o bem-estar dos trabalhadores, o desenvolvimento do mercado, a
inovação tecnológica) é: TER LUCRO (ganhando dinheiro). Isso aliviou sua ansiedade, por
enquanto. Em seguida, o nível de ansiedade sobe com outro problema:
- Como fazer para que uma fábrica deficitária volte a dar lucro? Onde andará o Dr. Jo
nah?
Por fim o descobre. E este lhe deixa outra pergunta:
- Qual é o throughput da fábrica?
Alex Rogo, agora começa a reunir seus subgerentes e lhes propõe: Qual é o
throughput da fábrica? Entre todos, em reuniões que consomem e atropelam os horários e
compromissos familiares de Rogo, chegam a estabelecer que o throughput se compõe de 3
fases que formam um ciclo repetitivo:
A de compra/estoque de matéria prima;
A de operações de transformação; e
A de entrega/venda e encaixe de dinheiro.
OK. Rogo e sua equipe começam a ver a fábrica como um todo sistêmico e consegui
ram armar a rede sistêmica ou a rede do fluxo com todas as pessoas e níveis em que se mo
ve o processo, por subdivisão das três grandes fases iniciais. Reúnem todos os trabalhadores
em assembleia e lhes comunicam a grande novidade, pedindo que mudem sua maneira de
ver a fábrica, o trabalho e a si mesmos.
Ao final do primeiro mês, porém, os problemas ainda são os mesmos.
122
Ao encontrá-lo, por telefone, este lhe diz que a rede de sistemas não é discreta, mas
contínua. Não há paredes ou fronteiras isolando empresas, países, nem pessoas, e que há
que estender nossa visão para além do horizonte próximo, ainda que a ação parta sempre do
local. E que visto o panorama em forma mais ampla, dão-se ondulações ou flutuações estatís
ticas às quais há que reagir quando se pode controlá-las; ou adaptar-se a elas quando não se
pode. É a versão das restrições e dos engarrafamentos num panorama mais amplo, incluindo
o domínio externo.
- E que tem que ver isso com a diminuição de clientes?
- É um engarrafamento ou desencontro entre a porta de saída (output, oferta) e a porta
de entrada (input-demanda) da fábrica! Uma oscilação estatística. Não existe isso de empresa
em equilíbrio, país em equilíbrio ou pessoa em equilíbrio. Não existe isso de que oferta e de
manda se equilibram. Andam sempre desencontradas. Tudo oscila e muda. E desligou.
- E o que seria isso, agora, depois de ter as engrenagens da fábrica tão bem lubrifica
das?
A equipe nunca se havia reunido com os especialistas do marketing, que somente re
clamavam de atraso nas entregas e do descontentamento dos clientes. Resolvido isso, não
voltaram a falar-se, até que se lembraram que o marketing é a porta de saída e não conse
guia vendas ou encomendas de acordo com o ritmo de produção da fábrica. E a porta de en
trada eram os fornecedores tradicionais que queriam manter suas vendas à fábrica (causando
excesso de entradas/estoque para esta).
Entendido isso, poder-se-ia contornar a flutuação pressionando os fornecedores a re
baixar preços; e com o aumento de produtividade, podiam-se baixar os preços do throughput
e assim conquistar novos clientes, disputando-os à concorrência. Em alguns casos, para con
seguir isso, poder-se-ia vender a preços iguais ou menores ao custo de produção, se houves
se ganhos a médio ou longo prazo em mercados locais, nacionais e globais. Assim se fez, o
que quer dizer que a gerência tem que cuidar não só do domínio interno do sistema mas tam
bém do domínio externo, porque os dois nunca estão em equilíbrio ou simetria, ou nunca são
equivalentes. Em resumo: encarregar-se da rede de fornecedores (do input proveniente do
domínio externo, em competição), da rede de trabalhadores (do processo de transformação
que flui no domínio interno, em competição) e da rede de clientes (compradores ou destinatá
rios no domínio externo, em competição). É mais ou menos como faz o equilibrista para man
ter pratos girando no alto de algumas varas.
O marketing se pôs em marcha com as novas políticas e começou a regular/corrigir
melhor as flutuações e suas inerentes incertezas.
Enquanto isso, a esposa aceitou um encontro como se fossem iniciar um novo namo
ro. Continuaram encontrando-se uma e outra vez, e começaram a analisar suas limitações.
Ao término dos três meses concedidos, a fábrica foi considerada vencedora por seus
trabalhadores e também pelo vice-presidente. Este foi promovido a executivo geral da meta
lúrgica e convidou a Alex Rogo para ocupar a vice-presidência que tinha, a seu cargo, não
uma mas três fábricas. Alex Rogo considerou o desafio, consultou e convidou toda sua equipe
a acompanhá-lo, submeteu a proposta à sua ex-esposa (agora noiva) disposto a tomar um
período de preparação.
O Dr. Jonah reapareceu para informar que se tratava, agora, de encarregar-se de uma
malha ou rede de sistemas interconectados e que necessitaria ampliar a visão sistêmica com
o ciclo de 5 passos que tanto lhe havia servido. Que não se tratava somente de técnicas de
gestão e, sim, de processos de pesquisa (se…então… senão….) e pensamento, tanto da ci
ência indutiva como de reflexão filosófica. É preciso ir cada vez mais fundo para chegar aos
124
poucos princípios que reduzem o caos e governam a máquina do mundo com sua ordem in
trínseca. Ademais, haveria que inventar ideias de vanguarda e mudança para prever e plane
jar, em lugar de somente reagir…
- Como?
A ex-noiva (agora esposa outra vez) estava lendo os diálogos de Sócrates em “Protá
goras” de Platão e os recomendou a Alex, pois o método não se aplica somente aos proces
sos materiais, mas integra os comportamentos humanos que estão no centro de tudo. “Há
que buscar uma ordem intrínseca, seus poucos princípios e não andar ao acaso ou decidir
coisas arbitrariamente”. E se recordou como Mendeleiev saiu do caos dos elementos quími
cos dispersos, classificando-os numa tabela periódica segundo seu peso atômico (o princípio
ordenador intrínseco). E seguiu seus preparativos para encarregar-se do novo posto mais ge
neralista.
- Inventar ideias! O que mudar? Mudar para onde? Como causar a mudança?
- “Se um executivo não tem a resposta a essas perguntas, não tem direito a chamar
se executivo”, disse o Dr. Jonah.
RIA CONTÍNUA. Porém, não se questiona que tipo de melhoria, para quem, à custa de
quem (do ambiente, de algum continente) para quem e quantos. É o ideal da corrida ma
ximocrática, enquanto o planeta e a maioria das pessoas aguentarem.
5. Futurologia. A obra tem uma edição atrás de outra. E seguirá, porque a corrida das em
presas para ganhar dos competidores está enlouquecendo. A sobrevivência das empresas,
fábricas e bancos, como também de Nações S/A é cada vez mais preocupante. Daí a deman
da por livros sobre este tema. São obras/livros/métodos de auto salvação, como os livros de
autoajuda mentalista.
126
2. Coleta de dados.
2.1. Assunto eixo: uma utopia reunindo valores ocidentais e orientais.
2.1.1. Relativizações do conteúdo: além de uma proposta de um novo modelo de civiliza
ção, o livro pode ser visto como uma crítica ao Império Britânico e como uma futurologia da
fusão cultural oriente-ocidente.
2.2. Resumo.
O escritor apresenta uma utopia, tendo como paisagem a ilha de Pala, nos Mares do
Sul. Usa como interlocutor um jornalista inglês, Will Farnaby, o qual, desde sua chegada à
ilha como náufrago, vai-se inteirando de um novo modelo de convivência. Esta reforma ha
via sido o resultado de um encontro entre o Velho Rajá, soberano da ilha, e um médico in
glês MacPhail. Esses dois reorganizaram a família, a forma de governo e a sobrevivência,
como também o caminho para uma evolução espiritual numa fusão da cultura ocidental e
oriental. O experimento já se encontra na 5ª geração e, naquele momento, estava amea
çado pela ilha vizinha, capitalista, apoiada por companhias petroleiras. Estas conseguiram
introduzir-se na ilha, através de Rani, rainha de Pala e princesa do arquipélago de Ren
dang. Como a rainha não havia assimilado de todo o novo modelo, ficou fácil às compa
127
S01. FAMILIAR. Propõe família monogâmica. Os novos modelos de família são a base da
Utopia. Há um Clube de Adopção Mútua (como nos Kibutz). As crianças são estimuladas a
emigrar para outros lares, provocando a emancipação. Há controle de natalidade muito es
trito, anticonceptivos, inseminação artificial. A mística do sexo, "Maithuna", é aprendida
através do Yoga do Amor. Seria sexo sem coito. Essa aprendizagem faz parte do currículo
escolar do adolescente. Há modelo para homem, mulher, crianças, profissionais etc. Todos
são treinados como condutores. Omite-se a respeito da organização urbana e do divórcio;
confia demasiado em seus métodos de condução da natureza humana. Apresenta a viuvez
como uma forma de heroísmo, como sobrevivência da era vitoriana da fidelidade conjugal.
O homoerotismo e a homoafetividade são dados como variante normal e natural de relaci
onamento.
S02. SAÚDE. A profilaxia tem importância prioritária. Os males não têm uma só causa. Pa
ra prevenir ou curá-los, atacam-se todos os frentes, desde a dieta, a autossugestão, a me
ditação etc. É usada a hipnose e a psicoterapia. Aí, aprende-se a desprender-se da dor e
da morte. Medicamentos à base de ervas e também químicos conduzem fazem a transição
para a morte. Consciência do viver. Submetem os jovens a situações altamente perigosas
como ritos para desenvolver a sensibilidade para a vida. Condena a medicina ocidental
somente alopática e supertecnificada. As crianças aprendem práticas preventivas. O sub
sistema de saúde é o fundamento do novo modelo devido ao conceito do determinismo bi
oquímico-genético do indivíduo, da saúde e do comportamento. O guru da utopia é um
médico. Será eugenia?
S04. LEALDADE. A emancipação familiar é uma norma. A partir daí, a “busca do alguém
amado” é uma ocorrência natural. A felicidade abundante é propiciada a todos. É bastante
reticente no tratamento do tema, analisado só individualmente, sem passar à lealdade gru
pal e aos laços socais.
S05. LAZER. O desfrute é uma constante. O sofrimento é controlado e todos vivem "aqui e
agora", conscientizados pelos “pássaros amestrados que gritam mensagens admoestado
ras”. Esportes, só os não competitivos. A competição entre o homem e a natureza é a úni
ca admitida… Tipos felizes, tranquilos. Concepção paradisíaca, mito da Polinésia, dos Ma
res do Sul... A natureza é a principal fonte de desfrute.
munitariamente. Admite esse modelo porque Pala não é uma sociedade tecnológica e de
senvolvimentista. É do bem viver.
S08. PATRIMONIAL. Para a moeda, adota o padrão ouro, que a ilha produzia. Limitação
da moeda e da propriedade. O cooperativismo é a forma de administração. Não há bancos,
bolsas, nem especulação. O potencial de riquezas minerais, cobiçadas por estrangeiros,
principalmente o petróleo, é explorado somente para manutenção. É muito simplório admi
tir esse voto de pobreza alegre, sem um sistema que limite a maximocracia natural da pes
soa, contando apenas com sua reeducação. É inadmissível uma ilha com um processo
econômico não integrado, não alinhado em escala internacional. Só pode numa utopia.
S10. RELIGIOSO. A religião foi abolida e substituída por filosofias e métodos orientais, res
tringidos à esfera individual e micro grupal. Ridiculiza a religiosidade anglicana, insinuando
que é um meio de dominação esgrimido pelo Poder Civil. Estabelece diferença entre o mo
delo religioso oriental e o anglicano-ocidental. Apresenta uma proposta séria e profunda,
mas com uso de psicotrópicos como meio auxiliar para criar estados místicos (como o San
to Daime ou o Chá do Vegetal).
S11. SEGURANÇA. Uma ilha de paz, de gente boa, onde os distúrbios são tratados pelos
subsistemas de saúde, educação e religioso. Polícia, somente para casos extremos. Nem
exército, nem armas, nem revolução. Os prováveis perturbadores são detectados na infân
cia, segundo sua biotipologia (referência à frenologia). Para tal se usam testes físicos e
eletroencefalogramas. Os desajustados são “ajustados” via educativa, eliminando assim a
compulsão inata à criminalidade (tese de Carlo Lombroso). A debilidade do modelo apare
ceno final, ficando indefeso frente à invasão da ilha pela ditadura capitalista e transnacio
nal da ilha vizinha.
S14. MÉRITO E RANKING. Conserva a monarquia hereditária, insinuando ser essa a cau
sa da perdição dos “paleses”, numa alusão ao modelo inglês de castas e títulos nobiliár
quicos. Em Pala, tudo é igualitarismo, simplicidade, e uma ingênua ausência de jogo triádi
co, de competitividade.
130
6. A Quem se Recomenda.
De um ponto de vista global, interessa pela crítica que faz e que se pode confrontar com a re
alidade atual, inclusive pelo processo de mescla de cultura oriental-medioriental-ocidental que
se vem dando por migração. Para os diletantes, é uma leitura agradável; para os estudiosos
da mudança social, é uma boa fonte de sugestões.
***
Esse problema não o tem o pesquisador oscilante que faz, a priori e incondici
onalmente, um voto de obediência, de atrelamento aos subgrupos oficiais e antiofici
ais, renunciando a qualquer tentativa de crítica ou superação dos mesmos. Não per
cebe a "Situação Triádica" ou a nega, porque o oscilante teme a divergência e o con
flito, mas não teme perder-se a si mesmo.
tas sobre novas conexões, novas pistas de tratamento do tema. É arriscar-se a con
sultar os horizontes proibidos, as probabilidades absurdas, as hipóteses impensadas,
as respostas rejeitadas, é invocar o imprevisto, é golpear as portas do futuro.
Convém recordar que será preciso superar diversos tabus e barreiras. Alguns,
devidos ao inconsciente coletivo e pessoal; outros, devidos à "proibição " de invadir
campos ou ciências de outros profissionais e, muito mais, devidos à força da inércia e
progressiva sacralização interna de cada ciência ou profissão. A técnica para romper
ou saltar esses obstáculos se chama “Auto-autorização” (valha o pleonasmo): Eu me
auto-autoriza a...
Por isso, um pedagogo nunca faz e nunca fará uma revolução na pedagogia.
Um teólogo nunca fará revolução em Teologia. Um psicólogo nunca fará em Psicolo
gia. Um político, um economista, um médico, tampouco, porque o oficialismo é sem
pre auto defensivo por natureza. A "revolução "vem de fora ou, então, de um heresi
arca realmente auto-autorizado, heroico e mártir. Um pensador sistêmico triádico, de
por si, não pode respeitar campos específicos ou monopólios intelectuais, nem tabus:
questiona doutrinas ou fatos, deuses e diabos, ricos e pobres, gênios e analfabetos,
metrópoles e colônias, elites e povo, revolucionários e conservadores, o conhecido e
o desconhecido, os subjugadores e os subjugados, o proibido e o autorizado, e ques
tiona a si mesmo.
com a qual o tema está em rede, com determinadas pessoas à frente e, principalmen
te, atrás dos bastidores ou trincheiras. É urgente acabar com o impessoalismo, com
os eufemismos, com a ocultação do sujeito nos grandes rolos sociais. Dizer que tal e
tal problema é devido às circunstâncias, ao acaso, ao tempo, ao capital, aos deuses...
é um truque que os membros do subgrupos oficiais usam para se protegerem e fica
rem impunes pelos danos que causam. Sujeito oculto! Entretanto, para qualquer mí
nimo estrago, sempre encontram o pobre diabo que o causou - obrigando-o a confes
sar - para castigá-lo. Nada de sujeito oculto... para os outros!
Nas ciências mais exatas, pode-se trabalhar com poucas variáveis; nas sociais e
humanas, tem-se que trabalhar com modelos, reunindo e combinando muitas variáveis
bal
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voso.
de do pesquisador e menos nos métodos e instrumentos auxiliares.
Como nas outras etapas do Ciclo Cibernético, nesta etapa de hipóteses, defi
nições operacionais e amostragem, é preciso, primeiro, estar situado dentro de um
modelo global e entendê-lo, assim como entender os modelos por dinâmicas e os
modelos específicos dos subsistemas. Assim situados, fica melhor para fazer medi
ções ou explicações válidas, por pesquisa quantificadora, qualitativa, especulativa, fu
turizadora, de mudança social etc. Caso contrário, ainda que investigássemos toda a
população ou aplicássemos à amostra o tratamento estatístico atual (estimativa de
parâmetro, de desvio da média, distribuição amostral da estimativa ou probabilidade
de ocorrência etc.), o retrato do fato estudado sofreria do vazio, do "bias" ou viés (“es
trabismo” social, distorção da percepção), de refração, pela perspectiva subgrupal ex
clusora, monádica, unilateral.
Por outro lado, sem coleta de dados, sem experimentar, medir ou estudar con
troladamente o tema de pesquisa, este não passará de ficção científica ou ensaio de
filosofia social.
Daí nasce o mal-estar das Ciências Sociais e Humanas e sua pouca compe
tência para lidar com seu objeto: o fenômeno humano, a semi-organização social e
sua constante oscilação entre um pouco de ordem e muita desordem. Não é pois hora
de tornar definitivo nem padronizar nenhum método, nem técnica de pesquisa em Ci
ências Sociais e Humanas. Admitem-se todos os que tragam alguma evidência, e te
nham seriedade, utilidade e alguma beleza.
A informação pelo método verbal-escrito pode forçar até uns 20% a manifesta
ção da realidade. Haverá que completar com a informação não-verbal e factual.
140
- Animista: fala em nome de qualquer ser não-humano (“eu pedra digo aos
homens”...; holisticamente diria: “nós pedras dizemos”...).
2. CRONOLOGIA
Idade aparente e real, atitude frente às diversas idades. Uso do tempo. Medi
das de tempo. Uso de relógio, de agenda, de cronograma. Pontualidade. Obsessão
pelo tempo ou espontaneísmo. Memória. Datas, números, tipos de memória. Espera,
141
3. PERSONAGENS
4. PROCEDIMENTOS
S03. MANUTENÇÃO. Peso. O que e como veste, come, bebe. Gestos repetiti
vos como abotoar, desabotoar, arremangar-se. Sonolência. Insônia. Cigarro, chiclete
e outros sucedâneos. Partes expostas do corpo.
142
S13. JURÍDICO. Atitude frente a normas, leis, moral, pecado, ética. Grau de
autoautorização. Censura pessoal, censura grupal. Liberalidade, austeridade. Sentido
de justiça, honestidade.
cal Package for the Social Sciences - (recordar que os métodos atuais são monádi
cos-uniformizantes e escamoteiam a estrutura trigrupal e os níveis dos atores; e bus
car alguma forma de corrigir esta distorção). O que interessa é esclarecer relações de
causa ou multicausalidade em relação com os problemas e com os efeitos indesejá
veis que queremos compreender.
100 21%
50
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###########Tr
Figura 19: Representações estatísticas
Pelo enfoque triádico, a resposta sintética não poderia ser tão sintética como
uma simples média ou uma proporção: teria que ser proporção triádica, e média dos
três subgrupos, correlação ou associação por subgrupos etc. Faz falta uma nova esta
tística que respeite a triadicidade: deve dar a distribuição e proporcionalidade de pelo
menos três subgrupos e não apenas de dois, ou de polos extremos, deixando o tercei
ro indevidamente diluído nos dois anteriores, geralmente naquilo que tem a função de
subgrupo antioficial. Talvez seja necessário falar em trinômios, trimédias, trimodas,
funções triádicas, três dispersões, probabilidades triádicas, frequências triádicas, con
juntos triádicos, lógica triádica, passar do plano cartesiano bidimensional ao cubo, à
trigonometria social etc.
Para isso se necessita ter, por escrito, um quadro elaborado antes da coleta de
dados, com os critérios de "certo/errado", "aceitável/rejeitável", ou uma tabela de osci
lações para mais e para menos, para todo o Hológrafo ou para o modelo social prefe
rido. Esse quadro deve conter, para cada aspeto, indicadores de equilí
brio/desequilíbrio ou uma escala vectorial para os desvios da proporcionalidade por
excesso ou por carência. Veja este exemplo pelos 4 níveis do tricerebrar:
Veja este outro exemplo por alguns dos 14 subsistemas com gradiente positivo
e negativo:
145
Instintivo Racional
CCF desordenado CCF ordenado
Cético Afirmativo
Fora da realidade Realista
Impessoal Personalista
Déficit de atenção Atento
S08 – PATRIMONIAL
Desprendido Avaro
Analfabeto financeiro Financista
Esbanjador Utilitarista
S09 – PRODUÇÃO
Incompetente Competente
Mandado Empreendedor
Indolente Trabalhador
S12 – POLÍTICO-ADMINISTRATIVO
Improvisador Calculista
Anárquico Organizado
Individualista Equipista
Oscilante Oficialista
Liberdade sem metas Autoconduzido
Irresponsável Responsável
Preso ao passado Aberto à mudança
Dispersivo Tri-enfocado
briga
valor)
eram eraJá uma
do
emitidos
passou
subgrupo
como
reação contraanterior
o tempo
oficial deos
infalíveis pela
ficar ao
julgamentos
autoridade
brigandode
com
surgimento os
do(julgamentos
religiosa.
valor "julgamentos de valor".
método científico,
teológicos de
e que
A J
UÍ
Z
OS
ções sob controle experimental como fonte única de autoridade e verdade. Por
isso, VA
sões: anociência,
centrou
científico ou esse
como juiz de
exclusivamente
descritivo, novopositivo,
objetivo,
verdadeiro
naquilo ouestá
método
que de ao
falso, alcance
suspeita
experimental, sem
desenvolver
por dos conhecimento,
o de
interferência
sentidos dose
falta dee neutralidade
suas sujeito
exten-
con-
L
OR
O fluxograma aproximado para cumprir com essa etapa terá estes passos:
Uma empresa necessita diagnóstico global (não só balancete) todos os dias. Há software
para coleta e processamento instantâneo. Falta que a cabeça do gerente seja instantânea,
tenha antivírus e esteja treinada para completar o restante do CCF.
capitalistas e muito mal em seus próprios países ou quando lhes toca analisar sua
própria ideologia como constata o diádico Chomsky (1985).
Seja para um título de grau, seja para um congresso, para uma revista indexa
da ou para uma tese, há que seguir as normas de redação estabelecidas para cada
caso pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Psicossíntese significa estar aberto para aceitar, assumir, integrar a nova situ
ação e os problemas apresentados pelo novo conhecimento, pelo diagnóstico, pela
futurologia. Segundo o paradigma sistémico, todos somos partes do processo plane
tário e ele é parte de nós mesmos, seja a nível quântico, físico ou místico. Tudo con
flui para a evolução ou para o movimento triádico e, por tanto, tudo pode ser ressigni
ficado e transformado em algo proveitoso, positivo, neguentrópico, deixando de vê-lo
como um mal, como algo a rejeitar, a negar e esquecer ou como uma pedra no cami
nho. Trata-se de um modo positivador de ver, mais que da coisa vista.
153
te
porpara inteiros
Análises
R. éA
processo
tanto,
problemas.
positiva
povos para
Assagiolli
indivíduos,
necessário
palavra
psicanalítico.
poder
(depois uma
depara
e"psicossíntese"
(1971),
diagnósticos
mas
encará-los,
reagir
É também
uma às
buscandopara
aliviar
uma
derivação do
são
dor
calamidade,
assimilá-los,
é
vezes de
parte
de
asoluções,
grupos institucionais
assumi-los
paradigma
traumáticos
importante
viver,
euma
atuandonão
sabendo-se
guerra).
holístico,
com feita
aoconstruti-
somen-
final
e em
do
atitude
Entre-
para Roberto Assa
giolli é homó
logo de Carl
Jung. Ambos
têm inspiração
zen-budista e
fazem integra
çãodoCÉRE-BRODIREITO
com o esquer-
do, em
Psicolo
giaeterapia.
vamente.
Temos dito que se deve jogar o jogo "dentro dos limites estabelecidos pelas
leis da matergia triádica do ser", que a ciência conhece – o proporcionalismo - e que
há que distinguir muito bem dos limites impostos pelos subgrupos dominantes, pelas
tiranias e culturas anti-humanistas. Frente a estes limites, recomenda-se a resistência
e as diversas formas de luta.
QUARTA PARTE
Tem surgido muitas tentativas em diversos lugares para descobrir uma "quími
ca psicológica" capaz de provocar e ampliar o processo criativo e a "Heurística" ou
processo de solução de problemas, de invenção, inovação, para codificar seus regras,
educar e direcionar este processo. Até agora, os resultados são escassos e débeis. É
melhor não reprimi-lo na infância. Na idade adulta tem-se que recorrer à autoautoriza
ção, ao relax, a drogas e a exercícios que veremos mais adiante.
O que está por trás da futurição por cenários e do brainstorming por turbilhão
de ideias são competências mais fundamentais como clarividência, percepção extra
sensorial, feeling, mística e sentido de missão/visão, que correspondem ao terceiro e
quarto nível do cérebro direito. Estas competências são mais acessíveis mediante o
uso do cérebro em ciclagem reduzida (conjunto de ciclos eletromagnéticos)
Quando ainda não se está familiarizado com isto por autoindução, pode-se
começar com a hétero-indução conduzida por uma pessoa capacitada. Como este
método recorre só a técnicas de respiração e relaxamento, não apresenta nenhum
risco. Usa-se a ciclagem reduzida - alfa, theta, delta - sempre que dormimos; e retor
namos a beta quando despertamos.
I Passo: Permita que seu cérebro aceite a redução da ciclagem de nível beta à ciclagem de
Negocie... nível alfa. O objetivo é que você comece um processo de autoindução ou que apren
para auto/hétero da a reduzir e a aumentar a ciclagem de seu cérebro sozinho, segundo suas necessi
autorização. dades. Se você ainda não treinou o suficiente para isso (autoautorização) pode co
meçar com a ajuda de outra pessoa (heteroindução). Escolha a tarefa a executar
quando chegar a alfa no Passo VII.
II Passo: Procure uma postura confortável para concentrar-se (meditar, orar, dormir, ou "pene
Procure uma trar" noutras dimensões dentro de sua própria cabeça). Não tem mistério, nem risco,
postura confor reduzir a ciclagem cerebral de forma programada, orientada com um objetivo especí
tável. fico. A postura natural para todos é a horizontal, mas com um pouco de treino pode
ser qualquer outra.
Respire profun-
damente
III Passo: Respire profundamente de três a cinco vezes sentindo a "barriga" encher com a inspi
ração e esvaziar-se com a expiração. É respiração pelo diafragma, em ritmo cada vez
mais lento. A primeira respiração pode ser um grande suspiro. Aos poucos volta-se
ao normal.
IV Passo Para quem ainda não sabe relaxar, dá-se comando os assim: "Solte os pés, relaxe.
Solte, relaxe ca Seus pés estão ficando pesados no chão. Afrouxe os músculos das pernas". E assim
da parte do cor por diante, de baixo para cima ou de cima para baixo, intercalando frases como "sin
po, compa-la ta-se bem", "respire normalmente", "sinta prazer em relaxar". Você mesmo pode fazer
vras de ação de isso imaginando uma viagem por todo seu corpo com seu cérebro dando ordens de
graças e carinho relaxamento a todos os órgãos. Se necessário, use alguns toques de massagem. Po
de-se acompanhar tudo com música suave, incenso, luzes etc.
V Passo: Estabeleça um estímulo para marcar a passagem do nível Beta ao Alfa. As religiões
ou os praticantes da ciclagem reduzida já têm seus reflexos preestabelecidos: man
Crie um refle-xo tras, ladainhas, cantos, orações, ritmos de atabaque, cartas, búzios, pêndulo etc. Po
operativo para dem-se criar reflexos só para o momento, de acordo com cada lado do cérebro. Para
entrar em alfa o esquerdo: "Vou contar de 5 a 1" ou "Você é um computador e vamos desligando
tais e tais funções". Para o direito: "Vou ligar uma música" ou "Vou acender um incen
so" ou "Vou cantar uma cantiga de ninar" ou "Vamos imaginar cores tais e tais". Para
o cérebro central: "Vou tocar o plexo solar" ou "Vou massajar a hipófise". Serve mais
o que mais agradar ao induzido. Anuncia-se o reflexo umas três vezes.
VIPasso: Execute o que se combinou, no passo anterior, que seria usado como sinal para a en
Acione o trada em alfa, intercalando frases como "relaxe profundamente, sinta-se bem, sinta o
reflexo prazer de relaxar".
VII Passo: Nesta fas e você vê, imagina, sente, vivencia a experiência desejada, o objetivo a ser
alcançado. É o momento do registro da nova programação para seu esquerdo, o
NÍVEL momento mágico para o cérebro direito, e o comando de execução para seu cérebro
ALFA central. É importante que o objetivo esteja claro, bem operacionalizado, e que seja
uma meta de cada vez.
Execução da ta Nesse estado se realizam e se situam os fenômenos ou potencialidades dos sensiti
refa planejada vos, dos milagreiros, das terapias alternativas, as curas espirituais, dos placebo, mas
também as experiências místicas e estéticas mais elevadas. Algumas possibilidades
do cérebro esquerdo são: aprendizagem acelerada; dom de línguas; telepatia; psico
grafia; compreensão súbita. Para o cérebro direito: clarividência; clariaudiência; dom
de profecia; visões e êxtases espirituais; experiência de integração no todo. Para o
cérebro central: hiperdinamismo, bilocação (saída do corpo); curas; insensibilização à
dor; levitação; telecinese (mover objetos a distância); transmutação energética etc.
VIII Passo: Negocie consigo mesmo (se for autoindução) a forma pela qual irá elevar sua cicla
gem novamente. Terminada a tarefa em alfa, para sair dele e retornar ao nível beta,
Crie um reflexo inverte-se o reflexo operativo usado antes (contar em ordem inversa, rever as cores
operativo para em ordem inversa, ir aumentando o volume da música etc.) Repetir umas três vezes o
retornar à reali que se vai fazer, avisando que quando terminar de fazê-lo cada um estará em beta,
dade Beta. abrirá os olhos, se espreguiçará e agitará, para ficar bem desperto.
IXne
Passo:
o reflexo
Acio- Execute o que se combinou no passo anterior. Faz-se lentamente, observando o rit
mo de cada um, encorajando com frases como "sinta-se bem, vamos voltando...".
grau
Feedback
de inde-
X Passo:do Verifique o grau de bem-estar. Congratule-se. Mas, sobretudo, se houve heteroindu
ção, verifique se o induzido atribui o que conseguiu a seus próprios poderes ou a
quem o induziu, acreditando existir algum poder mágico no indutor, guru, bruxo, mes
pendência fren tre, padre, médium, curandeiro, xamã etc. Discutir isso e treinar até cada um poder
te ao indutor ou induzir-se a alfa e a qualquer ciclagem eletromagnética do cérebro por sua conta, e
mago. assim realizar as tarefas e metas desejadas. Cada um seja seu próprio bruxo.
159
Cada um dos quatro níveis do cérebro direito tem sua bíblia, seus gurus e anti
gurus. O nível 1 do cérebro tem "A Arte de Amar", "Como Criar uma Marca", "Como
Fidelizar O Cliente" etC.
O nível 2 teve sua bíblia em "O Poder Criador da Mente" (Osborn, 1964), se
guido de muitos outros também notáveis como "O Pensamento Divergente" de
160
Entre a massa popular, que nunca se deu bem com a ciência e com a tecnolo
gia do cérebro esquerdo e central, o fenômeno intuitivo-sintético se manifesta por:
• Adesão a seitas "religiosas" milagreiras, carismáticas, que fazem largo uso
do estado mental em ciclagem reduzida (mas sempre negado e explicado como fe
nômeno religioso ou de “espíritos”).
• Fetichização dos aparelhos de som, das telinhas que substituíram a estatuá
ria, os rituais e as pompas audiovisuais dos templos da Idade Média.
• Mitificação de autoridades, de “celebridades” de cinema, novelas, de ídolos
da música popular, do esporte e, até, de criminosos etc.
Para isto existem propostas que vão desde "Educação sem Escolas", “Constru
tivismo”, Pós-Construcionismo, "Superaprendizagem pela Sugestologia", promessas
de "libertação interior" por meditação, xamanismo, misticismo, drogas para aumentar
o poder mental de executivos de multinacionais. O poder político, espicaçado pela
corrida espacial e ciberguerra, tem projetos como a criação de Ministérios da Inteli
gência, o já esgotado “década do cérebro”, relançado como o norte-americano Brain
de aceleração das neurociências, e o projeto “Cérebro Humano” da União Europeia,
cuja meta é simular o cérebro num computador etc.
3. DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE
B.4. Cada qual tem que expressar-se sem explicações nem justifica
ções, sem interrupções nem comentários de ninguém. Manifestar-se somente em fra
ses muito curtas se o exercício for de produção de ideias. Neste caso, podem falar
muitos ao mesmo tempo, nas primeiras vezes (depois se farão anotações ou grava
ções). Se houver muita verbalização, é sinal que o cérebro esquerdo se está introme
tendo. Há que pará-lo. Quanto menos verbal seja a chuva de ideias, melhor.
Pode-se variar a chuva de ideias pedindo a um grupo que use somente ideias
lógicas e a outro que contraponha ideias absurdas; pode-se pedir que cada um se
ponha no lugar de um animal e encontre soluções típicas para suas situações de vida.
Pode-se (se não sai muito caro), pedir a diversas pessoas que façam experimentos
sem que, inicialmente, um saiba o que o outro está fazendo e, depois, que cada um
interfira no experimento do outro.
Como temos três cérebros, existem três tipos de apostadores no futuro: pelo
cérebro direito, os profetas; pelo esquerdo, os futuristas que extrapolam a partir de
dados, de simulações; e, pelo central, os que decidem correr riscos na prática, nos
negócios, fazer aventuras, afrontar a incerteza do jogo da vida e dos negócios. O
azar, o acaso, a roda da fortuna, a sorte.
Pessoas com predomínio do cérebro central são os que têm que tomar deci
sões no cotidiano do mundo da política e dos negócios. Os estudos de mercado e de
opinião pública que encomendam, sempre deixam uma ampla margem de incerteza.
Significa que toda decisão se parece com uma aposta e corre o risco de ter êxito ou
fracasso, apesar de todos os cálculos de risco-confiabilidade e de todas as agências
que calculam isso como Moody’s, Duff & Phelps, Standard & Poor’s, Fitch Ratings etc.
(e quem calculava a confiabilidade dessas agências centrais da especulação que nau
fragaram no colapso financeiro mundial do 2008?).
D. Refazer o exercício muitas vezes, introduzindo cada vez algum fator inter
veniente, variável fantasma ou surpresa, algo inesperado.
O que mais tem prejudicado aos futurólogos e seus futurições (quase todas as
previsões sobre o ano 2000 de Kahn e outros, sobre a década dos noventa de Gabor
e os fanáticos da panaceia tecnológica, até mesmo as futurições apocalípticas do
Clube de Roma, foram desmentidas pelo tempo. É a falta de teorias sistêmicas do
planeta e das sociedades, que ofereceriam maior compreensão e poder combinatório
simultâneo. As bases teóricas e metodológicas, em uso pelos subgrupos dominantes,
são umas vezes demasiado especializadas e ou fechadas, às vezes muito ideológi
cas, outras excessivamente tecnocráticas e monetaristas. Esquecem a presença de
outros seres não-humanos no planeta e, geralmente, adotam a óptica do império an
glo-saxão ou do G-7. Os computadores não corrigem, antes reforçam estas distor
ções, originadas no paradigma cartesiano-monádico-intelectualista-monetarista-darwi
nista.
168
Uno dos motivos da fama de Henry Kissinger era que, ao apresentar-se a uma
mesa de negociações, levava uma lista de todas as alternativas, por ordem de priori
dade, cada uma com cenários operacionalizados. Para qualquer proposta rejeitada,
Kissinger sempre tinha outra (plano de contingência ou plano B, C etc.) porque antes
havia feito antecipações ou futurição triádica.
Não haveria criatividade sem a curiosidade que nos move e que nos põe impacientes
ante o mundo que não fizemos, ao qual acrescentamos algo que fazemos. P. Freire.
Quando uma equipe profissional está bem treinado no CCF e no uso de técni
cas de futurição e técnicas de criatividade, ambas se podem integrar em um único
processo previsor-solucionador. O processo ocorre no momento de uma reunião de
trabalho, depois do diagnóstico, priorização de necessidades e problemas a resolver.
O coordenador da reunião determina fazer a futurição de um determinado tema. Os
participantes farão suas previsões, apresentarão seus cenários. Esses se classificam
em “positivos-negativos” ou “proativos-restritivos”. Quando uma previsão é negativa
restritiva, o coordenador chama imediatamente a um brainstorming por alguns minu
tos, depois dos quais chama novamente a futurição até a próxima previsão negativa
etc., etc., etc.
Isto é assim para decisões tomadas por empresas, instituições, concelhos dire
tivos ou governamentais. A dinâmica individual e a família dos demais, assim como a
dinâmica ambiental do ecossistema e a dinâmica futuro-universal, o sentido e valor da
172
existência global, sempre estarão em último lugar para os adeptos do paradigma car
tesiano-neoliberal e do marxista-socialista. No paradigma sistêmico triádico, haveria
que pautar-se pela proporcionalidade - e não pela máxima igualação comunista ou
pela máxima desigualação neoliberal. Se a decisão é só para um indivíduo, é claro
que a dinâmica individual vem primeiro, reordenando a sequência das dinâmicas. O
mesmo sucede com as instituições sem fins lucrativos, se houver alguma...
transformar suas pesquisas e sua criatividade num movimento, cuja lógica social se
distancia tanto mais da lógica dominante, quanto mais distanciado é o modelo de
transformação final proposto. E saem a campo para semear sua utopia seduzindo os
oscilantes e forcejando para que suceda o esperado, o mais rapidamente possível,
pela derrubada e substituição dos oficiais.
ciedade clama tanto por uma “lei do cumprimento” (uma vez dito, declarado, prometi
do, tem que cumprir) para os homens públicos e de negócios? Por que há quem quei
ra dar ao século XX o título de “século da mentira”?
O jogo triádico factual é cada vez mais sujo e cruel; então se tem que mitigar e
camuflar com a simbolosfera, os discursos, as justificações, o marketing etc. O jogo
triádico do poder e do mercado é o real "real"; o da simbolosfera é o realmentido, dis
farçado, camuflado, despistador. Entre as duas esferas se estabelece uma "despistes
fera": são esforços, jogadas, truques e tergiversações dos subgrupos negativos para
despistar, encobrir, desviar a atenção, justificar, enganar para ganhar. Há que saber
mais, então, sobre os três tipos de codificação das mensagens – verbal, não-verbal e
factual - para decodificar, interpretar e defender-se. A comunicação apresenta tantas
ambiguidades até dentro das empresas que abundam os compêndios de “comunica
ção empresarial”, comunicação emocional, comunicação efetiva etc...
O remédio contra isto é estar alerta frente à comunicação verbal, que só tem
uns 20% da verdade e aprender a desdobrá-la, depois de observar a comunicação
não-verbal e, principalmente, a factual (esta está sempre camuflada, mas acaba sem
pre por revelar a verdade). Assim se desmascaram os indivíduos e subgrupos des
proporcionais/negativos/enganadores. “Por seus frutos os conhecereis”.
É melhor que todos saibam jogar o jogo com plena autoautorização, sabendo
desdobrar o jogo dos competidores, porque as palavras, a lógica, a gramática, a co
municação, estão enfermas, foram pervertidas pelo endurecimento da competição e o
rompimento das barreiras éticas e morais proporcionalistas. O resultado é um precário
entendimento interpessoal e intergrupal, a crescente cibernose (ambiguidade, confu
são, desencontro, na época da melhor tecnologia de comunicações) e a correspon
dente agudização dos conflitos e da violência.
Entre pessoas que se amam e subgrupos que desejem ser positivos, proporci
onais, que se reconhecem como fontes mútuas de energia-endorfina e de apoio, base
adas na compreensão, lealdade e cooperação, podem-se firmar pactos para criar re
dutos de comunicação sincera, direta, franca, sem táticas ou truques de despistamen
177
Estas questões se entendem melhor, quando as situamos nos quatro níveis dos
três cérebros. Vamos recordá-los:
Hoje em dia já se inventaram os mapas mentais, que são de três tipos, para
representar o abstrato de cérebro esquerdo, o transcendental-espiritual do cérebro di
reito e o intangível do cérebro central:
Cada indivíduo pode perguntar-se: que tipo de simbolosfera tenho eu? Que ti
pode reapresentação da realidade faço e tenho em meus três cérebros? Alcancei já a
etapa evolutiva dos mapas mentais ou sou ainda prisioneiro do discurso linear rotinei
ro? Se minha evolução alcançou os mapas mentais, seria eu capaz de manejar os
três tipos de mapas mentais organizadamente, baseados num paradigma organizador
para ir além da livre associação ?
QUINTA PARTE
FUNÇÕES DA INTELIGÊNCIA
OPERACIONAL DO CÉREBRO
1. MÉTODO ADMINISTRATIVO-GERENCIAL
Ainda que o planejamento seja tão antigo como a guerra, sua generalização e
teorização são uma conquista recente como instrumento de administração para os
subgrupos oficiais. Os subgrupos antioficiais começam a dar valor ao planejamento e
à administração em seus sindicatos e seus movimentos populares, enquanto os osci
lantes preferem o espontaneísmo, exceto para seus carnavais e seu futebol - ópios e
sucedâneos modernos do povo - que são bem executados, deixando o planejamento
econômico-político de níveis superiores nas mãos dos que têm cérebro central mais
estruturado.
pas, Império Maya e Asteca, Império Incaico etc. A Bíblia, por ser ao mesmo tempo
um manual religioso-político da teocracia hebraica organizada pelo grande general e
estrategista Moisés, tem muita ensinamentos sobre planejamento e administração. O
Corão, por ser ao mesmo tempo um manual religioso-político-comercial das teocraci
as islâmicas organizadas pelo grande geral e comerciante Muhammad, é também
muito prático e explícito no econômico e nos contratos. Os filósofos gregos sistemati
zaram propostas de governo. O império romano brilhou por sua eficiência organizaci
onal e administrativa, superada somente pela burocracia da cristandade ou império
dos Papas. Transnacionais como Shell e Esso estudam a organização da Igreja cató
lica como modelo de organização autossustentável de longa vida.
vez mais intangível, puras bits de computador. Posteriormente, foram confirmados por
Adam Smith (teoria econômica do livre mercado, 1776) e reconfirmados por Darwin
(1859) e sua lei do direito de sobrevivência do mais apto.
“Una breve avaliação de qualquer grande empresa revela que 80% de seu quadro admi
nistrativo trabalha para enfrentar o cipoal de leis e controles criados pela burocracia”.
negar sua cooperação; só que, para isso, dependem da liderança dos partidos, sindi
catos ou movimentos antioficiais, que estão em decadência, até o próximo brote de ira
e rebelião contra o oficialismo exagerado e desproporcional.
ao mesmo tempo) que formam uma hierarquia que tem pelo menos quatro níveis de
agendonomia (divisão de ocupações) que corresponde a outra inversa de quatro ní
veis de remuneração, de padrão de vida ou níveis de vivência.
Os quatro níveis de agendonomia são clientes entre si, como usuários e pres
tadios horizontais, verticais e transversais. Os departamentos ou seções são os usu
prestadios horizontais. Os grupos de trabalho são os usuprestadios transversais por
que se compõem de diferentes níveis, departamentos e subgrupos. Os fornecedores
(de inputs) desde o domínio externo, são os prestadios (vendedores) externos em re
lação a nós; e os clientes que recebem ou buscam nossos outputs são nossos usuá
rios ou compradores (para eles somos fornecedores).
A administração por objetivos, por sua vez, toma como eixo de suas atenções
o output, o produto final quantificado, ou uma quantidade a ser alcançada, organizan
do os outros operacionais para tal fim, com interesse maior no resultado final e não
tanto no processo:
O Movimento pela Qualidade Total propõe um ciclo explícito para todos, resu
mido no PDCA (Plan, Do, Check, and Act again) em combinação com os operacio
nais, dando primazia aos personagens: um gerente com visão e entusiasmo impac
tantes e contagiantes, e um pessoal de “combate” com capital intelectual em contínuo
desenvolvimento: produtividade e qualidade.
A gestão por competências avança um pouco mais, pois crê que, além de co
nhecimento, se requerem habilidades técnicas e com alto nível de atitudes relacionais
e éticas: “C.H.A” (Conhecimento, Habilidades, Atitudes, Durand, 2000). Para isso, há
que detectar as competências de conhecimento, habilidades e atitudes de cada traba
lhador, de cada departamento e da empresa como um todo para poder ganhar dos
competidores. O nó da questão é, precisamente, com que ferramentas e como se vai
fazer esse mapeamento de competências.
As consultorias e os consultores es
tão-se mitificando. Por isso, estamos ensi
nando as ferramentas básicas que podem
fazer de qualquer interessado um bom con
sultor. É melhor, mais prático e mais barato
ter e ser consultores internos, que ter que
recorrer constantemente aos custosos con
sultores externos.
A escalada de níveis mais altos promete aliviar a dor de viver (escassez, inse
gurança, enfermidade, insignificância, dependência, angústia etc.) Porém, escalado
um nível, a maximocracia e insaciabilidade compelem para o seguinte. Cada vez se
requer mais e mais esforço e persistência, mais astúcia, malícia e “diplomacia política”
192
tanto para preservar o nível alcançado como para não decair ou degradar-se. É mais
suportável o preço por subir que o preço por cair…
1. Nível de Execução. É o nível dos que fazem coisas, põem em prática, con
cretizam, materializam algo. São mais braçais ou manuais: receber, mover objetos,
carregar peso, realizar tarefas rotineiras e mecânicas, que vão sendo progressiva
mente substituídas pela moderna tecnologia.
A) Ter paradigma sistêmico triádico: ter visão sistêmica, usar a linguagem sis
têmico e atuar de forma integradora (além de falar uma segunda língua).
Pela “Lei de Peter” (1971) todos marcham/sobem para seu nível de incompe
tência quando são promovidos: bom num determinado nível não significa que vá ser
bom no nível seguinte. Pelo “Princípio Dilbert” (Adams, 1997) o mau funcionário é
promovido a posições onde seja mais inofensivo para a empresa: ser chefe. O “Re
195
4. Um sistema está contido numa "pele" que pode ser uma fronteira, ou um
campo, ou uma jurisdição, que permite estabelecer o que é domínio interno e externo.
Essa pele não é uma divisão ou separação absoluta e pode ser deslocada para um
domínio maior ou menor conforme a situação, como ilustra este provérbio árabe, que
se lê de baixo para cima:
2. Antes do fim de cada ciclo brota outro, como uma escama sobre outra, que é
epigênese-brote do anterior em ramificações diádicas ou triádicas, com recorrências
ou réplicas (reincorporando algo do passado, com algumas variações para mais ou
para menos).
3. Cada ciclo tem pelo menos três fases: ascensão, auge, e descida (ver Fig.
4): aceleração inicial, aceleração máxima no meio e desaceleração ao final (como um
movimento de avião). Há um momento de esforço inicial “morro a cima”, seguido de
um momento de auge/glória, seguido de outro momento de precipitação “morro a bai
xo”. Num período longo de muitos microciclos aparece um padrão ou configuração
ondulatória que se repete em ritmo de valsa ou de marcha por algum tempo; depois
entra em turbulência; e volta ao ritmo regular por algum tempo, até... Isto é o que mais
pesquisam os estudiosos do caos com respeito aos fluxos, fluidos, processos de mo
vimento e transformação, segundo o livro de James Gleick (1988): Caos - A Criação
de uma Nova Ciência. Na esfera dos negócios humanos, os ciclos são a evolução do
“puxa e empurra” ou das jogadas dos três subgrupos em suas disputas do processo
prestusuário. Estas jogadas têm níveis progressivos de intensidade e topos de inten
sidade. O mais brando, em tempos de “paz” ou calma, se administra por meio de
pressão psicológica, marketing e iscação (promessas enganosas); o manuseio um pou
co mais forte se faz mediante a guerra fria ou guerra econômica; o pico máximo des
sas jogadas se chama ascensão aos extremos, quando um lado tenta submeter ou
eliminar fisicamente o outro por qualquer meio (dumping, sabotagem, violência ou
guerra propriamente dita).
Do presente pouco se sabe; do passado quase nada; e do futuro, nada (Pe. Vieira).
vência. Na brecha entre o oficial e o oscilante cresce o antioficial com uns 3 a 5% dos
membros do sistema e igual porcentagem de recursos. Essas porcentagens variam
ao longo de um ciclo e suas fases, mas têm, como centro de gravidade, a medida do
"ponto de ouro" ou a média e extrema razão: 62% por 38%, que se distribui em por
ções flexíveis segundo a curva de Gauss.
8. Nenhum dos atores individuais e nenhum dos três subgrupos, nenhum nível
de uma hierarquia dispõe de informação e poder total sobre os demais jogadores ou
sistemas, em nenhum passo do CCF. Mas o que falta em informação, há que suprir
com o espírito de aposta ou de risco. Por isto, a interação se chama jogo triádico.
A insuficiência explicativa do cérebro esquerdo será suprida por fantasias do cérebro direito
6. Como tudo está em rede, qualquer intervenção tem reações em cadeia, por
isto cada solução cria novo ciclo de problemas. Não existe solução final, o jogo triádi
co é infinito.
Por isso não se pode convocar uma reunião, sentar-se ao redor de uma mesa
e ordenar: façam o plano para o próximo ano; ou façam um plano para gastar esse
tanto de dinheiro que ainda nos resta antes do fim do ano. Isso é improvisação. Tam
pouco se pode continuar com a mitificação e os tabus inerentes à área de planeja
mento, agora batizada de "planejamento estratégico". Planejamento é só uma opera
ção, uma das dez do CCF. É a de número sete. Mas para isso, todo o trabalho preli
minar de pesquisa, futurição, propostas, metas, estudos de viabilidade terão que estar
prontos.
O processo de Reengenharia, tão em voga num momento dado, tinha que ver
exatamente com a racionalidade dos fluxogramas da organização. Os engenheiros de
produção têm contribuído com a racionalidade do fluxo produtivo. A automação cum
pre com essa mesma racionalidade no que se pode mecanizar. Entretanto, o grande
fluxo da empresa - que inclui os recursos humanos internos, os fornecedores e os cli
entes externos - nem sempre tem tido o mesmo suporte racional (ver fig. 2 e 3).
ou repetidos dentro do processo; passos por fora da progressão para a etapa seguin
te, isto é, ações paralelas que não conduzem à superação de uma etapa do processo;
ações perdidas, aliadas ao desaproveitamento de equipes, energia e pessoas; ações
desnecessárias que não agregam nenhum valor novo ao produto ou serviços que se
está executando; fluxos não progressivos ou circulares que atrasam a chegada ao fi
nal da operação.
7.2 OPERACIONALIZAÇÃO
7.2.1. Plano Físico. É o que se obtém pela sobreposição de tudo o que foi ope
racionalizado nos diversos fluxogramas, em relaçãoaespaço: instalações, equipa
mento, tecnologia, insumos físicos, patrimônio imobilizado, ampliação, conservação,
reposição etc. Facilita a visualização e movimento desses elementos para o controle
de tempo, de custos, de logística etc. e para o cálculo da razão homem/espaço, ho
mem/máquinas, máquinas/capital, produto/máquinas etc.
Cada posição de jogo nos quatro níveis de agendonomia tem sua descrição de
funções, manuais de operação (perfil do cargo) e um esquema de estímulos e com
pensações para a criatividade, o esforço extra, o mérito etc. Ainda que não se o indi
que explicitamente, é indispensável localizar, no organograma, as interseções de jo
gos triádicos verticais, horizontais e transversais, responsáveis, em último análise, pe
la mobilização, crescimento, competição/cooperação, conflitos e produtividade do
pessoal.
te do plano financeiro) para fazer feedback de emergência tão logo comece a conges
tão. Entretanto, o controle tem que ser inspirado na participação e confiança mútuas e
ser feito com fins de apoio para melhorar os resultados, através do upaya-coaching.
Se o controle for mera fiscalização baseada em falta de confiança, ou com fins de pu
nição, começa, de um lado, uma cadeia sem fim de “controle do controle” e, do outro
lado, uma cadeia sem fim de conspirações de sabotagem da produtividade e da qua
lidade, de subtração de informação, de não cooperação e de ver-se como inimigos em
lugar de companheiros de jogo e de vida. A atividade de controle tem, erroneamente,
uma forte conotação moral, policialesca, muito ligada a enfoques de prêmio e castigo.
Há que abandonar a ideia de “encontrar culpados” e dedicar-se à simples tarefa de
revisar a consistência entre o planificado e o realizado.
A questão dos indicadores, por ser tão crucial, exige especial atenção.
Para aprofundar estas tarefas dos gestores será oportuno repassar as ques
tões apresentadas na terceira parte deste livro, sobretudo, a partir da coleta de dados
até o desdobramento, processo que se completará nesta última parte.
Significa fazer cumprir, conseguir fazer, executar, no dia a dia, o que foi elabo
rado e estabelecido no plano, nos programas e fluxogramas operacionalizados. Boa
parte da teoria de administração se concentra nessa etapa de implementação ou exe
cução. Sem eficiência nessa etapa, tudo o que foi programado anteriormente não sai
do papel.
“Se você pensa que pode, pode; se pensa que não pode, tem razão”.
Pelo paradigma sistêmico, sabemos várias coisas: não é uma pessoa, um líder
o que move e sim uma equipe, um subgrupo; não é somente um subgrupo o que pro
duz o jogo, são três; o corpo institucional ou nacional não se move por somente um
dos seus quatro níveis senão por todos eles em consonância. Assim que há que bus
212
Aprenda dos erros dos demais; em sua vida, você não alcançaria repeti-los todos
Para que a gerência ou o nível de direção seja eficaz como subgrupo oficial, se
requer que seus titulares tenham predominância das competências do cérebro cen
tral, em combinação privilegiada com as do lógico-analítico e as do sintético-intuitivo.
Se a combinação preferencial é a operacional-intuitiva, a gerência terá ingredientes
humanistas, carismáticos, de aventura. Se é a operacional-lógica, terá carácter mais
sóbrio, mais conservador, mais frio. Se for demasiado operacional com insuficiência
de intuição e lógica, baixamos ao nível cultural caricaturado por Disney no "Tio Pati
nhas” e nos “Irmãos Metralha". Apesar da impessoalidade e mecanização da adminis
tração moderna, a gerência de qualquer nível necessita ter um certo "dom de gente" -
o dom de influenciar, mobilizar pessoas e humanizar o ambiente, o trabalho e a vida.
Grande parte dos diretivos é seduzida pelos tronos, pela majestade e as cor
tes. Tem pouco gosto por educação permanente, treinamento, reciclagens, por mes
clar-se nos grupos. Creem que somente os subalternos necessitam melhorar-se,
aprender mais e ter mais qualidade... Não obstante, gerentes modernos, menos preo
cupados com a vaidade e com o ego, fazem happy hour ou café da manhã todos os
dias com um setor diferente de sua organização; reúnem mães, pais e crianças para
fazer festas e cultivar amizades; praticam algum esporte com seus funcionários; vão
ao bar juntos; fazem um churrasco para todos em alguma fecha comemorativa; com
partilham sua casa, a piscina, o interesse por suas famílias e negócios privados. En
fim, convivem como companheiros e não como soberanos ou senhores dos tempos
coloniais, olhando desde as alturas os seus escravos.
dência de grupo), propomos levar cada grupo, cada empresa, cada município e ecor
região à interdependência e intergestão triádicas, à parautonomia ou proporcionalida
de de cada um dos três subgrupos, como “Grupo-Fonte”. É a democracia triádica, a
triarquia.
Para isto se requer um novo paradigma, com pessoas e grupos que se esfor
cem para vivenciar essa dinâmica de grupo, que desenha a realização de uma aven
tura humana maior e mais elevada, em todas as instituições e em todos os níveis.
Não há como encarar isso sem treinamento/capacitação, autotransformação e instru
mentação para chegar a ser e ter vida e ação de "Eu-Fonte" e "Grupo-Fonte".
para qualquer dos catorze subsistemas, para qualquer dos níveis de uma hierar DE
quia, sempre em função do rendimento e eficiência do trabalho, ou desempenho
da organização. Há a dinâmica de grupo de K. Lewin. O comportamentalismo de
C
Skinner. O desenvolvimento de executivos de Drucker. A motivação de Maslow. O
O nível de aspiração de McLelland. Os treinamentos de sensibilidade, de asser N
S
tividade, de criatividade. O sociodrama de Moreno. Os experimentos da Psicolo U
gia Social. O Desenvolvimento Organizacional Holístico. O método psicossocial L
ou de formação de quadros das esquerdas. Os exercícios espirituais de Santo T
Inácio, os Cursilhos de Cristandade e do Opus Dei. O Yoga, a Meditação Trans O
R
cendental, a mística tibetana. O Quarto Caminho de Gurdjieff-Ouspenski e o Su I
fismo. A Neurolingüística, o Movimento pela Qualidade Total, os métodos japo A
neses, o Knowledge Management, a gestão por competências etc., etc., etc.
Agora são as Universidades das Corporações as que servem todo esse menu.
Falta um novo paradigma com visão global. Faz falta ordenar os distintos cam
pos, métodos e consultorias em forma de corpo integrado, complementar e proporcio
nal.
saber qual é mais compatível, e não fazer um coquetel de cursos com ideias ou orien
tações paralelas, sem complementaridade e, muitas vezes, contraditórias. O Diretor
de recursos humanos necessitará capacitação para poder comparar ofertas de con
sultoria e distinguir a que melhor atenda as necessidades da empresa em cada um de
seus setores e níveis.
No COMPETÊNCIAS (__X20)=
AVALIAÇ GA
AUTO- (__X30)=
COLE (__X50)=
DOCEN
TE (__÷100)=
TO
TAL MÉ
DIA
8.2. MOTIVAÇÃO
Ante este cenário de interinfluências globais, será oportuno recorrer a uma teo
ria sistêmica que possibilite uma visão geral das forças motivadoras ou desmotivado
ras. O cérebro como um todo e cada uma de suas partes se movem por estímulos ou
incentivos que produzem endorfina (satisfação, prazer) e se esquiva do que produz
adrenalina (ameaça de perdas, ansiedade, angústia, dor). Tolerável, “vivível” é a vida,
é o trabalho, é a conjuntura que consegue manter-se ao redor dos números da pro
porcionalidade (ver Fig. 10 e 10.1).
grupais são o Poder Político, o Poder Económico e o Poder Sacral. Eles são como
cabides onde estão penduradas todas as demais instituições que também usam sua
capacidade de motivação. Em resumo, motivação significa prometer ganhos e amea
çar com perdas.
Isto serve para orientar, tanto os gerentes no uso das motivações adequadas
para cada pessoa, como a cada pessoa para não aceitar motivações demagógicas. A
final, nada funciona bem e por muito tempo, a não ser dentro de certos limites de jus
tiça ou equidade, que Cibernética Social define como "proporcionalismo, ou ponto de
ouro" entre os três cérebros ou entre os três subgrupos e quatro níveis de pessoas de
qualquer agrupamento humano.
1. Não se pode tomar uma medida única e sem efeitos colaterais (trilaterais) na
rede: há que ter em conta o efeito dominó. Primero será preciso, pois, estabelecer
uma grandiosa visão de futuro, conseguir uma adesão entusiasta dos demais. Só as
sim se pode descentralizar, criar poder local, o qual é mais barato e mais seguro.
3. O próximo passo pode ser não seguir em frente e, sim, retroceder e esperar.
O excesso de rigidez e de organização expulsa a flexibilidade necessária para reajus
tar-se ou adaptar-se. “O que ri primeiro nem sempre é o que ri por último”.
6. A prestusuária não deve ser nem aberta nem fechada. Deve regular a maior
ou menor entrada de inputs e saída de outputs, segundo o ciclo e seu momento evo
lutivo para manter a proporcionalidade.
8. Não há que olhar somente o entorno próximo. É melhor olhar para o horizon
te mais distante, porque causa e efeito podem não estar próximos um do outro e o
preço pode estar emboscado em alguma curva do futuro. A regra da natureza é: pri
meiro dar o gosto, depois, bem depois mostrar preço (dar o susto). Tenha pois muitos
informantes em todos os ambientes onde faz negócios, embora a última fronteira seja
sempre desconhecida.
10. Finalmente, refine seu feeling, sua intuição, seu nível alfa, porque há forças
e tendências que não aparecem nas pesquisas, nos noticiários e nas simulações dos
computadores; só para quem tem feeling para pressentir algo.
1. Aprender a usar rodeios, sem ataque frontal. Aceitar isso como a normalida
de sistêmica triádica (três ângulos/portas/estratégias) e não como um problema de
coerência monádica/rígida, segundo a linearidade cartesiana. Você está montado
num camelo bêbado...
8. Não marchar sempre na mesma direção, não usar sempre as mesmas solu
ções, não forçar sempre o mesmo lado, porque os mecanismos de feedback reforça
dor e limitador/corretivo, são como os pratos de uma balança. Tudo tem um piso mí
nimo e um teto máximo. Não apostar na maximocracia e sim na proporcionalidade:
nada é gratuito e tudo tem seu preço e reação.
2. Deixar fluir sem bloquear nem isolar os três tipos de energia: a competição
para ser vitorioso desperta esforço e aperfeiçoamento no cérebro central; as amiza
des, a alegria, o bom humor, o sentido artístico e o esforço de melhoria espiritual
mantêm o bom clima organizacional, dão maior sentido à vida que se gasta no traba
lho que, sem isso, cheira a escravidão, a mera exploração; a comunicação horizontal
e vertical, a possibilidade de conhecer e aprender sempre mais, de poder discutir e
dar opiniões sem reuniões e decisões da empresa, tudo isso diminui a fofoca, a crítica
corrosiva clandestina, valoriza e aproveita as competências de todos. Os limites à
maximocracia de um dos subgrupos se põem reforçando um dos outros dois subgru
pos ou ambos como contrapeso proporcional, não igualador. Mas não force demais o
jogo: soldado cansado não ganha batalhas; inimigo encurralado se torna mais forte.
3. A cooperação numa equipe é para competir com outro. Por isso, não é o gê
nio individual que conta e, sim, o jogo de conjunto da equipe. Do contrário, você vai
ter indivíduos geniais e uma equipe desconjuntada. É o upaya-coaching individual,
mas, sobretudo, o grupal que ganha partidas. Fazer que todos, não somente o capi
tão, tenham um mínimo de êxito: todo triunfo produz endorfina.
5. Para garantir reajustes progressivos (nem tanto ao mar, nem tanto à terra)
tem-se que criar um clima que permita dar e receber feedback construtivamente, sem
temor de ser perseguido ou de cair em desgraça.
Supervisão não é o mesmo que avaliação ou balanço. Esta é uma das opera
ções do CCF, a de número 10, que equivale a verificação e destinação de resultados
e é parte de todas as demais quando vemos a cada uma como um microciclo. A su
pervisão é a condução, ou direcionamento de todo o processo, mediante o uso per
manente de todo o CCF, que inclui também feedback, mas do ritmo e rumo do pro
cesso e não da verificação final de resultados.
O upaya-coaching supõe:
- um lugar, um contexto com uma relação inicial entre mestre-condutor e discí
pulo-conduzido.
- um período de tempo que termine com a emancipação e autonomização da
quele que era conduzido, mudando a relação de dependência pela de cooperação en
tre pares ou entre subgrupos.
- uma metodologia de capacitação e transformação dos três cérebros para um
novo paradigma, um novo projeto de vida, de grupo, de trabalho.
- e, o mais crítico, que o upayador-coach se comprometa como este papel, co
nheça métodos e técnicas dessa função, e tenha vivenciado/conscientizado, ele
mesmo, algo desse processo para estar um pouco na frente, ter um pouco mais que
228
oferecer, ter uma "reserva técnica" inicial, que se irá esgotando enquanto o discípulo
conduzido aprende do mestre, cresce e se auto afirma.
Todo o mais é processo, são etapas de um caminho que começa pela criação
de um clima e relação de confiança. Segue com um diagnóstico do tricerebrar ou CCF
individual, grupal e diagnóstico do jogo triádico. Continua com a execução de tarefas
de aprendizagem, de produção, e de autotransformação dos três cérebros e compor
tamentos subgrupais. O resto do caminho são joguinhos de poder, escaramuças, pe
ríodos de entusiasmo e de desânimo, enquanto vai crescendo a conscientização, o
processo relacional e a autonomização.
Tema dois:
(faz a ata, se preciso) Tema três:
04. Expositor : Tema (1),(2), (3) min
09. Feedbacker da
reunião Avalia
de cimacada passo da reunião
a baixo min
Os dois roteiros apresentados para conduzir bem uma reunião requerem trei
namento. Podem-se reduzir os passos dos roteiros, sempre e quando cubram o CCF
mínimo.
1.
TEMA 1 2.
1.
TEMA 2 2.
1.
TEMA 3 2.
Observações:
A) As lideranças de condução de reuniões de trabalho as toma a pessoa que saiba
como exercê-las; somente em reuniões de capacitação se podem delegar a ou
tros; ou se distribuem as que não comprometam a reunião, como recepcionista e
cronometrista.
231
B) Como a vida grupal está sujeita a fricções entre os três subgrupos, é necessário
estabelecer normas que os regulem democraticamente, tanto na família, como na
escola e na empresa.
9.2. MEDIAÇÃO
Nossa cultura da honra ferida, do gosto pela demanda jurídica, pede que se
entre a litigar nos tribunais. Começa um calvário pelo labirinto jurídico, com gastos e
ódios crescentes. Aí, um será o reo, outro o acusador. Um será o ganhador total e o
outro o perdedor total. Inimigos para sempre. É o direito monádico em lugar do triádi
co, no qual todos seriam corresponsáveis proporcionalmente.
Em todos os países do mundo está surgindo uma alternativa: a mediação, M
os consultórios ou câmaras de conciliação, a solução de conflitos pela arbitragem, E
D
antes de entrar aos tribunais. As partes, em comum acordo, procuram e contra I
tam um mediador capacitado e credenciado, hábil em desobstruir a comunicação, A
em acalmar os espíritos, em fazer chamamento ao sentido comum e à modera Ç
ção, em fazer compreender as vantagens da solução pacífica e proporcional das ÃO
pendências.
O mediador não opina sobre quem está certo ou errado, quem tem ou não tem
razão. Apenas faz reuniões entre os interessados, os sócios de uma empresa, entre
232
cônjuges, entre patrão e empregado, entre vendedor e comprador, para permitir o diá
logo e o intercâmbio de propostas e contrapropostas, ajudando cada parte a oferecer e
solicitar concessões, a considerar o que é proporcional e desproporcional, até que che
guem ao SIM (Fisher, 1994). As partes obtêm ganhos e fazem concessões proporcio
nais, economizam tempo, gastam menos e encerram amigavelmente a dissensão.
CONÔMICO
&~~~~rac{3
C}{X^TX
#
17. Detumescência (decadência, rebaixamento, 17. Epigênese (incentivar e dar lugar a um novo
absorção peloutras prestusuárias) ciclo, sem saudosismo, sem volta às fontes).
16. Retromorfismo (viver do passado, celebrando 16. Futuromorfismo (sem datas a comemorar,
datas gloriosas) buscando presente e futuro).
15. Sobrefucnionalidade (continuidade da pres 15. Auto-desatualização, auto-limitação da
tusuária quando já perdeu a função) maximocracia, promoção do novo.
C R I S E (tran ição de ciclo)
14. Autoteleísmo (a prestusuária posta como fina 14. Coevolução, cocriação (os três subgrupos
lidade, que é uma camuflagem do oficialismo) têm que viver, são o fim, e não a prestusuária)
13. Corrida maximocrática ao poder 13. Piso e teto na acumulação de poder e satis
(busca de posições sempre mais altas) fatores: proporcionalismo.
12. Atrelamento ao poder político, econômico e 12. Dissolução dos atuais poderes municipais,
sacral, ou choque com eles. | ecorregionais e nacionais.
C R I S E (transição de ciclo)
11. Elitização ou oligarquização (surgimento de um 11. Limitação do oficialismo por contrapeso e
subgrupo oficial dentro do oficial) rotação dos outros subgrupos.
10. Aumento dos oscilantes atraídos pelo 10. Control demográfico do oscilante por capaci
apogeu do ciclo). tação, upaya, neurocoaching e feedback.
09. Especialização em Dinâmica Prestusuária 09. Novos modelos de Dinâmica de Grupo e
(controle dalguna área de trabalho). Prestusuária proporcionalistas.
08. Juego triádico em domínio interno (dinamismo 08. Positivação do jogo triádico (aplicação da
triádico virado para dentro) ética proporcionalista em domínio interno).
C R I S E (transição de ciclo)
07. Busca de alianças ou de aliados para somar | 07. Aliança com forças convergentes (grupos e
forças e competir melhor. movimentos proporcionalistas).
06. Institucionalização em domínio interno 06. Institucionalização dos três subgrupos
(criação de instituição com estatutos etc. (não só do oficialismo).
05. Luta para libertar-se do fundador (emancipa 05. Desatualização voluntária do Eu-Fonte
ção dos “filhos" ou sucessores). (por redução de esfera e nível).
C R I S E (tran sição de ciclo)
04. Narcisismo interno e messianismo em domínio 04. Missão como serviço (não como exibicionismo
externo (hipertrofia de imagem). ou aproveitadores).
03. Divulgação fervorosa da mensagem ou 03. Endoculturação (divulgação para o proporcio
proposta de salvação ou de vantagens. nalismo e não para iscação).
02. Atração de discípulos ou mercenários (bem 02. Upaya-coaching de sucessores (capacitação
idealistas ou bem fracassados de Eu-Fontes e Grupos-Fonte).
01.Surgimento do fundador ou caudilho (bem 01.Surgimento do EU-FONTE, com consciência
inspirado mesmo ou charlatão mesmo). própria e não por recorrência.
Necessidade dos tempos, crise, final de ciclo: quando o subgrupo oficial com suas fórmulas
perde ~~~~e OS OScilantes O abandOnam para buscar ~~~~
de pai/mãe.
-
…………
………………………)
#### | #Creee
O~~{X \ocê
Pode-se terminar por aqui. Ou pode-se continuar com algo mais completo.
S02. SAÚDE: Iluminação, ventilação, higiene, banhos, ruídos, água, riscos de saúde
(condições ambientais). Enfermidades físicas, mentais. Auxílios de saúde.
237
10.4.1. Quanto ao CCF (neste aspeto a coleta de dados deve-se fazer por observa
ção):
Espaço:
Cronologia:
Personagens:
Procedimentos:
competir".
REALIZAÇÃO SIMBÓLICA: faz-de-conta, cumprimento de formalidades e aparências,
sem paixão, sem realização e sem ganhos reais.
MINIMAXIMIZAÇÃO: dar importância máxima às coisas mínimas: é uma escala de
valores ao revés.
PRODUTOS DE "COMBATE": sem controle de qualidade, sem nível.
ENCANTAMENTO DO CONSUMIDOR: embalagem que impressiona e conteúdo que
decepciona. “De longe pinta, de perto espanta”.
S01 – Parentesco:
S02 – Saúde:
S03 – Manutenção:
S05 – Lazer:
S06 – Comunicação:
S06.1-Transporte:
GIROVAGUISMO: sempre fora de sua lugar, girando, vagando.
AUSENTISMO: faltar ao trabalho.
S07 – Educação:
244
S08 – Patrimonial:
S09 – Produção:
S10 – Religioso:
S11 – Segurança:
S12-Político-administrativo:
FEEDBACK DESLOCADO: (intervir no lugar errado, meter a alavanca onde não pre
cisa, errando a sede do problema.
FEEDBACK CARTESIANO: reação a fatos isolados ou intervenção com uma só me
dida, quando se sabe que tudo está em rede e há muita raízes e repercussões em to
da a extensão da rede sistêmica.
GUERRA DE PODER: disputa da posição oficial pelos três subgrupos.
PUTSCH ou PURGA: eliminação dos perdedores ou de adversários por parte do ofi
cialista/vencedor.
S13 – Jurídico:
*****
Com esses dados, somados aos dados permanentes como cadastro patrimonial,
estatísticas sobre trabalhadores, fornecedores, clientes, contabilidade, opinião de clien
tes, etc., tem-se o diagnóstico de problemas e necessidades. E se está preparado para
uma assembleia geral, onde se analisam e se aprofundam esses dados. Conseguido o
consenso majoritário sobre o que seja a realidade da prestusuária em seu contexto de
jogos globais, a assembleia passará a imaginar os cenários, a buscar soluções e estra
tégias alternativas, propostas de decisões, novos projetos, etc., completando o CCF.
Será prudente utilizar, nessas reuniões, alguma técnica de reunião, com suas normas,
para que os participantes não se desesperem com o palavrório inútil e com o exibicio
nismo de egos.
Assim, esse livro, e cada prestusuária, completa um ciclo e começa tudo outra
vez (uma nova rodada do CCF ao qual se acrescenta a aprendizagem conquistada no ciclo an
terior).
247
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
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ASSAGIOLLI, R. Psicossíntese. S. Paulo: Cultrix, 1982. Associa o cérebro direito à Psicologia,
na linha de Jung e da Psicologia Holística, transpessoal.
ASTI, Vera A. A metodologia do trabalho científico. S. Paulo: Globo, 1978.
Há uma infinidade de textos sobre "Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais e Humanas"
de orientação positivo-cartesiana, monádica e quantificante. Há, também, manuais com en
foque diádico entre os marxistas, principalmente os que propõem a pesquisa-ação ou pes
quisa participante.
Há, enfim, manuais e métodos de todas as tendências - fenomenológicos, heurísticos, criati
vos, estruturalistas, psicogenéticos, funcionalistas, críticos, semiológicos, exegéticos, etc.,
elegíveis segundo o assunto que se vai pesquisar e, a predominância nos três cérebros do
pesquisador. Recomenda a prudência evitar a incongruência (métodos que se anulam) e a
rigidez ou tirania metodológica. Há que ser mais fiel aos fatos e urgências do momento his
tórico que aos detalhes metodológicos.
BATESON, Gregory. Mente e natureza - A Unidade Necessária. Rio de Janeiro: Francisco Al
ves, 1991.Foi um dos primeiros sistemistas a abordar o cérebro como um sistema em rede
como ambiente
BUNGE, Mario. A ciência, seu método e sua filosofia. B. Aires: Ed. Siglo Veinte, 1981.
Há livros e epistemólogos críticos para todos as áreas do conhecimento. Depois de todo es
se esforço epistemológico, que mudanças tiveram as universidades? Está superada a frag
mentação, a utilização unilateral e mercenária das ciências? Esse esforço engendrou a tão
desejada síntese integradora? O Holismo chegou ou vai chegando a esse resultado?
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Cenex, FACTEC/AGE, 1993.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração, teoria, processo, prática. S. Paulo: Makron Books,
1994.
É um resumo das teorias de Administração para a produtividade, sem muita crítica. Por ser
uma Administração dentro do modelo da plus-produtividade e da maximocracia, essas teori
as terão sempre que ser monoléticas, tanto no capitalismo, como no socialismo e, muito
mais, nas teocracias com seus conceitos e votos de obediência. Quando o autor fala da te
oria sistêmica, está falando do sistemismo monádico e funcionalista e não, do triádico.
CHOMSKY, Noam. Syntactic structures (1957); Reflections on language and selected readings.
N. York, Oxford University Press, 1971. Os marxistas e os subgrupos antioficiais não se
cansam de denunciar a duplicidade de linguagem, que aparece disfarçada nas gramáticas e
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triádica, não se dão conta de que o feedback, sob distintos nomes, foi e segue sendo mono
pólio dos subgrupos oficiais, que o fazem para favorecer sua maximocracia contra os inte
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mocracia que fosse triádica, e não só no momento de votar, deveria funcionar o feedback
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mo intermediário. Sua tese é que não serve para muito usar computadores em conexão com
teorias tradicionais de educação, pois não há tecnologia educacional que possa redimir ou
salvar as crianças, sem uma filosofia educacional que mude suas cabeças. É autor do proje
to Logo. Publicou, em 1994, “A Máquina das Crianças” como uma revisão a todo seu traba
lho de informática educacional.
PETER, Laurence J. & Hull Raymond. Todo mundo é incompetente inclusive você. Rio de Ja
neiro: José Olympio, 1970.
Esses autores, Parkinson e Peter, com Dilbert, fazem sátiras magistrais contra os absurdos
e ridículos da Administração pública e privada. E dão uma série de indicações sobre os pos
síveis desequilíbrios de uma organização.
PIAGET, J. A epistemologia genética. Petrópolis: Vozes. 1973. Piaget escreveu mais de 70
obras e são suas propostas as que lideram a revolução psicopedagógica. Lástima que seja
muito europeísta e tenha dado escassa atenção ao conflito mental dialético ou trialético, que
o deixa muito próximo da monolética e do cartesianismo. O Construtivismo Sócio
interacionista melhora isso, agregando a pedagogia conscientizadora de Paulo Freire.
PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.
SANVITO, W. L. O cérebro e suas vertentes. S. Paul: Rocco, 1995. É um livro que inclui e me
lhora “Os Dragões do Éden”, de Carl Sagan.
SEMLER,
SENGE, Peter
Ricardo.
M. AVirando
quinta disciplina.
a própria mesa.
A organização
São Paulo:
que
Best
aprende.
Seller, Lisboa:
1988. Best-Seller, 1994. É
GLOSSÁRIO
esse fenômeno e, além disso, abarca o mesmo fenômeno para todo o ecossistema, isto é, in
clui os sistemas não humanos com que nos relacionamos num fluxo prestusuário universal.
FRACTAL - vem de frações. É uma das palavras que mais caracteriza a teoria do caos:
que todas as formas dos sistemas são como frações de curva que se vão repetindo em escalas
diferentes. “Recorrência” é replicação ou reprodução de um mesmo padrão, com variações, pe
los 4 fatores operacionais, não só enquanto à forma geométrica ou espacial. Dizer fractal signi
fica “composto de frações de curva e, também, que é recorrente, repetitivo na forma espacial.
Daí saiu a Geometria Fractal, curva, que é diferente da Geometria Euclidiana, reta. A relativi
dade provou que não há linhas retas, só curvas.
GANHOS - lucro, mais-valia, valor agregado, excedente, são conceitos referentes à di
ferença superavitária dos outputs (produto, faturamento) em relação aos inputs (insumo, inves
timento). Pelos três cérebros são 3 custos: know-how (cérebro esquerdo); custeio (cérebro cen
tral); risco, criatividade, estratégia, autoconfiança (cérebro direito). Os ganhos também são 3:
aprendizagem; dinheiro; autoestima.
HOLÓGRAFO - aparelho inventado por Dennis Gabor para, com auxílio de raios laser,
fazer “fotografias” ou projeções tridimensionais, globais, holísticas, ditas hologramas. HOLÓ
GRAFOSOCIAL é um gráfico, um quadro, um instrumento para representar, descrever global
mente, holisticamente, uma realidade social.
HOMEOSTASE - a energia de um sistema tende aos extremos do puxa-empurra uni
versal: neguentropia ou anatropia - sempre mais, rumo ao máximo; e entropia - sempre menos,
rumo à desintegração, ao nada, ao mínimo. O ponto móvel, flutuando entre a explosão por ex
cesso e a implosão por carência, chama-se homeostase, numa espécie de dança na corda
bamba, ou de equilibração do surfista sobre a prancha e as ondas. As margens de flutuação
entre a explosão e a implosão são dadas pelos números do Proporcionalismo. O fluxo/balanço
da homeostase se diz “homeorrese”.
INCLUSIVISMO - atitude de quem, em suas atitudes mentais e práticas vê, aceita, ad
mite, assume os três subgrupos. O oposto é - exclusivismo, monadismo - a imposição de um
só lado e exclusão dos demais.
INDOAMÉRICA – o conjunto das Américas. Dos esquimós aos patagões, do estreito de
Behring ao Estreito de Magalhães, assumindo como parte de nossa história a cultura dos nati
vos que aqui estavam há pelo menos 40.000 anos, indevidamente chamados "índios". Cultura
dos "índios" cruzada com a dos europeus invasores. Diz-se, também, Indo-árabe-afro-américa,
porque os europeus do sul, que vieram invadir, tinham 700 anos de presença árabe: eram mes
tiços; depois foram arrastados para cá os negros; depois vieram imigrações de todos os povos.
ILUSIONISMO – veja “símbolo-ilusionismo.
LÍMBICO - etimologicamente significa limiar, divisa, área de transição. No cérebro é a
camada central que é ponte, divisa entre o reptílico e o córtex. Suas funções são tomadas co
mo equivalentes às do cérebro direito. O verbo limbizar significa: adaptar ao cérebro direito
límbico.
MAXIMOCRACIA - ímpeto de propulsão dos sistemas a ser, ter e querer sempre mais
de tudo: sempre mais energia, crescimento, saúde, poder, dinheiro, riqueza, glória, vida, etc.,
infinitamente e eternamente, evitando cair, descer, perder, retornar ao nada, ao mínimo, mini
mocracia: horror ao vazio, ao nada. São o polo positivo (que empurra para cima, para a ne
guentropia) e o polo opositivo, negativo (que puxa para baixo, para a entropia). Segurar-se no
galho entre as duas forças, é sabedoria proporcionalista.
MAYA - miragem, ilusão, realidade que não é, aparências que enganam e escondem o
essencial, iscação, mera convenção. Condução maya quer dizer: subjugadora, dominadora, in
conscientizadora, exploradora. De origem hindu.
MINI-MAXIVIVÊNCIA - é o resultado do jogo triádico de sobrevivência que a linguagem
econômico-social denomina classe A, B, C, D, E. Aqui se redenomina em maxivivência, grã
vivência, mediovivência, minivivência e subvivência. Mas a classificação não é só pelos satisfa
tores do cérebro central e, sim, pelos três ou pelos 14 subsistemas, por onde se pode obter o
“perfil de vivência” de uma pessoa, empresa, país e do planeta.
MÍSTICA - é a percepção de um nível de realidade em que eu e todas as coisas nos re
conhecemos partes uns dos outros, nos identificamos como irmãos: irmão sol, irmã lua, irmão
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lobo. Basta saber relaxar até criar ondas cerebrais alfa, theta ou delta para ter a experiência
mística, que não é exclusividade de nenhuma religião.
MONÁDICO - hábito de ver e tratar tudo por unidades separadas e não por conjuntos
maiores interligados. É decorrência do paradigma cartesiano que com isso também cria o indi
vidualismo. No paradigma sistêmico triádico, se vê tudo em conjuntos mínimos de três até for
mar a rede global. É de triádico para frente. Monádico é viseira...
NEGUENTROPIA - Movimento da energia no sentido de mais organização, mais vida,
progresso, complexificação, o que gera a competição, a concorrência, a luta para ter sempre
mais. É o mesmo que maximocracia. Seu oposto é ENTROPIA: tendência à desintegração, à
regressão, à degradação, à falência, ao nada, que se diz também - minimocracia, minimalismo.
Entre esses dois polos do ímã energético pendulam todos os seres ou sistemas entre limites
chamados de homeostase ou de proporcionalidade. Forçando muito esses limites para mais, o
sistema explode; forçando muito para menos, o sistema implode.
NÍVEIS - A tendência maximocrática dos três lados da energia e os subgrupos daí de
correntes, alimenta a competição, que vai formando hierarquias. Hierarquia é uma pilha de po
sições ou escalões, superiores e inferiores, de ascendência e subordinação. Hierarquização, di
ferenciação de níveis, é um fenômeno normal. O anormal é o excesso de degraus, que resulta
em excesso de verticalização, criando desproporção na divisão e remuneração de tarefas. Em
Cibernética Social, os níveis são reduzidos a 4. Representamos os níveis de agendonomia e os
níveis de partilha de satisfatores assim:
que, baseando-se em que princípios, em que crenças? Para que, qual o resultado esperado e
quais os critérios de avaliação?
Na Qualidade Total são os 5 “W” + um “H”.
OPERACIONALIZAR - detalhar uma tarefa pelos quatro operacionais. Não é, ainda, a
realização; é a preparação. Realizar indica-se por - implementação, implantação, execução do
plano, fazer acontecer.
PADRÕES/normas - São referências de limite ou de aproximação que indicam ou ex
ternam critérios de excelência em produtos, ações, serviços, etc. Nos programas de qualidade,
fala-se em padrões de qualidade.
PARADIGMA - conjunto de tradições, regras e princípios instalados em nosso cérebro
para sentir, interpretar e operar a si mesmo e ao meio ambiente. Para isso, nosso cérebro foi
treinado ou programado pela família e pela sociedade. A mente precede à sensação, ao co
nhecimento, à ação, a tudo; por isso impõe sua marca privativa em cada percepção. O equi
pamento mental precede e condiciona nosso sentir, pensar e agir. Os paradigmas gerais, den
tro dos quais as famílias e sociedades nos programam, são a religião - lei da salvação sobrena
tural; o capitalismo - lei da salvação do mais forte; e o socialismo - lei da salvação pela iguala
ção econômico-política.
PARAUTONOMIA - é a não dependência. Mas não é autonomia absoluta; é o grau de
liberdade, autocondução ou autonomia proporcional diante dos outros dois subgrupos. Não
existe independência; existe busca da interdependência proporcional, compensatória para os
três subgrupos.
PARCERIAS - Trata-se de uma relação de entendimento profundo, pactos, convênios,
acordos, em que instituições ou prestusuárias se comprometem, em conjunto, a desenvolver
partes de um mesmo serviço ou produto, com vistas ao produto final acabado. A terceirização
supõe isso, economia de rede, módulos de produção. No México, chama-se La Maquila.
PDCA - Sigla utilizada na bibliografia de Administração e Gestão da qualidade. Provém
do inglês; Plan – planejamento; D - execução; Check – avaliação; e Action - nova ação, isto é,
novo ciclo incorporando as melhorias ou modificações sugeridas pela avaliação.
PONTO DE OURO - é ponto de divisão de um todo em módulos de 62% e 38%.
POSITIVAR - é tornar positivos os subgrupos, conseguir que sejam proporcionais, que
contribuam uns com os outros. Que sejam proativos, construtivos, mais que reativos ou obstru
tores, negativos.
PRESSURIZAÇÃO – é a graduação da competição, do esforço exigido num grupo,
empresa ou país para obter mais produtividade. Se a pressurização é forte ou demasiada, can
sa, desanima ou revolta as pessoas e grupos. Se é frouxa, cai a produtividade, pela lei do mí
nimo esforço. Considera-se que a empresa privada pressuriza demasiado pela meritocracia e,
que a empresa pública pressuriza demasiado pouco, como na promoção e ganho por tempo de
serviço, em lugar de por esforço ou mérito.
PRESTUSUÁRIO - palavra formada por "prestadio": alguém que presta serviços, que
faz oferta de algum bem; e "usuário": alguém que usa, é consumidor, que procura ou demanda
algum bem. Na visão sistêmica todos somos ao mesmo tempo prestadios/produtores e usuá
rios/consumidores. Então todos somos prestusuários, só que em níveis diferentes, com níveis
diferentes de responsabilidade e remuneração. Pensar que "trabalhador" é só o braçal ou o de
fábrica ou o empregado, já era. Até Alvin Toffler viu isso e criou a palavra prosumer (de produ
cer/consumer). Daqui em diante, chamaremos "prestusuária" qualquer organização seja ela
família, empresa, igreja...
PRINCÍPIO UNITRIÁDICO - postulado segundo o qual “por baixo e no centro” de tudo
há uma força estruturante-unificadora, atratora, que tudo organiza sobre e ao redor de um
chassis de três lados ou eixos. É uma generalização do princípio do átomo, estruturado em três
forças, sentidos, campos, etc. As religiões também se fundamentam sobre um princípio unitriá
dico que são as trindades
PROATIVO - a pessoa que propõe soluções, que toma iniciativas, que acredita, que é a
favor. É o oposto do "reativo" que só age em revide a algo, é do contra, negativo.
PRODUTIVIDADE - É o resultado da equação: faturamento dividido por custos. O au
mento - e esta é a luta - da produtividade é o alargamento da margem de ganhos, resultante
desta equação. Veja GANHOS.
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mo meio para vencer no jogo triádico, não existe pergunta nem resposta direta, verdadeira: só
comunicação tática, de tabela, despistamento, estratégia...
SOCIOGRAMA FAMILIAR ou Familiograma - é o estudo para descobrir quem procura
quem e por quem é procurado no grupo familiar, a partir da infância. O importante é cada um
conscientizar a quem esteve vinculado na infância como forma de sobrevivência e com quem
competiu ou se ficou indiferente. Essa matriz inconsciente será recorrente ou repetitiva na es
cola, no trabalho, na sociedade, no imaginário sobrenatural.
SUBGRUPOS - dentro de cada sistema, instituição, grupo, formam-se três correntes,
facções, linhas, tendências, ou subgrupos que chamamos:
Subgrupo oficial (porque predomina o cérebro central) - o que organiza, manda, contro
la, porque detém o poder e os meios de produção e sobrevivência;
Subgrupo antioficial (porque predomina o cérebro esquerdo) - o que se opõe ao oficial,
critica, quer inovar, mudar, fazer revoluções, porque tem visão de desajustes, irregularidades,
necessidades novas; é o aspirante a subgrupo oficial invertido no espelho ou no avesso do
mesmo bordado.
Subgrupo oscilante (porque predomina o cérebro direito) - o que fica entre os outros
dois, quer ser guiado, fica em cima do muro, perdido, esperando.
As relações de cooperação e competição nas três dimensões se chamam “jogo triádi
co”.
SUCEDÂNEO – apelar a fontes não humanas de satisfação produzida por endorfina -
animais de estimação, plantas, jogo, teleadicção, um esporte, bebida, drogas, etc. Substitutivo
ilusório do amor entre pessoas.
TERCEIRIZAÇÃO - É a visão menos verticalizada da produção. Uma empresa deixa de
fazer tudo e encomenda a terceiros a fabricação de partes para montagem de um produto final.
É um processo muito em voga, que tem também a intenção de reduzir os custos fixos das em
presas. Ver PARCERIA.
TRIÁDICO, UNITRIÁDICO, TRI-UNO - três elementos formando um todo chamado sis
tema triádico e determinando seu funcionamento como um jogo jogado por esses três elemen
tos entre si. Se forem dois, o conjunto será diádico - tipo opressor/oprimido, senhor/servo. Se
eliminarem a pluralidade, a divergência, o conjunto será monádico, ditatorial, dogmático. Por
pouco tempo, porque o jogo triádico é indestrutível e rebrotará com nova força.
TRICEREBRAR - palavra criada para indicar o uso dos três cérebros ou dos três pro
cessos - informação, criatividade, ação - integradamente, formando um ciclo que só se comple
ta quando se dão os três processos. O contrário se dirá: uso fragmentário do tricerebrar.
UPAYA-COACHING - processo técnico de desenvolvimento pessoal/grupal em que o
educador, pai, chefe, líder - orienta, puxa, provoca, coloca exigências ao educando, filho, em
pregado, seguidor, equipe para que façam esforço de auto-superação até chegar à emancipa
ção, à autocondução, ao autoprovimento. Upaya é conceito provindo da filosofia budista zen,
que se dá na relação entre mestre e discípulo. Coaching é conceito dos meios esportivos, signi
ficando o processo de um treinador para formar atletas/equipes de alto desempenho.
USUPRESTADIO – o mesmo que prestusuário, só que olhando o fluxo a partir do mo
mento do usuário, seguido de transformação e convertendo-se em prestadio.
VIOLÊNCIA - alguém forçando outros a fazerem coisas contra sua vontade ou contra
seus interesses. Os meios para isso são a força físico-econômica (pelo uso do cérebro central
violento), a força ideológica (pelo uso do cérebro esquerdo enganador) e a força emocional
moral (pelo cérebro direito “amoroso”). Esta última é a mais difícil de perceber e combater por
que está recoberta de aparências de afeto, de suavidade, de serviço que, na realidade, é tira
nia afetiva, crueldade mental, engano, suborno, doutrinação massacrante, chantagem emocio
nal, criação de complexo de culpa, é desqualificação, é ameaça com poderes mágicos, sobre
naturais, é terrorismo espiritual, é noofagia, inferiorização, resultando ao final em perda de au
toconfiança e autonomia. A violência emocional-moral é a mais destrutiva, a mais perigosa e a
mais bem disfarçada de todas as formas de violência, porque subjuga/anula/mata os três cére
bros da vítima.