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100 QUESTÕES DE
CONHECIMENTOS
PEDAGÓGICOS DA FCC
Curso Preparatório Prof Davi
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1. A ideia de autonomia de professores tem sido muito comum nos discursos pedagógicos; no entanto, seu emprego nem
sempre reflete uma clareza quanto ao seu significado. Para Contreras (2002), a autonomia não é um chamado à
autocomplacência, nem tampouco ao individualismo competitivo, mas a convicção de que um desenvolvimento mais
educativo dos professores e das escolas virá do processo democrático da educação, isto é, da tentativa de
(A) obter maior capacidade de intervir nas decisões políticas relacionadas à escola.
(B) construir uma autonomia democrática tendo em vista o local e o universal.
(C) obter cada vez mais espaços de independência e menos controle burocrático.
(D) construir uma autonomia profissional juntamente com a autonomia social.
(E) reinvidicar menos intervenção das famílias e da sociedade nas práticas escolares.
2. Para Tardif (2002), o saber dos professores traz em si mesmo as marcas de seu trabalho e esse saber não é somente
utilizado como um meio no trabalho, mas é produzido e modelado no e pelo trabalho. Trata-se, portanto, de um trabalho
(A) complexo, que envolve determinados saberes e habilidades que são aprendidos pelos professores, primeiro, na
formação inicial e, depois, na formação continuada.
(B) pedagógico, que envolve um conjunto de saberes, habilidades, competências e atitudes plurais e temporais
aprendidos no processo de formação inicial.
(C) multidimensional, que incorpora elementos relativos à identidade pessoal e profissional do professor, à sua situação
socioprofissional, ao seu trabalho diário na escola e na sala de aula.
(D) profissional, que incorpora um saber social que é atemporal embora reflexivo, em que o trabalhador se relaciona com
o conhecimento que é seu principal objeto de trabalho.
(E) multifacetado, que agrega as relações entre os conhecimentos produzidos pelos pesquisadores das ciências da
educação e os saberes mobilizados pelas práticas do ensino.
3. Perrenoud (2000) propõe um inventário das competências que contribuem para orientar a prática docente e as formações
iniciais e contínuas. Para o autor, a noção de competência designará uma capacidade de mobilizar diversos recursos
cognitivos para enfrentar um tipo de situação. Administrar a progressão das aprendizagens é uma das famílias de
competência reconhecida como prioritária no exercício da docência que mobiliza competências mais específicas como, por
exemplo:
I. conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos.
II. desenvolver a cooperação entre os alunos e certas formas simples de ensino mútuo.
III. observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem numa perspectiva formativa.
IV. fazer balanços periódicos do processo realizado e tomar decisões de progressão.
V. envolver os alunos em atividades de pesquisa e em projetos de conhecimento.
()
A I, IIe III.
(B) I, IIIe IV.
(C) I, IIIe V.
(D) IIe IV.
(E) IIe V.
4. Para Coll e Martín (2006), numa concepção construtivista a avaliação tem uma função reguladora no processo de ensino e
aprendizagem que implica conhecer o que cada um dos alunos já sabe, sabe fazer e é, e o que pode chegar a saber, saber
fazer ou ser, e como aprendê-lo. Nesse processo, cabe ao professor
(A) conhecer como os alunos aprendem ao longo do processo de ensino-aprendizagem para atribuir notas ou conceitos
que retratem o desempenho do grupo e os resultados obtidos.
(B) identificar as necessidades de cada aluno, incentivá-los a realizar o esforço que lhes permita continuar progredindo e
comunicar à família os resultados finais.
(C) confiar e demonstrar confiança no esforço dos alunos, devolvendo-lhes a avaliação de seu próprio progresso por
meio de conceitos que retratem seu desempenho.
(D) desenvolver uma atuação na aula em que as atividades e os próprios conteúdos de trabalho se adequarão constan-
temente, tendo como referência o planejamento.
(E) informar aos alunos os critérios e os instrumentos utilizados para avaliá-los e observar, ao final do processo, os
fatores que interferiram no desempenho da turma.
5. Para Vasconcellos (2003), a preocupação fundamental no que diz respeito aos instrumentos de avaliação, buscando
superar a ênfase seletiva, é referente à
(A) necessidade de articular os instrumentos com os conteúdos ensinados e aprendidos.
(B) necessidade de construir instrumentos que auxiliem a aprendizagem dos alunos.
(C) mudança de postura em relação às finalidades da educação e da avaliação.
(D) importância de cobrir uma amostra significativa de todos os conteúdos ensinados.
(E) necessidade de usar uma linguagem compreensível, para salientar o que se deseja.
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7. Currículo pode ser entendido como a referência básica para que se possa
(A) indicar quais são os conhecimentos verdadeiros, distinguindo-os daqueles que não precisam ser repassados às
novas gerações.
(B) nortear a ação docente, no sentido de divulgar as informações mais úteis e precisas aos alunos.
(C) comprometer os professores com um ensino rico e variado, imprescindível à constituição de sociedades igualitárias.
(D) arrolar a lista de informações a serem preservadas no tempo e no espaço, na medida em que adquiram caráter
universal.
(E) ampliar, localizar e contextualizar os conhecimentos acumulados pela sociedade ao longo do tempo.
8. As linguagens, prioridades na concepção da Proposta Curricular do Estado de São Paulo, são entendidas como formas de
(A) dominar os conceitos científicos e tecnológicos.
(B) valorar o real e fazer escolhas adequadas.
(C) compreensão e ação sobre o mundo.
(D) representação simbólica, como o desenho e o jogo.
(E) pensar as relações sociais de maneira não ideológica.
9. Competências e habilidades precisam ser desenvolvidas na escola, uma vez que são elas que permitem aos alunos
(A) alocar significado às suas vidas, orientando-os na escolha de rumos de ação compatíveis com suas metas.
(B) enfrentar problemas e agir de modo coerente diante das múltiplas possibilidades de solução.
(C) valorizar a vida escolar, aquilatando os aspectos curriculares, as qualidades dos docentes, a riqueza da interação
entre pares.
(D) aprender a se comprometer com a tomada de decisão e com as ações capazes de impulsionar a própria vida e os
rumos da nação.
(E) distinguir o certo do errado, adotando um ponto de vista ético, no qual se busque igualdade, liberdade e justiça para
todos.
10. No texto “Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação” (2007), Álvaro Chrispino
defende a tese de que a causa primordial da violência escolar tem relação com
(A) as mudanças sociais que afetam as relações de poder na escola, uma vez que os dispositivos utilizados na cultura
escolar que garantiam a autoridade pedagógica e a manutenção da ordem não são mais adequados para assegurar a
autoridade pedagógica.
(B) a formação dos professores, especialmente a inicial, que não prepara o docente para compreender as manifestações
e causas dos conflitos, bem como não fornece ferramentas para a resolução de conflitos no contexto da sala de aula
e da escola.
(C) a ausência de uma gestão democrática, quando a direção não desenvolve um trabalho cooperativo e a equipe
escolar não vê o conflito como algo que deva ser investigado, compreendido e mediado.
(D) as famílias dos alunos, que não têm cumprido com o seu papel de garantir a formação moral, os bons costumes, os
bons modos de crianças e jovens tidos como essenciais ao convívio social e ao processo de ensino-aprendizagem.
(E) a massificação da educação, pois a escola passou a reunir no mesmo espaço alunos com diferentes vivências,
expectativas, valores, culturas e hábitos que são causadores de conflito que, quando não trabalhados, provocam
manifestação de violência.
11. A Proposta Curricular do Estado de São Paulo para os níveis de Ensino Fundamental II e Médio tem como princípios
centrais a escola que aprende, o currículo como espaço de cultura, as competências como eixo de aprendizagem, a
prioridade da competência de leitura e de escrita, a articulação das competências para aprender e a contextualização no
mundo do trabalho.
Em relação ao princípio “a escola que aprende”, é correto afirmar que a
(A) capacidade de aprender terá que ser trabalhada especialmente com os alunos por meio da reflexão.
(B) vantagem de ser uma escola que aprende é a legitimação do conhecimento dos profissionais do ensino.
(C) tecnologia nem sempre facilita a viabilização das práticas ideais, de ações visando o trabalho coletivo.
(D) formação de uma “comunidade aprendente” deve ter como ponto de partida o trabalho colaborativo.
(E) escola que aprende precisa contar com recursos para promover mediações e resolução de conflitos.
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12. No Caderno do Gestor, volume 3, de 2009, destaca-se a importância das reuniões finais de conselhos de classe e série
para a reflexão sobre o que de fato aconteceu durante o ano e para a projeção das ações para o próximo ano. Diferentes
da Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), os conselhos de classe e série
(A) precisam identificar a situação de cada aluno para definir os que prosseguirão na série subsequente.
(B) têm que oferecer condições para que os alunos tenham garantida a promoção automática.
(C) precisam refletir sobre o seu papel com vistas a identificar os responsáveis pelo fracasso dos alunos.
(D) têm que avaliar se a escola atingiu bons resultados e encaminhar os casos mais críticos para recuperação final.
(E) têm status próprio que lhes confere o poder decisório de interferir na Proposta Pedagógica da escola.
13. Vivemos numa sociedade dinâmica. A partir desta constatação, Andy Hargreaves, na obra O ensino na sociedade do
conhecimento: educação na era da insegurança (2004), examina o significado da sociedade do conhecimento, sua
importância e seu sentido para os professores de hoje. Nesse livro, o autor fala em escola total e professor total, ambiente
e profissional voltados para a cultura cooperativa, na qual
(A) a interdependência forma o cerne das relações entre professores, fazendo com que cada um se sinta parte do grupo
e de um trabalho em equipe.
(B) o professor deve desenvolver capacidades para inovação, flexibilidade e o compromisso com a transformação,
essenciais à prosperidade econômica.
(C) o isolamento profissional deve ser combatido e cada professor deve se responsabilizar em desenvolver suas
capacidades de inovação.
(D) a escola deve combater muitos dos imensos problemas criados pelas sociedades do conhecimento e deve estar a
serviço da criatividade.
(E) o trabalho coletivo é fundamental para a noção de sociedade aprendente que poderá compor ou não uma sociedade
de aprendizagem.
14. A Instrução CENP no 1/2010, de 11 de janeiro de 2010, que dispõe sobre estudos de recuperação aos alunos do Ciclo II do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio, nas escolas da rede pública estadual de ensino, estabelece as competências e
atribuições dos docentes responsáveis pela recuperação. NÃO é de responsabilidade do professor
(A) realizar uma avaliação diagnóstica dos alunos encaminhados para recuperação, com vistas a um maior detalhamento
das dificuldades apresentadas preliminarmente pelo professor da classe.
(B) oferecer atendimento individualizado de estudos de recuperação paralela para atender às dificuldades/necessidades
indicadas pelas famílias dos alunos.
(C) encaminhar, ao final do período em que o aluno esteve submetido a estudos de recuperação, os resultados alcançados.
(D) cuidar dos registros das atividades desenvolvidas com os alunos, em especial, apresentando relatório circunstanciado
quando de se tratar de atendimento individualizado.
(E) utilizar estratégias diversificadas propondo as atividades a serem vivenciadas pelos alunos, sugeridas no material de
apoio, como também usar os materiais disponíveis na Sala Ambiente de Informática da escola.
15. Duas meninas, da mesma turma, saíram muito entusiasmadas da aula, conversavam sobre o que estavam aprendendo e
foram questionadas por colegas de outra turma sobre o motivo de tanto entusiasmo. Eles queriam saber como eram as
aulas dessa tal professora Luiza que era muito elogiada pelos alunos. As duas foram logo contando: “A aula dela é muito
gostosa porque todo mundo tem o mesmo direito de participar e falar, dar opiniões; não fica assim, de deixar os alunos
meio isolados, pelo contrário”. E a outra menina complementa: “E na hora de explicar ela explica de um jeito que não tem
jeito de não entender. Quando ela está explicando, ela está conversando com os alunos e ela pede muito a opinião da
classe inteira. É um jeito muito fácil de aprender”.
O encontro cotidiano entre professores e alunos em sala de aula envolve um conjunto de fatores necessários para facilitar a
aprendizagem. No caso da professora Luiza, as alunas colocam em destaque a sua habilidade em
(A) estabelecer os vínculos entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios e determinar o que deve constituir o
ponto de partida das aulas.
(B) promover o trabalho independente por meio de situações em que possam se atualizar e utilizar autonomamente os
conhecimentos construídos.
(C) criar oportunidades para os alunos expressarem suas próprias ideias e selecionar os aspectos relevantes e os que
devem ser descartados.
(D) gerar um ambiente em que seja possível que os estudantes se abram, façam perguntas, e aproveitar, quando
possível, as contribuições dos alunos.
(E) contar com as contribuições e os conhecimentos dos alunos, estabelecer um ambiente favorável, além de criar uma
rede comunicativa na aula.
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16. De acordo com Jacques Delors, a educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Essa perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar
(A) as reformas educativas, ou seja, tanto a elaboração de programas como a definição de novas políticas pedagógicas.
(B) os professores, ou seja, a definição de suas metas nos planos de aula e também a dos processos de avaliação.
(C) as comunidades em que as escolas estão inseridas, para que possam reivindicar o cumprimento de tais princípios.
(D) as equipes gestoras, para que ofereçam uma educação democrática, voltada para o desenvolvimento de todos os
alunos.
(E) a divisão tradicional dos tempos e espaços, para que eles possam corresponder às exigências do mundo
contemporâneo.
17. O conceito de educação ao longo da vida ultrapassa a distinção bem conhecida entre educação inicial e educação
permanente e, segundo Delors, aproxima-se de outro conceito frequentemente proposto, que é o da
18. Refletir a respeito da produção de conhecimento do aluno, buscando encaminhá-lo à superação, ao enriquecimento do
saber, significa desenvolver uma ação avaliativa
(A) contínua.
(B) mediadora.
(C) científica.
(D) supervisora.
(E) tradicional.
19. Segundo Hoffmann (2001), existem quatro dimensões que envolvem o processo avaliativo. A primeira dimensão se refere
ao contexto sociocultural do aluno, a segunda aos saberes significativos e a terceira às questões epistemológicas do
aprender. A quarta dimensão diz respeito
o
20. Instituída pela Lei Complementar n 1.078, de 17 de dezembro de 2008, a Bonificação por Resultados a ser paga aos
servidores em efetivo exercício na Secretaria da Educação, decorrente do cumprimento de metas previamente
estabelecidas, visa
21- A escola é um direito; todos devem ter acesso a um local onde aprofundem sua capacidade de criadores e elaboradores de
conhecimentos [...]. A escola pode ser um espaço em que as desigualdades sociais sejam suspensas, propiciando uma
convivência democrática entre iguais.
Para que isso aconteça é preciso que a
(A) comunidade escolar (profissionais da escola, alunos e famílias) construa uma proposta educacional e a mantenha em
permanente discussão, visando consolidar as condições para que isso ocorra.
(B) prática educativa transfira a democratização do ensino do espaço público de participação social para o plano
individual, para que todos possam ter respeitada sua liberdade de pensamento.
(C) escola perceba seus limites, procurando consubstanciar sua função primeira de socialização do acúmulo histórico
cultural da sociedade.
(D) proposta curricular da escola proponha conhecimentos dirigidos às diferentes aptidões a preencher numa sociedade
globalizada.
(E) prática da liberdade construída na escola seja identificada com a esperada e realizada na sociedade nos seus
diferentes espaços culturais.
22- O conhecimento científico não deve se tornar verdadeiro em si mesmo, é preciso voltar constantemente à realidade e à
experimentação para demonstrar sua validade. No entanto, muitas vezes, os conhecimentos são apresentados, de
forma autoritária, como verdades acabadas, desligadas da realidade. Em geral, isso ocorre pelo uso que é feito dos
livros didáticos e, mais recentemente, pelo uso de sistemas apostilados, que passam a ser usados como guias
exclusivos e determinantes da seleção dos conteúdos escolares.
a. o conhecimento científico é reconhecido como o pensamento verdadeiro que possibilita o desenvolvimento integral de
todos os alunos, nas suas diferentes fases.
b. a escola desenvolve efetivamente sua função equalizadora, uma vez que oferece oportunidades iguais de obtenção
de um conhecimento uniforme e de qualidade a todos alunos.
c. a escola já conseguiu construir um projeto pedagógico e pode definir qual conhecimento o aluno deve ter domínio,
qual saber é importante ou essencial para merecer estar relacionado na organização curricular.
d. o conteúdo escolar torna-se elemento central na formação da autonomia de pensamento de todos os alunos,
promovendo assim um ensino de qualidade.
e. a escola perde uma parte fundamental de sua função, que é ser um local de criação e elaboração de conhecimentos,
para tornar-se mera reprodutora de um conhecimento, muitas vezes distorcido, simplificado ou dogmático.
o
23- O Conselho Escolar, de acordo com a Lei n 6.662/1991, tem como objetivo, dentre outros,
a. consolidar seu trabalho pela atuação específica dos profissionais da educação, e não daqueles que ignoram o co-
nhecimento pedagógico necessário para a elaboração de um projeto educativo.
b. constituir-se numa forma de organização institucional dada por dois segmentos escolares: direção e equipe técnica,
para funcionar de fato.
c. garantir a democracia plena na gestão financeira da unidade, naquilo em que ela tem autonomia em relação à receita
e as despesas.
d. atuar colegiadamente, com a participação de toda a comunidade escolar, mas onde a direção da escola tem a
responsa- bilidade de apresentar as alternativas para a resolução dos problemas da escola.
e. ser um órgão consultivo que atua com a participação democrática de pais, alunos e professores, mas mantém a
decisão final sob responsabilidade da direção.
24- A União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão da receita resultante de impostos, na manutenção e
desenvolvimento do ensino público, o que consta nas Constituições Federal, Estaduais ou Leis Orgânicas, mas nunca
menos, respectivamente, de:
26- De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é direito dos pais ou responsáveis
a. registrar formalmente no Conselho Tutelar as punições dos professores aos alunos.
b. ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
c. participar da elaboração do regimento escolar para definir as regras disciplinares dos alunos.
d. participar do Conselho Municipal de Educação representando a escola de seus filhos.
e. integrar a comissão de avaliação para participar da decisão sobre aprovação ou retenção de alunos.
27- Segundo Piaget, a evolução da inteligência e, por conseguinte, dos conhecimentos tem, como essencial fonte,
as regulações advindas de situações perturbadoras.
Nessa tese está presente
a. a aquisição de habilidades e competências como fundantes do desenvolvimento.
b. o conhecimento como base para a aquisição da aprendizagem.
c. a necessidade da inteligência no processo de desenvolvimento sensorial.
d. o conflito como o fundamento central da aprendizagem.
e. a importância do erro na aprendizagem e no desenvolvimento.
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28- Embora já se saiba que as principais causas da evasão e da reprovação não se encontram necessária e
exclusivamente na criança, a prática diagnóstica continua se caracterizando por focalizar seu olhar na criança,
culpabilizando-a pelo seu fracasso.
Esta afirmação refere-se à produção do fracasso escolar dada pelos mecanismos
a. de ausência de condições básicas do aluno para a aprendizagem.
b. da deficiência cultural das famílias mais pobres.
c. institucionais de avaliação e nas relações cotidianas que perpassam o dia a dia das escolas públicas.
d. da aprendizagem que só ocorrem na presença de determinadas características genéticas.
e. desiguais de compensação das condições de interesse e motivação em sala de aula.
29- ___________________________________________________________________________________________________________________
30- As notas são comumente usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, onde a maior
ênfase é dada à comparação de desempenhos e não aos objetivos instrucionais que se deseja atingir. O aluno é
classificado como inferior, médio ou superior quanto ao seu desempenho e muitas vezes fica preso a esse estigma, não
conseguindo desvelar seu potencial.
o
32- De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (Lei n 9.394/96), o dever do Estado com a educação escolar pública
será efetivado mediante a garantia, dentre outras, de
a. vaga em escola pública de educação básica mais próxima a sua residência, em qualquer idade.
b. educação infantil de zero aos 6 (seis) anos de idade, ensino fundamental e ensino técnico profissional.
c. educação infantil a partir dos 3 (três) anos de idade e ensino fundamental obrigatório e gratuito.
d. atendimento, somente ao educando do ensino fundamental, de programas suplementares de transporte, alimentação
e assistência à saúde.
e. educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte
forma: pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.
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31.Referenda basicamente a autoridade do professor. Assim, este exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entr
A descrição acima refere-se à concepção de educação
(A)tecnicista.
(B)libertária.
(C)progressista.
(D)conservadora.
(E)renovada não-diretiva.
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32.Pensar numa escola autônoma e lutar por ela é dar um sentido novo à função social da escola e do educador (...) O princípio da gestão
Segundo Moacir Gadotti, a educação para a cidadania dá-se
(A)quando o diretor da escola assim o permitir.
(B)na participação no processo de tomada de decisão.
(C)na realização de cursos aos alunos e pais de uma escola.
(D)na discussão sobre o papel da escola, realizada pelo conselho de escola.
(E)a partir da organização dos alunos em grêmios e dos professores em seus sindicatos.
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33.De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (Lei n° 9394/96-LDB), o Ensino Fundamental tem por objetivo a form
o
34.A Resolução CEB n 2/98 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, define como base
nacional curricular as seguintes áreas do conhecimento:
()
A I, II, IIIe V.
(B) I, II, III, Ve VI.
(C) II, III, IVe VII.
(D) I, II, III, IVe VI.
(E) II, III, IV, V, VIe VII.
_
35.A ausência de um processo de planejamento do ensino nas escolas, aliada às demais dificuldades enfrentadas pelos
docentes no exercício do seu trabalho, tem levado a uma contínua improvisação pedagógica nas aulas.
(A) organizar seu trabalho de acordo com o plano pedagógico instituído pela escola.
(B) cumprir com o planejamento de ensino organizado pelas equipes técnicas da escola.
(D) preparar suas aulas conforme o diagnóstico perma- nente realizado junto aos alunos de sua sala de aula.
(E) elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.
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36. Segundo Luiz Antônio Cunha, o dualismo do sistema de educação brasileiro vem sendo considerado um obstáculo ao
seu desenvolvimento porque
(A)esta questão não tem sido reconhecida como objetivo de políticas educacionais.
(B)inexiste a preocupação dos governantes em relação à resolução deste problema.
(C)persiste a resistência daqueles que se beneficiam do sistema vigente, até hoje.
(D)as políticas educacionais não se propõem a organizar a gestão democrática nas escolas.
(E)inexistem projetos educacionais que tenham como objetivo o acesso da população à escola pública.
21- ___________________________________________________________________________________________________________________
37. A escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com aptidões individuais.
Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, através do
desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classe, pois, embora
difunda a idéia de igualdade de oportunidade não leva em conta a desigualdade de condições.
A educação e a escola a que se refere o texto acima representam concepções e tendências da Educação no Brasil da pedagogia
(A)liberal.
(B)construtivista.
(C)progressista libertária.
(D)progressista libertadora.
(E)crítico-social dos conteúdos.
21- ___________________________________________________________________________________________________________________
38. Historicamente, o ensino obrigatório ficava restrito ao período necessário ao domínio da habilidade de ler, escrever e contar.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (no 9.394/96), observa-se um alargamento nesta concepção,
constituindo a Educação Básica em:
(A)pré-escola – ensino fundamental – ensino superior.
(B)ensino fundamental – ensino médio – ensino superior.
(C)pré-escola – ensino fundamental – educação de jovens e adultos.
(D)educação infantil – ensino fundamental – ensino médio.
(E)educação especial – educação infantil – educação de jovens e adultos.
21- ___________________________________________________________________________________________________________________
39. Segundo Maria Teresa Mantoan, a adesão à inclusão exige dos educadores a compreensão de que os alunos são
diferentes uns dos outros e que os ambientes inclusivos devem concorrer para estimular os alunos, em geral, a se comportarem
(A)disciplinadamente, para que se possa desenvolver atividades iguais para todos os alunos.
(B)naturalmente, para que o professor possa atender individualmente todas as dificuldades dos alunos.
(C)passivamente, para que o professor possa desen- volver seu planejamento de aula.
(D)espontaneamente, diante das dificuldades cogni- tivas, sem a preocupação constante de produção de conhecimento.
(E)ativamente, diante dos desafios do meio escolar, abandonando os estereótipos, os condicionamentos, as dependências.
21- ___________________________________________________________________________________________________________________
40.Para Paulo Freire, ensinar é desafiar os educandos a que pensem sua prática, a partir da prática social, e com eles (os educandos),
em busca dessa compreensão, estudar rigorosamente
(A)os parâmetros curriculares nacionais.
(B)a teoria da prática.
(C)os conteúdos do núcleo comum dos currículos das escolas.
(D)a metodologia dos conteúdos.
(E)a dinâmica do mercado de trabalho._
21- ___________________________________________________________________________________________________________________
41.Segundo José Carlos Libâneo, a primeira condição para se realizar um planejamento é saber com segurança a
(A)grade de conteúdos que se irá ensinar aos alunos.
(B)metodologia de trabalho a ser adotada em sala de aula.
(C)organização disciplinar de cada série e o perfil dos professores.
(D)direção que queremos dar ao processo educativo na nossa sociedade.
(E)noção do que é plano, planejamento, programa e projeto e suas etapas.
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42. Na verdade, esses professores, ao resistirem a uma mudança que não corresponda às suas condições materiais de trabalho,
acabam definindo, dentro de um espaço fora do controle do Estado – a sala de aula – o que se deve ensinar.
Segundo João Baptista Bastos, o plano prioritário da escola é o de gestão; no entanto, as condições materiais desumanas do
trabalho escolar podem gerar
(A)não só o conformismo, mas também sentimento de impotência dos educadores.
(B)contraditoriamente, a construção de um projeto pedagógico adequado à realidade dos alunos.
(C)um trabalho coletivo, mas corporativista pois consegue envolver somente parte dos professores.
(D)principalmente, um projeto pedagógico de má quali- dade pela falta de competitividade.
(E)o descompromisso de professores com baixa capa- cidade técnica de ensinar.
43. A valorização dos profissionais da educação, através da garantia de "aperfeiçoamento profissional continuado,
inclusive com licenciamento periódico remunerado para este fim"; de "período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
incluído na carga de trabalho", bem como de "condições adequadas de trabalho", dentre outros aspectos, está prevista
(A)na Constituição Federal/1988.
(B)na Constituição Estadual de Sergipe.
(C)na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - no 9.394/96).
(D)na Emenda Constitucional no 14/96.
(E)no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
_
44. “Algumas vezes se abandona a escala de 6 a 10 ou de A a E ou deixa-se de utilizar conceitos como „ótimo‟, „bom‟
ou „regular‟ onde o contexto escolar adquire um certo grau de liberdade, mas os processos pedagógicos continuam vinculados
a um produto previamente determinado.”
O texto acima de Maria Teresa Esteban faz referência às muitas das propostas atuais de avaliação que mantêm o
estabelecimento de parâmetros com os quais as respostas dos alunos devem ser comparados
(A)para se desenvolver uma avaliação emancipatória.
(B)e não rompem com a prática de avaliação classifica- tória.
(C)visando a realização de uma avaliação diagnóstica.
(D)visando uma aprendizagem significativa, a partir do erro construtivo.
(E)e organizadas de forma a oferecer a idéia exata do rendimento dos alunos.
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45. De acordo com o artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/90), serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar os casos de:
I.problemas indisciplinares.
II.casos de doenças contagiosas.
III.maus tratos envolvendo alunos.
IV.reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares.
Segundo Miguel Arroyo, a transgressão de formas de gestão tão centralizadas e normatizadas tem o sentido de um aprendizado: o
aprendizado da
(A)relações raciais só podem ser trabalhadas direta- mente com a pessoa envolvida.
(B)toda pessoa já nasce geneticamente preta ou bran- ca, não adianta mudar a cor.
(C)definição do significado de ser negro, branco ou amarelo é de ordem pessoal.
(D)quem define o significado de ser negro, branco ou amarelo é a sociedade.
(E)diante de situações não compreendidas, o melhor é buscar ajuda de um psicólogo.
48.Como pensar uma pedagogia para a paz, se os livros de escola centram no Ocidente europeu a vocação do humano, e
deslocam para “todos os outros” o lugar do exótico, do “sub”, do atrasado ou do disfarçadamente perverso?
Segundo Carlos Rodrigues Brandão, é indispensável repor a verdade na pedagogia. Torná-la crítica, como reclamam hoje todos
os seus pensadores e praticantes,
(A)I, apenas.
(B)II, apenas.
(C)III, apenas.
(D)I e II, apenas.
(E)I, II e III._
______________________________________________
49.A escola que nos foi legada pela sociedade ocidental mo- derna começou por separar adultos de crianças, católicos de
protestantes. Ela também se fez diferente para os ricos e pobres e ela imediatamente separou os meninos das meninas.
Sobre a construção escolar das diferenças, Guacira Lopes Louro nos afirma que a escola
(A)procura sempre trabalhar com respeito à diversi- dade.
(B)produz diferenças, distinções, desigualdades.
(C)já sabe lidar com as diferenças existentes entre os alunos.
(D)organiza seu currículo a partir da diferença que ela mesma criou.
(E)atualmente não é produtora de diferenças, mas tra- balha a partir da diferença.
________________________________________________
50.Estudos sobre Escola e Violência evidenciaram que a problemática das diferentes manifestações da violência no cotidiano
escolar é complexa e multidimensional.
______________________________________________
Para Jussara Hoffmann, essas polêmicas sobre avaliação fazem parte de uma excessiva preocupação, de educa- dores e leigos,
em relação a questões de caráter buro- crático, como:
______________________________________________
52.Paulo Freire afirma que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da
leitura daquele e, também, que a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma
53.Vários autores evidenciam a inevitável flexibilidade das fronteiras entre os dois campos de conhecimentos e prá- ticas: o
currículo e a formação do professor.
Antônio Flávio Moreira afirma que o currículo só se mate- rializa no ensino, no momento em que
54.Conhecer é captar e interpretar a realidade (...) se conhecer é captar e interpretar a realidade, nós podemos tanto captar errado
como entender errado, o que significa que faz parte da idéia de conhecer duas outras noções. O conhecer correto/certo, ter a
certeza e o erro fazem parte do processo de conhecimento, não existe processo de conhecimento sem incertezas e erros.
Segundo Mario Sergio Cortella, fazem parte do processo de conhecimento o
(A)acerto e o erro.
(B)método certo a ser ensinado.
(C)trabalho do professor em escolher certo os conteú- dos.
(D)entender certo e a certeza do significado do conhe- cimento adquirido.
(E)modo como o aluno abstrai o conhecimento e as dificuldades encontradas.
55 - preender, ver,
(Carlos Skliar)
Em uma sociedade norteadora por (pré)conceitos e exigências desumanizantes, o que prevalece é uma atitude egocêntrica em
que a maior vítima é o OUTRO. E, esse outro, em nosso contexto, é o diferente que, em vista disso, sofre o preconceito, a
exclusão e a discriminação.
(SME, Caderno Temático de Formação 01)
(A)diversidade.
(B)alteridade.
(C)uniformidade.
(D)responsabilidade.
(E)comunicabilidade.
56 continuo pensando que para falar de mudanças na educação é necessário, primeiro, um profundo silêncio, uma longa espera,
uma estética não tão pulcra, uma ética mais desalinhada (...) abandonar a homodidática para heterorrelacionar-se.
Em muitos casos, a participação está vinculada apenas à execução de tarefas (limpar a escola, cortar grama, costurar e lavar
cortinas, auxiliar de diferentes formas a festa) em horários e situações estratégicas estabelecidas pela Unidade Educa- cional.
Como é possível fazer parte sem tomar parte na elaboração do Projeto Político-Pedagógico, na constituição do Conselho de
Escola, do Grêmio Estudantil e demais conselhos/colegiados? As formas de participação que predominam nas instâncias de
decisão revelam a concepção de currículos de que estamos tratando?
(SME, Revista Educação 05)
(C)a gestão democrática pode gerar projetos pedagó- gicos criativos e ousados.
(D)são e estão sendo construídas as relações de poder dentro de cada instância do sistema público.
(E)estão sendo construídos os currículos: com parti- cipação de professores junto à equipe técnica ou apenas pelos especialistas.
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_
58.Para Danilo Gandin e Luís Armando Gandin, um plane- jamento participativo distingue a
(A)realidade de sala e a realidade da Unidade Educa- cional.
(B)forma de pensar dos pais (senso comum) e a forma intelectual de pensar do professor.
(C)forma como a comunidade organiza um trabalho e a forma como os professores e técnicos conseguem organizar esse mesmo
trabalho.
(D)realidade do aluno atuante, participativo e os alunos que são obrigados a ir para a escola e estudar sem interesse e motivação.
(E)realidade global e a realidade específica da insti- tuição e, também, o agir em dois momentos: o do ideal do agir e o concreto do
agir.
_________________________________________________________________________
59.O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz por trás de sua casa se chama enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.
Trazendo a poesia como eixo para minha fala, estou ten- tando trazer o mundo das imagens para o centro da dis- cussão. Estou
trazendo para a mesa a experiência que envolve razão e emoção, onde o sujeito participa de corpo inteiro.
60.O professor, após o curso, volta à escola e não há muito o que fazer, pois esse tipo de formação se circunscreve no âmbito de
uma escolha individual, distanciada e desvincu- lada, na maioria das vezes, da realidade concreta das uni- dades escolares (...)
esses cursos têm resultados positi- vos no momento em que são freqüentados, mas depois, no “locus” de trabalho, o professor,
como único representante da escola, se encontra só e sem o devido apoio para trabalhar...
(SME, Revista Educação 02)
A reflexão acima identifica um problema encontrado quan- do não se pensa uma proposta de formação que incorpore um trabalho
(A)contínuo e sistemático de reflexão voltado para a identificação das situações-problema e suas causas, visando ações que
superem as que possam ser revertidas.
(B)dinâmico com a utilização de metodologias moder- nas que possibilite sensibilizar os educadores des- comprometidos com o
trabalho educativo.
(C) - nistas, não distanciadas do entendimento dos professores.
(D)organizado e planejado por equipe técnica compro- metida com a qualidade do ensino.
(E)sistemático de avaliação da prática educativa do pro- fessor.
________________________________________________________________________
61.Considere os desafios de uma escola.
I.Existência, no ensino fundamental, de elevado nú- mero de alunos com dificuldades no processo de construção da escrita e
letramento, portanto, preju- dicados em sua “leitura de mundo”...
II.Conflito existente entre sistema de ciclos e o tra- balho pedagógico baseado na seriação.
(D)diferentes faces de um desafio maior, que é a con- cretização de uma escola capaz de ensinar a todos, sem exclusões.
(E)provocados por dificuldades administrativas e de gestão que organizam os processos de formação dos educadores.
_
Como posso dialogar, se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim?
Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela?
Como posso dialogar, se temo a superação e se, só em pensar nela, sofro e definho?
(A)conteúdos e metodologias.
(B)alunos que querem realmente estudar.
(C)conteúdos curriculares de acordo com a clientela.
(D)trabalho dos alunos segundo sua capacidade e inte- resse em estudar.
(E)tempos e os espaços da escola, impondo um único ritmo de aprendizado a todos.
64.O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida. O salário
médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes (...) A mortalidade infantil permanece, a
despeito dos progressos médicos e da informação. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível (...) A perversidade
sistêmica que, está na raiz dessa evolução negativa da humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos comportamentos
competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas.
Segundo Milton Santos, todas essas malezas são direta- mente ou indiretamente imputáveis ao presente processo de
globalização. No entanto, a partir da constatação de reações perceptíveis na Ásia, África e América Latina e nos movimentos
populares, o autor admite ser possível
65.Sobre os resultados da pesquisa “Pobreza e Violência no Município de São Paulo”, de Marcio Pochmann, analise as
considerações abaixo.
I.Hoje a violência concentra-se em área de maior população, com moradores de menor renda e esco- laridade.
II.O combate à violência requer também uma melhor distribuição de renda e, sobretudo, o combate à pobreza.
III.O aumento da ocorrência de violência no município de São Paulo tem relação direta com a taxa de escolarização da população.
IV.Observa-se a presença de algum grau de relação entre a pobreza e a violência no município de São Paulo. Intui-se que,
provavelmente, o maior cresci- mento da pobreza abre portas à violência.
(A)I e II.
(B)I, III e IV.
(C)I, II e IV.
(D)II e III.
(E)III e IV.
69.Para que o acesso e a permanência ao Ensino Funda- mental sejam direitos de todos, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria, a Lei no 8.069/90 (ECA) prevê
(A)bolsa-escola aos alunos desempregados.
(B)redução do horário de trabalho para que os alunos freqüentem a escola.
(C)ensino de qualidade a todos, sem distinção de faixa etária, sexo ou cor.
(D)oferta do ensino noturno regular, aos maiores de 15 anos de idade.
(E)sistema diferenciado de avaliação, adequado às características cognitivas dessa clientela.
_
70.Para que se possa trabalhar na direção de repensar “saberes fechados”, incorporando outros saberes, o projeto político-
pedagógico de uma escola pode encontrar respaldo legal na LDB (Lei no 9.394/96) quando esta determina, para a organização
curricular do ensino fundamental e ensino médio, uma base nacional
(A)comum e uma parte diversificada exigida pelas ca- racterísticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
clientela.
(B)e uma parte diversificada voltada aos estudos da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico, natural
e social.
(C)que compreenda os estudos de língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade
social e política, especial- mente do Brasil.
(D)diversificada de acordo com a realidade da escola, atendendo ao princípio de “pluralismo de idéias e concepções pedagógicas”.
(E)comum voltada ao estudo da língua portuguesa e da matemática e uma parte diversificada, voltada ao conhecimento do mundo
físico, natural e da reali- dade brasileira.
_
71.Quanto à organização curricular na Educação Básica, a LDB (Lei no 9.394/96) determina que
(A)o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório.
(B)o ensino de língua estrangeira será componente cur- ricular opcional da escola.
(C)a educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, será ministrada por professor polivalente.
(D)o ensino de história e geografia constituirá a parte diversificada do currículo, com o objetivo de atender a realidade social e
política da região da escola.
(E)a escolha de conteúdos para a população rural de- verá seguir o currículo mínimo previsto na base na- cional comum definida
na lei.
72.Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos
humanos, materiais e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da edu- cação inclusiva.
(parágrafo único, art.3o)
Nos termos da Resolução CNE/CEB no 02/2001, por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um
processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais,
organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais
comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais,
O conteúdo programático (...) incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra
brasileira e o negro na formação da socie- dade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes à His- tória do Brasil.
A Lei no 10.639/2003 determina que os conteúdos refe- rentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão minis- trados no âmbito de
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
As informações I, II e III contém elementos de análise sobre uma das diretrizes norteadoras da ação da edu- cação da Prefeitura
do Município de São Paulo, a saber:
(A)Qualidade Social da Educação.
(B)Qualidade Total da Educação.
(C)Uma Escola para Todos.
(D)Escola Plural.
(E)Escola Cidadã._
75.São atribuições das Subprefeituras, respeitados os limites de seu território administrativo e as atribuições dos órgãos do nível
central:
76.O direito público subjetivo, conquista obtida na Constitui- ção Federal e referendada no art. 5o da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB (Lei no 9.394/96) para o acesso do ensino fundamental, significa que
(A)apenas o Ministério Público tem o poder de acionar o Poder Público para exigi-lo.
(B)qualquer cidadão, a partir de solicitação ao Ministé- rio Público, pode acionar o Poder Público para exigi- lo.
(C)apenas as organizações sindicais da educação, as entidades de classe, ou outra legalmente constituí- da, e, ainda, o Ministério
Público, podem acionar o Poder Público para exigi-lo.
(D)tanto as associações comunitárias, as organizações sindicais da educação, entidade de classe, ou outra legalmente constituída
como o Ministério Público, podem acionar o Poder Público para exigi-lo.
(E)qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de clas- se, ou outra legalmente
constituída, e, ainda, o Mi- nistério Público, podem acionar o Poder Público para exigi-lo.
_
77.Estão expressos na LDB:
I.participação dos profissionais da educação na ela- boração do projeto pedagógico da escola.
II.participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Estes princípios referem-se às
(A)incumbências dos docentes e dos pais em relação à ação educativa.
(B)obrigações dos profissionais e dos pais na orga- nização da escola.
(C)normas da gestão democrática do ensino público na educação básica.
(D)condições de realização do trabalho coletivo que a escola precisa efetivar.
(E)atribuições de ações que educadores e pais preci- sam realizar junto à direção escolar.
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78.Quanto à organização dos estudos de que trata o art.23 da LDB, a educação básica poderá organizar-se em séries anuais,
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência
e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o
recomendar.
Neste artigo, configura-se o princípio da
(A)isonomia.
(B)racionalidade.
(C)participação.
(D)flexibilidade.
(E)conformação.
79.Quanto ao financiamento da educação, o art. 69 da LDB, transcrevendo dispositivo da Constituição Federal, determina
que sejam aplicados anualmente na manutenção e desenvolvimento do ensino público, pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal e pelos Municípios, nunca menos do que os seguintes percentuais da receita resultante de impostos
compreendida as transferências constitucionais, respectivamente,
(A) 12%, 25% e 25%
(B) 15%, 25% e 30%
(C) 18%, 25% e 25%
(D) 18%, 25% e 30%
(E) 20%, 30% e 25%
_
80.De acordo com a LDB (art. 4o), aos alunos do ensino noturno é
(A)garantida a oferta de ensino regular, adequado às condições do educando.
(B)exigida a reorganização curricular de acordo com turno de trabalho do aluno.
(C)garantida a liberação de horário de estudos em época de provas, pelas empresas
(D)permitida a saída antecipada, uma hora antes do término das aulas, quando trabalhadores com jornada de trabalho
superior a seis horas diárias.
(E)facultada a exigência da freqüência mínima de 75% do total de horas letivas para aprovação.
83.De acordo com a LDB, a avaliação do desempenho do aluno deverá ser contínua e cumulativa, observando-se a
(A)prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais.
(B)prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados das provas finais.
(C)prevalência dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos a partir das avaliações nacionais.
(D)prevalência dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos nas avaliações bimestrais.
(E)ponderação entre os aspectos qualitativos e os quantitativos durante o período de aprendizagem, de modo a possibilitar
recuperação paralela durante o processo.
_
84.A finalidade de “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” (LDB – art. 22), refere-se
(A)ao ensino médio.
(B)à educação básica.
(C)ao ensino fundamental.
(D)à educação infantil e ensino fundamental.
(E)aos ensinos fundamental e médio.
_
85.A Constituição Federal de 1988 confere ao Ensino Médio o estatuto de direito de todos os cidadãos e a LDB lhe confere caráter
de norma legal como parte da Educação Básica, quando, por meio do art. 21, estabelece que a educação básica é formada pelos
seguintes níveis de ensino:
(A)ensino fundamental e ensino médio.
(B)ensinos fundamental e médio e a modalidade de educação especial.
(C)ensinos fundamental e médio regulares e na modalidade de educação de jovens e adultos.
(D)educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
(E)pré-escola, ensino fundamental e ensino médio técnico e tecnológico.
_
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86.As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Resolução CEB/CNE nº 3, de 26/06/98) estabeleceu que a base
nacional dos currículos do ensino médio será organizada nas seguintes áreas de conhecimento:
(A) Língua Portuguesa; Matemática e suas tecnologias; Ciências da Natureza; Ciências Humanas e suas Tecnologias.
(B) Linguagem, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Geo-Ciências e Ciências Hu- manas.
(C) Linguagem, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Físicas e Biológicas, Matemática e Ciências Humanas.
(D) Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas
Tecnologias.
(E) Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; Mate- mática; Ciências Humanas; Ciências Exatas e do Meio Ambiente.
88.Múltiplas propostas curriculares existem em curso no coti- diano das escolas [...] é importante entender o currículo como política
cultural que implica pensar em questões de gênero, raça/etnia, sexualidade, juventude, violência, tecno- logias, trabalho,
desemprego, lazer, entre tantas outras.
Estas idéias podem ser colocadas em prática tendo em vista o proposto na reforma curricular e na organização do Ensino Médio
quando explicita que é importante com- preender que a Base Nacional Comum não pode constituir uma camisa-de-força que tolha a
capacidade dos siste- mas, dos estabelecimentos de ensino e dos educandos de usufruírem da flexibilidade que a lei não só
permite, como estimula. Esta deve ser assegurada na
(A) organização do currículo elaborado pela escola, com ampla participação dos alunos e dos pais.
(B) escolha de um método de ensino a ser adotado pela escola, para o conjunto das disciplinas.
(C) organização dos conteúdos, na metodologia do pro- cesso de ensino-aprendizagem e na avaliação.
(D) postura do educador ao reconhecer o aluno como um produtor de conhecimento.
(E) avaliação diagnóstica realizada sistematicamente pelo professor. _
89.O trabalho é princípio educativo no ensino médio na medida e que proporciona a compreensão do processo histórico de
produção científica e tecnológica, como conhecimentos desenvolvidos e apropriados socialmente para a transfor- mação das
condições naturais da vida e a ampliação das capacidades, potencialidades e dos sentidos humanos.
Estas idéias se relacionam ao art. 1o da LDB, quando prevê que a Educação deverá
(A) dirigir-se à construção da escola unitária universa- lizada.
(B) vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
(C) voltar-se ao mercado de trabalho e à produtividade do país.
(D) propiciar formação geral e específica em todas as etapas de ensino.
(E) dispor-se à preparação profissional e desenvolvi- mento da cidadania.
Desenvolvimento do pensamento sistêmico [...] da criatividade, da curiosidade, da capacidade de pensar múltiplas alternativas
para a solução de problemas, da capacidade de abstração [...] do desenvolvimento do pensamento crítico, do saber comunicar-se,
da capaci- dade de buscar conhecimento.
Estas competências devem estar
93. Menos de 50% de toda a população de 15 a 17 anos está matriculada na escola e, destes, metade está no Ensino
Fundamental. Segundo os dados da UNESCO, o Brasil tem uma das mais baixas taxas de matrícula bruta nessa faixa etária [...]
Não é em virtude de seu tamanho e complexidade, nem mesmo dos muitos equívocos educacionais cometidos no passado [...]
Esse desequi- líbrio se explica também por décadas de crescimento econômico excludente, que aprofundou a fratura social e
produziu a pior distribuição de renda do mundo.
De acordo com a Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, a esse padrão de crescimento associa-se uma
desigualdade educacional que transformou em privilégio o acesso a um nível de ensino cuja univer- salização é hoje considerada
estratégica para a
(A) competitividade econômica e o exercício da cidadania.
(B) formação integral dos alunos.
(C) transformação desta lógica excludente, criando o ensino médio unitário.
(D) formação de sujeitos individuais e coletivos, que congrega em si a síntese do diverso.
(E) escola ativa e criadora conseguir o desenvolvimento
intelectual de seus alunos. _
Quando a LDB destaca as diretrizes curriculares específicas do Ensino Médio, ela se preocupa em apontar para um planejamento
e desenvolvimento do currículo de forma orgânica [...] num processo permanente de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade,
visando superar a
94.
(A) hierarquização do conhecimento e a dificuldade de aprendizagem que ela provoca.
(B) dificuldade do professor em preparar suas aulas e estimular sua formação permanente.
(C) organização por disciplinas estanques e revigorando a integração e articulação dos conhecimentos.
(D) concepção de educação tradicional que não aceita incorporar o conhecimento prévio do aluno, no currículo.
(E) organização curricular como um processo de con- trole da educação, bem como sua submissão a princípios do mercado. _
95.Para se dar o desenvolvimento do currículo de forma orgânica, no currículo do Ensino Médio, prevê-se o estudo
I. da educação tecnológica básica.
II. de conhecimentos específicos para o mundo do trabalho.
III. da compreensão do significado da ciência, das letras e das artes.
IV. do processo histórico de transformação da so- ciedade e da cultura.
V. da prática da educação física como parte do desenvolvimento integral.
VI. da língua portuguesa como instrumento de comuni- cação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania.
Está correto o afirmado, SOMENTE, em
(A) I, II, III e V.
(B) I, III, IV e VI.
(C) II, III, IV e VI.
(D) I, IV, V e VI.
(E) II, III, IV e V.
96. Ao tratar das dificuldades dos professores para motivar e ensinar os estudantes, Ira Shor, educador norte-americano, dialoga
com Paulo Freire, que responde:
Paulo: Você sabe, Ira, acho que todas essas coisas que você está dizendo neste momento estão ligadas a uma questão
epistemológica muitíssimo séria. (...) Por exemplo, se observarmos o ciclo do conhecimento, podemos perceber dois momentos, e
não mais que dois, dois momentos que se relacionam dialeticamente. O primeiro momento do ciclo, ou um dos momentos do ciclo,
é o momento da produção, da produção de um conhecimento novo, de algo novo. O outro momento é aquele em que o
conhecimento produzido é conhecido ou percebido. Um momento é a produção de um conhecimento novo e o segundo é aquele
em que você conhece o conhecimento existente. O que acontece geralmente, é que dicotomizamos esses dois momentos,
isolamos um do outro. Consequentemente, reduzimos o ato de conhecer do conhecimento existente a uma mera transferência do
conhecimento existente. E o professor se torna exatamente o especialista em transferir conhecimento. Então, ele perde algumas
das qualidades necessárias, indispensáveis, requeridas na produção do conhecimento, assim como no conhecer o conhecimento
existente. Algumas dessas qualidades são, por exemplo, a ação, a reflexão crítica, a curiosidade, o questio- namento exigente, a
inquietação, a incerteza – todas estas virtudes são indispensáveis ao sujeito cognoscente!
(Freire, Paulo; Shor, Ira. Medo e Ousadia: o cotidiano de professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986, p.18)
Esse diálogo entre os dois educadores coloca em evidência um modelo de atuação educativa que orienta o papel do professor em
que predomina a prática da transmissão. Tendo em conta as reflexões de Paulo Freire sobre o modelo de atuação do professor, é
correto afirmar que
(A) o trabalho do professor não deve ter relação com a pesquisa, mas apenas com a transmissão de conhecimentos aos
alunos.
(B) ao professor é necessário resgatar as qualidades de um investigador e integrar na prática educativa o ensino e a
pesquisa tanto para conhecer o que já existe quanto para a produção de conhecimento novo.
(C) os conteúdos escolares, desde que predefinidos, serão apreendidos pelos alunos sem que seja necessária a
preocupação com a produção de conhecimento em sala de aula.
(D) o aluno produz conhecimento sozinho, se houver ambiente favorável para o seu trabalho na escola.
(E) apenas o conhecimento novo deveria ser aprendido pelo aluno, pois o velho está superado.
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97. Considerando as relações entre escola e sociedade, Antonio Nóvoa alerta sobre os perigos da ideia de uma escola-
toda- poderosa, em que os professores estariam investidos de uma missão de moralização da sociedade; também aborda
aspectos da crise de identidade dos professores, defendendo que a saída da crise não está na multiplicação dos controles
externos, mas num trabalho de reflexão interno à própria profissão docente e conclui, afirmando que:
(...) uma nova relação entre escola e a sociedade tem de basear-se, simultaneamente, num respeito pelo direito das famílias e das
comunidades a participarem na acção educativa e num respeito pela autonomia e pelas competências profissionais dos
professores (...). Para que este investimento positivo tenha lugar é preciso assegurar, pelo menos, duas condições: a primeira é
que não seja negado às famílias, sobretudo às famílias dos meios populares, o direito de decidirem e de participarem na educação
dos seus filhos; a segunda é que os esforços de reforma educativa não tomem os professores como culpados da crise actual dos
sistemas de ensino.
(Nóvoa, Antonio. Relação Escola-Sociedade: novas respostas para um velho problema. In: Serbino, Raquel et.al. (orgs.) Formação
de Professores. São Paulo: UNESP, 1994, p.29)
De acordo com as ideias do autor, é correto afirmar que
(A) as famílias devem ser aproximadas do processo de educação promovido pela escola, inclusive na tomada de decisão sobre o
seu fazer cotidiano.
(B) os professores não devem influir sobre a política educacional que é de responsabilidade exclusiva dos governantes e dos
especialistas em educação.
(C) as famílias, pela baixa escolaridade, não têm condições de intervir na escolaridade de seus filhos.
(D) os professores devem promover a educação das famílias para que estas eduquem suas crianças.
(E) os professores devem assumir a culpa pela crise atual dos sistemas de ensino, pois sua formação é muito deficiente.
98. Azanha, em artigo intitulado “Proposta Pedagógica e Autonomia da Escola”, afirma que, em relação a esse tema, a Lei
no 9.394/96 representa um extraordinário progresso por ser a primeira vez em que autonomia escolar e projeto pedagógico
aparecem vinculados num texto legal. Sobre o projeto pedagógico o autor afirma:
O Artigo 12 (inciso I) estabelece como incumbência primordial da escola a elaboração e execução de seu projeto pedagógico e os
Artigos 13 (inciso I) e 14 (incisos I e II) estabelecem que esse projeto é uma tarefa coletiva, na qual devem colaborar professores,
outros profissionais da educação e as comunidades escolar e local.
(Azanha, J.M.P. Proposta Pedagógica e Autonomia da Escola. A escola de cara nova. São Paulo: SE/CENP, 2000. p. 19)
Considerando o que afirma o autor e as responsabilidades do professor em relação ao projeto político-pedagógico da escola,
assinale a alternativa correta:
(A) Os professores têm papel secundário na definição do projeto pedagógico da escola tendo em vista a participação de gestores
escolares, pais, alunos e comunidade.
(B) Os professores devem participar da elaboração da proposta pedagógica da escola; porém, devem agir segundo suas
convicções próprias, desenvolvendo plano autônomo de trabalho.
(C) Os professores têm papel central na definição do projeto pedagógico da escola e devem elaborar e cumprir plano de trabalho,
pois a pessoa traduz uma perspectiva coletiva da ação pedagógica.
(D) A LDB não confere responsabilidades aos professores para que participem da elaboração do projeto pedagógico da escola,
apenas garante o direito para que possam dela participar.
(E) Os professores devem atender às recomendações externas e, quando adequado, atender também àquelas internas, previstas
no projeto pedagógico da escola.
Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO corresponde ao pensamento do autor.
(A) O projeto político-pedagógico da escola deve ser construído pelo esforço coletivo e permanente dos educadores escolares.
(B) A clareza sobre os problemas da escola e uma visão ampla e articulada deles contribuem para o desenvolvimento do projeto
político-pedagógico da escola.
(C) Problemas estruturais e conjunturais da sociedade afetam a escola e precisam ser conhecidos para o desenvolvimento de
boas propostas para enfrentá-los.
(D) O projeto político-pedagógico da escola deve considerar aspectos de curto, médio e longo prazos, projetando as metas que se
deseja atingir.
(E) O processo de planejamento na escola deve partir de uma proposta educacional elaborada pelo Coordenador Pedagógico que
orienta a ação de cada educador.
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100. Cesar Coll problematiza a ação, interação e construção do conhecimento em situações educativas escolares.
Recuperando a visão mais recente da construção do conhecimento pelo aluno em contraposição àquela em que o aluno é simples
receptor do conhecimento, afirma:
No campo educativo esta mudança de perspectiva contribuiu, de um lado, para pôr em relevo o inadequado de alguns métodos de
ensino essencialmente expositivos que concebem o professor e o aluno como simples transmissor e receptor de conhecimentos,
respectivamente; e, de outro, para revitalizar as propostas pedagógicas que situam na atividade auto-estru- turante do aluno, isto
é, na atividade auto-iniciada e sobretudo autodirigida, o ponto de partida necessário para a verdadeira aprendizagem.
(Coll, Cesar. Aprendizagem escolar e construção de conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 1994. p. 100-103)
Um problema, no entanto, é o entendimento de que o papel do professor é secundário nesse processo. O autor afirma que a
vontade de ensinar pode ser concretizada de muitas maneiras diferentes – inclusive na decisão de não intervir de modo algum! –
mas, sem a presença do professor é impossível falar em verdadeiro ato educacional; pode ocorrer uma aprendizagem espontânea,
mas não um ato educacional.
A partir das preocupações do autor quanto a algumas práticas pedagógicas inspiradas no construtivismo, é correto afirmar que:
(A) o aprendizado do aluno se realiza como fenômeno fundamentalmente individual, fruto exclusivo da interação entre o aluno e o
objeto de conhecimento.
(B) o trabalho do professor na escola é o de criar situações educativas estimulantes e variadas para que ocorra a apren- dizagem,
planificando sistematicamente tarefas que podem oferecer maior ou menor margem para a atividade auto- estruturante do aluno.
(C) os alunos aprendem os conhecimentos escolares basicamente pela imposição de atividades estruturadas e dirigidas pelo
professor.
(D) sendo a aprendizagem escolar fruto da interação social e da atividade individual do aluno, os colegas de turma podem
contribuir com a sua aprendizagem ou mesmo dificultá-la, mas nunca impedi-la.
(E) estando claro para o professor qual objeto de ensino quer trabalhar com os alunos, a aprendizagem se realiza naturalmente
por meio das atividades autoestruturantes criadas pelos próprios alunos.
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GABARITO
021- A
001 - D 011 - D 031 - D 041 - D 050- C 060- A 070- A 080 - A 090 - D 100 - B
002 - C 012 - E 022 - E 032 - B 042 - A 051- D 061- D 071- A 081 - B 091 - E
003 - B 013 - A 023 - C 033 - A 043 - C 052- E 062- B 072- D 082 - E 092 - D
004 - D 014 - B 024 - A 034 - D 044 - B 053- C 063- E 073- B 083 - A 093 - A
005 - C 015 - E 025 - D 035 – E 045 - E 054- A 064- A 074- A 084 - B 094 - C
006 - A 016 - A 026 - B 036 - C 046- A 055- B 065- C 075- E 085 - D 095 - B
007 - E 017 - D 027 - E 037 - A 047- D 056- C 066- A 076- E 086 - D 096 - B
008 - C 018 - B 028 - C 038 – D 048- E 057- D 067- D 077- C 087 - E 097 - A
009 - B 019 - C 029 - D 039 - E 049- B 058- E 068- C 078 - D 088 - C 098 - C
010 - E 020 - A 030 - E 040 - B 059- D 069- C 079 - C 089 - B 099 - E