Você está na página 1de 121

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

FERNANDO DE SOUZA

Trabalho de Conclusão do Curso de Administração

Proposta de Implantação do Programa


Cinco Sensos no Setor de Obras da
Empresa Cassol Pré Fabricados Ltda.

TIJUCAS
2014
FERNANDO DE SOUZA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA CINCO SENSOS


NA EMPRESA CASSOL PRÉ FABRICADOS LTDA.

Projeto de Estágio desenvolvido para o


Estágio Supervisionado do Curso de
Administração do Centro de Ciências
Sociais Aplicadas – Gestão da
Universidade do Vale do Itajaí.
Orientador: Ronaldo Telles

TIJUCAS
2014
AGRADECIMENTOS

Agradecer, a Deus, pela força e coragem


durante a longa caminhada deste bacharelado,
também pela saúde e oportunidade de poder
prosseguir nesta jornada de aprendizagem que
passamos na academia, pelos amigos
conquistados por todos os professores que em
particular davam seus ensinamentos de grande
valia para nossas vidas profissionais e pessoais.
Agradeço também minha linda namorada,
Francine Serpa, que de forma especial teve
paciência em meus momentos de estresse, me
apoiando nos momentos de dificuldade. Aos meus
Pais, João Roque de Souza e Dorotéa Dalcin de
Souza, mesmo longe, lá do Rio Grande do Sul,
que sempre me apoiaram e incentivaram nas
minhas escolhas e decisões.
Aos meus irmãos, Fabi e Celo e claro aos meus
melhores afilhados, Nathan e Nathalie.
Agradecer ao meu orientador Professor Ronaldo
Telles, pela paciência e experiência, sempre
orientando de forma a instigar o aluno buscar,
pesquisar e resolver seus próprios problemas.
Pouco conhecimento faz com que as
pessoas se sintam orgulhosas. Muito
conhecimento, que se sintam humildes. È
assim que as espigas sem grãos erguem
desdenhosamente a cabeça para o céu,
enquanto que as cheias as baixam para a
terra, sua mãe.

( Leonardo da Vinci)

“Existe o risco que você não pode jamais


correr, e existe o risco que você não pode
deixar de correr”

( Peter Drucker)
EQUIPE TÉCNICA

A) Nome do estagiário
Fernando de Souza

B) Área de estágio
Organizações, Sistemas e Métodos – OSM

C) Supervisor de campo
Thiago Basso Zin

D) Orientador do estágio
Ronaldo telles

E) Responsável pelo estágio supervisionado em administração


Prof. Marisa Pigatto
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Cassol Pré Fabricados Ltda.

b) Endereço

Rodovia BR 101, Km 182 – Bairro Areias – Governador Celso Ramos – SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Setor de Obras

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Thiago Basso Zin – Gerente

F) Carimbo e visto da empresa


AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Tijucas, 09 de Junho de 2014.

A Cassol Pré Fabricados Ltda, pelo presente instrumento, autoriza a


universidade do vale do Itajaí – Univali, a publicar, em sua biblioteca, o trabalho de
conclusão de curso de estágio executado durante o estágio supervisionado, pelo
acadêmico Fernando de Souza.

Thiago Basso Zin


RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo explorar a teoria do Programa 5S e incentivar


sua aplicação na Cassol Pré Fabricados ltda. A exploração do tema foi de
fundamental importância para sedimentação de conhecimentos por parte do
discente, e a aplicação será de grande valia para a Cassol, empresa de grande porte
que busca sempre expandir com foco em qualidade, buscando obter vantagens
competitivas frente ao mercado.
Este trabalho abalizou-se ao aprofundamento sobre o Programa Cinco Sensos (5S)
e propondo sua implantação ao setor do almoxarifado de obras da Cassol Pré
Fabricados Ltda, através de um Manual de Implantação, apresentando os benefícios
propostos por cada etapa do programa.
A tipologia deste trabalho foi a Proposição de Planos. A população foi composta 6
colaboradores dos setor citado acima. No levantamento dos dados foram utilizados
questionários, análise qualitativa e quantitativa do ambiente bem como a observação
direta.
Como resultado a pesquisa possibilitou a elaboração do Manual de Implantação de
acordo com as reais necessidades do setor estudo.
PALAVRAS-CHAVE: Qualidade, Cinco Sensos (5s), Manual de Implantação.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 Etapas do PDCA ...................................................................................... 33


Quadro 01 Significado do Seiri ................................................................................. 37
Quadro 02 Significado do Seiton .............................................................................. 38
Quadro 03 Significado do Seiso ............................................................................... 39
Quadro 04 Significado do Seiketsu .......................................................................... 40
Quadro 05 Significado do Shitsuke .......................................................................... 41
Figura 02 Senso de Utilização .................................................................................. 43
Figura 03 Senso de Organização ............................................................................. 44
Figura 04 Senso de Limpeza .................................................................................... 44
Figura 05 Senso de Padronização ........................................................................... 45
Figura 06 Senso de Utilização .................................................................................. 46
Figura 07 Madeireira Cassol .................................................................................... 52
Figura 08 Unidade de Santa Catarina ...................................................................... 53
Figura 09 Unidade do Paraná .................................................................................. 54
Figura 10 Unidade do Rio Grande do Sul ................................................................ 54
Figura 11 Unidade do Rio de Janeiro ....................................................................... 55
Figura 12 Unidade de São Paulo ............................................................................. 55
Figura 13 Nova Unidade de Santa Catarina ............................................................. 56
Figura 14 Logotipos grupo Cassol ............................................................................ 57
Figura 15 Estrutura Organizacional .......................................................................... 59
Figura 16 Situação de pedido ................................................................................... 60
Figura 17 Laboratório de pesquisas ......................................................................... 61
Figura 18 Mapa demográfico de atendimento .......................................................... 62
Figura 19 Clientes atendidos .................................................................................... 63
Quadro 06 Aspectos dos cinco sensos .................................................................... 64
Gráfico 01 Resistência a mudanças ......................................................................... 65
Gráfico 02 Questionário cinco 5S ............................................................................. 66
Gráfico 03 Questionário cinco 5S ............................................................................. 66
Gráfico 04 Questionário cinco 5S ............................................................................. 67
Gráfico 05 Questionário cinco 5S ............................................................................. 67
Gráfico 06 Questionário cinco 5S ............................................................................. 68
Gráfico 07 Questionário cinco 5S ............................................................................. 68
Gráfico 08 Questionário cinco 5S ............................................................................. 69
Gráfico 09 Questionário cinco 5S ............................................................................. 69
Gráfico 10 Questionário cinco 5S ............................................................................. 70
Gráfico 11 Questionário cinco 5S ............................................................................. 70
Gráfico 12 Questionário cinco 5S ............................................................................. 71
Gráfico 13 Questionário cinco 5S ............................................................................. 72
Figura 20 Almoxarifado antes do 5S......................................................................... 73
Figura 21 Almoxarifado antes do 5S......................................................................... 74
Figura 22 Almoxarifado antes do 5S......................................................................... 74
Figura 23 Almoxarifado antes do 5S......................................................................... 77
Figura 24 Almoxarifado antes do 5S......................................................................... 78
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13
1.1 Objetivo Geral ....................................................................................................14
1.2 Objetivos Específicos .......................................................................................14
1.3 Justificativa ........................................................................................................15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................16
2.1 A Administração sua Contextualização e Aspectos Conceituais .................16
2.1.1 Teoria geral da administração ......................................................................... 17
2.1.2 Funções da administração .............................................................................. 18
2.2 Áreas da administração ................................................................................... 20
2.2.1 Administração da produção ............................................................................. 20
2.2.2 Administração de materiais ............................................................................. 21
2.2.3 Administração de recursos humanos .............................................................. 23
2.2.4 Administração financeira ................................................................................. 25
2.2.5 Marketing ......................................................................................................... 26
2.2.6 Organizações, sistemas e métodos ................................................................ 27
2.3 Qualidade Total ................................................................................................ 28
2.3.1 Qualidade na prestação de serviço ................................................................ 30
2.4 PDCA ................................................................................................................. 32
2.5 Melhoria Contínua – Kaizen ............................................................................ 34
2.6 Cinco Sensos .................................................................................................... 35
2.6.1 Origem dos cinco sensos ................................................................................ 35
2.6.2 Significado dos cinco sensos .......................................................................... 36
2.6.2.1 Senso de Utilização (SEIRI) ......................................................................... 36
2.6.2.2 Senso de Ordenação (SEITON) ................................................................... 37
2.6.2.3 Senso de Limpeza (SEISO) ......................................................................... 38
2.6.2.4 Senso de Padronização (SEIKETSU) .......................................................... 40
2.6.2.5 Senso de Disciplina (SHITSUKE) ................................................................. 41
2.6.3 Objetivos dos cinco sensos ............................................................................. 42
2.6.4 Benefícios dos cinco sensos ........................................................................... 43
2.7 5W2H .................................................................................................................. 46
2.8 Diagnóstico ....................................................................................................... 47
3 METODOLOGIA.................................................................................................... 49
31. Delineamento da pesquisa ................................................................................. 49
3.2 População da pesquisa ...................................................................................... 49
3.3 Instrumentos de coleta de dados ....................................................................... 50
3.4 Análise de dados ................................................................................................ 50
4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA ................................................................. 52
4.1 Caracterização da empresa ............................................................................... 52
4.1.1 Histórico da empresa ....................................................................................... 52
4.1.2 Missão, visão, e valores .................................................................................. 57
4.1.3 Estrutura organizacional .................................................................................. 58
4.1.4 Clientes ............................................................................................................ 60
4.2 Resultados da pesquisa .................................................................................. 64
4.2.1 Etapas e benefícios do programa .................................................................... 64
4.2.2 Necessidades da empresa .............................................................................. 65
4.2.3 Elaboração do Manual de Implantação ........................................................... 72
5 IMPLANTAÇÃO PARCIAL DO PROGRAMA CINCO SENSOS........................... 73
5.1 Situação do setor antes do 5S ........................................................................... 73
5.2 Reunião se sensibilização .................................................................................. 75
5.3 Reunião para apresentação do Senso de Arrumação ....................................... 75
5.4 Plano de ação ..................................................................................................... 76
5.5 Resultados com a implantação parcial do senso de arrumação ........................ 76
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 81
APÊNDICE I ............................................................................................................. 84
APÊNDICE II ............................................................................................................ 85
DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA ................................ 88
ANEXO I ................................................................................................................. 102
ANEXO II, III ........................................................................................................... 103
ANEXO IV..... ......................................................................................................... 104
13

1 INTRODUÇÃO

A atualidade econômica atormenta as organizações dos setores produtivos,


que num processo infinito buscam inovações com extrema competência,
persistência e agressividade, pelo simples fato de satisfazer as necessidades de
uma sociedade, clientes que estão em constantes mudanças, pressões de outras
organizações que competem pela sobrevivência. A respeito desse assunto, como já
estudava o autor Peter Drucker nos anos 90: “A economia mundial será bastante
diferente daquilo que os empresários, políticos e economistas ainda tomam por
certo” (Drucker, 1996, p. 1).
O presente cenário obriga as organizações a adotarem padrões de qualidade
para conquistar seus clientes, garantir segurança pessoal aos seus empregados,
respeito ao meio ambiente, compromisso social das organizações, esses são alguns
fatores que a sociedade moderna exige. Há alguns anos a globalização era apenas
uma palavra da moda, dita e repetida sem uma maior compreensão do real
conteúdo. Hoje percebe-se, economicamente, que produções seguem de forma
acelerada, para atender um mercado. De acordo com Drucker (1996), uma empresa
que queira manter-se numa posição de liderança no mercado, ela precisa ter a
capacidade de pesquisar, conceber, desenvolver, projetar e produzir em qualquer
esfera econômica.
Um ponto específico, se não o principal, para se buscar a excelência, nas
organizações, é orientar-se estritamente pelo mercado, acompanhar as inovações
tecnológicas, seleção das melhores pessoas e criar condições para transformar suas
capacidades criativas em vantagens competitivas, para isso torna-se
obrigatoriamente o investimento contínuo em educação e treinamento. Após ter a
consciência de que a qualidade deve receber prioridade, iniciar campanhas e
distribuir materiais, raramente resultam numa mudança de comportamento, porque
estas campanhas não identificam as tarefas a serem feitas, esses trabalhos não
fornecem conteúdo suficiente para chegar ao objetivo desejado (JURAN, 1995).
Assim, as organizações com o objetivo da busca de melhoria da qualidade de vida no
trabalho, criam no programa 5S uma ferramenta que servirá como base para o
desenvolvimento dessa qualidade. Não só os aspectos de qualidade e produtividade
devem ser delegados aos funcionários, o mesmo deve ocorrer com relação à
organização da área de trabalho, gerando descarte dos itens sem utilidade,
14

liberação de espaço, padrões de arrumação, facilitando ao próprio funcionário saber


o que está certo e o que está errado, manutenção da arrumação, limpeza, áreas isentas
de pó, condições padronizadas que clareiam a mente do funcionário e a disciplina necessária
para realizar um bom trabalho, em equipe, e dia após dia.
Com tantas mudanças e alta complexidade da sociedade, as organizações
que querem destacar-se deveriam atentar não apenas em oferecer produtos e
serviços à sociedade, mas também competitividade e bem estar social. É neste
contexto que pensou-se na seguinte pergunta de pesquisa: De que forma a
implantação do programa cinco sensos (5S) irá contribuir para o aperfeiçoamento da
empresa Cassol Pré Fabricados Ltda?

1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral define o propósito do trabalho. Num projeto, não é suficiente


definir apenas objetivos gerais, visto que estes são amplos e dificilmente podem ser
avaliados. (ROESCH, 1996, p. 89).
Nesse sentido o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta de
implantação de um programa de qualidade na empresa Cassol Pré Fabricados Ltda.

1.2 Objetivos Específicos

Conforme ROESCH (1996) o objetivo geral, é elaborado de forma genérica e


ampla, assim o torna insuficiente para expressar uma ideia detalhada de como o
trabalho será desenvolvido, portanto, identificar os objetivos específicos é de suma
importância para traçar o caminho até o objetivo desejado.
Para que esse trabalho chegue ao seu objetivo geral, deve-se traçar alguns
objetivos específicos, como:
- Verificar as etapas e processos do programa cinco sensos;
- Analisar as necessidades da empresa;
- Apresentar os benefícios que um programa de qualidade pode trazer à
organização;
- Sugerir o manual de implantação.
15

1.3 Justificativa

Visto que o cenário atual dispõe de um embaraçado conjunto de ordens, as


empresas devem compreender que na atual conjuntura do mercado, níveis de
exigência cada vez maiores são esperados, e por isso o dever de estar sempre
atualizando em relação às possíveis melhorias que possam ser feitas em seu
processo é de suma importância. Assim verifica-se que a empresa Cassol Pré
Fabricados apresenta espaço para a elaboração de estratégias de melhorias como
um novo sistema de qualidade, visto que esta experiência acadêmica nunca ocorreu
na empresa em questão, o trabalho caracteriza-se como original para a mesma,
possibilitando ao acadêmico pesquisar pela primeira vez sobre o tema dentro da
organização e agregar experiência e conhecimento no assunto e principalmente
trazendo benefícios em relação à qualidade.
Este trabalho denomina-se viável pelo fato de não necessitar de
investimentos monetários das partes envolvidas, somente será necessário o
comprometimento e participação dos recursos humanos tomando assim algum
tempo de sua carga horária para a realização do projeto.
O presente trabalho justifica-se pela importância do assunto qualidade, tão
buscado pelas organizações, bem como pela contribuição acadêmica pelo
desenvolvimento do tema e por mostrar como um programa 5Ss que parece ser tão
simples proporciona tantos benefícios para as organizações devido utilizar muito o
trabalho em equipe, que é uma das características mais exigidas pelas
organizações, e também por sua vez motivar a todos por estar em um ambiente de
trabalho mais agradável. Neste contexto faz com que os colaboradores se sintam
“importantes” pelo bom andamento produtivo, e até mesmo uma redução de custos,
um importante fator na grande competitividade de um mercado cada vez mais
globalizado.
Na aplicação de um programa de qualidade, em que funcionários
aprenderão como utilizar suas ferramentas de maneira mais ágil, não desperdiçar
matérias na hora do processo produtivo, ensina aos colaboradores a importância de
estar atento e alinhado aos objetivos da organização, melhorar o local de trabalho,
melhorar o convívio entre funcionários, melhorar o layout e muitos outros fatores que
serão abordados no decorrer da proposta.
16

O trabalho proposto, alcançando qualidade e profundidade necessárias,


poderá contribuir para a implantação de um novo modo de agir e ser por todas as
partes envolvidas neste projeto, a empresa terá seus custos reduzidos, eliminação
de desperdícios, vai melhorar e aproveitar melhor seu espaço físico, melhor
utilização de sua mão-de-obra que não estejam sendo bem utilizadas, ressaltando
que para a academia o projeto é muito importante, devido ao conteúdo estudado
possibilitando aos futuros acadêmicos mais uma fonte de dados para futuras
pesquisas sobre implantação de um programa de qualidade.
16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O desenvolvimento deste trabalho tem como aporte teórico, pesquisas de


grandes autores, para esmiuçar assuntos relativos ao conteúdo estudado. Elaborar
uma implantação de um novo programa que diz respeito à qualidade e ainda
conquistar a aceitação desta proposta é uma tarefa complexa, que exige
conhecimento do programa em questão, qual a finalidade do programa, sua
viabilidade e que benefícios trazem a uma organização este programa? São temas
como este, que se perfaz das opiniões científicas de vários autores que trataram
sobre o tema proposto, para fornecer embasamento teórico e provar a veracidade da
implantação deste trabalho.
Nesse sentido a presente fundamentação teórica está divida em:
administração, sua contextualização e aspectos conceituais, teoria geral da
administração, funções da administração, qualidade total, ciclo PDCA, melhoria
contínua, 5Ss, 5W2H, diagnóstico.

2.1 A Administração sua Contextualização e Aspectos Conceituais

A administração como ciência surgiu a partir dos estudos e conceitos da


escola de administração científica, criada por Frederick Taylor. Formando uma nova
visão surge paralelamente a escola clássica fundada por Henri Fayol. Descrevendo
a administração a partir dos altos escalões, adotando princípios e funções para
garantir o sucesso e especialização dos executivos. Além destes dois grandes
nomes fundadores de escolas, destaca-se o revolucionário método operacional da
indústria criado por Ford e também Stakhnov que racionalizou a produtividade
industrial importando e adaptando o modelo usado no ocidente, são estes quatro os
grandes nomes citados como precursores da administração.
De acordo com Megginson (1998, p.13)

A administração pode ser definida como trabalho com recursos


humanos, financeiros e materiais, para atingir objetivos organizacionais
através do desempenho das funções de planejar, organizar, liderar e
controlar. Deve-se notar que a finalidade da administração é estabelecer e
alcançar o objetivo, ou objetivos, da organização.
17

Assim, o processo administrativo é o conjunto e sequência das funções


administrativas, cabe ao administrador buscar a alternativa e decidir a mais
apropriada para se obter um desejado objetivo e para isso é de total
responsabilidade dos administradores o domínio de conhecimento em funções
administrativas, planejar, organizar, liderar e controlar.

2.1.1 Teoria geral da administração

O crescimento de uma organização não acontecerá sem administração. As


funções, objetivos e tudo que envolva pessoas, trabalho, recursos está relacionado a
esta ciência ou arte e deve ser considerado indispensável para a criação e
desenvolvimento de uma empresa. De acordo com Maximiano (2000) todas e
qualquer tipo de organizações representam o cenário da ação administrativa. De
fato, a principal razão para o estudo da administração é a existência de
organizações.

Administrar é um processo interativo da atividade organizacional


que permeia nossa vida diária. A necessidade de administrar surge do
confronto entre as variáveis que compõem uma atividade formalmente
estruturada, como recursos materiais e humanos, tecnologia, restrições
ambientais, entre outros. (KWASNICKA, 1990, p.17).

A administração é universal com amplo campo de conhecimento,


abrangendo princípios, guias diretivos e outros componentes da teoria da
administração. Pode ser aplicado em um amplo campo de situações e todos os tipos
possíveis de organizações, geralmente aplicável em todos os níveis de uma
organização do mais baixo ao máximo. Portanto o administrador que conhece essas
informações e sabe aplica-las em determinadas situações, será capaz de trabalhar
eficazmente em qualquer posição, sabendo ser flexível e adaptando-se no
surgimento de novas situações.

Para Megginson (1998, p. 7) a administração é necessária em todas as


organizações:

Você pode achar que a administração se relaciona


primordialmente ás empresas. Esta ideia é parcialmente correta, mas está
incompleta – a administração é necessária em todos os tipos de atividades
organizadas e em todos os tipos de organização.
18

2.1.2 Funções da administração

Entende-se por planejar que é especificar os objetivos a serem alcançados e


decidir antecipadamente as ações apropriadas a serem executadas para atingir
esses objetivos. O plano é desenvolvido para um todo, para unidades específicas e
para os indivíduos, que podem durar por longos períodos de tempo ou alguns dias e
semanas. Em cada caso os responsáveis por planejar devem coletar e analisar as
informações e transforma-las em ações do que precisa ser feito para alcançar os
objetivos.
Conforme Robbins (2000, p.116) “planejamento compreende a definição das
metas de uma organização, o estabelecimento de uma estratégia global para
alcançar essas metas e o desenvolvimento de uma hierarquia de planos abrangente
para integrar e coordenar atividades”.
Após o planejamento devemos organizar reunir e coordenar os recursos
humanos, financeiros, físicos, comerciais e tudo que envolva os processos de uma
organização facilitando o atingimento dos objetivos planejados pela empresa.
A função organizar é o processo de estabelecer a utilização ordenada de
todos os recursos de uma organização processando e engajando duas ou mais
pessoas para trabalharem juntas de uma maneira estruturada a fim de alcançar
algum objetivo específico ou um conjunto de objetivos, desmembrando os recursos
organizacionais para atingir os objetivos estratégicos assumindo tarefas, alocando
recursos e arranjando atividades coordenadas para implantação de planos,
mobilizando pessoas e outros recursos para executar tarefas que sirvam a um
propósito comum.
Considera Chiavenato (2004, p. 282) que organizar significa agrupar,
estruturar e integrar os recursos organizacionais, definir a estrutura de órgãos que
deverão administra-los, estabelecer a divisão do trabalho através da diferenciação,
definir os níveis de autoridade e de responsabilidade.
Para que o planejamento e a organização possam ser eficazes, precisam ser
complementados pela orientação a ser dada às pessoas por meio de uma adequada
comunicação, da habilidade de liderança e da motivação. Planejadas e organizadas
todas as atividades propostas a empresa terá maior agilidade e praticidade em
realiza-las eficientemente, na próxima fase a empresa deverá executar o foi
19

planejado, observando-as de forma que não aconteçam desvios do objetivo proposto


e assim passamos para a funções de direção.
O liderar é estar à frente, estimular as pessoas a serem executoras. É dirigir,
motivar e comunicar-se com os funcionários, individualmente e em grupos,
envolvendo-se diariamente com as pessoas, ajudando, guiando e inspirando-as ao
atingimentos dos objetivos. Incentivar os membros da organização por forma a criar
as condições necessárias para que estes contribuam, voluntariamente e da melhor
forma possível, para os interesses da organização, nomeadamente para que esta
atinja os seus objetivos.
Para Montana (2006, p. 243) a função liderar é:

“Liderança é o processos pelo qual um indivíduo influência outros


para alcançar os objetivos desejados. [...] a capacidade de influenciar
subordinados e colegas por meio do controle dos recursos organizacionais
é o que distingue a posição de liderança”.

A direção é a função administrativa que se refere ao relacionamento


interpessoal do administrador com seus subordinados, através da direção pode-se
acompanhar o andamento das atividades no processo pela busca dos objetivos e
verificar se serão alcançados da mesma forma como estão sendo conduzidas as
propostas planejadas.

Por fim, é importante enfatizar a importância da função controle, que é a


função responsável por controlar monitorar e avaliar o desempenho das funções:
planejamento, organização e direção.
Controlar significa garantir que o planejamento seja bem executado e que os
objetivos estabelecidos sejam alcançados adequadamente. Para Chiavenato (2004),
esta função está relacionada com a maneira que os objetivos devem ser alcançados,
definido padrões, monitorando desempenho e efetuar ações corretivas garantindo os
objetivos desejados. O autor ainda diz que, quanto mais completos, definidos e
coordenados forem os planos, será fácil o controle e quanto mais complexo o
planejamento e maior o seu horizonte também terá um controle complexo.
Para atestar que controle é uma função importantíssima na administração
Chiavenato (2004, p. 512) diz:
20

O desempenho de uma organização e das pessoas que a


compõem depende da maneira como cada pessoa e cada unidade
organizacional desempenha seu papel e se move no sentido de alcançar os
objetivos e metas comuns. O controle é o processo pelo qual são fornecidas
as informações e retroação para manter as funções dentro de suas
respectivas trilhas.

A função controle está relacionada com a maneira pela qual os objetivos


devem ser alcançados através da atividade das pessoas que compõem a
organização. O planejamento serve para definir os objetivos, traçar as estratégias
para alcançá-los e estabelecer o plano de ação a ser tomado. A organização serve
para estruturar as pessoas e recursos de maneira a se trabalhar de forma
organizada e racional. A direção mostra os rumos e dinamiza as pessoas para que
utilizem os recursos da melhor maneira possível. Por fim, o controle serve para que
tudo funcione da maneira certa e no tempo certo.

2.2 Áreas da administração

No decorrer deste item serão apresentadas as principais áreas da


administração que são de suma importância para o desenvolvimento das
organizações e o administrador tem por necessidade possuir noções destas áreas
que serão apresentadas.

2.2.1 Administração da produção

A administrar a produção compreende uma parte importantíssima para todas


as áreas de uma empresa, pois foi o que deu vida a empresa e assim fundada com
o objetivo de produzir produtos ou serviços.
De acordo com MAYER (1984), a administração é a fabricação de um objeto
material, mediante a utilização de homens podem ser eles, materiais e
equipamentos. Também é o desempenho de uma função que tenha alguma
utilidade, esta função varia em qualquer natureza de serviço, desde o conserto de
um automóvel até a prestação de assessoria jurídica.
Na perspectiva operacional, a administração da produção pode ser vista
como um conjunto de componentes, cuja função é o estabelecimento de
procedimentos para a obtenção de resultado, convertendo números de insumos em
algum produto. Essa conversão é denominada processo de transformação. Um
21

componente pode ser uma máquina, uma pessoa, uma ferramenta, ou um sistema
gerencial. Um insumo pode ser uma matéria-prima, uma pessoa ou um produto
acabado de outro processo.

A função produção é a atividade de transformação de matéria-


prima em utilidades necessárias ao consumidor [...] o processo de
transformação existe em todas as organizações, quer ela produza algo
tangível ou um serviço, os elementos de entrada são transformados em
serviços que facilitam o seu consumo. (LACAVA, 1990, p, 96)

Segundo Slack (1996) a produção é a função central das organizações já


que é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou
seja, sua razão de existir.
O processo de produção numa empresa consiste na transformação da
matéria-prima em produto acabado bem como prestar serviços. Assim é
imprescindível a utilização de um processo administrativo controlado e organizado
dos materiais e serviços utilizados.

2.2.2 Administração de materiais

Evidentemente que com o mercado globalizado e competitivo da atualidade,


se torna necessário que as empresas preocupem-se em modernizar, minimizar
custo, maximizar lucros e produzir com o máximo de eficiência e eficácia, porém,
muitas vezes acabam pecando no controle de materiais.
De acordo com DIAS (1995) o objetivo principal de uma empresa é
maximizar o lucro sobre o capital investido, seja qual for à empresa deve fazer com
que seu capital não fique inativo.
A administração de materiais tem como enfoque fundamental determinar o
quê, quanto e como adquirir ao menor custo desde o momento de sua concepção
até seu consumo final para repor o estoque. Disponibilizando os materiais
necessários, na quantidade, local e tempo certos, à disposição da produção da
empresa.

O objetivo fundamental da administração de materiais é


determinar quando e quanto adquirir, para repor o estoque, o que determina
que a estratégia do abastecimento sempre é acionada pelo usuário, à
medida que, como consumidor, ele detona o processo. (VIANA, 2000, p, 35)
22

A redução de estoque é um tema que deve ser levado em consideração na


hora de objetivos de atingimento de metas, assegurando o abastecimento contínuo
dos itens que entram na fabricação dos bens e de outros em decorrência da
programação conjunta das áreas de vendas e de produção garantindo uma melhor
utilização dos recursos financeiros, deixando de investir em materiais que jamais
seriam utilizados.
A administração de materiais é dividida nas seguintes áreas:
 Estoque, garantindo que não faltara material para a produção dos
produtos, porém, deve ser controlado, pois muita mataria prima em estoque significa
dinheiro parado desvalorizando. Além da matéria prima temos estoque de produto
acabado, que garante agilidade na medida em que o cliente solicita, deve-se tomar o
cuidado para não ter mais produtos do que a demanda.
 Compras, especialização em adquirir produtos no menor preço possível
e na hora certa, tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços,
planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades
necessárias, verificando se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar
armazenamento.
 Almoxarifado, ambiente destinado à guarda e conservação de materiais,
adequado à sua natureza, assegurando que o material adequado esteja, na
quantidade devida, no local certo, quando necessário, impedindo que haja
divergências de inventário e perdas de qualquer natureza, preservando a qualidade
e as quantidades exatas, zelando por instalações adequadas e recursos de
movimentando e distribuindo de modo rápido e eficiente.
 Planejar e controlar a produção consiste na atividade de decidir sobre o
melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que
foi previsto, com o objetivo maior de garantir que a produção ocorra eficazmente e
produza produtos e serviços como foi objetivado.
 Importação é o ato de comprar um produto estrangeiro, de algo que não
se encontra em seu país amparado por leis, estabelecidas pelo país comprador e
vendedor.
 Transporte e distribuição, esta é por fim uma área de grande
importância para as empresas, pois, é responsável por levar e distribuir os produtos
aos clientes.
23

O objetivo fundamental da logística é atender o consumidor final,


administrando globalmente a empresa e seus agentes logísticos externos
através de um processo de gestão integrado, cooperativo e harmonioso de
negócios, que de forma sistêmica e simbólica envolve toda a cadeia de
demanda e suprimento [...] (JACOBSEN, 2011, p, 21).

Portanto cabe destacar como é importante cada área da administração de


materiais para o funcionamento de uma empresa e como cada uma destas áreas
influenciam na cadeia administrativa. Porém nenhuma cadeia administrativa
funcionaria sem as pessoas. Os recursos humanos é a área pensante, criativo e
produtor de uma empresa que fazem com que ela alcance seus objetivos.

2.2.3 Administração de recursos humanos

A função de Recursos Humanos como setor nas organizações coube em


passado não muito remoto, sob a denominação de Departamento de Pessoal, a
tarefa simples de admitir, registrar legalmente, controlar as normas, punir e
dispensar funcionários.
Para Milkovich (2000), a administração de recursos humanos é uma série de
decisões integradas formando as relações de trabalho, a qualidade destas relações
influencia diretamente a capacidade da organização e de seus funcionários em
atingir os objetivos.
As organizações investem em estratégias, produtos inovadores em
tecnologias de ponta, itens estes, poderosos para destacar-se no mercado, mas de
nada adiantam quando confrontados com o talento humano. Portanto nada é mais
importante para as empresas do que investirem no talento, num mercado
competitivo as empresas buscam diferenciais, então buscar talentos e deter estes
talentosos dentro das organizações é um forte diferencial competitivo.
De acordo com Milkovich (2000), ainda que as instalações físicas,
equipamentos e recursos financeiros sejam de extrema importância para a empresa,
às pessoas é que particularmente são importantes.
Devido ao aperfeiçoamento das teorias sobre Comportamento
Organizacional, a ação da área de Recursos Humanos ficou cada vez mais
orientada para a atração, fixação, remuneração, motivação, treinamento,
desenvolvimento e encaminhamento das pessoas. Os funcionários passaram a ser
24

vistos como um recurso estratégico e não apenas como um recurso operacional que
precisava ser tornado mais eficiente na obtenção dos resultados.
Saber fazer certo era o grande objetivo. Para isso treinavam-se as pessoas
até a exaustão fazendo delas robôs como “Carlitos em Tempos Modernos”. Quando
o eficiente passou a não ser suficiente, assim cresceu a necessidade de se saber o
que era prioritário fazer eficientemente, nesse momento surgiu o conceito de
eficácia: saber fazer o certo as tarefas certas. A maneira como as pessoas e
organizações se relacionam entre si para realizar a tarefa organizacional varia de
organização para organização, onde umas são democráticas e abertas na maneira
de tratar as pessoas, enquanto outras ainda estão paradas no tempo, adotando
políticas ultrapassadas e retrógradas.

As pessoas planejam e produzem os produtos e serviços,


controlam a qualidade, vendem os produtos, alocam recursos financeiros e
estabelecem as estratégias e objetivos para a organização. Sem pessoas
eficazes, é simplesmente impossível para qualquer empresa atingir seus
objetivos. (MILKOVICK, 2000, p, 19).

Com a escassez de mão de obra que atormenta muitas organizações na


atualidade cabe a administração de recursos humanos, desenvolver atrativos para
chamar a atenção de novos candidatos, tarefa hoje nada fácil, sabendo que uma
parcela considerável dos trabalhadores só quer realmente saber sobre a
remuneração que irão receber em troca de seu trabalho, trabalhos estes que fazem
parte de toda a sobrevivência da organização, subdivididos em funções onde são
interligadas umas as outras, funções estas exercidas por pessoas que por sua vez
executam seus trabalhos e são pagas por isso, denominado salário.
Conforme Chiavenato (2006) as pessoas são os parceiros da organização e
os únicos capazes de conduzi-la à excelência e o sucesso. Como parceiros, as
pessoas se esforçam, dedicam-se, são responsáveis e comprometidas, na
expectativa de colherem frutos desses investimentos tal como o salário.
O salário por sua vez até ser liberado para pagamento tem que passar pela
aprovação da próxima área da administração, importantíssima para o fornecimento
de informações, com base nestas informações que a empresa toma as devidas
decisões.
25

2.2.4 Administração financeira

A administração financeira adquiriu uma enorme importância para o


momento econômico, onde as informações de outros lados do mundo influenciam e
atingem diretamente o mercado.
Administrar um negócio, seja ele um modesto empreendimento ou uma
grande organização, envolve muitas funções diferentes já vistas anteriormente. Mas,
é a finanças que faz com que tudo prossiga; é o que movimenta todo o resto.
Os resultados demonstrados pela área financeira são muito importantes na
tomada de decisão de uma empresa, com estes resultados o administrador fará a
escolha entre muitas alternativas. Conforme Gitman, (1997) a administração
financeira engloba finanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não,
privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Englobam
uma vasta variedade de tarefas, como orçamentos, previsões financeiras,
administração do caixa, administração de crédito, análise de investimentos e
capitação de fundos.
Para Groppelli, (2005) decisões internas de uma empresa que influenciam o
resultado das vendas, ajudam a controlar os custos e determinam as políticas de
preços.
A maximização de riqueza da empresa, a administração de investimentos,
créditos, fornecedores e tudo que envolva o capital da empresa, diz respeito à área
de finanças, o administrador financeiro deve saber como administrar todas as
atividades envolvidas no setor para garantir uma melhor rentabilidade sobe o capital
investido.
No ponto de vista de Lemes, (2005) o administrador financeiro é o principal
responsável pela criação de valor; para isso, envolve-se cada vez mais com os
negócios da empresa como um todo.
Com as informações explicitadas transparentemente e corretas é que os
administradores podem tomar as definitivas decisões com relação aos caminhos
serão necessários percorrer para alcançar os objetivos de toda as empresas, que
nada mais é gerar lucros.
Também nestas informações que poderão se basear na formação de preços,
pesquisar novos mercados, oferecer e divulgar os produtos ou serviço aos clientes,
26

que por sua vez entramos em outra área da administração, visando pesquisar a
aceitação dos produtos e serviços que o mercado procura.

2.2.5 Marketing

Atrair a atenção dos consumidores, descobrir suas necessidades e desejos


são atividades desenvolvidas pelo marketing. Cabe ressaltar que a princípio é uma
definição um tanto quanto simples, devido ao grande processo que engloba a
descoberta de potenciais clientes. Para Cobra (1992) na busca pela sobrevivência,
as organizações acabam por descobrir a importância de buscar desenvolver
produtos, serviços e programas orientados pelas necessidades e exigências do
mercado.
De acordo com estudos de Kotler e Armstrong (1998) o processo social e
gerencial da criação de valores e troca de produtos que indivíduos e grupos
adquirem satisfazendo suas necessidades e desejos, pode assim definir a o
marketing.
A presença do marketing na rotina da população mostra o papel
importantíssimo que esta função tem na sociedade, não apenas em manter uma
relação cliente/fornecedor. Abrange desde o início da produção de um determinando
produto até ser consumido pelo cliente e também após o consumo abrangendo além
de simplesmente questões monetárias e sim pessoais, atenção, tempo e dedicação.
“Marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção,
apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar
trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais.” (COBRA, 1992).
Muita gente vê o marketing apenas como propaganda ou venda. Mas o
verdadeiro marketing não é simplesmente a arte de vender o que é produzido, mas
sim de descobrir e saber o que produzir. É preciso saber que o marketing existe em
tudo a nossa volta, não limitado aos fabricantes, atacadistas e varejistas e sim por
todos os tipos de indivíduos e organizações.
Para entender melhor todas as definições de marketing, é importante que o
profissional desta área saiba que cada termo é interligado um ao outro formando os
conceitos centrais do Marketing que são: necessidades, desejos, demandas,
produtos, valor, satisfação, qualidade, troca, transações, relacionamentos,
mercados.
27

De acordo com Rocha (1999), Marketing é uma função gerencial, que busca
ajustara oferta da organização a demandas específicas do mercado, utilizando como
ferramental um conjunto de princípios e técnicas.
É neste sentido que as empresas caminham, buscando conformidade com
as transformações e exigências do mercado, é indispensável que haja organização,
bons sistemas e métodos. Promovendo e desenvolvendo uma constante melhoria
em todos os aspectos da empresa.

2.2.6 Organizações, sistemas e métodos.

Desde os primórdios da administração, uma constante evolução estudava


adaptar os humanos às máquinas, objeto de estudo das escolas, Clássica, Relações
Humanas, as abordagens Estruturalista, Contingencial, com a intenção de fazer do
homem próximo à perfeição de uma máquina e passando por excesso de zelo com
os humanos e chegando aos dias de hoje, em que a incerteza domina o cenário das
organizações. Para Araújo (1994), faz-se necessário a abordagem aos problemas e
estudos da organização de acordo que os componentes comportamental, estrutural,
tecnológico e estratégico tenham um tratamento de igual relevância, dando
importância a cada componente, de acordo com as contingências internas ou
ambientais.
A OS&M encontra-se em todas as atividades e funções dentro das
organizações, racionalizando o administrativo e operacional, atuando nas áreas de
criatividade e qualidade, identificando maneiras para diminuir o desperdício, de
simplificar o trabalho, aumentar a produtividade, treinamento adequado em novas
tecnologias, assim, buscando padronização de métodos e procedimentos. Para Filho
(2000), O&M traz em seu bojo a idéia de efetividade das coisas. Tal idéia traduz a
preocupação com o sentido lógico de cada operação e cada sistema; é o
questionamento do “porquê” e do “para quê”.
Para que uma empresa funcione faz-se necessário conhecer e dominar a
função organização e para que se organize é imprescindível o uso dos sistemas,
construindo conceitos, métodos e aplicações de como planejar e organizar todo o
processo e nada melhor que a ciência OS&M para promover essa contribuição na
empresa.
A organização nas empresas é ordenar e agrupar as atividades e seus
recursos, visando o alcance de seus objetivos planejados, considerando o
28

desenvolvimento de aspectos como: a estrutura organizacional, rotinas e


procedimentos administrativos, cuidando também de funções básicas como o
planejamento, a direção e controle.

Organizar é dispor os recursos materiais, humanos e tecnológicos


da empresa de maneira harmônica, de modo que o conjunto formado seja
capaz de realizar um trabalho integrado, eficiente e eficaz, apresentando
boa produtividade e boa qualidade a baixos custos e com o mínimo de
riscos e de esforço humano. (FILHO, 2000, p, 39).

Os sistemas são formados por um conjunto de partes interagentes e


interdependentes que, num todo, formam uma única unidade com seus
determinados objetivos para efetuarem determinada função. Eles existem no intuito
de buscar melhorias dentro das empresas em geral, claro que não são detentores de
poderes para mudar as pessoas, função esta que a administração de recursos
humanos possibilita, criando meios para que as pessoas ai sim se transformem.
Métodos é a metodologia que será aplicada para o desenvolvimento de
determinados trabalhos, buscando descrever e definir os objetivos de cada trabalho
e para isso é imprescindível que a empresa tenha idéia suficientemente clara da
estrutura de suas tarefas. De acordo com o autor Filho (2000, p, 38), “[...] O termo
Método, por sua vez, refere-se à economia de esforços, tempo e movimentos por
meio da simplificação do trabalho, tendo, como resultados diretos, o aumento da
produtividade e diminuição de despesas”.
Visto que, organização, sistemas e métodos estão presentes em todas as
atividades de uma empresa, sendo assim, deve ser constantemente observados,
analisados e atualizados para não haver divergências em sua aplicação. Para Cury
(2005, p, 24) “Uma organização eficaz não é produto aleatório. Igualmente, não
resulta essa eficácia de sua origem, natureza ou objetivos. Uma organização eficaz
é, antes de mais nada, o fruto do trabalho humano”. Então para que se busque esta
eficácia é imprescindível o comprometimento com a qualidade por parte de todos,
atingindo a empresa toda.

2.3 Qualidade total

A preocupação com a qualidade é requerido por todas as organizações seja


em seus produtos e ou serviços. A qualidade precisa estender-se desde o início de
29

criação de um dado produto até alcançar todas as divisões e empregados da


empresa. Quando a qualidade enfatizar somente inspeção, isto significa que a
qualidade esta limitada praticamente ao setor ou alguém responsável por
inspecionar. Quando está voltado para um programa que enfatiza o processo de
produção o envolvimento engloba, linhas de montagem, aos subcontratantes e as
divisões de engenharia de produção, compras e marketing. Já numa aplicação mais
avançada envolve a todos dentro de uma organização, fazendo com que as
abordagens anteriores sobre qualidade, sejam insuficientes. A participação de todos
é a peça chave do bom controle, quando se diz um todo realmente estamos falando
do total da empresa, isso engloba o planejamento, no projeto e na pesquisa de
novos produtos. Os que fazem parte da divisão de fabricação e os que integram as
divisões de contabilidade, pessoal e relações trabalhistas, sem exceções. A divisão
de marketing precisa desempenhar um ótimo papel, pois é o setor onde as opiniões
dos consumidores podem ser coletadas. Estas opiniões devem ser passadas ao
planejamento, assim forma - se um processo com possíveis produtos e serviços que
atendam realmente as necessidades e desejos do mercado.
De acordo com Ishikawa (1993) “Se a garantia de qualidade precisa ser
implementada bem no início do estágio de desenvolvimento de um novo produto,
significa que todas as divisões de uma dada empresa e todos os seus empregados
precisam participar do controle de qualidade”.
A qualidade esta atrelada em todos os sentidos dentro de uma organização
e até mesmo no dia-a-dia das pessoas é claro. A amplitude e importância do tema
qualidade são vastas, por exemplo, uma empresa que zela pela qualidade do bem
estar no trabalho, logo o funcionário que trabalha contente executara seu trabalho da
melhor forma possível, porque ele gosta de trabalhar na empresa e faz tudo de
forma que não seja excluído do quadro de funcionários, isso faz com que o setor de
recursos humanos também trabalhe motivado porque vê resultados em sua gestão,
que deixa contente o setor financeiro por não aumentar seus custos operacionais
com demissões, que faz com que a setor produtivo tenha uma melhor produtividade
levando em consideração o tempo de permanência do funcionário na empresa, logo
deixa vendas motivado a vender mais porque sabem da qualidade dos produtos
produzidos devido a aqueles funcionários que anos se dedicam ao trabalho, que por
sua vez gera lucros, lucros estes festejados pelos gestores e diretores que investem
em novas tecnologias e melhorias para a organização. De modo resumido e nada
30

complexo como é um processo de qualidade total, pode-se visualizar a importância


da prática da qualidade num todo, o quão importante a relação da gestão de
qualidade de uma forma sistêmica, inter-relacionando e criando interdependência
também de todos os níveis da empresa para o alcance da qualidade desejada.
Para Moller (1999) é difícil imaginar uma empresa satisfazendo com
consistência os requisitos de qualidade do mundo exterior, sem um alto nível de
qualidade interna, sem que cada indivíduo tenha dentro da organização tenha o
sentimento de qualidade. A qualidade em todas as áreas conduz a uma cultura de
qualidade a qual influencia toda a empresa.
Não é possível discorrer do assunto qualidade sem destacar o papel dos
japoneses, foi no Japão mais especificamente nas indústrias japonesas que se
iniciou a percepção da importância da qualidade e quanto este fator influenciava
para seus clientes.
De acordo com Paladini (2000, p. 15):

A estrutura e o funcionamento do processo de gestão da


qualidade envolvem um conjunto de referencias que direcionam
todas as suas ações. Os mais relevantes, é evidente, referem-se à
forma como se entende a qualidade, ou seja, o conceito da
qualidade adotado em cada organização.

Na busca pela satisfação de clientes e obtenção de novos, é importante que


toda a empresa assuma e sejam responsáveis pela garantia da qualidade dos
produtos e serviços, todos os funcionários e setores, com base nas necessidades e
expectativas dos clientes é que a empresa precisa tomar suas decisões para
atender aos requisitos solicitados.

2.3.1 Qualidade na Prestação de serviços

Criar um produto que busque a satisfação dos clientes atendendo suas


necessidades é um objetivo mensurável e atingível, porque se trata de um produto
material e tangível que pode ser investigado e testado sua aceitação e também
medir a qualidade percebida, mas quando se fala em um produto também
mensurável, porém, certo grau de intangibilidade, assim a busca por satisfazer as
necessidades dos clientes fica mais complexa, visto que não temos algo palpável
para ser mensurado.
31

De acordo com Moller (1999), a qualidade na prestação de serviço, pode ser


definida como o grau até o qual um serviço satisfaz as exigências, os desejos e as
expectativas.
Geralmente o que se vê no mercado são empresas focadas em baixos
preços para atrair um determinado público, sabe-se que não é somente com o preço
que o cliente se satisfaz e sim, quando ele busca adquirir um serviço espera
encontrar qualidade de desempenho, atendimento e o custo. A qualidade é
percebida pelo cliente como superior ou inferior, dependendo da experiência, a
qualidade só será melhor quando o cliente sente que o é superior.
Porém alguns serviços, para serem realizados, precisam da presença do
cliente. É o exemplo do dentista executando uma limpeza nos dentes, ou uma
consulta médica. Em outros serviços como o conserto de um carro, a presença do
cliente não é necessária. Na presença dos clientes é importante tomar alguns
cuidados para agradar os clientes, como uma boa decoração de ambiente, uma boa
música, conversas amenas, com pequenos detalhes uma empresa pode fidelizar
clientes e também perdê-los.
Para que uma empresa ofereça um serviço de qualidade é necessário que
os funcionários sejam qualificados, então investir em treinamento é fundamental,
fazendo com que os funcionários se sintam confiantes em seu potencial, pois fazer
um atendimento de qualidade é questão do conhecimento e de habilidade. Para
realizar um bom atendimento é imprescindível que o atendente saiba agir com
sensibilidade, calma e esteja satisfeito e motivado com seu trabalho. Portanto Casas
(1999), diz que a qualidade não se limita apenas aos clientes externos, a qualidade
em serviços engloba, além dos clientes externos, todos os que com ela interagem,
ou seja, funcionários e administradores.
Uma empresa pode achar que os seus serviços sejam excelentes, ótimos,
mas se os clientes discordam desta idéia, pode ter certeza que há algo errado com a
execução de suas tarefas. Para Casas (1999, p. 17) “Os clientes percebem serviços
de forma diferenciada conforme foi visto, uma vez que a qualidade do serviço é
variável de acordo com cada tipo de pessoa”.

“Para encantar o cliente, é preciso prestar um bom serviço e, para


prestar um bom serviço, é preciso estar preparado não só tecnicamente,
mas também pessoalmente, com ensinamentos com os quais se possa
melhorar a atuação dentro da empresa, e com a consciência da real
32

importância do bom desempenho para a empresa em que prestamos o


serviço e o bom reflexo que esses ensinamentos terão em nossa vida
pessoal”. Barbulho (2001, p, 15).

O cliente vem sempre em primeiro lugar, esta frase exprime uma postura
indispensável para que qualquer organização alcance o êxito, em qualquer situação
os clientes devem ser bem tratados e com respeito. O objetivo comum a todas as
empresas é fornecer soluções para as necessidades de seus clientes, logo seu
sucesso resultará em fazer com que seu cliente fique satisfeito.
Assim, para que tudo aconteça, é necessário contar com técnicas e
ferramentas que as permitam, identificar quais são os requisitos desejados pelos
clientes, depois medir e monitorar como atender esses requisitos, e por fim a equipe,
que deve trabalhar em equipe nunca deixando que o serviço dependa de uma única
pessoa evitando prejudicar o todo, nesse pensamento as empresas e suas equipes
devem buscar continuamente a melhoria no atendimento.

2.4 PDCA

Qualquer processo pode ser melhorado, planejando, executando, checando


e agindo corretivamente. Assim o PDCA pode facilitar na resolução de problemas
que acontecem dentro das empresas, pode também propiciar melhorias na repetição
de problemas já conhecidos. Na utilização deste método de gestão, evita, por
exemplo, o corre-corre no surgimento de algum problema dentro da empresa que
todos ficam desnorteados atrás da resolução sem caminho definido, execução sem
rumos, controles nem existem e a única verificação de resultados é se o problema
foi ou não embora, enfim, o PDCA faz com que todos estes processos sejam
definidos e registrados, para que no futuro um determinado problema ressurja
sabem-se exatamente quais procedimentos tomar.
Conforme Araújo e Redi (1997, p, 76) dizem que “quando surge um
problema na empresa é aquele corre-corre, todo mundo quer fazer tudo ao mesmo
tempo. A maioria não sabe nem por que está tendo determinada atitude”.
Abaixo a figura 1 apresenta o Ciclo PDCA de controle de processos.
33

A B
ACTION PLAIN
ATUAR DEFINIR
METAS E
CORRETIVA MÉTODOS
MENTE PARA ATINGI-
LAS

VERIFICAR OS EDUCAR E
RESULTADOS TREINAR
DAS TAREFAS
EXECUTAR A
EXECUTADAS
TAREFA
C D
CHECK DO

Figura 01 – Etapas do PDCA


Fonte:Elaborado pelo acadêmico

A fase planejamento (PLAN) do ciclo PDCA é subdividida em cinco etapas,


identificação do problema, estabelecimento de metas, análise dos fenômenos,
análise dos processos e plano de ação.
Executar (do) o plano consiste no treinamento de todos os envolvidos no
método a ser empregado, a execução propriamente dita e a coleta de dados para
depois ser analisada.
A verificação (check) é a terceira fase, que cuida da análise dos resultados
alcançados e dados coletados. Esta etapa pode ocorrer concomitante ao plano,
verificando se o trabalho está devidamente alinhado com o planejado, ou após sua
execução, onde são feitas as análises estatísticas dos dados e verificados os itens
de controle, podem também nesta fase detectar erros ou falhas.
34

E por fim o agir (act), realizando ações corretivas, caso as falhas sejam
detectadas, também padronizando as ações executadas, cuja eficácia verificada na
fase anterior. É nessa fase que inicia novamente o ciclo de melhoria contínua,
buscando sempre melhorar, pois todos os processos são passíveis de melhorias,
todo o ser humano precisa de melhorias e só pode melhorar e crescer, incentivado
pela sua empresa.
Para Barbulho (2001), a empresa tem que propiciar aos colaboradores
oportunidades de carreiras, fazer com que eles sintam confiança e segurança na
gestão, clareza e abertura na comunicação, pontos estes que possivelmente farão
com que as equipes se comprometam com a empresa e respectivamente tratarão
melhor os clientes.

2.5 Melhoria contínua – Kaizen

As empresas de modo geral, prezam por seus clientes, oferecendo serviços


e produtos de qualidade, tendo que lutar diariamente com a concorrência para
mantê-los satisfeitos, procurando aumentar ainda mais a qualidade de seus serviços
e produtos.
É com este intuito que a aplicação do método kaizen facilita esta busca pela
qualidade, podendo mensurar e controlar custos para gerar uma maior
competitividade, livrando produtos e serviços de defeitos, controlando o tempo e os
processos, baseando-se na eliminação de desperdícios por meio de soluções
baratas e baseadas na motivação e criatividade dos funcionários. Segundo Imai
(1990, p. 3)

KAIZEN significa contínuo melhoramento envolvendo todos,


inclusive gerentes e operários. A filosofia do KAIZEN afirma que o nosso
modo devida – seja no trabalho, na sociedade ou em casa – merece ser
constantemente melhorado.

O kaizen possui diversas maneiras de organização, mas seu aspecto


essencial é orientado para equipes de trabalho que, através de intenso envolvimento
pessoal, sugerem, analisam e propõem, apesar da predominância orientação para o
processo (diga-se de passagem, que o resultado final só será afetado quando
houver alguma mudança no processo), portanto, é necessário o envolvimento e
35

esforço das pessoas. É uma das ferramentas administrativas mais completas,


abrangendo diversas outras técnicas, tais como:
- Orientação para o consumidor;
- TQC (controle da qualidade total);
- Automação;
- Disciplina no local de trabalho;
- Kanban;
- Melhoramento da qualidade;
- Zero defeitos;
- Relações cooperativas entre administração e mão-de-obra.
Diante do apresentado, muitas empresas procuram programas, e ou
modelos para o alcance da qualidade, seja ela em serviços e ou produtos. Portanto,
iniciar a implantação das ferramentas de qualidade pelo programa 5S é uma opção a
adoção de Sistemas da Qualidade na empresa.

2.6 Cinco Sensos

A história dos cinco sensos, sua origem, significado e os benefícios serão


apresentados neste capítulo. Para a implantação do programa cincos sensos a
organização precisa seguir diversas etapas e processos para que tudo possa ocorrer
trazendo bons resultados.

2.6.1 Origem dos cinco sensos

Os 5’Ss como cultura organizacional, é praticado no Japão, onde o


ensinamento começa na família, sendo que, os filhos aprendem sobre princípios
educacionais que os acompanharão até se tornarem adultos. É um conjunto de
técnicas utilizadas inicialmente pelas donas-de-casa japonesas para envolver todos
os membros da família na administração e organização do lar. Para Ribeiro (1994),
quando esta prática foi ocidentalizada, passou a se chamar housekeeping, podendo
ela ser praticada em qualquer ambiente, abrangendo desde nossas casas e nossos
trabalhos. Apesar dos 5’Ss ser reconhecido mundialmente como originário do Japão,
sua essência está presente em qualquer população, nação, sociedade, família ou
pessoa que pratique bons hábitos, que zele pela higiene, segurança, bem estar,
sensatez e respeito ao próximo.
36

O programa cinco sensos não apenas proporciona melhora nos processos


operacionais da empresa, mas também no ambiente de trabalho e na vida das
pessoas envolvidas no programa. Segundo Bertaglia (2003), este programa,
representa não somente uma mudança no local físico onde se trabalha, mas
também uma modificação no ambiente de trabalho que proporciona aos funcionários
bem estar, melhor organização das idéias e consequentemente maior produtividade
e redução de custos para a empresa.

2.6.2 Significado dos cincos sensos

É importante salientar, o quão necessário o entendimento e estruturação


exata dos cincos sensos para que sejam alcançados de forma eficaz. O termo 5S é
derivado de cinco palavras japonesas iniciadas com a letra S, em japonês são: Seiri,
Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Em português, foram adaptadas para: senso de
utilização, senso de organização, senso de limpeza, senso de saúde e senso de
autodisciplina. A seguir apresenta-se o significado de cada um.

2.6.2.1 Senso de utilização (SEIRI)

Seiri o senso de utilização é identificar os materiais, equipamentos,


ferramentas, utensílios, informações e dados que são necessários e também
desnecessários. Todo material ou informação julgada como desnecessário será
descartada ou disponibilizada para outros locais, deixando-as disponíveis a outras
pessoas. No caso dos que permanecerão devem ser alocados organizadamente e
identificados para serem utilizados assim que solicitado. Conforme Ribeiro (1994, p.
17) Seiri significa “separar as coisas necessárias das que são desnecessárias,
dando um destino para aquelas que deixaram de ser úteis para aquele ambiente”.
Mantém-se no ambiente de trabalho somente aquilo que os indivíduos necessitarem
e usam para desempenhar suas respectivas funções.
Segundo Ballesterro-Alvarez (2001, p. 296) “O conceito chave para o Seiri é
a utilidade; no entanto, ao identificar as inutilidades, devemos estar atentos às
informações e ou documentos importantes, para não serem descartados”. A
organização é imprescindível nesta etapa, para que nada seja desperdiçado, e que
cada material tenha o destino correto. Abaixo apresentando o conceito, atitudes, e
valores do senso de utilização.
37

SEIRI
Resumo Colocar em ordem o que está
desarrumado
Significado Utilização – é saber usar sem
desperdiçar
- Redução de consumo;
- Manutenção dos recursos úteis em
condições adequadas;
- Reutilização dos recursos
Atitudes resultantes desnecessários;
- Disponibilização dos recursos
desnecessários;
- Compartilhamento dos recursos;
- Descarte adequado dos recursos
inúteis;
- Carinho com os recursos úteis;
- Perda de apego com as coisas
Valores resgatados materiais
- Melhor conhecimento do próximo, pelo
ato de compartilhar.
Quadro 01 – Significado do Seiri
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)

A prática desse senso estimulará não só a capacidade identificar e perceber


a dimensão útil dos materiais pertencentes ao ambiente, mas também permitirá a
ampliação da percepção quanto à dimensão útil dos procedimentos e atitudes
adotados no dia-a-dia organizacional.

2.6.2.2 Senso de ordenação (SEITON)

O senso de Ordenação consiste em arrumar aquilo que se utiliza. Após a


prática do Seiri é necessário organizar e ordenar aquilo que ficou no ambiente de
trabalho. Para Ribeiro (1994, p. 71) o seiton “é uma atividade de estudo do 'layout'
adequado para o ambiente e os objetos”. Garantindo um ambiente mais agradável e,
consequentemente, mais produtivo.
Após o descarte dos materiais desnecessários, é preciso ordenar os
necessários, possibilitando a facilidade do acesso a estes materiais, reduzindo o
tempo e o desgaste físico de quem os procura. O senso de ordenação possibilitará
aos envolvidos, determinar o melhor local para guardar, materiais e objetos de forma
que possam ser localizados facilmente e rapidamente quando necessitados.
38

Araújo (1997, p. 105) descreve que:

“O seiton é uma importante ferramenta em prol da qualidade e da


produtividade. Trata-se de arrumar os materiais de acordo com seu grau de
uso, deixando os mais utilizados á mão. Ou seja, resume-se em determinar
o local onde qualquer coisa seja encontrada com muita facilidade”.

O quadro abaixo apresenta conceito, atitudes e valores resgatados do senso


de ordenação, possibilitando um melhor entendimento do senso SEITON.
SEITON
Colocar em ordem o que está
Resumo
desarrumado;
Ordenação – facilitar o acesso e a
Significado
reposição
- planejar locais adequados para guardar
os recursos otimizando espaço e tempo;
Atitudes resultantes
- desenvolver visão espacial ( planejar
espaço para materiais e objetos;
- desenvolvimento da capacidade de
planejamento;
Valores resgatados
- preocupação com a segurança, o
conforto e a eficiência.
Quadro 02 – Significado do SEITON
Fonte: Adptado de Ribeiro (2006)

Uma pronta localização dos objetos e materiais quando necessário e a


classificação e codificação são imprescindíveis em qualquer ambiente seja ele de
trabalho e ou sua própria casa, isso só será alcançado com o total entendimento do
senso de ordenação e a boa execução.

2.6.2.3 Senso de limpeza (SEISO)

Sujeira é sinal de serviço mal executado. O senso de limpeza diz respeito à


manutenção de tudo o que é de responsabilidade de algum executante. Visa evitar o
desperdício de materiais, a quebra de equipamento e de todo tipo de sujeira que
possa prejudicar o bom funcionamento do trabalho. Embora o significado óbvio da
palavra limpeza, seja eliminar qualquer tipo de sujeira, ela é de fundamental
39

importância, para a tecnologia, fazendo com que cada usuário conheça os


procedimentos de limpeza necessária de seus equipamentos, além de manter o
ambiente limpo e saudável para se trabalhar a limpeza garante uma vida útil mais
longa aos equipamentos.
Para Oliveira (1997, p. 36):

“Devemos executar durante o Senso de Limpeza a rigorosa


inspeção dos locais, objetos, equipamentos e ferramentas, de forma que
possamos detectar antecipadamente futuros problemas que podem ser
resolvidos antes de causar transtornos e até acidentes envolvendo
pessoas”.

Fazendo uso do quadro de Ribeiro (2006), onde apresenta conceito, atitudes


e valores resgatados do senso de limpeza:
SEISO
Tornar limpo, livrar de limpezas, purificar
Resumo
ambiente.
Limpeza – é saber usar sem sujar,
Significado
atacando as fontes de sujeira.
- evitar sujar desnecessariamente;
- inspeções no momento da limpeza com
Atitudes resultantes
zelo pelos recursos e instalações;
- atacar fontes de sujeira;
- Preocupações com o meio ambiente,
Valores resgatados simplicidade e humildade;
- percepção crítica e perceptiva.
Quadro 03 – Significado do SEISO
Fonte: Adaptado de Ribeiro(2006)

A importância do senso de limpeza para o local de trabalho ultrapassa o


conceito de simplesmente manter um local limpo, propiciando a purificação do
ambiente, prevenindo a poluição em suas diversas formas, evitando acúmulo de
poeiras, proliferação de insetos, proporcionando uma maior vida útil aos
equipamentos e principalmente à saúde das pessoas que ali trabalham. O senso de
limpeza deve se tornar um hábito, hábito este que trará a empresa uma melhor
40

imagem interna e externa e, para que isso acontece é imprescindível deixar de


realizar uma constante manutenção, por meio do senso de padronização.

2.6.2.4 Senso de padronização (SEIKETSU)

O senso padronização tem por intuito manter as condições de trabalho, de


ordem física e mental, favorável para a saúde dos trabalhadores. A manutenção das
ordens conquistadas nos três sensos iniciais e a extensão de tais ações aos próprios
funcionários forma o senso de asseio como também é conhecido, nesta etapa, a
preocupação é a higiene e a saúde do trabalhador, ou seja, eliminando tudo que
possa prejudicar o trabalhador mantendo o que já se aprendeu nos sensos
anteriores e principalmente não deixando retroceder os hábitos adquiridos. Isto é
executado através da padronização dos hábitos. De acordo com Oliveira (1997),
este senso cria uma harmonia ambiental que se estabelece com a prática e
vigilância permanente da arrumação, ordenação e limpeza de tudo e todos,
mantendo e melhorando permanentemente as condições físicas e de usos de
materiais e equipamentos, padrões de operação e segurança das atividades do dia-
a-dia e principalmente cuidado com a saúde física e mental.
A seguir quadro simplificando os significados do senso de Arrumação.

SEIKETSU
Resumo Limpo, pureza, padrões e arrumação.
Saúde – A procura por um padrão que
mantenha os três primeiros sensos no
Significado dia-a-dia, além de cuidar da saúde
corporal e mental.
Atitudes resultantes - melhorar educação alimentar
- investir em todas as dimensões, na
busca da felicidade (Corpo,
espiritualidade, família, trabalho,
sociabilidade e conhecimento);
- evitar dependência química;
Valores resgatados - Amor,felicidade, valor pela vida.
Quadro 04 – Significado do SEIKETSU
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)
41

No Seiketsu, observa-se que por meio de ações de parceria, um estímulo à


percepção da importância da saúde física, mental e emocional mantendo o corpo e
mente em harmonia, para gerar um clima de trabalho e melhorar a qualidade de vida
dos indivíduos visando sempre à motivação. E para manter este ciclo em harmonia é
necessário da interação de todos os sensos e o comprometimento e disciplina de
todos os envolvidos.

2.6.2.5 Senso da disciplina (SHITSUKE)

O último senso finaliza o ciclo dos 5Ss, procurando corrigir o comportamento


inadequado das pessoas que ainda não estão autodisciplinadas com os hábitos dos
sensos. Nesta fase todos na organização devem seguir e comprometer-se com as
normas, padrões técnicos, éticos e morais e os procedimentos formais e informais,
incorporando assim o 5S como um modo de vida pessoal e profissional. Para
Bertaglia (2009) tudo isto que se faz envolvendo as pessoas executando os sensos
a todo o momento, faz com que elas compreendem e reconhecem as melhorias que
o programa cria nelas mesmas.
No quadro abaixo adaptado de Ribeiro (2006), o significado do senso de
disciplina.

SHITSUKE

Resumo Respeito – obediência

Disciplina – é cumprir rigorosamente o


Significado
que é estabelecido.
- aprender a conviver;
Atitudes resultantes - respeitar regras, normas e leis;
- desenvolver espírito de equipe;
- cooperação;
Valores resgatados - respeito;
- responsabilidade.
Quadro 05 – Significado do Shitsuke
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)
42

O senso de disciplina por ser o último é muito importante para a


continuidade do programa. Para garantir o sucesso é preciso treinamento contínuo
rumo à melhoria, comprometimento por parte de todos, constante auto-análise e
busca de aperfeiçoamento, iniciativa de identificar e resolver os problemas e tudo
isso com uma dose de incentivos e recompensas pelo trabalho realizado com
sucesso.

2.6.3 Objetivos dos cinco sensos

Implantando os cinco sensos o principal objetivo a ser almejado é o bem


estar dos envolvidos, com um alto nível de qualidade de pessoal e ambiental. Com o
intuito da busca pela qualidade de vida total, englobando produtos, serviços e
principalmente os que desenvolvem tudo isso, as pessoas.
Para Oliveira (1997, p. 15)

A praticados sensos visa, sobretudo, à qualidade de nossas de


vidas, harmonizando os recursos ambientais disponíveis na Natureza e ao
nosso redor com as diversas atividades que desenvolvemos no dia-a-dia
nos ambientes que frequentamos: familiar, profissional, social etc.

Assim como a qualidade, a segurança e melhoria da produtividade também


fazem parte dos objetivos dos cinco sensos, prever acidentes é impossível, mas
evita-los é previsto, mantendo o ambiente organizado com tudo no seu devido lugar
tarefa essa facilmente de ser executada no senso de arrumação e organização,
buscando assim a prevenção de acidentes, que em algumas vezes pode ser graves.
De acordo com Oliveira (1997, p. 15) Nos ambientes arrumados, ordenados e limpos
a quantidade de horas perdidas com acidentes reduz-se cada vez mais, diminuindo
também o sofrimento das pessoas envolvidas nos acidentes.
No que diz respeito ao desperdício é preciso o envolvimento de todos dentro
da instituição, todos devem querer e fazer bem feito, saber usar os recursos de
forma ordenada e consciente e para isso, é preciso que o treinamento seja
constante para promover desenvolvimento das pessoas assim, pessoas qualificadas
produzem melhor aumentando os índices de produtividade e consequentemente os
lucros. Para Oliveira (1997, p, 17) O programa dos 5 sensos é também denominado
de Programa de combate ao Desperdício, à medida que utilizarmos melhor e mais
racionalmente os recursos disponíveis e matérias primas.
43

Então o programa cinco sensos reeduca os envolvidos, ensinando como


fazer as coisas, de como utilizar os recursos e faz com que os envolvidos reflitam do
que cada um pode e precisa fazer para conseguir o sucesso desejado com a
implantação deste programa.

2.6.4 Benefícios dos cinco sensos

A implantação do programa cinco sensos quando devidamente


compreendidos e praticados podem alcançar alguns benefícios, abaixo serão
apresentados de forma individual cada senso.
1. A prática do senso de utilização resultará em: liberação de espaço e
melhor organização, racionalização do uso de materiais e de equipamentos, melhor
aproveitamento dos espaços, eliminando armários, estantes, papéis, ferramentas e
outros itens em excesso, diminuição de custos, redução do desperdício e
consequentemente um local de trabalho mais saudável e apresentável.
Abaixo figura que apresenta ações para a aplicação do seiri.

É usado toda
hora?

Úteis É usado todo?

É usado
eventualmente?
Senso de
Utilização
Lixo ( sucata)

Inúteis Repassar

Vender

Figura 02 - Senso de utilização


Fonte: Site Planare Gestão de Equipes.
44

2. O senso de organização permite alocar os recursos de forma sistêmica,


estabelecendo uma forma de comunicação visual de acesso rápido. A partir dos
recursos úteis identificados no senso anterior, a tarefa do senso de organização é
priorizar cada recurso. Abaixo figura demonstrando esta priorização.

Senso de
Utilização É usado toda Colocar no local
hora? de trabalho

Colocar próximo
Úteis É usado todo dia? ao local de
trabalho

Colocarem local
É usado
adequado
eventualmente?
(almoxarifado)

Figura 03 - Senso de Organização


Fonte: Site Planare Gestão de Equipes.
3. Senso de limpeza é orientado para o dever de os envolvidos cuidarem dos
recursos disponíveis de forma que eles estejam sempre em boas condições de uso.
A figura abaixo mostra os benefícios que o seiso tem como resultados:

Sentimento de bem
estar nos empregados

Sentimento de
exelência transmitido
aos clientes
Senso de Limpeza

Melhor disposição
para o trabalho

Melhor apresentação
dos produtos e
serviços
Figura 04 - Senso de Limpeza
Fonte: Elaborado pelo acadêmico
45

4. Na etapa do senso de Saúde ou Padronização os envolvidos já


reconhecem a importância dos sensos anteriores. Isso significa que existe a
preocupação com a manutenção, seja ela físicas ou mentais, de trabalhos favoráveis
à saúde. Na figura abaixo algumas ações para à prática deste senso que podem ser
alcançadas.

Garantia da melhoria na
qualidade de vida no trabalho

Elavação do nível de satisfação e


motivação do pessoal com o
trabalho
Senso de
Padronização A possibilidade de transformação
da energia física e mental em bens
e serviços

Redução de gastos com doenças e


acidentes e reflexos positivos nos
hábitos de higiene pessoal.

Figura 05 - Senso de Padronização


Fonte: Elaborado pelo acadêmico.
5. E por fim o último dos sensos o senso de disciplina, é quando as
pessoas não necessitam mais de supervisão para fazer as coisas certas, os
envolvidos são autodisciplinados, fazendo as coisas como devem ser feitas mesmo
que ninguém veja, significando que as pessoas se auto-desenvolveram e
consolidaram as melhorias alcançadas com a prática dos “4Ss” anteriores. Portanto
Oliveira, diz:

“O senso de Autodisciplina significa que os Sensos de Arrumação,


Ordenação e Asseio estão sendo bem praticados e que conseguimos
elevados padrões éticos e morais, refletindo mudanças comportamentais
positivas”. (OLIVEIRA. 1997, p. 39).

Abaixo quadro demonstrando os possíveis benefícios do alcançados pelo


senso de disciplina:
46

Autos níveis dequalidade


pessoal e ambiental

Manifestação espontânea
de criatividade no grupo
ao realizar suas
atividades
Senso de Disciplina

Diminuição do desperdíco
e conservação de energia
física e mental

Melhoria do Clima
Organizacional e
satisfação coletiva

Figura 06 – Senso de Disciplina


Fonte: Elaborado pelo acadêmico

2.7 5W2H

Na implantação de programas de qualidade é muito importante a elaboração


de um plano de ação, para estabelecer metas quanto às necessidades da empresa.
É formulado pelo estagiário o plano de ação usando o modelo de análise 5W2H. De
acordo com Ribeiro (2006), o 5W2H sigla originária das palavras em inglês,
formando um questionário com sete perguntas possibilitando detalhar as ações, para
assim servirem de base nas ações a serem tomadas. What? (O que?), o que deve
ser feito, melhorado ou arrumado. Who? (Quem?), quem será o responsável pela
tarefa a ser executada. When? (Quando?), refere-se ao prazo, quando deve ser
feito, quando aconteceu. Where? (Onde?), onde deve ser feito, onde a ação deve
ser tomada. Why? (Por quê?), por que acontecer, por que isso deve ser feito, é onde
justificado o porquê de determinada mudança. Assim completam-se os
questionamentos dos cinco W’s. Os dois H’s, são representados pelos seguintes
questionamentos: o How? (Como?) que significa procedimentos, ou seja, como deve
ser feito, e o How Much? (Quanto Custa?), significando o quanto ações irão custar.
Segundo Slack (1997) com estes questionamentos identifica-se possíveis
respostas para determinados problemas. Já na visão de Oliveira (2001, p. 114),
“permite o desenvolvimento de um nível de análise que viabiliza a identificação das
diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação”.
47

Através de um modelo como este, facilita a tomada de decisões num devido


plano de ação, fazendo com que todas as tarefas a serem executadas sejam
planejadas de forma cuidadosa e objetiva, garantindo uma implantação mais
organizada.

2.8 Diagnóstico ou Análise Administrativa

A análise administrativa é de fundamental importância para diagnosticar as


causas dos problemas que ocorrem dentro da organização. De acordo com Cury
(2005) os diagnósticos situacionais é resultado de trabalhos dinâmicos e
permanentes em busca das causas dos problemas, estudando soluções integradas
para tais problemas administrativos. Envolvendo desta forma, o planejamento as
mudanças, aperfeiçoando o clima e a estrutura organizacional, também os
processos e os métodos de trabalho. Os envolvidos em processos de mudanças nas
organizações precisam saber e entender porque e onde a empresa almeja chegar
com tais modificações.
Para Cury (2005) o diagnóstico situacional das causas, que consiste em
identificar o clima, estrutura, os métodos e processos da organização, através do
levantamento de dados e crítica respectiva, juntamente com, intervenção planejada,
que envolve o estudo para a solução dos problemas detectados, planejar as
mudanças, implementar e controlar os resultados são os pontos fundamentais da
análise administrativa.
Para Oliveira (1998, p.107) “para a completa avaliação da estrutura
organizacional, podem-se desenvolver as seguintes etapas”.
Etapa I – Levantamento
- Identificação dos problemas evidenciados pelos usuários; e
- Entrevista com os elementos-chave da empresa (com ou sem
questionário). Pode-se considerar como ideal a utilização de um roteiro estruturado
de entrevista.
Etapa II – Análise
- Analisar os dados levantados anteriormente;
- Interligar os dados levantados, verificando sua veracidade e considerando
os vários subsistemas da empresa;
- Estabelecer padrões e critérios de avaliação;
48

- Identificar os efeitos de cada um dos dados levantados na situação atual da


estrutura organizacional da empresa.
Etapa II
- Estabelecer a situação dos quatro componentes da estrutura
organizacional na empresa;
- Verificar o envolvimento de cada um dos quatro condicionantes sobre a
estrutura organizacional;
- Verificar o nível de abrangência da abordagem da estrutura organizacional,
quer seja em nível de empresa, em nível de unidade estratégia de negócio ou em
nível de corporação.
Para um processo de mudança que vise uma gestão organizacional mais
adequada, é necessário seguir as seguintes etapas: definir o objeto de estudo,
promover a pesquisa preliminar, planejamento de ação, execução, identificação dos
principais problemas e necessidades, formular e escolher as alternativas de plano de
ação, mudar acompanhar e reavaliar.
Para a realização de uma análise administrativa de sucesso, é importante
que o profissional seja capacitado, e também outros pontos que de acordo com o
autor Cury (2005) é o apoio da administração estratégica, uma equipe voltada para o
resultado global integrando as necessidades individuais e organizacionais e a
consideração da organização como um sistema aberto, são pontos fundamentais
para que se tenha êxito no diagnóstico e na implementação planejada.
49

3 METODOLOGIA

Este capítulo tem como objetivo apresentar a metodologia utilizada para a


realização deste trabalho, e como foram levantados os dados para avaliar a possível
implantação do programa cinco sensos na empresa Cassol Pré Fabricados.
O método de pesquisa utilizado no presente trabalho foi o estudo de caso.
Isto porque, de acordo com Roesch (1999), o estudo de caso representa uma
investigação empírica e compreende um método abrangente, com a lógica do
planejamento, da coleta e da análise de dados. Pode incluir tanto estudos de caso
único quanto de múltiplos, assim como abordagens quantitativas e qualitativas de
pesquisa.

3.1 Delineamento da pesquisa

O delineamento da pesquisa consiste em especificar o plano ou estratégia


que será utilizada para o trabalho. Especificam-se as amostras os subgrupos a
serem pesquisadas, quais comparações serão feitas, definição ou não de grupos de
controle, quais variáveis serão mensuradas, quando e quais intervalos e como será
relacionadas estas medidas.
A pesquisa discorrerá no campo quantitativo, pois se utilizará de tabelas e
gráficos para compreender as opiniões e informações coletadas na pesquisa e
transformando-as em números, posteriormente analisam-se os dados e apura-os
estatisticamente. Esclarece Fonseca (2002), que os resultados da pesquisa
quantitativa podem ser quantificados, é objetiva e influenciada pelo positivismo,
considerando que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de
dados recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros.
Exploratória porque passou pela etapa de escolha do tópico de investigação,
de delimitação do problema, de definição do objeto e dos objetivos, de construção
do marco teórico conceitual e dos instrumentos de coleta de dados (MINAYO, 1996).

3.2 População da pesquisa

A população a cerca deste trabalho são 07 funcionários da empresa Cassol


Pré Fabricados Ltda especificamente do setor do almoxarifado de obras. É um grupo
de interesse que se deseja descrever ou do qual se deseja tirar conclusões. O intuito
50

do pesquisador após a implantação do programa no setor do almoxarifado de obras


é que este projeto se estenda a todas as unidades da empresa. Conforme Roesch
(1999, p. 138) “Uma população é um grupo de pessoas ou empresas que interessa
entrevistar para propósito específico de um estudo”.
A escolha do setor e seus 07 funcionários se deu pelo fato de ser um setor
de fácil acesso por parte do acadêmico, sendo assim facilitava a pesquisa na busca
por informações, também porque é um setor pequeno proporcionando
hipoteticamente uma implantação fácil de controlar. Outro fator importante, como o
setor é pequeno, é que os resultados obtidos na implantação de um modelo de
qualidade serão apresentados como material de convencimento aos diretores.

3.3 Instrumentos de coleta de dados

O instrumento escolhido para a coleta dos dados primários foi o questionário


estruturado pelo acadêmico e orientador (apêndice I e II), com perguntas claras e
objetivas, que busca obter informações para nortear a análise de resistência à
mudança e de implantação do programa Cinco Sensos. De acordo com Roesch
(1999, p. 142), “o questionário é o instrumento mais utilizado em pesquisa
quantitativa, principalmente em pesquisas de grande escala”.
Os questionários utilizados na pesquisa são compostos por perguntas
fechadas e opções de respostas com escalas nominadas que foram marcadas
simplesmente com um x em cada resposta escolhida, tornando assim a pesquisa de
fácil preenchimento para os respondentes.
Para Mattar (1996, p. 210), “as escalas indiretas combinam um conjunto de
respostas dos entrevistados em relação ao objeto em questão, para determinar qual
a sua posição na escala de atitude desenvolvida”.

3.4 Análise de dados

O tratamento dos dados se deu por meio de análise de conteúdo, tendo em


vista desvelar-se de uma abordagem quantitativa. Comenta Roesch (1999) que a
análise quantitativa ocupa-se em calcular médias, computar percentagens, examinar
os dados verificando significância estatística, pode-se calcular correlações. Estas
análises buscam extrair sentido dos dados, testando hipóteses, comparando os
51

resultados para vários subgrupos. Desta forma ocorreu-se a coleta de dados com o
intuito de facilitar a interpretação dos resultados.
52

4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

Este capítulo apresenta o resultado da pesquisa realizada na empresa


Cassol Pré Fabricados Ltda, para a proposta de implantação do programa cinco
sensos.

4.1 Caracterização da empresa

Este item discorrerá um breve histórico da empresa, a missão, a visão,


objetivos, organograma, estrutura de funcionários, seus principais serviços, clientes
e concorrentes.

4.1.1 Histórico da empresa

Em 1958 foi criada a madeireira Cassol, fundada por Ernesto Cassol e filhos.
Com sede no município de São José - SC, a empresa começou sua atuação com
extração, beneficiamento e comercialização de madeira. Com consciência ecológica
e preocupação com o meio ambiente, a empresa desenvolve de forma paralela, um
grande projeto de reflorestamento e beneficiamento de madeira. Em 1961, inicia-se
a fabricação de esquadrias e comércio de madeiras em geral.

Figura 07 - Madeireira Cassol


Fonte: Arquivos Cassol
53

A partir de 1963, a Cassol dá início a um programa de exportações e em


1965 atinge os mercados da Argentina e Europa, adquire uma área de 120 mil m²
em Florianópolis e instala uma unidade industrial na capital catarinense.
A expansão das atividades da empresa indicava cada vez mais a
necessidade de conquistar novas oportunidades de negócios, e em 1967 a empresa
decide apostar no ramo de materiais de construção, nas cidades de São Jose e
Florianópolis (SC) e iniciou a construção de um depósito e loja para a distribuição de
madeira e material de construção. Com o milagre econômico, os investimentos não
param, e em 1975 é fundada a Kobrasol Empreendimentos Residenciais, decisiva
na realização das metas e objetivos traçados pelo grupo. Após o conhecimento de
novas tecnologias no exterior, em 1976, a Cassol ingressa no ramo de pré-fabricado,
inaugurando sua primeira fábrica em São José (SC).

Figura 08 - Unidade de Santa Catarina


Fonte: Arquivos Cassol

Visto que o pré-fabricado atingiu excelentes resultados, sucessivamente a


Cassol Pré- Fabricados inaugurou em 1991 a fábrica de Curitiba (PR) que hoje é a
54

matriz do grupo, em 1995 a fábrica de Porto Alegre (RS), no ano de 2001 a fábrica
do Rio de Janeiro e em 2008 a fábrica de São Paulo (SP).

Figura 09 - Unidade Paraná


Fonte: Arquivos Cassol

Figura 10 - Unidade Rio Grande do Sul


Fonte: Arquivos Cassol
55

Figura 11 - Unidade Rio de Janeiro


Fonte: Arquivos Cassol

Figura 12 - Unidade São Paulo


Fonte: Arquivos Cassol
56

Figura 13 - Nova Unidade Santa Catarina


Fonte: Arquivos Cassol

De pioneira na região Sul, a Cassol se transformou no maior complexo


industrial de pré-fabricados da América Latina. Possuindo aproximadamente 120 mil
m² de área coberta nas fábricas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio
de Janeiro e São Paulo e capacidade de produção superior a 20 mil metros cúbicos
por mês, o equivalente a 2.000 carretas. Com foco na verticalização a Cassol reforça
sua posição de líder no segmento e garante a satisfação de mais de 4.000 clientes
atendidos no Brasil e exterior.
Com desempenho favorecido por localizações privilegiadas e logísticas
impecáveis, utilizando equipamentos importados de última geração e com frotas e
maquinários próprios, a Cassol conta com um setor de metalurgia responsável pela
produção e manutenção de máquinas, moldes e equipamentos para transporte e
montagem.
Parcerias com universidades e centros de pesquisas garantem um
intercâmbio de conhecimentos e ampliam as tecnologias aplicadas pela empresa. A
Cassol Pré Fabricados faz parte do Grupo Cassol com cerca de 3,6 mil funcionários
diretos, hoje o Grupo atua em quatro ramos da atividade econômica: comércio de
57

materiais de construção e decoração; industrialização e montagem de pré-fabricados


de concreto; imobiliário na construção e comercialização de imóveis, além de
reflorestamento.

Figura 14 - Logotipos Grupo Cassol


Fonte: Arquivos Cassol

Figura acima mostra os logos das empresas que compõem o grupo Cassol,
onde, Cassol reflorestamento situada na serra catarinense, Kobrasol construindo
empreendimentos de alto padrão em todo o sul do país, Cassol Centerlar o home
center mais completo do sul do país com lojas no Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul e por fim, Cassol Pré Fabricados empresa do ramo da construção
civil pré moldada.

4.1.2 Missão, visão, princípios e valores

Para Oliveira (2005) missão é o motivo central do planejamento estratégico,


demonstra onde as empresas querem chegar, representa um cenário ou horizonte
desejado. Assim a Cassol tem como missão, “Criar, industrializar e construir com
solidez e resultado, satisfazendo o cliente”.
De acordo com Chiavenato (2005), diz que a estratégia organizacional deve
estar alinhada com a visão e objetivos principais da empresa. Desta forma torna-se
58

indispensável o conhecimento da visão para a elaboração das estratégias. A Cassol


tem com visão “Ser líder no mercado em que atua e contribuir para o avanço da
sociedade de maneira sustentável”. E tem como princípios e valores:
Foco no Cliente.
Fazemos a diferença oferecendo as melhores soluções para garantir a satisfação
das necessidades de nossos clientes.
Relacionamento.
Valorizamos os relacionamentos sólidos e duradouros, de forma positiva e produtiva,
em busca de resultados comuns.
Ética e Compromisso.
Fazemos do comportamento ético uma regra. Nossas normas, diretrizes e atitudes
são norteadas por princípios de transparência, honestidade, respeito à sociedade,
responsabilidade e sustentabilidade.
Trabalho, Simplicidade e Humildade.
Acreditamos na força das pequenas atitudes e respeitamos todas as formas de
pensar.
Empreendedorismo e inovação.
Construímos nosso futuro criando tendências de mercado e inovando em conceitos
de construção.
Solidez e Resultados.
Incentivamos a geração de valor como forma de garantir o crescimento sustentável
da organização.
Nossa gente.
Nossa essência, acreditamos e valorizamos as pessoas, pois elas que fazem a
grande diferença.

4.1.3 Estrutura organizacional

Apresenta-se a seguir o organograma da unidade Cassol Pré Fabricados de


Santa Catarina, unidade esta que será proposto a implantação do programa cinco
sensos. Como se pode observar a figura abaixo representa a estrutura
organizacional da unidade fabril de Santa Catarina, situada as margens da BR 101
Florianópolis.
59

Gerência
Unidade
Santa Assistente
catrina Engenharia

Coordenação
Coordenação Produção
Obras

Comercial Recursos
PCP Suprimentos Financeiro
Humanos

Supervisor Qualidade e Orçamento Financeiro


de Obras Segurança Obra Obra

Técnicos Encarregados
de obras
Administrativo Compras
Montadores e
Operadores
Almoxarifado Estagiário
de obra
Auxiliares de
montagem

Figura 15 - Estrutura Organizacional


Fonte: Arquivos Cassol
Conforme apresentado na estrutura organizacional, o setor em destaque
formando o departamento de gestão integrada é a área que será sugerida a
implantação do programa cinco sensos.

O departamento de gestão integrada é o setor responsável por interligar a


indústria às obras, gerando um relatório de situação de produção, onde é
especificada a programação da produção.
60

Figura 16 - Situação de Pedido


Fonte: Sistema interno Cassol

Como pode-se identificar na figura acima, mostra um gráfico da situação de


produção de obras, onde identifica-se o estágio exato que se encontra cada peça.

4.1.4 Clientes

A Cassol Pré-fabricados possui uma equipe técnica especializada que


oferece as melhores soluções aos clientes, bem como o acompanhamento integral à
montagem das estruturas. Além do corpo técnico próprio, mantém parcerias com os
melhores escritórios de engenharia, cálculo e arquitetura do país para dar o suporte
necessário a qualquer tipo de projeto de acordo com as necessidades dos clientes.
61

Figura 17 - Laboratório de Pesquisas


Fonte: Arquivos Cassol

Com instalações amplas e modernas estruturas, a Cassol mantém um


sistema integrado de abastecimento com laboratórios computadorizados para
análise do desempenho de peças em escala real. A Cassol vem participando
ativamente do programa de qualidade específico para o setor, “Selo de Excelência
Abcic”, desde o seu desenvolvimento à manutenção da certificação de suas fábricas.
Em Araucária – PR mantém um laboratório central, que além de dar suporte aos
laboratórios das outras unidades, atua em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de
forma integrada com os processos de produção e projetos, assim garantindo a
qualidade das estruturas pré-moldadas para quem adquire os produtos.
62

Figura 18 - Mapa Demográfico de Atendimento


Fonte: Arquivos Cassol

O sistema construtivo permite agilidade na execução da estrutura. Todos os


procedimentos da Cassol Pré-fabricados, desde a industrialização até a entrega
efetiva da obra, fazem parte de um departamento de gestão integrada. Com uma
logística privilegiada e grande capacidade produtiva, a Cassol garante o
cumprimento do cronograma de obra, assim a Cassol consegui atender com muita
agilidade seus clientes seguindo rigorosamente os cronogramas das obras. A seguir
figura com alguns dos mais de 4.000 clientes atendidos em mais de 50 anos de
atuação.
63

Figura 19 - Clientes atendidos


Fonte: Arquivos Cassol

É com as premissas citadas anteriormente que a Cassol Pré Fabricados


busca atender as necessidades de seus clientes, oferecendo diversas soluções em
produtos pré-moldados sempre buscando agilidade nos processos construtivos de
grandes obras.
64

4.2 Resultados da Pesquisa

Neste capítulo são apresentados todos os passos de implantação do


programa cinco sensos na empresa Cassol Pré Fabricados Ltda.

4.2.1 Etapas e benefícios do programa

As cinco principais etapas do programa dos sensos têm diferentes


denominações. As denominações são diversas, porém todas as denominações
buscam ao máximo não fugir do real significado originado do Japão.
Assim como as denominações os benefícios e as vantagens também são
diversos e para facilitar o entendimento abaixo o quadro apresentará as definições
das terminologias adotadas para cada senso e seus principais benefícios e
vantagens.

Terminologias Terminologias
Sensos Benefícios Vantagens
encontradas adotadas
Disponíveis
- Eliminação apenas
Seiri - Descarte Utilidade Liberar espaços. documentos e
- Utilidade ferramentas
úteis.
- Arrumação Melhor Facilidade de
Seiton - Organização Ordenação aproveitamento acesso ao que
- Ordenação do tempo. se necessita.
Reduz extravio
- Inspeção de documentos, Possibilita um
Seiso - Limpeza Limpeza ferramentas e ambiente de
- Zelo quebra de trabalho limpo.
máquinas.
Melhora o
- Asseio
Aprimoramento entendimento
- Higiene
Seiketsu Padronização constante de de todos
- Saúde
procedimentos. referente aos
- Padronização
processos.
- Autodisciplina
Mantém o
- Supervisão Melhoria
Shitsuke Disciplina ambiente limpo
independente contínua.
e organizado.
- Autocontrole
Quadro 06 – Aspectos dos cinco sensos
Fonte: Elaborado pelo acadêmico

No quadro acima se identifica as etapas do programa cinco sensos, sua


aplicação inicia-se pelos três primeiros sensos entendida como 1ª fase e os dois
65

últimos sensos os quais contemplam a 2ª fase, esta implantação objetiva a melhoria


do ambiente de trabalho e consequentemente das pessoas envolvidas ao processo.

4.2.2 Necessidades da empresa

Utilizando os instrumentos de coleta para esta pesquisa pôde-se avaliar a


situação do setor e suas necessidades. A pesquisa foi realizada com os funcionários
do setor do almoxarifado de obras, fez-se o uso de um questionário “Apêndice I”
com questões simples de fácil entendimento, avaliando assim, o nível de resistência
à mudança dos colaboradores. Para o programa cinco sensos fez-se necessário a
aplicação do questionário “Apêndice II” com questões voltadas a avaliar o perfil dos
colaboradores em relação ao 5S. Os questionários foram aplicados com sete
funcionários do setor do almoxarifado de obras, setor que servirá de teste. Com os
resultados obtidos será analisado quais medidas serão necessárias para a
elaboração do plano de ação que melhor encaixaria no perfil dos colaboradores.

45%

40% 38% 39%

35%

30%

25% Não resistente


20% Influenciáveis
20%
Muita resistência
15%

10%

5%

0%
Resistência à mudança

Gráfico 01: Resistência à mudança


Fonte : Elaborado pelo acadêmico

Analisando gráfico 01, o grupo de implantação do programa pode encontrar


dificuldades, existem opiniões bem divididas, os funcionários com forte tendência a
resistirem às mudanças somam quase 40% que não seriam nada flexíveis, 38% são
66

aqueles colaboradores que não apresentam tolerâncias às mudanças, um grupo


menor com 20% dos entrevistados identificam-se como aquelas pessoas que tanto
podem resistir a qualquer tipo de mudança ou adaptar-se às mudanças.
Sobre o questionamento a respeito do conhecimento ou alguma vivencia
com programa obteve-se os seguintes dados apresentados no gráfico 02.

60
50 50
50

40

30 Sim
20 Não

10

0
Questão 1 - Você já teve algum contato ou
experiência com o programa cinco sensos?

Gráfico 02: Questionário 5s


Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Metade do setor tem conhecimento do programa, facilitando assim ao


facilitador a implantação do programa visto que estas pessoas que já conhecem
podem auxiliar aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer o programa.
70 66,66

60

50

40
33,33 Sim
30 Não

20

10

0
Questão 2 - Você gostaria de participar do grupo responsável por aplicar os cinco sensos?

Gráfico 03: Questionário 5s


Fonte: Elaborado pelo acadêmico
67

Conforme resultado apresentado no gráfico 03, a grande maioria não teria


interesse em participar do comitê para implantação do programa.

70 66,66

60

50

40
33 Sim
30 Não, sempre falta algo
Sim, até coisas que não uso
20 17

10

0
Questão 3 - Você tem todo o material para realizar seu
trabalho?
Gráfico 04: Questionário 5S
Fonte: Elaborado pelo acadêmico

O gráfico 04 representa os materiais utilizados na rotina diária dos


colaboradores. A predominância foi para a falta dos materiais com 66% dos
colaboradores.

60
50
50

40
33,33
30 Nunca
Na maioria das vezes
20 16 às vezes

10

0
Questão 4 - Devido a falta de materiais, ocorre atrasos no
processo de seu setor?
Gráfico 05: Questionário 5S
Fonte: Elaborado pelo acadêmico
68

No gráfico 05, 83% dos colaboradores apontaram que já ocorreu atrasos por
falta de materiais, 16% que nunca tiveram atrasos por falta de materiais.

80
70 66,67

60
50
40 33 Sim
30 Não
20
10
0
Questão 5 - Existem materiais ou equipamentos que não estão sendo usados,
permanecem no seu setor?

Gráfico 06: Questionário 5S


Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Conforme gráfico 06, quase 67% dos colaboradores identificaram materiais


que não estão sendo usados no setor, os que não identificaram são 33% dos
entrevistados.

80

70 66,67

60

50

40 Sim
Pode ser Melhor
30 Não

20 16,67 16,67

10

0
Questão 6 - O seu setor é organizado?
Gráfico 07: Questionário 5S
Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Conforme gráfico 07, 66% dos colaboradores acha que o seu setor podia ser
melhorado, confirmando assim que se faz necessário a implantação do programa.
69

60
50 Com etiquetas
50

40 Ordem alfabética
33,33
30 Etiquetada, mas materiais
trocados
20 16,67
Não há nenhum tipo de
organização
10
0
0
Questão 7 - Como estão organizadas (os) as (o)
caixas, armários do seu setor?
Gráfico 08: Questionário 5S
Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Conforme gráfico 08, a maioria dos colaboradores apontou que não há


nenhum tipo organização no setor, 33% diz ter alguns itens etiquetados. Mostrando
novamente que o programa será muito bem vindo.

Questão 8 - Com relação as suas atividades, identifique como


está a situação das mesmas.
60
50 50 50
50

40 Apresenta-se em dia com tais


33,33 33,33 33,33 33 33 cumprimentos
30 Pode ou deve melhorar

20 16,67 16,67 16,67


Está em atraso e precisa agilizar
10

0
Horários Prazos e Armários Atividades
serviços organizados diárias

Gráfico 09: Questionário 5S


Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Conforme gráfico 09, a pontualidade é seguida por 50% dos colaboradores


e, 16% está em atraso com horários, outros dois itens do gráfico que se destacaram
é a questão dos prazos e também com a organização do ambiente sendo que 50%
70

dos colaboradores apontaram que os dois itens podem ser melhorados e os 16%
identificam-se em dia com tais cumprimentos.

Questão 9 - Com relação aos materiais que você utiliza, classifique-os:


70 66
60 Sempre
50 50 50 50
50
40 33 33 33 33 33 33 Nunca
30
20 16 16 16 Na maioria
10 das vezes
0
0

Gráfico 10: Questionário 5S


Fonte: Elaborado pelo acadêmico
Conforme o gráfico 10, a maioria dos materiais ainda necessita de
identificação, considerando as informações vê-se a necessidade de implantação do
programa para organizar o setor mudando o layout proporcionando uma melhor
distribuição e melhorando o acesso aos materiais a todos os colaboradores.
Questão 10 - Como você classificaria a limpeza no seu setor de trabalho?

60 Péssimo Mal Regular Bom Ótimo


50 50 33 50 50 50 50 50
50

40 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
30

20 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16

10
0 0 0 0 0 0
0

Gráfico 11: Questionário 5S


Fonte: Elaborado pelo acadêmico
71

Conforme o gráfico 11, os diversos ambientes que foram solicitados aos


colaboradores para que analisassem as condições de limpeza, mostrou resultados
bem dispersos, nota-se que os níveis de limpeza estão bons e que precisa ser
melhorado, mas não será difícil chegar ao nível ótimo com a implantação do
programa.

Questão 11 - Agora assinale conforme sua disciplina em relação aos itens abaixo
que melhor representa o seu comportamento.
60
50 50 33 50 50
50
Péssimo
40
33 33 33 33 33 33 33 33 33 33
Mau
30
Regular
20 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16
Bom
10
0 0 0 0
Ótimo 0

Gráfico 12: Questionário 5S


Fonte: Elaborado pelo acadêmico

Conforme gráfico 12, a auto avaliação proposta nesta questão apresentou


um resultado bem disperso, mas de modo geral mostrou que os colaboradores
demonstram ser disciplinados. Uma questão em destaque é que ninguém se auto
avaliou como péssimo.
72

60

50
50

40
Nunca
30 Na maioria das vezes
Às vezes
20 16 16 16 Sempre

10

0
Questão 12 - As pessoas com quem você trabalha se ajudam
mutuamente?

Gráfico 13: Questionário 5s


Fonte: Elaborado pelo acadêmico
Conforme o gráfico 13, o grupo às vezes se ajuda mutuamente
representando 50% das respostas e 16% nunca, 16% na maioria das vezes e 16%
sempre, mostrando desta forma um setor com baixa harmonia, possibilitando a
implantação do programa, trabalhar mais com os aspectos trazendo mais qualidade
ao setor.

4.2.3 Elaboração do manual de implantação

Para a implantação do programa sugere-se um manual de implantação, a


necessidade de reforçar a cultura organizacional do setor é visível e necessária, o
início da implantação exigirá dos colaboradores participação efetiva de cada um. A
necessidade do envolvimento de todos é importantíssima, todos precisam ter
consciência de que o setor poderá adquirir mais qualidade com o programa cinco
sensos, e também será preciso conhecer o assunto e adequar-se a ele.
A base inicial do processo de implantação será o Manual, que segue ao final
deste trabalho, apêndice III, elaborado pelo estagiário.
Dessa forma o setor o setor do almoxarifado de obras estará diligenciando
seus trabalhos com mais utilidade, organização,limpeza, saúde e disciplina,
aduzindo a Cassol Pré Fabricados Ltda mais qualidade e produtividade.
73

5 IMPLANTAÇÃO PARCIAL DO PROGRAMA CINCO SENSOS

Este subcapitulo apresentará uma previa de implantação do programa cinco


sensos, objetivando incentivar os gestores de como o programa poderá proporcionar
muitos benefícios para a organização.

5.1 Situação do setor antes do 5S

Observando nas fotos abaixo pode-se entender a real situação do


almoxarifado de obras da empresa Cassol Pré Fabricados, dispensando qualquer
comentário a respeito de organização de um ambiente.

Figura 20 – Almoxarifado antes do 5S


Fonte: Acadêmico

Como pode-se ver, é visível a desorganização instalada no setor, bobinas de


fios largadas sem qualquer identificação, obstruindo as áreas de circulação fazendo
com que cada funcionário que apareça no setor tenha que movimentar algum
material para abrir passagem.
74

Figura 21 – Almoxarifado antes do 5S


Fonte: Acadêmico

Figura acima encontra-se na mesma situação citada anteriormente,


causando uma poluição visual e espanto aos visitantes da empresa.

Figura 22 – Almoxarifado antes do 5S


Fonte: Acadêmico
75

Como pode-se observar, a desorganização toma conta do ambiente, um


local sem o mínimo padrão de arrumação, note-se também que os materiais não são
acondicionados com suas devidas identificações e endereços, ou seja, do modo que
as coisas chegam no setor são jogadas no primeiro lugar vago que veem.
Devido ao ambiente mal organizado viu-se a necessidade de implantação do
Senso de Arrumação. De acordo com os resultados esperados, serão utilizadas as
informações para embasamento de convencimento dos gestores com relação aos
benefícios que podem vir a serem alcançados com a implantação do Programa
Cinco Sensos.

5.2 Reunião de sensibilização

No dia 14 de abril de 2014, foi realizada uma palestra com os funcionários


do setor do almoxarifado. O objetivo principal era familiarizar os funcionários com a
abordagem Organização, limpeza e bem-estar no ambiente de trabalho, em uma
conversa informal, sem material didático, fazendo com que todos se sentissem a
vontade para expressar suas próprias opiniões sobre o tema.
A reunião se realizou da seguinte forma:
- O palestrante apresentou-se.
- Apresentação dos colaboradores.
- Apresentação dos temas: organização,limpeza e bem-estar
- Criou-se espaço para que os funcionários sugerissem melhorias e
passassem experiências que obtiveram em outras empresas.
- Introduziu-se o tema da próxima reunião.

5.3 Reunião para apresentação do Senso de Arrumação

Essa reunião tem por objetivo apresentar aos funcionários os benefícios que
compõem o senso de organização que serão aplicados no setor do almoxarifado de
obras. Diferentemente da primeira reunião fez-se o uso de material resumido com as
seguintes informações: Resumo do senso de arrumação, significado, Atitudes
resultantes e valores resgatados, material este explicitado no conteúdo de
treinamento em anexo neste trabalho.
76

5.4 Plano de ação

Elaborou-se um plano de ação para intervir no almoxarifado com base no


senso de arrumação. No presente trabalho foi necessário 5 dias para colocar as
coisas em ordem usando todos os 07 funcionários do setor.
Pontos em destaque no plano de ação:
- Tirar tudo que não tem utilidade
- Separar materiais
- Demarcar todos os pontos que serão armazenados materiais
- identificação dos materiais e ferramentas através de ferramentas
- Identificar áreas de circulação através de pintura
Os resultados obtidos na implantação do senso de arrumação serão
relatados no capitulo seguinte.

5.5 Resultados com a implantação parcial do senso de arrumação

Após os devidos treinamentos passados aos envolvidos na implantação


parcial do programa, no dia 21 de abril de 2014, iniciou-se efetivamente aplicação do
senso de arrumação.
1º dia – Separação dos materiais
Neste primeiro iniciou-se a separação dos materiais, destinou-se um área de
8m² para descarte dos materiais sem utilidades mais 5m² a área destinada a
separação dos materiais para depois serem destinadas aos seus devidos lugares.
Horário de trabalho foi das 08:00 12:00 – 13:00 17:48 para todos os dias.
2º dia – Separação dos materiais
Como não foi possível a separação de todos os materiais no primeiro dia
utiliza-se o segundo dia para dar continuidade. Ao final do expediente do segundo
dia finalizou-se a separação dos materiais e limpeza da área.
3º dia – Pintura das áreas de circulação e materiais
Iniciaram-se as pinturas das faixas no piso, identificando assim às áreas de
circulação e áreas destinadas a armazenagem de materiais. As cores utilizadas para
demarcar as áreas foram a cor amarela para faixas e cor azul para áreas internas às
faixas amarelas.
4º dia – Reorganização dos materiais
77

A alocação dos materiais foi simples devido aos locais identificados com
pinturas e prateleiras limpas e identificadas com plaquetas, os materiais que foram
descartados tiveram seus devidos destinos, como: metais, restos de fios, cimento
vencido, caixas de cerâmica, sobras de tubos de instalação hidráulica e sanitária.
5º Confraternização dos colaboradores envolvidos com a implantação parcial
do Senso de Arrumação.
Na parte da manhã realizou-se a reunião de encerramento da organização,
parabenizando todos os envolvidos e agradecendo pela participação e
comprometimento de todos na realização dos objetivos, após a reunião foi servido
um café.
As fotos a seguir identificam-se os resultados obtidos com estes cinco dias
de comprometimentos de todos os colaboradores do setor de almoxarifado de obras.

Figura 23 – Almoxarifado depois do 5S


Fonte: Acadêmico
Figura acima mostra o resultado obtido com a implantação parcial do senso
de arrumação, o resultado é visivelmente eliminando totalmente toda aquela
bagunça.
78

Figura 24 – Almoxarifado depois do 5S


Fonte:Acadêmico

Figura 19 demonstra o resultado obtido em um trabalho de executado com a


colaboração de todos os envolvidos do setor do almoxarifado de obras da empresa
Cassol, mostrando que um programa de qualidade pode sim obter resultados
espetaculares quando seguidos todos os seus ensinamentos propostos.
79

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral deste trabalho era propor a implantação do Programa Cinco


Sensos no Setor de Obras da empresa Cassol Pré Fabricados Ltda. A colaboração
dos funcionários em responder os questionários, possibilitou verificar o nível de
resistência a mudanças no trabalho e o que de fato era de conhecimento dos
colaboradores a respeito do programa cinco sensos. Um Manual de Implantação foi
elaborado para que o grupo responsável pela implantação possa promover a
implantação futuramente no setor e quem sabe em todo o grupo Cassol.
Este estudo foi de fundamental importância para a empresa, verificou-se a
situação real do setor e quais suas deficiências, podendo identificar e aplicar
procedimentos do manual de acordo com os aspectos mais necessitados como
organização e limpeza. A implantação do Programa poderá melhorar
significativamente o ambiente físico do setor e consequentemente o organizacional
também, proporcionando:
- Agilidade para encontrar determinados materiais
- Melhor disposição física dos materiais
- Ambiente limpo e saudável
- Organização
- Identificação dos materiais e ferramentas
- Saúde mental dos colaboradores
Os benefícios que podem ser alcançados são muitos, mas o programa deve
ser entendido e compreendido por todos, para que possa assim, agregar ainda mais
a qualidade da empresa Cassol Pré Fabricados Ltda, podendo ser utilizada como
ferramenta de incentivo aos colaboradores, e por facilitar suas rotinas dentro da
empresa. Promoverá a organização nos canteiros de obras, utilização correta dos
materiais, ajudará a manter a obra limpa e agradável, diminuição de perdas de
materiais e equipamentos, cumprimento de prazos, cumprimento de procedimentos
de segurança e padronização na arrumação dos documentos.
O pesquisador considera o resultado do trabalho satisfatório, pois conseguiu
apresentar os benefícios que podem ser conquistados se a empresa optar pela
implantação do programa.
A realização da pesquisa e a analise dos dados, trouxe informações mais
claras do que se tinha como proposta no início do estudo. Em meio a muitas
80

dificuldades e mudanças no percurso do trabalho, é extremamente gratificante ver a


evolução da iniciação ao conteúdo pesquisado e agora por fim finalizado.
Acreditando na aceitação da proposta da realização de Implantação do
Programa Cinco Sensos, segue em anexo ao final deste trabalho o Manual
elaborado.
81

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARRAS, Jean Pierre. Capital-trabalho: o desafio da gestão estratégica de


pessoas no século XXI / Jean Pierre. – São Paulo: Futura, 2008.
MILKOVICH, George T. JOHN W.; JOHN W. Boudreau. Administração de
recursos humanos: tradução Reynaldo C. Marcondes. – São Paulo: Atlas, 2000.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: edição compactada. 4. ed. –
São Paulo: Atlas, 1995.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo:
Atlas, 2000.
FONSECA, João José Saraiva da. Metodologia da Pesquisa Científica.
Universidade Estadual do Ceará. 2002.

JACOBSEN, Mércio; SANTÂNGELO, Caio César Ferrari. Administração de


materiais: um enfoque logístico. 1. Ed. – Itajaí: Ed. da Univali, 2011.
HESSELBEIN, Frances; GOLDSMITH, Marshall; BECKHARD, Richard. O líder do
futuro: visões, estratégias e práticas para uma nova era. 7. ed. – São Paulo: Futura,
1996.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações.
8. ed. – São Paulo: Atlas, 2006.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira: 7. Ed. – São Paulo:
Harbra, 1997.
LEMES Júnior, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula
Mussi Szabo. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas
brasileiras. 2.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
DIAS, Sergio Roberto. Gestão de marketing: Professores do departamento de
mercadologia da FGV-EAESP e convidados. – São Paulo. Saraiva, 2003.
COBRA, Marcos. Administração de marketing: Marcos Cobra. – 2. ed. – São
Paulo: Atlas, 1992.
ROCHA, Angela da. Marketing: Teoria e prática no Brasil. – 2. ed. – São Paulo:
Atlas, 1999.
ARAÚJO, Luís César Gonçalves de. Organizações e métodos: integrando
comportamento, estrutura, tecnologia e estratégia. 4. ed. – São Paulo: Atlas, 1994.
82

ARAÚJO, Paulo Henrique de; REDI, Renata. Qualidade ao alcance de todos:


acesso rápido e fácil às técnicas da qualidade total. São Paulo: Gente, 1997.
FILHO, João Chinelato. O&M: integrado à informática. 10. ed. – Rio de Janeiro: LTC,
2000.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização & Métodos:
uma abordagem gerencial. 10. ed. – São Paulo: Atlas, 2000.
MOLLER, Claus. O lado humano da qualidade: Maximizando a qualidade de
produtos e serviços através do desenvolvimento das pessoas. 12. Ed. – São Paulo:
Pioneira, 1999.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio do curso de administração:
guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalhos de conclusão de curso. São
Paulo: Atlas, 1996.
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: Teoria e prática. – São Paulo:
Atlas, 2000.
CASAS, Alexandre Luzzi Las. Qualidade total em serviços: conceitos, exercícios,
casos práticos. 3. ed. - São Paulo: Atlas, 1999.
BARBULHO, Euclydes. Excelência na prestação de serviços: Guia para o
desenvolvimento do profissional autônomo e para o sucesso das empresas. – São
Paulo: Madras, 2001.
Introdução ao Kaizen. Disponível em:
<http://www.graphicproducts.com/tutorials/kaizen/index.php> Acessado em: 19 Mai.
2014. 23:46.
MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento. 3. Ed.
São Paulo: Atlas,1996.
IMAI, Massaki,. Kaizen: (Ky’zen) a estratégia para o sucesso competitivo. 3. ed. São
Paulo: Iman, 1990.
BALLESTERRO-ALVAREZ, Maria Esmeralda (coordenação). Administração da
qualidade e produtividade: abordagens do processo administrativo. São Paulo:
Atlas, 2001.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de
abastecimento. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
Modelo de Qualidade 5S. Disponível em:
83

(http://planare.com.br/blog/modelo-de-qualidade-5s-como-cultura-organizacional)
Acessado em 30 Mai. 2014. 15:11.
CURY, Antonio. Organizações e métodos: uma visão holística. 8. ed. ver. e ampl. –
São Paulo: Atlas, 2005.
84

APÊNDICE I – Questionário de avaliação de resistência à mudança


Como você lida com mudanças que acontecem em seu trabalho?
Abaixo algumas declarações, apontem com um x no quadro ao lado como
vocês reagiriam se fossem atribuídas estas questões ao seu trabalho.

Itens Totalmente
aceitável
Aceitável Indiferente
Pouco
desagradável
Muito
desagradável

1. Eu passo até 40% da minha jornada de


trabalho em reuniões.
2. As responsabilidades que assumo e que me
são atribuídas ultrapassam a autoridade que
tenho para cumpri-las.
3. Em meu cargo, não importa o momento
sempre tenho muitos emails para enviar e
ligações para fazer.
4. Não é perceptível relação alguma entre meu
trabalho meu desempenho o salário e
benefícios adicionais.
5. Algumas vezes tenho que adiar meu trabalho
para resolver emergências inesperadas.
6. A formação universitária que obtive (ou vou
obter) poderá vir a se tornar obsoleta e,
provavelmente, deverei voltar a estudar.
7. Desde minha admissão, a empresa ou meu
setor passam por estruturação anualmente.
8. Possíveis promoções estão a minha frente,
mas não vejo nenhum plano real e objetivo
de carreira.
9. Tem muitas coisas que poderiam ser
melhoradas na empresa, mas não tenho um
momento específico ou influência direta para
expor minhas ideias.
10. Constantemente são inseridas na empresa e
no meu setor tecnologias novas, exigindo
aprendizagem constante de minha parte.
11. Os superiores podem monitorar via sistema
o que realmente está sendo executado em
meu trabalho sem minha permissão
12. Deveria haver maior espírito de coleguismo,
todos deveriam ajudar-se mutuamente.
13. Estou satisfeito com meu trabalho, mas
poderia ser mais reconhecido pelo que faço.
14. Quando me delegam alguma
responsabilidade, aproveito a oportunidade
de aprender e fazer algo que não faz parte
de minha rotina, executo ao máximo minha
capacidade profissional.
85

APÊNDICE II – Questionário de avaliação conhecimento e reconhecimento do


programa cinco sensos

Setor: Cargo:
1) Você já teve algum contato ou experiência com o programa cinco sensos?
Sim Não
2) Você gostaria de participar do grupo responsável por aplicar os cinco
sensos? Por quê?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________.
3) Você tem todo o material para realizar seu trabalho?
Sim.
Sim, até coisas que não uso.
Não, sempre falta algo.
4) Devido a falta de materiais, ocorre atrasos no processo de seu setor?
Nunca Na maioria das vezes Às vezes Sempre
5) Existem materiais ou equipamentos que não estão sendo usados,
permanecem no seu setor?
Sim Não
6) O seu setor é organizado?
Sim.
Pode ser melhorado.
Não.
7) Como estão organizadas (os) as (o) caixas, armários do seu setor?
Com etiquetas.
Em ordem alfabética por nomes.
Alguns possuem etiquetas, mas o que tem dentro não corresponde.
Não há nenhum tipo de organização quanto a isso.
86

8) Com relação as suas atividades, identifique como está a situação das


mesmas.
1- Apresenta-se em dia com tais cumprimentos;
2- Pode ou deve melhorar;
3- Está em atraso e precisa agilizar.
Como estão suas atividades:

1 2 3
Horários
Prazos e serviços
Armários organizados
Atividades diárias
9) Com relação aos materiais que você utiliza, classifique-os:
Nunca Na maioria das vezes sempre

Estão próximos a você


Estão disponív
eis em estoque
Precisa solicitar a compra com frequência
Estão de fácil acesso
Estão identificados
No caso de lugar específico: estão disponíveis

10) Como você classificaria a limpeza no seu setor de trabalho?


1-Péssimo 2-Mal 3-Regular 4-Bom 5-Ótimo.
Como está a limpeza: 1 2 3 4 5
Pisos/Paredes
Tetos
Janelas e Portas
Prateleiras
Mesas e Cadeiras
Instrumentos e Ferramentas
Máquinas e aparelhos
Banheiros
Lixeiras
87

Corredores
Estacionamento
Lâmpadas

11) Agora assinale conforme sua disciplina em relação aos itens abaixo que
melhor representa o seu comportamento.
Itens Nunca Na maioria das vezes As vezes Sempre

Busco pratica educação, cortesia e disciplina


Colaboro com a limpeza e higiene dos ambientes
Cumpro normas e prazos estabelecidos
Respeito horários e acordos
Obedeço os regulamentos
Cumpro os planos de trabalho
Tenho vontade de aprender mais e evoluir
Busco trabalhar e promover com segurança
Guardo os materiais corretamente
Utilizo os materiais e recursos sem desperdícios

12) As pessoas com quem você trabalha se ajudam mutuamente?


Nunca Na maioria das vezes Às vezes Sempre
88

DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA

A empresa Cassol Pré Fabricados Ltda. declara, para devidos fins, que o
estagiário Fernando de Souza aluno do curso de Administração co Centro de
Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí,
cumpriu com a carga horária prevista para o período de 24/02/2014 a 24/06/2014,
seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou
normas internas.

Governador Celso Ramos, 09 de junho de 2014.

Thiago Basso Zin


89

Cassol Pré Fabricados Ltda.


Almoxarifado de Obras

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S


90

1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste manual é proporcionar a realização da implantação do
programa cinco sensos no setor do almoxarifado de obras da empresa Cassol Pré
Fabricados Ltda. È de fundamental importância que a utilização deste manual para a
realização da implantação do programa o real interesse dos respectivos
responsáveis do setor, assim como o comprometimento dos mesmos, devem
transmitir aos demais colaboradores o desejo, a conscientização da necessidade e o
envolvimento de todos nas ações necessárias.
Primeiramente deve escolher a pessoa responsável pela condução de
implantação, denominado como facilitador.
Ao iniciar o processo o facilitador deverá utilizar uma lista de verificação para
realizar o diagnóstico inicial como o anexo I, somente em caso de uma grande
alteração no perfil do setor, caso contrário permanecerá validado o diagnóstico atual.
Com os dados do diagnóstico realizado o facilitador precisa tem como dever
elaborar o cronograma de aplicação como no exemplo do cronograma do anexo II.
Definidos os prazos, reuniões, locais, folders, cartazes e registro da situação do
setor em fotos para melhor visualizar o comparativo no futuro após a implantação do
programa. Em seguida a elaboração do plano de ações a serem tomadas para a
realização da implantação do programa, descriminando exatamente como fazê-las.

1.1 Etapas de Implantação – Fase de Preparação

Algumas fases depreendem a implantação do programa cinco sensos que


estão relacionadas a seguir.

1.1.1Primeira Etapa – Comprometimento da Organização

O comprometimento do líder pelo setor que será implantado o programa, é


imprescindível para que seja alcançado o sucesso. A qualidade de uma organização
demonstra sempre a qualidade de seus líderes e a primeira comprovação dessa
qualidade se apresenta nas condições de trabalho e comportamento de seus
colaboradores.
O supervisor do setor em questão será responsável por dar todo apoio na
implantação do programa, motivando seus colegas, mostrando a importância deste
programa e tendo em mente que ele será o exemplo para os demais.
91

1º. Passo – Mensagem do Supervisor


A mensagem que deve ser transmitida sobre o programa cinco sensos,
deverá abordar sua importância, objetivos e benefícios, bem como a necessidade do
comprometimento de todos com a realização e sucesso do Programa. Também
deverá informar a necessidade de ter uma pessoa para coordenar os trabalhos,
informando ainda sobre a formação de um comitê de apoio para o acompanhamento
na implantação do programa. Nesta mesma mensagem o supervisor deve enfatizar
sobre a operação de cada um no programa e a importância na participação do
comitê. Nesta hora é sugerida uma propaganda expondo o compromisso da
organização com a qualidade.
2º. Passo – Identificação do responsável (Facilitador)
Caberá ao supervisor do setor a escolha do facilitador do programa e,
nomea-la. O facilitador precisa dominar o assunto, será ele o responsável por
transmitir toda a cultura do programa aos colaboradores. Se o facilitador é uma
pessoa de dentro da organização é preciso treina-lo, deve ser considerado um
tempo para o aprofundamento dos conhecimentos sobre a cultura do programa
cinco sensos.
3º. Passo – Sensibilização das pessoas-chave da organização
No caso de um pequeno setor como o em questão, a sensibilização pode ser
transmitida a todos os funcionários. O facilitador deverá identificar e nomear
pessoas-chave que lhe auxiliarão na implantação do programa, formando o comitê.
Concluído o comitê o facilitador convocará todos para uma reunião, cujo
objetivo é reforçar sobre a necessidade da participação de todos, destacando a
importância das pessoas-chave para a formação da estrutura de apoio.

1.1.2 Segunda Etapa – Comitê de Apoio

O comitê será responsável por auxiliar o facilitador na avaliação e


desempenho das atividades. O número de integrantes vai depender conforme o
tamanho e complexidade da organização ou setor que será realizado a implantação.
As atribuições dos participantes do comitê:
- Assimilar o conhecimento necessário sobre o assunto a partir das fontes
pertinentes;
92

- traçar em nome do supervisor do setor, estratégias e diretrizes do


programa;
- Promover o programa de forma a alcançar o sucesso de sua implantação,
levantando dados sobre o andamento do mesmo, propondo ações corretivas para
mantê-los e melhorá-los.
È de responsabilidade do comitê, preparar todo material que será necessário
durante o programa, proporcionando fluidez aos procedimentos e evitando
interrupções desnecessárias para aquisição de materiais.

1.1.3 Terceira Etapa – Registro da Situação Atual

O registro deve ser feito com duas finalidades: a primeira é para a criação de
material para a sensibilização inicial e a segunda é o registro das melhorias
alcançadas para manter a existência do programa.
Tipos de registros:
- fotos
- filmagens
- situações críticas para a organização
A implantação deve ser realizada dentro de um determinando período, caso
ocorram alterações significativas dentro da empresa, como alteração no quadro de
funcionários, ou quaisquer outros fatores é necessário a revisão das evidências.

1.1.4 Quarta Etapa – Lançamento do Programa

Convocação para uma reunião com o comitê e o supervisor do setor para


discutirem como será o lançamento do programa.
IMPORTANTE:
Duas semanas antes do lançamento, causar curiosidade nos colaboradores
sobre o programa. Cabe ao comitê ser criativo e criar cartazes aguçando a
curiosidade e todos.
Convite para a reunião.
Para o lançamento oficial do programa realiza-se um evento reunindo todos
os colaboradores, seguindo os seguintes passos:
1º Mensagem do supervisor (depoimento sobre suas expectativas do
programa e os objetivos pretendidos);
93

2º Apresentação do Programa Cinco Sensos pelo facilitador do programa


(deve informar que todos serão treinados e a data da implantação do primeiro
senso);
3º Convidar outros responsáveis por outras implantações em outras
unidades da empresa para passar mais informações do programa;
4º Café de integração.
Materiais didáticos e de apoio:
 Cartazes
 Sala de reunião, com os devidos equipamentos de apresentação.
 Filme (sobre qualidade)
 Café (contratar empresa para fazer coffee Break)

1.1.5 Quinta Etapa – Treinamento e Ação – Fase de Execução

No treinamento o facilitador fará uso do material que se encontra no


apêndice V. O objetivo do treinamento é conscientizar os colaboradores de que a
qualidade que a empresa promove pode ser melhorada ainda mais com a
implantação do programa, seus benefícios é estimular a ação dos colaboradores.

1.1.5.1 Roteiros de Implantação do Programa Cinco Sensos

A seguir os roteiros para implantação do programa cinco sensos.

1.1.5.1.1 Roteiro de Implantação do 1º Senso - Utilização

- Reunir todos os funcionários.


- Cumprimentos e agradecimentos.
- Pequena introdução:
Bom dia pessoal, quero agradecer a todos por estarem aqui, fazendo parte
de nova etapa em nossas vidas. Estaremos então iniciando as ações do programa
como todos já devem ter visto em nossos murais espalhados por toda a empresa. A
partir de hoje (DATA) até (DATA) estaremos realizando a 1º. S dos 5Ss o Senso de
Utilização.
- Introduzir o assunto do 1º. S – Senso de Utilização
Questionar o grupo:
94

O que é senso de Utilização? (Este momento é a hora em que o facilitador analisa


se os colaboradores compreenderam o conteúdo passado no treinamento).
Após, comentar e explicar:
O primeiro S é o senso de Utilização. Onde devemos separar o útil do inútil,
ou seja, será usado somente o necessário e útil. Materiais inúteis para alguns
podem ser úteis para outros.
Devemos evitar os excessos, desperdícios e qualquer utilização incorreta de
todos os materiais, equipamentos e outros recursos.
Atentar para manter o local de trabalho organizado, deixando somente
objetos, materiais e outros recursos que nos sejam necessários.
Os materiais serão classificados da seguinte forma:
Usáveis: são aqueles materiais que estão em condições de uso;
Recuperáveis: São os materiais que necessitam de conserto;
Não usáveis: São aqueles materiais sem condições de uso, que são
sucatas. Para facilitar os descartes fazer uso da tabela no anexo III.
Enfatizar os resultados esperados:
- Liberação de espaços
- Reaproveitamento dos recursos
- Redução dos custos
- Melhorar o visual
- Redução de burocracia.
Como faremos:
- A participação de todos é imprescindível;
- Todos sabem o que é útil e não útil para si mesmo, na quantidade certa ou
não.
- Área de descarte, é para onde levaremos todos os materiais identificados
como inúteis. Ficará sob a responsabilidade do (Fulano de Tal).
Cronograma: no período de (data), os materiais ficarão disponíveis em uma
área de descarte, este período será para que outros setores venham verificar se
existe algum material que lhes seja útil. Contatar o responsável da área para que
providencie a transferência dos materiais escolhidos com úteis.
Avaliação
95

A auditoria será realizada uma vez por mês pelo grupo avaliador, analisando
o desempenho e manutenção do programa.
Encerramento
Apresentar estimativas do bom trabalho que a equipe vai realizar e que em
breve os resultados serão vistos.
Agradecer a participação e empenho de todos e deixar um momento para
esclarecimentos de dúvidas.

1.1.5.1.2 Roteiro de Implantação do 2º. Senso - Organização

- Cumprimentos e agradecimentos.
- Pequena introdução:
Bom dia pessoal, quero agradecer a todos por estarem aqui, fazendo parte
de nova etapa em nossas vidas. Estaremos então iniciando as ações do programa
como todos já devem ter visto em nossos murais espalhados por toda a empresa. A
partir de hoje ( 00-00-2014) até (00-00-2014) estaremos realizando a 2º. S dos 5Ss o
Senso de Organização.
Iniciar com o questionamento:
O que é o 2º. S? – Senso de Organização.
(Este momento é a hora em que o facilitador analisa se os colaboradores
compreenderam o conteúdo passado no treinamento).
Organizar significa guardar as coisas nos seus devidos lugares, sejam eles,
objetos, equipamentos e informações que são necessários ao bom desempenho dos
trabalhos. È importante que todos conheçam com foi feita a organização.
Se usado a toda hora = Coloque ao alcance das mãos
Se usado todo dia = Coloque em lugar próximo
Se usado toda semana = Coloque em lugar específico e de fácil acesso
Se usado de vez em quando = Coloque no depósito
Enfatizar os benefícios do Senso de Organização
- Economizar tempo;
- Menos esforço físico nas movimentações;
- Facilitar a identificação e a comunicação;
- Otimizar os recursos;
Como Faremos:
96

Analise.
- como as pessoas pegam e guardam os objetos, cronometrar tempo;
- definição dos lugares para cada item e padronizar a nomenclatura
imprimindo nas etiquetas;
- evitar proximidades com objetos parecidos;
- guardar os objetos nos locais corretos e, de fácil acesso a todos.
Avaliação
Na avaliação, verifica-se a arrumação e o conhecimento dado às demais
pessoas que precisam dos itens guardados, a forma de arrumar deverá ser
adequada e conhecida por todos para manter a ordem e o controle da qualidade.
Encerramento
Agradecer a participação e empenho de todos e deixar um momento para
esclarecimentos de dúvidas.

1.1.5.1.3 Roteiro de Implantação do 3º. Senso - Limpeza

- Cumprimentos e agradecimentos.
- Pequena introdução:
Bom dia pessoal, quero agradecer a todos por estarem aqui, fazendo parte
de nova etapa em nossas vidas. Estaremos então iniciando as ações do programa
como todos já devem ter visto em nossos murais espalhados por toda a empresa. A
partir de hoje ( 00-00-2014) até (00-00-2014) estaremos realizando a 3º. S dos 5Ss o
Senso de Limpeza.
O senso de limpeza além de proporcionar um novo visual mantém os
equipamentos e materiais em perfeitas condições de uso.
Introduzir o assunto 3º. S – Senso de Limpeza
Além dos significados básicos de limpeza, como livrar-se de impurezas,
purificar, pode-se destacar os significados de aprimoramento, processo bem feito e
acabado. O senso de limpeza não limpa somente objetos, mas elimina também
intrigas, desperdícios, procedimentos errados, etc.
Enfatizar os benefícios do senso de limpeza
- Prevenção de acidentes;
- Bem – estar pessoal;
- Melhorar manutenção;
97

- Ambiente de trabalho mais agradável e saudável


Como limpar
O objetivo é manter o local de trabalho limpo, além de colaborar com a
limpeza dos demais ambientes. (pode ser solicitado auxilio para equipe responsável
pelos serviços de limpeza)
Recomendações para limpeza
- Definir onde e o que deve ser limpo. Estabelecer sequencia e itens que
todos entendam o que fazer;
- Remoção de sujeiras e impurezas de equipamentos;
- Limpeza de mesas deixando-as em condições adequadas de uso;
- Conhecer o funcionamento e procedimento de manutenção dos
equipamentos do local de trabalho.
Avaliação
Induzir os colaboradores que chequem como esta a limpeza e higiene no
setor. Instigando-os a refletirem sobre suas atitudes em relação ao senso de limpeza
e como cada um poderá contribuir para manter o ambiente limpo.
Encerramento
O sucesso do senso de Limpeza dependerá exclusivamente do quanto cada
um de nós esta comprometido com causa, Agradecer a participação de todos e se
houverem dúvidas, sugestões, o facilitador deverá estar a disposição para
esclarecê-las.

1.1.6 Sexta Etapa – Avaliação Preliminar – Fase Avaliação

Posteriormente a conclusão de implantação do 3º. Senso deve-se elaborar


uma avaliação do ocorrido, coletando os resultados obtidos até o presente momento
e projetar o futuro. Até o momento pode-se considerar concluído um dos ciclos
PDCA, assim como a implantação do programa cinco sensos, pois a partir daí, ele
deverá ser salvaguardo e aperfeiçoado.
A implantação dos dois últimos S’s, acarreta apenas numa extensão do
trabalho iniciado, pois enfatiza higiene, segurança no trabalho e saúde ocupacional
(senso de saúde) e encorajando o grupo a ter iniciativas e espontaneidade para
executar o que deve ser feito e bem feito (senso de autodisciplina).

1.1.5.1.4 Roteiro de Implantação do 4º. Senso - Saúde


98

Cumprimentos e agradecimentos
Pequena introdução
Nos três primeiros sensos os efeitos podem ser percebidos de imediato, já
no seguinte o senso de saúde os resultados não são prontamente observáveis. Ao
praticar os três sensos, iniciou-se a prática do senso de saúde. Excesso de
materiais, má organização, sujeira, são causas de acidentes no trabalho e estresse.
Combatendo essas causas significa uma iniciativa para conservar a vida da empresa
e dos colaboradores.
Introduzir o assunto 4º. S – Senso de Saúde
Este senso procura melhorar a vida das pessoas, tanto no aspecto pessoal
quanto profissional. O grande objetivo do senso de saúde é contribuir para que cada
um cuide em manter as coisas no lugar e ainda solicitam aos outros quer
mantenham também. A participação de todos os envolvidos novamente é muito
importante, possibilitando a incorporação de novas atitudes para a melhoria da
saúde, buscando equilibrar os níveis físicos, emocionais e profissionais.
Benefícios do senso de saúde
- Torna o trabalho agradável;
- Redução de riscos;
- Maior participação;
- Menor preocupação.
Como deve ser o estímulo para o senso de saúde?
Trabalhar para manter e melhorar os três sensos anteriores, manter
excelentes condições de higiene nos ambientes, promover trabalho em grupo,
respeitando os colegas e a instituição que você trabalha e incentiva para o
cumprimento das normas de segurança.
Avaliação
A avaliação será realizada algumas semanas depois, objetivando a
continuidade dos três primeiros sensos. Averiguando as diferenças ocorridas entre
esta avaliação e a anterior, utilizando das informações coletadas, discuti-se as
causas e estuda as possíveis soluções caso haja necessidades.
Encerramento
O bom hábito pode garantir uma vida saudável seja ela pessoal ou
profissional, e para que o senso de saúde se torne um hábito dependerá
99

exclusivamente do envolvimento e importância que cada um der ao senso e também


se praticá-lo.

1.1.5.1.5 Roteiro de implantação do 5º. Senso – Autodisciplina

Cumprimentos e agradecimentos
Introdução
Nesse momento o programa não é mais novidade para nós e sim parte de
nossas vidas e rotina, fluindo de forma natural e contínua, tanto dentro da empresa
como em outros lugares onde estejamos. Então hoje (data) estamos partindo para o
último dos sensos o 5º. - Senso de Autodisciplina. A partir do momento que cada
colaborador se dispõe a praticar os ensinamentos década etapa e busca o melhor
em cada senso está automaticamente se disciplinando ao programa.
Introduzir o assunto 5º. – Senso de Autodisciplina
O senso em questão é executado a partir de sete passos:
O QUE COMO
- Comprometimento de indivíduo
1. Praticando os 4 Sensos anteriores participante do programa em praticar
os ensinamentos
- Passar normas claras e precisas
2. Comunição Eficaz - Usar do feedback para garantir que as
normas foram compreendidas
- Cada colaborador tem que saber suas
responsabilidades e autoridades
3. Definir responsabilidades e
- Proporcionar treinamento para o
autoridades
cumprimento de suas
responsabilidades
- Elogiar o grupo que alcançar os
4. Reconhecer objetivos e ou bom trabalho
desempenhado.
5. Trabalhar em equipe - Estimular trabalhos em equipe
- Praticar o bom hábito de acatar as
6. Cumprimento de regras
regras da empresa e do setor.
7. Assegurar oportunidades de - Incitar leituras, participação em
100

autodesenvolvimento eventos culturais, especializações.

Benefícios do Senso de Autodisciplina


Autoinspeção e autocontrole;
Melhoria contínua;
Antecipar resultados;
Satisfação pessoal;
Cumprimento e qualidade em tudo o que se faz.
Encerramento
Agradecimentos, e colocar-se a disposição para esclarecimento de dúvidas.

1.1.7 Sétima Etapa – Avaliação do 5S

O procedimento a seguir tem algumas finalidades:


 Promover a integração e comunicação entre todos;
 Gera um clima de ajuda mútua;
 Identificar possibilidades de melhoria;
 Divulgações das realizações;
 Gerar um ambiente competitivo e sadio;
 Dar sustentação ao sistema.
No início as avaliações devem ser feitas com frequência semanal, no
decorrer do tempo a frequência deve diminuir, à medida que as pessoas tenham a
prática dos 5S como um hábito e não um programa que elas tem o dever de seguir
porque lhes são solicitados. A primeira avaliação pode ser feita pelo facilitador do
programa, posteriormente estará coletando dados e conhecimentos para repassar
aos avaliadores.
O anexo IV pode ser usado para a verificação.

1.1.7.2 O avaliador

A melhor maneira de se preparar para uma avaliação é se auto avaliando.


Os avaliados devem estar cientes dos propósitos da avaliação, cooperando com o
avaliador, atendo as suas solicitações. A ajuda mútua na hora das avaliações é um
indicador de que o programa já faz parte da organização e das pessoas.

1.1.7.4 Resultados
101

As não conformidades encontradas pelo avaliador devem constar no


relatório que será enviado ao supervisor do setor. Com as sugestões de ações
corretivas caso os resultados foram negativos.
102

ANEXO I – Lista de verificação – Diagnóstico inicial

Nota Conceito Descrição


1 Ruim Nenhum item atende ao padrão estabelecido
2 Regular Poucos itens atendem ao padrão estabelecido
3 Bom Muitos itens atendem ao padrão estabelecido
4 Excelente Todos os itens atendem ao padrão estabelecido

Lista de verificação do Programa D'Olho na Qualidade


Etapa Descarte Avaliação
Itens: 1 2 3 4
Foram definidos padrões e procedimentos para a manutenção do descarte.
Existem materiais, objetos e equipamentos desnecessários nos locais de trabalho.
Os equipamentos, ferramentas estão em bom funcionamento.
A quantidade de suprimentos no setor é realmente necessária.
Existem papéis, dados, informações desnecessárias nos locais de trabalho.
Etapa Descarte Avaliação
Itens: 1 2 3 4
Foram definidos padrões e procedimentos para a manutenção da organização.
Os itens e objetos do local de trabalho estão organizados, sistematizados.
Os itens e objetos do local de trabalho estão devidamente identificados, sinalizados, acondicionados
A organização física do local de trabalho reflete ordem e sistematização e contribui para o aumento da
produtividade
Os itens e objetos do local de trabalho após o uso estão sendo retornados para os seus devidos
lugares
Etapa Descarte Avaliação
Itens: 1 2 3 4
Foram definidos padrões e procedimentos para a manutenção de limpeza.
O local de trabalho está adequadamente limpo.
Os equipamentos, ferramentas e materiais estão devidamente limpos e bem conservados.
Os colaboradores estão usando o uniformes em condições adequadas.
Os colaboradores participam da limpeza do local de trabalho.
Etapa Descarte Avaliação
Itens: 1 2 3 4
Foram definidos padrões e procedimentos para a manutenção do descarte, organização e limpeza no
dia-a-dia.
O ambiente de trabalho é agradável, harmônico, não poluído.
Os colaboradores se apresentam dispostos, com aparência adequada.
Existem procedimentos de segurança e são conhecidos por todos.
Etapa Descarte Avaliação
Itens: 1 2 3 4
Limpeza e higiene, no dia-a-dia, estão sendo cumpridos.
Os horários e normas estabelecidas são respeitados.
Os planos de trabalho são cumpridos
As não conformidades estão sendo relatadas e trabalhadas.
103

ANEXO II – Cronograma de Implantação

Cronograma de Implantação

Etapas Semanas

Planejamento X
Lançamento x
Utilização x x
Organização x X x
Limpeza X x
Higiene x x
Ordem mantida x x

Perpetuando o sucesso x x

ANEXO III – Balanço dos descartados

Balanço dos descartados


Classificação

Material a Material
Data Discriminação Transferir
Qte. ser para Lixo
de setor
vendido recuperação
104

ANEXO IV – Formulário de avaliação dos sensos

Avaliação dos Sensos


EM CONFORMIDADE Sim Não
Descarte de equipamentos não usados.
Objetos de uso pessoal permitidos no local.
UTILIZAÇÃO
Quantidade ideal de material sobressalente, ferramentas e
(SEIRI) instrumentos.
Como esta o local para guardar ferramentas que não estão em
uso.

EM CONFORMIDADE Sim Não


Existe local adequado para cada tipo de ferramenta e material
correspondente.
ORDENAÇÃO Os materiais estão nos locais estabelecidos.
(SEITON) Identificação do local dos equipamentos, ferramentas e
ambientes.
As bancadas e móveis estão mantidos em ordem durante e
após a utilização do ambiente de trabalho.

EM CONFORMIDADE Sim Não


Local limpo e agradável.
LIMPEZA
Equipamentos estão limpos.
(SEISO) Aspectos pessoais.
O local de sucatas esta vazio

EM CONFORMIDADE Sim Não


Bem estar pessoal.
SAÚDE
Boa impressão causada aos visitantes do setor.
(SEIKETSU) Criar ambiente mais saudável.
Pessoas motivadas.

EM CONFORMIDADE Sim Não


Todos estão cumprindo normas efetivas.
Os profissionais estão participando das atividades propostas
DISCIPLINA pela gerência.
(SHITSUKE) Existe comprometimento adequado do pessoal no trabalho.
Os colaboradores estão realizando a organização no final do
expediente, colocando cada coisa em seu lugar.
105

ORIGEM

1950

JAPÃO DO PÓS GUERRA

KAORU ISHIKAWA
106

OBJETIVOS

Melhorar a qualidade de vida dos funcionários,


transformando o ambiente da empresa,
e a atitude das pessoas

Diminuindo desperdícios e reduzindo custos

Aumentar a produtividade da instituição

CARACTERÍSTICAS DO 5S
• SIMPLES fácil, prático, todos
conhecem

• PROFUNDO ambiente físico,


lógico e social

• NATURAL aprender praticando

QUALIDADE DE VIDA
107

JAPÃO BRASIL

SEIRI Senso de Utilização


SEITON Senso de Arrumação
SEISO Senso de Limpeza
SEIKETSU Senso de Saúde
SHITSUKE Senso de Autodisciplina

S
E
I
R UTILIZAÇÃO
I
PARA
QUE SERVE
Manter no local apenas aquilo que é
necessário e adequado às atividades
e ao ambiente de trabalho.
108

Utilização
COMO PRATICAR

Sentido Adotado

Evitar excessos e desperdícios de qualquer


natureza
Utilizar os recursos de acordo com a
necessidade, especificação e adequação
Manter, no local de trabalho, somente objetos e
dados necessários

Utilização
COMO PRATICAR

•Verificar o que é útil e necessário.


•Separar aquilo que não tem
utilidade para o setor.

•Descartar o que não serve,


disponibilizando para outro setor.
109

Utilização
BENEFÍCIOS
•Desocupa espaços.
•Torna mais visíveis os materiais
realmente utilizados.
•Torna o ambiente mais claro,
confortável e fácil de limpar.
•Evita a compra desnecessária de materiais.
•Aumenta a produtividade.
•Prepara o ambiente para a segunda fase.

S
E
I
T
O
N ARRUMAÇÃO
PARA
QUE SERVE
Arrumar e ordenar aquilo que
permaneceu no setor
por ser considerado necessário.
110

ACOMO
RRUMAÇÃO
PRATICAR
•Analisar onde e como guardar as coisas.
•Definir critérios para organizá-las.
•Definir lugar e modo adequados de guardá-las.
•Padronizar os nomes dos objetos.
•Criar um sistema de identificação visual.
•Manter tudo em seus lugares após o uso.

ARRUMAÇÃO
BENEFÍCIOS
•Racionaliza os espaços.
•Facilita o acesso aos materiais e equipamentos
reduzindo o tempo de busca.
•Evita estoques em duplicidade.
•Racionaliza a execução das tarefas.
•Melhora o ambiente de trabalho
reduzindo
•Prepara o esforço
o ambiente parafísico e mental.
a terceira fase.
111

S
E
I
S
S
O LIMPEZA
PARA
QUE SERVE
Deixar o local limpo
e as máquinas e equipamentos
em perfeito funcionamento.

LIMPEZA
COMO PRATICAR

•Fazer uma faxina geral.


•Acionar regularmente o pessoal da limpeza.
•Acionar regularmente o pessoal da manutenção.
•Desenvolver hábitos de limpeza.
•Limpar os objetos antes de guardá-los.
112

LIMPEZA
RESULTADOS
•Conscientiza sobre a necessidade de manter
o local de trabalho limpo e arrumado.
•Cria um ambiente de trabalho
saudável e agradável.

•Melhora a imagem do setor, da instituição e,


por extensão, dos funcionários.

•Incrementa a qualidade de vida na instituição.


•Prepara o ambiente para a quarta fase.

LIMPEZA
RESULTADOS

Manter tudo sempre limpo, eliminando o lixo e


sujeiras através da atuação nas fontes geradoras.
Ambiente limpo não é o que mais se limpa, mas o
que menos se suja.
113

S
E
I
K SAÚDE
E
T PARA
S QUE SERVE
U
Desenvolver a preocupação constante
com a “higiene em sentido amplo”,
tornando o local de trabalho saudável
e adequado às tarefas desenvolvidas.

SAÚDE
COMO PRATICAR

•Praticar sempre os 3S anteriores.


•Melhorar as condições ambientais de trabalho.
•Promover o respeito mútuo.
•Cuidar sempre da saúde e higiene pessoal.
•Criar um ambiente de trabalho harmonioso.
114

SAÚDE
BENEFÍCIOS
•Reduz acidentes.
•Melhora a saúde geral dos funcionários.
•Eleva o nível de satisfação dos funcionários.
•Facilita as relações humanas.
•Divulga positivamente a imagem do setor,
da instituição e dos funcionários.
•Prepara o ambiente para a quinta fase.

S
H
I
T
S DISCIPLINA
U PARA
K QUE SERVE
E
Melhorar constantemente.
Desenvolver a força de vontade,
a criatividade e o senso crítico.
Respeitar e cumprir o
estabelecido.
115

DCOMO
ISCIPLINA
PRATICAR
•Disciplinar a prática dos “S” anteriores.
•Compartilhar objetivos.
•Difundir regularmente conceitos e informações.
•Cumprir as rotinas com paciência e persistência.
•Incorporar os valores do Programa 5 S.
•Criar mecanismos de avaliação e motivação.
•Participar dos programas de treinamento.

DISCIPLINA
RESULTADOS
•Elimina o controle autoritário e imediato.
•Facilita a execução das tarefas.
•Propicia resultados de acordo com o planejado.
•Propicia o crescimento pessoal e profissional.
•Melhora os serviços e as relações pessoais.
•Prepara a instituição e os funcionários para os
Programas da Qualidade mais abrangentes.
116

PLANO DE AÇÃO
SENSO O QUE QUEM? QUANDO? ONDE? PORQUE? COMO?
FAZER?

CICLO PDCA

AGIR
CORRETAMENTE PLANEJAR

ACT PLAN

CHECK DO

CONTROLAR EXECUTAR
117

EQUIPE DE AVALIAÇÃO

OBRIGADO A TODOS.
118

Plano de Ação
Senso Utilização – SEIRI
Quanto
O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como
Custa
Custo com
Avaliação do Evitar perda
Realizar testes equipamentos
funcionamento de tempo e
Todos os Descartar o material e novos somente
dos espaço com Setor
colaboradores equipamentos com quando
equipamentos equipamentos
defeito e desnecessário necessário a
nos setores defeituosos
reposição
Descarte de
Evitar acúmulo retirar todos os materiais, Somente mão-
materiais, Todos os
de coisas setor documentos de-obra dos
ultrapassados e colaboradores
inutilizáveis desnecessários colaboradores
inutilizáveis
No primeiro senso, deverá ser o descarte de equipamentos, documentos e materiais inutilizados, reservando os itens
descartados para mais um aavaliação.

Senso de Organização – SEITON


Quanto
O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como
Custa

Acesso fácil aos Organizando


Organização de Aquisição de
Todos os materiais de uso Setor de equipamentos,documentos
todos os etiquetas para
colaboradores diário evitando almoxarifado e materiais Identificando o
materiais identificação
tempo ocioso local para cada um deles

Melhorar o
Nenhum custo
acesso e
No setor que com novos
Todos os movimentação Remodelar layout, Adaptar
Layout houver esta móveis,
colaboradores de pessoas móveis existentes
necessidade aproveitar os
dentro de cada
existentes
setor
O segundo senso trata de organizar aquilo que restou no setor, mesas, armários, etiquetas e colocar tudo em seu devido
lugar.
Senso de Limpeza – SEISO
Quanto
O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como
Custa
Proporcionar
um ambiente
livre de focos de Realizar uma limpeza Gasto com
Todos os
Limpeza do local sujeira setor dentro de gavetas, produtos de
colaboradores
formados armários limpeza
durante longo
tempo
Solicitar ajuda do pessoal
de serviços gerais para a
limpeza pesada
O senso de limpeza é a remoção de equipamentos, manter locais limpos, pedir auxilio para equipe de limpeza

Senso de Asseio – SHITSUKE


Quanto
O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como
Custa
119

Para
proporcionar
uma maior
Melhoria da Manter o local adequado e Somente mão-
Todos os motivação,
qualidade de setor harmônico Respeitar os de-obra dos
colaboradores ganhando mais
vida no trabalho três primeiros sensos colaboradores
produtividade e
eficiência e
efácia

Evitar perda de
Transformar conhecimento
tempo com Somente mão-
Otimização de Todos os tácito em explícito
processos não setor de-obra dos
processos colaboradores Aumentar o fluxo de
divulgados para colaboradores
informações nos setores
todos

Manter local
Manter local Fazendo uma limpeza no Somente mão-
Todos os livre para outro
limpo e setor fim do expediente de cada de-obra dos
colaboradores dia de
organizado dia colaboradores
expediente
No quarto senso poderá ser realizado uma avaliação do andamento dos três primeiros sensos.

Senso de Disciplina – SHITSUKE


Quanto
O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como
Custa
Passar os Somente mão-
Reunião com os Realizando uma conversa
Facilitador objetivos do 5S Setor de-obra dos
colaboradores informal em grupo
na empresa colaboradores

Conscientizar e
preparar sobre a
filosofia do 5S,
Consciêntização Utilizar data show,
apresentar Sala de Compra de
sobre a filosofia Facilitador Material informativo,
plano de ação e treinamento materiais
dos cinco sensos Recursos de áudio e vídeo
melhoras
proporcionadas
pelo programa

Melhorar o
ambiente de
Realizar eventos que
Melhoria no Todos os trabalho, Compra de
Setor incentivem o coleguismo,
relacionamento colaboradores proporcionando materiais
Encontros mensais
um ambiente de
respeito

Avaliar o
andamento dos
Elaboração e
sensos Avaliação de implantação Somente custo
Aplicação do
Facilitador relatando Setor dos 3 primeiros sensos, com mão de
formulário para
problemas notificando irregularidades obra
avaliação
quanto a
implantação
120

Possuir critérios
para avaliação
do setor por
Definição de
meio do Definir critérios conforme
critérios de Somente custo
formulário de formulário de avaliação
avaliação e Avaliadores Setor com mão de
avaliação e o Realizar uma avaliação do
apresentar obra
conhecer do setor
atatus do setor
status do seu
setor após a
avaliação

Proporcionar
solução mais Utilizar a base de
Documentar Somente custo
Todos os rápida aos conhecimento para relatar
soluções e Sempre Setor com mão de
colaboradores problemas a solução dos problemas
problemas obra
ocorridos passo-a-passo
diariamente

Você também pode gostar