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Cidadania e Ética
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02/08/2019 Cidadania e Ética
Sumário
1. Uma conversa inicial
2. História da Cidadania
2.1. Introdução
2.2. Cidadania Hoje
3. Cidadania no Brasil
3.1. Introdução
3.2. Constituições do Brasil
4. Cidadania e Ética
4.1. Introdução
4.2. Ética para quê?
4.3. Ser ético: compromisso com a sociedade
4.4. Ética: questão de escolha
4.5. Ética: virtudes e caráter
4.6. Ética: Autonomia e responsabilidade
4.7. Ética e serviço público
4.8. A conduta no serviço público
4.9. Código de ética
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2. História da Cidadania
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2.1. Introdução
O conceito de cidadania é resultado de um processo histórico que varia no tempo e no espaço, conforme o período e o contexto
vivido. Entretanto, pode-se ressaltar como inerente à ideia de cidadania, a participação. Ressalte-se, contudo, que o grau e a forma
de participação se modificam no plano histórico e territorial.
Cidadania entre gregos e romanos era um elo entre o homem livre e a cidade,
reconhecendo direitos e impondo deveres. Cidadão, na antiguidade clássica,
era aquele que morava na cidade e participava de seus negócios - por isso o
estrangeiro e o escravo não eram considerados cidadãos.
A república romana (509 a.C a 27 a.C) também contribuiu e abriu caminho para a história da cidadania. Podemos apontá-la como
berço das modernas noções de cidadania e participação popular, destacando-se a concessão de direitos civis e cidadania romana
também para os habitantes dos territórios conquistados. Com a passagem da república romana para o império romano (27 a.C a 285
d.C), houve o desaparecimento da participação política, o que ocasionou uma redução do espaço público, onde o poder passou a ser
do imperador em nítida posição monarquista absolutista.
Após a queda do Império Romano, em 476 d.C, fruto das invasões bárbaras, inicia-se a Idade Média com profundas alterações nas
estruturas sociais. O período medieval é marcado pela sociedade caracteristicamente estamental, com rígida hierarquia de classes
sociais: clero, nobreza e servos.
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Esse contexto começa a ser modificado com a formação dos Estados Nacionais 1 e o renascimento urbano. Nessa fase,
conceituada como Baixa Idade Média, com a centralização do Estado, reincorpora-se, ainda que timidamente, a noção de cidadania
relacionada à concessão do poder de participação popular (direitos políticos).
Com a formação dos Estados Nacionais e o fortalecimento da burguesia mercantil (parceiro necessário ao desenvolvimento
econômico do Rei), inicia-se o desenvolvimento da moderna conceituação da cidadania, particularmente em decorrência das
aspirações burguesas aos mesmos direitos estabelecidos aos estamentos superiores.
Em 1215 surge, na Inglaterra, a Magna Carta (.pdf 1,1 MB). Considerada por alguns como a origem das atuais Cartas de Direitos,
foi, na verdade, um documento imposto pelos Barões ao Rei João Sem Terra, marcando o início da limitação do poder do Estado.
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(Consolidação
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O século XX se iniciou sob o signo das guerras e das revoluções. A luta pelos
direitos sociais se confundia com uma luta por condições sócio-econômicas que
permitissem o pleno exercício da cidadania. No entanto, o reconhecimento efetivo
dos direitos fundamentais somente ocorreu após a 2ª Guerra Mundial, com a
aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (.pdf 242 KB) .
DireitosArt.
CF/88, Coletivos:
3º - Constituem
direitos que
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finalidade de propiciar o desenvolvimento sustentável, a paz, o meio ambiente equilibrado, a propriedade sobre o
I. construir uma sociedade livre, justa e solidária;
patrimônio comum da humanidade e a comunicação.
II. garantir o desenvolvimento nacional;
III. erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV. promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
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3. Cidadania no Brasil
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3.1. Introdução
Neste tópico, você fará um passeio pelo histórico da cidadania no Brasil, a partir da Independência 9 , relembrando as principais
realizações das Constituições Brasileiras.
A independência rompeu com o período colonial, fase em que o Brasil se submetia às normas portuguesas.
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Esta constituição:
Instituiu a Religião Católica como a religião oficial do império, podendo todas as outras Religiões ter seu culto doméstico, ou
particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo. (art.5º).
Fundamentada nas teorias de Benjamin Constant 10 sobre a separação entre os poderes, estabeleceu quatro funções do
Poder Político: o Poder Legislativo, o Poder Moderador, o Poder Executivo, e o Poder Judicial. (art. 10).
O Tribunal do Júri tinha atribuições penais e civis.
Existência de sufrágio censitário, sendo vedado o direito de voto àqueles que não tivessem renda líquida anual de cem mil réis
por bens de raiz, indústria, comércio, ou empregos e, em relação à capacidade eleitoral passiva, ou seja, o direito de ser eleito
para ocupar algum cargo político, também havia necessidade de comprovação de renda mínima proporcional ao cargo
pretendido. (art. 92,V e seguintes).
Instituiu a forma unitária de governo e a forma monárquica de governo (art. 3º).
Com o entusiasmo pela teoria da separação entre os poderes de Montesquieu 11 , houve a repartição em três funções: Poder
Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e harmônicos (art. 15).
O sufrágio, embora tendente a ser universal, ainda encontrava restrições censitárias, pois impedia o voto àqueles que eram
considerados mendigos e aos analfabetos. (art. 70).
Instituiu-se a forma federativa de estado e a forma republicana de governo (art. 1º).
Previu-se expressamente o Habeas Corpus 12 , onde se estabelecia que "dar-se-á o habeas corpus, sempre que o indivíduo
sofrer ou se achar em iminente perigo de sofrer violência ou coação por ilegalidade ou abuso de poder" (art. 72, § 22).
Houve a separação entre a Igreja e o Estado, não sendo mais assegurada à Religião Católica o status de religião oficial. Deste
modo, foi estabelecido o direito de culto externo a todas as religiões. (art. 11, § 2º).
Constitucionalizou os direitos sociais, estabelecendo um Título referente à ordem econômica e social (Título IV).
Criou o mandado de segurança 13 e a ação popular 14 no capítulo dos direitos e garantias individuais (art. 113).
Proibição de voto aos mendigos e analfabetos.
Estabeleceu dois mecanismos de reforma constitucional, a revisão e a emenda, estabelecendo que a Constituição poderá ser
emendada, quando as alterações propostas não modificarem a estrutura política do Estado; a organização ou a competência
dos poderes da soberania e revista, no caso contrário, estabelecendo que o processo de revisão seria mais rígido do que o
processo de emenda. (art. 178).
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Reduziu a esfera dos direitos individuais, desconstitucionalizando o mandado de segurança e a ação popular.
Os Prefeitos Municipais passaram a ser nomeados pelo Governador de Estado.
Proibição de voto aos mendigos e analfabetos.
Possibilitou que o Presidente da República interferisse nas decisões do Judiciário, pois lhe possibilitava submeter à apreciação
do Parlamento as leis declaradas inconstitucionais, podendo o Parlamento desconstituir esta declaração e
inconstitucionalidade através de dois terços de seus membros (art. 9, parágrafo único).
A propriedade foi condicionada à sua função social, possibilitando a desapropriação por interesse social (art. 141, § 16º).
Continuou a proibir o voto dos analfabetos.
Constitucionalizou-se o mandado de segurança para proteger direito líquido e certo não amparado por habeas corpus e a ação
popular (art. 141).
Reduziram-se as atribuições do Poder Executivo, que, na Constituição precedente o tornaram um verdadeiro ditador, com a
interferência nos outros Poderes. Assim, na Constituição de 1946 estabelece-se o equilíbrio entre os poderes.
Concentrou poderes na União e privilegiou o Poder Executivo em detrimento dos outros poderes.
Baseou toda a estrutura de Poder na Segurança Nacional.
Os analfabetos permaneciam sem direito a voto.
Houve a criação de uma ação de suspensão de direitos políticos e individuais 15 .
Reduziu a autonomia dos Municípios, estabelecendo a nomeação dos Prefeitos de alguns municípios pelo Governador (art. 16
§ 1º - Serão nomeados pelo Governador, com prévia aprovação: a) da Assembleia Legislativa, os Prefeitos das Capitais dos
Estados e dos Municípios considerados estâncias hidrominerais em lei estadual; b) do Presidente da República, os Prefeitos
dos Municípios declarados de interesse da segurança nacional, por lei de iniciativa do Poder Executivo).
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Após um período ditatorial, a Constituição de 1988 tratou de assegurar princípios e objetivos fundamentais que têm a
finalidade de possibilitar o integral desenvolvimento do ser - humano, tendo como base o princípio da dignidade da pessoa
humana (CF, art. 1º a 4º).
Criação do Superior Tribunal de Justiça em substituição ao Tribunal Federal de Recursos.
Criou o mandado de injunção 16 (CF, art. 5º, LXXI); mandado de segurança coletivo 17 (CF, art. 5º, LXX); habeas
data 18 (CF, art. 5º, LXXII).
Estabeleceu a faculdade do exercício do direito de voto ao analfabeto.
Para aprofundar sua leitura sobre o tema, sugerimos o texto "A Cidadania no Brasil - histórico (.pdf 335 KB)", que se encontra na
Biblioteca.
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b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
É
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4. Cidadania e Ética
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4.1. Introdução
Neste tópico você terá acesso a informações sobre alguns pressupostos filosóficos da ética e sobre a dimensão ética de sua atividade
profissional, aliados aos fundamentos para o desenvolvimento da efetiva cidadania.
É
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A ética 19 é daquelas coisas que todo mundo sabe o que é, mas que não é fácil de explicar quando alguém pergunta.
Tradicionalmente, ela é entendida como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e, eventualmente, até teológica, sobre
os costumes ou ações humanas. Mas também chamamos de ética a própria vida, quando vivida conforme os costumes considerados
corretos. A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento.
Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um
equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Nesse sentido, a ética, embora não possa ser
confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social 20 .
O termo ética
Aristóteles já deriva
procurara
do grego
definirethos
a Justiça
(caráter,
na Ética
modoa de
Nicômaco,
ser de uma
onde
pessoa).
o conceito já apresenta conotação social. O
"politikós" (social) é algo "inerente à justiça". A justiça se define como "virtude social", algo resultante da convivência
humana, e não como virtude individual. E seria um tanto pleonástico, portanto, dizer-se justiça "social", porque a justiça
só pode ser social na sua definição filosófica.
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É na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações morais: Como agir em determinada situação? Como me
comportar perante o outro? Diante da corrupção e das injustiças, o que fazer?
Assim, seguidamente nos encontramos em situações que ensejam esses confrontos, relacionados com a nossa vida em sociedade, ou
seja, situações que envolvem escolhas, ações e comportamentos - os quais exigem que se faça um juízo de valor entre o que
socialmente é considerado justo ou injusto, certo ou errado, pela moral vigente.
É
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Escolha
Deliberação
A moralidade supõe uma estrutura do mundo em que pelo menos uma parte dos eventos não está submetida a uma necessidade
férrea, em que tudo que acontece não poderia ser diferente, da qual nada e ninguém pode escapar.
Se todos os eventos fossem inevitáveis, a escolha não seria apenas impensável, mas inútil. Contudo, a escolha exige uma
introspecção prévia que vai não só definir a intenção do agir, mas desencadear um processo de amadurecimento. Isto é, a ação que
provocará uma intervenção no mundo, a modificação de um estado de coisas, requer um tempo de gestação interna: a deliberação.
Determinismo ou liberdade?
Por outro lado, a deliberação e a escolha não seriam plausíveis se supuséssemos que os acontecimentos do mundo estão à completa
mercê do acaso.
POR QUÊ?
O homem é determinado e é livre...
Para que a ética seja de fato uma dimensão significativa de nossas vidas, precisamos estar convictos de que a deliberação e a
escolha fazem uma grande diferença no resultado final, isto é, que o mundo seria muito distinto do que é, se o deixássemos seguir
seu curso sem a nossa interferência consciente.
Mundo grande
(Carlos Drumond de Andrade)
É
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É
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Autonomia 22 é a condição que nos torna autores da ação. A autoria dos atos significa uma atitude para governar a nós mesmos,
e para fixar nossas próprias regras de vida.
Essa ideia de autonomia está diretamente relacionada à ideia de democracia e república, pois não se constrói um Estado
Democrático de Direito sem a participação ativa e crítica de todos os cidadãos.
Responsabilidade
Se a autonomia significa o início da obra, a responsabilidade 23 significa a assinatura dela tão logo ganhe o mundo. A
responsabilidade é uma consequência direta dessa ideia de autoria da ação.
É
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A política diz respeito à ação de uma comunidade. Trata-se de uma dimensão essencial de nossas vidas porque sabemos que a
maioria das grandes coisas que precisamos e podemos fazer jamais seria feita por apenas um único indivíduo ou mesmo por um
punhado de indivíduos.
A política significa deliberar e fazer escolhas, como na ética. A política é uma atividade inteligente, na medida em que exige a
racionalidade do ser humano. Sua marca é intervir no mundo segundo uma intenção premeditada, para conservar ou mudar um
estado de coisas.
A importância do Estado
O Estado constitui, além da ordem jurídica que engloba toda a comunidade, uma estrutura administrativa permanente. O Estado é
um agente coletivo com identidade própria com poderes suficientes para cumprir quatro missões básicas, a saber:
O Cargo Público é uma posição de poder dentro da estrutura administrativa do Estado e essa posição de poder vincula-se ao serviço
prescrito no cargo - o poder é proporcional à responsabilidade.
O aspecto público do cargo significa que ele não pertence à pessoa que eventualmente o ocupa.
Sua investidura não implica um título de propriedade, um direito de "uso e abuso", em que seu detentor possa herdar, doar,
emprestar ou vender ao seu bel-prazer, ou extrair rendas através de sua exploração econômica.
A pessoa investida no cargo recebe uma missão com a expectativa de que utilizará os meios e recursos adicionados ao cargo
na proporção que a missão exigir.
A missão do servidor público é, necessariamente, zelar pela república e estar a serviço dos interesses e aspirações dos cidadãos.
No fundo, o servidor público faz pela comunidade aquilo que ela não pode fazer por si mesma.
O servidor público representa a comunidade, sabendo que não está ali para fazer o que bem entender.
Em resumo, a responsabilidade do detentor de um cargo público corresponde a estes três aspectos da consciência político-moral:
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Por outro lado, o Estado não é um "patrão" no sentido usual, que explora o trabalho alheio para promover seus próprios interesses.
Se há um "patrão" em jogo - a própria comunidade que o Estado deve representar , ele não se encaixa bem no papel de explorador
do trabalho, embora até possa ser rigoroso com os seus funcionários, no que tange ao zelo com a coisa pública (res publica).
O serviço público é uma vocação profissional pelo caráter nobre da atividade: servir uma comunidade e promover o bem comum
são missões honradas e dignificantes.
A carreira do serviço público não é um emprego comum, no sentido que este termo adquiriu na sociedade industrial. O Estado, por
um lado, não é uma empresa capitalista, cujo objetivo é a produção de mercadorias com vista ao lucro. O serviço público, portanto,
está longe de ser um pacote indefinido de produtos e serviços voltados para o mercado.
Profissionalismo
O serviço público é uma atividade altamente profissional, é produto da opção do Estado de convocar seus quadros de carreira para
uma dedicação plena. Dos ocupantes dos cargos públicos se espera:
Concentração no trabalho
Dedicação
Empenho para servir à comunidade
Competência
O profissionalismo do serviço público é mais do que o exercício talentoso de uma função. Há valores em jogo e uma conduta
adequada a seguir. Para além do compromisso ético com o bem comum, uma atitude profissional exige, entre outras qualidades:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 24 .
CF, Art. 37, caput "A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
4.8.2 A conduta no serviço público - continuação
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência..."
Decoro
Decoro, do latim decorum, é "a face pública de um estado pessoal da honradez" (David Burchell). Decoro, portanto, compreende
não apenas a correção de uma ação, mas também que essa ação é vista como correta pela sociedade.
O servidor deve construir uma personalidade e uma reputação cívicas à altura de sua autoridade formal.
Eis o valor auxiliar das normas de conduta, que se relacionam diretamente com os códigos de ética que veremos a seguir. O
propósito desses códigos é justamente indicar ao ocupante do cargo público maneiras de construir aquela personalidade.
Exatamente porque a reputação é tão importante na noção de decoro, duas qualidades vizinhas o acompanham inevitavelmente: a
probidade e a integridade.
O decoro, a probidade e a integridade não são apenas patrimônios pessoais. São caracteres imediatamente transferidos à
"personalidade" do Estado. Isto quer dizer que uma administração pública proba, íntegra e atenta ao decoro, é função direta da
probidade, integridade e honestidade de seus servidores.
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02/08/2019 Cidadania e Ética
É um conjunto de princípios, assumidos publicamente, que orientam determinadas atividades, de acordo com os anseios sociais por
honestidade, solidariedade e correção.
O código deve ser posto em relação, por um lado, com a lei e, por outro, com a moralidade em sentido mais amplo. Um código de
ética não pode, obviamente, pôr-se fora ou além da lei: não pode servir como desculpa ou meio para legitimar comportamentos que
a lei proíbe.
O Código de ética expressa-se por princípios que formam a consciência profissional do servidor, representa imperativos de sua
conduta.
Para diferentes contextos, há diferentes códigos de ética. Quando se trata de uma entidade ou órgão público, quatro questões devem
ser tratadas num código de ética:
Em resumo, o Código de Ética numa entidade pública deve estabelecer um padrão geral de conduta.
O Brasil dispõe de um marco regulatório e institucional de gestão da ética relativamente antigo, caracterizado por grande
multiplicidade de normas. A Constituição estabelece princípios que direcionam a atuação da Administração Pública nas três esferas
de governo que integram a federação:
Iniciativas têm sido tomadas pela Administração Pública Federal brasileira, no sentido de estabelecer padrões éticos de conduta.
Destacamos:
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo aprovado em 22 de junho de 1994 .
Como ponto alto desse processo, destaca-se o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal , criado por Decreto
Presidencial em 1º de fevereiro de 2007, integrado pela Comissão de Ética Pública, pelas Comissões de Ética responsáveis pela
implementação de Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e pelas demais Comissões de
Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal.
CF, art.
Art.37,
37,§XXI
caput
4º - -"Os
"A
ressalvados
administração
atos de improbidade
os casos
pública
especificados
administrativa
direta e indireta
na legislação,
importarão
de qualquer
asa obras,
suspensão
dos Poderes
serviços,
dos da
direitos
compras
União,políticos,
dos
e alienações
Estados,
a perda
serão
do da
Distrito
função
Federal ea dos
contratados
pública, indisponibilidade
mediante
Municípios
processo
obedecerá
dosdebens
licitação
aos
e oprincípios
ressarcimento
pública de
quelegalidade,
assegure
ao erário,igualdade
impessoalidade,
na forma de
e gradação
condições
moralidade,
previstas
a todospublicidade
em
os concorrentes,
lei, semeprejuízo
eficiência..."
comda
cláusulas
ação penalque
cabível."
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual
somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
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