Parâmetros

para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

Parâmetros Curriculares do Ensino Religioso

para o Ensino Fundamental
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

Parâmetros Curriculares do Ensino Religioso

para o Ensino Fundamental

2015
 Paulo Câmara
Governador do Estado

Raul Henry
Vice–Governador

Frederico Amancio
Secretário de Educação

Ana Selva
Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação

João Charamba
Secretária Executiva de Gestão de Rede

Paulo Dutra
Secretário Executivo de Educação Profissional

Ednaldo Moura
Secretaria Executiva de Administração e Finanças

Severino Andrade
Secretaria Executiva de Planejamento e Coordenação
SUPERITENDÊNCIA DA SEDE

Caetano Neto
Superintendência de Política Educacional Indígena

GERÊNCIAS DA SEDE

Shirley Malta
Cláudia Abreu
Gerente de Políticas Educacionais
Gerente de Políticas Educacionais de Jovens, Adultos e Idosos
dos Anos Finais do Ensino Fundamental
Vera Braga
Cláudia Gomes
Gerente de Políticas Educacionais
Gerente Geral de Educação Infantil,
de Educação Inclusiva, Direitos Humanos e Cidadania
Anos Iniciais e Correção do Fluxo Escolar
Marinaldo Alves
Raquel Queiroz
Gerente de Avaliação e Monitoramento
Gerente de Políticas Educacionais
das Políticas Educacionais
do Ensino Médio

GERÊNCIAS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO

Neuza Maria Pontes de Mendonça Betjjane Waleria Silva

Gestora GRE Recife Norte Gestora GRE Agreste Centro Norte
Marta Maria de Lira Adelma Elias da Silva
Gestora GRE Recife Sul
Gestor GRE Agreste Meridional
Glaydson Alves da Silva Santiago
Gestor GRE Metropolitana Norte Reginaldo Rodrigues de Amorim
Gestora GRE Sertão do Moxotó-Ipanema
José Amaro Barbosa da Silva
Gestor GRE Metropolitana Sul Cecília Patriota
Gestora GRE Sertão do Alto Pajeú
Edivania Arcanjo do Nascimento
Gestora GRE Mata Norte Maria Dilma Marques Torres
Gestora GRE Sertão do Submédio São Francisco
Ana Maria Xavier de Melo Santos
Gestora GRE Mata Centro Anete Ferraz de Lima Coelho
Gestora GRE Sertão do Médio São Francisco
Sandra Cavalcanti
Gestora GRE Mata Sul
Waldemar Alves da Silva Júnior
Jorge de Lima Beltrão Gestor GRE Sertão Central Salgueiro
Gestor GRE Litoral Sul
Maria Itamar Gomes Ramos
Edjane Ribeiro dos Santos Gestora GRE Sertão do Araripe
Gestora GRE Vale do Capibaribe

COORDENAÇÃO

Constantino José Bezerra de Melo (GRE RECIFE NORTE/SE-PE)

Maria Inez Lima de Almeida (SE-PE)
Maria Lúcia Cavalcante (SE-PE)
Rosalia Soares de Sousa (SE-PE)
Rosinete Salviano Feitosa (SE-PE)
Wellcherline Miranda Lima (SE-PE)

ORGANIZADORES DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO EM ENSINO RELIGIOSO

Constantino José Bezerra de Melo (GRE RECIFE NORTE/SE-PE)

Rosalia Soares de Sousa (SE-PE)
Wellcherline Miranda Lima (SE-PE)

REVISOR DE LÍNGUA PORTUGUESA

Jamesson Marcelino da Silva (SE-PE)

 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................... 09

2. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 11

3. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO ENSINO RELIGIOSO........................................................................... 13

4. CONCEPÇÕES E FUNDAMENTOS DO ENSINO RELIGIOSO.............................................................. 15

5. ESCOLA, SUJEITO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO............................................................................. 17

6. O ENSINO RELIGIOSO: CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS E METODOLÓGICAS ................................. 19

7. OS PARÂMETROS CURRICULARES DO ENSINO RELIGIOSO............................................................ 22

Objetivos do Ensino Religioso................................................................................................................... 22

8. OS EIXOS TEMÁTICOS............................................................................................................................ 23

9. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM..................................................................................................... 24

10. APRESENTAÇÃO DOS EIXOS TEMÁTICOS, CONTEÚDOS E EXPECTATIVAS DE..............................

APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL........................................................ 25

11. REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 30

12. SUGESTÕES DE LEITURAS PARA O PROFESSOR.......................................................................... 31

13. COLABORADORES.............................................................................................................................. 32
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

APRESENTAÇÃO

Os Parâmetros Curriculares do Ensino Religioso que agora chegam às mãos dos

professores têm como objetivo orientar o processo de ensino e aprendizagem e também as
práticas pedagógicas da rede estadual de ensino. Dessa forma, antes de tudo, este
documento deve ser usado cotidianamente como parte do material pedagógico de que
dispõe o educador.

Ao estabelecerem as expectativas de aprendizagem dos estudantes em cada disciplina e

em todas as etapas da educação básica, os parâmetros curriculares funcionam como um
instrumento decisivo de organização educacional e escolar. E toda ferramenta de
acompanhamento, usada de maneira adequada, é também um instrumento de diagnóstico
das necessidades e das práticas educativas que devem ser empreendidas para melhorar o
rendimento escolar.

A elaboração dos parâmetros curriculares faz parte do esforço da Secretaria de Educação

de Pernambuco (SEE) em estabelecer um currículo escolar que esteja em consonância
com as transformações sociais, atendendo às expectativas dos estudantes.

Este documento foi pensado e elaborado, para você professor, a partir de debates,
propostas, contribuições da comunidade acadêmica, de especialistas da Secretaria de
Educação e dos professores da rede pública de ensino.

Frederico Amancio
Secretário de Educação de Pernambuco

09
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

INTRODUÇÃO

Este documento foi elaborado com o objetivo de socializar, com docentes da rede pública
estadual que lecionam o componente curricular Ensino Religioso, conteúdos básicos que
possam contribuir na elaboração do plano de ensino articulado com Projeto Político-
Pedagógico da escola.

Acompanhando a mesma concepção educacional apresentada nos Parâmetros

Curriculares para a Educação Básica do Estado de Pernambuco, publicados pela
Secretaria de Educação de Pernambuco, foram elaboradas as expectativas de
aprendizagem para o Ensino Religioso.

Esta proposta é o resultado de um desejo pensado e ressignificado durante a última década

por diversos técnicos das Gerências Regionais de Educação e da Secretaria de Educação
de Pernambuco, como também por docentes da rede e outros profissionais convidados
para compor um Grupo de Trabalho – GT, que gerou esta produção coletiva.

A presente proposta curricular é fundamentada nas Ciências da Religião, que aponta para
uma interlocução entre as diversas áreas do saber, valorizando o diálogo inter-religioso e
transreligioso. Visa organizar os conteúdos e orientar docentes da rede de ensino pública
estadual para uma educação democrática com qualidade social que contemple o ensino e
a pesquisa da dimensão religiosa na sociedade.

Ana Selva
Secretária Executiva
de Desenvolvimento da Educação

11
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO
ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso está presente no contexto educacional brasileiro desde os tempos do

Brasil Colônia. No transcorrer da História, com a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996, o Ensino Religioso tornou-se um componente
curricular obrigatório para as escolas públicas, sendo proibida qualquer forma de
proselitismo, uma vez que o Estado brasileiro é laico.

Nesse contexto, o Ensino Religioso é inserido na atual Constituição Federal através do

artigo 210:

Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira

a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e
artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos

horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. (BRASIL,
1998).

A partir da Carta Magna, outros documentos oficiais também abordam o Ensino Religioso
como componente curricular. É o caso da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Lei nº9394/96 e Lei nº 9475/97 que dá nova redação ao artigo 33. Assim:

O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação

básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade
cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
(BRASIL, 2014).

Outros documentos legais a serem mencionados são a Resolução nº 07, de 14 de

dezembro de 2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental de 9 (nove) anos, Parecer CNE/CEB nº 11/2010, aprovado em 7/7/2010 e a
Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica. Nesses documentos, o Ensino Religioso aparece como
área de conhecimento, componente curricular e integrante da base nacional comum.

13
No âmbito estadual, Pernambuco inseriu o Ensino Religioso na Constituição estadual
através do artigo 180:

A educação fundamental e o ensino médio terão uma base comum

nacional para os conteúdos dos currículos, respeitadas as
especificidades regionais.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos

horários normais das escolas públicas de ensino fundamental,
organizando atividades simultâneas para os alunos que manifestarem
opção diferenciada (PERNAMBUCO, 2014).

O Estado de Pernambuco, através do Conselho Estadual de Educação, publicou a

Resolução nº 5, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre a oferta de Ensino Religioso nas
escolas públicas, e a Secretaria de Educação de Pernambuco publicou a sua Instrução
Normativa nº01/2012.

14
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

CONCEPÇÕES E FUNDAMENTOS
DO ENSINO RELIGIOSO

Pensar sobre a diversidade¹ cultural e religiosa no espaço escolar nos remete à elaboração
de um currículo para o Ensino Religioso que garanta, junto ao Projeto Político-Pedagógico
da escola, uma concepção de Ensino Religioso não proselitista e que contemple a
diversidade (religiosa, agnóstica, ateia) da população brasileira.

O Brasil é um país que apresenta um complexo mosaico religioso. A religião ou a

religiosidade está presente na realidade do povo brasileiro e muitas vezes se apresenta de
forma “[...] invisível, sutil, disfarçada, que se constitui num dos fios que se tece o acontecer
do nosso cotidiano” (ALVES, 2001, p. 13).

Faz-se necessário declinar neste Parâmetro a opção do Ensino Religioso enquanto

componente curricular diferentemente da educação religiosa, que é adotada nas escolas
de estrutura confessional².

Ÿ Fundamentos do Ensino Religioso

“Ensino” vem do latim: in signare e significa por marcas ou sinais, sendo assim, ele é mais
preciso nos seus objetivos do que formar ideias e assimilar informações (BRANDÃO, 2006,
p. 24). A palavra ensino aponta para outros sentidos que correspondem às ações, meios e
condições para a realização do conhecimento sistematizado (LIBÂNEO, 1994, p. 112).

A epistemologia das Ciências da Religião abre o espaço para os teóricos das diversas
áreas do conhecimento: teológico, antropológico, filosófico, político, linguístico,
sociológico, histórico, geográfico, dentre outros.

Para Junqueira (2013, p. 611):

O objetivo do Ensino Religioso Escolar é proporcionar ao estudante

experiências, informações e reflexões que o ajudem a cultivar uma
atividade dinâmica de abertura ao sentido mais profundo de sua
existência em comunidade a uma organização responsável ao seu projeto
de vida [...]

¹Segundo Lima (2006, p.17) a diversidade é norma da espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências
culturais.
²Considera-se a prática pedagógica do Modelo do Ensino Religioso Confessional aquela que enfatiza a teologia cristã.

15
Este Parâmetro Curricular é fundamentado nos pressupostos teóricos das Ciências da
Religião, que segundo Cruz (2013, p. 43):

[...] deve possuir algumas 'virtudes epistemológicas', como sensibilidade

para com o fato empírico, premissas de fundo plausíveis, coerência com
outras coisas que conhecemos a exposição e críticas das mais variadas
fontes! A isso se incorporam virtudes de cunho mais pessoal, como
objetividade, imparcialidade, honestidade (intelectual), reflexibilidade e
autocrítica.

Por conseguinte, o caminho percorrido com o fundamento científico faz despertar nos
estudantes desse componente curricular a compreensão dos fenômenos religiosos
existentes promovendo o conhecimento, o respeito mútuo e a valorização cultural e
religiosa. Um Ensino Religioso com destaque para a sua autonomia em relação às crenças
e valores de determinada religião (CRUZ, 2013, p. 25).

16
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

ESCOLA, SUJEITO E DIÁLOGO

INTER-RELIGIOSO

O Ensino Religioso é um componente curricular de oferta obrigatória para escola pública e

de matrícula facultativa para o estudante do ensino fundamental em todo o Brasil, segundo
o artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/1996. No dizer
de Aragão:

A educação visa, em primeiro lugar, a ajudar os estudantes a

redescobrirem a alegria de viver que nós mesmos já perdemos, por vezes,
o que nos torna pessoas acomodadas, alienadas ou domesticadas. Não
há melhor disciplina para nossos alunos do que o prazer de viver e o
desejo de aprender a viver com prazer (ARAGÃO, 2007, p. 23).

Assim, compreendemos que o Ensino Religioso contribuirá na formação do educando para

apropriação dos conhecimentos específicos relativo às diversas tradições e/ou culturas
religiosas, possibilitando o exercício do diálogo inter-religioso numa perspectiva cultural
que visa à compreensão das múltiplas experiências religiosas da humanidade.

Segundo Soares (2010, p.217), o papel da escola é de garantir um diálogo permanente e

inter-religioso sobre as diversas concepções de religião, não cabendo nenhum tipo de
proselitismo. Não cabe à escola desenvolver nenhuma religiosidade em suas salas de
aula, “mas antes aprimorar a cidadania e a humanização do estudante, também por meio
do conhecimento da religiosidade [...].

Através do contato e do diálogo com outra pessoa é que o estudante poderá compreender o
processo de alteridade, no qual: “[...] dialogar é exercitar essencialmente a escuta; é
conhecer o outro em diferentes espaços e situações [...] é respeitar os costumes; dialogar
não é falar do outro, sobre o outro, para o outro; dialogar é ouvir e falar com o outro”
(OLIVEIRA, 2007, p. 111).

Podemos ajudar a pensar em novos valores, à medida que seduzimos os

nossos alunos para uma sapiência que inclua os corpos - e todos os seus
sentidos – dos pesquisadores – e dos aprendizes também – no processo
de conhecimento: não apenas para controlar fenômenos, mas para salvar
os fenômenos da natureza e da cultura (ARAGÃO, 2007, p. 19).

17
Partindo do princípio que a educação contribui para o desenvolvimento integral da pessoa
na sua qualificação para o mundo do trabalho, para o exercício da cidadania e para o
acesso à cultura, favorecendo no processo da identidade cultural, entendemos que a
escola é um dos ambientes mais privilegiados para que a educação e a cultura possam ser
vivenciadas, inserindo os estudantes nesse universo cultural bastante diversificado como
o Brasil. Para Junqueira:

A escola como local de aprendizagem, pode trabalhar as regras do

espaço público democrático, buscando a superação de todo e qualquer
tipo de discriminação e exclusão social, valorizando cada indivíduo e
todos os grupos que compõem a sociedade brasileira, garantindo o
exercício da cidadania e o direito à expressão religiosa. (JUNQUEIRA,
2009, p. 15).

Quase que diariamente, a população brasileira assiste indignada as várias atitudes

discriminatórias e de intolerância religiosa por esse Brasil afora indicando que além de
pertinente é urgente a educação para a diversidade atendendo a dispositivos não apenas
legais, mas, sobretudo aos valores humanos.

Nesse país de grande diversidade natural, cultural e religiosa, apelar para atitudes
fundamentalistas chega a ser incoerente. Neste sentido, o Ensino Religioso poderá e
deverá contribuir com essa educação, afinal, ele se compromete com a promoção do
diálogo inter-religioso, garantido o respeito à identidade e à alteridade.

18
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

O ENSINO RELIGIOSO:
CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS
E METODOLÓGICAS

O Ensino Religioso tem sua transposição didática oriunda das Ciências da Religião, “que
busca esclarecer a experiência humana do sagrado”. Segundo Aragão, as Ciências da
Religião:

[...] deve mostrar semelhanças e diferenças de fenômenos análogos

(sobre o Sagrado) em diversas religiões e apresentar a hermenêutica dos
'textos' sacros em seus contextos. As relações entre religião e suas
condições contextuais são então aclaradas por distintas disciplinas tais
como: História-Geografia, Antropologia, Psicologia, Filosofia, Sociologia,
Teologia e Linguística (ARAGÃO, 2015).

O fenômeno religioso em questão é investigado pelos diversos campos do conhecimento

científico. As Ciências da Religião possibilitam na sua perspectiva transdisciplinar, um
diálogo entre as diversas áreas do conhecimento, promovendo a interlocução entre as
diversas disciplinas que constroem o conhecimento científico: a psicologia, a antropologia,
a história, a filosofia, a teologia, a biologia, a linguística, a física quântica, entre outras.

Ao considerar o Ensino Religioso, CARDOSO e JUNQUEIRA (2013) assim esclarece:

Compreende-se que o conhecimento religioso é um patrimônio da

humanidade e que, legalmente, institui-se na escola, pressupondo
promover aos educandos oportunidade de se tornarem capazes de
entender os movimentos específicos das diversas culturas. Sendo o
substantivo religioso um forte elemento de colaboração com a
constituição do cidadão multiculturalista. Isto significa que requer ainda o
entendimento e a reflexão no espaço escolar diante do reconhecimento
da justiça e dos direitos de igualdade civil, social, cultural, político e
econômico, bem como a valorização da diversidade daquilo que distingue
os diferentes componentes culturais de elaboração histórico-cultural
brasileira.

Nesse contexto, como componente curricular, o Ensino Religioso é “parte integrante da

formação básica do cidadão”, tem como “objeto a compreensão do fenômeno religioso
presente historicamente nas civilizações e culturas expresso em manifestações religiosas”

19
conforme assegura a Resolução do CEE/PE nº 5/2006. E a escola deve subsidiar essa
compreensão a partir do agnosticismo, ateísmo, teísmo, dentre outros.

Os Parâmetros Curriculares de Ensino Religioso do Estado de Pernambuco estão

fundamentados na LDB, principalmente em seus artigos 3º, 27 e 32, em que existe a
preocupação com o ensino e a aprendizagem baseados nos princípios da “liberdade de
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber”, o
“pluralismo de ideias e concepções pedagógicas” e o “respeito à liberdade e apreço à
tolerância” explicitados no art. 3º, e nos demais artigos supracitados, a “difusão de valores
fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem
comum e a ordem democrática”, contribuindo para a “formação de atitudes e valores” como
também para o “fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana
e de tolerância”. Tolerância nesse sentido deve ser compreendida como o respeito às
diferenças.

Entendemos assim que também é pertinente a preocupação com os direitos das crianças e
dos adolescentes conforme determina o art. 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente;
2013 ao afirmar que “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”.

Ainda na construção desse parâmetro, consideramos a orientação pedagógica contida na

resolução estadual supracitada (Resolução nº 5/2006) e submetemos os conteúdos do
Ensino Religioso à observância da “compreensão da experiência religiosa do ser humano
manifesta nas diversas culturas em todos os tempos” e do sagrado através de fontes
escritas e orais, ritos, símbolos, dentre outras.

Quanto à caminhada metodológica do Ensino Religioso, entendemos que ela deve ser
vivenciada através da pesquisa, da observação, da reflexão e do diálogo para que se
chegue à apropriação dos conhecimentos propostos por esse componente cuja finalidade
é a formação básica dos estudantes com a preocupação na construção de atitudes e
valores, de respeito às diferenças existentes na sociedade brasileira e pernambucana nos
diferentes espaços.

A avaliação do ER deverá seguir a caminhada pedagógica baseada na avaliação contínua

e cumulativa do desempenho do estudante com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre as eventuais provas
finais conforme assim orientam os documentos oficiais da rede pública estadual.

Apresentamos, a seguir, os Parâmetros Curriculares para o Ensino Religioso, em

consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, as quais

20
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

orientam que os componentes curriculares deverão ser:

Organizados pelos sistemas educativos, em forma de áreas de

conhecimento, disciplinas, eixos temáticos, preservando-se a
especificidade dos diferentes campos do conhecimento, por meio dos
quais se desenvolvem as habilidades indispensáveis ao exercício da
cidadania [...] (BRASIL, 2010, p. 10).

Nesse contexto, durante a construção do processo de ensino e aprendizagem desse

componente curricular faz-se necessária a observância rigorosa do princípio da laicidade
do estado excluindo o proselitismo.

21
 OS PARÂMETROS CURRICULARES
DO ENSINO RELIGIOSO

O Governo Federal construiu os Parâmetros Curriculares Nacionais para os componentes

curriculares da Educação Básica.

O Estado de Pernambuco vem construindo os seus Parâmetros Curriculares desde 2012,

com o objetivo de aprimorar e ampliar o trabalho educacional com a estrutura, o conteúdo e
a metodologia da sua matriz curricular.

Os Parâmetros Curriculares do Estado de Pernambuco representam um valioso

documento que orienta “o processo de ensino e aprendizagem e as práticas pedagógicas
em sala de aula”. Nesse documento encontram-se as concepções e desafios do currículo,
os eixos temáticos, as expectativas de aprendizagem, o Projeto Político-Pedagógico, entre
outros temas abordados.

Nesse contexto, a Secretaria de Educação de Pernambuco coloca a disposição de todo o

corpo docente do componente curricular Ensino Religioso da rede estadual, os
“Parâmetros Curriculares do Ensino Religioso”, com a finalidade de orientar a elaboração
do seu Plano de Ensino Anual e também a respectiva organização dos conteúdos e
temáticas pertinentes a esse componente curricular e área de conhecimento.

OBJETIVOS DO ENSINO RELIGIOSO

OBJETIVO GERAL

Analisar o fenômeno religioso numa perspectiva dialógica presente nas culturas,

promovendo a compreensão e o respeito à diversidade cultural-religiosa, com base na
formação histórico-cultural-social das tradições e/ou culturas religiosas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ÿ Conhecer os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso.

Ÿ Compreender a liberdade religiosa enquanto direito inalienável do ser humano;

Ÿ Analisar o papel das tradições e/ou culturas religiosas na estruturação, permanência

e/ou mudanças nas diferentes culturas e sociedades na história e no espaço geográfico;

Ÿ Contribuir para um debate sobre cosmologia e/ou cosmovisões apresentadas pelas

diversas religiões;

Ÿ Valorizar o respeito à diversidade cultural-religiosa do Brasil e do mundo.

22
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

EIXOS TEMÁTICOS

A Secretaria de Educação de Pernambuco no documento “Parâmetros para a Educação

Básica do Estado de Pernambuco (2012)”, aponta como eixo metodológico da mobilização
de saberes no processo de construção da aprendizagem: a contextualização, a
interdisciplinaridade e o dialogismo.

Os Parâmetros de Ensino Religioso para Educação Básica do Estado de Pernambuco –

Ensino Fundamental organiza o ensino em eixos temáticos de forma que contempla os
temas básicos e introdutórios ao estudo das religiões, dentro da perspectiva das Ciências
da Religião, a serem trabalhados mediante expectativas de aprendizagem.

Assim, os conteúdos e as expectativas de aprendizagem propostos para o Ensino

Religioso estão organizados em cinco eixos temáticos:

O primeiro Eixo Temático estabelecido, o da Introdução ao Ensino e ao Fenômeno

Religioso, busca introduzir estudantes e professores na área de conhecimento das
Ciências da Religião e do estudo do fenômeno religioso.

O segundo Eixo Temático estabelecido, o da Diversidade Cultural-Religiosa e diálogo

inter-religioso, é fundamentado nos documentos legais: Constituição de 1988, LDB
9.394/1996, Lei 9.475/97, Lei 10.639/2003, Lei 11.645/2008, Resolução CEE/PE n. 05
/2006. Este eixo trata da defesa do direito da liberdade religiosa e da necessidade de
reconhecimento e respeito à diversidade cultural-religiosa brasileira.

O terceiro Eixo Temático estabelecido, o dos Elementos Constituintes das Tradições

e/ou Culturas Religiosas, são propostos para que os estudantes compreendam a
formação do mosaico da religião e da religiosidade brasileira.

O quarto Eixo Temático estabelecido, o da Paisagem Religiosa e Lugares Sagrados,

busca estimular nos estudantes o reconhecimento e o respeito pelos espaços sagrados e
paisagens religiosas.

O quinto Eixo Temático estabelecido, o dos Temas Transversais geradores de diálogo

inter-religioso: cidadania, religiões e democracia, foi elaborado como Eixo Transversal
para contemplar as temáticas sociais que emergem no cotidiano escolar, levando em conta
a necessidade de contextualização, dialogismo e interdisciplinaridade, defendidos nos
Parâmetros para a Educação Básica do Estado de Pernambuco (2012).

23
 EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Apresentamos aqui a construção de uma proposta temática e conceitual para o Ensino

Religioso. Acreditamos que o estudo baseado em temas e conceitos significativos
possibilita a construção de um trabalho pedagógico mais rico, em sala de aula, por meio da
problematização e da análise da dimensão da experiência humana.

Desse modo, as expectativas de aprendizagem devem ser interpretadas como

orientadoras da prática pedagógica, na seleção e na ordenação dos conteúdos e também
na metodologia de ensino. As expectativas propostas não estão dispostas em ordem de
importância e não se trata de uma lista que deva ser trabalhada sequencialmente.

As expectativas de aprendizagem foram organizadas em forma de tabelas dispostas em

três colunas:

a) na primeira, foram nomeados os eixos temáticos que conduzem à definição das

expectativas de aprendizagem. Esses eixos são iguais ou similares em todos os anos de
escolarização, com pequenas variações, conforme a especificidade de cada etapa de
escolarização;

b) na segunda coluna, estão relacionadas os conteúdos do Ensino Religioso;

c) na terceira coluna, estão detalhadas as expectativas de aprendizagem;

d) na quarta coluna, estão discriminados os anos de escolarização em que cada

expectativa deverá ser tratada. A coluna apresenta três tons de azul que demarcam os anos
escolares em que cada uma das expectativas de aprendizagem descritas deve ser objeto
de ensino sistemático, a saber:

• a cor azul claro indica o(s) ano(s) no(s) qual (is) uma expectativa de aprendizagem
começa a ser abordada pelas práticas de ensino, ainda que de forma não
sistemática; significa possibilitar aos estudantes se familiarizarem com conteúdos e
conhecimentos;

• a cor azul celeste indica o(s) ano(s) durante o(s) qual (is) uma expectativa de
aprendizagem necessita ser objeto de sistematização pelas práticas de ensino;
significa sedimentar conteúdos e conhecimentos que permitam o avanço nas
temáticas trabalhadas anteriormente;

24
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

• a cor azul escuro indica o(s) ano(s) no(s) qual (is) se espera que uma expectativa
de aprendizagem seja efetivada, como condição para o prosseguimento, com
sucesso, em etapas posteriores de escolarização; significa aprofundar conceitos e
noções consolidados e expandi-los para novas situações.

Esse sistema de tonalidades da cor azul é utilizado em todos os eixos que compõem este
Parâmetro Curricular.

APRESENTAÇÃO DOS EIXOS TEMÁTICOS,

CONTEÚDOS E EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EIXOS EXPECTATIVAS DE ANOS

TEMÁTICOS CONTEÚDOS APRENDIZAGEM (EA) 6 7 8 9

EA1 - Compreender a
importância do Ensino
Religioso em sala de aula e
sua fundamentação a partir
das Ciências da Religião.

1-Introdução O Ensino Religioso EA2 – Respeitar o direito

ao Ensino e ao e as Ciências da constitucional de crença de
Fenômeno Religião. todas as pessoas, como um
Religioso Lei nº 9.394/96 (Lei elemento fundante de todo
nº 9.475/97 dá nova fenômeno religioso. Porém,
redação ao art.33). respeitando, também o direito
constitucional das pessoas
que não professam qualquer
tipo de crença.

EA3 - Conceituar e identificar

ações de proselitismo
religioso.

25
 EIXOS EXPECTATIVAS DE ANOS
TEMÁTICOS CONTEÚDOS APRENDIZAGEM (EA) 6 7 8 9

Teologias e Ciências EA1 - Conceituar e distinguir

da Religião. as abordagens da Teologia e
das Ciências da Religião
sobre o Fenômeno Religioso.

Religião e EA1 - Conceituar religião e

Religiosidade. religiosidade.
1-Introdução EA2 - Reconhecer a
ao Ensino e ao capacidade humana de
Fenômeno expressar sua crença sem
Religioso necessariamente estar
vinculada a qualquer grupo
religioso.

O Fenômeno EA1 - Compreender as

Religioso como relações entre o visível e o
objeto de estudo. invisível, os elementos
emocionais, vivenciais e
intelectuais, ligados à prática
religiosa.

Diversidade EA1 - Compreender a

Cultural-Religiosa e diversidade cultural-religiosa
diálogo inter- na história da humanidade,
religioso. valorizando o diálogo e o
respeito para com as outras
religiões.

2-Diversidade
Cultural-
Religiosa e
diálogo inter-
religioso Formas de EA1 – Compreender e
organização conceituar as formas de
religiosa (Teísmo, organização religiosa e as
gnosticismo, suas especificidades no
monoteísmo, Brasil.
politeísmo, deísmo,
Panteísmo,
misticismo, dentre
outras).

26
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

EIXOS EXPECTATIVAS DE ANOS

TEMÁTICOS CONTEÚDOS APRENDIZAGEM (EA) 6 7 8 9

O Ethos e o Cuidar EA1 - Reconhecer a

Cuidar de si; diversidade cultural-religiosa
Cuidar da outra como patrimônio da
pessoa; humanidade.
Cuidar do planeta;
Cuidar (respeitar) EA2 - Possibilitar o processo
dos símbolos de autorreflexão e diálogo
com a alteridade religiosa da
religiosos. outra pessoa.
2-Diversidade EA3 - Cultivar a paz e o
Cultural- respeito como condição
Religiosa e necessária para a vida em
diálogo inter- sociedade.
religioso
Linguagens EA1 – Perceber a diversidade
sagradas das linguística sagrada
diversas tradições apresentada nas diversas
e/ou culturas tradições e/ou culturas
religiosas. religiosas.

EA2 – Pesquisar a
diversidade musical nas
tradições e/ou culturas
religiosas.

Ritos; mitos; EA1 - Investigar os elementos

símbolos; doutrinas. constituintes das religiões.

EA2 - Compreender as
narrativas míticas que
fundamentam as tradições
3-Elementos religiosas.
Constituintes
das Tradições EA3 - Conhecer os diversos
e/ ou culturas tipos de livros sagrados (de
Religiosas revelação), acadêmicos e de
doutrina que fundamentam as
diversas religiões do ocidente
e oriente.

EA4 - Compreender e
respeitar a importância e
função dos símbolos
religiosos nos diversos
ambientes: na família, nos
espaços sociais e nas
celebrações religiosas
(Liturgia).

27
 EIXOS EXPECTATIVAS DE ANOS
TEMÁTICOS CONTEÚDOS APRENDIZAGEM (EA) 6 7 8 9

3-Elementos Imanência e EA1 - Analisar os conceitos

Constituintes transcendência de finitude humana e
das Tradições humana: transcendência geradores de
e/ ou culturas A vida e a morte nas sentido para a vida.
Religiosas tradições e/ou
culturas religiosas.

EA1 - Conceituar paisagem

Tradições religiosa e lugares sagrados.
Religiosas judaico-
cristãs, religiões EA2 - Identificar nas tradições
ocidentais, orientais, religiosas as paisagens
afro-brasileiras e religiosas e lugares sagrados.
indígenas.
Judaísmo, EA3 - Estimular atitudes de
Cristianismo respeito para com todas as
paisagens religiosas e os
(Catolicismo e lugares sagrados.
Protestantismo,
Pentecostalismo,
Ortodoxismo)
Espiritismo
(Kardecismo),
Hinduísmo,
Budismo,
4-Paisagem Islamismo, Taoismo,
Religiosa e Fé Bahá'i,
Lugares Confucionismo,
Sagrados Wicca, Jainismo,
Xintoísmo,
Candomblé,
Umbanda, Jurema,
Religiões indígenas,
dentre outras.

Turismo Religioso. EA1 - Compreender o turismo

religioso como possibilidade
de diálogo inter-religioso.

28
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

EIXOS EXPECTATIVAS DE ANOS

TEMÁTICOS CONTEÚDOS APRENDIZAGEM (EA) 6 7 8 9

EA1 - Identificar e discutir

Direitos Humanos sobre os direitos
fundamentais de todo ser
humano.

Diversidade EA2 - Estimular o respeito à

5-Temas Étnico-Racial diversidade étnico-racial
transversais
presente na sociedade.
geradores de
diálogo inter-
religioso: Estruturas EA3- Discutir as diferentes
Cidadania, Familiares abordagens relativas às
religiões e estruturas familiares e a
democracia Sexualidade
Humana sexualidade humana.

EA4 - Compreender a
importância do meio ambiente
Educação Ambiental para as (diversas) tradições
e/ou culturas religiosas.

EA5 - Discutir a presença

religiosa e mudanças no
Política e Religiões cenário político
contemporâneo brasileiro,
numa perspectiva de direitos
humanos.

29
 REFERÊNCIAS

ARAGÃO, G. S. Ética e ótica na educação: a mística entre e além. In: Revista Symposium. Recife, FASA, ano
11, n. 2, p. 17-24, julho-dezembro de 2007.

____. Transdisciplinaridade e sincretismo. In: Revista Symposium. Recife, FASA, ano 10, n.1, p. 96-116,
janeiro-junho de 2006.

ARAGÃO, Gilbraz de Souza. Fausto e religiões. Disponível em:

<pt.slideshare.net/gilbrazaragao/fausto-e-religioes-arigo-de-gilbraz>
Acesso: 05 de out. 2015.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 2006.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília. CNE/CEB Nº:
7/2010.

____. Constituição do Brasil de 1988. Brasília. Senado Federal, 1988.

_____. Lei 9.394/96 e Lei 9.475/97. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível no site:
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CARDOSO, Cláudia. JUNQUEIRA, Sérgio. O Ensino Religioso, por quê? Artigo. Disponível no site
<http://www.gper.com.br/gper_news/anexos/news55.pdf> acesso em 30 nov. 2013

CRUZ, E. R. Estatuto Epistemológico de Ciências da Religião. In: PASSOS, J. D; USARKI, F. (Orgs).

Compêndio de Ciências da Religião. São Paulo: Paulinas: Paulus, 2013.

JUNQUEIRA, S. R. A. Ciência da Religião aplicada ao Ensino Religioso. In: PASSOS, J.D; USARKI, F.
(Orgs). Compêndio de Ciências da Religião. São Paulo: Paulinas: Paulus, 2013.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Coleção Magistério 2º grau. São Paulo: Cortez, 1994.

LIMA, Elvira de Souza. Currículo e desenvolvimento humano. In: MOREIRA, Antonio Flávio e ARROYO,
Miguel. Indagações sobre currículo. Brasília: Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino
Fundamental, nov. 2006, p.11-47.

OLIVEIRA, Lílian Blanck (et al). Ensino Religioso: no Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez Editora, 2007.

PERNAMBUCO. Constituição Estadual. Disponível no site: <http://www.alepe.pe.gov.br/

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____ Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Recife: CEDCA, 2013

____. Parâmetros para a Educação Básica do Estado de Pernambuco. CAED – UFMJ, 2012.

____. Resolução nº 05 de 09 de maio de 2006. Dispõe sobre a oferta de Ensino Religioso nas escolas
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Acessado em 08 abr. 2015.

SOARES, A.M. L. Religião e educação: da ciência da religião ao ensino religioso. São Paulo:
Paulinas, 2010

30
 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

SUGESTÕES DE LEITURAS PARA O PROFESSOR

BRASIL. Lei 10.639/2003: História e Cultura da África e Afro-Brasileira. In: SERGIPE. (Estado). Núcleo de
Educação da Diversidade e Cidadania – NEDIC. As relações étnico-raciais: história e cultura afro-brasileira e
africana na educação básica de Sergipe. Secretaria de Estado da Educação de Sergipe, DED, NEDIC, Aracaju,
2011.

____. Lei 12.288/2010. Estatuto da igualdade racial. 5 ed. Brasília: Secretaria de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial – SEPPIR/PR, 2013.

____. Lei 11.645/2008. Dispõe da inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Disponível em: < www.planalto.gov.br/ccivil_03/-ato2007-
2010/2008/lei/I11645.htm >. Acesso em: 30 set. 2014.

____. Diversidade religiosa e direitos humanos. 3 ed. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República. União Planetária, 2013.

BITTENCOURT FILHO, J. Matriz religiosa brasileira. Petrópolis: Vozes, 2003.

CORRÊA, Rosa Lydia Teixeira. Cultura e Diversidade. Curitiba: IBEPEX, 2008. Editorial, 2005.

Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso.
São Paulo: Mundo Mirim, 2009.

GEERTZ,Clifford.A Interpretação das Culturas.Rio de Janeiro,RJ:LTC-Livros Técnicos e Científicos Editora

S.A.,1989.

GRESCHAT, H. J. O que é ciência da religião? São Paulo: Paulinas, 2005.

HICK, J. Teologia Cristã e pluralismo religioso; o arco-íris das religiões. São Paulo: Attar.

IMBERNÓN, F. (Org.). A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. São Paulo: Artmed, 2008.

JUNQUEIRA,S.R.A.,OLIVEIRA,Lilian.O Ensino Religioso:memória e

perspectiva.Curitiba:Champagnat,2005.

____. (Org.) Ensino Religioso em Questão. Disponível no site:http://www.gper.com.br/newsletter/

0363a8cd70a96bdc70f42fb5916fcc1e.pdf acesso em 13 nov.2013.

OLIVEIRA, Lilian Blanck; JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo; ALVES, Luiz Alberto Sousa; KEIM, Ernest
Jacob. (ORGs). Ensino Religioso no Ensino Fundamental. São Paulo; Cortez, 2007.

PERNAMBUCO. Instrução Normativa nº 01/2012. Disponível em: < www.siepe.educacao.pe.gov.br>>.

Acessado em: 08 abr. 2015.

RODRIGUES, Edile Fracaro. JUNQUEIRA, Sérgio. Fundamentando pedagogicamente o ensino religioso.

Curitiba: IBPEX, 2009.

31

Adriana Mirtes Melo Moura
Adimar Cavalcanti Fonseca
Aida Barreiro Duarte Branco
Albérico G. Carneiro
Alice Silva De Andrade
Altair Marcos Sales da Paz
Ana Cláudia Barros Barreto
Ana Lúcia A. Santiago
Ana Maria da Silva
Anderson Leony
Andrezza dos Santos Orengo
Antônia Caçula Pereira
Antônia Caçula Pereira
Antônia F. de Sousa Santos
Antônia Gomes de Almeida
Antônio Marcos da Silva
Carlos Alberto Cavalcanti Valença
Dalva Dias de Oliveira
Daiva Dias de Menezes
Dulcinete Maria Cirilo
Edimar Gomes de Almeida
Edineide Lima de Oliveira Silva
Edjane Bragade F. Melo
Edna Maria do Nascimento Gomes Brito
Edoarda Pryscilla Soares da Silva
Elisete Mª Soares
Eliza Dantas de Figueiredo Moura
Francisca Iolani
Giovanna Vera Cruz dos Santos
Givanilda Cavalcante de Souza Silva
Iris Maria de Oliveira Barbosa
Itaneide Mª Siqueira Leite Alves
Ivânia Ferreira de Lima
Jacqueline Bezerra do Carmo
Jeane Constantino da Silva
Joana D'Arc Gonçalves Silva
João Oliveira do Amaral
Joice Mariane Andrade Cruz Borba
José Ricardo Lins Medeiros
José Walderico P. de Lemos Filho
Josebias José dos Santos
Joseilson Marcelino de Lima
COLABORADORES
PROFESSORES
Joseli da Silva
Késia Braga Fernandes
Lúcia Helena Salgueiro
Lucijane Athayde de Fonseca
Mª das Dores M. de Santana
Manoel Falcão de Ataíde Filho
Manoel José Rodrigues Filho
Manoel Luis da Silva Neto
Margarida Paulina de Souza
Maria Aparecida Alves da Silva
Maria Aparecida Martins da Silva
Maria Auxiliadora Farias da Silva
Maria da Conceição Barros Costa Lima
Maria da Gloria Felix de Santana Xavier
Maria das Graças Amaral
Maria de Fátima da Silva
Maria de Lourdes da S. Antônio
Maria do Carmo Gomes Borges
Maria José da Silva Lopes
Maria Lindinalva de A. Silva
Maria Lúcia Brito de Oliveira
Maria Sagres Gusmão dos Santos
Marineide Maria de Carvalho
Marta Isabel da Silva
Miriam Campelo Correia
Mônica Ferreira
Nely Ramos da Silva
Odete Cavalcante de S. Fernandes
Olimpia Maria Alvares de Sena
Paulo Januário de Albuquerque
Rosália Alvarez de Castro
Rosangela Maria R de L. Albuquerque
Rosimere Costa S. F. Araújo
Rosimere Cosrta da S. F. Araújo
Silvana Maia Barbosa dos Anjos Silva
Silvana Mª Batista de Aredes
Silvia Leon Ramos Martins
Sulamita B. de Albuquerque
Suzana Maria de Novaes
Valeria Vanda Freitas de Souza
Vanise Rodrigues dos Santos Silva
Wilmara Silva Sampaio
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 Parâmetros
para a Educação Básica do Estado de Pernambuco

REPRESENTANTES DAS GERÊNCIAS

REGIONAIS DE EDUCAÇÃO

Rosalia Castro (Metropolitana Sul)

Giovanna Vera Cruz dos Santos (Mata Centro)

Givanilda Cavalcante de S. Silva (Mata Norte)

Itaneide Maria de Siqueira Leite Alves (Litoral Sul)

Carlos Alberto Cavalcanti Valença (Metropolitana Norte)

Laércio dos Santos (Sertão do Moxotó-Ipanema)

Maria Aparecida Alves da Silva (Sertão do Médio São Francisco (Petrolina)

Manoel Luis da Silva Neto e

Nádia Cristina Assunção Campos de Souza (Vale do Capibaribe)

Maria Auxiliadora de Almeida (Recife Sul)

Marvia Lira de Oliveira e

Constantino José Bezerra de Melo (Recife Norte)

Rita de Cássia S. da Silva (Mata Sul)

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL

Arquidiocese de Olinda e Recife

Frei Tito F. de Medeiros

Centro de Estudos Budistas Bodisatva

Floridalva Paiva Dias de Sá Cavalcanti

CODEIR (Arquidiocese de Olinda e Recife)

Marluce Pessoa

Comunidade Bahá'í
Emília Rahnemay Rohlman Rabbani e
Simim Jalali Rabbani

COPIPE – Comissão de Professores Indígenas em Pernambuco

Edilene Pajeú (Etnia Truká)

Fórum da Diversidade Religiosa em Pernambuco

Westei Conde

Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB)

Lilian Conceição da Silva Pessoa de Lira

Instituto Robinson Cavalcanti – IRC

Maurício Amazonas

OAB/PE – Ordem dos Advogados de Brasil/Pernambuco

Lourivaltida Pires Xavier

Religião de Deus
Carlos Roberto de Souza

Professor Colaborador Externo

Luiz Gonzaga Moura Penteado

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