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1. Otrecho a seguir foi extraído de uma crônica em que dois personagens - mãe e filho - conversam a respeito de um
presente do Dia das Mães.
[... ]
- Posso escolher meu presente do Dia das Mães, meu fofinho?
- Não, mãe. Perde a graça. Este ano, a senhora vai ver. Compro um barato.
- Barato? Admito que você compre uma lembrancinha barata. mas não diga isso a sua
mãe. É fazer pouco de mim.
- Ih, mãe, a senhora está por fora mil anos. Não sabe que barato é o melhor que tem, é
um barato!
- Deixe eu escolher, deixe...
- Mãe é ruim de escolha. Olha aquele blazer furado que a senhora me deu n o Natal!
- Seu porcaria, tem coragem de dizer que sua mãe lhe deu um blazer furado?
- Viu? Não sabe nem o que é furado? Aquela cor já era, mãe, já era!
Carlos Orummond de Andrade. Presente para asenhora. ln: Carlos Orummond de Andrade. Os dias lindos. Rio de Janeiro: Record, 1988. p. 129.
Variação sociocultural. Ofilho usa expressões de gíria às quais a mãe, ao ouvi·las, atribui outros sentidos. Ele diz "um barato" com sentido de ' interessante, que agrada', mas a
mãe entende como 'de pouco valor/preço"; ele emprega "furado" no sentido de "inadequado; algo que não agradou", mas a mãe entende como "que tem furos, buracos".
a) Em que tipo de variação linguística o cronista se apoia para criar as situações humorísticas que ocorrem no
diálogo? Justifique sua resposta. ·
b) No texto, o jovem dialoga com a mãe empregando um registro informal. Supondo que ele estivesse se comuni-
cando em uma situação estritamente formal, sugira possibil idades de reestruturar as fa las a seguir que sejam
adequadas a essa nova situação Sugestão: Asenhora está completamente desinformada/desatualizada/alheia aos fatos/ alheia à realidade. Ignora que
· "barato' é o que existe de melhor, é excelente/ótimo/de primeira qualidade! ["barato" não deve ser substi1uida por um
• "A senhora está por fora mil anos. Não sabe que barato é o melhor que tem, é um barato!" sinônimo formal, pois 0 falante
• "Viu? Não sabe nem o que é furado! Aquela cor já era, mãe, já era!" estariacnandoapalavra.:
Sugestão: Percebeu? Ignora/desconhece o que é "furado". Aquela cor já está completamente fora de uso/já caiu em desuso/está ultrapassada/ , mãe, já não se usa
mais! ["furado" não deve ser substituída por se tratar de citação do falante.]
2. Otexto a seguir é a sentença imposta por um juiz ao acusado de um crime. Leia-o e responda aos itens a e b.
Província de Sergipe
O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no
dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana, quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte,
já perto dela, o supracitado cabra que estava de tocaia em uma moita de mato, sahiu della de
supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a
lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as
encomendas della de fora e ao Deus dará. Elle n ão conseguiu matrimônio porque ella gritou e
veio em assucare della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em fragrante.
[ ...]
Condeno
O cabra Mánoel Duda, pelo malefício que fez à mulher do Xico Bento, a ser capado [... ].A
execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa. ·
Nomeio carrasco o carcereiro.[ ...]
Manoel Fernandes dos Santos
Juiz de Direito da Vila de Porto da Folha.
Sergipe, 15 de outubro de ****.
AlmanaqueBrasil de Cultura Popular. São Paulo: Andreato Comunicação & Cultura, jun. 2004. p. 29.
a) Na indicação da data, o ano foi substituído por asteriscos. Considerando as características da linguagem em-
pregada no texto, indique o ano em que, na sua opinião, essa sentença judicial foi originalmente expedida: 1833
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Da teoria à prática
a) Oprimeiro falante - pelo menos aparentemente - usa para com o objetivo de estabelecer uma relação de qualificação/especificação
1. Leia este t exto: ["campainha para chamar o criado" = "campainha que as pessoas que têm criado usam para chamá-lo"). Ooutro atribui ao para a ide:a de
finalidade; por isso interpreta "apertar a campainha para chamar o criado" como "apertar a campainha a fim de chamar o criado".
a) Coment e a ambiguidade da relação semântica estabelecida, nesse diálogo, pela preposição para.
b) Se o primeiro falante dissesse: "campainha de chamar criado", o diálogo continuaria a ter o efeito humorístico?
Explique. b) Não, pois a única relação semântica estabelecida pela preposição [deJseria a de qualificação/ especificação; assim, o outro falante não teria como
atribuir a essa preposição a ideia de finalidade.
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Scott Adams. Dilbert. Folha deS.Paulo, 29 jun. 1998.
O humor crítico dessa historinha baseia-se num jogo de sentidos obtido pelo emprego de duas preposições.
a) Explique o que o funcionário de gravata entendeu com a primeira fala do outro personagem e o que esse, na
verdade, pretendeu dizer. Ofuncionário de gravata supôs que a vacina tinha a finalidade de evitar que ele (e os demais funcionários da empresa)
cont raísse gripe. Com "vacinas "-ªl:ª gripe', o outro quis d iz~r que ~s vacinas t [nham a finalidade de provocar gripe nos funci_onár:os. _
b) No segundo quadro, o personagem esclarece quem aplicara as vacinas. Levando em conta essa mformaçao
e observando o outro personagem que aparece também no segundo quadro, explique a crítica veiculada por
. · h Atira critica o menosprezo que a empresa [e por extensão as empresas) tem pelos empregados. No caso, o funcionário servirá de diversão para ucos ac:cn:s:as,
essa t 1ri n a. que realizarão um safán [observar as roupas do ac1on:sta) para~ o funcmnáno como se e:e fosse um bicho e acertá-lo com dardos que c•usam gn?e
,,,, ,,,,1,
111,
439
Da teoria à prática
1. Otrecho a seguir, extraído de um romance, relata um encontro entre dois personagens: Chico Bento e Conceição,
comadre dele.
a) Osujeitoé "ela" (Conceição). Para identificar esse sujeito, basta observar osentido da locução "foi recebida', uma vez que,quando uma pessoaé "recebida', obviamente, é ela quem 'chegou'.
Relativamente à forma de ocorrência do [ s) sujeito [ s) de dois dos verbos desse trecho, responda aos itens de a a e.
a) O sujeito de "chegou" não ocorre explicitamente na oração, mas é identificável pelo contexto. Identifique-o e
explique como você raciocinou para fazer a identificação. b} Não seria possível identificar osujeito de 'chegou', que poderia ser tanto
"ele' (Chico Bento) quanto "ela" (Conceição).
b) Se a forma "recebida" fosse substituída por "abraçada", que problema de sentido ocorreria no período?
e) Se fosse feita a substituição referida em b, qual seria a maneira mais simples de evitar o problema? Reescreva
o trecho, fazendo a substituição e introduzindo a alteração que você propôs.
c) Bastaria explicitarosujeito de "chegou': [...) oalvoroçotriste com que foi abra~da por Chico Bento quando ela chegoucom as passagens.
2. Otexto 1, a seguir, é parte de uma ca rta publicada na seção "Opinião do leitor" de um jornal; o texto 2 é parte de
uma entrevista concedida por um ator. Leia-os e responda aos itens de a a d.
TEXTO 1
TEXTO 2
Oprodutor do texto, por não saber ou não querer especificar quem implantou aindústria de multas, põe overbo na31 pessoa do plural para indeterminar osujeito.
a) No trecho 1, o que teria levado o produtor do texto a empregar o verbo "implantar" na 3ª pessoa do plural?
b) No trecho 2, o pronome "você" aparece na fala dos dois interlocutores. Ambos empregaram esse pronome com
a mesma fina 1ida d e? j UStifi que. N.ão..Na fala do entrevistador,você designa oator entrevistado. Na fala do ator, ovocê tem sentido geral,indefinido,
significando qualquer pessoa, todos.
e) Existe um ponto em comum entre a opção do produtor do trecho 1 pelo verbo na 3! pessoa do plural e a opção
do ator pelo pronome "você"? Justifique. Sim, ambos buscam indeterminar (tornar mais vago) osujeitados enunciados de que esses elementos
d) Os dois recursos referidos no item e são co~~e~~~1~ usados nas mesmas situações de comunicação? Explique.
Não. Indeterminar osujeito empregando overbo na 31 pessoado plural é usual tanto na língua escrita quanto na línguaoral, em situações formais ou informais de
comunicação. Oemprego de "você' comamesma finalidade é típico da língua oral eocorre mais frequentementeem situações informais [oupouco formais].
491
SINTAXE
b) Na palavra "conosco·. Todo o segmento que vai de "que o sinal" até ' conosco'
a) Apalavra ' que• classifica·se como conjunção [subordinativa) integrante, pois inicia funciona como objeto direto de "acho'. (Observar que todo o trecho poderia ser
oração subordinada substantiva. trocado por "isso": "Acho isso").
6. Observe a cena e leia a opinião do perspicaz garotinho Calvin.
~ ~~ o
ÀS VE;ZES i=u ACHO Gui= SINAl MAIS
f;VIDf;Ní!< Pi= GUi= f;lc'ISTf; VIDA INíf;L16i=NTi=
A respeito da organização sintática da frase do texto,
responda aos itens a seguir.
1~
5 -,~
~ f;M ALGUM LUGAR DO UNIVi=RSO, ' O
Pi= GUi= NIN6Ul; M ATÉ AGORA Ti=Ní OU
f;lllTRAR lôM CONTATO CONOSCO.
a) Como se classifica a palavra que introduz o objeto
l,' f / e) [sinal mais evidente] "de
direto do verbo "acho"?
b) Em que palavra do texto termina o objeto direto de
que existe vida inteligente em
algum lugar do universo·. "acho"?
--t sinal mais evidente disso. e) Nesse contexto, a palavra "sinal" é um nome de
sentido incompleto. Transcreva a oração que fun-
ciona como complemento nominal desse nome.
d) Aoração "de que ninguém até agora tentou entrar
em contato conosco" associa-se a um elemento
·'~ 4
·iiw Cal . &H bb textual_em elipse.
_ Identifique
_ esse elemento e dê
B1 atterson· v1n o es
a funçao da oraçao em relaça o a ele. d) Trata-se do nome
7. Considere este período: ' sinal": ' é o [sinal] de que ninguém...'. Tal como no item e, a oração em questão funciona como complemento nominal de 'sinal'.
No meio da noite, acordei com a impressão de que sentira que a casa toda havia tremido.
Reescreva a frase, excluindo a palavra "que" e empregando na forma reduzida as orações por ela introduzidas.
Depois, classifique as orações reduzidas. No meio da noite, acordei com a impressão de sentir a casa toda tremer. Classificação: "de sentir" - oração
subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo [completa o nome ' impressão"); 'a
8• Leia
· estes trec hos do texto Wao se pode ser sem re beld'10 e 1"dent1T1que a afi1rmaçao
- ·incorreta. casa toda tremer' - oração
subordinada substantiva
Resposta: e.
objetiva direta reduzida de
infinitivo [completa o verbo
Não se pode ser sem rebeldia 'sentir' ).
a) Trata-se de um texto dissertativo, no qua l marcas linguísticas como "eu acho que", "eu confesso que tenho",
"que eu aceite" evidenciam um posicionamento nitidamente pessoal do autor relativamente ao tema.
b) A forma verba l "eticizando-se" (terceiro parágrafo), que significa "tornando-se ética", está entre aspas por ser
um neologismo, uma palavra inventada pelo autor do texto.
e) No período "Eu confesso que tenho grandes dúvidas em torno do castigo", a segunda oração funciona como
objeto direto da primeira. .
_ d) 'E" [verbo de ligação J +'preciso' [predicativo J + oração subjet iva
d) Em "E preciso que eu aceite a necessidade ética [ ... ] ", a segunda oração funciona como sujeito da primeira.
e) Se, no período "Eu acho que a liberdade não se autentica sem o limite da autoridade", a oração principal for
substituída por "É inquestionável'', a segunda oração, que funciona como objeto direto, passará a funciona r
como sujeito, mas não haverá alteração alguma no grau de subjetividade da afirmação expressa nesse período.
(A oração realmente passará a funcionar como sujeito, mas a frase perderá o grau de subjetividade expresso por "eu acho".)
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Da teoria à prática
1. Considere as proposições a seguir e pontue, se necessário, o período composto relativo a cada uma de :
a) Proposição: Todos os senadores são eleitos pelo povo .
• Os senadores, que são eleitos pelo povo, têm a obrigação moral de defender os interesses do país
b) Proposição: Apenas parte dos brasileiros gosto de basquete.
• Os brasileiros que gostam de basquete assistem, pela TV, aos jogos do campeonato norte-ameri:::
e) Proposição: Nem todo jogador de futebol tem salários milionários.
• Os jogadores de futebol cujos salários são milionários gostam de exibir carrões luxuosos. ad·e·
'.
d) Proposição: Todos as emissoras públicas de TV têm compromisso com a cidadania.
• As emissoras públicas de TV, que têm compromisso com a cidadania , merecem ser prestigia:.:.
pectadores. adjetiva explicawa
O poder da vírgula
Numa prova de português do ensino fundamental, ante a pergun:_
a função do apóstrofo, um aluno respondeu: UApóstrofos são os amigos
juntaram naquela jantinha que o Leonardo fotogr afou" .
A frase, além de alertar sobre os avanços de que precisamos na e::
cação, é didática quanto aos cuidados no uso da língua portuguesa. :-
herdamos dos lusos, do galego e do latim.
O erro gritante que o aluno cometeu ao confundir dois termos cc=
recida foi agravado com a colocação da vírgula depois de "amigos de :
Josué Gomes d; ~
Da teoria à prática
1. Considere as proposições a seguir e pontue, se necessário, o perío do composto relativo a cada uma delas:
a) Proposição: Todos os senadores são eleitos pelo povo.
• Os senadores, que são eleitos pelo povo, têm a obrigação moral de defender os interesses do país. adjetive -
1. A Terra que é um planeta do Sistema Solar viaja em torno do Sol a uma velocidade aproximada de
10s·ooo km/h.
2. Será que a Terra que as futuras gerações habitarão estará muito diferente da Terra que
conhecemos hoje?
a] Período 1.A Terra, que é um planeta do Sistema Solar, viaja
Um deles não está adequadamente pontuado. Terra, como integrante do Sistema Solar, é um elemento único, -
• , . . . a oração adjetiva ' que é um planeta do Sistema Solar' precisa ~
a) Identifique esse peno do, pontue-o e JUSt1f1q ue sua resposta. necessariamente, explicativa; daí a necessidade das vírgulas.
b) Explique por que no outro período não se pode acrescentar nenhum sinal de pontuação.
Em 2, as orações adjetivas "que as futuras gerações habitarão' e ' que conhecemos hoje' atribuem ao nome ' Terra' características que o diferenciam em suas e.
4. (lnsper-SP) Leia o texto: ocorrências; são, portanto, duas ' Terras'. Assim, para distingui-las, as orações adjetivas precisam ser restritivas e, por·.
não devem ser separadas com virgulas.
O poder da vírgula
Numa prova de português do ensino fundamental. ante a pergunta sobre qual er2
a função do apóstrofo, um aluno respondeu : ''.Apóstrofos são os amigos de Jesus, que se
juntaram n a quela jantinha que o Leon ardo fotografou".
A frase, além de alertar sobre os avanços de que precisamos na excelência da edu -
cação, é didática quanto aos cuidados no uso da língua portuguesa, preciosidade qt.:e
herdamos dos lusos, do galego e do latim.
O erro gritante que o aluno cometeu ao confundir dois termos com sonoridade pa-
recida foi agravado com a colocação da vírgula depois de amigos de Jesus". N
584
7. Considere este título de reportagem de jornal:
~m relação ao título da reportagem, faça o seguinte: Homens dizem que só se fossem mulheres pensariam em sexo
a) Alterando apenas o posicionamento da oração adverbial, reescreva o período para que fique claro o sentido 1.
b) Faça o mesmo para deixar claro o sentido 2. Homens dizem que, se fossem mulheres.só pensariam em sexo.
c) Alterando apenas a posição da palavra "só", obtenha o sentido 1. Homensdizemquepensariamemsexo só sefossemmulheres.
d) Faça a mesma alteração para obter o sentido 2. Homensdizemquepensariam ~ emsexosefossemmulheres.
8 Leia esta opinião. 8. a] 'as pessoas leem pouco" - consequência; ' porque os livros são caros• - causa; "os livros são caros• - consequência; ' porque as tiragens
• são muito pequenas• - causa; "as tiragens são muito pequenas• - consequência; "porque as pessoas leem pouco" - causa.
Esse período foi construído para criar um círculo vicioso entre os fatos por ele expressos.
a) Indique, em cada par de orações que forma m o período, qual é a causa e qual é a consequência.
b) Considerando a resposta ao item a, qual é a característica em comum entre as orações que formam o período?
c) Considerando a resposta ao item b, explique em que consiste um raciocínio construído sob a forma de um círculo
vicioso. c] Um fato Aé a causa que gera, como consequência, um fato B; este por sua vez é a causa que tem como consequência um fato Ce assim
sucessivamente, até que o último fato volta a ser o A, exprimindo não mais uma causa, e sim uma consequência do penúhimo fato, ' fechando" assim o
círculo. Esquematicamente: A [causa J~ B [consequência J, B [causa] ~ C[consequência J, C [causa] ~ A [consequência/ causa].
' }
i Se no Brasil ninguém paga caro por mentir, por que você vai }
pagar caro pela verdade? Ass ine o Jornal X a parti r de R$ XX,XX. ~
a] 'Pagar caro" pode significar "sofrer as consequências, ser punido, ser castigado" e "gastar uma alta quantia em dinheiro".
a) A propaganda explora dois sentidos de "pagar caro". Quais? b] Otexto procura passar a ideia de que
· · · I O · ? ojornal é barato e de que é honesto, diz a
b) A propagan da procura construir certas imagens para o JOrna . ua1s. verdade, não distorce os fatos noticiados.
c) Para construir essas imagens, a propaganda torna natural uma imagem estereotipada do Brasil.
Comente a importância da construção sint ática "se[ ... ] por que [ ... ]" e do pronome "ninguém" nesse
processo.
Caderno
c] Oemprego de 'ninguém" pressupõe que, no Brasil, são corriqueiras as declarações/opiniões baseadas na mentira, de atividade'
no despudor; a conjunção se introduz, sob a forma de condição, o referido pressuposto e a forma por que introduz uma
Na p. 52, são propostc:
pergunta na qual está implícita ajustificativa - o baixo preço do jornal - para o leitor tornar-se um assinante. a,
outros exercícios sobre o
desta unidade
(Orações subordinadas
adverbiais].
Divirta-se...
606
UNIDADE 27 PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDI NAÇÃO
- ,.
:uindo
EXERCICIOS DE FIXAÇAO
1. Nos itens abaixo, reúna cada par de orações em um único período, usando uma conjunção coordenativa que expli-
cite adequadamente a relação lógico-semântica entre elas. Depois, indique se essa relação é de adição, oposição,
alternância, conclusão ou explicação.
a) Sabemos muito sobre o universo. Às vezes, não sabemos o nome de nosso vizinho.
Sabemos muito sobre o universo, mas/ porém/ no entanto. às vezes, não sabemos o nome de nosso vizinho. Oposição
b) Conversei com eles ontem à tarde. Mostrei-lhes as vantag_ens de nossa proposta.
Conversei com eles ontem à tarde e mostrei-lhes as vantagens de nossa proposta. AdiÇlio
c) Com a fa lta de chuvas, a veQetação rasteira secou. O periQo de incêndio era constante.
Com a falta de chuvas, a vegetação rasteii'lí secou, por isso/portanto/ logo o perigo de mcêndio era constante Conclusão
d) Lute com toda disposição do mundo. Desista de seus maiores sonhos.
-ação. Lute com toda disposição áo mundo, ou desista de seus maiores sonhos. Alternância
e) Lute com toda disposição do mundo. A realização de seus sonhos depende só de você.
Lute com toda disposição do mundo, pois/porque a realização de seus sonhos depende só de você. Explicação
~:ão Nesse diálogo, a palavra ou liga dois termos de uma mesma oração; por sua vez, a pa lavra então estabelece um
vínculo entre a frase do último quadrinho e a resposta dada por Hagar. Essas duas pa lavras evidenciam, respec-
tivamente, as seguintes relações sintático-semânticas: Resposta: d
a) adição - oposição. e) oposição - adição. e) exclusão - adição.
b) adição - explicação. d) exclusão - conclusão.
Relatividade
Educação
É aquilo que nos faz olhar o bife maior e tirar o menor.
Cinismo
É aquilo que nos faz olhar o bife menor e tirar o maior.
Miséria
É aquilo que nos faz olhar o bife maior e o bife menor e não tirar nenhum.
Gula
É aquilo que n os faz olhar o bife menor e o bife maior e comer os dois.
Max Nunes. Opescoço da girafa.
o. São Paulo: Companhiadas Letras, 199?. p. 41-2.
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7. A respeito de uma notícia sobre política publicada em um provedor da internet , um internauta fez o seguinte comentário:
.se não está conforme a variedade Obs.: Osujeito de "sabe(m)' é o pronome
os verbJS"sabem' e "fazem· deveriam
:regados nosingular [sabe-faz).uma
A 1 d N , d
CU pa nao e OS po I ICOS, e esse povo
rt· , relativo "que·, que retoma "povo imbecil";
osujeitode"faz[em)' éelíptico:ele[s) .
.e se associam aotermo"povo' imbecil que não Sabem 0 que fazem. b) Resposta pessoal. Sugestão: Também "existem•
"1 no singular, embora com sentido de muita gente que não ·sobem"o que "fozem'com a
_ . _ . , . _ língua portuguesa. Essa construção, empregando
a) Comente a adequaçao ou madequaçao desse enunciado a variedade padrao. 'gente" [singular) e •existem/sabem/fazem· [plural
b) Suponha que você tivesse lido essa opinião e resolvesse postar um comentário irônico a respeito de sua estru-
turação gramatical. Redija uma frase curta em que se evidencie a ironia. funcionaria como uma paródia e evidenciaria, principalmente
pelo uso das aspas nas formas verbais, uma crítica irônica ao problema de concordância da frase original; também cr~ i caria, de forma implícita, a virulência/agressividade do
internauta el)1 relação ao povo (do qual, aliás, ele também faz parte].
8• Certa ocasião, uma notícia publicada na internet fazia referência ~
a erros de portu guês [ortografia e con co rdância J em redações de ~
alunos que haviam participado de uma das edições do En em. ~
Entre inúmeros internautas que expuseram suas opiniõe s a ~
respeito do assunto, um se expressou assim: .,,~e
m
CI>
Por causa dessas aberrações, estão impedindo <i:
os estudantes de ingressar na universidade via SISU.
Se fossem um curso meia boca onde sobram vagas
tudo bem mas é inadmissível para quem vai concorrer
medicina onde uma diferença de 1O pontos podem ou
não determinar seu futuro.
Considerando o tema da notícia e o fato de as opiniões serem expostas em um veículo de comunicação a que todos
podem ter acesso, responda aos itens a seguir:
a) O internauta teria, ou não, a opção de empregar livremente qualquer registro linguístico para expressar sua
opinião? Não. Como se trata de um espaço público (internet) e a notícia tratava justamente de erros gramaticais, a linguagem utilizada (principalmente por ser usada
para criticar os erros] deveria adequar-se à norma culta (no mínimo em sua modalidade distensa, menos formal].
b) Nesse trecho, há inúmeras ocorrências que, do ponto de vista linguístico, desqualificam a opinião do internauta.
Identifique e comente, resumidamente, pelo menos quatro delas.
1. ' fossem' - deveria ser 'fosse" [sujeito: "um curso']; 2. 'meia boca' - gíria; deveria ser, por ex., "fraco' ou "pouco concorrido'; 3. "tudo bem" (coloquial) - deveria
ser, por ex., ' seria aceitável"; 4. "onde" - sem referência a lugar; deveria ser "em que/no qual"; 5. Ausência da vírgula entre "bem" e "mas"; 6. concorrer a uma vaga em
medicina; 7. ausência da vírgula depois de "medicina• [a oração seguinte teria que ser adjetiva explicativa); 9. "onde" (idem 4) - deveria ser:· ... medicina, em que...";
9. ' podem• - deveria estar no singular. ' pode' [sujeito: uma diferença de 10 pontos).
O trecho abaixo, transcrito de uma reportagem sobre Oubai, cidade dos Emirados Árabes Unidos, faz
referência à situação de um grupo de operários que trabalhavam em uma obra na cidade. Leia-o e responda
aos itens de a a e:
Uma agente de r ecrutam ento indiana está tentando ajudar 133 homens
que enviou a Dubai para cumprir um contrato que n ão foram p agos. cu-
jos passaportes foram confiscados, que vivem em condições desuman as e
insalubres e foram privados at é de água potável.
Carta Capital. n. 517. p.14.
Sugestões: 1. Acrescentar uma virgula entre "contrato" e "que' [...um contrato, que não foram pagos... ]. 2. Alterar a redação: "...para cumprir um contrato. Esses
- ens não foram pagos, seus passaportes foram confiscados e eles vivem em condições desumanas e insalubres, inclusive privados de água potável.".
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