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Atividade de Hermenêutica

É possível deduzir nas entrelinhas do texto que o autor define a hermenêutica


jurídica como uma ideia subjetiva, ou seja, para o autor cada um interpreta de forma que
favorecer ou desfavorecer o que está sendo analisado. Sendo assim é possível afirmar que
em alguns métodos da hermenêutica o intérprete não usa o critério da imparcialidade,
embora tenha que aplicar em um caso concreto.

Compreende-se a ideia que outros países tratam a hermenêutica como um assunto


sério e que os doutrinadores discutem de forma ampla e profunda, enquanto no Brasil
ainda é pouco discutida ou vista de formas superficiais, seja nas doutrinas tradicionais ou
nos cursos de Direito, mesmo sabendo da grande importância perante as justificativas das
decisões proteladas pelos tribunais. O autor define como “descaso hermenêutico”

Entende-se que a inovação da hermenêutica jurídica possui poucas expressões


tradicionalmente brasileiras e critica os intérpretes por se basearem apenas em correntes
majoritárias oriundas das decisões dos tribunais, sem levar em conta uma nova
interpretação, usando assim algumas teorias ultrapassadas que são adotadas como
modernas, mesmo quando outros países já reformularam.

Constata-se ainda que a hermenêutica é baseada nos métodos jurídicos contribui


no processo discursivo de uma argumentação e que para o Direito os métodos têm funções
racional, expositiva e organizativa, porém poderá haver interpretações arbitrárias
diferentes da herança filosófica e que essas distorções se dão pela não compreensão do
método incorreto, sendo este um grande problema no Brasil. Deduz-se ainda que antes de
usar os métodos clássicos de maneira radical os intérpretes devem ter um amadurecimento
da consciência metodológica e um aperfeiçoamento da metódica interpretativa.

Destaca-se também que nos elementos literal e sistemático deve prevalecer o


sentido literal do texto e dar ênfase ao sentido técnico jurídico da linguagem, embora
muitas vezes seja impossível determinar a interpretação correta daquilo que se busca
extrair do texto. E, somente a partir desse resultado o intérprete deve adotar outros
métodos e critérios podendo utilizar-se do método sistêmico para construir soluções
quando o sentido literal do texto for insuficiente ou inexistem para que não se perca a
vinculação da lei.
Nota-se que os argumentos utilizados para interpretação da legislação não são
racionais, ou seja, não existe articulações entre os conteúdos e estruturas argumentativas.
Dessa forma algumas decisões tornam-se vagas ou dispersas não sendo capaz do
interprete-julgador decidir através de controles intersubjetivos, inviabilizando a
legitimidade de sua interpretação.

Discute-se ainda que as decisões realizadas por colegiados dificulta a


irracionalidade do modelo brasileiro, pois expressa a inviabilidade de reconstruir
racionalmente decisões judicias com novos argumentos e novas interpretações
individuais, onde esta poderia possuir uma decisão justificada e individualizada com o
intuito de reafirmar a autoridade do juiz.

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