AP1 HERMENEUTICA JURIDICA

1. A (im)parcialidade na ciência jurídica.

Na hora de julgar um caso é de extrema importância que o juiz se mantenha imparcial
quanto a sua decisão, visto que é necessário que o réu tenha garantido seu amplo direito
de defesa e a sua presunção de inocência. No entanto, o que vemos no atual contexto da
ciência jurídica é que se aplicam cada vez mais decisões parciais, geralmente sob a
influencia da politica, da histórica e do poder econômico.

2. Diferença entre hermenêutica e interpretação

* A Interpretação nada mais é do que a analise de textos e
investigação de sentidos de um discurso em geral.
* A Hermenêutica é a ciência cujo objetivo é a
determinação do sentido de um texto, ou seja, a arte de
interpretar.
Segundo Maximiliano, a interpretação é a consignação do sentido e alcance dos
procedimentos de Direito e a hermenêutica como a ciência responsável pelo estudo e
sistematização do processo utilizado pela interpretação.

A hermenêutica é a teoria cientifica da arte de interpretar.

3. Subsunção normativa
É o enquadramento do caso concreto ao antecedente da norma jurídica.

É a ação ou efeito de subsumir, isto é, incluir alguma coisa em algo maior, mais amplo.
Como definição jurídica, configura-se a subsunção quando o caso concreto se
enquadra à norma legal em abstrato. É a adequação de uma conduta ou fato concreto
(norma-fato) à norma jurídica (norma-tipo)

4. Importância da dialética e retórica para a ciência hermenêutica

A dialética não tem como foco o convencimento, mas sim a condução rumo à verdade.
Já a retorica é a arte de persuasão, ela visava defender o ponto de vista do orador e
convencer aqueles que estavam lhe ouvindo. Ambas são importantes para o Direito,
visto que, o advogado que pretende demonstrar a inocência do seu cliente deve usar a
dialética, e o advogado que pretende por em duvida as acusações contra seu cliente deve
usar a retorica.

5. Principais características da Escola Bíblica.

Foi criada devido à necessidade da compreensão das sagradas escrituras. Porém ela
expressava uma inexistência de liberdade interpretativa, haja vista a existência de
dogmas.

6. Principais características da Escola Filológica.

Veio da Insatisfação com a exegese bíblica, que não
viabilizava a interpretação. Representava a necessidade de
se conhecer todas as obras disponíveis, não só as
religiosas. Não trouxe substanciais inovações, mas
diversificou a compreensão dos escritos por meio de novas
técnicas.

7. Principais características da Escola Histórica.

Com a escola histórica a hermenêutica passa a valorizar a
correlação existente entre os diversos fatos históricos.
Representou o afastamento das verdade absolutas e
validades universais.
• O sentido do texto deverá ser extraído por meio de sua
análise metodológica com os nexos históricos mais
amplos, que justificaram as razões de seu existir
como tal.
• Valorização do subjetivismo na atividade
hermenêutica. O Interprete faz parte da história, seu
pensar sobre o outro é um pensar sobre si mesmo.
• A história e simpatia vão de encontro aos preconceitos
e possibilitam o desprendimento das concepções
atuais, aumentando os horizontes de análise.
PARTE DE REVISÃO
Diferença entre hermenêutica e interpretação
A hermenêutica diz a respeito da arte de interpretar e/ou
explicar um texto ou discurso. No direito, por exemplo,
a hermenêutica foca bastante em descrever as diversas
formas (Escolas) de interpretação da norma jurídica. Já
a interpretação consiste em depreender de um texto ou
discurso o seu sentido e alcance se utilizando de uma
determinada técnica.
Subsunção normativa
É o ato de incluir em algo mais amplo. Como definição
jurídica, configura-se quando o caso concreto se
enquadra à norma legal em abstrato.
Importância da dialética e retórica para a ciência
hermenêutica
A hermenêutica é uma ciência que forma critérios e
elementos que são utilizados para interpretá-la o ato da
norma jurídica. Retórica refere-se a argumentos em
discursos, já a dialética diz respeito a argumentos em
conversações.
Principais características da Escola Bíblica.
Surgiu no seio da Igreja Católica Medieval para
interpretar as Escrituras Sagradas, todavia, por ser na
Idade Média, havia uma barreira para a livre
interpretação, uma vez que a presença de dogmas era
marcante (o produto final da interpretação não podia ser
contestado). Vale também ressaltar que a Escola Bíblica
não criou um método hermenêutico em si, mas acabou
por interpretar certas passagens bíblicas até então
consideradas obscuras, deixando uma espécie de legado
para o movimento racionalista do século XVIII. Por
fim, pode-se observar que a exegese bíblica e
hermenêutica, com a Reforma Protestante e o
movimento racionalista, acabou mudando, ou seja,
cultivou uma pegada mais científica se comparada à
predominante nos tempos em que a Igreja Católica tinha
a força máxima.
OBS: Exegese trata-se de um comentário crítico do
sentido de um texto. Logo, na exegese bíblica, eram
explicados os sentidos das Escrituras Sagradas.
Principais características da Escola Filológica.
Houve um momento em que a exegese bíblica se tornou
insatisfatória, haja vista que inviabilizava, por muitas
vezes, a interpretação. Neste período, surgiu a
necessidade de não se resumir a temas exclusivamente
bíblicos, mas buscar aprender mais sobre coisas
seculares. Vale ressaltar que a interpretação buscava o
sentido do texto através da história, retórica, semântica,
morfologia, regras gramaticais e etc. Destarte, podemos
concluir que a Escola Filológica não trouxe grandes
inovações, mas diversificou a compreensão através de
novas técnicas.
Principais características da Escola Histórica.
Com a Escola Histórica, a hermenêutica passa a
valorizar a correlação existente entre os diversos fatos
históricos. O texto, a partir de então deve ser lido de
forma associada ao todo (história), superando a limitada
análise de vocábulos que demarcou a escola filológica.
Para Dithey, a hermenêutica está situada no campo das
ciências do espírito (e não nas ciências naturais), razão
pela qual não deve ser pautada em métodos objetivistas
e estritamente racionais. Afastamento das verdades
absolutas e validades universais. O sentido do texto
deverá ser extraído mediante a sua análise metodológica
com os nexos históricos mais amplos, que justificam as
razões de seu existir como tal. Ocorre também a
valorização do subjetivismo na atividade hermenêutica,
ou seja, o intérprete faz parte da história, seu pensar
sobre o outro é um pensar sobre si mesmo. O caminho
passa pelo conhecimento histórico e pela simpatia
universal. A história e a simpatia vão de encontro aos
preconceitos e possibilitam o desprendimento das
concepções atuais, aumentando os horizontes de análise.
 EMISSOR
• A mensagem necessita de um MEIO

RECEPTOR
* * Possui 3 dimensões
➢ Enunciar
➢ Explicar
➢ Traduzir

Sacerdotes da igreja católica eram responsáveis por conseguir fieis

• Não havia espaço para contestar os sacerdotes.
• O que era dito por eles deveria ser encarado como verdade absoluta, já
que era o “Deus todo poderoso”.
**Exegese: É uma interpretação ou explicação critica de um texto,
particularmente o texto de cunho religioso.
• Hermes, deus da mitologia grega, realizava uma tradução da língua dos
deuses para a língua dos homens.

HERMENEUTICA INTERPRETAÇÃO

Pode ser considerada como a arte de + Pratico. Se preta exclusivamente a

interpretar as leis, com princípios e
conceitos, que buscam formar uma
teoria adaptada ao ato de interpretar.
+ Ciência.
entender o real sentido e significado
das expressões contidas no texto.
+ Pratica da Ciência.

A hermenêutica jurídica tem o objetivo, Conforme, revela-se como forma

enquanto domínio teórico, proporcionar explicita de compreensão.
bases racionais e seguras para uma
interpretação dos enunciados
normativos.

Silogismo é a conclusão deduzida através de premissas

➔ Três características: Mediada, Dedutivo e Necessário.

Mediação: Raciocínio para compreensão do plano real

Dedução: Preposições universais para alcançar premissas verdadeiras
Necessário: É o elo entre as premissas
* * * O que vale da logica silogística é a validade do pensamento e não a
verdade daquilo que interfere.

Dialética: Também conhecida como método socrático, é o mecanismo utilizado

para, a partir de questionamentos sobre um fato, alcançar a verdade real.
Retorica: A retorica, muito utilizada pelos sofistas, que foram os primeiros
advogados da historia, é considerada a técnica de persuasão do
convencimento, pouco importante a verdade dos fatos. A retorica busca o
convencimento dos julgadores por meio do discurso.
• A importância da retorica e da dialética na hermenêutica jurídica:
➔ Os discursos de notória jurídica são intrinsicamente retóricos, pois se trata
da elaboração de teses argumentativas dialéticas nas quais as partes
buscam prover estarem com a razão.
➔ A retorica no direito se consolidou a partir de uma nova postura estatal em
julgar seus cidadãos, rompendo, assim, a autotutela do direito.