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TRABALHO EM LIDERANÇA,
DE CONCLUSÃO DE CURSO INOVAÇÃO E GESTÃO
– ESTUDO DE CASO 3.0
MBA EM
LIDERANÇA,
INOVAÇÃO E
GESTÃO 3.0
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PÓS-GRADUAÇÃO EM LIDERANÇA, INOVAÇÃO E GESTÃO 3.0
SUMÁRIO
5. Situação problema 7
6. Objetivo do Estudo 8
8. Método de pesquisa 14
9. Descrição do Caso 16
13. Anexos 26
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A gente não quer só dinheiro... você tem fome de quê? ... – Um estudo de caso sobre
satisfação no trabalho dos empregados da Gerência Documental (GERDOC) da EGBA
- Empresa Gráfica da Bahia.
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4. JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA
DO TEMA
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5. SITUAÇÃO PROBLEMA
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6. OBJETIVO DO ESTUDO
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7. REFERENCIAIS TEÓRICOS
UTILIZADOS
Para análise deste caso foram utilizados os estudos de psicologia positiva de Dr.
Martin E. P. Seligman e os estudos sobre a construção da felicidade, bem como o
conteúdo da Disciplina Felicidade e Realização Profissional da professora Carla
Furtado. Sobre a interpretação do significado do trabalho foram usados os textos de
Mário Sérgio Cortella.
O conhecimento sobre a construção da felicidade ainda é irregular, pois a
psicologia positiva, ciência que investiga a construção da felicidade, surgiu após a
Segunda Guerra Mundial. Assim, a ideia de construção da felicidade ainda é
relativamente nova e pouco documentada, se comparada à psicologia “convencional”,
que abordava a construção das patologias mentais. O resultado que a psicologia
positiva deseja é a felicidade ou bem-estar (SELIGMAN, 2010).
Na disciplina Felicidade e Realização profissional foram abordados os seguintes
conceitos:
A felicidade é a experiência de contentamento e bem-estar combinada à
sensação de que a vida vale a pena.
A felicidade é o encontro do pensamento com a ação
A felicidade possui a dimensão pessoal e a organizacional, e é
sustentada pelos pilares da transformação pessoal, FIB (Felicidade Interna
Bruta) e Teoria U.
A abordagem deste trabalho será a dimensão organizacional focada na
Transformação Pessoal embasada na psicologia positiva.
A psicologia positiva estuda as emoções positivas, os traços positivos (virtudes,
forças e habilidades) e as instituições positivas (democracias, família e liberdade) que
dão suporte às virtudes, que por sua vez embasam as emoções positivas.
A felicidade não é uma subtração dos momentos maus dos momentos ruins, isto
é uma teoria sustentada pelo Hedonismo, pois a emoção positiva desassociada do
exercício do caráter não é felicidade, ao contrário, ela invalida toda realização que se
busca. O sentimento positivo só tem validade dentro do exercício das forças e virtudes.
Na aula Felicidade e Realização Profissional, foram abordados o prazer, a
alegria e a felicidade, esclarecendo-se suas diferenças, onde o prazer é uma emoção
ou sensação agradável que o indivíduo pode provocar a si mesmo por algum estímulo,
e é efêmero. A alegria é uma emoção ou sentimento agradável, pode-se provocar a si
mesmo ou ser externa e se prolonga por mais tempo que o prazer. A felicidade, por sua
vez, não é estimulada por nada externo, é presente e não está alicerçada em nada que
esteja à volta de quem a vivencia.
A psicologia positiva selecionou vinte e quatro forças que se encaixam nos
critérios de valorização em diversas culturas. Dentre elas podemos citar que os
indivíduos sejam valorizados pelo que são e não como meios para atingir outros fins e
que sejam maleáveis. Nessas forças estão incluídas as virtudes principais, que são
sabedoria, conhecimento; coragem; amor e humildade; justiça; moderação;
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específicos da vida.
A resiliência é o processo de adaptação diante de um problema. Significa
"retroceder" de experiências difíceis ou se recuperar ou superar situações adversas.
Compreende comportamentos, pensamentos e atitudes, cujo aprendizado está
disponível a qualquer pessoa que deseja aprender.
Quando se busca alguém para trabalhar em qualquer empresa, se avaliam as
qualificações, para saber as competências e se o candidato é capaz de apresentar o
resultado esperado. Habilidades sócio emocionais passaram a ser valorizadas nas
empresas de vanguarda, pois habilidades técnicas são mais facilmente adquiridas. É
melhor contratar alguém que tenha a disposição de aprender e que seja fácil de
conviver.
O engajamento é segundo Seligman (2019)
“[...] está ligado a uma posição de entrega: entregar-se completamente, sem se dar conta do
tempo, e perder a consciência de si mesmo durante uma atividade envolvente. A uma vida
vivida com esses objetivos eu me refiro como uma “vida engajada”. O engajamento é algo
diferente, até oposto, de uma emoção positiva; pois quando você pergunta às pessoas que se
entregam a uma atividade o que estão pensando e sentindo, elas geralmente dizem: “Nada”
No envolvimento nós nos fundimos com o objeto. Acredito que a atenção concentrada exigida
pelo engajamento consome todos os recursos cognitivos e emocionais que formam nossos
pensamentos e sentimentos. Não há atalhos para o engajamento. Ao contrário, nele você tem
de empregar suas forças pessoais e talentos para se envolver com o mundo. ” (p.14)
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8. MÉTODO DE PESQUISA
O que se pretende é aplicar junto aos empregados da empresa um questionário
de satisfação no trabalho elaborado pela psicóloga Martha Zouain, publicado na Gazeta
Online em março de 2011 (Anexo I). O questionário não tem a profundidade de um
indicador FIB – Felicidade Interna Bruta, nem dos questionários propostos por Seligman
(2002), em Felicidade Autêntica e Florescer, pois, necessitariam de um conhecimento
abrangente sobre o assunto para se analisar os dados, o que não seria possível, devido
estarmos no início do conhecimento da temática e também ao tempo que este estudo
iria requerer.
A análise dos dados será feita, considerando os mesmos critérios que a
psicóloga Martha Zouain utilizou na sua pesquisa. A psicóloga e criadora do questionário
considerou 4 níveis de pontuação, onde a mais alta de 14 a 15 respostas “Sim”, é
considerada uma pessoa feliz no trabalho; de 12 a 13 respostas “Sim”, pessoas que
estão quase felizes com o seu trabalho e de 10 a 11 respostas “Sim”, a pessoa está
vivendo um momento crítico; e abaixo de 9 a pessoa não está satisfeita. Neste trabalho
será classificado conforme a tabela 1.
Tabela 01
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9. DESCRIÇÃO DO CASO
2 0
8 4
Figura 2
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Em meu dia a dia de trabalho acontecem com frequência várias coisas interessantes e
empolgantes?
7 6 8
Ao me deitar, meu sono vem rápido e, na maior parte das vezes, durmo toda a noite
sem acordar?
9 6 8
Sou referência na minha profissão. Com frequência sou consultado para emitir opinião
sobre o assunto?
11 5 9
Na maior parte das vezes olho os problemas com uma lente de diminuição e as coisas
boas que me acontecem com uma lente de aumento?
12 4 10
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2 1 0
1
5
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1
Figura 3
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desemprego.
que surpreende é que a despeito dos seus problemas e tragédias as pessoas têm a
tendência de se descrever muito mais como felizes que infelizes (CSIKSZENTMIHALYI,
1999).
Oito dos colaboradores da Gerdoc foram classificados como infelizes no
trabalho. Há coerência entre o resultado das entrevistas e dos questionários, pois como
foi analisado anteriormente nenhum dos colaboradores experimentou o estado de flow
em seu trabalho e nem possuem a orientação de trabalho “vocação”.
É possível dizer que a felicidade não se sustenta no ambiente de trabalho da
Gerdoc. A existência dos quatro pilares da felicidade no trabalho não foi perceptível
durante a pesquisa.
O proposito no trabalho não pôde ser identificado, mas havendo um esforço
individual para que o desenvolvimento pessoal focado em se alinhar, no sentido, das
atitudes estarem em harmonia com os valores e as forças de caráter poderem ser
praticadas criando relações verdadeiras, poderá se chegar a um senso de proposito que
causaria um sentimento de maior gratificação na execução das atividades na Gerdoc.
A bondade, um dos pilares da satisfação no trabalho, pôde ser percebida nas
relações entre a maioria dos colaboradores da Gerdoc, apesar de não ser no seu sentido
completo, que foi definido anteriormente, mas é algo que pode ser ampliado se
reconhecido e estimulado, trazendo sua a importância e o significado para todos, o que
vai estimular o bem-estar subjetivo.
A adaptabilidade, capacidade de se adaptar ou de superar adversidades, é um
dos pilares chamado resiliência. E este, diante das mudanças externas que tem
acontecido no cenário nacional, onde a empresa está sendo diretamente impactada no
seu faturamento, comprometendo até mesmo a sua existência, será um dos pilares que
será muito requerido dos colaboradores. Se anteriormente, se vivia em um estado de
estabilidade, hoje será necessária não somente a capacidade de se adaptar, mas
também de se reinventar, buscando novos serviços e produtos, novos conhecimentos e
habilidades, sob pena de se regredir de uma posição em que se almejava a felicidade
no trabalho, para uma condição que se busca a sobrevivência.
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Como empregar suas forças pessoais e talentos para se envolver com o mundo
sem estar motivado? Não é fácil, pois não se reconhece naquilo que realiza e nem se é
reconhecido por haver realizado.
A EGBA como um todo está passando por mudanças. A medida provisória já
identificada anteriormente, conhecida como a lei das S/As – Sociedades Anônimas, que
retirou a obrigatoriedade de as sociedades anônimas publicarem seus balanços em
veículo impressos, como já foi mencionado anteriormente, afetou a receita da empresa
de forma significativa, pois a sua maior fonte de renda eram as publicações de balanço.
Assim, as pessoas viram seu futuro ameaçado. Já era previsto que algo assim
acontecesse, mas a previsão era para 2021. Diante desse cenário as mudanças serão
necessárias, mas como será a reação dos envolvidos ao que o futuro reserva? Este
dado afeta diretamente o nível de felicidade de todos os funcionários da empresa, que
viviam na zona de conforto que a estabilidade do funcionalismo público oferece, mesmo
como empresa pública regida pela Consolidação das Leis do trabalho – CLT, estavam
confiantes em fornecer um serviço importante para a sociedade, em uma empresa com
mais de 100 anos de existência.
Este panorama, como já foi dito, nos permite fazer uma alusão à obra
motivacional de Johnson (1998) “Quem Mexeu no Meu Queijo”, que trata de forma
alegórica da adaptabilidade ou da falta dela em alguns no que se refere às mudanças e
busca de realizações. O livro mostra que às vezes acontecem transformações, que
parecem surpreendentes, no entanto na verdade já mostravam sinais que iriam
acontecer. Quando acontecem, algum, resilientes se adaptam rapidamente, outros não
aceitam as mudanças, ou as aceitam tardiamente e acabam perdendo a oportunidade
de experimentar o bem-estar no ambiente de trabalho, e ficam ansiosos, estressados e
amargurados. Como analisa Cortella (2016), será que despertamos pela manhã com o
desejo de ficarmos mais um pouco na cama por cansaço ou por estresse? Para o
cansaço, há o descanso, porém, o estresse só é eliminado quando se compreende o
motivo de se fazer o que se está fazendo, e muitos não demostram esta compreensão.
Muitos se referem a seu trabalho como guardar papel velho. Não sabem o impacto que
sua atividade causa nas instituições que prestam serviço e na vida das pessoas.
Na Gerdoc, não se sabe ainda qual o impacto que o decreto pode ter sobre a
área e qual o futuro da empresa nem qual a mudança que irá causar. Não se sabe o
grau de adaptabilidade que os colaboradores possuem, mas sabemos que os mais
resilientes serão capazes de se adaptar à mudança que vier e de partir para novos
desafios.
A pessoa resiliente é aquela capaz de superar situações difíceis, reerguendo-se
por meio de força interior, adaptando-se a novas circunstancias, retornando ao estado
anterior de equilíbrio.
Sabemos, porém que, como diz a música “Comida” o dinheiro somente não é o
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Anexo I
Felicidade não é fácil de definir. E o estado de espírito é muitas vezes determinante para o
sucesso no emprego. Da relação com os colegas ao humor, tudo interfere na sensação de
prazer sentida ou não no final do dia. Para tirar possíveis dúvidas sobre a relação entre
trabalho e bem estar, a psicóloga Marta Zouain elaborou um teste que mede o grau de
satisfação com a ocupação escolhida por você.
Reportagem de A GAZETA neste domingo (13) traz uma pesquisa inédita que revela em
que carreiras estão os profissionais mais satisfeitos do mundo. Áreas como biotecnologia e
telemarketing estão no topo, conforme você confere aqui.
De 14 a 15 respostas SIM:
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Parabéns! Você escolheu uma profissão que o realiza e suas atitudes tendem a ser positivas
e favoráveis diante da vida. Este comportamento tende a aproximar as pessoas de você e
estas o consideram uma referência em relação a sua postura profissional.
De 12 a 13 respostas SIM:
Você provavelmente fez a escolha certa, porém, está dispersando energias que podem ser
melhor canalizadas para coisas e situações que agreguem positivamente a sua vida. Faça
uma revisão de suas atitudes e encontre o que hoje esta dificultando a sua capacidade de
sentir mais prazer e invista para mudar. A sua não ação poderá distanciá-lo cada vez mais
da tão procurada felicidade!
De 10 a 11 respostas SIM:
Cuidado. O seu momento é crítico e exigirá uma reflexão sobre a sua vida como um todo.
Entenda que a felicidade está à disposição de todos e é sua a responsabilidade na busca
do melhor caminho!
Teste realizado por: Martha Zouain, Psicóloga e Diretora da Psico Store Consultoria
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