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A primeira descrição de doença hemolítica neonatal (DHN) foi feita na França em 1609,
na qual o primeiro de um par de gêmeos nasceu hidrópico e faleceu logo em seguida e o segundo,
aparentemente bem ao nascer, tornou-se muito ictérico, permaneceu em opistótono por um
período e faleceu em seguida. Entretanto, foi somente em 1932 que foi demonstrado que a
hidropisia, a icterícia grave e o kernicterus eram diferentes manifestações de um mesmo processo
que cursava com anemia hemolítica, eritropoiese extra-medular, hepatoesplenomegalia e a
presença de eritroblastos em circulação de onde foi denominada de eritroblastose fetal.
por meio de testes que identificam a hemácia do RN por meio de sua resistência à eluição ácida.
Demonstrou-se hemácias fetais no sangue materno nas proporções apresentadas na Tabela
3o trimestre 45%
DOENÇA HEMOLÍTICA:
• Tratamento da anemia
Antes de 1961, os únicos meios de predição da DHF era a severidade da doença hemolítica
em gestações passadas e os títulos de anticorpos maternos.
• Ensaios funcionais “in vitro” mediados por células com anticorpos maternos:
Determinam a avidez dos anticorpos pelo antígeno na membrana do eritrócito D+ e a
sua capacidade de lise. Várias são as técnicas, sendo a de quimioluminescência a mais
acurada. Entretanto, apesar de terem algum valor na identificação do feto sob maior
risco, esses não substituem os métodos invasivos abaixo, não havendo evidências que
o seu uso tenha reduzido o número de amniocenteses ou cordocenteses realizadas.
por punção do vilo corial é possível identificar a presença do antígeno D em um feto cujo
pai seja heterozigoto. Estão em desenvolvimento técnicas para detecção do tipo D fetal a
partir de precursores eritróides fetais que estão presentes precocemente no sangue
materno.
TRATAMENTO FETAL
Nos RN com grau leve a Hb não cai de 11-12 no período neonatal e no período
pós-natal não é menor que 7 a 8 g devido à manutenção na hemólise em conseqüência da
presença de anticorpos ligados à hemácia.
Em 1968, a IGRh foi licenciada e passou a ser preconizada para toda mulher RH negativo
e não imunizada após o parto de um RN Rh+. Posteriormente, o uso rotineiro no pré-natal com 28
semanas de gestação, após procedimentos invasivos ou aborto também foi preconizado.
Na dose preconizada (100 a 300 µg) é eficaz. Apesar de falhas da profilaxia poderem
ocorrer (imunização antes de 28 semanas, aborto não diagnosticado ou sangramento feto-
materno >30ml em volume, o que raramente ocorre), a sua utilização reduziu, nos países
desenvolvidos, a ocorrência da DHN de 1:100 nas 2 primeiras partes do século XX ( com 20% de
óbito no 1o feto e 40% no 2o feto) para 1:1000 com redução de 98% nas taxas de letalidade na 3a
parte do século XX.
Mais de 43 diferentes antígenos da hemácia têm sido relatados como associados à DH do feto
e do RN, sendo os principais os antígenos do sistema RHESUS
6
MNS – 6% (M,N,S)
Essa também foi a ordem de freqüência de detecção desses anticorpos em 424 de 37 506
mulheres (1,1%) mulheres positivas para anticorpos irregulares testadas nos EUA.
A DHN associada com anticorpos irregulares contra hemácias continua a ser um desafio
pois, a situação é rara, a profilaxia da isoimunização com imunoglobulina não é disponível e
possivelmente não se tornará disponível.
Os guias para intervenção nesses casos não são baseados em evidências sólidas e sim em
relatos de casos e, portanto, são tendenciosos para os casos graves que possivelmente não são
a regra e sim a exceção. Há relatos de grandes séries de gestantes com anticorpos anti-K1 ou
anti-M nas quais a maioria dos fetos e RN são leve ou minimamente afetados ou não
afetados.
Somente uma pequena fração desses desenvolverá evidência de DH, variando o risco de
hiperbilirrubinemia de 5 a 20% e de doença grave de 1 a 4% dependendo da etnia do grupo
estudado
Embora o kernicterus possa ocorrer se o bebê afetado não for tratado, a hidropisia fetal ocorre
raramente, se ocorrer, pois foi relatada em dois casos em que a hidropisia não imune não pôde
ser descartada.
• Teste de Coombs direto e indireto positivos: ambos tem valor preditivo limitado. O
teste de Coombs direto é freqüentemente positivo na criança sintomática mas não
necessariamente.
Esses autores encontraram que níveis mais elevados de reticulócitos (4,5 vs. 3,0), o
teste de COOMBS DIRETO positivo e a história de um irmão com icterícia foram
significativamente mais freqüentes entre as crianças que necessitaram fototerapia.
Intermediário 3,3-6,4
Nos últimos anos, autores israelenses liderados por KAPLAN, tem realizado importantes
observações genéticas e clínicas que trazem mais luz ao conhecimento da variabilidade da
icterogênese neonatal em condições como a incompatibilidade ABO e a deficiência de G6PD.
¬ 18 mg/dl 24 a 72 hs.