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Apostila Evolução Igor Revisada4 PDF
Apostila Evolução Igor Revisada4 PDF
Introdução..........................................................................................................................................................1
Capítulo 1 – As teorias evolutivas: do criacionismo ao neodarwinismo...................................................1
1.1 Criacionismo ou fixismo.......................................................................................................................1
1.2 Lamarckismo.......................................................................................................................................1
1.2.1 Lei do uso e desuso.................................................................................................................1
1.2.2 Lei da herança dos caracteres adquiridos...............................................................................2
1.2.3 Críticas ao Lamarckismo.........................................................................................................2
1.3 Darwinismo.........................................................................................................................................2
1.3.1 Críticas ao Darwinismo............................................................................................................3
1.4 As girafas de Lamarck e Darwin..........................................................................................................3
1.5 Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução..................................................................................3
1.6 Revisando as ideias principais............................................................................................................4
Sessão Leitura...................................................................................................................................................5
Capítulo 1 – Exercícios de fixação.....................................................................................................................7
Pintou no ENEM................................................................................................................................................8
Capítulo 2 – Evidências da evolução: dos fósseis ao DNA.........................................................................9
2.1 Fósseis..................................................................................................................................................9
2.2 Embriologia e anatomia comparadas....................................................................................................9
2.2.1 Órgãos homólogos..................................................................................................................9
2.2.2 Órgãos análogos....................................................................................................................10
2.2.3 Órgãos vestigiais...................................................................................................................10
2.2.4 Semelhanças embriológicas..................................................................................................10
2.3 Semelhanças moleculares...............................................................................................................11
2.4 Revisando as ideias principais..........................................................................................................11
Sessão Leitura.................................................................................................................................................12
Capítulo 2 – Exercícios de fixação...................................................................................................................13
Pintou no ENEM..............................................................................................................................................14
Capítulo 3 – Genética das populações – do equilíbrio à deriva genética................................................15
3.1 Evolução das populações..................................................................................................................15
3.2 Deriva genética..................................................................................................................................16
3.3 Equilíbrio de Hardy Weinberg............................................................................................................16
3.4 Revisando as ideias principais..........................................................................................................16
Sessão Leitura.................................................................................................................................................17
Capítulo 3 – Exercícios de fixação...................................................................................................................18
Pintou no ENEM..............................................................................................................................................18
Capítulo 4 – Formação de novas espécies: do isolamento geográfico ao reprodutivo.........................19
4.1 Especiação........................................................................................................................................19
4.2 Isolamento geográfico.......................................................................................................................19
4.2.1 Mecanismos pré-zigóticos.....................................................................................................19
4.2.2 Mecanismos pós-zigóticos.....................................................................................................19
Exercícios de Revisão.....................................................................................................................................31
Gabaritos.........................................................................................................................................................36
Referências......................................................................................................................................................38
Introdução
Os cientistas já descreveram cerca de 2 milhões de espécies de seres vivos. Com o estudo da
evolução procuramos explicar como todas essas espécies surgiram na Terra, como elas podem se
transformar ao longo do tempo e originar outras espécies, a razão de suas semelhanças e diferenças e por
que cada ser vivo está adaptado ao ambiente em que vive.
Nesta apostila vamos estudar como os seres vivos evoluem e como uma espécie pode se
transformar e dar origem a uma nova espécie. Vamos conhecer também quais as evidências e os métodos
de estudo dessa evolução.
1.2 Lamarckismo
O primeiro a tentar explicar o processo da evolução foi Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829).
Segundo Lamarck, as transformações das espécies dependeriam de dois fatores fundamentais, enunciados
como leis do mecanismo da evolução. A primeira é a lei do uso e desuso; a segunda, a lei da herança
dos caracteres adquiridos.
captura de formigas.
1.2.2 Lei da herança dos caracteres adquiridos
Segundo essa lei, alterações no corpo do organismo (caráter adquirido) provocadas pelo
uso ou desuso são transmitidas aos descendentes.
1.4 Darwinismo
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, expôs em seu livro “A origem das espécies” suas
ideias a respeito da evolução e do mecanismo de transformações das espécies. Aos 22 anos, embarcou a
bordo do barco inglês Beagle, e durante cinco anos viajou ao redor do mundo — América do Sul (inclusive o
Brasil), as ilhas Galápagos; depois a Nova Zelândia e a Austrália. Nas terras visitadas coletou dados e
inúmeros exemplares de organismos, que levou para a Inglaterra. Quando iniciou os estudos e a
organização do material coletado como resultado de suas observações, Darwin admitiu que as
transformações que ocorriam com as espécies eram alterações das espécies já existentes. Mas Darwin
desconhecia as causas que levariam as espécies a se modificar. Uma pista surgiu quando, lendo um
trabalho publicado por Thomas Malthus sobre populações, no qual afirmava que as populações tendem a
crescer em progressão geométrica, e os alimentos cresciam em progressão aritmética. O crescimento
acelerado da população levaria à escassez de alimentos e de espaço necessário à sobrevivência.
A obra de Malthus contribuiu para que Darwin elaborasse a teoria de seleção natural, na qual
concluiu que todos os organismos que nascem nem sempre apresentam condições de sobrevivência.
Apenas sobrevivem os seres vivos que têm maiores condições de adaptarem-se às condições ambientais,
chamados por Darwin de mais aptos, que se reproduzem deixando descendentes férteis.
Figura 2 – Em cima explicação de Lamarck para pescoço longo da girafa, embaixo, explicação de Darwin.
Sessão Leitura
A evolução, com a bênção do papa
Thomaz Favaro e Jim Zuckerman/Corbis/Latin Stock
Afresco de Michelangelo, no teto da Capela Sistina, é uma representação simbólica da criação de Adão
O reverendo anglicano Michael Reiss cometeu uma heresia. Em discurso na Inglaterra, há duas
semanas, ele sugeriu que a teoria da evolução, de Charles Darwin, deveria ceder ao criacionismo parte de
seu espaço no currículo escolar básico. O que se seguiu ao pronunciamento foi uma tempestade pública
que só amainou com a demissão sumária de Reiss do cargo de diretor de educação da Royal Society, a
mais prestigiada sociedade científica da Inglaterra. O episódio deu a oportunidade para duas das mais
importantes confissões cristãs reiterarem seu apoio à teoria da evolução de Darwin. O primeiro veio da
Igreja Anglicana, na qual o naturalista inglês foi batizado, que pediu perdão pela posição contrária de alguns
de seus clérigos – mas não da instituição, que jamais o condenou – em relação a suas idéias: "Duzentos
anos após seu nascimento, a Igreja da Inglaterra lhe deve desculpas pelos mal-entendidos". O segundo
veio do presidente do Conselho para a Cultura do Vaticano, Gianfranco Ravasi, que reafirmou que não há
contradições entre o evolucionismo e as idéias católicas.
A Igreja Católica jamais condenou formalmente a teoria de Darwin, embora tenha mostrado certa
relutância em aceitá-la nas primeiras décadas após a publicação de A Origem das Espécies, em 1859. A
retomada das descobertas genéticas do monge austríaco Gregor Mendel, no século XX, permitiu à ciência
comprovar a teoria evolucionista – até então controversa e puramente abstrata. Em 1950, o papa Pio XII
afirmou que não há contradição entre a evolução e a doutrina cristã, posição reforçada por João Paulo II,
em 1996. "Os primeiros mal-entendidos a respeito da aceitação da teoria da evolução pela doutrina católica
referem-se a uma interpretação literal da narração bíblica da criação", disse a VEJA Rafael Martínez,
sacerdote espanhol e professor de história da ciência da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma.
"Hoje sabemos que a sabedoria divina criou o mundo utilizando as forças da natureza."
A aversão atual às idéias de Darwin deve-se a um grupo de religiões, como algumas confissões de
batistas, metodistas e pentecostais, que permanece preso à leitura ao pé da letra da origem do universo
contida na Bíblia. São os criacionistas, um grupo minoritário, mas bem instalado em algumas regiões dos
Estados Unidos. Felizmente, sua influência é diminuta fora do país, exceto por alguns casos pontuais, como
o de Michael Reiss. Que assim continue.
A evolução, com a bênção do papa. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/240908/p_115.shtml>. Acesso em 04 Abr, 2014
Darwin e Lamarck: quem são esses dois?
Darwin e Lamarck: quem são esses dois? Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/vida-
universidade/vestibular/cainaprova/conteudo.phtml?id=917131>. Acesso em 05 Maio 2014
01) Leia os trechos seguintes, extraídos de um texto sobre a cor de pele na espécie humana.
“A pele de povos que habitaram certas áreas durante milênios adaptou-se para permitir a produção
de vitamina D. À medida que os seres humanos começaram a se movimentar pelo Velho Mundo há
cerca de 100 mil anos, sua pele foi se adaptando às condições ambientais das diferentes regiões.
A cor da pele das populações nativas da África foi a que teve mais tempo para se adaptar porque os
primeiros seres humanos surgiram ali”. (Scientific American Brasil, vol.6, novembro de 2002).
Nesses dois trechos, encontram-se subjacentes ideias
a) da Teoria Sintética da Evolução.
b) darwinistas
c) neodarwinistas
d) lamarckistas
e) sobre especiação
02) Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers questionaram a visão tradicional de como
a girafa desenvolveu o pescoço comprido. Observações feitas na África demonstraram que as
girafas que atingem alturas de 4 a 5 metros, geralmente se alimentam de folhas a 3 metros do solo. O
pescoço comprido é usado como uma arma nos combates corpo a corpo pelos machos na disputa
por fêmeas. As fêmeas também preferem acasalar com machos de pescoço grande. Esses
pesquisadores argumentam que o pescoço da girafa ficou grande devido à seleção sexual; machos
com pescoços mais compridos deixavam mais descendentes do que machos com pescoços mais
curtos.
(Simmons and Scheepers, 1996. American Naturalist Vol. 148: pp. 771-786. Adaptado)
Sobre a visão tradicional de como a girafa desenvolve um pescoço comprido, é CORRETO afirmar
que:
a) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei de uso e desuso.
As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e,
cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.
b) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às
outras, e deixam, portanto, mais descendentes.
c) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei do uso e desuso.
Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam,
portanto, mais descendentes.
d) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às
outras, e deixam, portanto, mais descendentes.
e) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço
mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.
2.1 Fósseis
Muitas das evidências que levaram os cientistas a questionarem o criacionismo vieram da
Paleontologia, através da descoberta de fósseis de seres vivos que não se pareciam com nenhum
organismo existente. Esses fósseis contestavam a ideia fixista de que as espécies permaneciam imutáveis
por toda sua existência.
Um fóssil é qualquer vestígio de um ser vivo que habitou o nosso planeta em tempos remotos, como
uma parte do corpo, uma pegada e uma impressão corporal. O estudo dos fósseis permite deduzir o
tamanho e a forma dos organismos que os deixaram, possibilitando a reconstrução de uma imagem,
possivelmente parecida, dos animais quando eram vivos.
Um fóssil se forma quando os restos mortais de um organismo ficam a salvo tanto da ação dos
agentes decompositores como das intempéries naturais (vento, sol direto, chuvas, etc.). As condições mais
favoráveis a fossilização ocorrem quando o corpo de um animal ou uma planta é sepultado no fundo de um
lago e rapidamente coberto por sedimentos (ver Figura 4).
Analisando as semelhanças e diferenças existentes entre as espécies, pode-se concluir que ocorreu
surgimento de algumas espécies e desaparecimento de outras ao longo do tempo.
asas das aves e dos morcegos, as nadadeiras dos golfinhos e das baleias (ver Figura 5).
Provavelmente as diferenças nas funções devem-se a adaptação à ambientes diversos, de
espécies que se originam de um ancestral comum. O processo que originou órgãos homólogos
com funções diferentes é chamado de divergência evolutiva.
Sessão Leitura
Carolina Vilaverde
01) Dentre as afirmativas seguintes, assinale a que NÃO corresponde a uma evidência que apóie a
Teoria de Evolução das espécies:
a) Estudos de anatomia comparada mostram que as semelhanças internas entre seres de espécies
diferentes são resultantes de irradiação adaptativa.
b) Os embriões dos vertebrados apresentam os mesmos padrões básicos de desenvolvimento, decorrentes
do parentesco entre eles.
c) Os estudos envolvendo fósseis indicam que a vida na terra sofreu alterações ao longo do tempo, além de
permitirem comparações com os seres vivos atuais.
d) Ao longo de sua vida, os seres vivos sofrem alterações de seu material genético, em conseqüência das
pressões seletivas do ambiente em que vivem.
03) O citocromo C é uma proteína respiratória que se encontra em todos os organismos aeróbios. A
molécula desta proteína existe em todas as espécies com a mesma função, sendo constituída por
104 aminoácidos. No decurso da evolução, as mutações mudaram os aminoácidos em certas
posições da proteína, mas o citocromo C de todas as espécies tem proteína, incontestavelmente
estrutura e função semelhantes, tornando-se, para o evolucionismo, uma evidência de ordem:
a) paleontológica. b) embriológica. c) citológica. d) anatômica. e) bioquímica.
Sessão Leitura
Samambaias são fósseis vivos, afirma estudo
Pesquisadores suecos analisaram um fóssil de 180 milhões de anos da planta e descobriram que seu
genoma não mudou ao longo dos anos.
Samambaia (Osmunda japonica), parente próxima da espécie encontrada no fóssil do período Jurássico
Cientistas encontraram evidências de que as samambaias de hoje são “fósseis vivos”. É o que
indica um exemplar da planta de 180 milhões de anos encontrado no sul da Suécia. A análise
das estruturas celulares bem preservadas do fóssil mostrou que ele é praticamente idêntico
à espécieOsmundastrum cinnamomeum, uma samambaia presente na Europa, na América e na Ásia.
"O genoma dessas samambaias continuou essencialmente o mesmo desde o período Jurássico (entre 199
milhões e 145 milhões de anos)", afirma a pesquisadora Vivi Vajda, da Universidade Lund, na Suécia,
coautora do estudo publicado na última quinta-feira na revistaScience. "Trata-se de um exemplo supremo
de estagnação evolutiva."
Fóssil bem preservado — As análises mostraram que a planta da famíliaOsmundaceae foi
conservada por uma erupção de lava, antes de começar a se decompor. Com isso, organelas raramente
encontradas em fósseis, como as membranas celulares, núcleos e cromossomos das células vegetais,
ficaram preservados e puderam ser recuperados pelos cientistas. Para estudar o fóssil da samambaia, os
cientistas usaram microscópios, raios-x e análises geoquímicas. E perceberam que o tamanho do núcleo
das células e o próprio conteúdo do DNA da planta quase não sofreram modificações ao longo dos anos —
é idêntico a outras espécies da mesma família.
O fóssil da samambaia foi recolhido nos anos 1960 por um fazendeiro do sul da Suécia e doado ao
Museu de História Natural do país. Ele ficou esquecido nos arquivos da instituição por quarenta anos, até
que a equipe resolveu estudar a rocha.
01) Numa população em equilíbrio Hardy-Weinberg a frequência do alelo dominante para um dado
lócus autossômico é 0,6. Portanto, a frequência dos heterozigotos para este locus será:
a) 0,24 b) 0,48 c) 0,60 d) 1,20 e) 2,40
02) A frequência do gene a, que determina o albinismo, é de 30% em uma certa população em
equilíbrio. Em uma amostra de 500 pessoas desta população, quantas se espera encontrar com
albinismo?
a) 5 b) 15 c) 45 d) 60 e) nenhuma das anteriores
4.1 Especiação
Espécie é definida como um conjunto de indivíduos que se reproduzem, originando prole fértil. Essa
definição não se aplica aos organismos fósseis e aos seres que se reproduzem assexuadamente, como as
bactérias (embora troquem material genético por conjugação, esse processo é bem diferente de um
cruzamento e não possibilita identificar a espécie). Nesses casos, podem ser usados critérios de
semelhanças morfológicas (por exemplo, para classificar fósseis), ou semelhanças genéticas, pela análise
do DNA.
Mas essa definição é útil para explicar a especiação, isto é, a formação de novas espécies.
Figura 8 – Especiação. Observe a sequência: isolamento geográfico, tempo, isolamento reprodutivo, novas espécies.
Sessão Leitura
Estudo põe em dúvida teoria sobre surgimento de novas espécies3
As barreiras reprodutivas, que por muito tempo foram consideradas como a principal causa do
surgimento de novas espécies de plantas e animais, poderiam ser um fator secundário, segundo um estudo
publicado nesta segunda-feira (2) pela revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos, a Pnas
(Proceedings of the National Academy of Sciences).
Charles Darwin se referiu à origem das espécies como "o mistério dos mistérios" e, ainda hoje, mais
de 150 anos após suas pesquisas, os biólogos da evolução não sabem explicar de forma detalhada como
surgem novas plantas e animais.
Durante décadas, quase todos os estudos neste campo tinham como base a teoria de que a causa
principal do surgimento de espécies novas, um processo chamado "especiação", são as barreiras que
interferem no processo de reprodução de populações.
Estas barreiras podem ser geográficas - por exemplo uma nova montanha, um rio ou uma geleira
que separa duas populações de animais e plantas - ou diferenças genéticas que impedem que indivíduos
incompatíveis produzam descendentes férteis (o cruzamento entre cavalos e asnos dá origem as mulas,
que são estéreis).
Mas agora biólogos das universidades de Chicago e de Michigan, nos Estados Unidos,
questionaram a teoria de que o isolamento reprodutivo impulsione a "especiação".
"Nossos resultados não sustentam esse pressuposto, e nosso estudo é, de fato, a primeira prova
direta de como estas barreiras afetam a taxa de formação de espécies", afirmaram os responsáveis Daniel
Rabosky, de Michigan, e Daniel Matute, de Chigago.
Os dois cientistas concluíram que, se as barreiras genéticas fossem a principal causa do surgimento
de novas espécies, os grupos que acumulam rapidamente esses genes também deveriam mostrar altas
taxas de formação de espécies.
O seriado "The Big Bang Theory" serviu de inspiração para batizar uma nova espécie de abelhas brasileiras. Trata-se da "Euglossa
bazinga", que vive na área de transição entre o Cerrado e a Amazônia. Na série, a expressão "bazinga" é dita frequentemente pelo
"nerd" Sheldon Cooper (Jim Parsons).
01) Em algumas regiões brasileiras, existem exemplares de Euphorbia heterophylla, uma planta
daninha bastante prejudicial à lavoura de soja e que pode ser resistente a herbicidas. Se, após
alguns anos, não existir mais o fluxo de genes entre as plantas susceptíveis e resistentes a
herbicidas dessa espécie, então ocorrerá:
a) seleção natural.
b) irradiação adaptativa.
c) isolamento geográfico.
d) recombinação gênica.
e) isolamento reprodutivo.
03) Qual a condição inicial básica para que ocorra o processo de formação de raças?
a) Isolamento reprodutivo
b) Isolamento geográfico
c) Seleção natural
d) Esterilidade dos descendentes
e) Superioridade do híbrido
5.1.1 Camuflagem
Alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio em que vivem para
tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando deseja atacar uma
presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder mais facilmente de seu
predador.
Existem dois tipos de camuflagem, a homocromia, onde o animal tem a cor é a mesma do
meio onde vive (ver Figura 9), e a homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compõe o
meio (ver Figura 10).
5.1.2 Mimetismo
Semelhante à camuflagem, só
que em vez de se parecerem com o meio,
os animais que praticam o mimetismo
tentam se parecer com outros animais.
5.1.2.1 Mimetismo batesiano Figura 11 – Mimetismo batesiano. Somente a espécie da esquerda é tóxica
Um animal tóxico ou
perigoso é imitado evolutivamente por espécies “saborosas” ou inofensivas. Neste
caso, somente a espécie inofensiva se beneficia da “fama” da espécie perigosa, pois
um predador evitará ambas.
5.1.2.2 Mimetismo mülleriano
Um animal tóxico ou perigoso é imitado evolutivamente por espécies igualmente
Sessão Leitura
5 etapas da evolução humana
A espécie humana, como conhecemos, foi resultado de uma longa evolução física e biológica que já
dura, aproximadamente, 4 milhões de anos. À medida que foi se distanciando de seus ancestrais
macacóides, os hominídeos foram utilizando ferramentas, andando de forma ereta, aumentando a massa
cerebral, desenvolvendo a linguagem e adquirindo consciência.
Australopiteco
O Australopiteco é
considerado o ancestral mais
antigo do ser humano. Viveu
na África há
aproximadamente 3 milhões
de anos. O volume de seu
crânio era de cerca de 500
cm³, um pouco maior que o
dos atuais macacos. A sua
forma de linguagem não era
mais elaborada do que a de
um chimpanzé. Tendo
aparecido pelas primeiras vezes no sul de África, as suas principais características físicas englobam a baixa
altura (não ultrapassava os 1,40 metros), bipedismo, fronte baixa e maxilares bastante salientes.
Homo Habilis
Homo Erectus
Homo Sapiens
01) Um dos exemplos mais famosos acerca do processo de seleção natural foi o caso das mariposas
de Manchester. Inicialmente predominavam as mariposas brancas, que costumavam pousar em
troncos de árvores — que, naquela época, eram ligeiramente esbranquiçados. Com a Revolução
Industrial, os troncos ficaram mais escuros e houve um aumento na quantidade das mariposas
negras. Esse fato ocorreu porque:
a) As mariposas brancas adaptaram-se à coloração escura do caule.
b) A coloração dos caules provocou uma mudança na coloração das mariposas.
c) As mariposas brancas eram facilmente predadas nos caules escuros e, portanto, as mariposas negras
sobreviviam e conseguiam se reproduzir.
d) As mariposas brancas passaram a ser predadas e, por isso, tiveram que se adaptar ao ambiente,
mudando a sua coloração para conseguir sobreviver.
e) A poluição fez com que as mariposas brancas se reproduzissem e tivessem mais descendentes de
coloração escura.
a) 10 milhões de anos.
b) 40 milhões de anos.
c) 55 milhões de anos.
d) 65 milhões de anos.
e) 85 milhões de anos.
Exercícios de Revisão
1. Um agricultor utilizou um mesmo inseticida durante longo tempo em sua lavoura para eliminar
uma praga. Após todo esse tempo, ele verificou que a população da praga tornou-se resistente ao
inseticida. O fenômeno evolutivo que ocorreu na população da praga foi:
a) Mutação
b) Aberração cromossômica numérica
c) Isolamento reprodutivo
d) Seleção natural
e) Formação de nova espécie
2. Entre os cães domésticos encontramos uma grande diversidade morfológica (p. ex.: Fox, São
Bernardo, Dobermann, Poodle e muitos outros). Já entre os cães selvagens (Cachorro-do-mato,
Lobo-guará), a diversidade é muito menor. Com relação a esse processo, podemos considerar:
a) A grande diversidade entre os cães domésticos é resultado de uma forte seleção promovida pelo homem.
b) A menor diversidade entre os cães selvagens decorre do fato de não estar submetidos a nenhum
processo seletivo.
c) A fertilidade entre os diferentes tipos de cães domésticos é uma evidência de que eles são de espécies
diferentes.
d) A formação dos diferentes tipos de cachorros é um processo de convergência adaptativa.
4. “Um pesquisador cortou as cauda de camundongos e cruzou estes animais entre si. Quando os
filhotes nasceram, o pesquisador cortou lhes as caudas e novamente cruzou-os entre si. Continuou
a experiência por 20 gerações e na 21ª geração os camundongos apresentavam caudas tão longas
quanto as da primeira.” Este experimento demonstrou que:
a) A hipótese de Lamarck sobre a herança dos caracteres adquiridos está correta.
b) Os caracteres adquiridos não são transmitidos à descendência.
c) A teoria mendeliana está errada.
d) Não existe evolução, pois os ratos não se modificam.
e) Este experimento não pode ter dado esse resultado, pois já a partir da 2ª geração os ratos nasceriam
sem cauda.
5. Sobre a teoria de Darwin, pode-se considerar que, para que ela fosse completa:
a) teria de explicar como as características adquiridas são transmitidas;
b) não poderia considerar que todos os animais da Ordem Primata, incluindo a espécie humana, tivessem
uma origem comum;
c) deveria mencionar o fato de que a evolução tem como causa exclusiva a mutação;
d) teria de explicar a origem das variações nas espécies;
e) deveria dizer que as variações são impostas pelo meio ambiente.
9. Entre os princípios básicos abaixo, o único que não faz parte da teoria da evolução de Darwin é:
a) O número de indivíduos de uma espécie mantém-se mais ou menos constante no decorrer das gerações.
b) A seleção dos indivíduos de uma espécie se faz ao acaso.
c) Os indivíduos de uma espécie apresentam variações em suas características.
d) No decorrer das gerações, aumenta a adaptação dos indivíduos ao meio ambiente.
e) O meio ambiente é o responsável pelo processo de seleção.
11. Em um ambiente qualquer, os indivíduos com características que tendem a aumentar sua
capacidade de sobrevivência têm maior probabilidade de atingir a época de reprodução. Assim, em
cada geração, podemos esperar um pequeno aumento na proporção de indivíduos de maior
viabilidade, isto é, que possui maior número de características favoráveis à sobrevivência dos mais
aptos. Esse texto se relaciona com:
a) lei do uso e desuso.
b) herança dos caracteres adquiridos.
c) hipótese do aumento da população em progressão geométrica.
d) hipótese do aumento de alimento em progressão aritmética.
e) seleção natural.
12. "De tanto comer vegetais, o intestino dos herbívoros aos poucos foi ficando longo." Essa frase
está de acordo com qual destas teorias?
a) Darwinismo
b) Mutacionismo
c) Lamarckismo
d) Mendelismo
e) Neodarwinismo
13. “O ambiente afeta a forma e a organização dos animais, isto é, quando o ambiente se torna muito
diferente, produz ao longo do tempo modificações correspondentes na forma e organização dos
animais... As cobras adotaram o hábito de se arrastar no solo e se esconder na grama; de tal
maneira que seus corpos, como resultados de esforços repetidos de se alongar, adquiriram
comprimento considerável...”.
O trecho citado foi transcrito da obra Filosofia Zoológica de um famoso cientista evolucionista.
Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a ideia transmitida pelo texto e o nome do seu autor.
a) Seleção natural – Charles Darwin.
b) Herança dos caracteres adquiridos – Jean Lamarck.
c) Lei do transformismo – Jean Lamarck.
d) Seleção artificial – Charles Darwin.
e) Herança das características dominantes – Alfred Wallace.
14. Quais as características presentes nos indivíduos de uma espécie afim de que possamos afirmar
que os mesmos são mais adaptados em comparação a outros indivíduos da mesma espécie:
a) são maiores e solitários.
b) comem mais e apresentam cores vibrantes.
c) vivem mais e reproduzem mais.
d) apresentam mais membros como pernas ou patas.
e) são mais fortes.
15. Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers questionaram a visão tradicional de como a
girafa desenvolveu o pescoço comprido. Observações feitas na África demonstraram que as girafas
que atingem alturas de 4 a 5 metros, geralmente se alimentam de folhas a 3 metros do solo. O
pescoço comprido é usado como uma arma nos combates corpo a corpo pelos machos na disputa
por fêmeas. As fêmeas também preferem acasalar com machos de pescoço grande. Esses
pesquisadores argumentam que o pescoço da girafa ficou grande devido à seleção sexual; machos
com pescoços mais compridos deixavam mais descendentes do que machos com pescoços mais
curtos. (Simmons and Scheepers, 1996. American Naturalist Vol. 148: pp. 771-786. Adaptado).
Sobre a visão tradicional de como a girafa desenvolve um pescoço comprido, é CORRETO afirmar
que:
a) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei de uso e desuso.
As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e,
cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.
b) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às
outras e deixam, portanto, mais descendentes.
c) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei do uso e desuso.
Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam,
portanto, mais descendentes.
d) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às
outras, e deixam, portanto, mais descendentes.
e) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço
mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.
16. Leia os trechos seguintes, extraídos de um texto sobre a cor de pele humana.
“A pele de povos que habitaram certas áreas durante milênios adaptou-se para permitir a produção
de vitamina D.”
“À medida que os seres humanos começaram a se movimentar pelo Velho Mundo há cerca de 100
mil anos, sua pele foi se adaptando às condições ambientais das diferentes regiões. A cor da pele
das populações nativas da África foi a que teve mais tempo para se adaptar porque os primeiros
seres humanos surgiram ali.” (Scientific American Brasil, vol.6, novembro de 2002).
Nesses dois trechos, encontram-se subjacentes ideias:
a) da Teoria Sintética da Evolução.
b) darwinistas.
c) neodarwinistas.
d) lamarckistas.
e) sobre especiação.
17 “O hábito de colocar argolas no pescoço, por parte das mulheres de algumas tribos asiáticas,
promove o crescimento desta estrutura, representando nestas comunidades um sinal de beleza.
Desta forma temos que as crianças, filhos destas mulheres já nasceriam com pescoço maior, visto
que esta é uma tradição secular.”
A afirmação acima pode ser considerada como defensora de qual teoria evolucionista:
a) Teoria de Lamarck
b) Teoria de Malthus
c) Teoria de Wallace
d) Teoria de Darwin
e) Teoria de Mendel
Gabaritos
Capítulo 1
1. D 2. D 3. E
Capítulo 2
1. D 2. B 3. E
Capítulo 3
1. B 2. C
Capítulo 4
1. E 2. A 3. B 4. A
Capítulo 5
1. C
Como as mariposas brancas eram vistas com mais facilidade no tronco escuro, elas começaram a ser
fortemente predadas. As mariposas negras apresentavam uma vantagem maior que as brancas nesse
ambiente, pois eram vistas com mais dificuldade pelo predador. Com isso, as mariposas negras
conseguiram aumentar sua população em relação às brancas.
13.
A – Errada – Darwin não publicou esta obra, “Filosofia Zoológica”, e não concordava com o transformismo
proposto por Lamarck.
B – Errada – A obra é de Lamarck, mas não se trata da Herança dos Caracteres Adquiridos e sim do
Transformismo.
C – Correta – A obra é de Lamarck e relata suas considerações sobre o Transformismo.
D – Errada – Darwin não publicou esta obra “Filosofia Zoológica” e não concordava com o transformismo
proposto por Lamarck.
E – Errada – Wallace não publicou essa obra e, assim como Darwin, discordava do transformismo.
14.
A – Errada – Nem sempre os seres maiores são mais adaptados.
B – Errada – Comer muito não é um indício de adaptação e sim de necessidade.
C – Correta – Seres que vivem mais e se reproduzem mais têm maior capacidade de deixar descendentes.
D – Errada – Não existe esta relação entre quantidade de membros e benefícios adaptativos.
15.
A – Errada – A lei do uso e desuso não foi proposta ou defendida por Darwin, e sim por Lamarck.
B – Errada – A teoria lamarckista afirmava que haveria um processo de adaptação gradual e não uma
competição entre os seres vivos.
C – Errada – Essa afirmativa realmente é de Lamarck, porém se comprovou que não era viável, uma vez
que as características desenvolvidas em vida não são passadas aos descendentes.
D – Correta – Darwin propôs a teoria de que houve uma seleção natural (competição) entre os indivíduos de
pescoço grande e pequeno, sendo que os primeiros sobreviveram por serem mais adaptados às
circunstâncias do ambiente.
E – Errada – Darwin não considerava a possibilidade da girafa se adaptar, desenvolvendo o pescoço.
16.
A – Errada – A teoria sintética da evolução associa as ideias darwinistas aos fundamentos da genética.
B – Errada – O darwinismo é baseado na seleção natural e não afirmaria que os seres se adaptam ao meio.
C – Errada – Os neodarwinistas são cientistas que adotam a teoria sintética da evolução, e essa associa as
ideias darwinistas aos fundamentos da genética.
D – Correta – Lamarck apresentou um estudo afirmando que os caracteres adquiridos em vida seriam
passíveis de serem transmitidos às futuras gerações... errou!
E – Errada – Especiação se refere aos processos que desencadeiam a formação de novas espécies.
17.
A – Correta – A afirmativa é defensora da corrente de pensamento lamarquista.
B – Errada – Malthus não realizou estudos destinados diretamente à teoria evolutiva.
C – Errada – A teoria de Wallace é semelhante à teoria da seleção natural, proposta por Darwin.
D – Errada – Darwin propôs a seleção natural, assim a modificação nos fenótipos não alteram os genótipos.
E – Errada – Mendel estabeleceu as bases para a compreensão dos fatores de herança, que contradizem o
texto apresentado na questão.
18. A – Correta – Lamarck – os seres vivos se adaptavam de acordo com a condição do ambiente. Darwin –
somente o mais adaptado iria sobreviver... Na neve, entre o urso marrom e o branco... ganha o branco!
B – Errada – Pasteur não propôs tal tipo de teoria evolucionista.
C – Errada – Pasteur não propôs tal tipo de teoria evolucionista.
D – Errada – Darwin e Wallace propunham uma mesma teoria de competição natural, não haveria
divergência sobre o papel do ambiente no processo evolutivo.
E – Errada – Darwin e Wallace propunham uma mesma teoria de competição natural, não haveria
divergência sobre o papel do ambiente no processo evolutivo.
Referências
LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje. 11ª ed. São Paulo: Ática, 2004.
SILVA JR., César da & SASSON, Sezar. Biologia. São Paulo: Atual, 2009.
Biologia Evolutiva. Disponível em: < http://www.infoescola.com/evolucao/>. Acesso em: 20 Dez 2013.