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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

Estudo de Caso:

O MELHOR
DO GEEKIE LAB
SEGUNDO ALUNOS
E PROFESSORES
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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

ÍNDICE

Introdução 3

1. A plataforma no dia a dia de uma escola


no Belo Horizonte 6
“Tecnologias educacionais muito avançadas são
associadas a escolas que têm dinheiro. Somos um
exemplo de que isso não é verdade”.

2. Engajamento com o Geekie Lab em


Juazeiro do Norte 8
“Posso dizer que 100% dos nossos professores usam a
plataforma”

3. Inovação radical no Rio de Janeiro 10


“O aluno vibra quando percebe que mudou de nível na
plataforma. É um processo que planta a semente do ‘eu
posso’”.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

1. INTRODUÇÃO
Poucas instituições contemporâneas têm sido tão questionadas
quanto a escola. O diagnóstico é quase sempre o mesmo, com
pequenas variações. Eis alguns pontos de consenso nas críticas
ao ensino oferecido pela maioria das escolas do Brasil e do
mundo:
• “No século 21 não faz sentido manter o modelo de ensino
massificado herdado dos séculos 18 e 19, quando os alunos
precisavam ser preparados para atividades repetitivas nas
fábricas surgidas com a Revolução Industrial.”
• “Na sociedade da informação não faz sentido o professor
continuar a ser um mero transmissor do conhecimento.
Seu papel deveria ser mais o de um curador, um
mentor que coloca o aluno como protagonista do seu
aprendizado.”
• “A escola é uma das instituições mais fechadas à
revolução tecnológica que transformou a indústria, as
finanças e o modo como nos comunicamos. E isso é algo
especialmente preocupante quando se pensa que o público
dela é formado exatamente pelos filhos da era digital.”

O problema com esses diagnósticos não é mais de mérito. Boa


parte dos educadores concorda com eles. A questão é: como
mudar?

Nós, da Geekie, sabemos que essa transformação é uma


tarefa bastante complexa. Mas acreditamos que a tecnologia
é uma aliada importante nesse processo – talvez ela só perca
em importância para a mudança de mentalidade dos atores
envolvidos.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

O GEEKIE LAB

Neste e-book você vai conhecer escolas que transformaram


suas rotinas com o uso do Geekie Lab, nossa plataforma de
ensino adaptativo. O princípio básico dessa ferramenta é
o da personalização do ensino, o de que duas pessoas não
aprendem da mesma maneira. Com mais de 600 aulas que
combinam textos, 1.200 vídeos e milhares de exercícios
desenvolvidos por professores experientes, boa parte deles
autores de livros didáticos, a plataforma permite a cada
estudante aprender no seu próprio ritmo e no formato em
que se sente confortável.

A plataforma é adaptativa porque responde às interações


dos alunos, atualizando constantemente seus planos de
estudo. A cada interação com o Geekie Lab, com as respostas
aos exercícios propostos para cada conteúdo, por exemplo,
a inteligência artificial da plataforma “entende” melhor o
perfil do estudante, identifica seus pontos fracos e indica
conteúdos para saná-los.

Adotado em centenas de escolas públicas e privadas de todo


o país, o Geekie Lab também fornece dados online para
que professores, coordenadores pedagógicos e diretores
monitorem o progresso de cada aluno ou turma. Com isso,
eles podem identificar padrões de desempenho e fazer
intervenções pedagógicas localizadas, sem ter de esperar
pelas avaliações convencionais – quando pode ser tarde
demais para agir. Os resultados do uso do Geekie Lab têm
sido consistentes: apontam para um progresso médio de 30%
na performance dos alunos entre as avaliações realizadas no
começo e no fim do ano.

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2. A PLATAFORMA NO DIA A
DIA DE UMA ESCOLA DE BELO
HORIZONTE
Vamos agora deixar que os próprios responsáveis pelas escolas
falem do Geekie Lab e da sua relação com a tecnologia. Nosso
ponto de partida é Belo Horizonte. Maria Carolina Mariano
costuma brincar dizendo que o Instituto Gabriela Leopoldina,
onde trabalha como coordenadora pedagógica do 3º ano do
ensino médio, é o case de sucesso ideal para a Geekie, por ser
representativo da maioria das escolas particulares do país. De
pequeno-médio porte, o instituto é um empreendimento familiar
– foi fundado há 26 anos por Regina Mariano, mãe de Maria
Carolina. Tem 400 alunos, do ensino infantil aos anos finais da
educação básica, e fica em um bairro periférico, o Glória, na
região da Pampulha. Atende às classes C e D.

“Gosto de ressaltar esse aspecto porque geralmente tecnologias


educacionais muito avançadas, que estão na fronteira da
inovação, são associadas a escolas que têm dinheiro. Somos
um exemplo de que isso não é verdade e acho que outras
escolas podem se identificar com a nossa história”, diz Maria
Carolina. “Precisamos ter uma gestão enxuta e apostar naquilo
que vai dar retorno garantido e que esteja alinhado com nossos
valores”.

Quando fala de valores, a coordenadora destaca um em especial: a


personalização. O instituto tem apenas uma turma de cada série,
por opção estritamente pedagógica. “Para nós, uma educação de
excelência passa pelo conhecimento profundo de quais são os
talentos e os desafios dos alunos e de como a gente pode fazer para
ajudá-los a se desenvolver”, explica a coordenadora.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

PESQUISANDO AS FERRAMENTAS CERTAS

Há quatro anos, a equipe pedagógica do instituto começou a


pesquisar métodos e ferramentas para fazer uma transição,
incorporando mais tecnologia para oferecer uma educação que
fizesse mais sentido para os alunos. Um dos pontos de interesse
inicial foi o ensino híbrido, que mescla aulas presenciais com
atividades online. Para muitos experts, ele é o primeiro passo
na transformação do papel do professor, de responsável pela
transmissão do conteúdo para o de curador-mentor.

Algumas experiências no exterior chamaram a atenção dos


educadores do instituto. Mas Maria Carolina descobriu que
já havia soluções capazes de trabalhar a personalização e o
ensino híbrido por aqui mesmo. “Em 2013, fazendo buscas
na internet, a gente viu uma palestra do Claudio Sassaki [co-
fundador da Geekie]”, conta. “Quase não acreditamos: existia
uma plataforma de ensino adaptativo feita por brasileiros.”

A parceria começou pelo Geekie Teste, pacote de avaliações


que segue os moldes da TRI (Teoria de Resposta ao Item),
conjunto de modelos matemáticos que orienta a preparação
das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
“Mas nosso objetivo sempre foi o de trazer o Geekie Lab”, diz
Maria Carolina. “Foi interessante que, quando contamos para
os alunos o que era a Geekie, uma startup de jovens, eles se
identificaram instantaneamente com a empresa”.

FOCO NO ALUNO
Até por essa receptividade, o trabalho iniciado em 2015 com o
Geekie Lab se concentrou nos alunos, em tornar a plataforma
parte do cotidiano deles. No 3º ano, como a jornada de estudos
é integral, o instituto pôde reservar um horário semanal na
grade, das 16 às 16h50, para a navegação na plataforma.
Responsável pelo trabalho de coaching com os estudantes,
Maria Carolina preparou cronogramas individualizados de
estudos.

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“A gente pesquisou e viu que com uma frequência de


acesso de 3h30 por semana os alunos conseguiriam assistir
a todas as aulas da plataforma. Então eles navegavam 50
minutos na escola e as outras 2h40 a gente distribuía para
que vissem em casa, de acordo com o perfil de cada um: a
maneira como aprendem, as atividades que eles têm fora
da escola e até a organização das suas famílias”, conta.

A coordenadora cita o caso de uma aluna que segue horários


à risca. “Ela encaixou os estudos na sua rotina. Como faz
academia e vai para a igreja aos sábados, ela dividiu a
navegação por disciplinas: matemática tantas horas por
semana, biologia outras tantas”, diz. “Já um outro aluno me
procurou e disse: ‘Eu não consigo seguir horário’. Então, às
vezes ele passava quatro horas consecutivas no Geekie Lab aos
sábados, por exemplo, e conseguiu cumprir o que a gente tinha
combinado.”
O casamento da atenção individualizada com o espírito de
personalização da plataforma deu resultados expressivos em
termos de engajamento dos estudantes do 3º ano: o índice
alcançou 100% no segundo semestre. “O índice sobe mais perto
do Enem, mas não só pela proximidade do exame. É por causa
do resultado do estudo pelo Geekie Lab. Adolescente funciona
muito assim: ‘eu preciso ver o resultado para continuar
fazendo uma determinada coisa’”, explica Maria Carolina.

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PALAVRA DA ALUNA
Nathália Iziz Lima Assis, de 18 anos,
aluna do 3º ano do ensino médio do
Instituto Gabriela Leopoldina

“Estudar pelo Geekie Lab foi como ter um professor à minha


disposição. Eu ficava na escola o dia todo e estudava pela
plataforma durante mais umas três ou quatro horas quando
chegava em casa. Assistia às aulas completas, depois ia para a
apostila só para resolver os exercícios. Isso me ajudou bastante
em conteúdos como história, que são muito extensos. Às vezes eu
ficava um pouco perdida com a apostila, porque ela tem muita
informação. O Geekie Lab tem aquele plano de estudos em que você
faz as questões e ele te mostra onde você tem mais dificuldade. E,
como ele também dá a possibilidade de fazer diretamente as aulas
que você quer, eu não precisava gastar tanto tempo lendo a apostila
toda.

Outra disciplina em que o Geekie Lab me ajudou bastante foi física.


Coisas em que eu tinha muita dificuldade, como eletrodinâmica,
entendi melhor por ali. Porque o professor na sala não pode parar
no ponto em que você tem dificuldade. Ele tem que seguir com a
turma. Então, às vezes, eu me sentia um pouco para trás. Mas daí
eu comecei a ficar mais tranquila, porque sabia que podia chegar
em casa e estudar pela plataforma. Podia voltar as aulas quantas
vezes eu quisesse, ler outra vez, ouvir o professor explicando de
novo.

Em Ciências da Natureza, o Geekie Lab me ajudou a ter uma visão


mais clara sobre quais eram minhas dúvidas. Na escola a gente
maquia um pouco as dúvidas com esse processo de prova, prova,
prova. Você acha que, se tirou nota acima da média, está tudo bem.
E não é bem assim. Com a Geekie eu pude ver os detalhes sobre os
pontos em que eu estava errando. Com isso, acho que fui bem no
Enem.”

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ROTINA PESADA
“Eu e meus amigos compartilhamos muito os conteúdos do
Geekie Lab que achamos mais interessantes, principalmente
nos nossos grupos de estudo”, conta Diego Henrique Parreiras,
de 16 anos. O adolescente encara uma rotina pesada de estudos
no 2º ano do ensino médio no Gabriela Leopoldina. Os alunos
têm quatro blocos de provas aplicados oito semanas por
trimestre, com exigência de aproveitamento mínimo de 60%.
Como as provas são realizadas à tarde, os alunos usam o Geekie
Lab em grupos de estudos antes das avaliações, das 13h30 às
15h30.
Mesmo estando no 2º ano, Diego estudou pela plataforma
três horas por semana em média. E mostrou entender bem
como o Geekie Lab funciona. “Uma coisa muito importante
da plataforma é que ela vai ‘descobrindo’ suas dificuldades
e te indica mais aulas e exercícios para trabalhar isso”, diz.
“Em matemática, descobri dificuldades básicas em conteúdos
como porcentagens e frações. Você percebe lacunas que
vêm se acumulando, até do ensino fundamental, e pode ir
consertando.”
Apesar de 2015 ter sido um “ano de experiência” com o Geekie
Lab, Maria Carolina garante que não houve grande resistência
do corpo docente, até porque a escola já usa outras ferramentas
tecnológicas, como lousas interativas. Um caso interessante foi
o de um professor de química. “Ele está fazendo um mestrado
sobre tecnologia aplicada ao ensino e, por causa do retorno
dado pelos estudantes, incluiu o Geekie Lab entre os casos
analisados”, conta Maria Carolina.
“E terminou o ano entusiasmado
em relação ao trabalho com a
ferramenta”.
Outro aprendizado do Gabriela
Leopoldina diz respeito ao
dispositivo preferido dos estudantes
para acessar a plataforma –
tendência que levou a Geekie a
lançar um aplicativo para celular
do Geekie Lab. “Para os meninos,
esse é ‘o’ dispositivo. Mesmo o
Netflix eles assistem pelo celular”.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

FAÇA
NA SUA ESCOLA!
Conheça bem o perfil
de seus alunos.
Há uma infinidade de tecnologias disponíveis,
entre pagas e gratuitas. Por isso, é preciso atenção,
pesquisa e planejamento antes de escolher as
que realmente se encaixam com o que sua escola
precisa. Caso contrário, gestores e professores
podem acabar desperdiçando tempo e energia
com ferramentas subaproveitadas.

Insira a tecnologia na rotina


da escola.
Ao invés de usá-la como brincadeira ou “quando
sobra um tempinho”, procure entender como
a tecnologia pode incrementar as aulas - e,
com certeza, ela pode incrementar muito! A
ferramenta digital deve fazer parte do dia a dia
dos alunos e constar no planejamento, assim como
atividades offline.

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3. ENGAJAMENTO COM O
GEEKIE LAB EM JUAZEIRO DO
NORTE
Vamos agora percorrer alguns milhares de quilômetros até
Juazeiro do Norte, no Ceará, para conhecer a experiência do
Colégio Salesiano São João Bosco com o Geekie Lab. O São João
Bosco é uma escola tradicional, criada há 75 anos. Com 480
alunos do ensino infantil ao médio, é referência em educação de
qualidade na região – o índice de aprovação dos seus alunos em
vestibulares de universidades públicas e particulares do Estado
chega a 90%.

Se o Gabriela Leopoldina é um case de ensino personalizado e


engajamento dos alunos, o colégio cearense pode ser considerado
um case de ensino híbrido e de engajamento dos professores
com a tecnologia. A começar pela diretora pedagógica, Marinalva
Pereira Leite, que tem 32 anos de carreira como professora de
biologia. “O Geekie Lab veio colaborar no enriquecimento
curricular das escolas da rede salesiana”, afirma. “Posso dizer
que 100% dos nossos professores usam a plataforma. É uma
inovação de eficiência comprovada.”

O maior aliado de Marinalva na introdução do Geekie Lab no


colégio foi o técnico educacional Marcos Ricardo Pereira, que
dá assessoria a professores e alunos na utilização da tecnologia.
“Eu durmo pensando na Geekie e acordo pensando em Geekie”,
brinca Marcos, adepto incondicional do ensino híbrido. “Usar
a plataforma em sala de aula ajuda muito. É difícil prender a
atenção do aluno hoje em dia.”

Segundo Marcos e Marinalva, o uso da plataforma melhorou


o aprendizado dos alunos e permitiu uma gestão mais precisa
do desempenho das turmas. “Uma coisa que eu acho fantástica
na plataforma é saber quantos alunos estão de fato estudando
pelo Geekie Lab em cada disciplina”, diz a diretora. “Fazia esse
monitoramento semanalmente e comparava meus relatórios com
os do Marcos, que acompanha todos os dias o conteúdo trabalhado

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em classe, aula por aula. Isso nos permitiu ter um monitoramento


pedagógico em tempo real.”
Além do monitoramento, Marcos incentivou os professores a
usarem todas as funcionalidades da plataforma. “Na questão da
utilização em classe, pegamos o calendário de cada professor
das disciplinas com carga horária superior a três aulas semanais
e combinamos de reservar uma janela para aulas usando o
Geekie Lab”, conta Marcos. Além disso, a maioria dos professores
recomendou aos estudantes que navegassem na plataforma em
casa, para fazer a revisão de conteúdos ou responder a questões de
múltipla escolha para ajudar na memorização de conceitos-chave.
Outros indicaram aulas específicas.

TAREFA DE CASA
Graças ao empenho de Marcos, o São João Bosco teve agilidade
para incorporar ao dia a dia uma funcionalidade do Geekie
Lab lançada no segundo semestre de 2015, a Tarefa de Casa.
Fruto de um trabalho de quatro meses de desenvolvimento da
Geekie, ela surgiu para aliviar os professores da tarefa muitas
vezes mecânica de corrigir dezenas de lições de casa todas as
semanas, poupando um tempo precioso para a preparação de
aulas.

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Uma pesquisa feita pela Geekie com gestores escolares


de todo o País mostrou que havia espaço para essa nova
funcionalidade: metade dos entrevistados disse que suas
escolas não tinham softwares de apoio ao trabalho do professor
e ao ensino do aluno; 64% disseram que gostariam de dispor de
ferramentas capazes de otimizar o tempo em sala de aula.
Com a nova funcionalidade da plataforma, o professor só
precisa selecionar o assunto trabalhado em sala, escolher
questões de um banco colocado à sua disposição no Geekie
Lab e agendar a lição para a classe. Com isso, a tarefa ficará
disponível para os estudantes na plataforma, pelo prazo que
o professor estipular. O Geekie Lab fornece, então, em tempo
real, dados como quais alunos já fizeram a tarefa, o índice de
acerto por questão, e o porcentual de alunos que selecionaram
cada alternativa das questões de múltipla escolha. Assim o
professor tem, a qualquer momento, uma radiografia capaz de
orientar intervenções pedagógicas.

PALAVRA DE PROFESSOR
Professora de português da 1ª e 2ª séries do Colégio Salesiano
São João Bosco, Rosângela Bezerra Lima usou o Geekie Lab
para trabalhar o ensino híbrido, fazendo um mix de conteúdo
online e aulas presenciais. “Gostei muito da plataforma, porque
ela é dinâmica e traz o conteúdo de uma forma inovadora,
irreverente, conectada ao mundo virtual ao qual os meninos estão
acostumados”, diz.
Com uma carga horária de cinco aulas semanais, Rosângela
reservou uma delas para trabalhar com o Geekie Lab. “Quando
tinha dois horários de aula seguidos, muitas vezes eu usava a
plataforma como prévia do conteúdo. Os alunos assistiam às aulas
do Geekie Lab, viam os conceitos, desenvolviam as atividades e na
aula seguinte eu aprofundava o conteúdo com a turma”, conta. A
professora também já fez o roteiro inverso, dando primeiro as aulas
presenciais e usando a plataforma como reforço das atividades,
para revisão e fixação de conceitos.

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Professora de história, Silviana Santos Filgueiras também elogia a


plataforma. “Dá para ver que facilitou muito a vida do aluno – e a
minha também”. Apesar disso, ela conta que precisou apelar para o
jogo de cintura para ter melhores resultados com a funcionalidade
Tarefa de Casa: “Nas primeiras lições só tinha 6 ou 7 alunos
resolvendo os exercícios numa classe de mais de 30. E mesmo assim,
descobri que eles estavam clicando nas respostas ao acaso”.
Então ela impôs uma condição: “Eu avisei: ‘Vocês têm tempo de
pesquisar na plataforma e na internet. Então não dá para tirar
menos do que 5 num exercício desses. Para quem ficar com
menos de 50% de acerto, eu não vou considerar a tarefa como
realizada’”. Foi o que bastou para as notas subirem, com vários
alunos alcançando índices de 70% de acerto. “Na última tarefa, de
32 alunos, 30 fizeram. Os dois que não responderam se queixaram
de problemas com a conexão da internet em casa. E, dos 32, só um
tirou nota inferior a 5”, diz.

A resposta dos docentes à Tarefa de Casa foi a melhor


possível. Em outro levantamento feito pela Geekie, 89% dos
entrevistados consideraram a nova funcionalidade útil. Redes
como a da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo,
parceira da Geekie em 2015, ultrapassaram a marca de 1.000
tarefas de casa criadas e agendadas poucas semanas depois do
lançamento.
No caso do São João Bosco, Marcos diz que a Tarefa de Casa
permitiu identificar rapidamente deficiências dos alunos,
tanto de apreensão de conteúdo como de interpretação de
enunciados. Aliás, os professores do colégio foram além do
uso inicialmente previsto pela Geekie para a funcionalidade.
No fim das aulas, muitos deles passavam para os alunos não
só as questões que acompanham cada tópico do plano de aula
do Geekie Lab como também outras selecionadas do banco do
Tarefa de Casa. Dessa forma, usaram questões concebidas para
serem respondidas em casa como uma forma de revisão do
conteúdo que os alunos tinham acabado de ver em classe.
Professor de matemática, Carlos Alberto de Carvalho Júnior
postou a primeira lição do Tarefa de Casa um dia depois de
saber da novidade. “Como a correção é automática, você tem
um mapa do aluno e percebe quem não sabe, por exemplo,
logaritmo, lei dos senos, geometria espacial...”, enumera o
professor, que fazia relatórios com as questões com menor
índice de acertos para trabalhar o conteúdo em sala.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

Carlos Alberto experimentou diversos usos da plataforma, até


mesmo como ferramenta de apoio a modalidades consideradas
inovadoras em qualquer escola do mundo, como a sala de
aula invertida e uma adaptação de certa forma intuitiva do
ensino peer to peer (aprendizagem por pares). No primeiro
caso, no qual os alunos têm em casa o primeiro contato com
um conteúdo que será depois trabalhado pelo professor, Carlos
Alberto pedia à turma que assistisse aos vídeos da plataforma.
“Na classe, eu entrava no plano de estudos, pulava a parte dos
vídeos e ia direto para as questões. Resolvíamos os problemas
juntos, para que eles vissem como eu fazia a resolução”.

MAIS PROTAGONISMO AO ALUNO


Nesse processo de resolução em classe, o professor permitia
a estudantes que haviam descoberto outras maneiras de
resolver as questões explicarem aos colegas como tinham
chegado ao resultado correto. Esse tipo de abertura está na
base do conceito do peer to peer, que estimula o processo de
aprendizado de aluno para aluno, sem intervenção direta do
professor.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

PALAVRA DA ALUNA
Rebeca Menezes, de 15 anos, aluna
do 2º ano do ensino médio do Colégio
Salesiano São João Bosco

“Achei a plataforma muito boa porque ela é fácil de acessar e


não tem complicação quando a gente procura alguma tarefa ou
conteúdo. Gostei bastante das aulas de Exatas. Em geometria
espacial, por exemplo, consegui entender melhor como calcular
as áreas das figuras. Mas achei legais também as videoaulas sobre
Revolução Francesa. A história por trás da revolução é interessante,
apesar de eu não gostar muito dessa disciplina.
A nova função da Tarefa de Casa foi útil porque ajudou a memorizar
conteúdos e aprender a interpretar melhor o que a questão pedia.
Isso é importante para mim porque tenho dificuldade com questões
que não sejam diretas.
No ano passado estudei pelo menos meia hora por dia pelo Geekie
Lab em casa. Neste ano pretendo navegar entre duas horas e meia
e três horas por dia. Um dos meus objetivos com a plataforma é
fazer a revisão de matérias em que eu não me dou muito bem, como
história e geografia”.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

A institucionalização da prática é uma inovação, um meio


de realçar o protagonismo dos estudantes. Mas mesmo
quem concluiu os estudos há mais tempo, seguindo métodos
convencionais, lembra-se de colegas que serviam de referência
para a classe em determinadas disciplinas, fontes habituais
de consultas nos corredores – especialmente na véspera de
provas.
“Tem aluno que explica a resposta de uma questão até melhor
do que a gente”, garante o professor. “Quando passo atividades
em sala deixo os alunos à vontade para trocar figurinhas. Digo:
‘Juntos vocês também aprendem’. É outro estilo de aula. Com o
Geekie Lab você ganha um meio de eles interagirem.”
O professor, aliás, acredita que o Geekie Lab pode ser usado
para colocar em prática outra modalidade de inovação, a
da rotação por estações. Nela, o professor deixa de lado a
aula expositiva e propõe diferentes atividades. Divididos
em pequenos grupos, os alunos se revezam para cumprir as
tarefas.
E como todo esse apoio da tecnologia, houve melhora do
desempenho? “De um total de 32 alunos, só 8 ficaram de
recuperação no 3º ano do ensino médio. No ano passado tinha
sido praticamente o dobro”.
Em 2016, o professor de matemática pretende usar o Geekie
Lab de uma forma ainda mais sofisticada. “Acho que não
podemos tratar o Geekie Lab como um acessório, precisamos
embutir a plataforma nos nossos planos de aula”.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

FAÇA
NA SUA ESCOLA!
Aposte na formação de
professores.
De nada adianta ter tecnologia de ponta, sem
profissionais aptos para usá-la. Nesse colégio,
vimos como foi importante o papel do técnico
educacional para treinar a equipe, mapear o uso
da ferramenta e garantir bons resultados. Ter
quem entende de tecnologia por perto também vai
reduzir muito o tempo perdido com “probleminhas
técnicos”, como o áudio que sumiu ou a tela que
não quer ligar.

Experimente diferentes
abordagens. Não existe uma única forma
correta de ensinar, com ou sem tecnologia. Seja
como o professor de matemática, que colocou
em prática diversas metodologias (Ensino
Híbrido, Peer to Peer, rotação por estações de
aprendizagem) para encontrar a que melhor se
ajustava à turma.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

4. INOVAÇÃO RADICAL NO
RIO DE JANEIRO
Depois do rasante por Juazeiro, voltamos à Região Sudeste – mais
precisamente para o Rio de Janeiro –, para conhecer uma escola
pública que empregou o Geekie Lab em um projeto de inovação
radical, o Gente (Ginásio Experimental de Novas Tecnologias
Educacionais). A escola iniciou as atividades em 2013, com uma
proposta baseada em cinco pilares: personalização; ensino por
projetos; uso de novas mídias; organização diferenciada de
tempos, espaços e formas de aprendizagem; e mentoria.

Entre as inovações do projeto está o fato de o Gente não seguir o


sistema tradicional de séries. Os 240 alunos de 7ª, 8ª e 9ª séries,
com idades que variam de 12 a 15 anos, são agrupados de acordo
com as características do projeto que vão desenvolver, pelo seu

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

estágio de aprendizagem ou por empatias nascidas na dinâmica


diária de trabalho. Esses arranjos têm três categorias: famílias,
times e grupos. As famílias tipicamente têm de 5 a 6 alunos; 4
famílias formam um time e 5 times, um grupo.
O projeto original previa o desenvolvimento de uma plataforma
de diagnóstico de alunos e o uso da Educopédia, acervo de aulas
desenvolvido por professores da própria rede municipal do Rio. O
projeto não mudou conceitualmente, mas sofreu ajustes. Um deles
foi a parceria com a Geekie, iniciada em 2014 com as avaliações do
Geekie Teste (usadas para determinar o estágio de conhecimento
de cada aluno no início do primeiro semestre) e ampliada este ano
com o uso do Geekie Lab – o acervo da Educopédia migrou para a
plataforma.

“O Geekie Lab se encaixou muito bem na proposta do Gente


e facilitou bastante o trabalho. Ajudou a sanar boa parte das
dificuldades identificadas em 2013 e 2014”, diz Neide de Barros,
assessora pedagógica da escola.

“O Geekie Lab consegue ser a espinha dorsal


da rotina diária, porque trabalha com o
pilar da personalização, é um facilitador no
acompanhamento de relatórios para a mentoria
e está alinhado com o planejamento pedagógico,
fornecendo uma sequência didática para o aluno.”

Embora a divisão por séries não seja obedecida, o Gente mantém


uma grade diária de atividades. Quando chega à escola – a jornada
vai das 7 às 15 horas – o aluno já sabe o que fazer: participar
de atividades de mentoria, de aulas eletivas (a grade tem mais
de dez opções, como dança, teatro e espanhol) ou laboratórios
de aprendizagem, modalidade mais parecida com as aulas
tradicionais.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

PROFESSOR POLIVALENTE

No salão de mentoria, que não tem portas ou divisórias, cada


time trabalha no Geekie Lab com um professor cujo papel
é o de facilitador do aprendizado. Assim, um professor de
geografia pode acompanhar alunos que estudam ciências,
língua portuguesa ou matemática. A figura do docente
especialista só aparece nos laboratórios de aprendizagem.
Neles o professor decide quais conteúdos trabalhar com os
alunos a partir dos relatórios online do Geekie Lab, analisados
normalmente duas vezes por semana.

Para a assessora pedagógica, o grande desafio do Gente para


2016 é alinhar cada vez mais todos os projetos desenvolvidos
na escola ao trabalho desenvolvido na plataforma. “Temos
aqui uma ‘oficina de construção de coisas fixas’, que podem
ser cadeiras ou mesas. Esse trabalho requer conhecimentos de
matemática, física e ciências, como, por exemplo, dominar o
conteúdo unidades de medida. Então precisamos relacioná-lo a
esses conteúdos dentro da plataforma. É preciso fazer as coisas
se comunicarem”, afirma Neide.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

Isso requer do professor fazer a gestão desse conhecimento,


olhar para a tecnologia, para as aulas que já estão prontas
no Geekie Lab, sem desvinculá-la da utilização prática. “A
formação do professor no Brasil ainda faz com que ele tenda
a seguir uma linha mais acadêmica. Precisamos ter o fazer,
o hands on (mão na massa), andando junto com o conteúdo”,
completa.

Num balanço do projeto até agora, Neide considera que o


maior erro do Gente foi não ter envolvido mais os professores
desde o início na sua proposta inovadora, fortemente baseada
na tecnologia. “Eles caíram meio de paraquedas. Não houve
discussão sobre adesão porque, como era uma experiência
piloto, não havia plano B”, afirma. “Mas acho que, mesmo que
houvesse escolha, o índice de adesão seria alto, na casa de
80%.”

Já no caso dos alunos, a adaptação ao Geekie Lab é automática.


“Eles entram e navegam com uma facilidade impressionante.
Logo percebem a lógica dos planos de estudo, enxergam a
plataforma como um todo”, conta Neide. Apesar disso, por
causa da faixa de idade com a qual o Gente trabalha, a resposta
dos alunos é diferente da do ensino médio. “Um menino de 12
anos ainda é imaturo. Se não tiver um objetivo específico, ele
não volta à plataforma para estudar mesmo que o Geekie Lab
produza um diagnóstico e o direcione para outros conteúdos.”

Mesmo com essa ressalva, Neide acredita que o Geekie Lab dá


toda a condição para o aluno ser protagonista no seu processo
de aprendizado. “Acho que vamos caminhar nessa direção
em 2016 e 2017. O aluno vibra quando percebe que mudou
de nível na plataforma, especialmente quando faz isso de
forma independente. É um processo que planta a semente
do ‘eu posso’, a partir da qual os meninos e meninas
deslancham”.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

FAÇA
NA SUA ESCOLA!
Acompanhe os resultados
de perto.
Uma ferramenta digital deve facilitar a avaliação
do professor, mostrando o desenvolvimento
gradual do aluno, seus principais erros, uma visão
geral da turma. Esses dados precisam ser bem
aproveitados. Relatórios são úteis, mas apenas
quando geram um retorno prático: ou seja, esses
números e gráficos precisam ser revertidos em
intervenções pedagógicas, com a vantagem de elas
serem personalizadas.

Respeite o ritmo do aluno, mas


apresente desafios. Enquanto conteúdos difíceis
demais costumam frustrar os estudantes, os
muito fáceis com certeza vão deixá-los distraídos.
Plataformas de ensino adaptativo fazem esse
diagnóstico e oferecem atividades adequadas ao
momento em que cada aluno se encontra - e os
resultados em tempo real são um estímulo extra
para participar.

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

Olá,

Que bom que você chegou até aqui! Criamos este ebook para
que todos pudéssemos conhecer o Geekie Lab pela perspectiva
de quem mais importa: alunos e educadores. E mais do que isso,
para revelar todos os detalhes das histórias de quem colocou a
mão na massa e fez a transformação educacional tão desejada
começar a acontecer.

Poder ouvir e narrar todas estas histórias foi inspirador para nos-
so trabalho e esperamos que também possa ser para você, que já
acredita no poder de transformação das inovações educacionais,
mas ainda depara-se com o desafio de como colocar tudo isso em
prática.

Já os leitores que ainda não deram o primeiro passo no sentido


de abraçar a inovação educacional, torcemos para que o fim
desta leitura seja também o início de uma caminhada juntos.
Ficaríamos orgulhosos de daqui a alguns meses poder compartil-
har as conquistas de sua escola.

Clicando no link abaixo, nossa equipe entrará em contato para


poder te apresentar detalhadamente o Geekie Lab.

Quero experimentar o Geekie Lab

Fica nosso convite!


Um abraço,
Equipe Geekie

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DO GEEKIE LAB

www.geekie.com.br

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