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INVESTIGAÇÃO COM INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

NEUROPSICOLÓGICA NO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento constitui-se como um fenómeno recente e universal nos


países desenvolvidos.
De acordo com fonte do Instituto Nacional de Estatística (INE), estima-se que
entre 2015 e 2080, o cenário central de projeção para Portugal, em termos
demográficos será o de que o nosso país perderá população, dos atuais 10,3 para 7,5
milhões de pessoas, ficando abaixo do limiar de 10 milhões em 2031.
Interessa-nos, acima de tudo, e atendendo à temática escolhida, que o número de
idosos passará de 2,1 para 2,8 milhões, com todas as implicações associadas,
principalmente em contextos clínicos.
O envelhecimento, fenómeno, universal, gradual, irreversível e idiossincrático
gera mudanças no envelhecimento normal e/ou patológico (demência) (Lima, 2010).
Schroots e Birren (1980) fazem a destrinça entre o envelhecimento biológico e o
psicológico. O primeiro refere-se a uma crescente vulnerabilidade, que aumenta a
probabilidade de morte – senescência; o psicológico depende da autorregulação da
pessoa, e das mudanças nas funções psicológicas, designadamente na memória e na
tomada de decisão (Lima, 2010).
Neste grupo social assiste-se a um aumento da prevalência de doenças crónicas,
pelo que é premente uma avaliação geriátrica eficaz, apostando-se em diagnósticos
precoces e completos, a custos razoáveis (Jr & Reichenheim, 2005).
Dessas doenças, são as demências, aquelas que têm vindo a ocupar lugar de
destaque, quer pela importância dada ao nível da investigação clínica (causas,
diagnósticos e intervenção terapêutica), quer pelo impacto pessoal e social na vida do
idosos. Assim, trazem preocupações em contexto clínico.
Demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado
de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa. É um
termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio,
competências sociais e alterações das reações emocionais normais.
A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5
milhões de pessoas com demência, sendo que a doença de Alzheimer assume, neste
âmbito, um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70% de todos os casos de
demência (World Health Organization [WHO], 2015). Em Portugal, não existindo até à
data um estudo epidemiológico que retrate a real situação do problema, apenas se
podem ter como referência os dados da Alzheimer Europe que apontam para cerca de
182 mil pessoas com demência (Alzheimer Europe, 2014). Em Portugal, estima-se que
existam cerca de 200 mil casos de doentes de Alzheimer. No relatório "Cuidados
necessários: Melhorar a vida das pessoas com demência" (2018), divulgado pela OCDE,
Portugal está no final da tabela entre 45 países, com uma taxa de prevalência de
demência de 19,9 casos por 100 mil habitantes, bem acima da média da OCDE (14,8).
As principais demências que atingem a nossa população idosa são a demência
de Alzheimer, demência vascular, demência frontotemporal, de entre outros tipos da
doença.
A avaliação geriátrica estruturada realiza-se através da observação direta (testes
de desempenho) e questionários e procura centra-se nas dimensões física, psicológica
(cognição e humor) e social. Deste modo, ganha cada vez mais importância, neste
contexto, a avaliação psicológica de adultos, com particular incidência na população
idosa. Surgem cada vez mais investigações psicométricas que procuram aferir, de modo
válido e fidedigno, vários instrumentos de avaliação psicológica e neuropsicológica, para
indivíduos com mais de 65 anos, de modo a permitir uma plena avaliação funcional.
Dentro da referida avaliação interessa-nos, acima de tudo, a utilização dos testes
(neuro)psicológicos, que avaliam as demências que se caracterizam por défices nas
funções cognitivas: a atenção, memória imediata e de trabalho, linguagem, cálculo,
práxicos, funções visoconstrutivas, visuoespaciais e visuognósicas, perturbações do
pensamento abstrato, do julgamento, do raciocínio e das funções de execução.
Estes instrumentos procuram assegurar uma descrição do funcionamento atual
da pessoa, isto é, proceder a uma estimativa do funcionamento pré-mórbido e uma
objetivação quantificada do padrão e severidade dos défices em diferentes domínios e
são fundamentais para o diagnóstico de doenças neuro-degenerativas, mas, também,
na monitorização da sua evolução e identificação de necessidades de reabilitação
(Simões, 2012).
Assim, esta avaliação desempenha um papel fulcral na elaboração de um
diagnóstico pormenorizado, indispensável à implementação de uma intervenção
terapêutica eficaz.
Mais especificamente, a avaliação (neuro)psicológica em idosos contribui, e
muito, para a identificação dos processos demenciais. Ajudam a compreender o perfil
cognitivo de cada demência. A neuropsicologia tem como eixo de estudo a complexa
organização cerebral e suas relações com comportamento e cognição, conforme afirma
Malloy-Diniz, Fuentes, Mattos e Abreu (2009).
É fundamental diagnosticar precocemente a demência, possibilitando uma
intervenção terapêutica, reduzindo o risco de acidente e que ajude a diminuir os níveis
de stress dos familiares, prolongando a autonomia e em alguns casos podendo mesmo
retardar o quadro demencial.
Apesar de já se ter percorrido, em Portugal, um caminho na área da avaliação
psicológica na população idosa, há ainda há um longo caminho a percorrer, na medida
em que instrumentos como WAIS-III e WMS-III, por exemplo, carecem ainda de estudos
de validação adicionais com grupos clínicos relevantes e normas que considerem não
apenas a idade mas também a escolaridade. (Simões, 2012)
Existirão sempre instrumentos por adaptar e validar para a população
portuguesa. Este processo deve ter cuidados técnicos de tradução e retroversão
rigorosos operados por especialistas. (Simões, 2012)
Os instrumentos de avaliação (neuro)psicológica são fundamentais no processo
de avaliação, diagnóstico e monitorização da intervenção psicológica nesta população.
Um dos contextos onde esta avaliação é crucial é em contextos de saúde, e pode
incluir o uso de diferentes métodos, técnicas e instrumentos de recolha de dados.
Vamos, agora, centrar-nos na importância da avaliação (neuro)psicológica das
demências, onde a mesma tem vindo a ganhar terreno e uma importância fulcral. Como
referência, iremos apresentar e caraterizar às dimensões/aptidões que mais importa
avaliar, nestas patologias, e quais os instrumentos que se encontram à disposição para
essa apreciação clínica.
Consideramos cinco dimensões fundamentais para serem alvo de avaliação
minuciosa: Funcionamento intelectual, Personalidade, Psicopatologia e funcionamento
emocional, Autonomia e capacidade funcional e Qualidade de vida.
Quanto ao FUNCIONAMENTO INTELECTUAL, este é o produto de uma série de
operações internas que possibilita o desempenho de tarefas. Na velhice assiste-se ao
declínio da capacidade cognitiva que resulta do processo fisiológico do envelhecimento
normal. As investigações na área da gerontologia mostram que o deterioramento
intelectual patológico parece irreversível. Contudo, o funcionamento intelectual, na
velhice, é plástico e modificável.
Deste modo, os programas de desenvolvimento/estimulação cognitiva, são
fundamentais para fazer face ao declive intelectual inerente ao envelhecimento.
O envelhecimento intelectual é um processo multidimensional e multidirecional:
diferentes capacidades começam a mudar em diferentes momentos, com diferentes
resultados sobre diferentes indivíduos submetidos a diferentes experiências biológicas,
educacionais, históricas e de personalidade.
Alguns dos instrumentos de avaliação (neuro)psicológica mais utilizados na
aferição da capacidade intelectual do idoso são os seguintes: WAIS – III – Escala de
Inteligência Wechsler para Adultos; WMS-III – Escala Clinica de Memória; Montreal
Cognitive Assessment (MoCA); Questionário Mini-Mental State Examination (MMSE);
Matrizes Progressivas de Raven (APM - Escala Superior); d2- Teste de Atenção; Teste
de inteligência não-verbal (TONI-4); TSAV ― Teste Semântico de Aptidão Verbal.
No que respeita à PERSONALIDADE, este construto aparece associado ao termo
pessoa que deriva do latim persona e que significa máscara. A personalidade diz respeito
não só às nossas caraterísticas externas visíveis aos outros, mas também diz respeito a
um conjunto de caraterísticas que ultrapassam as mesmas. Assim, a personalidade é um
conceito que engloba qualidades sociais e emocionais subjetivas. Estas caraterísticas
que moldam uma personalidade são relativamente estáveis e previsíveis. No entanto, é
de ressalvar que a personalidade não é rígida e imutável, na medida em que pode variar
consoante as circunstâncias. Existe, portanto, uma interação entre os traços pessoais
permanentes e os aspetos mutáveis da situação. Deste modo, “a personalidade é um
agrupamento peculiar de caraterísticas que podem mudar em respostas a situações
diferentes” (Schultz & Schultz, 2006, p. 9). Pensando em envelhecimento e
personalidade, o primeiro é "um processo ativo e dinâmico, influenciado pela
personalidade da pessoa que envelhece e pelas suas aprendizagens " (Lima & Gabil,
2011, p.127).
Também a personalidade é passível de avaliação. Nesta poderemos utilizar uma
vasta gama de instrumentos como a Escala de Personalidade de Eysenk (EPQ-R; Eysenck
& Eysenck, 1993; Almiro & Simões, 2013); CEP ― Questionário de Personalidade; EAE
― Escalas de Avaliação do Stress; EBP ― Escala de Bem-Estar Psicológico; EHS ― Escala
de Competências Sociais; STAI ― Inventário de Ansiedade Estado-Traço; STAXI-2 ―
Inventário de Expressão de Ira Estado-Traço.
No que concerne à PSICOPATOLOGIA E FUNCIONAMENTO EMOCIONAL, importa referir
que a Psicopatologia estuda as perturbações do funcionamento psicológico. Para alguns
autores Psicopatologia engloba meramente comportamentos normais que se afastam da
norma, em termos de frequência, duração e/ou intensidade. Outros autores consideram
que todos os comportamentos distintos dos normais são manifestações patológicas. Já
(Gleitman, Fridlund, & Reisberg, 2007, p. 1030) colocam a possibilidade de serem
“essencialmente doenças físicas que se originam na estrutura do cérebro, mas cujas
manifestações são mentais ou comportamentais”
A Psicopatologia estuda sintomas específicos, nomeadamente psicológicos e fisiológicos
que desencadeiam doenças específicas. Alguns aspetos das emoções são públicos como,
por exemplo, os gestos e as expressões faciais, sendo por isso facilmente estudadas.
Também as nossas respostas fisiológicas o são, recorrendo-se a monitores eletrónicos.
Mais difícil é avaliar como as emoções são subjetivamente vivenciadas. É aqui que a
avaliação psicológica ganha importância, fazendo este trabalho recorrendo a alguns
instrumentos. Entre muitos, podemos referir os seguintes: ADAS - Escala de avaliação
da demência de Alzheimer; DRS – Dementia Rating Scale; FDT ― Teste dos Cinco Dígitos;
LURIA-DNA- Diagnóstico Neuropsicológico de Adultos; PALPA-P ― Provas de Avaliação
da Linguagem e da Afasia em Português; REY – Teste de Cópia de Figuras Complexas;
Teste do desenho de um relógio.
Relativamente à AUTONOMIA E CAPACIDADE FUNCIONAL importa ter em conta que
o facto de ser idoso não é motivo para a existência de comprometimento a este nível.
Todavia, é nas idades mais avançadas que ocorre com maior prevalência o aumento da
incidência de doenças crónico-degenerativas às quais surgem associadas incapacidades
físicas que desencadeiam o desenvolvimento da dependência e consequente perda da
autonomia (Diogo, 1997). O conceito mais importante a este nível é o de autonomia.
Esta é vista como um princípio ético, ou seja, é uma forma de liberdade pessoal baseada
no respeito pelas pessoas, de liberdade de escolha, de ação e autocontrole sobre a vida.
Portanto podemos considerar que a autonomia está diretamente relacionada com a
capacidade do indivíduo em ser dependente ou independente na realização das
atividades da vida diária e ter capacidade de decisão. Esta pode ser ao nível da gestão
financeira, tomada de decisão sexual, política, tomadas de decisão ao nível de cuidados
de saúde, entre outras.
Neste ponto, alguns dos instrumentos de avaliação psicológica que nos auxiliam
são os seguintes: VINELAND-II ― Escalas de Comportamento Adaptativo de Vineland;
Teste de memória de reconhecimento (RMT); SIS ― Escala de Intensidade de Apoios.
A última dimensão a abordar, mas que se reveste de grande importância numa
abordagem multidisciplinar e holística do entendimento da Demência é a QUALIDADE DE
VIDA. Inicialmente, este construto era associado a uma abordagem economicista, tendo
por base indicadores como, por exemplo os rendimentos e bens materiais. Ao longo do
tempo e com base nas investigações que foram surgindo nesta área, este conceito passa
a ser contemplado, não só como uma representação social que se prende objetivamente
com a satisfação das necessidades básicas, baseadas no grau de desenvolvimento
económico e social da sociedade, mas também subjetivamente, assente em conceitos
como bem-estar, felicidade, amor, prazer, realização pessoal. Da qualidade de vida
fazem também parte critérios de satisfação individual e de bem-estar coletivo, bem
como o grau de satisfação humana nas diferentes esferas de vida (familiar, amorosa,
ambiental, social, profissional e existencial) (Ribeiro, 2008).
Na área da saúde, assiste-se também a mudança de uma abordagem
predominantemente biomédica para enfatizar a abordagem biopsicossocial.
No seguimento, apresentamos alguns dos instrumentos que podem ser utilizados para
aferir, em termos de avaliação psicológica, a qualidade de vida de um idoso: ADEQL –
Qualidade de vida na doença de Alzheimer; Escala Geriátrica de Depressão (GDS-30);
WHOQOL-100 – Instrumento de avaliação da qualidade de vida da OMS; CUBRECAVI ―
Questionário Breve de Qualidade de Vida; IADL - Índice de atividades instrumentais da
Vida Diária; Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS).

Como é óbvio existem inúmeros instrumentos para avaliação psicológica da


população mais idosa, em diferentes países. Uns já se encontram adaptados e aferidos
para a nossa população, outros ainda não e carecem desses estudos, sendo que as
pesquisas científicas nesta população específica, são bastante recentes.
Foi, talvez, Erik Erikson o primeiro psicólogo que se dedicou à plenitude da vida
humana. A maioria dos investigadores limitavam-se a investigar a adolescência/
juventude, deixando de lado as outras fases da vida.
Como já referimos, prevê-se que em 2030, as pessoas com mais de 60 anos irão
representar 16% da população mundial, subindo para 22% em 2050. À luz destas
previsões é fundamental que se continue a investigar, neste âmbito da Psicologia, pois
a evolução demográfica a nível mundial assim o exige.
A Avaliação Psicológica, nesta área, apresenta-se como uma ferramenta crucial
para avaliar e diagnosticar, precocemente a demência, o que possibilita uma
intervenção terapêutica, que reduz o risco de acidente, que ajuda a diminuir os níveis
de stress dos familiares, que prolonga a autonomia e em alguns casos pode mesmo adiar
o quadro demencial.
Ao longo dos últimos anos é notório o trabalho realizado no campo
neuropsicológico, bem como o desenvolvimento recente da investigação na área
específica da avaliação psicológica de idosos em Portugal. O aumento das doenças
neurodegenerativas justifica-o, havendo uma crescente necessidade de instrumentos
de avaliação psicológica precisos e válidos.
Esses testes ajudam a alcançar um diagnóstico diferencial e orientam o
tratamento e a reabilitação. Dados numéricos, scores e índices (dados quantitativos)
obtidos por meio de avaliação (neuro)psicológica, juntamente com dados obtidos por
observação de comportamento, estratégias empregadas, reações e expressões do
paciente em testes (dados qualitativos) são fundamentais e complementares para obter
uma avaliação mais precisa e a delinear um plano terapêutico mais completo e eficaz.
O envelhecimento deve viver-se ativamente, de forma produtiva e satisfatória.
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