Você está na página 1de 28

Marcelo Amancio da Costa

Certificação e
Auditoria da
Qualidade
APRESENTAÇÃO

É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Certificação e Auditoria
da Qualidade, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmi-
co e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às)
alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!

Unisa Digital
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 CONHECIMENTOS E HABILIDADES GERAIS DO AUDITOR DE SGQ E SGA............. 9
1.1 Princípios do Gerenciamento do Sistema da Qualidade/Bases/Histórico...............................................10
1.2 Gerenciamento da Qualidade..................................................................................................................................11
1.3 Oito Princípios de Gestão da Qualidade...............................................................................................................11
1.4 Benefícios do Sistema da Qualidade......................................................................................................................12
1.5 Estágios de Auditoria...................................................................................................................................................13
1.6 Tipos de Auditoria.........................................................................................................................................................13
1.7 Fases de Auditoria.........................................................................................................................................................13
1.8 Algumas Definições......................................................................................................................................................14
1.9 Qualificação do Auditor..............................................................................................................................................14
1.10 Atividades......................................................................................................................................................................14
1.11 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................16
1.12 Atividades Propostas.................................................................................................................................................16

2 CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE.................................. 17


2.1 Análise Crítica de Contrato........................................................................................................................................17
2.2 Auditoria...........................................................................................................................................................................18
2.3 Análise Crítica da Documentação...........................................................................................................................21
2.4 Preparando o Plano da Auditoria............................................................................................................................21
2.5 Não Conformidades......................................................................................................................................................22
2.6 Documentos de Certificação.....................................................................................................................................22
2.7 Amostragem....................................................................................................................................................................23
2.8 Tempo de Duração de uma Auditoria...................................................................................................................24
2.9 Escopos de Acreditação..............................................................................................................................................26
2.10 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................27
2.11 Atividades Propostas.................................................................................................................................................27

RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...................................... 29


REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 31
INTRODUÇÃO

O mundo necessita de muitos mecanismos para assegurar a manutenção do que nos resta do mun-
do em que vivemos, para que, no futuro próximo, possa haver ainda alguma maravilha para todos os
seres vivos.
As organizações cada vez mais buscam aumentar seus índices produtivos, aumentando, assim, o
consumo dos recursos naturais.
Um dos mecanismos que as organizações vêm utilizando voluntariamente é a certificação realiza-
da pelos organismos responsáveis, os quais são acreditados pelos órgãos reguladores de cada país, que
por sua vez são monitorados pelo International Acreditation Forum (IAF).
O processo de certificação das organizações é realizado em duas fases. Na primeira, é avaliado
como a empresa planejou e documentou o sistema de gestão, demonstrando principalmente o com-
prometimento da alta direção, que deve declarar a política da organização, a qual deverá nortear todo o
sistema de gestão de uma organização. Na segunda fase, os auditores deverão testar a eficácia do siste-
ma de gestão da empresa, avaliando o quanto está implementado tudo que foi documentado e o que
necessita ser controlado, para assegurar que todos os aspectos do sistema estão sendo bem gerenciados
e que as ações de melhorias sejam planejadas e implementadas.
Um fator fundamental para que esse mecanismo seja eficiente depende em grande parte da com-
petência dos auditores de sistema, os quais devem ampliar seus conhecimentos e habilidades por meio
de educação, treinamentos e experiência.

Histórico

Caro(a) aluno(a), saiba que, no Brasil, temos 5.166 empresas que possuem certificação em seu sis-
tema de gestão da qualidade, conforme pesquisa realizada junto ao sítio do Instituto Nacional de Me-
trologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) em setembro de 2012. O banco de dados do
Inmetro revela que, hoje, possuímos a seguinte distribuição de certificados ao longo dos meses e anos,
demonstrada na Tabela 1, a seguir:

5
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

Tabela 1 – Histórico dos certificados emitidos por mês e ano.


Descrição do relatório: histórico do número de certificados emitidos, segundo a(s) norma(s) 9001:2000,
9001:2008, agrupados por mês e ano dentro do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
(SBAC) para empresas nacionais e estrangeiras.
Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

2001 30 10 18 33 36 43 21 41 27 47 74 77 457

2002 93 51 107 112 106 115 149 151 155 148 178 351 1716

2003 227 183 201 288 343 313 376 373 350 483 559 818 4514

2004 487 247 291 280 250 208 241 218 258 248 295 446 3469

2005 378 203 221 232 216 162 181 229 207 265 339 432 3065

2006 375 228 338 270 377 220 315 393 320 387 374 542 4139

2007 380 291 366 319 171 317 309 324 224 311 267 330 3609

2008 340 243 274 250 222 245 305 288 316 332 255 385 3455

2009 338 239 325 261 168 154 241 220 331 457 303 578 3615

2010 311 262 435 294 235 254 176 306 200 209 344 256 3282

2011 177 124 184 121 156 118 199 156 176 223 78 119 1831

* 2012 153 64 72 89 96 82 69 90 4 0 0 0 719


* 2012 até a presente data.
Relatório emitido em: 24/09/2012
Fonte: Inmetro (2012a).

A norma da Organização Internacional para Padronização (ISO) 9001 é base para as demais normas
de gestão e, hoje, a versão atual é a de 2008, a qual pode facilmente ser integrada a outras normas de
gestão, o que tem sido uma tendência nas organizações.
Essas normas de gestão possuem adesão voluntária pelas empresas, porém em muitos casos torna-
-se obrigatória para algumas organizações uma certificação compulsória estabelecida por imposição de
alguns países como exigência para exportação, solicitação de clientes ou por exigências das partes inte-
ressadas1.
Para que todas estas certificações tornem-se possíveis, é necessário que haja auditorias periódicas
sem o caráter de legalidade, mas de conformidade2.

1
As partes interessadas são: governo, órgãos reguladores, acionistas, bancos, sociedade, empregados, clientes.
2
Legalidade: obediência às leis aplicáveis. Conformidade é o atendimento aos requisitos normativos.

6
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

Tabela 2 – Histórico das certificações concedidas por estado da Federação.


Descrição do relatório: histórico do número de unidades de negócios que obtiveram certificação,
agrupadas por estado, emitidas dentro do SBAC para empresas nacionais e estrangeiras.
Estados 2008 2009 2010 2011 * 2012 Total
ACRE 6 6 7 1 4 24
ALAGOAS 25 26 18 16 13 98
AMAPÁ 1 2 1 0 0 4
AMAZONAS 76 51 63 33 6 229
BAHIA 142 138 157 68 10 515
CEARÁ 40 56 69 40 20 225
DISTRITO FEDERAL 56 53 53 41 14 217
ESPÍRITO SANTO 51 70 75 54 27 277
GOIÁS 86 87 64 63 36 336
MARANHÃO 20 15 19 24 8 86
MATO GROSSO 21 28 28 14 7 98
MATO GROSSO DO SUL 14 11 21 5 6 57
MINAS GERAIS 292 375 440 271 116 1494
PARÁ 24 29 25 17 17 112
PARAÍBA 18 20 16 8 2 64
PARANÁ 236 296 256 158 86 1032
PERNAMBUCO 130 95 130 43 30 428
PIAUÍ 6 7 7 1 6 27
RIO DE JANEIRO 229 237 231 101 14 812
RIO GRANDE DO NORTE 16 25 24 7 1 73
RIO GRANDE DO SUL 204 183 225 91 13 716
RONDÔNIA 5 5 6 5 1 22
RORAIMA 4 2 2 1 1 10
SANTA CATARINA 206 215 240 165 58 884
SÃO PAULO 1940 1847 1154 624 221 5786
SERGIPE 22 17 19 8 1 67
TOCANTINS 12 13 11 8 9 53
*2008 até a presente data.
Relatório emitido em: 24/09/2012
Fonte: Inmetro (2012b).

Caro(a) aluno(a), o objetivo aqui é apresentar considerações, estudos, textos, declarações de es-
pecialistas quanto à importância da implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), bem
como quais são os passos para se obter uma certificação do SGQ e qual é a qualificação dos auditores
responsáveis por emitir ou não uma recomendação para essas certificações, visto que, no país como um
todo, temos certificações conforme demonstração na tabela anteriormente elaborada e disponibilizada
no sítio do Inmetro.

7
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
CONHECIMENTOS E HABILIDADES
1 GERAIS DO AUDITOR DE SGQ E SGA

O auditor de SGQ e SGA deve: aplicar os logia ambiental, princípios de Gestão Ambiental
princípios, procedimentos e técnicas da auditoria; e sua aplicação, ferramentas de Gestão Ambien-
planejar e organizar o trabalho eficazmente; con- tal e sua aplicação (avaliação de aspecto/impacto;
duzir a auditoria dentro dos prazos estabelecidos; avaliação do ciclo de vida; avaliação de desempe-
priorizar e focar os pontos de maior relevância; nho).
coletar evidências de auditoria objetivas; com-
preender a amostragem e suas limitações; verifi- Atenção
car a precisão da informação coletada; avaliar a
adequação da evidência de auditoria e outros fa- O conhecimento da ciência e terminologia am-
tores que afetam as constatações e conclusões de biental inclui fatores importantes sobre o impac-
to das atividades humanas sobre o ambiente,
auditoria; utilizar documentos de trabalho para a interação dos ecossistemas, meios (ar, água,
registrar atividades durante a auditoria; manter a terra), gestão dos recursos naturais, métodos de
confidencialidade e a segurança das informações; proteção ambiental.

e comunicar-se eficazmente.
Um auditor deve aplicar os conceitos de O auditor deve ter conhecimento e habi-
sistema a diferentes organizações, interagir entre lidade em:
os componentes do sistema, conhecer padrões,
procedimentos aplicáveis e outros documentos, 1. princípios, procedimentos e técnicas
reconhecer diferenças e prioridades dos docu- da auditoria: o auditor necessita com-
mentos de referência, aplicar documentos de re- preender, de forma clara, que seu papel
ferência a diferentes situações de auditoria, siste- é o de agregar valor para as partes in-
mas de informação e tecnologia para controle de teressadas, e isto implica saber como
documentos, dados e informações. conduzir bem uma auditoria, bem
O conhecimento que um auditor deve ob- como entender sobre suas questões
ter está relacionado às situações organizacionais éticas, profissionais, evitando conflitos
– tamanho, estrutura, funções – e relacionamen- de interesses, mantendo a confidencia-
tos organizacionais – terminologia e processos lidade dos processos que auditar;
gerais do negócio, costumes sociais e culturais do 2. sistemas de gestão e devida docu-
auditado, legislação, regulamentos e outros re- mentação: os auditores precisam com-
quisitos relevantes para as disciplinas de Sistema preender o que é um sistema de ges-
de Gestão Ambiental (SGA), códigos, leis e regula- tão e quais níveis de documentações
mentações locais, regionais e nacionais, contratos fazem parte de um sistema. Um SGA
e acordos, tratados e convenções internacionais, consiste na compreensão do que as
e outros requisitos aplicáveis à organização. partes interessadas esperam da organi-
Quanto às habilidades e conhecimentos zação e, para que isso possa ter efeito, é
específicos, o conhecimento dos métodos e téc- necessário que a Alta Direção da orga-
nicas da Gestão Ambiental deve incluir termino- nização entenda sua responsabilidade

9
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

de estar à frente do sistema, provendo 4. leis aplicáveis, regulamentações e


todos os recursos necessários para que outros requisitos necessários para o
as atividades possam ser realizadas so- SGA: toda organização tem a respon-
bre total controle, sendo monitorada e sabilidade de identificar as leis aplicá-
medida constantemente, para melho- veis aos seus negócios e apresentar aos
rar seu desempenho continuamente; auditores como estão atendendo a es-
3. situações organizacionais: o auditor sas legislações e os auditores devem se
necessita compreender como está a preparar antes de realizar as auditorias,
situação da organização, não apenas para conhecer o que as organizações
olhando para os indicadores de desem- deveriam apresentar a eles.
penho dela, mas também do mercado;

1.1 Princípios do Gerenciamento do Sistema da Qualidade/Bases/Histórico

ƒƒ Revisão dos Requisitos da Norma ISO ƒƒ Sistemática de Auditorias da Qualidade.


9001:2008. ƒƒ Características do Auditor.
ƒƒ Documentação do Sistema de Geren-
ciamento da Qualidade.

Figura 1 – Princípios do gerenciamento do sistema da qualidade.

10
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

1.2 Gerenciamento da Qualidade

1. Controle da qualidade, inspeções e/ou 8. Minimizar desperdícios (refugo, retra-


ensaios. balho).
2. Relacionamento com fornecedores. 9. Trabalhar as especificações.
3. Relatos de produto final. 10. Gerenciamento das interfaces, comuni-
4. Aplicabilidade de engenharia, manufa- cação interna.
tura e avaliações. 11. Gerenciamento dos compromissos.
5. Otimização dos custos dos produtos. 12. Incentivar e gerenciar melhorias.
6. Resolução de problemas. 13. Gerenciamento sustentável.
7. Satisfação dos clientes, atendendo aos 14. Lucratividade.
seus requisitos.

1.3 Oito Princípios de Gestão da Qualidade

1. Foco no cliente. qual as pessoas possam estar totalmente envol-


2. Liderança. vidas no propósito de atingir os objetivos da or-
3. Envolvimento das pessoas. ganização.

4. Gestão por processos.


5. Gestão sistêmica. Envolvimento do Pessoal

6. Melhoria contínua.
7. Abordagem factual à tomada de deci- Pessoas de todos os níveis são a essência de
são. uma organização e seu total envolvimento possi-
bilita que as suas habilidades sejam usadas para o
8. Relacionamento mutuamente benéfi-
benefício da organização.
co com fornecedores.
Abordagem de Sistema para Gestão por
Organização com Foco no Cliente Processos

Organizações dependem de seus clientes e, Identificar, entender e gerenciar os proces-


portanto, convém que entendam as suas necessi- sos inter-relacionados, como um sistema, contri-
dades atuais e futuras, atendam aos requisitos e bui para a eficácia e eficiência da organização no
procurem exceder as suas expectativas. sentido de esta atingir seus objetivos.

Abordagem de Processo – Gestão de Processos


Liderança

Um resultado desejado é alcançado mais


Líderes estabelecem a unidade de propó- eficientemente quando as atividades e os recur-
sitos e o rumo da organização. Convém que eles sos relacionados são gerenciados como um pro-
criem e mantenham um ambiente interno no cesso.

11
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

Melhoria Contínua Benefício Mútuo na Relação com Fornecedor

Convém que a melhoria contínua do de- Uma organização e seus fornecedores são
sempenho global da organização seja seu objeti- interdependentes e uma relação de benefícios
vo permanente. mútuos aumenta a capacidade de ambos em
agregar valor.
Abordagem Efetiva para Tomada de Decisão

Decisões eficazes são baseadas na análise


de dados e de informações.

1.4 Benefícios do Sistema da Qualidade

ƒƒ Redução dos custos operacionais. ƒƒ Melhorar a imagem profissional – inter-


ƒƒ Melhorias nos produtos. na e externamente.
ƒƒ Redução de refugos, retrabalhos. ƒƒ Melhorar a performance e a consciência.
ƒƒ Melhorias sustentadas. ƒƒ Mais tempo para gerenciamento.
ƒƒ Melhorias na performance/produtivida-
de. Custos da qualidade:
ƒƒ Melhorias na performance dos fornece-
dores. ƒƒ prevenção de desperdícios;
ƒƒ Redução dos custos da não qualidade. ƒƒ avaliação dos custos:
ƒƒ Melhorias nas operações – coopera- •• inspeção e monitoramento;
ções. •• custos das falhas (preço da não
ƒƒ Melhorias na motivação e no moral dos conformidade);
colaboradores. •• interna – refugo, erro, atraso;
ƒƒ Reforçar treinamentos onde a rotativi- •• externa – descontinuidade do
dade é alta. cliente.

Figura 2 – Custo da qualidade.

12
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

A gestão da qualidade é bem-sucedida ƒƒ é regularmente e continuamente anali-


quando: sada e auditada;
ƒƒ pessoas de todos os níveis da organiza-
ƒƒ a Alta Direção entende, suporta e é ção são treinadas nas regras da qualida-
completamente comprometida; de e estão motivadas;
ƒƒ a implementação é bem planejada e ƒƒ atender a critérios de auditorias para
efetivamente comunicada à organiza- SGQ e SGA.
ção;

1.5 Estágios de Auditoria

Figura 3 – Estágios de auditoria.

1.6 Tipos de Auditoria

ƒƒ Interna – 1ª parte – própria organização. ƒƒ Externa – 3ª parte – independente.


ƒƒ Externa – 2ª parte – cliente.

1.7 Fases de Auditoria

Figura 4 – Fases de auditoria.

Planejamento Relatórios Acompanhamento


Auditoria
Programação

13
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

1.8 Algumas Definições

ƒƒ Programa de auditoria: desdobra- ƒƒ Critério de auditoria: relação da nor-


mento das atividades de auditorias ma com escopo, política e procedimen-
para período (meses/anos). tos usados como referência.
ƒƒ Plano de auditoria: alinhamento do
escopo, reuniões, datas (tempo), pro-
cessos, equipe, normas, cláusulas etc.

1.9 Qualificação do Auditor

ƒƒ Entendimento sobre o escopo da audi- ƒƒ Conhecimento sobre as atividades a se-


toria. rem auditadas.
ƒƒ Avaliado sobre os requisitos de audito- ƒƒ Possuir requisitos (qualificações) espe-
ria. ciais.
ƒƒ Manter independência sobre as ativida-
des a serem auditadas.

1.10 Atividades

Reunião de Abertura Entrevistas e Observações

ƒƒ Apresentações: equipe auditora/audi- ƒƒ Introdução: explicar por que você está


tados. ali.
ƒƒ Confirmar propósito e escopo de audi- ƒƒ Pedir para o auditado:
toria. •• explanar sobre seu trabalho e pro-
ƒƒ Confirmar requisitos de confidenciali- cesso;
dade. •• explanar suas responsabilidades e
ƒƒ Apresentar e analisar planejamento de de seus superiores;
auditoria. •• apresentar suas documentações;
ƒƒ Explanar sobre as regras (NCs, Ações •• explanar sobre política e objetivos
Corretivas, Oportunidades de Melho- da qualidade;
ria). •• explanar como suas atividades afe-
tam a satisfação dos clientes;
ƒƒ Conhecer guias, sala de reuniões etc.
•• como ele resolve problemas (NCs);
ƒƒ Solicitar visita às instalações (se neces- •• quais são os treinamentos – atuais
sário). e futuros.
ƒƒ Passar a palavra à Alta Direção antes de ƒƒ Coletar evidências objetivas.
encerrar a reunião.

14
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

Coleta das Evidências Objetivas ƒƒ Não pergunte respondendo.


ƒƒ Diga que entendeu, quando não enten-
ƒƒ Pergunte às pessoas certas. deu.
ƒƒ Assegure o entendimento das ques- ƒƒ Não faça críticas.
tões.
ƒƒ Siga uma ordem lógica. Características pessoais
ƒƒ Dê tempo para as respostas.
ƒƒ Escute as respostas. ƒƒ Tenha atenção à comunicação não ver-
ƒƒ Seja imparcial. bal:
ƒƒ Dê um prazo quando desejável. ••
gestos, postura, linguagem corpo-
ƒƒ Questões abertas: ral;
••não pode ser respondido “sim” ou •• aparência, atitudes, tom de voz, ex-
“não”; pressão facial.
•• desdobre a discussão; ƒƒ Considere um tempo para registrar.
•• inclua várias técnicas de linguagem; ƒƒ Analise sequências/datas/pedidos.
•• comece sempre com os 5 Ws e 1 H: ƒƒ Analise o completo e correto preenchi-
•• who – quem; mento de formulários.
•• what – o que; ƒƒ Audite os registros.
•• when – quando; ƒƒ Analise aprovações.
•• where – onde;
ƒƒ Analise sempre não conformidades in-
•• why – por que;
ternas e reclamações de clientes.
•• how – como;
•• Complemente sempre com: “mos-
tre-me!”. Reuniões da Equipe
ƒƒ Questões fechadas – podem ser res-
pondida brevemente:
Discussões em local apropriado sobre: se
•• busque um ponto específico; existiram não conformidades, quais foram os
•• controle “rodeios”. pontos positivos, oportunidades de melhoria, tri-
ƒƒ Lidere os questionamentos contendo lhas a serem seguidas, dicas sobre possíveis ano-
perguntas, como: malias, reclamações de clientes, evidências sobre
•• “De que forma você executa esta pessoal auditado, equipamentos, novos produtos
atividade?” e novos processos etc.
•• “Quais são os registros que eviden-
ciam a conformidade desta ativida-
de?”
Saiba mais
ƒƒ Evite liderar questionamentos conten-
do perguntas, como:
A norma NBR ISO 19011 possui diretrizes para um au-
•• “Você está treinado, não está?” ditor, ou seja, esta norma explica os passos que um au-
•• “Você usa a instrução IT##?” ditor deve seguir para realizar uma auditoria de forma
ƒƒ Colha informações efetivas. consistente nas organizações.

ƒƒ Não faça julgamentos.


ƒƒ Tenha atenção aos movimentos.
ƒƒ Não faça muitos questionamentos ao
mesmo tempo.

15
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

1.11 Resumo do Capítulo

Uma auditoria é um processo documentado, sistemático e independente para obter evidência de


auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são aten-
didos.
Auditorias são avaliações estruturadas e formais. O termo ‘sistemático’ significa que a empresa deve
planejar e documentar seu sistema de auditoria. Deve ter apoio e recursos da Alta Direção.
Auditorias devem ser realizadas de forma imparcial, o que requer auditores sem tendências ou ou-
tras influências que possam afetar sua objetividade. Por exemplo, ter responsabilidade pelo trabalho que
está sendo auditado, algum interesse oculto, participação num fornecedor ou empresa de terceira parte
em que se é designado como auditor e existem conflitos de interesse.
Auditorias internas devem ser executadas de acordo com um procedimento documentado, con-
forme a cláusula 8.2.2 da ISO 9001. Os procedimentos devem tratar das responsabilidades para conduzir
auditorias, assegurar independência, registro dos resultados e relatos à direção.
Auditorias obtêm evidências objetivas da conformidade com os requisitos. A evidência deve ser
baseada em fatos e pode ser obtida por meio de observação, medição, ensaio ou outros meios.

1.12 Atividades Propostas

1. Descreva um princípio de gestão que é fundamental para que uma organização estabeleça um
SGQ que possa ser certificado com base nos critérios das certificadoras.

2. Explique os estágios de uma auditoria.

16
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE
2 GESTÃO DA QUALIDADE

Caro(a) aluno(a), nesta seção, você irá estu- A certificação é o meio pelo qual o cliente
dar sobre a certificação dos Sistemas de Gestão, a (usuário do produto ou serviço) pode ter confian-
qual atesta a conformidade do modelo de gestão ça numa organização e é mais efetiva quando exe-
das empresas que fabricam e/ou prestam servi- cutada por um conceituado Organismo de Certi-
ços, no que diz respeito aos requisitos normati- ficação sob as regras de Acreditação Nacional. A
vos. Os sistemas que possuem um maior número evidência de que a certificação foi assim obtida
de certificações de gestão são os SGQs, com base deverá estar clara nos Certificados de Aprovação
na norma NBR ISO 9001, e os SGAs, conforme a e pelo uso de marcas de acreditação.
norma NBR ISO 14001.  Caro(a) aluno(a), para que uma Certificado-
Existem, no entanto, outros sistemas de ra de Sistema de Gestão possa atuar no mercado
gestão, também passíveis de certificação, oriun- com credibilidade, é necessário que ela seja im-
dos de iniciativas setoriais, como os sistemas de- parcial em suas atividades, isto é, ela não poderá
senhados pelas normas do setor automobilístico. realizar atividades de consultoria ou assessoria.
A acreditação é o meio pelo qual uma orga- A certificadora necessita prover as empresas
nização pode ter confiança num organismo cer- de informações referentes aos padrões normati-
tificador e é efetiva quando outorgada por uma vos para os sistemas de gestão. Um dos primeiros
autoridade nacional de controle, como o Inmetro passos para o processo de avaliação é informar à
(Brasil), ANSI-ASQ National Accreditation Board empresa que o certificado somente será emitido
(ANAB – Estados Unidos) ou United Kingdom Ac- se não houver não conformidades.
creditation Service (UKAS – Inglaterra).

2.1 Análise Crítica de Contrato

Caro(a) aluno(a), os procedimentos das cer- ƒƒ os sites de uma organização que ope-
tificadoras devem assegurar que a análise crítica ram o mesmo tipo de atividade;
de um novo contrato identifique a complexidade ƒƒ a condução de processos similares;
e escala das atividades cobertas pelo sistema de ƒƒ se a amostragem poderá ser aplicada a
gestão da organização que está pleiteando uma cada site individualmente;
certificação.
ƒƒ quais os sites que a organização quer in-
Estes são alguns pontos que a certificadora cluir no certificado e aqueles que serão
necessita verificar antes de realizar a certificação: excluídos.

17
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

2.2 Auditoria

A certificadora deve estabelecer procedi- ƒƒ determinar a eficácia em atender aos


mentos para realizar auditorias. Esses procedi- requisitos e objetivos;
mentos devem assegurar que o sistema de gestão ƒƒ atender a quaisquer requisitos contra-
avaliado esteja atendendo aos requisitos norma- tuais e regulamentares para auditoria;
tivos no critério pelo qual a organização está soli- ƒƒ prover uma oportunidade para melhor
citando sua certificação. o SGQ;
ƒƒ permitir a certificação e inclusão em
Atenção uma lista de empresas certificadas;
Uma auditoria é um processo documentado, sis- ƒƒ qualificar fornecedores potenciais.
temático e independente para obter evidência
de auditoria e avaliá-la objetivamente para deter-
minar a extensão na qual os critérios de auditoria A auditoria de documentação (ou de inten-
são atendidos.
ção ou de adequação ou de escritório) – primeiro
estágio compara a documentação do sistema de
Auditorias são avaliações estruturadas e for- gestão da qualidade com as cláusulas da norma
mais. O termo ‘sistemático’ significa que a empre- ISO 9001. Se o auditado não tiver um sistema do-
sa deve planejar e documentar seu sistema de au- cumentado para um requisito mandatório da ISO
ditoria. Deve ter apoio e recursos da Alta Direção. 9001, uma não conformidade é emitida.
Auditorias devem ser realizadas de forma A auditoria deve estabelecer o grau em que
imparcial, o que requer auditores sem tendên- a intenção tenha sido colocada em prática, em
cias ou outras influências que possam afetar sua outras palavras, implementada. Em seguida, mas
objetividade. Por exemplo, ter responsabilidade igualmente importante à auditoria, deve avaliar
pelo trabalho que está sendo auditado, algum se a prática é eficaz em atingir os objetivos defi-
interesse oculto, participação num fornecedor ou nidos.
empresa de terceira parte em que se é designado O segundo (implementação) e terceiro (efi-
como auditor e existem conflitos de interesse. cácia) estágios são as partes ativas da auditoria,
Sempre estabeleça os objetivos da audito- nas quais o auditor verifica as práticas contra a
ria. Os objetivos da auditoria não são limitados documentação. Isto é normalmente chamado
à norma ISO 9001. Objetivos de auditoria claros de auditoria de conformidade. Caso um procedi-
ajudam a determinar o escopo e profundidade mento afirme que um processo deva operar de
da auditoria, bem como os recursos necessários. uma maneira particular e o auditor observa que
Sendo claro nos objetivos, obtêm-se foco e ajuda o processo opera de outra maneira, então a não
os auditores a não se distrair e tomar trilhas des- conformidade será contra o procedimento. Visto
necessárias além do escopo da auditoria. que a avaliação geral é contra a norma, a cláusula
Os objetivos da auditoria incluem: relevante da ISO 9001 também será referenciada.
Uma auditoria passa por três estágios dis-
ƒƒ avaliação da conformidade da docu- tintos, que o sistema de auditoria deve reconhe-
mentação com a ISO 9001; cer. Como exemplo, uma auditoria em fornecedor
ƒƒ julgar a conformidade da implementa- requer conformidade com a ISO 9001.
ção com a documentação;

18
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

Após confirmar essa intenção com a Alta As certificadoras estabelecem regras para
Direção da organização, o auditor precisa de in- um planejamento de auditorias, para atender a
formações de como essa organização cumpre a todas as etapas previstas para uma auditoria, con-
norma. Essas evidências podem ser produzidas forme definidas nas normas ISO/IEC 17021:2011
na forma de um manual da qualidade a ser avalia- e NBR ISO 19011:2012. O líder da equipe tem a
do pelo auditor, para verificar se o sistema defini- responsabilidade para planejar, realizar e relatar a
do na documentação está em conformidade com auditoria, seguindo essas regras e diretrizes.
a norma. O líder é apresentado aos objetivos e esco-
Este é o primeiro estágio da avaliação – a po da auditoria e, então, se requer que especifi-
auditoria de intenção ou auditoria da documen- que os recursos necessários para executar a au-
tação. Essa auditoria é normalmente realizada an- ditoria, em termos de dias de pessoal e número
tes de verificar a implementação. O órgão certifi- necessário de auditores, incluindo qualquer espe-
cador geralmente exigirá do auditado a correção cialidade técnica especial.
das não conformidades na documentação e dará Os auditores vão necessitar usar todos os
tempo suficiente (de 2 a 6 meses) para a imple- sentidos aplicáveis durante uma auditoria. Fami-
mentação antes de conduzir a auditoria de certi- liaridade com os tipos de processo em uma au-
ficação. ditoria vai permitir que os auditores determinem
O auditor precisa, então, visitar a organi- a conformidade mais rapidamente e com menos
zação e determinar o grau de conformidade das chance de dúvida do que se eles tivessem pouca
práticas atuais com o manual. Este é o segundo experiência no setor auditado.
estágio da avaliação – a auditoria de conformida-
de ou implementação. Definindo Objetivos, Escopo e Critérios de
O terceiro estágio é a avaliação da eficácia. Auditoria
Todas as constatações de auditoria são registra-
das e analisadas para avaliar o grau no qual as
Uma auditoria deve ser baseada em objeti-
atividades do SGQ planejado são realizadas e os
vos, escopo e critérios documentados. Os objeti-
resultados alcançados. Um número significante
vos da auditoria definem o que é para ser realiza-
de não conformidades menores, particularmente
do pela auditoria e podem incluir o seguinte:
quando registradas contra uma cláusula da nor-
ma, dará uma indicação de que o sistema não é
eficaz. Da mesma maneira, o registro de uma não ƒƒ determinação da extensão da confor-
conformidade maior indica falta de eficácia. midade do SGQ;
ƒƒ avaliação da capacidade em atender
aos requisitos normativos e legais;
Designando o Líder da Equipe de Auditoria
ƒƒ avaliação da eficácia do SGQ;
ƒƒ identificação de melhoria.
Convém que aqueles designados com a
responsabilidade para gerenciar o programa da
auditoria escolham o líder da equipe de auditoria O escopo da auditoria descreve a abran-
para uma auditoria específica. Onde uma audito- gência e os seus limites, tais como:
ria conjunta é realizada, é importante alcançar um
entendimento entre as organizações de auditoria ƒƒ requisitos aplicáveis da ISO 9001;
antes do início da auditoria sobre as responsabi-
ƒƒ localizações físicas – instalações, fábri-
lidades específicas de cada organização, particu-
cas, escritórios;
larmente com respeito à autoridade do líder da
ƒƒ unidades organizacionais – produtos,
equipe designada para a auditoria.
processos, departamentos, funções;

19
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

ƒƒ período de tempo coberto pela audito- ƒƒ requisitos estatutários e regulamenta-


ria. res;
ƒƒ independência da equipe de auditoria;
O critério de auditoria é usado como uma ƒƒ habilidade dos membros da equipe de
referência contra a qual a conformidade é de- auditoria;
terminada e pode incluir: ƒƒ idioma da auditoria e entendimento
das características sociais e culturais;
ƒƒ políticas e procedimentos; ƒƒ a necessidade de especialista;
ƒƒ normas e regulamentos; ƒƒ disponibilidade de membros compe-
ƒƒ requisitos da ISO 9001; tentes para a equipe de auditoria.
ƒƒ requisitos industriais.
Auditores em treinamento podem ser inclu-
O escopo e o critério de auditoria devem ser sos na equipe de auditoria, mas convém que não
determinados entre a empresa e o auditor líder, auditem sem direção ou orientação.
de acordo com os procedimentos do programa Qualquer equipe de auditoria normalmente
de auditoria. se divide para auditar individualmente. Cada au-
ditor necessitará de um guia e gerenciará o tem-
po com o auditado. Embora os auditores traba-
Determinando a Viabilidade da Auditoria
lhem separados, eles compartilham um objetivo
comum e se reúnem regularmente para avaliar o
Convém que a viabilidade da auditoria seja progresso de suas constatações.
determinada levando em conta fatores, tais como
a disponibilidade de:
Estabelecendo Contato Inicial com o Auditado

ƒƒ informações suficientes e apropriadas


para planejar a auditoria; Propósitos

ƒƒ cooperação adequada do auditado;


ƒƒ Obter informação sobre o tamanho da
ƒƒ tempo e recursos adequados.
organização.
ƒƒ Estabelecer canais de comunicação.
Selecionando a Equipe de Auditoria ƒƒ Confirmar a autoridade para conduzir a
auditoria.
O certificador e o líder da equipe seleciona- ƒƒ Informar sobre a duração proposta pela
rão a equipe de auditoria, seguindo critérios defi- auditoria.
nidos pela certificadora. A base para a escolha da ƒƒ Pedir acesso a documentos pertinentes.
equipe pode variar nos seguintes aspectos:
ƒƒ Determinar as regras de segurança.
ƒƒ Fazer arranjos para a auditoria.
ƒƒ objetivos, escopo, critério e duração da
auditoria; ƒƒ Concordar com a participação de ob-
servadores e guias.
ƒƒ se a auditoria é integrada;
ƒƒ competência global necessária da equi-
pe de auditoria;

20
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

Pré-Auditoria ƒƒ avaliar o grau de preparação e coopera-


ção dos colaboradores da organização;
É útil para: ƒƒ identificar quaisquer necessidades es-
peciais.
ƒƒ esclarecimento do escopo da auditoria;
ƒƒ acordo sobre os procedimentos a se-
Em resumo, o objetivo da pré-auditoria é
rem usados;
entender o escopo e o objetivo da auditoria, re-
ƒƒ solução de problemas de comunicação; solver qualquer mal-entendido e, ainda, analisar
ƒƒ visita rápida para avaliar escala e layout fatores como tempo, custos, distância, disponibi-
da empresa; lidade do pessoal etc.
ƒƒ realizar análise crítica da documenta-
ção;

2.3 Análise Crítica da Documentação

A documentação pode incluir documentos Caso a documentação seja considerada ina-


e registros relevantes do sistema de gestão e a dequada, o líder da equipe de auditoria informará
análise crítica deve levar em consideração tama- o auditado, que tomará a decisão de continuar a
nho, natureza e complexidade da organização, e auditoria ou suspendê-la até que as deficiências
os objetivos e o escopo da auditoria. sejam resolvidas.

2.4 Preparando o Plano da Auditoria

O líder da equipe de auditoria tem a respon- ƒƒ as datas e os locais onde as atividades


sabilidade de preparar um plano de auditoria, que serão realizadas;
dará base para a equipe de auditoria e o auditado ƒƒ o horário e a duração esperados das
sobre a condução da auditoria. A quantidade de atividades, incluindo tempo para reu-
detalhes no plano de auditoria deverá refletir o niões;
escopo e complexidade da auditoria. ƒƒ as funções e as responsabilidades dos
O plano de auditoria deve ser flexível, ou membros da equipe.
seja, deve permitir alterações no escopo da au-
ditoria, que podem ser necessárias conforme as
O planejamento da auditoria também de-
atividades de auditoria se desenvolvem. É de res-
verá suprir, conforme apropriado:
ponsabilidade do líder a flexibilidade para per-
mitir alcançar os objetivos e escopo da auditoria
ƒƒ a identificação do representante do au-
sem que o tempo acordado seja comprometido.
ditado;
O planejamento da auditoria deverá suprir:
ƒƒ o idioma de trabalho;
ƒƒ os objetivos da auditoria, os critérios e ƒƒ arranjos de logística;
os documentos; ƒƒ requisitos de confidencialidade;
ƒƒ o escopo da auditoria; ƒƒ ações de acompanhamento de audito-
ria.

21
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

2.5 Não Conformidades

Quando não conformidades forem encon- Durante o processo de tomada de decisão,


tradas em qualquer organização, seja durante a se qualquer site tiver uma não conformidade, a
auditoria interna ou externa, a organização deve- certificação deve ser negada para a matriz e as fi-
rá identificar a causa raiz do problema detectado liais até que as ações sejam devidamente solucio-
e fazer um plano de ação para eliminar as causas, nadas dentro dos prazos estabelecidos.
podendo ainda estender para outras filiais, caso Não deve ser admissível que, para superar o
existam. obstáculo levantado pela existência de uma não
É importante que a certificadora solicite à conformidade em um único site, a organização
organização a análise crítica das não conformi- procure excluir do escopo o site “problemático”
dades, para determinar se elas indicam uma falha durante o processo de certificação. Tal exclusão
sistêmica ou não a todos os sites. Em caso positi- pode somente ser acordada com antecedên-
vo, a ação corretiva deverá ser realizada e verifica- cia (veja cláusula 4.1.4 da norma NBR ISO/IEC
da tanto na matriz como nos sites (filiais) afetados. 17021:2011).

2.6 Documentos de Certificação

Os documentos para uma certificação de- ƒƒ o escopo para certificação;


vem ser emitidos de forma a cobrir todos os sites, ƒƒ total de funcionários envolvidos no es-
desde que cada site incluso no escopo da certifi- copo.
cação tenha sido auditado individualmente pelo
organismo de certificação ou auditado utilizan-
do-se abordagem de amostragem. Os documentos de certificação poderão
ser emitidos para a organização para cada site
A certificadora deverá fornecer os docu-
coberto pela certificação com a condição de que
mentos necessários para a certificação por qual-
estes contenham o mesmo escopo, se a matriz ou
quer meio a sua escolha. Esses documentos
quaisquer das filiais não atenderem às provisões
para certificação devem estar de acordo com os
necessárias para a manutenção da certificação. A
requisitos estabelecidos na ABNT NBR ISO/IEC
falha no fornecimento dessas informações será
17021:2011.
considerada pela certificadora como mau uso da
As informações mínimas necessárias que certificação e convém que o organismo aja con-
devem constar nos documentos são: sequentemente de acordo com os seus procedi-
mentos.
ƒƒ nome e endereço da matriz;
ƒƒ lista de todos os sites;

22
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

2.7 Amostragem

A amostragem para análise das filiais deve Auditoria de supervisão: convém que
representar no mínimo 25% do total que deverá o tamanho da amostra anual seja a raiz
quadrada do número de sites remotos
constar na lista de empresas certificadas; levan-
com 0,6 como um coeficiente (y=0,6 √x),
do em consideração os critérios mencionados a arredondado ao número inteiro superior.
seguir, convém que o restante seja escolhido de
Auditoria de Recertificação: convém
forma que as diferenças entre os sites seleciona- que o tamanho da amostra seja o mesmo
dos no período de validade do certificado sejam de uma auditoria inicial. Não obstante,
as maiores possíveis. quando o sistema de gestão demonstrar
ser eficaz num período de três anos, o
tamanho da amostra poderá ser reduzi-
ƒƒ Resultados de auditorias internas. do por um fator de 0,8, isto é: (y=0,8 √x),
ƒƒ Registros de reclamações. arredondado ao número inteiro superior
(INMETRO, 2010, p. 10).
ƒƒ Variações no tamanho dos sites.
ƒƒ Variações nas mudanças de procedi-
mentos. A certificadora deve definir em seu sistema
ƒƒ Complexidade do sistema de gestão. de gestão os níveis de risco das atividades, como
aplicado anteriormente, a matriz deverá ser audi-
ƒƒ Modificações desde a última auditoria.
tada na auditoria inicial de certificação e no míni-
ƒƒ Maturidade do sistema de gestão. mo anualmente como parte da supervisão.
ƒƒ Diferenças de cultura, idioma e requisi- Quando a organização tiver um sistema hie-
tos regulatórios. rárquico de filiais (por exemplo: escritório sede –
ƒƒ Dispersão geográfica. central, escritórios nacionais, escritórios regionais,
filiais locais), o modelo de amostragem para a au-
ditoria inicial, conforme definido anteriormente,
Tamanho da Amostra
se aplica a cada nível.

A certificadora deve ter um procedimento


Exemplos:
para definir as amostras a serem auditadas como
parte das auditorias de certificação, e registros so- 1 escritório sede: visitado em cada ciclo de audi-
bre cada solicitação de amostragem. O cálculo a toria
seguir é um exemplo baseado em uma atividade (inicial ou supervisão ou recertificação)
de pequeno a médio risco com menos de 50 em- 4 escritórios nacionais: amostra = 2: mínimo 1,
pregados em cada site. O número mínimo de sites aleatoriamente
a serem visitados por auditoria é de, segundo a 27 escritórios regionais: amostra = 6: mínimo 2,
NIT-DICOR-054: aleatoriamente
1.700 filiais locais: amostra = 42: mínimo 11, alea-
Auditoria inicial: convém que o tama- toriamente.
nho da amostra seja a raiz quadrada do
número de sites remotos: (y=√x), arre-
dondado ao número inteiro superior.

23
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

2.8 Tempo de Duração de uma Auditoria

A certificadora precisa estar preparada para O número total de empregados para todos
justificar o tempo utilizado nas auditorias quanto os turnos serve como base para determinar o
à sua política global de alocação de tempo de au- tempo de dias por auditor necessário para uma
ditoria. Normalmente, o número de auditores por certificação. A variação de tempo utilizado em
dia em cada site, incluindo a matriz, é calculado cada auditoria varia conforme tamanho, escopo,
para cada site. logística e complexidade da organização.
Observação: os sites que conduzem a maior As colunas com o tempo de auditor, a se-
parte dos processos ou processos críticos não po- guir, fornecem uma base de acordo com total de
derão ter redução. funcionário.

Tabela 3 – Guia para determinação do tempo de auditoria.

Número de Tempo de Auditor (dias de


Fatores de Adição Tempo
empregados auditor) para auditoria inicial
e Subtração Total de Auditor
Nota 1 Notas 2+4
1-10 2
11-25 3
26–45 4
46-65 5
66-85 6
86-125 7
126-175 8
176-275 9
276-425 10
426-625 11
626-875 12
876–1175 13
1176–1550 14
1551-2025 15
2026-2675 16
2676-3450 17
3451-4350 18
4351-5450 19
5451-6800 20
6801 –8500 21
8501-10700 22
> 10700 Seguir a progressão acima

24
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

Alguns fatores que requerem tempo adicio- ƒƒ processos envolvem uma única ativida-
nal de auditor poderiam ser: de geral;
ƒƒ maturidade do sistema de gestão;
ƒƒ logísticas complicadas envolvendo ƒƒ porcentagem alta de empregados que
mais de uma instalação; fazem as tarefas;
ƒƒ pessoal que fala mais de um idioma; ƒƒ atividades idênticas realizadas em to-
ƒƒ local muito grande para o número de dos os turnos.
empregados;
ƒƒ alto grau de regulamentação; Os fatores de adição poderão ser compen-
ƒƒ sistema que cubra processos altamente sados pelos fatores de subtração. Em todos os ca-
complexos; sos, quando são feitos ajustes no tempo forneci-
ƒƒ processos que envolvam uma combi- do nas colunas de tempo de alocação de auditor,
nação de hardware, software, processo deverão ser mantidas evidências e registros sufi-
e serviços. cientes para justificar as alterações.
É pouco provável que, com a soma total de
Alguns fatores que permitem menos tempo todas as alterações realizadas para uma organi-
de auditor poderiam ser: zação, considerando as diversas variáveis, esse
tempo seja reduzido a um tempo maior do que
30% do tempo definido nas colunas de tempo de
ƒƒ a organização não é responsável pelo
auditoria por auditor.
projeto;
A tabela, a seguir, ilustra a interação poten-
ƒƒ produto/processos com baixo risco;
cial de fatores de adição e de subtração em rela-
ƒƒ conhecimento anterior do sistema da ção ao tempo de auditor encontrado na tabela
organização; anterior.

Tabela 4 – Complexidade da organização/sistema.

Grande/Simples Grande/Complexa

Multi-site Multi-site
Poucos processos Muitos processos
Processos repetitivos Escopo grande
Escopo pequeno Processos exclusivos
Responsável pelo projeto
Ponto de partida da tabela de
tempo de auditor

Muitos processos
Poucos processos Responsável pelo projeto
Escopo pequeno Escopo grande
Processos repetitivos Processos exclusivos

Simples/Pequena Pequena/Complexa

25
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

2.9 Escopos de Acreditação

Esta relação de escopos de acreditação é são das Comunidades Europeias (Commission of


baseada na Nomenclatura Estatística para Ativi- European Communities) (CNIL, 2002).
dades Econômicas (NACE), publicada pela Comis-

Tabela 5 – Escopos de acreditação.

N° Descrição Código NACE


1 Agricultura, pesca A, B
2 Mineração e extrativismo C
3 Alimentos, bebidas e fumo DA
4 Têxteis e produtos têxteis DB
5 Couro e produtos de couro DC
6 Madeira e produtos de madeira DD
7 Polpa, papel e produtos de papel DE 21
8 Editoras DE 22.1
9 Empresas de impressão DE 22.2,3
10 Fabricação de coque e produtos refinados de petróleo DF 23.1,2
11 Combustível nuclear DF 23.3
12 Substâncias e produtos químicos e fibras DG menos 24.4
13 Produtos farmacêuticos DG 24.4
14 Borrachas e produtos plásticos DH
15 Produtos minerais não metálicos DI menos 26.5,6
16 Concreto, cimento, cal, gesso etc. DI 26.5,6
17 Metais básicos e produtos manufaturados de metal DJ
18 Máquinas e equipamentos DK
19 Equipamentos ópticos e elétricos DL
20 Construção naval DM 35.1
21 Aeroespacial DM 35.3
22 Outros equipamentos de transporte DM 34,35.2,4,5
23 Fabricações não classificadas em outros códigos DN 36
24 Reciclagem DN 37
25 Suprimento de energia elétrica E 40.1
26 Abastecimento de gás E 40.2
27 Abastecimento de água E 41,40.3
28 Construção F
Comércio atacado e varejo; conserto de veículos
29 automotores, motocicletas e bens de uso pessoal e G
doméstico
30 Hotéis e restaurantes H
31 Transporte, armazenagem e comunicação I
32 Intermediação financeira; bens imóveis; locação J,K 70, K 71
33 Tecnologia da informação K 72
34 Serviços de engenharia K 73, 74.2
35 Outros serviços K 74 menos K 74.2
36 Administração pública L
37 Educação M
38 Saúde e serviço social N
39 Outros serviços sociais O

26
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Certificação e Auditoria da Qualidade

Saiba mais

A norma NBR ISO/IEC 17021 possui diretrizes para uma certificadora, ou seja,
esta norma explica os passos que uma certificadora deve seguir para obter
sua acreditação e assim realizar serviços de auditoria nas organizações.

2.10 Resumo do Capítulo

O organismo de certificação deve fornecer informações para a organização sobre a aplicação das
normas pertinentes ao sistema de gestão antes de começar o processo de auditoria e convém não pros-
seguir se quaisquer das provisões não forem atendidas. Antes de começar o processo de auditoria, con-
vém que o organismo de certificação informe à organização que o certificado não será emitido se duran-
te a auditoria inicial forem detectadas não conformidades.
A certificação é o meio pelo qual o cliente (usuário do produto ou serviço) pode ter confiança numa
organização e é mais efetiva quando executada por um conceituado Organismo de Certificação sob as
regras de Acreditação Nacional. A evidência de que a certificação foi assim obtida deverá estar clara nos
certificados de aprovação e pelo uso de marcas de acreditação.

2.11 Atividades Propostas

1. Uma organização está buscando sua certificação em seu SGQ. As características da empresa
são:
ƒƒ possui 500 funcionários;
ƒƒ 350 funcionários realizam praticamente as mesmas atividades;
ƒƒ seu código NACE é o K70.

Responda:
a) Quanto tempo deverá ser alocado para essa auditoria, sendo que a aplicação máxima de
redução será limitada em 50% do máximo permitido?
b) Qual é a classificação econômica dessa empresa?

2. Indique 3 objetivos de auditoria e 3 variáveis na seleção da equipe de uma auditoria.

27
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS

Capítulo 1

1. Liderança.
Líderes estabelecem a unidade de propósitos e o rumo da organização. Convém que eles criem
e mantenham um ambiente interno no qual as pessoas possam estar totalmente envolvidas no
propósito de atingir os objetivos da organização.

2.

Adequação: verificar se a documentação atende aos requisitos normativos.


Conformidade: verificar se os processos cumprem os procedimentos.

Capítulo 2

1.
a) Sendo que o máximo permitido de redução é de 50%, isSo significa que o máximo de redu-
ção será de 15% do total de 12 dias, conforme a quantidade de funcionários estabelecidos
nas colunas de tempo de auditor.
O total de dias de auditoria será de: 10 dias.
b) A classificação econômica é intermediação financeira, bens imóveis, locação, ou seja, IAF
32.

29
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
Marcelo Amancio da Costa

2.

3 objetivos de auditoria:
ƒƒ determinar a eficácia em atender aos requisitos e objetivos;
ƒƒ atender a quaisquer requisitos contratuais e regulamentares para auditoria;
ƒƒ prover uma oportunidade para melhor o SGQ.

3 variáveis na seleção da equipe:


ƒƒ competência global necessária da equipe da auditoria;
ƒƒ requisitos estatutários e regulamentares;
ƒƒ independência da equipe de auditoria.

30
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
REFERÊNCIAS

ACADEMIA PEARSON. Gestão da qualidade. São Paulo: Pearson, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISSO 19011: diretrizes para auditorias de
sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro, nov. 2002.

______. NBR ISO 14001: sistemas da gestão ambiental – requisitos com orientações para uso. Rio de
Janeiro, dez. 2004.

______. NBR ISO 9001: sistemas de gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro, 2008.

______. NBR ISO/IEC 17021: avaliação de conformidade – requisitos para organismos que fornecem
auditoria e certificação de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, 2011.

CERQUEIRA, J. P.; MARTINS, M. C. Auditorias de sistemas de gestão ISO 9001, ISO 14001, OHSAS
18001, ISO/IEC 17025, SA 8000, ISO 19011. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.

______. NBR ISO 19011: diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, 2012.

COMMISSION NATIONALE DE L’INFORMATIQUE ET DES LIBERTÉS (CNIL). Commission. Official Journal of


the European Communities, 10 jan. 2002.

DAMAZIO, A. Administrando com a gestão pela qualidade total. Rio de Janeiro: Interciência, 1998.

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMATIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL (INMETRO). Norma


NIT-DICOR-054. Documentos mandatórios do IAF para a aplicação da ABNT NBR ISO/IEC 17021:2007 1ª
edição. Rio de Janeiro, fev. 2010.

______. Histórico dos certificados emitidos por mês e ano. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.
br/gestao9000/Rel_Certificados_Emitidos_Mes_Ano.asp?Chamador=INMETROCB25&tipo=INMETROE
XT>. Acesso em: out. 2012a.

______. Histórico das certificações concedidas por Estado da Federação. Disponível em: <http://
www.inmetro.gov.br/gestao9000/Rel_Cert_Emitidos_Loc_Geografica.asp?Chamador=INMETROCB25&ti
po=INMETROEXT>. Acesso em: out. 2012b.

MELLO, C. H. P. et al. ISO 9001:2008: sistema de gestão da qualidade para operações e serviços. São
Paulo: Atlas, 2009.

O’HANLON, T. Auditoria da qualidade – com base na ISO 9000:2000 – conformidade agregando valor.
São Paulo: Saraiva, 2011.

SEIFFERT, M. E. B. ISO 14001 sistemas de gestão ambiental: implantação objetiva e econômica. São
Paulo: Atlas, 2011.

31
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br

Você também pode gostar