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Certificação e
Auditoria da
Qualidade
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Certificação e Auditoria
da Qualidade, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmi-
co e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às)
alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 CONHECIMENTOS E HABILIDADES GERAIS DO AUDITOR DE SGQ E SGA............. 9
1.1 Princípios do Gerenciamento do Sistema da Qualidade/Bases/Histórico...............................................10
1.2 Gerenciamento da Qualidade..................................................................................................................................11
1.3 Oito Princípios de Gestão da Qualidade...............................................................................................................11
1.4 Benefícios do Sistema da Qualidade......................................................................................................................12
1.5 Estágios de Auditoria...................................................................................................................................................13
1.6 Tipos de Auditoria.........................................................................................................................................................13
1.7 Fases de Auditoria.........................................................................................................................................................13
1.8 Algumas Definições......................................................................................................................................................14
1.9 Qualificação do Auditor..............................................................................................................................................14
1.10 Atividades......................................................................................................................................................................14
1.11 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................16
1.12 Atividades Propostas.................................................................................................................................................16
O mundo necessita de muitos mecanismos para assegurar a manutenção do que nos resta do mun-
do em que vivemos, para que, no futuro próximo, possa haver ainda alguma maravilha para todos os
seres vivos.
As organizações cada vez mais buscam aumentar seus índices produtivos, aumentando, assim, o
consumo dos recursos naturais.
Um dos mecanismos que as organizações vêm utilizando voluntariamente é a certificação realiza-
da pelos organismos responsáveis, os quais são acreditados pelos órgãos reguladores de cada país, que
por sua vez são monitorados pelo International Acreditation Forum (IAF).
O processo de certificação das organizações é realizado em duas fases. Na primeira, é avaliado
como a empresa planejou e documentou o sistema de gestão, demonstrando principalmente o com-
prometimento da alta direção, que deve declarar a política da organização, a qual deverá nortear todo o
sistema de gestão de uma organização. Na segunda fase, os auditores deverão testar a eficácia do siste-
ma de gestão da empresa, avaliando o quanto está implementado tudo que foi documentado e o que
necessita ser controlado, para assegurar que todos os aspectos do sistema estão sendo bem gerenciados
e que as ações de melhorias sejam planejadas e implementadas.
Um fator fundamental para que esse mecanismo seja eficiente depende em grande parte da com-
petência dos auditores de sistema, os quais devem ampliar seus conhecimentos e habilidades por meio
de educação, treinamentos e experiência.
Histórico
Caro(a) aluno(a), saiba que, no Brasil, temos 5.166 empresas que possuem certificação em seu sis-
tema de gestão da qualidade, conforme pesquisa realizada junto ao sítio do Instituto Nacional de Me-
trologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) em setembro de 2012. O banco de dados do
Inmetro revela que, hoje, possuímos a seguinte distribuição de certificados ao longo dos meses e anos,
demonstrada na Tabela 1, a seguir:
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2001 30 10 18 33 36 43 21 41 27 47 74 77 457
2002 93 51 107 112 106 115 149 151 155 148 178 351 1716
2003 227 183 201 288 343 313 376 373 350 483 559 818 4514
2004 487 247 291 280 250 208 241 218 258 248 295 446 3469
2005 378 203 221 232 216 162 181 229 207 265 339 432 3065
2006 375 228 338 270 377 220 315 393 320 387 374 542 4139
2007 380 291 366 319 171 317 309 324 224 311 267 330 3609
2008 340 243 274 250 222 245 305 288 316 332 255 385 3455
2009 338 239 325 261 168 154 241 220 331 457 303 578 3615
2010 311 262 435 294 235 254 176 306 200 209 344 256 3282
2011 177 124 184 121 156 118 199 156 176 223 78 119 1831
A norma da Organização Internacional para Padronização (ISO) 9001 é base para as demais normas
de gestão e, hoje, a versão atual é a de 2008, a qual pode facilmente ser integrada a outras normas de
gestão, o que tem sido uma tendência nas organizações.
Essas normas de gestão possuem adesão voluntária pelas empresas, porém em muitos casos torna-
-se obrigatória para algumas organizações uma certificação compulsória estabelecida por imposição de
alguns países como exigência para exportação, solicitação de clientes ou por exigências das partes inte-
ressadas1.
Para que todas estas certificações tornem-se possíveis, é necessário que haja auditorias periódicas
sem o caráter de legalidade, mas de conformidade2.
1
As partes interessadas são: governo, órgãos reguladores, acionistas, bancos, sociedade, empregados, clientes.
2
Legalidade: obediência às leis aplicáveis. Conformidade é o atendimento aos requisitos normativos.
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Certificação e Auditoria da Qualidade
Caro(a) aluno(a), o objetivo aqui é apresentar considerações, estudos, textos, declarações de es-
pecialistas quanto à importância da implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), bem
como quais são os passos para se obter uma certificação do SGQ e qual é a qualificação dos auditores
responsáveis por emitir ou não uma recomendação para essas certificações, visto que, no país como um
todo, temos certificações conforme demonstração na tabela anteriormente elaborada e disponibilizada
no sítio do Inmetro.
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CONHECIMENTOS E HABILIDADES
1 GERAIS DO AUDITOR DE SGQ E SGA
O auditor de SGQ e SGA deve: aplicar os logia ambiental, princípios de Gestão Ambiental
princípios, procedimentos e técnicas da auditoria; e sua aplicação, ferramentas de Gestão Ambien-
planejar e organizar o trabalho eficazmente; con- tal e sua aplicação (avaliação de aspecto/impacto;
duzir a auditoria dentro dos prazos estabelecidos; avaliação do ciclo de vida; avaliação de desempe-
priorizar e focar os pontos de maior relevância; nho).
coletar evidências de auditoria objetivas; com-
preender a amostragem e suas limitações; verifi- Atenção
car a precisão da informação coletada; avaliar a
adequação da evidência de auditoria e outros fa- O conhecimento da ciência e terminologia am-
tores que afetam as constatações e conclusões de biental inclui fatores importantes sobre o impac-
to das atividades humanas sobre o ambiente,
auditoria; utilizar documentos de trabalho para a interação dos ecossistemas, meios (ar, água,
registrar atividades durante a auditoria; manter a terra), gestão dos recursos naturais, métodos de
confidencialidade e a segurança das informações; proteção ambiental.
e comunicar-se eficazmente.
Um auditor deve aplicar os conceitos de O auditor deve ter conhecimento e habi-
sistema a diferentes organizações, interagir entre lidade em:
os componentes do sistema, conhecer padrões,
procedimentos aplicáveis e outros documentos, 1. princípios, procedimentos e técnicas
reconhecer diferenças e prioridades dos docu- da auditoria: o auditor necessita com-
mentos de referência, aplicar documentos de re- preender, de forma clara, que seu papel
ferência a diferentes situações de auditoria, siste- é o de agregar valor para as partes in-
mas de informação e tecnologia para controle de teressadas, e isto implica saber como
documentos, dados e informações. conduzir bem uma auditoria, bem
O conhecimento que um auditor deve ob- como entender sobre suas questões
ter está relacionado às situações organizacionais éticas, profissionais, evitando conflitos
– tamanho, estrutura, funções – e relacionamen- de interesses, mantendo a confidencia-
tos organizacionais – terminologia e processos lidade dos processos que auditar;
gerais do negócio, costumes sociais e culturais do 2. sistemas de gestão e devida docu-
auditado, legislação, regulamentos e outros re- mentação: os auditores precisam com-
quisitos relevantes para as disciplinas de Sistema preender o que é um sistema de ges-
de Gestão Ambiental (SGA), códigos, leis e regula- tão e quais níveis de documentações
mentações locais, regionais e nacionais, contratos fazem parte de um sistema. Um SGA
e acordos, tratados e convenções internacionais, consiste na compreensão do que as
e outros requisitos aplicáveis à organização. partes interessadas esperam da organi-
Quanto às habilidades e conhecimentos zação e, para que isso possa ter efeito, é
específicos, o conhecimento dos métodos e téc- necessário que a Alta Direção da orga-
nicas da Gestão Ambiental deve incluir termino- nização entenda sua responsabilidade
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Certificação e Auditoria da Qualidade
6. Melhoria contínua.
7. Abordagem factual à tomada de deci- Pessoas de todos os níveis são a essência de
são. uma organização e seu total envolvimento possi-
bilita que as suas habilidades sejam usadas para o
8. Relacionamento mutuamente benéfi-
benefício da organização.
co com fornecedores.
Abordagem de Sistema para Gestão por
Organização com Foco no Cliente Processos
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Convém que a melhoria contínua do de- Uma organização e seus fornecedores são
sempenho global da organização seja seu objeti- interdependentes e uma relação de benefícios
vo permanente. mútuos aumenta a capacidade de ambos em
agregar valor.
Abordagem Efetiva para Tomada de Decisão
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Certificação e Auditoria da Qualidade
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1.10 Atividades
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Certificação e Auditoria da Qualidade
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1. Descreva um princípio de gestão que é fundamental para que uma organização estabeleça um
SGQ que possa ser certificado com base nos critérios das certificadoras.
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CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE
2 GESTÃO DA QUALIDADE
Caro(a) aluno(a), nesta seção, você irá estu- A certificação é o meio pelo qual o cliente
dar sobre a certificação dos Sistemas de Gestão, a (usuário do produto ou serviço) pode ter confian-
qual atesta a conformidade do modelo de gestão ça numa organização e é mais efetiva quando exe-
das empresas que fabricam e/ou prestam servi- cutada por um conceituado Organismo de Certi-
ços, no que diz respeito aos requisitos normati- ficação sob as regras de Acreditação Nacional. A
vos. Os sistemas que possuem um maior número evidência de que a certificação foi assim obtida
de certificações de gestão são os SGQs, com base deverá estar clara nos Certificados de Aprovação
na norma NBR ISO 9001, e os SGAs, conforme a e pelo uso de marcas de acreditação.
norma NBR ISO 14001. Caro(a) aluno(a), para que uma Certificado-
Existem, no entanto, outros sistemas de ra de Sistema de Gestão possa atuar no mercado
gestão, também passíveis de certificação, oriun- com credibilidade, é necessário que ela seja im-
dos de iniciativas setoriais, como os sistemas de- parcial em suas atividades, isto é, ela não poderá
senhados pelas normas do setor automobilístico. realizar atividades de consultoria ou assessoria.
A acreditação é o meio pelo qual uma orga- A certificadora necessita prover as empresas
nização pode ter confiança num organismo cer- de informações referentes aos padrões normati-
tificador e é efetiva quando outorgada por uma vos para os sistemas de gestão. Um dos primeiros
autoridade nacional de controle, como o Inmetro passos para o processo de avaliação é informar à
(Brasil), ANSI-ASQ National Accreditation Board empresa que o certificado somente será emitido
(ANAB – Estados Unidos) ou United Kingdom Ac- se não houver não conformidades.
creditation Service (UKAS – Inglaterra).
Caro(a) aluno(a), os procedimentos das cer- os sites de uma organização que ope-
tificadoras devem assegurar que a análise crítica ram o mesmo tipo de atividade;
de um novo contrato identifique a complexidade a condução de processos similares;
e escala das atividades cobertas pelo sistema de se a amostragem poderá ser aplicada a
gestão da organização que está pleiteando uma cada site individualmente;
certificação.
quais os sites que a organização quer in-
Estes são alguns pontos que a certificadora cluir no certificado e aqueles que serão
necessita verificar antes de realizar a certificação: excluídos.
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2.2 Auditoria
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Após confirmar essa intenção com a Alta As certificadoras estabelecem regras para
Direção da organização, o auditor precisa de in- um planejamento de auditorias, para atender a
formações de como essa organização cumpre a todas as etapas previstas para uma auditoria, con-
norma. Essas evidências podem ser produzidas forme definidas nas normas ISO/IEC 17021:2011
na forma de um manual da qualidade a ser avalia- e NBR ISO 19011:2012. O líder da equipe tem a
do pelo auditor, para verificar se o sistema defini- responsabilidade para planejar, realizar e relatar a
do na documentação está em conformidade com auditoria, seguindo essas regras e diretrizes.
a norma. O líder é apresentado aos objetivos e esco-
Este é o primeiro estágio da avaliação – a po da auditoria e, então, se requer que especifi-
auditoria de intenção ou auditoria da documen- que os recursos necessários para executar a au-
tação. Essa auditoria é normalmente realizada an- ditoria, em termos de dias de pessoal e número
tes de verificar a implementação. O órgão certifi- necessário de auditores, incluindo qualquer espe-
cador geralmente exigirá do auditado a correção cialidade técnica especial.
das não conformidades na documentação e dará Os auditores vão necessitar usar todos os
tempo suficiente (de 2 a 6 meses) para a imple- sentidos aplicáveis durante uma auditoria. Fami-
mentação antes de conduzir a auditoria de certi- liaridade com os tipos de processo em uma au-
ficação. ditoria vai permitir que os auditores determinem
O auditor precisa, então, visitar a organi- a conformidade mais rapidamente e com menos
zação e determinar o grau de conformidade das chance de dúvida do que se eles tivessem pouca
práticas atuais com o manual. Este é o segundo experiência no setor auditado.
estágio da avaliação – a auditoria de conformida-
de ou implementação. Definindo Objetivos, Escopo e Critérios de
O terceiro estágio é a avaliação da eficácia. Auditoria
Todas as constatações de auditoria são registra-
das e analisadas para avaliar o grau no qual as
Uma auditoria deve ser baseada em objeti-
atividades do SGQ planejado são realizadas e os
vos, escopo e critérios documentados. Os objeti-
resultados alcançados. Um número significante
vos da auditoria definem o que é para ser realiza-
de não conformidades menores, particularmente
do pela auditoria e podem incluir o seguinte:
quando registradas contra uma cláusula da nor-
ma, dará uma indicação de que o sistema não é
eficaz. Da mesma maneira, o registro de uma não determinação da extensão da confor-
conformidade maior indica falta de eficácia. midade do SGQ;
avaliação da capacidade em atender
aos requisitos normativos e legais;
Designando o Líder da Equipe de Auditoria
avaliação da eficácia do SGQ;
identificação de melhoria.
Convém que aqueles designados com a
responsabilidade para gerenciar o programa da
auditoria escolham o líder da equipe de auditoria O escopo da auditoria descreve a abran-
para uma auditoria específica. Onde uma audito- gência e os seus limites, tais como:
ria conjunta é realizada, é importante alcançar um
entendimento entre as organizações de auditoria requisitos aplicáveis da ISO 9001;
antes do início da auditoria sobre as responsabi-
localizações físicas – instalações, fábri-
lidades específicas de cada organização, particu-
cas, escritórios;
larmente com respeito à autoridade do líder da
unidades organizacionais – produtos,
equipe designada para a auditoria.
processos, departamentos, funções;
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2.7 Amostragem
A amostragem para análise das filiais deve Auditoria de supervisão: convém que
representar no mínimo 25% do total que deverá o tamanho da amostra anual seja a raiz
quadrada do número de sites remotos
constar na lista de empresas certificadas; levan-
com 0,6 como um coeficiente (y=0,6 √x),
do em consideração os critérios mencionados a arredondado ao número inteiro superior.
seguir, convém que o restante seja escolhido de
Auditoria de Recertificação: convém
forma que as diferenças entre os sites seleciona- que o tamanho da amostra seja o mesmo
dos no período de validade do certificado sejam de uma auditoria inicial. Não obstante,
as maiores possíveis. quando o sistema de gestão demonstrar
ser eficaz num período de três anos, o
tamanho da amostra poderá ser reduzi-
Resultados de auditorias internas. do por um fator de 0,8, isto é: (y=0,8 √x),
Registros de reclamações. arredondado ao número inteiro superior
(INMETRO, 2010, p. 10).
Variações no tamanho dos sites.
Variações nas mudanças de procedi-
mentos. A certificadora deve definir em seu sistema
Complexidade do sistema de gestão. de gestão os níveis de risco das atividades, como
aplicado anteriormente, a matriz deverá ser audi-
Modificações desde a última auditoria.
tada na auditoria inicial de certificação e no míni-
Maturidade do sistema de gestão. mo anualmente como parte da supervisão.
Diferenças de cultura, idioma e requisi- Quando a organização tiver um sistema hie-
tos regulatórios. rárquico de filiais (por exemplo: escritório sede –
Dispersão geográfica. central, escritórios nacionais, escritórios regionais,
filiais locais), o modelo de amostragem para a au-
ditoria inicial, conforme definido anteriormente,
Tamanho da Amostra
se aplica a cada nível.
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A certificadora precisa estar preparada para O número total de empregados para todos
justificar o tempo utilizado nas auditorias quanto os turnos serve como base para determinar o
à sua política global de alocação de tempo de au- tempo de dias por auditor necessário para uma
ditoria. Normalmente, o número de auditores por certificação. A variação de tempo utilizado em
dia em cada site, incluindo a matriz, é calculado cada auditoria varia conforme tamanho, escopo,
para cada site. logística e complexidade da organização.
Observação: os sites que conduzem a maior As colunas com o tempo de auditor, a se-
parte dos processos ou processos críticos não po- guir, fornecem uma base de acordo com total de
derão ter redução. funcionário.
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Alguns fatores que requerem tempo adicio- processos envolvem uma única ativida-
nal de auditor poderiam ser: de geral;
maturidade do sistema de gestão;
logísticas complicadas envolvendo porcentagem alta de empregados que
mais de uma instalação; fazem as tarefas;
pessoal que fala mais de um idioma; atividades idênticas realizadas em to-
local muito grande para o número de dos os turnos.
empregados;
alto grau de regulamentação; Os fatores de adição poderão ser compen-
sistema que cubra processos altamente sados pelos fatores de subtração. Em todos os ca-
complexos; sos, quando são feitos ajustes no tempo forneci-
processos que envolvam uma combi- do nas colunas de tempo de alocação de auditor,
nação de hardware, software, processo deverão ser mantidas evidências e registros sufi-
e serviços. cientes para justificar as alterações.
É pouco provável que, com a soma total de
Alguns fatores que permitem menos tempo todas as alterações realizadas para uma organi-
de auditor poderiam ser: zação, considerando as diversas variáveis, esse
tempo seja reduzido a um tempo maior do que
30% do tempo definido nas colunas de tempo de
a organização não é responsável pelo
auditoria por auditor.
projeto;
A tabela, a seguir, ilustra a interação poten-
produto/processos com baixo risco;
cial de fatores de adição e de subtração em rela-
conhecimento anterior do sistema da ção ao tempo de auditor encontrado na tabela
organização; anterior.
Grande/Simples Grande/Complexa
Multi-site Multi-site
Poucos processos Muitos processos
Processos repetitivos Escopo grande
Escopo pequeno Processos exclusivos
Responsável pelo projeto
Ponto de partida da tabela de
tempo de auditor
Muitos processos
Poucos processos Responsável pelo projeto
Escopo pequeno Escopo grande
Processos repetitivos Processos exclusivos
Simples/Pequena Pequena/Complexa
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Saiba mais
A norma NBR ISO/IEC 17021 possui diretrizes para uma certificadora, ou seja,
esta norma explica os passos que uma certificadora deve seguir para obter
sua acreditação e assim realizar serviços de auditoria nas organizações.
O organismo de certificação deve fornecer informações para a organização sobre a aplicação das
normas pertinentes ao sistema de gestão antes de começar o processo de auditoria e convém não pros-
seguir se quaisquer das provisões não forem atendidas. Antes de começar o processo de auditoria, con-
vém que o organismo de certificação informe à organização que o certificado não será emitido se duran-
te a auditoria inicial forem detectadas não conformidades.
A certificação é o meio pelo qual o cliente (usuário do produto ou serviço) pode ter confiança numa
organização e é mais efetiva quando executada por um conceituado Organismo de Certificação sob as
regras de Acreditação Nacional. A evidência de que a certificação foi assim obtida deverá estar clara nos
certificados de aprovação e pelo uso de marcas de acreditação.
1. Uma organização está buscando sua certificação em seu SGQ. As características da empresa
são:
possui 500 funcionários;
350 funcionários realizam praticamente as mesmas atividades;
seu código NACE é o K70.
Responda:
a) Quanto tempo deverá ser alocado para essa auditoria, sendo que a aplicação máxima de
redução será limitada em 50% do máximo permitido?
b) Qual é a classificação econômica dessa empresa?
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
Capítulo 1
1. Liderança.
Líderes estabelecem a unidade de propósitos e o rumo da organização. Convém que eles criem
e mantenham um ambiente interno no qual as pessoas possam estar totalmente envolvidas no
propósito de atingir os objetivos da organização.
2.
Capítulo 2
1.
a) Sendo que o máximo permitido de redução é de 50%, isSo significa que o máximo de redu-
ção será de 15% do total de 12 dias, conforme a quantidade de funcionários estabelecidos
nas colunas de tempo de auditor.
O total de dias de auditoria será de: 10 dias.
b) A classificação econômica é intermediação financeira, bens imóveis, locação, ou seja, IAF
32.
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2.
3 objetivos de auditoria:
determinar a eficácia em atender aos requisitos e objetivos;
atender a quaisquer requisitos contratuais e regulamentares para auditoria;
prover uma oportunidade para melhor o SGQ.
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REFERÊNCIAS
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Janeiro, dez. 2004.
______. NBR ISO 9001: sistemas de gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro, 2008.
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auditoria e certificação de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, 2011.
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MELLO, C. H. P. et al. ISO 9001:2008: sistema de gestão da qualidade para operações e serviços. São
Paulo: Atlas, 2009.
O’HANLON, T. Auditoria da qualidade – com base na ISO 9000:2000 – conformidade agregando valor.
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SEIFFERT, M. E. B. ISO 14001 sistemas de gestão ambiental: implantação objetiva e econômica. São
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