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do Brasil Ltda.
TECNOLOGIA DE
PROCESSAMENTO
DE ÓLEOS E
GORDURAS VEGETAIS
E DERIVADOS
2
F
0
2
42 2
S 1F F
2 t 10 0
G e 54 3
0 a
1 m
Engo Renato Dorsa
3a edição
2
Prefácio 3
Processo de Obtenção de Óleos e Gorduras Vegetais 4
Decanters para a Clarificação de Óleos de Prensagem 13
Planta para Extração de Óleo de Soja 22
Degomagem 28
Neutralização de Óleos Comestíveis 39
Cálculo de Dosagens no Refino - Sistemas de Dosagem 61
Redução do Consumo de Água de Lavagem 66
Winterização 76
Cisão de Borra 88
Perdas no Processo – Tratamento dos Efluentes 92
Branqueamento Contínuo 101
Desodorização 115
Recuperação de Calor em Desodorizadores 128
Recuperação de Ácidos Graxos - Tocoferóis 134
Sistemas de Vácuo não Poluentes 139
Hidrogenação 153
Fracionamento 170
Interesterificação 177
Lecitinas 202
Margarinas e Cremes Vegetais 211
Maionese 222
Proteína de Soja 228
Óleo de Soja Epoxidado 252
Estimativa de Custo para Processamento de Soja 257
Diversos - Dados Técnicos, Tabelas e Gráficos 274
3
TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO DE
ÓLEOS E GORDURAS VEGETAIS
PROCESSO DE OBTENÇÃO
DE ÓLEOS E GORDURAS VEGETAIS
I. Introdução:
Dada a importância dos óleos vegetais na dieta humana, além das inúmeras
aplicações industriais dos mesmos, foram desenvolvidos processos de extração e
purificação destes óleos.
a.) extração;
b.) refinação.
O processo aqui descrito tem como base a soja, mas é válido para a maior parte
das sementes oleaginosas comerciais (algodão, amendoim, palma, babaçu, milho,
girassol, canola, etc.).
As sementes oleaginosas são constituídas por uma parte fibrosa e outra oleosa.
Na soja, a fibra constitui cerca de 80%, e a parte oleosa 20%. Além disso, o grão
de soja tem parcela de umidade de 12 a 15%.
Visto que a colheita de grãos é sazonal, com época determinada pelo clima da
região produtora, todo o produto a ser trabalhado no ano é recebido e
armazenado durante um curto período do ano.
5
Para que o produto não sofra deterioração, deve ser seco até uma umidade pré-
determinada, para ser armazenado sob condições controladas (para a soja: 12%).
II.2. Pré-limpeza:
II.3. Preparação:
A soja passa inicialmente por moinhos quebradores (similares aos utilizados para
moagem de trigo), onde é reduzida, na primeira passagem a 1/2 grão, e na
segunda passagem a 1/4 de grão.
A seguir, a soja quebrada passa por uma peneira com aspiração, onde são
separados os finos (pó) e a casca residual (por aspiração).
Os mais comuns atualmente são do tipo esteira contínua, com ou sem caçambas
(Lurgi, De Smet, Crown), ou do tipo Rotocel/Carrossel (EMI, Krupp, French).
Para melhor efeito de extração, a miscela segue em contra corrente com a massa,
ou seja, a miscela mais concentrada lava a massa com maior teor de óleo. A
miscela com baixa concentração lava a massa com menor teor de óleo, sendo que
a massa à saída do extrator é lavada com hexana pura.
É composto por diversos estágios sobrepostos, por onde o farelo passa em fluxo
descendente ou em unidades separadas.
Compõe-se de condensadores tubulares resfriados à água (ou a ar), que tem por
função recuperar a hexana evaporada nos estágios de evaporação e
dessolventização. A aspiração dos gases provenientes do extrator e do
dessolventizador é feita por sistema de vácuo por ejetores a vapor situados após a
unidade de condensação.
Anti espumante
2
3
7 4
9
5
8
10
1 - Secagem 2 - Armazenagem
3 - Pré-limpeza 4 - Moinhos quebradores
5 - Condicionador 6 - Laminador
7 - Extrator 8 - Dessolventizador tostador
9 - Destilação 10 - Degomagem
9
A filtração de miscela tem por finalidade eliminar as farinetas que passam pelo
piso ou esteira filtrante do extrator e ficam na miscela. Estas farinetas, durante a
evaporação, se incrustam nos evaporadores o que dificulta o processo tornando
necessário o aumento da temperatura dos mesmos. Isto, além de dar cor mis
intensa ao óleo, faz com que a qualidade tanto do óleo como da lecitina seja
piores.
Sua separação é feita por hidratação com água quente e separação por
centrifugação sendo que o óleo degomado deve ser seco a vácuo e resfriado para
armazenagem ou transporte.
Além disso, vapor direto que é injetado no expander deve ser condensado e
subseqüentemente eliminado. Isto requer considerável consumo de energia e
custos, que devem ser avaliados.
Para sementes com alto teor de óleo como girassol, algodão, canola, oliva, é
utilizado o processo de pré prensagem onde boa parte do óleo é extraído
mecanicamente. Mesmo para a soja este processo pode ser utilizado apesar da
pouca quantidade de óleo que é extraída nesta etapa.
Uma parte da umidade presente nos grãos de soja é evaporada por descompressão
na saída da rosca de forma que os poros das células são abertos para a
subsequente extração por solvente.
EXTRAÇÃO DIRETA
PREPARAÇÃO
HEXANA
EXTRAÇÃO
EVAPORAÇÃO
DE MISCELA
AO DESSOLVENTIZADOR
PRÉ PRENSAGEM
DECANTER PRENSA
EXTRAÇÃO
EVAPORAÇÃO
DE MISCELA
AO DESSOLVENTIZADOR
hexana óleo
material sólido água
12
• Alta economia
• Redução do volume de resíduo a ser disposto
• Economia de espaço de estocagem para o bolo do filtro
• Baixos custos de operação e manutenção
• Drástica redução no espaço requerido quando da aplicação dos decanters
• Menores períodos de retorno de investimento
• Efeito de auto limpeza devido a descarga contínua de sólidos
• Operação simples
• Trabalho e custos de limpeza desnecessários
• Rápido ajuste dos parâmetros da máquina em caso de alterações de produto e
processo
• Modo de operação contínuo e automático
silo
peneira
condicionador
prensa
moinho
quebrador torta *
tela
vibratória sólidos **
água quente
sistema de
vácuo
tanque de secador
retenção
trocador
trocador
de calor
de calor óleo seco
decanter
trocador
de calor
sólidos do
decanter **
A adição previa de água ajuda a separação dos sólidos finos que então podem ser
separados a seguir no decanter. Os sólidos separados são normalmente
transportados através de um transportador tipo rosca sem fim para a extração por
solvente.
DECANTERS
O decanter é uma centrífuga horizontal com transportador tipo rosca, com tambor
cilindrico-cônico de parede fixa, para a separação contínua de sólidos em
suspensão.
O tambor tem uma forma cilindrico-cônica. Esta forma foi escolhida pois a
seção cilíndrica é bastante adequada para a clarificação do líquido e a seção
cônica do tambor é adequada a secagem dos sólidos.
A rosca sem fim gira a uma velocidade que é ligeiramente superior a velocidade
do tambor e transporta continuamente os sólidos separados para a extremidade
mais estreita do tambor. Devido a forma cônica do tambor, os sólidos são
15
Dados da máquina:
DECANTER CLARIFICADOR
TAMBOR
2
1
2
3 ROSCA
SECADOR A VÁCUO
Características:
• Operação contínua
• Evaporação otimizada da umidade residual
• Não há oxidação.
DESCRIÇÃO DO SISTEMA
• óleo bruto vindo da prensa passa através de uma tela vibratória de onde é
bombeado através de um hidrociclone separador de areia para o decanter de 3
fases.
• decantes separa o óleo bruto em óleo e lodo e aos mesmo tempo remove uma
quantidade substancial de sólidos.
• óleo é purificado em centrifugas auto limpantes na forma usual e em seguida
seco a vácuo e enviado aos tanques de estocagem.
• No lodo apenas uma quantidade insignificante de óleo é transferido para o
sistema de tratamento de água efluente passando antes por um tanque de
segurança (para recuperar eventuais perdas de óleos de vazamentos ou
limpeza da planta).
• Os sólidos (torta) é transportada e adicionada ao resíduo sólido da extração
para disposição.
DECANTER WESTFALIA
A proteção contra desgaste é do tipo soldado o que permite ser feito o reparo das
roscas localmente.
20
Cachos de frutos
hidrociclone
tanque intermediário
areia
areia
tela vibratória
tanque
decanter aquecedor
óleo
água sólidos
óleo clarificado
água (para a secagem)
sólidos
21
centrífuga clarificadora
22
Como resultado o óleo bruto apresentará elevada acidez livre, elevados índices
oxidativos e elevado conteúdo de gomas não hidratáveis. Um óleo bruto com
estas características é difícil de ser degomado. O óleo refinado resultante pode
ter sua qualidade comprometida, especialmente a estabilidade.
O quadro abaixo apresenta um resumo dos vários fatores acima mencionados que
influem na qualidade do óleo bruto.
1. Introdução
A planta descrita neste capítulo (ver Fig. 1) é projetada para produzir óleo bruto,
farelo de alto teor protéico, lecitina bruta e cascas torradas de soja
2. Tamanho do mercado
O consumo anual de óleo de soja se situa entre 26 kg/capita nos Estados Unidos,
17 kg/capita no Brasil, até 6 kg/capita na China.
(A produção de soja nos Estados Unidos na safra 93/94 foi de quase 50 milhões
de toneladas e o consumo de óleo de aproximadamente 6 milhões. A produção
de óleo de soja no Brasil neste mesmo período foi de pouco mais de 24 milhões
de toneladas).
3. Considerações Econômicas
Uma planta de extração de óleo com capacidade de 2.000 ton/dia tem um custo
operacional de aproximadamente US$15/ton; representa um alto custo de
investimento, pois requer que todo o equipamento elétrico seja a prova de
explosão devido aos vapores altamente explosivos de hexana, sempre presentes
na área de processo. Todos os equipamentos devem atender a NFPA Classe II,
Divisão 1 ou NP65 Standards.
- preço da soja
- custo do transporte
- preço da eneregia elétrica
- custo do combustível
- custo da hexana
4. Impacto social
Esta planta foi projetada para processar 2.000 ton de soja/dia contendo 18% de
óleo, 12% de umidade, 15% de grãos danificados. Irá produzir 1.600 ton/dia de
farelo com 44% de proteína ou 1.440 ton/dia de farelo com 49% de proteína ou o
equivalente a 1.200 ton/dia de proteína concentrada a 85%, 340 ton de óleo bruto
de soja, 14 ton de lecitina bruta, 160 ton de cascas.
Tabela 3. Utilidades
Item Equipamento Água Combustível Solvente Energia
m3/h (óleo) (hexana) (elétrica)
20oC MJ/h kg/h kWh
1 caldeira 60,0 66.500
2 torre resfriam.
3 extração 100
4 processo 0.8
Tabela 4. Custos de operação - Base: 7.200 horas por ano; capacidade anual de
processamento de 600.000 ton. de soja.
Item Consumo Custo Custo
por hora $ / ano $ / ton soja
soja 83,4 t 144.000.000 240
combustíveis 66.500 MJ 4.800.000 8,0
energia elétrica 2.500 kW 1.800.000 3,0
água 60 m3 432.000 0,7
hexana 100 kg 216.000 0,3
peças de manutenção 600.000 1,0
tratamento efluente 500.000 0,8
materiais auxiliares 320.000 0,5
mão de obra 1.800.000 3,0
Total de custos
diretos de operação 154.468.000 257,3
6. Descrição do processo
4. Equipamentos de extração para produzir óleo bruto e farelo por extração por
solvente e recuperação do solvente para re-uso.
5. Tratamento e equipamento para carregamento a granel e/ou ensaque de farelo
peletizado.
6. Equipamento para degomagem do óleo bruto, incluindo secagem de lecitina e
secagem e resfriamento do óleo degomado.
A soja vinda dos silos é ou: a) seca e aquecida, se forem descascadas para obter-
se farelo de alta proteína, ou b) diretamente enviada à preparação. Na seção de
preparação a soja é pesada e limpa em separadores gravimétricos, por
peneiramento e removidas as partículas metálicas através de separador
magnético.
Na produção de farelo de alta proteína, as cascas são separadas dos grãos após a
quebra por meio de separadores por aspiração, e as cascas, após moídas, são
enviadas a uma seção de tostagem, resfriadas e transportadas a um silo de casca.
A soja descascada é condicionada e laminada.
O óleo bruto é misturado com uma determinada percentagem de água quente para
flocular os fosfatideos, que são a seguir removidos em uma centrífuga; o óleo é
então seco e resfriado e transferido ao tanque de estocagem de óleo.
A lecitina bruta separada é seca, sob vácuo e aquecimento suave e então resfriada
e embalada em latões ou tambores.
DEGOMAGEM
água quente
gomas óleo
óleo bruto degomado
A tabela 3 mostra alguns óleos com seu conteúdo típico de gomas após a
degomagem com água. Estes dados se baseiam em refinarias européias.
2. DEGOMAGEM ÁCIDA
A grande vantagem deste processo é que instalações deste tipo podem ser
utilizadas tanto para a degomagem intensiva como para o refino alcalino
convencional. Esta instalação é ilustrada esquematicamente na figura 3.
Soda Água
Ácido Água
Vácuo
Óleo
bruto
viscosidade das gomas é tão alta que a descarga contínua dos separadores
centrífugos é freqüentemente problemática. Se o grau de neutralização é muito
alto, parte dos ácidos graxos serão neutralizados. Os sabões formados facilitam a
descarga das gomas da centrífuga mas aumentam drasticamente as perdas devido
à emulsificação.
Um misturador centrífugo deve ser usado novamente para misturar óleo e soda.
Um misturador estático pode ser usado para adicionas água de hidratação. A
hidratação se processa em cerca de 20 minutos em um tanque de retenção
equipado com agitadores e bafles. Tanto centrífugas de parede fixa como auto
limpantes são usadas para separar as gomas, embora a última seja a mais
indicada.
Como o óleo que sai da centrífuga ainda contém 0,3 a 0,5% de umidade, este
deve ser seco a vácuo antes da estocagem. Se o óleo for imediatamente
branqueado, isto não é sempre necessário.
As gomas separadas não podem ser usadas como lecitina para consumo humano
visto que são desnaturadas devido aos produtos químicos adicionados.
Entretanto, é possível adicioná-las ao farelo.
O óleo tratado desta forma tem ainda um conteúdo residual de fósforo, o que não
é o suficiente para o refino físico.
Lecitina
modificada Ácido
Óleo
bruto
Água quente
Soda
Vácuo
As gomas separadas com alto teor de óleo são recicladas através do óleo bruto ou
alimentadas diretamente no primeiro separador.
Após secagem final, é obtido um óleo que tem baixa umidade residual, baixo
conteúdo de fósforo e ferro. Este processo oferece a vantagem de alto
rendimento, baixos custos de operação e investimentos, além de eliminar
problemas de poluição.
Vácuo
Óleo
bruto
Este processo pode ser utilizado param todo tipo de óleo fornecendo um óleo
antes do refino físico com conteúdo de fósforo extremamente baixo (~5 p.p.m.).
Reator
de Enzima
Óleo
degomado
Óleo bruto
Vapor
• Dados de processo:
A quantidade de ácido a ser utilizada pode variar entre 0,05 e 0,2%, dependendo
da qualidade o óleo de soja (degomado) ou seja, do teor de fósforo residual.
Com referência ao excesso de soda podemos citar que para um óleo de soja com
~1% de acidez neutralizado com soda cáustica na concentração de ~20° Bé:
Após a neutralização óleo neutro possui ainda alto conteúdo de sabões que
devem ser removidos (400 a 700 ppm de sabões). Dependendo do conteúdo
residual de sabões requerido, um ou dois estágios de lavagem, serão necessários.
Em caso de óleo bruto com cor elevada, como óleo de semente de algodão, o
primeiro estágio pode também ser usado como um estágio de pré-refino para
clarear o óleo. Neste caso, um segundo tratamento com lixívia é necessário.
O óleo neutro tem ainda uma umidade residual (0,5%) após a separação final,
que é reduzida no secador à vácuo.
42
Descrição do funcionamento
a) Condicionamento
Este sistema propicia uma dosagem segura e contínua visto que qualquer
alteração nas condições de dosagem é detectada através do medidor indutivo.
b) Neutralização
Esta centrífuga é equipada com tambor de pratos para alta vazões e foi
especialmente projetada para a separação de substâncias pastosas (borras,
lecitinas) dos óleos comestíveis, dispondo também de rodetes (bombas
centrípetas) especiais.
Tanto as borras (sabões) separadas do óleo como o próprio óleo purificado saem
do tambor sob pressão, pressionados pelos rodetes centrípetos. Graças a estes
dispositivos o óleo centrifugado não entra praticamente em contato com o ar
externo, pois o rodete estacionário forma um selo hidráulico ao submergir no
líquido que gira com o tambor.
44
Deve-se praticar uma descarga parcial quando o material precipitado que não se
descarrega com a borra, ou as impurezas do óleo bruto encham o espaço de
acumulação de lodos, até o ponto de obstruir a descarga continua dos sabões.
Nas descargas parciais, o pistão axial desce rapidamente e deixa livre os orifícios
para a descarga de sólidos. Imediatamente são expulsas as partículas mais
pesadas, assim como uma parte mínima dos sabões. Nestas descargas não
ocorrem perdas de óleo. Por esta razão também não se interrompe o processo
durante as descargas parciais. A freqüência com que se efetuam as descargas
parciais depende do tipo e das características do produto, assim como das
condições de processo.
Especificamente nas máquinas dotadas de rodete com ajuste fino (fine tuner) esta
operação é substituída pelo reposicionamento automático do rodete antes da
descarga de forma a que o óleo refinado ocupe apenas uma pequena porção do
tambor e então executada a descarga (de forma a eliminar a perda do óleo contido
no tambor). O programador de descargas faz parte integrante do fornecimento da
centrífuga.
Este estágio pode ser usado tanto para re-refino como para lavagem.
a) Re-refino
O óleo bruto quando de alta acidez ou cor (por exemplo, óleo de algodão)
algumas vezes requer o re-refino ou seja, um segundo tratamento com solução de
soda cáustica. O óleo é aquecido até a temperatura requerida no trocador a
placas. A temperatura é mantida constante através do sistema de controle da
mesma forma como na etapa de neutralização. Do aquecedor, o óleo vai ao
misturador onde a mistura com a solução alcalina tem lugar. Este misturado
envia o óleo à segunda centrífuga. O sistema de dosagem de solução alcalina é
idêntico ao das etapas de condicionamento e neutralização.
b) Lavagem
A grande maioria dos óleos não requer o re-refino de forma que o segundo
estágio pode ser usado como lavagem. Neste caso o óleo e aquecido no trocador
a placas até a temperatura de lavagem. A água de lavagem abrandada (máximo 6
graus ingleses de dureza) é dosada na linha de óleo através de sistema similar ao
utilizado para o ácido/soda e vai ao misturador. O misturador envia a mistura
óleo/água a centrífuga onde a água e os sabões são separados do óleo. Esta
solução pode ser utilizada para diluir a borra ou enviada a um tanque de
decantação. O óleo lavado é bombeado pelo rodete da centrífuga para o estágio
seguinte.
b) Secagem
O óleo lavado é enviado ao secador a vácuo. Nesta linha existe uma válvula de
contra-pressão de forma a impedir que o óleo seja aspirado pelo vácuo existente
no secador. Um distribuidor especial no secador faz com que o óleo flua em
sentido descendente em cascata. Desta forma a evaporação da água é acelerada.
O óleo coletado no fundo do secador é bombeado para o tanque de óleo semi-
refinado ou para o processo subseqüente através de uma bomba. Um controle de
nível incorporado ao secador garante um nível constante de óleo no mesmo.
Secagem
a vácuo
Secagem
a vácuo
Neutralização Lavagem
48
Se o óleo for obtido também por prensagem, este pode ser misturado na
proporção adequada com a miscela diretamente obtida do extrator, antes do
estágio de destilação.
resulta num conteúdo de sabões no óleo neutro menor que 100 ppm após a
destilação da hexana, ou seja, isto significa que o óleo não precisa ser lavado. O
óleo neutro nos sabões é também menor que o resultante no método convencional
de refino.
Miscela
neutra
Borra
Miscela
50
Para isto é indispensável se ter uma umidade muito baixa no óleo a ser
processado (menor que 0,01%) para que se evite corrosão, não diluindo ou
abaixando a concentração do ácido.
Caso uma planta convencional seja utilizada para este processo, algumas
mudanças fundamentais deverão ser efetuadas, tais como:
• Análise e controle da umidade.
• Sistema de dosagem eficiente e seguro para o ácido sulfúrico a 96% de
concentração.
• Tempo de reação de 30 minutos em tanque em material resistente à
corrosão.
• Misturador de materiais especiais, tais como Hastelloy C 4.
H2SO4
NaOH
Para o
branqueamento
Clorofila
3
4
2
5
6 7
9 8
1 10 11
13 14
12
25
19
17 15 18
23
22 20
24 21
21
Figura 1
ALIMENTAÇÃO
DE PRODUTO
DESCARGA
DA FASE
LEVE FINE TUNER
ÁGUA DE DESCARGA
FLUSH DE
SÓLIDOS
DESCARGA
DA FASE
PESADA
1 Alimentação
5 2 Jogo de pratos
6 3 Rodete da fase leve
4
4 Rodete da fase pesada
5 Saída da fase leve
3 6 Saída da fase pesada
7 Câmara de sólidos
8 Dispositivo de diluição
7
Figura 2
8
53
3. MISTURADOR CENTRÍFUGO
5
1. Alimentação
4 2. Tambor do misturador
3. Rodete
2 4. Descarga
5. Carcaça
6. Dreno
1
3 Figura 3
manômetro
entrada de
produto
visor
flexível
Figura 4
dreno
54
2. Eficiência de Refinação:
Esta última fórmula dá uma idéia mais exata do resultado da neutralização, pois a
primeira não leva em consideração as impurezas dissolvidas no óleo bruto. Estas
impurezas, principalmente quando a acidez do óleo bruto for baixa, exercem uma
influencia considerável sobre o “Fator de Perda”.
1. Reagentes:
1.1 Éter de Petróleo, faixa de ebulição aprox. 40°C
1.2 Solução KOH, a 14 %
1.3 Álcool etílico, 50% em volume
2. Aparelhos:
2.1 1 copo bequer, volume 50 ml
2.2 2 funis separadores, volume 250 ml
2.3 Relógio
2.4 Pipeta, volume 10 ml
2.5 1 proveta, volume 50 ml
2.6 1 balão redondo, volume 250 ml, NS 29
2.7 Balança analítica
2.8 Estufa de secagem
2.9 Evaporador rotativo
2.10 Dessecador, com sílica gel ou cloreto de cálcio
55
3. Procedimento:
4. Avaliação:
5. Garantia de processo
As instalações Westfalia Separator modelo OER podem processar de 50 até
1.000 ton./dia de óleo ou gordura. A condição é que esses óleos e gorduras
estejam limpos e secos. Produtos de má qualidade e alto teor de FFA podem
causar redução de rendimento.
Para um teste de rendimento "em garantia" as características do óleo bruto não
devem ultrapassar:
1.) Acidez livre (FFA) 5,0 %.
2.) Impurezas 0,1 %.
3.) Gomas 0,5 %.
4.) Umidade 0,1 %.
Definição:
Procedimento:
Cálculo:
%Eficiência = quant. óleo refinado ÷ (quant. óleo bruto × %de óleo neutro) × 100
Objetivo:
Análise Máximo
Material insaponificável 1,5 %
Ácidos graxos livres 0,75 %
Umidade, material volátil e
impurezas insolúveis 0,3 %
Fósforo 0,02 %
Fosfatíteos ~ 0,6 %
(1) Pryde, E.H. em Handbook of Soy Oil Processing and Utilization, editado por
D. Erickson, E. Pryde, O.L. Brekke, T. Mounts, and R.A. Falb, American Oil
Chemists’ Society, Champaign, IL, 1980.
(2) Yearbook and Trading Rules, 1993 - 1994, National Oilseed Processors
Association (NOPA), Washington, DC.
60
Vamos considerar neste estudo os seguintes valores médios com base nas tabelas
acima:
Tendo em vista que o óleo bruto no caso estudado tem um teor de gomas de 2 %
e após a degomagem com água chegamos a um teor de gomas residuais de 0,5%
(fosfatídeos não hidratáveis) teremos como “perdas” a diferença de 1,5 % de
gomas separadas mais um total de 30 % de óleo arrastado nas gomas, ou seja:
PD = 2,14 %
PR = 2,18
PD+R = 4,27 %
PB = 4,10
∆ P = 0,17 %
Ainda, estes cálculos são baseados em perdas determinadas pelo método Wesson.
Porém este método foi suplantado pelo método denominado “Neutral Oil and
Loss Method (método AOCS Ca 9f-57) também conhecido como “perda
cromatográfica”. Este método determina a quantidade de óleo neutro,
consistindo dos triglicerídeos e insaponificáveis (componentes não polares), em
uma amostra de óleo, menos os componentes polares retidos em uma coluna
cromatográfica. Este componentes retidos são basicamente os ácidos graxos
livres e os fosfatídeos, que são os alvos na remoção pelo processo de refino.
62
va = vm × qa ÷ da ÷1000
onde :
vs = [( vm × ag × es ÷ ds ÷ cs ÷ fs ) + ( vm × qa × es ÷ ea ÷ ds ÷ cs ÷ 10 )]
× [ (Ex ÷ 100) + 1]
Onde :
vs = vazão de soda cáustica bruta em l/h
vm = vazão de óleo em Kg/h
ag = teor ácidos graxos livres em %
qa = dosagem de ácido em Kg/Ton
es = equivalente-grama da soda = cte. (= 40)
ds = densidade da soda bruta em Kg/l = cte. (= 1,5253)
cs = concentração da soda bruta em % = cte. (= 50)
fs = fator de cálculo para soja = 282,4
qa = dosagem de ácido em Kg/Ton
ca = concentração do ácido em % = cte. ( = 85)
ea = equivalente-grama do ácido = cte. ( = 49)
Ex = Excesso de soda em %
64
onde :
vl = vm × ql ÷ 87,3 e vv = vm × qv ÷ 87,3
onde :
a) Sistema simplificado:
Dosagem de água
Dosagem de de lavagem
Dosagem de ácido
fosfórico soda diluída
Secagem a vácuo
b) Sistema automatizado
No caso da soda cáustica, caso se deseje efetuar a diluição “on line” utilizamos
um sistema idêntico trabalhando com soda concentrada (50%) e uma linha de
água quente também dotada de medidor de vazão magnético e válvula de agulha
de controle.
Tanto a soda cáustica como a água quente dosadas em função da vazão de óleo
passam por um misturador estático onde é feita a diluição e em seguida a soda já
diluída na concentração pré determinada é injetada na linha de óleo antes do
misturador dinâmico.
Dosagem de água de
Dosagem de diluição/lavagem
Dosagem de ácido
fosfórico soda concentrada
Secagem a vácuo
Introdução:
Nos últimos anos foi proposto eliminar tolamente o uso da lavagem com água,
mediante a utilização de sílicas especiais junto com as terras de branqueamento,
o que permite reduzir o conteúdo de sabões no óleo neutro e ao mesmo tempo
melhorar a qualidade dos óleos refinados.
Instalações standard:
Secagem
a vácuo
Para evitar possíveis emulsões a água deve estar mais quente que o óleo. Em
planta de projeto antigo a dosagem de água se realizava com medidores de vazão
do tipo rotâmetro e válvula de regulagem manual. As plantas modernas contam
com um dispositivo de controle proporcional.
5
4
2
1. Alimentação
2. Tambor do misturador
1 3. Rodete
4. Descarga
3 5. Carcaça
6. Dreno
6
Se for requerida uma flexibilidade maior no sentido de poder processar todo tipo
de óleo, necessita-se indispensavelmente uma linha com dupla lavagem. Desta
maneira se consegue sem dificuldades um residual de 20 a 30 ppm de sabões.
Neste caso é possível operar-se com um volume total de água da ordem de 10%,
ou seja, 5% em cada etapa.
Secagem
a vácuo
Nos casos em que a borra de neutralização não seja cindida nas mesma planta,
mas que deva ser transportada para outro local ou seja usada para a produção de
sabões ou ainda agregada ao farelo, tenta-se obter a maior concentração possível
em matéria graxa. Isto significa que a água de lavagem não pode ser agregada à
borra e portanto deve ser disposta em separado. Nesta circunstância devem
implementar-se todas as medidas necessárias para reduzir ao consumo de água.
Se, entretanto, a planta conta com uma instalação de cisão, não haveria sentido
esta redução pois a borra deve ser diluída a 10 ou 15% de matéria graxa e para
tanto se utiliza a água de lavagem sem necessidade de usar água fresca.
a) Lavagem em contracorrente
ácido
Para descrever esta modalidade iremos nos referir ao óleo de soja, de acordo com
o seguinte esquema de processo:
Óleo: soja
Capacidade de processamento: 220 ton./dia
Sabões no óleo neutro: 100 a 150 ppm
Sabões na saída da lavadora: 50 a 100 ppm
Conclusões
Afirmamos aqui que usando duas etapas de lavagem e acidificando a água das
mesmas, o conteúdo final de sabões no óleo neutro pode chegar a valores tão
76
O que deve ser enfatizado finalmente é a flexibilidade de uma planta com pelo
menos uma etapa de lavagem, com a qual podem-se processar praticamente todo
tipo de óleo.
Processos de Winterização:
Antes da filtração é feita uma pré-capa no filtro com uma quantidade de auxiliar
filtrante que pode variar de 0,5 a 1 kg/m2 de área filtrante.
Neste processo reduz-se cerca de 90% das ceras, restando ainda uma quantidade
de aproximadamente 20 a 100 ppm. Torna-se portanto necessária a denominada
filtração de polimento.
Alguns óleos vegetais, como o óleo de girassol e o óleo de milho contém ceras
(álcoois graxos de cadeia longa), estearina e outras substâncias de alto ponto de
fusão que se cristalizam em baixas temperaturas, causando a turbidez do óleo. A
winterização é o processo utilizado na indústria de óleos vegetais para eliminar as
ceras e estearina.
Sumário:
1 - Introdução
2 - Qualidade do óleo
Porem este processo não possui uma vantagem significativa a partir do momento
em que se utiliza a winterização via úmida.
Estas substâncias (ceras) não são as únicas responsáveis pela turbidez do óleo
porém os ácidos graxos saturados palmítico e esteárico também o são.
Análises efetuadas em óleos de milho procedentes dos Estados Unidos, tratados
através do processo úmido demonstraram que a turbidez primária é atribuída a
resíduos de açúcar e amido gelatinizado. Isto explica as baixas taxas de filtração
de apenas 100 - 120 kg/m 2/h no caso do óleo de germe de arroz extraído por
processo úmido em oposição a cerca de 160 kg/m 2/h no caso do girassol, a
despeito do baixo conteúdo de ceras. Os cristais de açúcar e amido levam á
rápida oclusão do tecido filtrante.
3 - Descrição do processo
Todos os óleos listados no quadro 1 podem ser basicamente tratados polo mesmo
método.
Óleo de milho que não tenha sido pré degomado pode naturalmente ser refinado
através do processo convencional empregado nos Estados Unidos, ou seja, a soda
cáustica necessária à neutralização dos ácidos graxos é adicionada ao óleo bruto
na temperatura de aproximadamente 35oC. Após um tempo de residência de 5 a
10 minutos, o óleo é aquecido até cerca de 70oC e a borra é então separada.
Neste, uma certa quantidade de soda cáustica é adicionada ao óleo neutro ainda
quente, suficiente para formar um residual de sabões de 2500 ppm no caso de
girassol e milho e até 5000 ppm quando processados óleos com altos teores de
ceras. As partículas de sabão irão formar núcleos de cristalização e transferi-los
durante o processo de maturação para a água, adicionada simultaneamente com a
soda cáustica. Enquanto 2 a 3% de água é suficiente para os óleos de girassol e
milho, até 5% é requerido para óleos com maior conteúdo de ceras.
A soda cáustica é intensivamente misturada com o óleo ainda quente antes de ser
pré resfriado em um trocador a placas (com o óleo decerado em contracorrente).
A mistura é então resfriada até 5oC com água fria e enviada aos tanques de
cristalização que são equipados com agitadores de baixa rotação. Dependendo
do tamanho da planta são requerido 2 a 4 tanques em série, através dos quais o
óleo flue durante 8 horas. No caso dos óleos de girassol e milho, este tempo de
cristalização se mostrou adequado; para outros óleos listados no quadro 1 com
alto conteúdo de ceras, um tempo de 12 horas irá produzir melhores resultados.
Para reduzir a viscosidade do óleo, este é aquecido até 15 oC com água a 30oC e
então enviada ao separador no qual as ceras serão separadas juntamente com a
água.
82
O óleo bruto, não degomado é resfriado até 5 oC com água fria e em seguida
misturado com 1 a 3% de água e com a quantidade de soda calculada
estequiometricamente para neutralizar os ácidos graxos livres. A mistura passa
em seguida através dos tanques de cristalização equipados com agitadores de
baixa rotação. É requerido um tempo de cristalização de 12 horas.
processo é somente aceitável para os usuários que tem a refinaria junto com a
extração de forma a haver a possibilidade de adicionar a borra ao farelo.
M
Regenerador
M M M
Água
Água Vapor Água Vácuo
temperada
M M Óleo neutro
4 - Resultados
F.F.A Fósforo Umid./ Ceras Soma F.F.A Fósforo Umid. Sabões Ceras Rendim. Fator:
% ppm Impur. ppm % % ppm % ppm ppm % Soma
% Perdas
Óleo de girassol
Processo convenc. 1,40 110 0,20 2500 2,13 0,06 4 0,03 18 45 96,9 1,46
Refino a frio 1,50 92 0,20 2100 2,14 0,10 7 0,04 30 38 95,9 1,92
Óleo de milho
Processo convenc. 2.20 205 0,25 1800 3,14 0,04 5 0,04 28 44 95,4 1,47
Refinado a frio 2.50 400 0,25 250 3,8 0,11 6 0,04 28 24 93,7 1,66
Óleo de oliva
Processo convenc. 7,80 30 2,15 14000 11,4 0,09 5 0,05 36 61 81,4 1,63
Óleo de uva
Processo convenc. 3,10 35 1,2 22000 6,6 0,08 3 0,04 40 72 88,2 1,79
Tanto no caso do óleo de girassol como no de milho este valor permaneceu entre
42 e 53% enquanto que óleo ácido com 65 a 75% de ácidos graxos livres podem
ser esperados no processo convencional. As perdas aumentam
consideravelmente com o aumento do conteúdo de ácidos graxos livres no óleo
bruto, assim como cresce o volume de borras correspondentemente ao maior teor
de óleo neutro nas mesmas.
óleo no bolo filtrante são da mesma ordem e pelo menos duas pessoas são
necessárias para a operação dos grandes filtros, ocupadas constantemente na
limpeza de um dos filtros utilizados. Se a winterização úmida está integrada no
processo de refino, nenhuma mão de obra adicional é requerida no deceramento.
A experiência tem demonstrado que um óleo winterizado por via úmida nem
sempre atinge estes requerimentos de qualidade. As amostras apresentam-se
ainda límpidas após serem armazenadas por 24 horas a 0 oC, porém em alguns
casos, uma névoa se forma durante os três dias subsequentes a temperatura
ambiente, composta por um baixo residual de ceras no range de 100 ppm no
máximo.
A estabilidade a frio pode ser apenas garantida para todos os tipos de óleos se o
mesmo for submetido a uma filtração de polimento para remover os traços de
cera residual. Embora isto signifique um estágio adicional ao processo, o efeito
sobre a aplicabilidade da winterização via úmida é desprezível. Comparado com
o processo tradicional de winterização a seco usando filtros, a filtração de
polimento é muito fácil de ser efetuada.
Porém, como a winterização via úmida do óleo muitas vezes atingem plenamente
o objetivo, isto é, o óleo não necessitaria ser polido, deve ser considerado um
sistema contínuo de medição para medir o residual de ceras. Isto permitirá ao
operador decidir quando o polimento é ou não necessário.
Óleo
bruto
M M
Óleo neutro
e decerado
5 - Filtração de polimento
Devido ao baixo conteúdo normal de ceras residuais, pode ser atingido até 400
kg/m2/h com óleo de milho, comparado com 120 a 250 kg/m 2/h no processo via
seca, usando somente filtros.
Com óleo de oliva e uva, que são comparativamente mais viscosos em baixas
temperaturas, valores ao redor de 100 kg/m2/h são possíveis, embora deva ser
mencionado que a prévia winterização via úmida é um pré-requisito para a
winterização econômica destes óleos. Com o processo de winterização por
filtração, as taxas de filtração atingem somente 10 a 40 kg/m2/h.
Uma idéia que parece ser atrativa seria efetuar o polimento imediatamente após o
separador de deceramento. Isto significa que o óleo frio deixando a centrífuga e
que contém ainda um certo residual de ceras, é filtrado imediatamente sem
posterior resfriamento e cristalização.
Porém como o óleo centrifugado contém ainda 0,4 a 0,5% de umidade, a filtração
não é fácil. Requer uma pré-capa especial, um auxiliar de filtração especial e
cuidadosa seleção da malha filtrante.
Tentativas tem sido feitas com este sistema de filtração úmida em várias fábricas
porém até o momento sem resultados definitivos.
88
Filtro de placas
verticais
Óleo
winterizado
Cristalizado
r
Auxilair
Água gelada filtrante
Bomba de
pré-capa
CISÃO DE BORRA
Devido a não ser necessário quantidade adicional de soda para neutralizar o ácido
fosfórico, o processo de cisão requer correspondentemente menos ácido sulfúrico
para reduzir o valor do pH ao baixo nível necessário durante o processo de cisão.
90
tanque de
decantação
coluna de vapor
saponificação
trocador de calor água
ácida soda
cáustica
ar
A borra, cujo conteúdo de matéria graxa não deve superar 15 - 20% para uma
ótima cisão, é aquecida até aproximadamente 150oC em uma combinação
especial de trocadores de calor inicialmente em um arranjo em contracorrente
com o material saponificado e subseqüentemente com vapor. Uma válvula de
contrapressão colocada no final do circuito de saponificação garante que os
sabões sejam comprimidos até aproximadamente 10 bar pela bomba de
alimentação e borra.
No tanque de flash que se segue, pode ser diluída com água se necessário. Este
tanque é também utilizado como tanque pulmão do processo de cisão.
91
A cisão tem lugar em um tanque de reação no qual os sabões são misturados com
ácido sulfúrico concentrado. O ácido sulfúrico é o mais utilizado embora que o
ácido clorídrico seja também adequado. O ácido é adicionado através de uma
bomba que é conectada com um dispositivo de medição e controle de pH do
tanque. A cisão completa da borra requer um valor de pH de 2 a 3,5. O ácido é
misturado com o sabão através de um agitador ou com vapor direto.
O problema maior provocado pela água obtida no processo de cisão é o seu alto
conteúdo de sal o que significa que sua disposição tal qual é virtualmente
impossível em função das leis de proteção ambiental. Neste caso, um método
alternativo é a sua neutralização com cal hidratado. Isto produz um material
insolúvel que pode ser separado da água com um decanter. Entretanto, a
disposição deste material também pode ser problemática.
Em certos casos, um alto conteúdo de sulfato de sódio na água efluente pode ser
indesejável, porém cloreto de sódio pode ser relativamente aceitável. Neste caso
a cisão pode ser feita com ácido clorídrico em lugar do sulfúrico. Isto é tão
eficiente quanto caro, visto que requer materiais de melhor qualidade no que diz
respeito a proteção contra corrosão.
3. Perdas na lavagem:
Caso não seja utilizado nenhum método de economia de água de lavagem estas
perdas gerarão um efluente (água com óleos e sabões) com vazão da ordem de
10% da vazão da planta e cerca de 1000 ppm de matéria graxa.
4. Perdas na winterização:
Pw = 2 × C
(ou seja, o teor de óleo nas ceras será de ~ 50% base seca)
5. Perdas no branqueamento
Pb = 0,3 × Tt ÷ 100
Estas terras normalmente não tem aplicação e são consideradas como efluentes
sólidos da planta devendo ser descartadas (em algumas plantas ela é dosada ao
farelo).
6. Perdas na desodorização:
Pd = Ao + ∆ acidez
Pd = 0,2 + (0,15 × ∆ acidez) + ∆ acidez
Pd = 0,2 + 1,15 × 0,03
Pd = 0,235 %
Existe porém uma perda por arraste no sistema de vácuo que promove um
aumento do teor de óleos e graxas da ordem de 4 ppm por ciclo na água dos
condensadores. A água excedente da caixa barométrica (vapor dos ejetores +
95
A caixa barométrica assim como o desodorizador devem ser limpos a cada seis
meses o que, novamente gerará uma quantidade de efluente a ser neutralizado e
tratado.
Além das perdas por contaminação advinda do processo, o vapor condensado dos
ejetores também é contaminado gerando efluentes como abaixo:
Lavagem: água de lavagem (10 a 20% da vazão do óleo) com cerca de 1000
ppm de matéria graxa + água excedente do sistema de vácuo (~12 kg/ton óleo)
com até 1000 ppm de matéria graxa.
Desodorização: água excedente do sistema de vácuo (~72 kg/ton óleo) com até
1000 ppm de matéria graxa.
TRATAMENTO DE EFLUENTES
Há cerca de 35 anos atrás, mesmo em países com leis rigorosas como nos
Estados Unidos, se pensava assim, com resultados posteriores bastante funestos.
Somente nos últimos dez anos tem se dado a atenção devida ao tratamento de
efluentes de plantas de extração e refino. Lembramos que a poluição está muitas
vezes associada a perdas de processo o que onera duplamente o custo de
produção: nas perdas em sí e no tratamento.
Muito tem se dito e escrito a respeito do assunto, mas num ponto todos são
unânimes: para se tratar os efluentes devemos separá-los dos esgotos domésticos,
das águas de chuva, das águas de resfriamento (torres) e, quando os diversos
processos gerarem efluentes de características muito diferentes (como é o caso da
extração e do refino), pré trata-las em separado.
Alguns pontos básicos devem ser levados em consideração para termos uma
planta com baixa geração de efluentes, pelo menos em volume:
Extração1 Refinação2
DQO mgO2/l 350 4.500 – 12.000
DBO5 mgO2/l 185 2.000 – 4.500
pH 6,6 4,3 – 9,0 *
Óleos e graxas mgO2/l 25 800 – 2.000
Sólidos suspensos totais mgO2/l 40 450 – 1.000
Sólidos suspensos fixos mgO2/l 10 30 – 100
Sólidos suspensos voláteis mgO2/l 30 420 - 900
1 – Valores médios
2 – Faixa aproximada encontrada em diversos casos.
(*) certas operações de limpeza com soda cáustica podem gerar valores até mais altos.
efluentes gerados.
Por outro lado os efluentes de extração têm sido tratados, tradicionalmente, pelo
método de aeração prolongada por três motivos:
1. a principal fonte de contaminação são proteínas que, embora totalmente
biodegradáveis, são moléculas complexas que exigem tempos de retenção hi-
dráulica longos para assegurar a sua degradação;
2. a vazão é baixa (normalmente abaixo de 3,0 m3/h).
3. as fábricas de extração localizam-se normalmente próximas às áreas de cultivo
onde pode-se dar o luxo de inutilizar áreas relativamente grandes para a im-
plantação de lagoas.
Até há poucos anos, o óleo bruto costumava ser transportado das regiões
produtoras até os grandes centros de consumo onde era refinado, geralmente, sem
muita preocupação para a questão dos efluentes líquidos. Entretanto, com a
escalada dos custos de transporte, o crescimento econômico das próprias regiões
interioranas e outros fatores econômicos, tornou-se cada vez mais interessante o
deslocamento do processo de refino para as áreas de produção do grão onde, pa-
ralelamente, exerciam-se cada vez maiores pressões no âmbito da proteção do
meio ambiente. Diversas refinarias foram instaladas anexas a unidades de extra-
ção existentes desviando-se os efluentes de refino aos sistemas de lagoas de
aeração prolongada, de modo geral, com resultados menos que satisfatórios.
Al2(S04)3
efluente
tratado
lodo
neutralização flotador
floculação
coagulação
2) Dosagem de Polieletrólito
3) Vazão de Recirculação
P
s = sa a − 1
1
onde:
sa = Concentração de saturação a pressão atmosférica m3/m3
Pa = Pressão absoluta, Kgf/cm2
( Fstr ) × ( A / S )
Qr =
1,3 × s × f
Velocidade ascendente
Sa
30
25
Figura 2
20
15
10
0 10 20 30 40
T oC
102
%
sat. 70
60
50
Figura 3
40
30
20
1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
t
min.
Conclusões
BRANQUEAMENTO
Esta importante etapa do processo de refino de óleos vegetais tem como principal
finalidade a remoção de pigmentos indesejáveis.
Outras impurezas a serem eliminadas são os sabões (no caso de refino alcalino),
traços de metais pesados, produtos de oxidação e finalmente, fosfatídeos e
material insaponificável.
FUNÇÕES DO BRANQUEAMENTO
• Pigmentos (cor)
• Produtos de oxidação
• Fosfatídeos
• Sabões
• Traços de metais
Se para o óleo de soja a remoção dos pigmento que dão cor ao óleo não é o ponto
mais importante, em contrapartida os outros benefícios que se obtém podem ser
colocados na seguinte ordem de importância:
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
Dois filtros são fornecidos parta permitir o fluxo contínuo pelo processo.
Enquanto um filtro está em operação, o outro é mantido em espera até que o
primeiro necessite ser limpo por estar saturado de terra. A troca de filtros é feita
automaticamente.
2F02 2G06
2F01
2G09
2D04 2D05
2D02
2D01
2D03
2E02 2F05
2E01
411
2F03
2D06
411
2F04
5
Vapor
5
2G01
DIAGRAMA 1
Uma alta proporção de partículas finas irá obstruir a tela filtrante, diminuindo a
taxa de filtração e/ou interferindo na fixação do bolo filtrante, o que resultará em
uma alta retenção de óleo no mesmo bolo.
A grande maioria das terras pode ser retida na tela filtrante tipo holandês 24×110.
Entretanto, para as terras mais difíceis pode ser requerido um tecido filtrante
especial como o chamado PZ 80 S (Panzer).
A terra clarificante irá formar uma capa por recirculação mesmo sem a adição de
auxiliar filtrante quando a concentração de terra for de no mínimo 0,3%.
Uma média de concentração dos vários tipos de terra se situa na faixa de 0,3 e
3%.
DIAGRAMA 2
Normalmente estas placas devem ser executadas em aço inoxidável AISI 316L
(DIN 1.4404) com tela filtrante em liga especial AISI 316S.
110
A oxidação do óleo, auto ignição e altas perdas de óleos são três das possíveis
desvantagens no uso do ar/gás inerte em lugar do vapor.
DIAGRAMA 3
DIAGRAMA 4
Efeito da sílica
clorofila e
carotenos peróxidos
SÍLICA
Conclusões:
A troca de filtro deve iniciar tão logo a pressão diferencial atinja um máximo de
4.5 bar ou a vazão de produto seja muito baixa. O filtro pode ser também trocado
toda vez que a quantidade máxima de terras tenha sido retida (neste caso, levada
em conta a vazão total de óleo circulada e o conteúdo de terras).
O filtro fora de operação deve ser imediatamente limpo e preparado para nova
operação de modo a tê-lo disponível em caso de necessidade.
Toda vez que a válvula borboleta de descarga for aberta, o respectivo filtro deve
ser previamente despressurizado.
113
Quando o óleo for completamente drenado dos filtros, por exemplo, por ocasião
de parada da planta ou troca do tipo de óleo, então o óleo residual deve ser
transferido para o tanque de sopragem.
O óleo vindo dos filtros passa pelo tanque de nível e é transferido pela bomba de
descarga até o filtro de segurança e à desodorização ou, através de um resfriador,
até o tanque de estocagem de óleo branqueado.
Abrir a válvula de respiro (A-4) de forma que o filtro fique sob o mesmo vácuo
do reator/secador. Uma vez atingido o vácuo de 30 mbar, a bomba de
alimentação pode ser ligada e a válvula de alimentação do filtro (A-8) é aberta.
No início de operação recomenda-se que a válvula de recalque da bomba de
alimentação seja aberta lentamente com vazão controlada. Todas as outras
válvulas permanecem fechadas. Tão logo o tanque do filtro fique cheio de óleo,
o que pode ser visto através do visor superior e pelo sensor de fluxo (nível), a
válvula de recirculação é aberta (A-5). Em seguida é fechada a válvula de respiro
(A-4).
114
Para se obter um óleo limpo, uma camada inicial de terra deve ser depositada nas
placas filtrantes. As válvulas A-8 e A-5 são mantidas abertas e a bomba de
alimentação funciona continuamente até que o óleo passando através do visor de
saída seja visto totalmente limpo. Leva apenas 1 a 2 minutos para obter-se óleo
limpo, mas são necessários 5 a 10 minutos de recirculação para que se deposite
uma quantidade de terra suficiente de forma a obtermos uma capa estável.
c) Filtração
Uma vez que o óleo observado pelo visor esteja limpo e o tempo de recirculação
haja decorrido, a válvula de saída (A-6) será aberta e em seguida será fechada a
válvula de recirculação (A-5). O filtro agora estará efetuando a operação de
filtração e esta operação irá continuar até que a máxima pressão diferencial tenha
sido atingida e a quantidade máxima de bolo tenha sido atingida. Isto
normalmente demora algumas horas, dependendo da quantidade e tipo de terras e
outras impurezas presentes. A capacidade de retenção de terra do filtro é
fornecida em Kg de terra seca para cada modelo.
NOTAS:
- É importante que a válvula A-6 seja aberta primeiro e depois a válvula A-5
fechada, de modo a manter um fluxo ininterrupto através do bolo filtrante.
Aumentos súbitos de pressão podem desmanchar o bolo, causando filtrado com
suspensão.
- Caso o nível do reator chegue ao mínimo, a válvula A-5 deverá ser aberta e a
válvula A-6 deverá ser fechada. Neste caso o filtro volta à fase de recirculação
e isto deve continuar até que o nível normal do reator se restabeleça. Então a
válvula A-6 voltará a ser aberta e a válvula A-5 fechada, reiniciando-se a
operação de filtração.
B-9 são fechadas. O filtro B pode agora ser alimentado como descrito no item a:
a bomba de alimentação é religada e a válvula B-8 é aberta.
Quando o tanque do filtro estiver vazio, feche as válvulas A-9/B-9 e A-2 abra as
válvulas A-7 e A-3 e feche a válvula A-6. A pressão de vapor requerido para a
sopragem é de aproximadamente 2 a 3 bar man., temperatura de 130-140 graus e
o tempo para ótimos resultados é da ordem de 10 a 20 minutos.
Uma vez aberta a válvula borboleta podemos seguir com a descarga do bolo de
terra exaurida. Abra a válvula de entrada de ar no vibrador. O consumo de ar
será da ordem de 550/600 l/min na pressão de 5/6 bar. Quando o bolo está bem
seco, a descarga é instantânea e um minuto será suficiente para remover toda a
terra exaurida do filtro.
vapor ar/N2
A1 B1
ar ar
M M
A2 B2
A3 B3
V V
A4 B4
A5 B5
A6 B6
A A7 B7 B
A8 B8
A11 A9 B9 B11
saída do filtrado
A10
retorno
tanque de descarga
alimentação
117
DESODORIZAÇÃO
Esta etapa visa também uma melhoria no aspecto sabor, cor e estabilidade do
produto. Esta melhoria, porém só é possível se as etapas anteriores forem
realizadas corretamente, visto que deficiências de processos anteriores
dificilmente são totalmente corrigidas, afetando a qualidade final do produto.
O QUE É A DESODORIZAÇÃO
AS ETAPAS DO PROCESSO:
• Desaeração
• Aquecimento
• Retenção
• Resfriamento
118
OS TIPOS DE DESODORIZADOR:
Isto infelizmente não é possível pois, para se obter uma excelente qualidade,
todas as etapas do processo são igualmente importantes e devem ser executadas
corretamente pois, só assim, a desodorização poderá trazer os resultados
esperados.
A rancidez por hidrólise ou cizão dos triglicéridos de cadeia mais curtas e que
produz também alterações de sabor é mais acentuada em óleos que possuem este
tipo de triglicérido em maior escala (babaçu, por exemplo).
Isto pode ser obtido pelo estreito controle das condições de controle do processo
de desodorização propriamente dito, até o ponto em que o óleo se encontra em
condições de temperatura / atmosfera em que o processo de oxidação ou
deterioração atinja uma velocidade tão baixa que não venha a afetar a qualidade
do óleo ou gordura dentro de seu período ideal de vida ou validade.
121
1. PRESSÃO
Pv = K × Xn onde:
21
8.333 × 2 mm Hg = 0,005 mm Hg
Caso utilizemos outro gás inerte, por exemplo o nitrogênio (N 2) com peso
molecular 28 em lugar de 18, para manter as mesmas condições de processo
teremos:
X g de N2 ÷28g/mol = 8.333
Isto significa que necessitamos utilizar cerca de 55% mais nitrogênio para
obter o mesmo efeito na desodorização.
2. TEMPERATURA
- hidrólise ou cizão
- decomposição dos produtos de oxidação
- decomposição dos carotenóides
- isomerização
- polimerização
- pirólise
- interesterificação
Quanto maior for a temperatura do óleo, maior será a velocidade das reações
acima.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
Após este trocador o óleo segue para a unidade de desodorização. O óleo passa
pelos diferentes estágios do desodorizador, cada um dotado de sistema de
circulação de óleo com vapor direto e aquecido por serpentinas de vapor de alta
pressão provenientes do gerador de vapor de alta pressão 3D10.
Após escoar para o coletor de fundo do trocador de calor 3E02, será adicionado
ácido cítrico ao óleo desodorizado. Do fundo do trocador 3E02 o óleo é
bombeado para o trocador 3E03 (óleo/óleo) e em seguida através de filtro fino
para polimento do produto. A última etapa é o resfriamento através do trocador
3E04 operando com água de resfriamento.
DESODORIZAÇÃO CONTÍNUA
FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO
3G09
3D03
3E06
3E01
3D02 3F01
3G06
3D01
3E03
3F02
3G02
(3E03) 3D04
3G01
3G03
126
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
MODO DE OPERAÇÃO
• Desaeração
• Aquecimento por termo-sifão (regeneração de calor)
• Aquecimento até a temperatura de desodorização por vapor de alta pressão
• Desodorização
• Resfriamento por termo-sifão (regeneração de calor)
• Resfriamento indireto por água de resfriamento
127
EXEMPLO
Quando for atingido o tempo de retenção estipulado para a bandeja 1, esta será
drenada para a bandeja 2 pela abertura de válvula de fundo da bandeja 1. Um
sistema de controle interligado é programado no PLC para assegurar que a
bandeja 2 está completamente vazia permitindo a drenagem da bandeja 1.
F301
G305
D302
D 301
F 304
F 305 E 302
D310
E 303 G 307
F 302
G 310
E 301
Tanque de Tanque de
alimentação descarga
D 303
G 301 G 304 G 302
129
VANTAGENS:
DESVANTAGENS:
O desodorizador contínuo pode ser utilizado para diferentes produtos sem que as
desvantagens sejam relevantes:
A) Quando o número de trocas diárias for igual ou inferior a duas ou seja, num
mesmo dia o trabalho não será com mais de três tipos de óleo.
B) Quando a seqüência de troca se der entre produtos de características similares
(somente óleos, exceto babaçu/palmiste, ou somente gorduras de pontos de
fusão próximos).
C) Quando o número de trocas de produtos de características diferentes não
superar a uma por dia, independente do tipo de produto.
D) Quando o equipamento tem uma grande folga de capacidade permitindo
esvaziamento e reinicio, e a regeneração não afetar de forma impeditiva o
custo do produto.
130
regeneração
Sistema com
regeneração de calor
Sistema clássico
interna
aquecimento
aquecimento
desodorização
desodorização
regeneração
resfriamento
resfriamento
Fig. 1
131
250°C
∆t2
145°C
∆ t1
40°C
Q1 = m × Cp × ∆ t 1 = m × Cp × ∆ t 2
∆t1=∆t2
(145 - 40) = (250 - 145) = 110 °C
Q total = f (250 - 40) = 210 °C
Q recup. = f (145 - 40) = 105 °C
η = Q recup. ÷ Q total = 105 ÷ 210 = ½ = 50%
250°C
∆t2
210°C 145°C
20°C
135°C
∆ t1
40°C
∆t2
250°C
180°C 180°C
110°C 70°C
40°C 70°C
∆t2
250°C
185°C
185°C
120°C
170°C
65°C
40°C 105°C
65°C
250°C
197.5°C
145°C 52.5°C
52.5°C
40°C
52.5°C
250°C
∆T = 35°C
∆t2 215°C
115°C
∆ t1
80°C
Estas são características dos anéis construídos em aço inoxidável AISI 316
quimicamente resistente ao ácido graxo e aos produtos de limpeza normalmente
usados (soda cáustica), a altas temperaturas e a choques mecânicos, podendo
inclusive serem limpos por jato de água a alta pressão.
LAVADOR DE VAPORES
Entrada de
Demister líquido frio
Visor
iluminado
Anéis de
enchimento
Visor
iluminado
Entrada de
vapores
Sensor de
nível alto
Sensor de
nível baixo
Saída de
líquido
139
TOCOFEROIS
A vitamina E foi reportada no início dos anos 20, e era associada com
esterilidade e reprodução. A palavra grega “tocoferol” significa “responsável
pela reprodução”.
Pressão de vapor
(mm Hg)
10
A B
1
0,5
C
D
0,1
0,05
0,01
A - Ácidos Graxos
B - Tocoferois
C - Esteróis
D - Esteres de Esteróis
E - Óleo de Soja
141
No caso do refino físico, o vapor resultante arrasta além dos ácidos graxos
presentes em quantidade significativa, parte do óleo de similar composição. O
vapor injetado e o gerado devem ser continuamente removidos da planta. Os
ácidos graxos devem ser condensados por resfriamento em um lavador de
vapores.
Devemos levar em contra porém que, por mais eficiente que seja o sistema de
lavagem de gases, parte dos ácidos graxos irá contaminar a água de resfriamento
e no caso da utilização de circuitos fechados em torres de resfriamento, este
efeito será cumulativo terminando por realmente contaminar toda água do
circuito. De outro lado, parte do material incondensável irá evaporar no sistema
de ventilação da torre, desprendendo odor característico, bastante desagradável.
Nos países onde as leis anti poluição estão se tornando cada vez mais rígidas, são
feitos muitos esforços para evitar desde o início que o condensado do vapor
direto, carregado de ácidos graxos venha a se misturar com a água de
resfriamento.
No caso de vapor direto que contém apenas pequena porção de ácidos graxos,
muitas vezes não é necessária a dosagem de solução alcalina, desde que o
circuito não seja longo.
2.4. Condensação por contato direto, sem adição de soda e em baixa temperatura.
Embora o calor de cristalização dos ácidos graxos deva ser removido durante a
condensação e cada condensador deva ser novamente resfriado a temperatura de
operação, entre 15 e 25°C abaixo do ponto de fusão, a condensação com
formação de gelo opera com baixo consumo de energia. Praticamente todo
trabalho de compressão é feito circuito de refrigeração de alta eficiência.
Entretanto, o sistema com formação de gelo requer altos investimentos para
equipamentos e acessórios, tubulação e instrumentação de controle e espaço para
instalação, assim como correspondentes gastos de manutenção destes
equipamentos.
Custos de operação:
1. Introdução
2. Tamanho do mercado
(A produção de soja nos Estados Unidos na safra 93/94 foi de 49,22 milhões de
toneladas e o consumo de óleo de 5,95 milhões).
3. Considerações Econômicas
4. Impacto social
Esta planta foi projetada para processar 300 ton. de óleo de soja/dia. Os
consumos de insumos e utilidades são conforme abaixo:
Desodorização
ácido cítrico 0,006 kg/ton 2,07/kg 0,01
vapor para ejetores 61,7 kg/ton 0,01/kg 0,61
vapor direto 10kg/ton 0,01/kg 0,10
água de resfriamento (vácuo) 0,4 m3/ton 0,33/m3 0,13
água de resfriamento (reposição) 0,45 m3/ton 0,33/m3 0,15
óleo combustível caldeira A.P. 3,6 kg/ton 0,132/kg 0,48
energia elétrica kW/ton 2,55 kwh/ton 0,70/kwh 0,18
149
ETAPA US$/ton
1 - Refino - insumos 6,20
2 - Mão de obra direta 1,07
3 - Perdas de processo 14,54
4 - Recuperação dos sub-produtos -11,81
TOTAL 10,00
TOTAL 13 13.600,00
6. Descrição do processo
O óleo é transferido dos tanque de estocagem para dois tanques diários (300 ton
cada) dotados de agitação para homogeneização do produto. Destes tanques o
óleo é enviado para as etapas de neutralização, branqueamento e desodorização
que são realizadas subsequentemente passando intermediariamente por tanques
pumões internos à refinaria.
Recepção e
descarga de Neutralização Branqueamento
óleo bruto
CUIDADOS BÁSICOS:
HIDROGENAÇÃO
O PROCESSO DE HIDROGENAÇÃO
Os óleos que possuem maior número de ácidos graxos saturados como por
exemplo o babaçu, coco e o palmiste (láurico/mirístico) e a manteiga de cacau
(esteárico/palmito), apresentam-se a temperaturas médias ambiente (20 - 25°C)
no estado sólido ou seja sob a forma de gorduras enquanto que os que
apresentam maior teor de poli-insaturados como por exemplo a soja, algodão,
amendoim, milho, girassol (linoleico/oleico), se apresentam a temperaturas
ambiente e mesmo em temperaturas mais baixas no estado líquido.
Tendo em vista que os produtos ditos mais saturados ou seja com menor teor de
poli-insaturados apresentam maior estabilidade oxidativa e menor grau de
polimerização em altas temperaturas (resistência a oxidação térmica e
atmosférica) foi patenteado um processo denominado hidrogenação por W.
Normann em 1903, que tem por finalidade alterar o grau de saturação dos óleos.
H H H H H H
Ni
I I I I I I
R-C-C= C-C-R + H2 R-C-C-C-C-R
I I I I I I I I
H H H H H H H H
O reator é alimentado com o óleo líquido que é inicialmente aquecido sob vácuo
até a temperatura de início do processo (~ 150°C).
Uma vez filtrado a gordura assim obtida é pós branqueada. Este branqueamento
tem por finalidade principal remover o residual de níquel proveniente do
158
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
MODO DE OPERAÇÃO
Este calor gerado pode ser reaproveitado para aquecimento da matéria prima que
entra no processo, o que propicia uma economia de vapor de aquecimento assim
como de água de resfriamento.
Após passar pelo trocador espiral a matéria prima vai ao desaerador D2 que é
mantido sob vácuo através do sistema de vácuo G1 (~ 40 mbar). Parte do óleo é
enviado ao tanque de preparação de catalisador D5 e o restante para a autoclave
160
Caso este vapor gerado não possa ser totalmente utilizado, o controle de
temperatura do condensado será feito através da passagem pelo resfriador a
placas E3 por meio da bomba G5.
Este meio de resfriamento indireto também pode ser utilizado para resfriamento
da gordura quando não for possível efetuar a regeneração (por exemplo, em
paradas do processo).
G10
D8 D9
vapor
D4
E1
H2
D2
D3 D6
E6 D7
D1
F1 D1
G6 1
D10
F2
M1 E5
G7
D E3
G5
5 G4.1 G1
G2 G8 G3 G4.2
HIDROGENAÇÃO: DADOS GERAIS
Prático:
1,0 a 1,1 Nm3/ton óleo × abaixamento de IV
O processo de hidrogenação pode ser tanto descontínuo (em bateladas) como contínuo.
A operação comercial requer freqüentes mudanças do tipo de óleo e muitas alterações
dos parâmetros de processo, o que é particularmente difícil em processos contínuos.
Por este motivo a hidrogenação por bateladas é o método preferido embora altas
produções de um mesmo produto sejam possíveis.
A maior parte dos projetos de sistemas por batelada operam no princípio do reator
"dead end" ou reator "loop".
As vantagens de cada um dos equipamentos e como escolher o mais adequado deve ser
explicada pelo fabricante dos equipamentos.
Entretanto ambos os sistemas tem algo em comum, ou seja, para se obter a reação
deve-se adicionar um catalisador e após o final da reação este catalisador deve ser
removido.
Assim como a filtração do óleo bruto a filtração do catalisador é feita com o auxílio de
um material de pré capa ou auxiliar filtrante.
1) Criar uma base filtrante ou camada de pré capa que seja fechada o suficiente para
reter todos os sólidos em suspensão do líquido a ser filtrado.
2) Adicionalmente, criar a mesma camada com o máximo de porosidade de forma que
a máxima quantidade de sólidos em suspensão possa ser retida antes que esta camada
seja bloqueada. Quando esta camada é bloqueada torna-se necessário limpar o filtro e
portanto interromper a filtração.
Catalisadores de Níquel:
Vazões de filtração
Para a filtração de óleos vegetais e gorduras com 0,2 a 0,3% de catalisador (como
níquel) a 90 - 110oC de temperatura de filtração, a vazão média é de 250 a 460 litros
por metro quadrado por hora.
De outro lado o material oxidado irá desprender alguma unidade durante a próxima
hidrogenação, o que irá hidrolizar os triglicerídeos e aumentar a acidez. Os ácidos
graxos livres formados irão reagir com o níquel em parte e desativar o efeito catalítico
pela formação de sabões metálicos. A descarga do bolo filtrante irá expor o bolo à
atmosfera podendo ocasionar os mesmos problemas.
A descarga do bolo via úmida através de jato de óleo pode ser aplicada quando o
catalisador é reutilizado e retornado à autoclave na forma de lama.
Este é sem dúvida o meio mais seguro e limpo de manuseio do catalisador quando a
reutilização é possível. Permite com que a fábrica permaneça sempre limpa. Quando
o catalisador estiver exaurido a descarga via seca deverá ser efetuada e o catalisador
descartado.
No caso em que o catalisador não seja reutilizado ou quando ele é descartado após
varias reutilizações, é importante que o bolo seja descarregado tão seco quanto
possível, para minimizar a perda de óleo.
Secagem do bolo
Para o ciclo de secagem é necessário uma quantidade substancial de gás inerte para
termos uma retenção de óleo no catalisador como abaixo:
1) Com gás carbônico ou nitrogênio frios: 0,15 - 0,20 Nm 3/m2/minuto a 2 bar por 15
minutos a retenção de óleo será da ordem de 38% a 45%.
2) Com gás carbônico ou nitrogênio a quente: 0,10 - 0,15 Nm 3/m2/minuto a 2 bar por
10 minutos a retenção de óleo será da ordem de 32% a 35%.
3) Com vapor (a 140 - 150oC): 0,3 - 0,5 kg de vapor/ kg de bolo seco a 2 - 3 bar
durante 15 - 20 min. a retenção será da ordem de 30%.
Ciclo de filtração
O conteúdo de níquel no óleo filtrado, com adição de ácido cítrico será 1,5 a 2 ppm.
Para removê-lo é utilizado filtro de papel com a adição de alguma terra de clarificação.
Quando esta etapa é feita através de pós branqueamento, são utilizados filtros
convencionais de placas verticais.
Em ambos os casos o níquel residual após a filtração será da ordem de 0,2 ppm.
Se considerarmos por exemplo um óleo de soja com índice de iodo (IV) inicial de130
e pretendermos obter uma gordura com índice de iodo de 70 teremos
aproximadamente a seguinte geração de calor por tonelada de óleo:
Se esta temperatura não for controlada, isto fará com que o óleo aumente sua
temperatura de por exemplo 150oC (temperatura de início de reação) para 258 oC.
O óleo a 200 oC também deve ser resfriado após o processo concluido até a
temperatura de filtração e novamente podemos utilizar este calor, por exemplo para
aquecer o óleo a ser hidrogenado até a temperatura de início de reação.
Um sistema mais completo com total recuperação de calor de reção pode ser
executado com utilização de circulação do óleo em trocador tubular vertical de
película descendente com apresentado na figura 3.
HIDROGENAÇÃO COM TANQUE REGENERADOR
Sistema
Catalisador de vácuo
Tanque de
alimentação
Filtro de
catalisador
Hidrogênio
Autoclave de Gordura
hidrogenação hidrogenada
Tanque de
regeneração
Óleo
Figura 1
HIDROGENAÇÃO COM REGENERAÇÃO ATRAVÉS DE TROCADOR DE
CALOR ESPIRAL
Sistema
de vácuo
Tanque de
alimentação
Catalisador
Hidrogênio
Tanque de Autoclave de
descarga hidrogenação
Gordura
hidrogenada
Filtro de
catalisador
Regenerador
de calor
Entrada do óleo
a hidrogenar
Tanque
de
filtração
Figura 2
HIDROGENAÇÃO COM TOTAL RECUPERAÇÃO DE CALOR
G10
D8 D9
vapor
D4
E1
H2
D2
D3 D6
E6 D7
D1
F1 D1
G6 1
D10
F2
M1 E5
G7
D E3
G5
5 G4.1 G1
G2 G8 G3 G4.2
Figura 3
FRACIONAMENTO DE ÓLEOS E GORDURAS
CRISTALIZAÇÃO
A cristalização é um processo exotérmico, ou seja, libera calor, calor este que deve ser
removido do sistema na mesma velocidade em que é liberado.
O tempo adequado para crescimento dos cristais, que determina o volume dos
cristalizadores, pode variar entre 8 até 12 horas, dependendo da matéria prima e o
produto final requerido.
SEPARAÇÃO
No processo por filtração, o produto cristalizado é enviado para a câmara dos filtros
onde o fase gordurosa é retida, até que a câmara fique cheia de cristais. Neste
momento, é interrompida a alimentação e as membranas são infladas com ar
comprimido, pressionando os cristais retidos de forma que grande parte do óleo
intersticial seja removido.
HOMOGENEIZAÇÃO:
Caso não haja oleína disponível no tanque ( 4 ), como por exemplo no início de
operação após período de parada, o tempo de cristalização será incrementado de forma
a remover esta quantidade de calor sensível e o calor de cristalização, apenas com o
chiller e o sistema de troca de calor do cristalizador.
CRISTALIZAÇÃO
O nível do cristalizador será controlado pelo sistema de controle de nível pelo PLC.
Tão logo o cristalizador atinja o nível determinado, o resfriamento do óleo se inicia
pela circulação de água de resfriamento através da bomba ( 18 ) e simultaneamente a
agitação da suspensão tem início.
ÁGUA GELADA
Processo convencional
HOMOGENEIZAÇÃO
oleína
vapor
4
5 2 3 6
óleo a
fracionar
1
17
M M
7.1 7.2
18.1 18.2
CRISTALIZAÇÃO
8
ÁGUA
9 GELADA
12
10
SEPARAÇÃO 11
vapor
estearina
15
14
13 16
Planta de Fracionamento de Óleos e Gorduras
com Separação por Centrífuga
INTRODUÇÃO
Triglicérido simples
(AAA, BBB, ...) n a3, b3, c3...
Triglicéridos mistos
(ABC, BCD, ...) 1/6 n(n-1)(n-2) 6abc, 6bcd...
Se por exemplo o material inicial tem 6 tipos diferentes de ácidos graxos participando
da reação de interesterificação, o cálculo seguinte pode ser efetuado:
O
H2 - C - O - C H2 - C - O - Na+
Rl
O O
H-C-O-C H-C-O-C
Rl Rl
O O
H2 - C - O - C H2 - C - O - C
Rl Rl
O O
+ +
H2 - C - O - C H2 - C - O - Na H2 - C - O - Na H2 - C - O - C
Rl R1
O O
H-C-O-C + H-C-OH H-C-O-C + H-C-OH
Rl Rl
O O
H2 - C - O - C H2 - C - O H H2 - C - O - C H2 - C - O H
Rl Rl
+ +
O
H2 - C - O - Na+ H2 - C - O - C
R2
O O
H-C-O-C H-C-O-C
Rl Rl
O O
H2 - C - O - C H2 - C - O - C
Rl Rl
Fig. 3 - O mecanismo da interesterificação.
CATALISADORES PARA INTERESTERIFICAÇÃO
Suas vantagens incluem alta atividade, baixo custo e fácil obtenção e relativa
facilidade de manuseio, com equipamento de proteção apropriado. De qualquer
maneira, eles são explosivos em contato com a água.
Requerimentos Valores
Ácidos graxos livres (%) < 0,1
Peróxidos (meq/kg) < 10
Umidade (%) < 0,1
Sabões (%) < 0,1
Testes Laboratoriais
Para ajustar uma produção industrial por interesterificação devemos iniciar por testes
laboratoriais. É importante saber que os resultados obtidos em laboratório nunca serão
duplicados exatamente na planta. Porém para direcionar os objetivos é não só
necessário como prudente iniciar pelos testes laboratoriais.
Aparelhos e vidraria
NOTA:
agitador
variável
N2 termômetr
o
Béquer 1000
ml
placa de
aquecimento
Procedimento
Nota: Este cálculo irá mudar proporcionalmente se mais de 0,1% de metilato for
usado.
14. Misture a solução de acido cítrico por 1 minuto. A mistura deve ficar clara e
límpida. Nota: assegurar-se que a agitação seja suficiente para que não haja
precipitado no fundo do copo. Aquecimento pode ajudar na dissolução.
15. Desligue a injeção de nitrogênio
16. Transfira a mistura ao funil separador de 2000 ml e prepara a filtração. Não agite o
produto
17. Decante a fase aquosa
18. Adicione outros 3 a 4 g de solução de acido cítrico a 50% e inverta o frasco
receptor por 6 a 7 vezes e deixe decantar
19. Se a separação não ocorrer (houver emulsão) pulverize 2 a 3 g de ácido cítrico
cristalizado na mistura e inverta o frasco 2 a 3 vezes. Nota: esta etapa é a mais
crítica quanto a emulsificação.
20. Decante a solução aquosa
21. Adicione 400 a 500 ml de água quente e inverta 6 a 8 vezes. Deixe a mistura
separar e decante a fase aquosa.
22. Repita a lavagem por 4 a 5 vezes mais, agitando vigorosamente ou até que a fase
aquosa esteja relativamente impa (levemente turva)
23. Transfira o óleo para um Béquer limpo de 1000 ml
24. Coloque o Béquer na placa de aquecimento. Nota: Inicie imediatamente a agitação
forte e a injeção vigorosa de nitrogênio
25. Eleve a temperatura até 104°
26. Após o óleo ficar transparente, reduza a temperatura a 82°C mantendo ainda a
agitação e o nitrogênio ligados
27. Adicione 0,5% de terra diatomácea
28. Adicione 1,0% de terra clarificante
29. Elevar novamente a temperatura até 104°C e permanecer nesta temperatura por 20
minutos
30. Filtre a vácuo através do funil de Büchner e papel filtrante
Se possível a secagem e branqueamento (etapas 24 a 30) deverão ser feitas sob vácuo.
O vácuo tem como vantagem a eficiente remoção da umidade e ajuda a proteger a cor
do óleo.
Uma vez que os testes em laboratório mostrem que uma formulação obtida por
interesterificação é adequada para uma determinada aplicação, o próximo passo será
um teste em planta piloto.
• Idealmente o vaso de reação deve ser em aço inoxidável pois um vaso em aço
carbono é aceitável, mas requer uma especial atenção, pois pode oxidar após a
lavagem; requer um revestimento quando fora de uso (passar óleo comum) ou
circular óleo antes de iniciar novo teste, visto que se o mesmo não for usado
rotineiramente a oxidação irá contribuir na coloração do produto.
• Um sistema de agitação centralizado com variação de velocidade é indispensável.
Agitadores laterais tendem a criar vortex, o que aumenta o risco de emulsificação
em momentos críticos.
• Vasos encamisados são mais recomendados. Trocadores de calor externos requerem
maior movimentação do óleo e freqüente limpeza.
• A linha de injeção de nitrogênio não necessita de distribuidor. Porém um tubo de
pequeno diâmetro entrado na tubulação de saída, próximo de válvula de descarga, é
desejável. Ocasionalmente esta linha irá servir para desobstruir a válvula de
descarga quando a terra de branqueamento decantar no fundo do vaso.
• Uma bomba e um filtro prensa, similares aos que serão usados na produção normal,
são preferidos em relação a outra alternativas.
Uma opção de separação é utilizar-se uma centrífuga que irá separar o catalisador
desativado e o sabão após as etapas de lavagem.
A observância da qualidade de matéria prima é crítica (V. Tab. 4). O uso de óleo bruto
na reação de interesterificação não é possível devida a presença dos ácido graxos,
umidade e material insaponificável. A tabela 5 mostra a quantidade de catalisador
inativado pelos “venenos” .
Esta é a razão porque uma partida problemática não deve nunca receber uma dosagem
excessiva de catalisador na tentativa de forçar a reação; o resultado será uma emulsão
de muito difícil separação.
Fazer uma diluição (slurry) com óleo frio de alimentação. Se o óleo de alimentação
não for uma mistura que permaneça líquida na temperatura ambiente então pode ser
usado um óleo desodorizado do tipo do óleo de soja.
Se este método for usado na produção, será necessário prever um tanque de pré-mix no
projeto.
Se o reator for equipado com uma linha de recirculação com bomba do fundo para o
topo, um flexível da inoxidável, dotado de válvula de bloqueio, pode ser usado para
puxar sob vácuo o catalisador diretamente de um container, desde que o reator esteja
sob vácuo.
Etapa de Reação:
NOTA: O catalisador deve ser observado antes do seu uso no que se refere a sua
fluidez. Se o catalisador estiver em emblocado, tiver uma quantidade
apreciável de torrões ou não fluir, este não deve ser usado.
(*) Alimentar o tanque com óleo ou mistura de óleos que atenda às especificações da
matéria prima.
Ligue o agitador e ajuste para uma velocidade baixa ou moderada desde que não haja
incorporação de ar.
Depois de atingir 105/110°C e uma pressão de 50 mmHg, deixe o óleo secar por 1
hora.
Depois de 1 hora tire uma amostra para determinar o ponto de fusão. A análise do
ponto de fusão é a recomendada pois leva pouco tempo para ser feita.
(*) Adicione a quantidade apropriada de catalisador. A quantidade usual de metilato de
sódio a ser adicionado varia entre 0,1% à 0,5%, dependendo da qualidade de
matéria prima. Mais de 0,5% somente deve ser usada com muito cuidado por causa
das dificuldades que serão encontradas nas etapas de lavagem.
Se necessário o produto pode ser recirculado durante a etapa de reação com o agitador
ligado.
Depois de 30 minutos retire outra amostra e determine o ponto de fusão.
Se a reação se completou (atingir o equilíbrio) circule água fria na serpentina para
resfriar o produto a aproximadamente 90°C.
Desligue a bomba de circulação, quebre o vácuo e deixe o agitador ligado.
Etapa de Lavagem.
Etapa de Secagem
Ligue o agitador
Feche o reator e eleve a temperatura para 105/110°C e 50 mm/hg. (Caso não se
disponha de sistema de vácuo então deverá ser usado nitrogênio para proteção
contra oxidação, aumento da cor e para acelerar a secagem).
Deixe o produto secar por 45 min. à 1 hora.
Quando o óleo estiver seco (verificar por analise) abrir a água de resfriamento da
serpentina e reduzir a temperatura para 60/63°C.
Uma vez atingida a temperatura, desligue o agitador e inicie o branqueamento.
Controle da Emulsão
Outro método que pode ser mais conclusivo para monitoramento da produção é a
variação do índice contendo de sólidos (SFI). A especificação de uma determinada
temperatura para a SFI permitirá obter a leitura direta em um dilatômetro para
determinar o ponto em que a reação atingir o equilíbrio.
Interesterificação Contínua
O glicerol tem como vantagem adicional promover a reação preferencial. Isto permite
aumentar o controle da reação que, por este motivo pode ter reduzidas as perdas de
óleo devido a formação de sabões. Além disso se o sódio não reagir comum ácido
graxo, ele estará disponível para o efeito catalítico. A presença do glicerol também
promove a formação de mono e di-glicerídeos antes da etapa de secagem. Isto
apresenta o benefício de que a emulsão favorece a mistura mais intima, além daquela
que o misturador sozinho poderia oferecer.
Aplicações
Embora o ponto de fusão e o SFI de uma mistura de óleos interesterificada possa ser
maior que o desejado, o paladar não será necessariamente inaceitável, ainda que os
paladares inaceitáveis (seboso, arenoso ou granulado) podem ser usualmente
previsíveis para altos teores de sólidos e de ponto de fusão de óleos hidrogenados.
Óleos de algodão, amendoim, girassol com alto oleico e coco são alternativas a
produtos hidrogenados para aplicações em frituras. Misturas interesterificadas de
óleos poli-insaturados apresentam pouco ou nenhum benefício no desenvolvimento de
uma gordura sem trans-isômeros, pois a interesterificação mantém o mesmo teor de
poli-insaturados do produto inicial.
G. R. List relatou um método para a preparação de margarina (tipo pote) com zero
trans-isômeros, por interesterificação de uma mistura de 80% de óleo refinado,
branqueado e desodorizado (não hidrogenado) de soja e 20% de óleo totalmente
hidrogenado. Os SFIs são comparados aos das margarinas convencionais de potes e
tabletes na tabela 10.
Estes testes indicaram que pelo aumento da composição do óleo de soja totalmente
hidrogenado, os valores do SFI a 10°, 21,1° e 33,3°C aumentam, e que para cada 5%
de acréscimo, o valor do SFI brutalmente dobram.
Trigliceroisb (%)
Óleo vegetal I3 I 2S IS2 S3
na mistura A D A D A D A D
Palma 9,5 2,3 20,5 13,7 13,3 43,4 56,7 40,6
Algodão 15,7 9,8 24,3 31,2 8,5 33,9 51,5 25,1
Amendoim 29,0 6,2 15,3 31,1 2,4 47,3 53,3 15,4
Soja 31,0 9,2 17,1 32,1 1,5 46,4 50,4 12,3
Milho 31,8 9,0 15,3 35,2 1,1 45,9 51,8 9,9
Girassol 37,6 8,3 11,3 34,3 0,3 46,9 50,8 10,5
Açafroa 37,4 17,2 11,5 38,9 0,4 34,0 50,7 9,9
Canola 39,1 19,2 8,5 37,1 0,7 44,2 51,7 9,5
a
Determinado por cromatografia fase líquida de alta performance
b
Ácidos Graxos no Triglicerideo: I = insaturado, S = saturado
Tabela 9 - Cristalização nas Formas β e β‘ em Misturas de Óleos Vegetais com Óleo de Soja Totalmente
Hidrogenado (1:1 % em peso) Antes e Depois da Interesterificação.
O branqueamento é feito no próprio reator (07) sob vácuo. Quando o óleo estiver
completamente seco, a terra de branqueamento é succionada do tanque (07). Após
mistura intensiva com o óleo a ser branqueado e suficiente tempo de contato, a terra de
branqueamento é completamente removida do óleo através do filtro (12).
Etapa de branqueamento
Obs.: Estes dados são apenas orientativos para melhor visualização da operação.
04 05 07 13
14
MV 15
02
NaOCH3
vapor/água 12
08
sabões
01 10 11
09
CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTERESTERIFICAÇÃO VIA SECA:
Isto significa que o óleo após processado poderá conter ~ 5.630 ppm de sabões.
Caso seja utilizado o ácido fosfórico para mascarar os sabões, com a finalidade de
reduzir o consumo de argilas a um nível econômico, entende-se que estes não seriam
absorvidos pela argila, porém permaneceriam no óleo numa quantidade apreciável, sob
a forma de um fosfato de sódio, que é um elemento estranho ao produto natural.
Utilizando-se com dados de cálculos os valores de 25 ppm para o fósforo e 5.630 ppm
de sabões calculado anteriormente teremos:
Observações:
1) Com referência às perdas de óleo, devemos lembrar que, após a sopragem do bolo
filtrante com vapor, teremos cerca de 30% de óleo nas terras. Considerando-se a soma
das terras utilizadas no processo: 1,9% de sílica + 0,5% de argila de branqueamento +
0,2% de auxiliar filtrante = 2,6% de terras a perda de óleo no processo será da ordem
de 0,78%, gerando ainda um efluente sólido de aproximadamente 40,2 kg/ton óleo.
2) Considerando-se de outro lado o processo via úmida, com lavagem temos que a
perda de óleo na água de lavagem se situa na faixa de: p L = 0,5 × (% água de lavagem)
÷ 100 ou seja, para um percentual de água de lavagem de 10% a perda será da ordem
de 0,05%.
Este valor deve ser adicionado à perda de um branqueamento: p B = 0,3 × 0,5 = 0,15%
fornecendo portanto uma perda total de p = 0,05 + 0,15 = 0,2%.
Como conclusão podemos afirmar que o processo via seca pode trazer perdas maiores
em até 5,8 kg de óleo por ton. de produto, o que numa instalação com capacidade de
100 ton/dia significa uma perda de 580 kg de óleo/dia ou 580 × US$600,00/ton × 22
dias = US$7.656,00/mês além do custo adicional da sílica: 1,9% × 100ton/dia × 22
dias × US$ 750,00/ton = US$31.350,00/mês. Estes custos viabilizariam a utilização
do sistema via úmida com uma pequena centrífuga lavadora na saída do reator para
separação dos sabões, o que propiciaria, além da economia, uma melhor qualidade do
produto.
Eng. Renato Dorsa - 29/07/96.
LECITINAS
FILTRAÇÃO DE MISCELA
Estes filtros devem operar com pré-capa formada por celulose (Diacel ou equivalente)
e auxiliar de filtração, trabalhando a uma temperatura de cerca de 60°C e
adicionando-se continuamente 300 a 400 gramas de auxiliar por m3 de miscela.
Para esta aplicação o filtro deverá ser dotado de descarga via úmida, através de
lavagem das placas por borifamento com hexana.
SECAGEM DE LECITINA
f) Sistema de vácuo
Sistema de
vácuo
água quente
Secador
vertical
Lecitina bruta
filtros
Resfriador
Lecitina seca
Uma relação sobre os usos e funções de fosfolipídeos foi publicada por Schneider (1),
a qual apresentamos na tabela 1 a seguir.
Uma descrição mais detalhada sobre o uso da lecitina, incluindo aquelas derivadas de
outras sementes de óleos, pode ser encontrada na recente monografia de Szuhaj (3) da
AOCS.
TABELA 1 Usos e Funções dos Fosfolipídeos (1)
Produto Função
Alimentos
Solúveis Agente umedecedor e dispersante; emulsificante
Panificação Modificação das propriedades de panificação, emulsificante; antioxidante
Chocolate Redução de viscosidade; antioxidante
Margarina Emulsificante, agente antirrespingos; antioxidante
Dietéticos Suplemento nutritivo
Nutrientes
Substituto de leite Emulsificante; agente umedecedor e dispersante
Indústria
Inseticidas Emulsificante, agente dispersante, substância ativa
Tintas Agente dispersante, estabilizador
Fitas Magnéticas Agente dispersante, emulsificante
Couro Agente amaciante, óleo penetrante
Têxtil Amaciante; lubrificante
Cosméticos
Cabelos Estabilizador de espuma, emoliente
Pele Emulsificante; emoliente, umectante, umedecedor
Farmacêuticos
Nutrição parental Emulsificante
Supositórios Agente atenuador, veículo
Cremes, loções Emulsificante, facilitador de penetração
Produção de Lecitina
No fluxo de processo demonstrado na Fig. 1., as gomas úmidas das centrífugas são
transferidas a um tanque de mistura, onde agentes branqueadores, agentes de fluidez,
ou ambos podem ser adicionados. Com ou sem aditivos, as gomas úmidas, contendo
aproximadamente 50% de água devem então ser secas até um nível máximo de 1% de
umidade.
Secadores tipo bateladas funcionam sob vácuo e são equipados com serpentinas
rotativas circulando água entre 60 até 70°C (140 a 158°F). Secadores contínuos mais
modernos utilizam secadores tipo “filme agitado” para remoção de umidade. Uma
comparação das condições utilizadas nestes dois tipos de secadores é demonstrada na
Tabela 2. (21).
Lecitinas isentas de óleo são produzidas pela extração do óleo de soja da lecitina
natural com acetona. Isto é feito tanto em processo contínuo ou descontínuo (batch) e
requer uma lecitina bruta de alta qualidade para se obter bons resultados. De outro
lado, o fracionamento com álcool de lecitina isenta de óleo pode ser empregada para a
obtenção de uma fração solúvel em álcool com alto teor de fosfaditil coline, e uma
fração não solúvel em álcool, rica em fosfaditil inositol. A composição da lecitina
isenta de óleo e dos produtos fracionados com álcool são mostrados na tabela 4. Como
é mostrado nesta tabela, os derivados de lecitina tem propriedades emulsificantes
variáveis. Lecitinas quimicamente modificadas incluem produtos hidrogenados,
hidroxilados, acetilados, sulfonados e halogenados. Todas as modificações químicas
são efetuadas para modificar as propriedades emulsificantes das lecitinas e aumentar a
dispersibilidade em fase aquosa (21).
TABELA 1
Composição Aproximada de Lecitina de Soja Natural Comercial
Óleo de soja 35 %
Fosfaditil coline 16 %
Fosfaditil etanolamina 14 %
Fosfaditil inositol 10 %
Fitoglicolipídeos 17 %
Carboidratos 7%
Umidade 1%
TABELA 2
Condições Médias de Processo para Secagem de Lecitina Bruta (Gomas Úmidas) ª
Variável de Processo Secador Bateladas b Secador Contínuo “Filme agitado”
Temperatura °C 60 - 80 80 - 95
Tempo de residência, mín. 180 - 240 1- 2
Pressão absoluta, mm Hg 20 - 60 50 - 300
a
Produto processado: Gomas úmidas com 50% Umidade. Produto final: lecitina com menos de 1%
umidade.
b
Secador a vácuo com serpentinas rotativas.
TABELA 3
Classificação das Lecitinas de Soja
I. Natural
A. Plásticas
1. Não Branqueadas
2. Branqueadas
3. Duplamente branqueadas
B. Fluidas
1. Não Branqueadas
2. Branqueadas
3. Duplamente branqueadas
II. Refinadas
A. Misturas especiais - natural
B. Isentas de óleo
1. Tal qual
2. Misturas especiais
C. Fosfatídeos isentos de óleo fracionados
1. Solúveis em álcool
a. Tal qual
b. Misturas especiais
III. Quimicamente modificadas
TABELA 4
Composição Aproximada das Frações de Lecitina Refinada - Comercial
Fração Lecitina Lecitina Lecitina
isenta de óleo(%) solúvel em álcool(%) insolúvel em álcool(%)
Fosfaditil coline 29 60 4
Cefalina 29 30 29
Inositol e outros fosfatídeos
incluindo glicolipídeos 32 2 55
Óleo de Soja 3 4 4
Outros constituintes a 7 4 8
Tipo de emulsão Tanto óleo em água Óleo em água Água em óleo
como água em óleo
a
Inclui sucrose, rafinose, staquiose e cerca de 1% de umidade
TABELA 5
Especificação de Lecitinas de Soja
Lecitinas fluidas Lecitinas plásticas
Não Simples/ Dupla/ Não Simples/ Dupla/
branqueada branqueada branqueada branqueada branqueada branqueadas
Insol. em acetona(min) 62% 62% 62% 65% 65% 65%
Umidade (max)a 1% 1% 1% 1% 1% 1%
Insol. em hexana(max) 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% o,3%
Índice de acidez (max) 32 32 32 32 32 32
Cor Gardner (max)b 18 14 12 18 14 12
Viscosidade em
cp @ 25°C (max)c 15 15 15
Penetração mm (max)d 22 22 22
a
Através de Karl Fischer (AOCS Tb2-64)
b
Base seca
c
Viscosimetro convencional. Lecitinas com viscosidade menor que 7.500 cp são consideradas grau
“Premium”.
d
Usando cone de precisão 73525, penetrometro 73510; amostra condicionada 24h a 25°C
Óleo bruto
filtrado e aquecido Água
Fluxometro Fluxometro
Misturador
Centrífuga Aquecedor Secador
dinâmico
Gomas Branqueador
Fluidificador
Resfriador
Tanque
misturador
Secador de
filme agitado Óleo
degomado seco
Lecitina seca
Resfriador acondicionamento
Fig. 1
8.000
6.000
Viscosidade
poises
4.000
2.000
0
0 5 10 15 20
Umidade %
Fig. 2
2. ÓLEOS VEGETAIS
A adição de certo percentual de óleo vegetal a gordura que irá compor a margarina tem
por função:
Os óleos comumente utilizados são o de algodão, milho e palma por serem mais
saturados.
3. LEITE
O leite tem como única função tornar o produto mais similar à manteiga dando um
sabor mais próximo, apesar da porcentagem relativamente pequena em que entra na
formulação.
O leite originalmente entrava na formulação da margarina sob a forma de iogurte
exigindo portanto um pré-tratamento por fermentação o que encarecia bastante o
produto. Atualmente é utilizada a acidulação química com ácido láctico que também
acentua o sabor do leite a ser adicionado e aumenta a acidez da margarina.
4. ÁGUA
5. SAL
Entra na composição em teores da ordem de 1,5% para os produtos com teor normal
de sal e 0,5% para produtos "sem sal". É importante pela formação do eletrólito que
quando da ingestão do produto facilita a quebra da emulsão realçando o sabor da
margarina.
6. ADITIVOS
- Preparação de ingredientes
- Formulação do produto
- Pré-emulsão
- Resfriamento
- Plastificação
- Embalagem
- Refusão
1. PREPARO DE INGREDIENTES
1.1 Gordura
1.2 - Leite
1.3 Água
A água deve ser logicamente potável, de boa qualidade e sofrer um tratamento antes de
entrar no processo produtivo. Como uma das etapas de tratamento da água é a
cloração, é importante que a mesma passe por um processo de remoção do cloro, por
filtração com carvão ativo, que adsorve substâncias que poderiam dar gosto a água.
Uma passagem através de esterilizador por lâmpadas ultravioleta garante a esterilidade
da água e uma filtração final, com filtro de polimento, elimina o arraste de materiais
indesejáveis. A partir deste ponto a água deverá ser conduzida por tubulação de
inoxidável, com acabamento polido (sanitário).
1.4 Salmoura
Como no caso anterior, estes ingredientes também são pesados, formulados e diluídos
em gordura afim possibilitar sua dosagem na margarina.
2 - FORMULAÇÃO DO PRODUTO
A formulação contínua pode ser feita através de bomba dosadora a pistões de múltiplas
cabeças ou através de medidores de massa/vazão e válvulas controladoras.
No segundo caso são usados medidores mássicos para a fase gordurosa e medidores de
vazão indutivos para a fase aquosa, sendo as formulações pré fixadas em um CLP,
enviando sinal de controle para as válvulas moduladoras do tipo agulha.
No caso da dosagem através de bomba, esta pode ser dotada de misturadores "on line"
para a gordura e pré-mix gordura e misturadores para mistura final, podendo ainda
alimentar diretamente o resfriador caso a bomba seja dimensionada para a pressão
necessária (até 30 bar).
3 - PRÉ EMULSÃO
Este tanque tem como finalidade pré homogeneizar o produto antes do resfriamento,
agir como pulmão para absorver as variações de vazão entre a formulação e as etapas
seguintes de resfriamento, plastificação e embalagem.
4 - RESFRIAMENTO
O produto bombeado com uma bomba de pistões de alta pressão é resfriado até
aproximadamente 12°C no resfriador de superfície raspada, temperatura na qual é
plastificado e embalado.
A alta pressão é necessária para vencer as perdas de carga causadas pelo resfriador,
plastificador e linhas até a máquina de acondicionamento, visto que a margarina passa
por este circuito em estado semi sólido.
Para melhor homogeneidade na cristalização do produto, o resfriamento deve ser feito
em duas etapas, com controles de temperatura independentes e ainda instalando-se
entre os tubos resfriadores, plastificadores (batedeiras de pinos) intermediários.
5 - PLASTIFICAÇÃO
Este equipamento é uma batedeira dotada de eixo com pinos espaçados dispostos em
espiral e sua carcaça dotada de pinos fixos alinhados. Tem como função tornar a
margarina fluida e cremosa (plástica).
6 - EMBALAGEM
7 - REFUSÃO
Deveremos porém lembrar que este retorno é de margarina no estado sólido ou pastoso
e deve ser totalmente refundida antes de voltar ao resfriador afim de não interferir na
cristalização.
Estes produtos além de terem alto custo, tornam os produtos cada vez menos
"naturais".
vapor
gordura I gordura II
tanque de
água quente
para fábrica
de margarina
fase aquosa
salmoura água
fase leite
gordura
gordura I
retorno do
água água fria acondicionamento
quente
para o
acondicionamento
tanques de
balança de pré-emulsão bomba de pasteurizador bomba alta pressão
formulação lóbulos
RESFRIAMENTO E ACONDICIONAMENTO DE MARGARINA
amônia (retorno)
margarina
(da fabricação)
plastificação acondicionamento
amônia resfriamento e
cristalização
tubo de cristalização corte
água fria
vapor retardador
diluidor
de leite
água
tanque de
leite crú pasteurizador tanque de leite
pasteurizado
CIRCUITO FRIGORÍFICO PARA O SISTEMA DE RESFRIAMENTO DE
MARGARINA E LEITE
condensador
separador
de óleo
resfriador de
separador reservatório de liquido margarina
de líquido
compressor
geração de água gelada
(resfriamento de leite)
MAIONESE
A maionese pode conter ainda: tetracetato de etileno diamina. (EDTA), sais de cálcio
dissódico e dihidrogênio dissódio ou combinação destes. O EDTA não terá função de
seqüestraste de metais pesados porém terá efeito sinergético com os antioxidantes
como hidroxitolueno butilado (BHT), hidroxianisole butilado (BHA) e tetra butil
hidroquinona (TBHQ). A quantidade destes aditivos não deverá superar 75 ppm em
peso no produto final.
A legislação brasileira determina, através da Resolução 12/78 (42/78) da Comissão
Nacional de Normas e Padrões para Alimentos (CNNPA) que:
Como a maionese é uma emulsão de óleo em água, ou seja, gotículas de óleo envoltas
em película de água, e a proporção de óleo consiste em 65 a 80% da formulação, é
evidente que a dispersão desta grande quantidade de óleo em uma pequena quantidade
de água requeira o maior cuidado na escolha do tipo e quantidade do tipo de agente
emulsificante, do método de mistura e do equipamento de emulsificação.
Óleo Vegetal:
Para esta aplicação o óleo deve ser necessariamente de boa qualidade, refinado (refino
alcalino), branqueado e desodorizado e armazenado sob condições controladas (baixa
temperatura em tanque revestido ou inoxidável e inertizado).
Características Recomendação
Sabor suave
Odor neutro
Acidez (%) max. 0,3
Peróxidos (meq/kg) < 1,0
Cor Lovibond
vermelho 1
amarelo 10
Estabilidade (AOM) 15
Teste de frio (h) 5,5
Índice de iodo 130
Ovos:
Após os comentários anteriores podemos deduzir que algum outro componente normal
da maionese deve favorecer a emulsão óleo em água afim de justificar sua
estabilidade. De fato, a mostarda, tanto na forma de pó ou no óleo essencial
apresentam esta característica, além do odor e sabor característico que dão ao produto
final.
Vinagre:
Pré-mistura Pré-mistura
No sistema semi contínuo, os tanques de fase aquosa, ovos e óleo são preenchidos com
uma quantidade de produto correspondente a sua participação na formulação
empregada e mantida em baixa temperatura (5°C).
As linhas de produção semi-contínuas tem usualmente produção entre 250 até 5000
litros/hora.
3 - Materiais de instalação
Tendo em vista a acidez do produto e o teor de sal sobre a fase aquosa é muito
importante que todos os materiais utilizados na fabricação dos equipamentos,. tanques
e instalações sejam resistentes a corrosão específica nas condições de processo.
As farinhas e farelos de soja integral são produzidos por moagem dos cotilédones
descascados e contém tipicamente 40% de proteína (N x 6,25) em base “tal qual”.
Farinhas e farelos de soja desengordurado são preparados pela moagem de flocos de
extração por solvente de soja descascada e contém 52 a 54% de proteína “tal qual”.
Como objetivo final, 97% da farinha deve passar através de uma peneira 100 U.S.
Standard. O farelo é moído a uma granulometria específica de forma a passar por
peneiras entre 8 e 80 U.S. Standard, de acordo com as especificações do fabricante ou
do comprador.
Outros produtos de soja incluem leite em pó de soja e tofus, assim como misturas de
farinha de soja, concentrados ou isolados com leite ou frações de ovos, gelatinas e
outros componentes para aplicações funcionais específicas.
Farinhas extrudadas-texturizadas e concentrados e isolados de fibras retorcidas (que
lembram músculo de carne em sua aparência) podem ser feitos “prontos para uso” mas
usualmente são fornecidos em pó a partir dos processadores de matéria prima.
A maior parte das proteínas de soja são vendidas em pó como ingredientes para
processamento de carne, panificação, e para re-manufatura em distribuidores de
produtos para alimentos, fast-food, mercado institucional e restaurantes industriais.
Exceto nos produtos similares aos bacon-bits, a maior parte dos produtos de soja são
raramente vistos pelo público consumidor. Quantidades limitadas de farinha de soja,
concentrados e isolados, texturizados e outros produtos de soja processados
organicamente são vendidos através de lojas de alimentos naturais. São também
possíveis de ser encontrados produtos com certificados “pareve” e “kosher”.
IPD - Índice de Dispersabilidade da Proteína é um método de análise padrão da AOCS (Ba 10-65)
para medir a “quantidade de tratamento térmico” utilizado no processamento do farelo de soja.
PROTEÍNA ISOLADA DE SOJA
É utilizada para substituir com vantagens econômicas a proteína animal podendo ser
utilizada na confecção de frios (mortadela, fiambre, apresuntados, salames), embutidos
(salsichas, linguiças, paio), patês, alimentos congelados, como hamburgers, croquetes
de carne, almôndegas e similares.
Pode ainda ser utilizado como agente branqueador de farinhas, assim como
complemento nutritivo nos "shakes", sorvetes, misturas para bolos e tortas, etc.
Os grãos devem ser recebidos com baixa umidade, ausência de grãos ardidos,
quebrados e impurezas. Devem ainda ter sua secagem completada no recebimento,
sofrer uma pré limpeza e serem armazenados em separado em silos com termometria e
ventilação.
A soja antes de ser enviada aos silos passa por peneiras de pré limpeza que tem por
finalidade remover os materiais estranhos que acompanham a soja na colheita, como
palha, folhas, gramíneas e terra.
A soja passa ainda por separadores gravimétricos que tem por finalidade remover
corpos estranhos de mesma dimensão média da soja, como pedras e torrões de terra
porém de peso diferente.
A soja destinada a fabricação da proteína tem requisitos mais rígidos do que a soja
utilizada para a produção de farelo tostado para ração.
Desta forma, esta soja é normalmente peneirada novamente para eliminar a soja
quebrada e grãos com dimensões inferiores a 3 mm.
Passa ainda por separadores magnéticos para reter partículas magnéticas (metais
ferrosos) que eventualmente se destacam dos equipamentos nas etapas anteriores.
A soja passa por moinhos de rolos ranhurados onde é quebrada em "meio grão". Nesta
operação parte da casca se destaca.
2.3 - Primeira separação de casca
A casca é constituída basicamente de fibra e deve ser separada antes da extração visto
que também não contém óleo.
A soja passa a seguir por um segundo conjunto de rolos ranhurados onde é quebrada
no "quarto de grão". Nesta operação também parte da casca remanescente se destaca.
Antes da etapa de condicionamento os grãos quebrados passam por uma última etapa
de peneiramento onde são removidos os muito pequenos (menores que 1,5 mm) assim
como pedaços de casca remanescentes por aspiração na própria peneira. A peneira
deve ser oscilatória de movimentos circulares afim de evitar esfarelamento dos
pedaços.
Para a laminação dos grãos, etapa necessária para possibilitar a extração do óleo, é
necessário o aquecimento da soja a temperatura controlada para diminuir a dureza dos
pedaços e facilitar a laminação.
2.8 - Laminação
Os pedaços de grãos de soja passam entre rolos lisos de grande diâmetro (laminadores)
onde são formados flocos de 2 mm de espessura aproximadamente, o que permitirá a
extração do óleo.
3. Extração do óleo
A secagem pode ser feita em secadores do tipo rosca ou equipamentos similares aos
secadores convencionais, porém trabalhando sob vácuo o que permite a diminuição da
umidade sem aumento significativo da temperatura.
O resfriamento é feito por injeção de ar frio e pode inclusive ser executado durante o
transporte (pneumático) do farelo.
Para isto são utilizadas peneiras classificadoras do mesmo tipo utilizado nos moinhos
de farinha de trigo (peneiras oscilantes). Nestas são separadas as frações mais grossas
para serem moídas assim como a mais fina para ser descartada.
A proteína de soja é solúvel em meio alcalino, o que não ocorre com as fibras e outros
componentes. Uma forma portanto de extrai-la da farinha, que contém cerca de 40 a
45% de proteína, é solubiliza-la em uma solução de soda cáustica.
O líquido separado possui proteína solubilizada com alto teor de pureza, porém possui
ainda outras substâncias solúveis como açucares e amidos.
A pasta de proteína obtida deve ser pasteurizada e tratada antes de sua secagem afim
de eliminar as bactérias patogênicas (que causam prejuízo à saúde), visto que a
temperatura atingida pela proteína na secagem é relativamente baixa.
5.4 - Secagem
A pasta de proteína obtida tem umidade da ordem de 80% e esta umidade deve ser
reduzida até cerca de 10% que é sua umidade de equilíbrio. Isto é feito num spray-
dryer similar ao utilizado na fabricação de leite em pó.
A secagem é feita com o ar em corrente paralela. O produto com alta umidade entra
em contato com o ar quente no topo do spray-dryer, saindo no fundo seco, arrastado
pelo ar resfriado pela evaporação da umidade. A separação do ar de secagem do
produto é feita em ciclones ou em filtros de mangas sanitários.
Soja
seca
Ciclones de
aspiração
Peneira de
pré limpeza
Moinhos
quebradores
Exaustor
Moinho
de casca
Peneira separadora
de cascas e finos
Separador de cascas
por aspiração
Condicionador
Moinho
laminador
Para a
extração
EXTRAÇÃO DA PROTEÍNA ISOLADA DE SOJA
ETAPAS ÁCIDA E ALCALINA
farelo
branco pesagem
água +
soda 1a. fase alcalina 2.a fase alcalina
água +
soda
extrato
insolúvel
ácido
clorídrico
1a.
1a.fase
faseácida 2a. fase ácida
ácida ácido água
clorídrico soda
proteína
efluente p/secador
PASTEURIZAÇÃO, TRATAMENTO E SECAGEM DE PROTEÍNA
pasta de proteina
pasteurizador retardador
expansor
homogeinizador
soprador
ar
aquecedor
de ar
filtro
de ar
spray
dryer
proteina
isolada
PROCESSO WESTFALIA PARA EXTRAÇÃO DE PROTEINA
DO FARELO BRANCO (DESENGORDURADO)
1. Informações gerais
For várias razões, mas especialmente para garantir uma qualidade constante do
produto assim como a higiene da planta, o processo é operado de forma contínua e
portanto baseado na aplicação de decantadores centrífugos. Apenas o ajuste final do
pH e do conteúdo de matéria seca antes do UHT ou do secador é feito em bateladas.
Portanto, o nível de automação do processo é alto, porém nem todas as funções podem
ser supervisionadas pelo sistema automático de controle. Monitoração e ajustes das
condições de processo requerem a atenção de pessoal qualificado.
De modo a possibilitar uma visão global a planta é dividida nas seguintes seções:
A fase clarificada do decanter com apenas um pequeno teor de sólidos é enviada para
uma centrífuga clarificadora para polimento.
Os sólidos são diluídos com água e enviados ao segundo tanque de extração após
mistura intensiva.
O ajuste do pH até o ponto de operação com alta solubilidade da fração protéica é feito
através de um controlador automático de pH. A temperatura de extração é
normalmente entre 40 e 60°C.
Após a dupla extração os sólidos ainda contem uma porção de proteína insolúvel ou
ligada. Este produto secundário pode ser seco até uma umidade residual de 10 a 12%
e vendido como ração animal.
A relação de água ácida para a proteína dissolvida deve ser próxima de 10:1. Nesta
relação de mistura a floculação se inicial rápida e uniformemente devido a grande área
de contato. A utilização de agitadores adequados evita a decantação da proteína
precipitada nos tanques de preparação e nos de retenção.
Após a lavagem com água limpa, a estabilidade dos flóculos cai de tal forma que a
proteína se solubiliza novamente e traz prejuízos ao rendimento além de aumentar a
carga poluente. Para minimizar estas perdas, a água de lavagem deve ser acidificada.
Pelo ajusto do pH ao ponto isoelétrico, a atividade de dissolução da proteína é
minimizada e os flóculos de proteína ficam mais estáveis.
Para evitar o aquecimento do produto por tempo longo desnecessário, ele é resfriado
até uma temperatura de aproximadamente 45°C e enviado ao secador.
Água aprox. 17 m3
Vapor saturado 11 bar aprox. 5 ton
Eletricidade (instalado) aprox. 400 kWh
NaOH. 4% concentração aprox. 500 kg
HCl 20% concentração aprox. 180 kg/h
Ar comprimido aprox. 20 Nm3
Água aprox. 20 m3
Vapor saturado 11 bar aprox. 1 ton
NaOH. 4% concentração aprox. 2500 kg
HCl 20% concentração aprox. 110 kg/h
Os dados que se seguem representam a análise típica dos insumos utilizados nas
plantas de produção de proteína isolada.
O vapor para aquecimento da água de processo deve também atender estes mesmos
requisitos.
NaOH 500.000
Cloretos 30
Carbonato 300
Sulfato 60
Sílica 10
Ferro 2
Alcalino-terrosos 20
Alumínio 1
6.4.3 Soda cáustica para CIP
Conteúdo máx. de: mg/kg soda cáustica
NaOH 500.000
Cloretos 1.000
Carbonato N.E.
Sulfato 1.000
Sílica 100
Ferro 10
Alcalino-terrosos 100
Alumínio 50
HCl 30 a 32
Ferro 0,001
Arsênico 0,0002
Cádmio max. 2 ppb
Fluoretos totais 0,01
Sulfatos 0,03
Cloro 0,002
Sódio 0,002
Potássio 0,001
Magnésio 0,002
Cálcio 0,002
EOX 10 mg como Cl/l
Pressão 6 bar
Tamanho das partículas 2 (max. 1 µm)
Densidade das partículas 2 (max. 1 mg/m3)
Pressão no ponto de orvalho 3 (pt. orvalho + 2°C)
Conteúdo de óleo 1 (max. 0,01 mg/m3)
Balanço de massa por tonelada de farelo branco
Matéria prima
- Farelo branco de soja
T: 22.680 kg
MS: 56 kg
A: 22.624 kg
Sub-Produtos:
T: 1.100 kg - Fibras
MS: 230 kg - Proteína insolúvel
A: 870 kg - Carboidratos
Utilidades:
- Água:17.000 kg Processo para
- Vapor:5.000 kg Recuperação da
- NaOH: 500 kg
- HCl: 180 kg Proteína Isolada Água Efluente:
- Gordura
- Carboidratos
T: 22.680 kg T: 20.500 kg - Proteínas
MS: 56 kg MS: 400 kg
A: 22.624 kg A: 20.100 kg
T: 2.080 kg
MS: 330kg
A: 1.750 kg
Proteína Isolada
de Soja
Água quente
Extrato proteico
para Precipitação
Flocos de soja
M M
Dosagem
Anti espumante
M M Sub-produto
M
M M M M
Pesagem
Misturador
Mistura
3310/Schu
Água Quente
da Extração Efluente
para recuperação de calor
Vapor
Dosagem
Aditivo
Clarificação do efluente
Concentração da proteina Concentração do isolado
Aquecimento M M
Mistura
M
Resfriamento M
M
Mistura
Água quente
Tanques de preparação
M
M M M
Dosagem Proteina isolada
Dosagem
Anti espumantte de aditivo ao spray drier
M
Água fresca
Soda Concentrada
Ácido
M M
Soda cáustica
Ciclo ácido
Solução de proteína
Vapor
Água Quente
Recirculação CIP M Efluente
Recirculação CIP
Sistema CIP
Filtro de mangas
Filtro de mangas
Alimentação
Exaustor
M
Exaustor Silo pulmão
Torre de
Bomba de secagem
alta pressão
M
M
Eclusa
M Eclusa
Aquecedor
a gás Ensaque
Proteina
Ar Isolada
Coluna de 25
resfriamento kg de Soya
M
Reação Principal:
O
/ \
H+
R − C = C − R + H 2O2 → R − C − C − R − H 2O
H − H H − H
O OH H
/ \
H+
R − C − C − R + H 2 O 2 → R − C − C − R
H H H OH
O processo é como se segue:
Deaeração OxIgênio
Separação
Água de lavagem
Secagem
Descrição do processo:
As capacidades que podem ser alcançadas nos separadores é baixa devido a que a
diferença de densidade entre a água ácida e o óleo epoxidado é muito pequena.
Devido a pequena diferença de densidades não é possível fornecer máquinas do
tipo RSE/RTC - com Fine Tuner. Além disso, a parte inferior do tambor deve ser
feita em material 1.4462 o que admite somente tambores de baixa velocidade.
H2
O2
Reação
H2
O
1) Reagentes
Água desmineralizada:
2) Processo
Após o término da reação a fase ácida deve ser separada rapidamente para se
evitar reações paralelas. O pH da água ácida < 2. Antes da centrífuga deve ser
instalado um ciclone de desaeração.
Todos os reagentes devem sempre que possível serem livres de íons metálicos,
pois estes decompôe a água oxigenada
4) Separação
NOTA: Não são utilizadas máquinas dotadas de ajuste fino de diâmetro de rodete
pois o fine tuner não funciona devido da pequena diferença de pesos específicos.
ESTIMATIVAS DE CUSTO PARA PROCESSAMENTO
I .- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por finalidade fornecer um guia para estimativas de custo para
análise de investimentos e estimativas de custo de produção, para uso em estudos
de viabilidade técnico-econômicos, avaliação de alternativas de investimento,
solicitações de créditos ou financiamentos e previsões de investimentos.
Para se atingir um rápido retorno para uma nova fábrica (seja ela em um novo
local ou dentro de uma unidade existente ou ainda uma expansão de uma
atividade em operação), é fundamental a avaliação comercial e tecnológica na
qual, tanto o custo do investimento como o custo operacional seja estimado
apropriadamente desde a concepção inicial do projeto até o “start-up”.
Valores típicos para custos de plantas
O custo de uma planta típica de extração tem como valor médio nos Estados
Unidos cerca de US$ 27.500,00 por tonelada diária de capacidade, variando na
faixa de $ 22.500,00 a $ 33.000,00. Isto é válido para planta com capacidades
entre 1000 e 3000 toneladas/dia de capacidade. Fora destas capacidades, os
custos serão menores para plantas de maior capacidade e maiores para as plantas
menores. É óbvio que esta grande variação no custo do investimento pode
resultar em significativas diferenças nos custos de produção para plantas de
mesma capacidade. Estas diferenças podem resultar de muitos fatores, como
sejam, condições locais, projeto estrutural das edificações, grau de automação,
capacidade de estocagem, facilidade no recebimento das matérias primas e
transporte dos produtos, disponibilidade dos insumos (água, energia elétrica,
combustíveis) e tratamento dos efluentes, etc. Estas mesmas unidades de
esmagamento de soja poderão ter um custo operacional de cerca de US$ 16,50
por tonelada (variando entre $ 14,75 e $ 22,10).
II .- ESTIMATIVAS DE CUSTOS
Custo final (final engineering): onde as avaliações são feitas após a conclusão
total do projeto, para se verificar quão acuradamente o projeto foi estimado,
baseado e implementado. O custo final é comparado com o valor estimado no
projeto detalhado para identificar as áreas onde ocorrem os maiores desvios
nos custos e a extensão do trabalho realizador por “EOM”. O custo final é uma
ferramenta útil para firmas de consultoria ou gerenciamento para avaliação da
sua performance e para a determinação de fatores chave para construção e
instalação, para utilização em futuras estimativas de projetos. Estes detalhes
também suprem o proprietário de documentação listando os gastos para
considerações de ativo imobilizado versus itens não capitalizáveis.
III .- INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA ESTIMATIVAS DE
CUSTO
Cada um dos seis tipos de estimativas de custo acima descritos, com a possível
exceção das estimativas de ordem de grandeza, é desenvolvida baseada em
critérios específicos de engenharia e projeto.. Bastante horas de engenharia e
análise é requerida para desenvolver estes critérios apropriadamente, de forma
que o detalhamento necessário para um particular tipo ou qualidade de estimativa
seja obtida. Estes critérios de projeto são identificados na tabela 1 como uma
função do tipo da avaliação de custos a ser efetuada. Para melhor entendimento
da tabela 1, efetuamos os seguintes comentários:
Para estimativas preliminares nas quais dados históricos de projetos passados são
utilizados como base, um mínimo de dois ajustes de custos devem ser efetuados:
A seguir uma breve relação destes itens que devem ser considerados tão logo que
possível:
• Mix de produtos: Podem todos os produtos que sua planta planeja produzir
serem processados em uma linha única ou existem linhas e estocagens
específicas necessárias a evitar contaminações ou misturas? Múltiplas linhas
trazem flexibilidade porém também aumentam os custos.
IV .- DESPESAS OPERACIONAIS
TABELA 4 - Esmagamento de soja: despesas operacionais (U$/ton) vs. capacidade da planta (ton/dia).
Despesas indiretas 23 17 13 11
Despesas diretas 33 27 24 21
Despesas totais 56 44 37 32
COMPOSIÇÃO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO - REFINO DE ÓLEO DE SOJA - BRASIL
O conteúdo de ácidos graxos livres dos óleos brutos depende em alto grau de sua
qualidade. Em geral, um incremento da acidez resulta em declínio da qualidade.
Óleos brutos de alta qualidade tem conteúdo de ácidos graxos livres menor do
que 5% (usualmente na faixa da 0,5 e 3%). Óleos brutos com conteúdos de
ácidos graxos livres acima de 10% são considerados como deteriorados e são
considerados como não adequados a indústria alimentícia. Como regra estes
óleos são muito difíceis de serem tratados.
ÍNDICES DE COR
Óleos branqueados e desodorizados devem ter valores de cor entre 1,0 e 3,0
vermelho e 10 e 30 amarelo - (Lovibond cuba de 5 1/4), ou seja devem ter cor
fundamentalmente amarela. A cor dos óleos brutos é normalmente apenas
informativa.
GRAU DE OXIDAÇÃO
GOMAS (FOSFATÍDEOS)
Estas substancias estão normalmente presentes na maior parte dos óleos vegetais.
Durante o processamento elas passam das paredes e membranas das células par o
óleo bruto. As gomas são ésteres fosfóricos de diglicerídeos (fosfatídeos), tem
uma influência negativa na estabilidade, cor e gosto do óleo e, portanto, devem
ser removidas tão completamente quanto possível.
A maior parte dos triglicerídeos (de fato o constituinte principal dos óleos e
gorduras) não tem uma cor predominante (são incolores ou levemente
amarelados). A cor forte de muitos óleos brutos resulta de vários materiais
coloridos e pigmentos.
CERAS
São ésteres de álcoois e ácidos graxos ou álcoois graxos de cadeia longa que,
quando submetidos a baixas temperatura. Dependendo da quantidade presente no
óleo, causam turbidez, pois tem a tendência de se cristalizarem.
INGLÊS PORTUGUÊS
BABASSU BABAÇU
BUTTER FAT MANTEIGA
CACAO BUTTER MANTEIGA DE CACAU
CASTOR MAMONA
COCONUT COCO
COD LIVER FÍGADO DE BACALHAU
CORN MILHO
COTTONSEED SEMENTE DE ALGODÃO
HERRING ARENQUE
KAPOK SEED CAROÇO DE PAINA
LARD BANHA DE PORCO
LINSEED LINHAÇA
MUSTARD SEED SEMENTE DE MOSTARDA
NEATSFOOT MOCOTÓ
OITICICA OITICICA
OLIVE OIL AZEITE DE OLIVA
OURI-CURI OURI-CURI
PALM DENDÊ
PALMKERNEL PALMISTE
PEANUT AMENDOIM
POPPYSEED PAPOULA
RAPESEED COLSA (CANOLA)
RICE BRAN GERME DE ARROZ
SAFFLOWER AÇAFROA
SALMON SALMÃO
SARDINE SARDINHA
SESAME GERGELIM
SOYBEAN SOJA
SUNFLOWER GIRASSOL
TALL OIL TALL OIL
TALLOW BEEF SEBO BOVINO
TUCUM TUCUM
TUNG TUNGUE
WHALE BALEIA
PROPRIEDADES E COMPOSIÇÃO DOS ÓLEOS VEGETAIS MAIS COMUNS
ÁCIDOS Caprílico Cáprico Láurico Mirístico Palmític Esteáric Araquídi Behênic Linocéri Oleico Erúcico Ricinolei Linoleico Linolênic
o o o c
GRAXOS C8H12O2 C10H20O2 C12H24O2 C14H28O2 C16H32O2 C18H36O2 C20H40O2 C22H44O2 C24H12O2 C18H34O2 C22H42O2 C18H34O3 C18H32O2 C18H30O2
Peso mol. 144,21 172,26 200,31 228,37 256,42 284,47 312,52 340,58 368,63 282,46 338,56 298,46 280,44 278,42
I. Acidez 389,00 326,00 280,00 240,00 219,00 197,50 179,00 164,50 152,00 198,50 75,00 85,00 181,00 273,50
I. Iodo 88,90 75,00 85,00 181,00 273,50
Pt. 124,00 152,00 170,00 190,00 210,00 226,00 240,00 257,00 272,00
Ebuliç.
Pt. Fusão 16,50 31,30 43,60 53,80 62,90 69,90 75,20 80,20 84,20 4,00 33,50 5,00 5,00 11,00
cp
160
140
120
100
80
60
40
20
0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Temperatura (graus centígrados)
Densidades aproximadas para alguns tipos de óleos vegetais em função da
temperatura.
Densidade
0,92
Coco
0,91
Soja e Girassol
Palmiste
0,9
0,89
Canola
Algodão
0,88
Amendoim
0,87
0,86
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Temperatura
FÓRMULAS QUÍMICAS DOS ÓLEOS E GORDURAS VEGETAIS
ÁCIDO GRAXO
H H H H H H H H H H H H H H H
I I I I I I I I I I I I I I I O
H-C-C-C-C-C-C-C-C-C=C-C-C-C-C-C-C-C-C
I I I I I I I I I I I I I I I I I O-H
H H H H H H H H H H H H H H H H H
H H H H H H H H H H H H H H H H
I I I I I I I I I I I I I I I I O
H-C-C-C-C-C-C-C-C-C=C-C-C-C-C-C-C-C-C
I I I I I I I I I I I I I I I I O-H
H H H H H H H H H H H H H H H H
H2 - C - O H
C3H5(OH)3
H-C-OH
H2 - C - O H
REPRESENTAÇÃO DO ÁCIDO GRAXO
H H H H H H H H H H H H H H H
I I I I I I I I I I I I I I I O
H-C-C-C-C-C-C-C-C-C=C-C-C-C-C-C-C-C-C
I I I I I I I I I I I I I I I I I O-H
H H H H H H H H H H H H H H H H H
O
Ri - C
OH
TRIGLICERÍDEO
O H H H H H H H H H H H H H H H
II I I I I I I I I I I I I I I I
H2 - C - O -
C-C-C-C-C-C-C-C-C-C=C-C-C-C-C-C-C-C-H
I I I I I I I I I I I I I I I I I
H H H H H H H H H H H H H H H H H
O
H-C-O-C
R2
O
H2 - C - O - C
R3
CISÃO DO TRIGLICERÍDEO
H2O
O H H H H H H H H H H H H H H H
II I I I I I I I I I I I I I I I
H2 - C - O - H
H=O-C-C-C-C-C-C-C-C-C-C=C-C-C-C-C-C-C-C-H
I I I I I I I I I I I I I I I I I I
O ácido graxo livre
H H H H H H H H H H H H H H H H H H
H-C-O-C
R2
O
H2 - C - O - C diglicerídeo
R3
FOSFATÍDEOS
O
II
H2 - C - O - P - O (CH2)2 N+(CH3)3
O
H-C-O-C
R2
O
H2 - C - O - C
R3
Fosfaditil Etanolamina
O
II
H2 - C - O - P - O (CH2)2 N+H3
O
H-C-O-C
R2
O
H2 - C - O - C
R3
Ácido fosfatídico
O
II
H2 - C - O - P - OH
OH
O
H-C-O-C
R2
O
H2 - C - O - C
R3
Fosfaditil Inositol
O
II HO OH
H2 - C - O - P - O
I HO OH
OM*
O
H-C-O-C
R2
O
H2 - C - O - C
R3
RENATO DORSA
EDIÇÃO 2.000
05/07/2.000