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Português

11ºAno

O Essencial sobre a matéria:


“ O Sermão de Santo António aos Peixes – Cáp.I até ao Cáp.III ”
Análise Sintáctica e Análise Morfológica – Breves Exercícios

Autor: Francisco Cubal


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Sermão de Santo António aos Peixes

Estrutura da Obra:
 Estrutura Externa – a obra está estruturada em seis capítulos.

 Estrutura Interna – Apresenta uma estrutura tripartida:


a) Exórdio (Cap. I)– onde é feita uma referência sumária do assunto que
se vai tratar;
b) Exposição/Confirmação (Cap. II até V)– constitui o corpo da obra e
engloba quatro capítulos.
Na exposição, o autor faz referência às obrigações do sal, indica as
virtudes/louvores em geral dos peixes e apresenta uma crítica aos
Homens; (Cap. II e III)
Na confirmação analisa os louvores em particular e começa as
repreensões: censura a prepotência dos colonos, critica a vaidade, os
parasitas, os ambiciosos, os hipócritas e os traidores; (Cap. IV e V)
c) Peroração (Cap. VI)– constitui a parte final do discurso. Aqui, o autor
faz uma conclusão, apresentando uma síntese dos melhores
argumentos usados na segunda parte. Faz uma advertência aos peixes e
assume-se como pescador.

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O Sermão de Santo António aos Peixes é uma alegoria, pois existe referência a
conceitos abstractos através da utilização de figuras, ou, como no caso desta
obra, através dos animais/peixes.

O conceito predicável
O que é?
 Texto Bíblico que serve de tema e que irá ser desenvolvido de acordo com
a intenção e objectivo do autor.
Qual é o conceito predicável?
“Vos estis sal terrae” (Mat 5,13) -> É uma metáfora. (“Vós sois o sal da terra”)
O pregador é metaforicamente sal.

O pregador é o sal da humanidade, pois com os seus discursos fará aos Homens
o que, de facto, o sal faz à terra.

Função do Sal/Pregador na Terra/Homem


A função do sal/pregador é “impedir a corrupção” através da sua palavra, dos
seus discursos.
No seu discurso, o orador não apresenta, ou não quer apresentar, apenas uma
parte responsável, pela corrupção, eventualmente porque pode admitir que as
causas sejam inerentes a ambas as partes.
Assim sendo, seguindo este tipo de raciocínio, o discurso baseado na
inventariação de hipóteses é o mais oportuno, daí a utilização insistente da
conjunção coordenativa disjuntiva.
As citações evangélicas, consideradas referências de autoridade, têm como
objectivo conferir ao discurso maior veracidade, credibilidade, sendo, portanto,
enfáticas.

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Qualidades dos Peixes

“ouvem” “não falam”


O que faz deles o auditório ideal

Propriedades do sal

“conservar o são” “preservá-lo, para que não se corrompa”

conservar o que está evitar que o bom se corrompa


saudável, o que não está
corrompido

“louvar o bem” “repreender o mal”

Para o conservar “para preservar dele”

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No segundo capítulo, o autor esclarece a estrutura que vai dar ao seu sermão.
Assim, o discurso terá uma estrutura bipartida: Inicia com os louvores e,
seguidamente, passa às repreensões.
Subjacente a esta estrutura, há duas intenções fundamentais do autor. Deste
modo, começa pelos louvores pois os “peixes” ouvirão com mais serenidade as
repreensões depois de terem ouvido os elogios. Por outro lado, considerando que
a intenção de Padre António Vieira é levar o seu auditório à reflexão, o facto das
repreensões constituirem a parte final do discurso ficarão, por certo, na mente e,
por consequência, serão motivo de reflexão e introspecção, o que constitui o
objectivo do autor.
Conclui-se que a forma como a estrutura do discurso é intencional e é uma
estratégia para o levar a atingir o seu propósito.

A partir do terceiro parágrafo do capítulo II, o autor centrar-se-á nos louvores


em geral. Só no início do capítulo terceiro é que vai descer ao particular, isto é,
vai referir particularmente cada uma das cirtudes dos peixes, que serão
alegóricamente referênciadas por estarem associadas a um peixe.

Santo Peixe de Tobias


Virtudes

Fel Coração

“era bom para sarar a cegueira” “para lançar fora os demónios”


(sentido denotativo)

Exemplifica através do Refere o exemplo de Sara e


caso do pai de Tobias Tobias

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Compara o peixe de Tobias (as suas virtudes) com Santo António

“alumiar e curar as vossas cegueiras” “lançar-vos os demónios


fora de casa”

Rémora

“Tão pequena no corpo” ≠ “Tão grande na força e no poder”

A Rémora simboliza a força e o poder das palavras de Santo António

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Rémora da Terra

Santo António

“ a língua de Santo António”

Santiago “compara a língua ao leme da Nau e ao freio do cavalo”:

Língua

“leme” “freio”

Conduz ao bem, orienta, guia Trava, impede os Homens de


os Homens cometerem erros

Homem (“Neste leme...”)

“desobediente” Necessidade de ser domado e


travadas as fúrias (“para
“rebelde” domar e parar a fúria das
paixões humanas”)

ímpetos, caprichos

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“Quantos? -> Se a língua de António...”


Estrutura paralelística do parágrafo.
“quantos” -> repetida quatro vezes.
Homens

A repetição de “quantos”, referente aos Homens, tem como intenção evidenciar a


grande quantidade de pessoas “desobedientes”, “rebeldes” que existe no mundo.

Nau -> metáfora de vícios; defeitos.


“Nau Soberba” -> “velas inchadas”
“Nau da Vingança” -> “artelharia abocada e os bota-fogos acesos”
“Nau Cobiça” -> “carregada até às gáveas”
“Nau Sensualidade” -> “navega com sarração, sem sol de dia, nem estrela de
noite”

Através da metáfora das Naus, Padre António Vieira critica os soberbos, os


vingativos, os cobiçosos e aqueles que utilizam a sensualidade com o fim de
enganar terceiros.
Seguidamente, mostra a importância que a “língua” de Santo António teve de
forma a impedir que os Homens supra referidos, cometessem mais erros e evitar
que agravassem os seus defeitos.
Mais uma vez se constata que a intenção de Padre António Vieira é glorificar o
dom da palavra de Santo António e a pertinência da sua doutrina.

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4- E
número).

14- Na
12- Ah
7- Lhe
Homens

17- Aos
1- Vós

13- Dali
9- Pela
6- Mas

15- Uma
5- Com

11- Fê-lo
“Quantos”

16- Vê-de
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10- Porque
8- Pegasse
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3- Descendo
2- Felicidade
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doutrina e das palavras do Santo.


parar as fúrias das paixões humanas”.

1- Pronome pessoal
2- Nome abstracto
3- Forma verbal de descer no Gerúndio
4- Conjunção coordenativa copulativa
5- Preposição simples
6- Conjunção coordenativa adversativa
Análise Morfológica
7- Pronome pessoal
8- Forma verbal de pegar no Pretérito Imperfeito do Conjuntivo, 3ª pessoa do singular.
9- Contracção da preposição por + determinante artigo definido “a”
10- Conjunção subordinativa adverbial causal
11- Conjunção pronominal, pretérito perfeito do indicativo, com função de
complemento directo, 3ª pessoa do singular
12- Interjeição
13- Advérbio de Lugar
Destaca-se a oposição entre a grande quantidade de Homens com muitos

14- Contracção da preposição em + determinante artigo definido “a”


Mais uma vez, Padre António Vieira, pretende reiterar o poder e a força da

Analisa morfologicamente as seguinte palavras. (Escusa de referir o género e

15- Determinante artigo indefinido


defeitos, por oposição a Santo António, que, sendo um só, conseguiu “domar e
“Santo António”

16- Forma verbal de ver no Presente do Imperativo, 2ª pessoa do plural.

9
17- Contracção da preposição a + determinante artigo definido “os”
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Análise Sintáctica

Analisa sintacticamente e morfologicamente a segunda oração:


“Quando nos separámos, o Silvestre pareceu-me apreensivo”/“Diacho, queria ele
que a garota vivesse numa redoma?”
In Gente da Terceira Classe, “Silvestre, os Seus Amores” de José Rodrigues Miguéis

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