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Aula 02

História e Geografia p/ PM-AL (Oficial e Soldado Combatente)

Professor: Sergio Henrique


Idade Média.

Prof. Sérgio Henrique.

SUMÁRIO
00. Bate papo inicial. Pág. 02
1. Idade Média (parte 1). Pág. 03
2. Exercícios Resolvidos (parte 1). Pág. 10
3. Exercícios Propostos (parte 2). Pág. 24
4. O Renascimento Comercial e urbano (parte 2). Pág. 43
5. Exercícios Resolvidos (parte 2). Pág. 46
6. Exercícios Propostos (parte 2). Pág. 56
7. Considerações finais. Pág. 80

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00. BATE PAPO INICIAL.


Olá amigo estudante. É com muita alegria que o recebo
novamente para falarmos de história. Estudar as aulas anteriores é
fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que
vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e
pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na
sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas
próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos
exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos
bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e
procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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1. IDADE MÉDIA (PARTE 1).


Ao fim do Império Romano, um dos últimos imperadores foi o
Teodósio, que tentando controlar a crise que tomava conta de Roma
desde o século I, decidiu dividir Roma em duas partes em 395: O
Império Romano do Oriente, com capital em Roma e o Império Romano
do Oriente, com capital em Constantinopla (ou Bizâncio). Enquanto
Roma ocidental entrava em decadência e uma profunda ruralização da
economia em razão das invasões germânicas, Roma oriental manteve
seu poder e esplendor por mais 1.000 anos. O império do ocidente
entrou em decadência no século IV quando definitivamente passou a
ser controlado pelos germânicos, com destaque para os Francos, e o
Império oriental caiu no século XIV com a invasão e a tomada de
Constantinopla pelos Turcos Otomanos.
O Império Bizantino (Império Romano do Oriente. Séc. IV ao
XIV):
Seu nome deriva do nome da capital Bizâncio. Foi um império
expansionista e teocrático. O Imperador era considerado o
representante de deus na terra e ele era responsável pela escolha do
papa da Igreja Oriental. A essa submissão do poder religioso ao poder
político chamamos de cesaropapismo. Durante os séculos
reconquistou muitos territórios que pertenciam até então ao antigo
Império. Era um império cristão (Roma antes da divisão transformou o
cristianismo em religião oficial) e lá desenvolveu o primeiro estilo de
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arte cristã e a construção de grandes templos, como a catedral de


Santa Sofia (mais tarde dominada pelos árabes islâmicos). O auge do
Império Bizantino ocorreu sob o governo de Justiniano, que além de
ampliar as fronteiras do território, foi o responsável pela compilação
do Direito Romano, conhecido como código de Justiniano que juntou,
revisou e atualizou o direito.
A religiosidade católica oriental era bastante diferente da
religiosidade ocidental, sobretudo em dois aspectos, considerados
heresias pela igreja ocidental:

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 Monofisismo: Acreditavam que Jesus só possuía natureza


divina.
 Iconoclastia: Eram quebradores de ícones, ou seja, imagens
sacras, pois consideravam um pecado grave.
Sobretudo diante destas diferenças, a Igreja Católica sofreu uma
divisão: O cisma do Oriente. A Igreja foi dividida em Igreja Católica
Apostólica Romana e Igreja Católica Ortodoxa, cada qual com seu papa
e liturgias próprias. Esta divisão existe até hoje. A Igreja ortodoxa é
bastante comum no Leste Europeu e Oriente Médio.
O mundo árabe e o surgimento do Islamismo:
Na região da atual Arábia Saudita surgiu no século VII a terceira
(em termos cronológicos) religião monoteísta, o Islamismo. Lá nasceu
Maomé, numa época em que os árabes eram todos povos tribais e
semi-nômades, sem unidade política e eram politeístas. A cidade de
Meca era um grande centro religioso e de peregrinação até o templo
da Caaba, que abrigava um meteorito em seu interior, a pedra negra.
Maomé ficou órfão na infância e foi adotado por um tio comerciante da
tribo coraixita, da qual fazia parte. Passou parte da vida viajando com
as caravanas comerciais conhecendo as culturas do oriente médio e
entrou em contato pela primeira vez com o monoteísmo Judaico e
Cristão (religiões que influenciaram profundamente o Islamismo).
Maomé casou-se com uma comerciante e se tornou-se rico e
poderoso. Passou a dedicar-se a contemplação e a reflexão teológica
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até que de acordo com o Corão (livro sagrado do islamismo, significa


revelação/recitação) recebeu a anunciação do anjo Gabriel (o mesmo
que anunciou Maria como mãe de Jesus no cristianismo) que revelou o
princípio do monoteísmo islâmico: “só há um deus Alá, e Maomé é
seu único profeta”. A partir daí, tem início a escritura do livro sagrado
do islamismo com suas proibições e obrigações.

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Proibições:
 Consumir álcool.
 Comer carne de porco (tal qual os judeus).
 Representar a imagem de Alá (e mais tarde de Maomé).

Obrigações:
 Orar 5 vezes ao dia em direção à Meca.
 Peregrinar ao menos uma vez na vida à Meca (desde que sua
condição financeira e sua saúde permitam).
 Jejuar no período do Ramadã (época que corresponde à Hégira).
 Caridade (dar esmolas).
 Jihad (esforço máximo de conversão. Devem professar a todo
custo a fé islâmica inclusive através da “Guerra Santa” contra o
infiel, o adorador de imagens).

Maomé conquista vários fiéis, mas também vários inimigos. Vivia


em Meca que era um grande centro e peregrinações politeístas e
pregava o monoteísmo. Seus opositores tentam assassiná-lo e ele é
obrigado a fugir à noite pelo deserto até a cidade de Yatreb (que mais
tarde foi batizada de Medida, ou seja, a cidade do profeta). A este
episódio da fuga de Maomé de Meca para Medina é que chamamos de
Hégira, que aconteceu no ano de 622 e é o início do calendário
Islâmico. 47991593487

A expansão islâmica:
Maomé funda um exército e luta contra os opositores,
conquistando a cidade de Meca e tornando lá um centro de
peregrinação monoteísta islâmico. Após o islamismo, os árabes se
convertem ao islamismo e as tribos são unificadas em um império
em torno da religião. Após a morte do profeta Maomé, o Islã se
expande para o Oriente Médio até onde hoje fica o Paquistão e para
todo o norte da África. Passam a dominar a orla do mar mediterrâneo

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ao sul e mantêm seu domínio até o fim da Idade Média monopolizando


o comércio e a navegação no mar. Enquanto isso, a Europa está em
constante decadência comercial e com a economia processo de
ruralização, que foi influenciado pelo monopólio árabe na navegação
do Mediterrâneo, que aprofundou a decadência econômica na Europa,
sendo uns fatores que influenciaram a formação do feudalismo.

O Reino Franco e o Império de Carlos Magno:


O Império Romano do ocidente entra em decadência entre o
século I e IV, com a crise do escravismo, a ascensão do cristianismo e
as invasões germânicas. Os reinos fundados pelos germânicos (que até
então viviam de forma tribal) foram de duração efêmera. O mais
duradouro deles foi o Reino fundado pelos francos. Clóvis unifica as
tribos francas e conquista a Gália (região da França) o que dá origem
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ao reino Franco, o mais poderoso da Europa ocidental no momento. O


rei converte-se ao cristianismo, o que significa a conversão de todo o
reino (a religião do rei é a do reino). Torna-se o defensor do
cristianismo e se empenha na sua expansão. Após sua morte, seus
sucessores são inábeis politicamente e são conhecidos como “reis
indolentes”. É criado um cargo na nobreza muito importante,
responsável pela administração do reino: O Major Domus (também
conhecido como prefeito do palácio). O major domus Pepino o breve,

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depõe o último rei da dinastia Merovíngia e inicia sob seu governo a


dinastia Carolíngia, cujo maior representante foi Carlos Magno.
Durante o governo de Carlos Magno o reino franco atinge seu
auge. Era o primogênito de Pepino o Breve, e dá continuidade à política
expansionista do pai. Durante seu governo ocorreu um grande
florescimento cultural conhecido como “Renascimento Carolíngio”:
estimula a fundação de escolas palacianas e o estímulo ao monastério
com os monges copistas, que copiam obras da tradição clássica
Greco-Romana. No ano 800 é coroado imperador pelo papa (o Estado
se submete à Igreja). Torna-se o defensor perpétuo do cristianismo e
expande a fé pela Europa. O império expande-se, e Carlos divide-
o em centenas de pequenas unidades administrativas
autônomas chamadas feudos. O responsável pelo feudo era o
senhor feudal, que formavam a nobreza da época e possuía diferentes
graus de hierarquia, como os condes, responsáveis pelos condados
(nobres militares de confiança responsáveis pela defesa do reino, que
juravam fidelidade ao rei). Após a morte de Carlos Magno seu reino é
dividido entre seus filhos pelo Tratado de Verdun. Tem início o
período de desintegração da Europa, com uma profunda ruralização
econômica que dá origem ao feudalismo.

O Feudalismo:
Durante os mil anos da Idade Média, a economia foi basicamente
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rural e autossuficiente. O auge desta ruralização e autossuficiência foi


o Modo de Produção Feudal, que teve o seu auge entre os séculos IX e
XII. Podemos afirmar que o feudalismo foi a fusão de duas culturas e
modos de produção: O Romano e o Germânico. Durante as invasões
bárbaras (germânicas), os plebeus passaram a refugiar-se nas terras
dos Patrícios (a camada mais alta da sociedade, grandes senhores de
terras). Em troca de abrigo e proteção submetiam-se à servidão.
As principais características do sistema feudal são:
 Economia basicamente agrária.

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 Autossuficiência dos feudos.


 Não ocorria comércio (ocorriam trocas muito pequenas nas
cidades italianas banhadas pelo mediterrâneo principalmente
Gênova e Veneza). Conseguiam mercadorias árabes que eram os
grandes dominadores do mar durante o feudalismo europeu.
 Não havia circulação monetária considerável, apesar de
existirem moedas em cada feudo.
 O direito era consuetudinário e Oral (baseado nos costumes
e não havia leis escritas).

O solo por ser o recurso mais importante era cuidado na época


através da rotação de culturas.
Os servos habitavam as terras destinadas a eles (o Manso Servil)
e cada um cuidava de um trecho de terra (tenência). Viviam em
condições bastante precárias e eram superexplorados com pesados
impostos que deviam ser pagos através de trabalho e parte da
produção. Os principais impostos eram:
 Corveia: trabalho gratuito nas terras do Senhor Feudal. Em
torno de três dias por semana.
 Banalidade: Imposto para a utilização dos equipamentos do
feudo com o forno e o moinho.
 Talha: O servo deveria entregar metade da produção de suas
terras. 47991593487

 Tostão de Pedro: 10% da produção para a Igreja ou capela


local.
 Mão morta: taxa para passar o trecho de terra do camponês em
caso de morte, a seu herdeiro.
Os padrões de desenvolvimento técnico eram muito precários e
pouco produtivos. Todo tipo de produto era escasso, como os tecidos.
Este modo de produção vai entrar em decadência a partir do século XII
quando ocorrem as Cruzadas (guerras religiosas em que os cristãos
queriam expulsar os muçulmanos da cidade de Jerusalém, até então

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dominada por eles). Das expedições militares ao Oriente Médio passou


a ocorrer um grande fluxo de mercadorias provenientes do mundo
árabe, sobretudo especiarias.

As relações sociais no feudalismo:


Podemos dividir as relações entre verticais e horizontais. As
relações verticais eram de dominação da nobreza sobre os
plebeus camponeses através de impostos e com o domínio de todos
que habitavam suas terras (feudos). As relações horizontais eram
aquelas entre os membros da própria nobreza, as chamadas relações
de suserania e vassalagem. As relações de poder baseavam se na
fidelidade e todos os nobres eram guerreiros (os que não se dedicavam
a vida militar iam para o clero), que se aliavam a senhores mais
poderosos que poderiam premiá-los através da concessão de um novo
feudo, ou parte do conquistado, ou seja, um senhor poderia investir de
poder outro nobre tornando-o também senhor feudal. Esta pratica é
uma herança germânica ao feudalismo denominada de comitatus.
Aquele que cede o feudo é o suserano e o que recebe é o vassalo. O
vassalo deve fidelidade e proteção ao seu suserano. O rei é o único
nobre que não é vassalo de ninguém. Apesar de todos os nobres serem
vassalos do rei o poder dele é limitado ao mando no próprio feudo. É o
que chamamos de monarquia descentralizada.
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2. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS (PARTE 1).

1. Sabe-se que o feudalismo resultou da combinação de instituições


romanas com instituições bárbaras ou germânicas. Indique e descreva
no feudalismo uma instituição de origem:
a) romana.
b) germânica.
Resposta:

a) A servidão feudal, caracterizada pelo vínculo dos


camponeses à terra, teve origem no colonato surgido durante o
Baixo Império Romano.

b) As relações de suserania e vassalagem entre os nobres


feudais, têm suas origens no "comitatus", tradição germânica
de alianças militares que estabeleciam laços de fidelidade entre
os chefes tribais e seus guerreiros.

2. (G1 - ifsul 2016) “Maomé retirou-se às montanhas para rezar e


meditar, vivendo como eremita. Em seguida, começou a pregar a
existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã, submissão total
a deus.”
(ORDOÑEZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História. Coleção Horizontes.
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São Paulo: IBEP. Sd. p.58)

Em 622, ocorreu a Hégira, que significou para o mundo islâmico,


a) o nascimento de Maomé e a chegada dos muçulmanos na África.
b) a fuga de Maomé e seus seguidores de Meca para Yatreb.
c) o casamento de Maomé com Khadija e a retomada de Meca.
d) a ocupação da península Ibérica pelos muçulmanos.

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Resposta:
[B]

Somente a proposição [B] está correta. O excerto faz


referência a algumas passagens da vida do profeta Maomé
(570-632). Este líder criou uma religião monoteísta
denominada Islamismo dando unidade política e religiosa aos
árabes. Sendo perseguido pela elite de comerciantes de Meca,
Maomé, em 622, fugiu de Meca para Yatreb, uma pequena
cidade próxima de Meca. Lá Maomé converteu a cidade a sua
nova religião. Hégira é o nome dado a esta fuga do profeta que
marca o início do calendário muçulmano.

3. (Pucpr 2016) O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé


(c. 570-632), mudou o cenário religioso e político do Oriente Médio e
de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos de moralidade
e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão,
que os muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual
revelada a Maomé. Para os muçulmanos, sua religião é a conclusão e
o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo. Maomé conseguiu
unificar as tribos árabes, envolvidas em constantes disputas, numa
força poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica. Após a morte
de Maomé, no entanto, seus sucessores não conseguiram manter a
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unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas dividiram o Islã em


dois grupos principais, que permanecem até os dias de hoje.

É CORRETO afirmar que esses dois grupos rivais são:


a) Monofisistas e nestorianos.
b) Monofisistas e maronitas.
c) Sunitas e xiitas.
d) Otomanos e assírios.
e) Xiitas e politeístas.

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Resposta:
[C]

A questão remete ao surgimento do Islamismo bem como


suas disputas internas. Maomé fundou o Islamismo tendo como
base o catolicismo e o judaísmo. Esta religião monoteísta
unificou as diversas tribos árabes. Após a morte de Maomé em
632 o Islamismo perdeu a unidade surgindo dois grupos que
permanecem até hoje: Xiitas e Sunitas. Xiitas. Partidários de
Ali, o jovem genro de Maomé, casado com Fátima. Defendiam o
Corão e que a família de Maomé (descendentes) deve governar.
Os xiitas são minoria entre os muçulmanos. Eles são maioria no
Irã (90%) e Iraque (60%da população). Sunitas defendiam o
Suna (livro sobre Maomé) defendiam um Estado eleito pelos
crentes. Defendiam que o califa (escolhido por Deus) Abu Bahr,
amigo de Maomé e mais experiente, deveria governar e não o
inexperiente Ali. Os sunitas são maioria entre os muçulmanos
(Arábia saudita, Síria, Egito, Tunísia, Paquistão, Jordânia). Os
sunitas levam em consideração as transformações que
correram no mundo.

4. (Upe-ssa 1 2016) Um texto bastante famoso produzido na Idade


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Média foi o Exemplo dos carneiros, dos bois e dos cães, que explicava:
“A razão de ser dos carneiros é fornecer leite e lã, dos bois é lavrar a
terra, a dos cães defender os carneiros e os bois. Se cada um cumprir
sua missão, Deus protegê-la-á. Do mesmo modo, fez com os homens:
instituiu os Clérigos e os Monges para que rezassem, plenos de doçura,
como ovelhas; os camponeses, como os bois, para assegurar a
subsistência, e os guerreiros para que defendessem dos inimigos,
semelhantes a lobos, os que oram e os que cultivam a terra.”

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(Apud LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Lisboa:


Estampa, 1984, vol. 2, p. 10, adaptado).

Partindo da análise dessa fonte, compreendemos que a Sociedade


Feudal se dividia em três ordens principais, registradas na alternativa
a) Os religiosos (os carneiros), os trabalhadores (os bois) e os
guerreiros (os cães).
b) Os mercadores (os bois), os clérigos (os cães) e os guerreiros (os
carneiros).
c) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e os nobres (os carneiros).
d) Os reis (os cães), os plebeus (os bois) e a corte (os carneiros).
e) Os homens (os cães), as mulheres (os carneiros) e os religiosos (os
bois).

Resposta:
[A]

A questão aponta para a sociedade feudal europeia no


período medieval. A Igreja católica era a instituição mais
importante que organizava e explicava a sociedade. O texto
citado pelo historiador Jacques Le Goff foi elaborado na Idade
Média e retrata muito bem a função social de cada estamento.
O clero (carneiro) deve cuidar da parte espiritual, os servos (os
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bois) devem trabalhar e os nobres (cães) guerrear.

5. (G1 - utfpr 2016) A produção feudal era agrícola, sendo a terra sua
principal fonte de riqueza. O sistema comunitário de cultivo reduzia o
interesse por inovações técnicas, por isso, qualquer nova forma de
trabalhar a terra, exigia a aprovação de toda a aldeia. Além disso, todo
aumento da produção correspondia a mais tributos a serem pagos ao
senhor feudal, desestimulando a produção excedente pelos servos.

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Entre os muitos impostos que estes pagavam, um deles era a corveia,


que consistia em:
a) dias de trabalho no manso senhorial.
b) dias em que só se produzia artesanato.
c) parte dos alimentos produzidos no manso servil.
d) produção destinada à Igreja.
e) parte dos alimentos produzidos nos feriados e dias santificados.

Resposta:
[A]

A questão remete ao sistema feudal que reinou na Europa


ao longo da Idade Média. O Feudalismo tinha como fonte de
riqueza a posse da terra que estava nas mãos dos senhores
feudais e da Igreja. Desta forma Clero e Nobreza tinham
privilégios. Os servos não tinham terras e estavam sujeitos a
trabalhar nas terras dos senhores feudais e pagar diversos
impostos como a talha, banalidades, mão morta, formariage,
tostão de Pedro, etc. Todos os impostos eram pagos em
produtos, exceto a corveia que consistia em trabalho dos servos
no manso senhorial alguns dias da semana.

6. (Ucs 2016) Sobre a Igreja Católica, durante o Período Feudal, é


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correto afirmar que


a) a produção cultural, o comportamento e, sobretudo, a ordem social,
através do controle da fé, normatizava os costumes.
b) a figura do Papa, líder político mais influente durante toda a Idade
Média, garantia a centralização do poder.
c) a unificação da religião no Oriente e no Ocidente foi uma imposição
apoiada pelo regime político em todo território.
d) a crença difundida era a de que as pessoas obtinham a salvação
espiritual pela predestinação, ou seja, desde o nascimento os fiéis

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estavam destinados à salvação ou à condenação eterna,


independente de suas obras no mundo material.
e) a necessidade da participação em apenas dois sacramentos, o
batismo e a eucaristia, era um preceito para seus milhares de
seguidores.

Resposta:
[A]

Somente a proposição [A] está correta. A questão aponta


para a relevância da Igreja católica durante o medievo. Com as
invasões bárbaras e a subsequente queda do império romano
do ocidente em 476, a Europa viveu um processo de ruralização
ou êxodo urbano. A fusão de romanos e os bárbaros não foi
harmoniosa. Diante do caos que imperava na Europa, a Igreja
católica foi a única instituição capaz de organizar a sociedade
através do controle da fé e dos costumes colocando Deus
(teocentrismo) em primeiro plano.

7. (Enem 2015)

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Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que


expressam a concepção de tempo das sociedades. Essas imagens
compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas
representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do
calendário, apreende-se uma concepção de tempo
a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno.
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b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por


parte do trabalhador.
c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho.
d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações
do ano.
e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade.

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Resposta:

[D]

Nota-se, pelas imagens, que os homens medievais


contavam seu tempo através dos ciclos agrícolas, denotando,
assim, uma concepção de tempo natural.

8. (Enem 2015) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto,


dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim,
trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras
das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o
conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz.

ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos


medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981.

A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante


a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um processo que a ela
se opôs estão indicados, respectivamente, em:
a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
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c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.


d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.
e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.
Resposta:

[A]

A ideologia apresentada no texto tem como objetivo


reforçar a divisão estamental da Idade Média – “uns oram,

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outros combatem, outros, enfim, trabalham”. E os movimentos


que mais se opuseram a isso foram as Revoltas Camponesas.

9. (Enem 2014) Sou uma pobre e velha mulher,


Muito ignorante, que nem sabe ler.
Mostraram-me na igreja da minha terra
Um Paraíso com harpas pintado
E o Inferno onde fervem almas danadas,
Um enche-me de júbilo, o outro me aterra.

VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999.

Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens


presentes nos templos católicos medievais. Nesse contexto, as
imagens eram usadas com o objetivo de
a) refinar o gosto dos cristãos.
b) incorporar ideais heréticos.
c) educar os fiéis através do olhar.
d) divulgar a genialidade dos artistas católicos.
e) valorizar esteticamente os templos religiosos.

Resposta:
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[C]

As imagens das igrejas católicas do Medievalismo serviam


para ensinar os fiéis os perigos advindos da prática imperfeita
da religião e os benefícios adquiridos a partir da boa prática. O
trecho “Um Paraíso com harpas pintado, E o Inferno onde
fervem almas danadas, Um enche-me de júbilo, o outro me
aterra” é demonstrativo disso.

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10. (Enem cancelado 2009) A lei dos lombardos (Edictus Rothari),


povo que se instalou na Itália no século VII e era considerado bárbaro
pelos romanos, estabelecia uma série de reparações pecuniárias
(composições) para punir aqueles que matassem, ferissem ou
aleijassem os homens livres. A lei dizia: “para todas estas chagas e
feridas estabelecemos uma composição maior do que a de nossos
antepassados, para que a vingança que é inimizade seja relegada
depois de aceita a dita composição e não seja mais exigida nem
permaneça o desgosto, mas dê-se a causa por terminada e mantenha-
se a amizade.”

ESPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da


Costa, 1976 (adaptado).

A justificativa da lei evidencia que


a) se procurava acabar com o flagelo das guerras e dos mutilados.
b) se pretendia reparar as injustiças causadas por seus antepassados.
c) se pretendia transformar velhas práticas que perturbavam a coesão
social.
d) havia um desejo dos lombardos de se civilizarem, igualando-se aos
romanos.
e) se instituía uma organização social baseada na classificação de
justos e injustos. 47991593487

Resposta:

[C]

O Edito de Rotário (Edictus Rothari) foi promulgado pelo


rei lombardo Rotário em 643. Com 388 artigos e redigido em
latim, abrangia não somente a tradição nacional lombarda, mas

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também outras legislações bárbaras e também o direito


romano (justiniano e pré-justiniano).
A maior novidade introduzida pela legislação de Rotário foi a
abolição da faida, isto é, da vingança privada, e sua
substituição pelo guidrigildo, uma compensação em dinheiro do
ofensor a quem havia sofrido o dano (ou a seus parentes em
caso de homicídio). O guidrigildo representava o valor de uma
pessoa e não era um valor fixo segundo a gravidade objetiva da
ofensa sofrida, mas variava segundo a condição jurídica e a
função exercida pela pessoa que havia sofrido o dano.

11. (Enem 2009) A Idade Média é um extenso período da História do


Ocidente cuja memória é construída e reconstruída segundo as
circunstâncias das épocas posteriores. Assim, desde o Renascimento,
esse período vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem
mais sobre o contexto histórico em que são produzidas do que
propriamente sobre o Medievo.
Um exemplo acerca do que está exposto no texto acima é
a) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o Sacro
Império Romano Germânico.
b) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos documentos
do Concílio Vaticano II.
c) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid inspirada por
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valores dos primeiros cristãos.


d) o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que se justificava
na amplitude de poderes que tivera Carlos Magno.
e) a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi afetada
negativamente pelas produções cinematográficas de Hollywood.

Resposta:

[A]

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A questão alude à inspiração de Hitler para a construção


do III Reich, no Sacro Império Romano Germânico, união de
territórios de população predominantemente germânica da
Europa Central remanescente do Império de Carlos Magno que
perdurou da Idade Média até o início da Idade Contemporânea
sob a autoridade do Sacro Imperador Romano (I Reich). O II
Reich compreeende o Império Alemão entre 1871 e 1914,
resultante do processo de unificação da Alemnha iniciado em
meados do século XIX.

12. (Enem 2002) O ano muçulmano é composto de 12 meses, dentre


eles o Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos que, em 2001, teve
início no mês de novembro do Calendário Cristão, conforme a figura
que segue.

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Considerando as características do Calendário Muçulmano, é possível


afirmar que, em 2001, o mês Ramadã teve início, para o Ocidente, em
a) 01 de novembro.
b) 08 de novembro.
c) 16 de novembro.
d) 20 de novembro.
e) 28 de novembro.

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Resposta:

[C]

O Calendário Islâmico é baseado no mês lunar, iniciado no


dia seguinte ao da lua nova, que é justamente o início da fase
crescente. Baseado nesta informação, que não foi fornecida no
enunciado, concluímos que o mês do Ramadã se iniciou em 16
de novembro.

13. (Enem 1999) Considere os textos a seguir.

(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no


campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade
humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e
perspicaz com o apoio que recebe da fé.
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da
igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998)

As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.


(São Tomás de Aquino-pensador medieval)

Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que


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a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São


Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas.
b) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois
este colocava a razão natural acima da fé.
c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João
Paulo II.
d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas,
em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico.

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e) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino


procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão.
Resposta:

[E]

Interpretação de texto somada ao conhecimento geral.


Desde a baixa idade média, época de Tomás de Aquino, a Igreja
Católica desenvolveu concepções de mundo que procuravam
conciliar fé e razão. Tomás de Aquino foi um dos precursores
dessa corrente filosófica denominada, na época, de escolástica.
O texto do Papa, atual, é explicito quanto à essa opção.

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3. EXERCÍCIOS PROPOSTOS (PARTE 1).


1. (Uema 2015) No século XI, o bispo Fulbert de Chartes foi convidado
a escrever sobre a fórmula da fidelidade e assim o fez:

Aquele que jura fidelidade a seu senhor deve ter sempre em mente
estes seis princípios: proteção, segurança, honra, interesse, liberdade,
faculdade. Proteção, quer dizer, nada deve ser feito em prejuízo do
senhor quanto ao seu corpo. Segurança, nada em prejuízo da
residência onde ele habita ou de suas fortalezas nas quais ele possa se
achar. Honra, quer dizer, nada em detrimento de sua justiça ou do que
possa sua honra depender. Interesse, quer dizer, nada que possa
prejudicar suas possessões. Liberdade e faculdade, quer dizer, o bem
que o senhor possa fazer não lhe deva ser tornado difícil e o que ele
esteja fazendo tornado impossível (...)

Fonte: Fulbert de Chartres. Epistolae, LVIII, ano 1020. In: Jaime


Pinsky. Modo de produção feudal. 2 ed. São Paulo: Global, 1982.

Os princípios apresentados na cerimônia descrita pelo texto fazem


referência às relações sociais entre
a) patrícios e plebeus na Antiguidade.
b) suseranos e vassalos na Idade Média.
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c) proprietários de terras e escravos no Brasil Colonial.


d) burgueses e classe trabalhadora na sociedade industrial.
e) latifundiários e camponeses na América Contemporânea.

2. (G1 - ifsp 2016) Segundo o historiador Demant, “em princípio,


Maomé conseguiu converter à nova fé a esposa e alguns amigos. Seu
primeiro núcleo de ouvintes foi mínimo, mas suficiente para irritar a
elite comercial de Meca, cuja renda do turismo religioso foi ameaçada

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pela insistência de Maomé em destruir as imagens dos deuses


politeístas. A repressão contra essa pequena e primeira comunidade
muçulmana o levou a fugir com seus seguidores, no ano de 622 d.C,
para outra cidade, mais aberta às suas demandas: Iatreb, desde então
nomeada de Al-Medina (a Cidade), situada a 300 quilômetros ao norte
de Meca.

(DEMANT, Peter. O Mundo Muçulmano. São Paulo: Contexto, 2011, p.


26).

Com base na situação descrita sobre a fuga do fundador do islã, o


Profeta Maomé, é correto o que se afirma em:
a) Sua fuga é conhecida como a jihad (luta em favor de Deus) e marca
o início do calendário muçulmano.
b) Sua fuga é conhecida como a salat (reza que se faz cinco vezes ao
dia) e marca o início do calendário muçulmano.
c) Sua fuga é conhecida como a hijra (hégira ou migração) e marca o
início do calendário muçulmano.
d) Sua fuga é conhecida como o ramadan (ramadã - mês de jejum,
entendido como purificação e ascese para Deus) e marca o início do
calendário muçulmano.
e) Sua fuga é conhecida como a shahada (testemunho – é a confissão
que efetua a conversão) e marca o início do calendário muçulmano.
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3. (Espcex (Aman) 2016) Os fragmentos de texto abaixo foram


extraídos de VICENTINO e DORIGO (2011) e se referem à Igreja
Medieval.

I. Pouco a pouco, a Igreja foi “se transformando na maior proprietária


de terras da Idade Média e construindo fortes vínculos com a
estrutura feudal”.

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II. Viviam afastados das tentações do mundo por meio do isolamento


em abadias e de votos de castidade, pobreza e silêncio. Com o
tempo, num mundo em que uma restrita minoria era alfabetizada, as
igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos principais
centros da cultura letrada.
III. Viviam apegados aos bens materiais e em contacto com a
sociedade, a terra, a administração e a exploração das riquezas.
IV. A proibição de casamento rigorosamente aplicada a partir do Século
XI liberava os padres dos compromissos conjugais e contribuía, além
disso, para a manutenção do patrimônio eclesiástico feudal, ao evitar
a divisão entre possíveis herdeiros dos membros do clero.

Os fragmentos I, II, III e IV referem-se, respectivamente, ao


a) poder temporal, clero secular, clero regular e celibato clerical.
b) celibato clerical, clero regular, clero secular e poder temporal.
c) clero secular, celibato clerical, poder temporal e clero regular.
d) poder temporal, clero regular, clero secular e celibato clerical.
e) clero regular, clero secular, poder temporal e celibato clerical.

4. (Unesp 2016) Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada


uma abrigando sua “família”, e as mais perfeitas, com efeito, as mais
bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais abundantes
recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos
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postos avançados do progresso cultural; do outro, tudo ali se


encontrava organizado em função de um projeto de perfeição, nítido,
bem estabelecido, rigorosamente medido.

(Georges Duby. “A vida privada nas casas aristocráticas da França


feudal”.
História da vida privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)

A caracterização do mosteiro medieval como uma “casa”, um “posto

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avançado do progresso cultural” e um “projeto de perfeição” pode ser


explicada pela disposição monástica de
a) valorizar a vida privada, participar ativamente da vida política e
combater o mal.
b) recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador durante sua
estada no mundo dos vivos.
c) recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estudar e
combater a desordem do mundo.
d) identificar-se com as condições de privação por que passavam as
famílias pobres, celebrar a tradição escolástica e agir de forma ética.
e) reconhecer a humanidade como solidária e unida num esforço de
salvação da alma dos fiéis e dos infiéis.

5. (Unicamp 2016) Reproduz-se, abaixo, trecho de um sermão do


bispo Cesário de Arles (470-542), dirigido a uma paróquia rural.

“Vede, irmãos, como quem recorre à Igreja em sua doença obtém a


saúde do corpo e a remissão dos pecados. Se é possível, pois,
encontrar este duplo benefício na Igreja, por que há infelizes que se
empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados
sortilégios: recorrendo a encantadores, a feitiçarias em fontes e
árvores, amuletos, charlatães, videntes e adivinhos?”
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(Fonte:
http://www.institutosapientia.com.br/site/index.php?option=co_conte
nt&view=article&id=1397:sao-cesario-de-arles-sermao-13-parauma-
paroquia-rural&catid=28: outros-artigos&Itemid=285.)

A partir desse sermão, escrito no sul da atual França, é correto afirmar


que:

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a) A Igreja Católica assumia funções espirituais e deixava à nobreza o


cuidado da saúde dos camponeses, através de ordens religiosas e
militares.
b) O cristianismo tinha penetrado em todas as categorias sociais e era
interpretado da mesma forma através da autoridade dos bispos.
c) Práticas consideradas menos ortodoxas por Cesário de Arles ainda
encontravam espaço em setores da sociedade e a elite da Igreja
tentava se afirmar como o único acesso ao sagrado.
d) O avanço do materialismo estava afastando da Igreja os
camponeses, que, com isto, deixavam de pagar os dízimos
eclesiásticos.

6. (Pucsp 2016) “As fugidias confissões que os inquisidores tentavam


arrancar dos acusados proporcionam ao pesquisador atual as
informações que ele busca – claro que com um objetivo totalmente
diferente. Mas, enquanto lia os processos inquisitoriais, muitas vezes
tive a impressão de estar postado atrás dos juízes para espiar seus
passos, esperando, exatamente como eles, que os supostos culpados
se decidissem a falar das suas crenças.”

Carlo Ginzburg. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras,


2007, p. 283-284. Adaptado.
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O texto aponta semelhanças entre a expectativa do inquisidor, que


colhia os depoimentos daqueles que eram julgados pelo Santo Ofício,
e a expectativa do pesquisador, que, séculos depois, analisa os
processos inquisitoriais. O “objetivo totalmente diferente” de cada um
deles pode ser assim caracterizado:
a) enquanto o inquisidor desejava salvar a alma do acusado, por meio
da expiação de seus pecados, o pesquisador consegue descobrir, no
depoimento, a verdade completa e absoluta sobre o período.

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b) enquanto o inquisidor ampliava os limites da fé cristã, ao perdoar


os erros do acusado, o pesquisador consegue identificar a fé superior
do membro da Igreja e os pecados cometidos pelos réus.
c) enquanto o inquisidor pretendia obter, do acusado, uma confissão
ou o reconhecimento de culpa, o pesquisador deseja encontrar, no
processo, indícios que o ajudem a compreender aquela experiência
histórica.
d) enquanto o inquisidor assumia uma atitude de tolerância e respeito
perante o acusado, o pesquisador penetra indevidamente na
intimidade dessas duas pessoas.

7. (Unesp 2016) Examine a iluminura extraída do manuscrito Al-


Maqamat, de Abu Muhammed al-Kasim al-Hariri, 1237.

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A imagem pode ser associada à tradição dos conhecimentos


desenvolvidos no mundo árabe-islâmico durante a Idade Média e
revela
a) a inexistência de instrumental médico nas sociedades islâmicas, que
impediam qualquer tipo de corte nos corpos.
b) a preparação do cadáver feminino para a cremação, principal culto
funerário desenvolvido nas sociedades islâmicas.

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c) a condenação imposta pelas autoridades religiosas islâmicas às


pessoas que cuidavam de doentes e mulheres grávidas.
d) o desenvolvimento da medicina nas sociedades islâmicas, o que
permitiu avanços, como a descrição da varíola e o emprego de
anestesia em cirurgias.
e) o repúdio, nas sociedades islâmicas, à representação do nu
feminino, o que provocou sucessivas punições civis e religiosas a
artistas.

8. (Unesp 2016) Eis dois homens à frente: um, que quer servir; o
outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O primeiro une as mãos e,
assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de
submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela
genuflexão. Ao mesmo tempo, a personagem que oferece as mãos
pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece
“o homem” de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado
beijam-se na boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes –
muito simples e, por isso mesmo, eminentemente adequados para
impressionar espíritos tão sensíveis às coisas – os gestos que serviam
para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal
conheceu.

(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)


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O texto e a imagem referem-se à cerimônia que


a) consagra bispos e cardeais.
b) estabelece as relações de vassalagem.
c) estabelece as relações de servidão.
d) consagra o poder municipal.
e) estabelece as relações de realeza.

9. (Fgv 2016) “Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis


e as elites, o islamismo foi bem recebido e conseguiu vários adeptos,
tendo chegado à região da savana africana, provavelmente, antes do
século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta.
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(...) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas


concepções religiosas africanas, (...) associava as histórias sagradas
às genealogias, acreditava na revelação divina, na existência de um
criador e no destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século
XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do
fim do Ramadã e, à tarde, presenciou um ritual da religião tradicional
realizado por trovadores com máscaras de aves.”

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(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)

Considerando o trecho e os conhecimentos sobre a história da África,


é correto afirmar que
a) a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se
superficial porque atingiu poucos setores sociais, especialmente
aqueles voltados aos negócios comerciais, além de sofrer forte
concorrência do cristianismo.
b) a presença do islamismo no continente africano derivou da
impossibilidade dos árabes em ocupar regiões na Península Ibérica,
o que os levou à invasão de territórios subsaarianos, onde ocorreu
violenta imposição religiosa.
c) o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou
transações comerciais marcadas pela desconfiança recíproca,
desprezo mudado, posteriormente, com o abandono das religiões
primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
d) o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo
na África, e essa religião, em algumas regiões do continente, ou
incorporou-se às religiões tradicionais ou facilitou uma convivência
relativamente harmônica.
e) as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas,
influenciaram as principais lideranças da África ocidental,
possibilitando a formação de novas denominações religiosas, não
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islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.

10. (Fgv 2015) A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de


produção em dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na
ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.

Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto:


Afrontamento, 1982, p. 140.

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O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse


pequeno trecho. A esse respeito é correto afirmar:
a) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano
em crise e as formações sociais dos guerreiros germânicos.
b) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se
um ponto de intersecção com a sociedade romana.
c) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi
transformada a partir das invasões germânicas dos séculos IV a VI.
d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as
relações servis que permitiram a síntese social com os romanos.
e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos
conflitos constantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva dos
magiares.

11. (Enem 2015) A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto,
dividida em três: uns oram, outros combatem, outros, enfim,
trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser
separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras
das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se de aliviar o
conjunto... Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz.

ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos


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medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981.

A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante


a Idade Média. Um objetivo de tal ideologia e um processo que a ela
se opôs estão indicados, respectivamente, em:
a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.
b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.
c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.

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d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.


e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.

12. (Unesp 2015) Observemos apenas que o sistema dos feudos, a


feudalidade, não é, como se tem dito frequentemente, um fermento de
destruição do poder. A feudalidade surge, ao contrário, para responder
aos poderes vacantes. Forma a unidade de base de uma profunda
reorganização dos sistemas de autoridade […].
GOFF, Jacques Le. Em busca da Idade Média, 2008.

Segundo o texto, o sistema de feudos


a) representa a unificação nacional e assegura a imediata centralização
do poder político.
b) deriva da falência dos grandes impérios da Antiguidade e oferece
uma alternativa viável para a destruição dos poderes políticos.
c) impede a manifestação do poder real e elimina os resquícios
autoritários herdados das monarquias antigas.
d) constitui um novo quadro de alianças e jogos políticos e assegura a
formação de Estados unificados.
e) ocupa o espaço aberto pela ausência de poderes centralizados e
permite a construção de uma nova ordem política.

13. (Unesp 2015) Os homens da Idade Média estavam persuadidos de


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que a terra era o centro do Universo e que Deus tinha criado apenas
um homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus descendentes. Não
imaginavam que existissem outros espaços habitados. O que viam no
céu, o movimento regular da maioria dos astros, era a imagem do que
havia de mais próximo no plano divino de organização.

(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, 1998.
Adaptado.)

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O texto revela, em relação à Idade Média ocidental,


a) o prevalecimento de uma mentalidade fortemente religiosa,
indicativa da força e da influência do cristianismo.
b) a consciência da própria gênese e origem, resultante das pesquisas
históricas e científicas realizadas na Grécia Antiga.
c) o esforço de compreensão racionalista dos fenômenos naturais, base
do pensamento humanista.
d) a construção de um pensamento mítico, provavelmente originário
dos contatos com povos nativos da Ásia e do Norte da África.
e) a presença de esforços constantes de predição do futuro,
provavelmente oriundos das crenças dos primeiros habitantes do
continente.

14. (G1 - ifsp 2014) Analisando as condições de trabalho da Europa


medieval, o historiador Marc Bloch afirmou:

O servo, em resumo, dependia tão estreitamente de um outro ser


humano que, fosse ele para onde fosse, esse laço o seguia e se
imprimia à sua descendência. Essas pessoas, para com o senhor, não
estavam obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de
serviços. Deviam-lhe também auxílio e obediência, e contavam com a
sua proteção.
(BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 79, s/d., p. 294-
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295. Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que a servidão na Europa


medieval
a) baseava-se na cobrança de taxas e no trabalho em troca de proteção
e moradia.
b) organizava a produção monocultora de exportação que predominava
no período.

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c) proporcionava ampla mobilidade social para os servos e seus


descendentes.
d) garantia aos servos a participação nas decisões políticas dentro dos
feudos.
e) impedia a circulação dos trabalhadores nas lavouras dos territórios
senhoriais.

15. (Ufjf-pism 1 2016) Leia:

“Os reinos germânicos tiveram entre si semelhanças e diferenças.


Possuíram, em relação ao antigo Império Romano, caracteres comuns
(elementos de permanência), bem como, outros que os
individualizaram (elementos de ruptura). Houve a convivência entre o
germano e o romano”.
GUERRA MARTINS. M. Os povos bárbaros. São Paulo, Ática, 1997. p.
17.

A partir da leitura do trecho acima, marque a opção CORRETA sobre


o contexto do período inicial da Idade Média (entre os séculos V e VII):
a) Igreja Católica teve sua influência política e socioeconômica
enfraquecida devido a sua forte relação com o Império Romano que
não existia mais.
b) Os Estados organizados pelos invasores bárbaros se caracterizavam
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por uma forte estabilidade política e por fronteiras territoriais bem


definidas.
c) Com a diminuição de fatores que geravam o aumento da
mortalidade, como guerras, epidemias e fome, ocorreu uma alta
demográfica populacional.
d) A sociedade vivenciou um processo de desmilitarização com a
diminuição contínua da importância dos exércitos controlados pelos
grandes proprietários de terras.

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e) A produção econômica concentrava-se fortemente em atividades


rurais desenvolvidas em grandes propriedades que visaram à
autossuficiência.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[B]

Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a relação de


suserania e vassalagem ocorrido na Europa Feudal durante o Medievo.
O nobre suserano doava terras a um nobre vassalo e havia um
juramento de fidelidade entre ambos, uma reciprocidade, um auxílio
mútuo entre eles. O próprio texto do século XI já aponta para o referido
contexto histórico e menciona o compromisso inerente ao ritual da
relação de suserania e vassalagem, tais como: proteção, segurança,
honra, interesse, faculdade e liberdade.

Resposta da questão 2:
[C]

O texto narra a perseguição sofrida por Maomé em Meca e sua


consequente fuga para Medina. Esse episódio da história muçulmana
ficou conhecido como hégira e marca o ano 1 do calendário
muçulmano.

Resposta da questão 3: 47991593487

[D]

A questão remete ao mundo europeu durante o medievo. A sequência


correta é:
[I] Poder Temporal
[II] Clero Regular
[III] Clero Secular:
[IV] Celibato Clerical

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Resposta da questão 4:
[C]

A vida nos mosteiros era completamente fechada com relação ao


mundo exterior, mas isso não impedia os mosteiros de serem
verdadeiras casas do saber, uma vez que cabia aos monges estudar e
aprimorar os preceitos da época e o latim.

Resposta da questão 5:
[C]

As práticas consideradas não ortodoxas pela Igreja Católica – como


feitiçaria, encantos e videntes – foram, durante a Idade Média, usadas
por parte da população, em especial na zona rural. Diante disso, a
Igreja tentava adentrar nesse meio para ampliar sua influência sobre
a sociedade.

Resposta da questão 6:
[C]

A alternativa [C] é a única que está em consonância com o texto do


pensador Carlo Ginzburg. Há uma distância considerável entre o
processo inquisitorial com a expectativa do inquisidor que procurava
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arrancar a confissão do acusado em relação ao historiador que, séculos


depois, estuda e analisa os processos inquisitoriais em busca de uma
compreensão daquele contexto histórico. O pesquisador debruçado
sobre sua fonte documental procura vislumbrar o passado, conhecer
aquela experiência histórica.

Resposta da questão 7:
[D]

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A sociedade islâmica desenvolveu uma apurada vocação para as


ciências, em especial a Medicina. Logo, houve uma série de
descobertas e avanços medicinais durante a Alta Idade Média nos
lugares habitados pelos árabes.

Resposta da questão 8:
[B]

O texto e a imagem descrevem a cerimônia que acontecia para que


fosse estabelecido o laço da nobreza mais importante do Feudalismo:
o laço de suserania e vassalagem.

Resposta da questão 9:
[D]

Somente a proposição [D] está correta. A questão remete à expansão


do Islamismo no continente Africano. Após a morte de Maomé em 632
sua família assumiu o poder através do “Califado legítimo ou perfeito”.
Em 660 começou a dinastia Omíada, 661-750, com uma forte
expansão para o ocidente apoiado no “djihad”, ou a guerra santa. Em
750 a família Abássida assumiu o poder destronando os Omíadas. O
Islamismo respeitava as culturas e religiões locais (conforme sugere o
texto). Havia acordos econômicos entre líderes islâmicos com as
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lideranças locais, atrativos econômicos favoreciam o processo de


conversão ao islamismo.

Resposta da questão 10:


[A]

A forma social de trabalho formada no Feudalismo foi uma síntese


entre dois tipos de relações sociais anteriores: o escravismo romano e
o clientelismo bárbaro. Essa síntese resultou na servidão feudal.

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Resposta da questão 11:


[A]

A ideologia apresentada no texto tem como objetivo reforçar a divisão


estamental da Idade Média – “uns oram, outros combatem, outros,
enfim, trabalham”. E os movimentos que mais se opuseram a isso
foram as Revoltas Camponesas.

Resposta da questão 12:


[E]

Somente a alternativa [E] está correta. A questão remete ao poder


político na Europa durante o medievo. O texto do historiador francês
Jacques Le Goff aponta para a “feudalidade”. O pensador defende que
o feudalismo não se caracterizou pela destruição de poder. Ao
contrário, a feudalidade surgiu para preencher um vazio de poder que
se deu com a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C. Com
a queda de Roma, acabou a centralização do poder político surgindo
uma nova ordem social, econômica e política (conhecida como o
sistema feudal) através da fusão de romanos e germanos. Trata-se do
surgimento da Civilização Cristã Ocidental no começo da Idade Média.
As demais alternativas estão incorretas.
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Resposta da questão 13:


[A]

Durante a Idade Média, a ideologia predominante era aquela criada e


ditada pela Igreja Católica, baseada no Cristianismo. Fundamentos
como a terra ser o centro do Universo e a criação do homem e da
mulher por Deus faziam parte dessa ideologia.

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O pensamento humanista é posterior e marca o início da Era Moderna.

Resposta da questão 14:


[A]

A prática da servidão surgiu na Idade Média a partir do princípio da


proteção: os romanos abastados ofereciam moradia e proteção (contra
os bárbaros) aos romanos menos favorecidos em troca de serviço. E,
a partir disso, surgiram as obrigações servis (talha, corveia,
banalidades, tostão de Pedro).

Resposta da questão 15:


[E]

Uma característica econômica básica do Feudalismo foi a ruralização


da economia com vistas à subsistência, ou seja, a produção agrícola
rural visando à autossuficiência.

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4. O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO (PARTE 2).

As cruzadas e a decadência do Feudalismo:


No ano de 1096, o Papa Urbano II convocou a cristandade ocidental
para lutar contra o infiel que dominava a cidade sagrada de Jerusalém.
Até hoje esta cidade é local de intensos conflitos, pois é sagrada para
as três grandes religiões monoteístas: Judaísmo, cristianismo e
islamismo. Para os católicos europeus era então uma cruzada pela fé
cristã para expandi-la, dominar seus locais sagrados no oriente, então
foram enviadas várias expedições. Tiveram vários objetivos:
 Religioso: expandir a fé crista e tomar Jerusalém dos árabes
islâmicos.
 Sociais: Diminuir o excedente populacional europeu. Nas duas
primeiras cruzadas foram enviados os mendigos e as crianças
abandonadas.
 Comerciais: As cidades italianas financiaram expedições com o
objetivo de realizar trocas comerciais com as ricas cidades
orientais. As expedições cruzadas, em nome da fé saquearam
muitas cidades islâmicas e levaram os produtos para
comercializarem na Europa.
Os católicos conquistaram Jerusalém e fundaram os reinos
cristãos do oriente, e dominaram a região por mais de um século. A
resistência cultural e militar islâmica foi notória, e apesar do mundo
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árabe ter sido destruído militarmente, conseguiram expulsar os


europeus sob o comando de Saladino no séc. XIII.
As cruzadas promoveram um intenso choque de civilizações que,
de certa forma, percorreu os séculos e dura até hoje. Sua principal
consequência foi ter promovido um “renascimento comercial” e a
reabertura do mar mediterrâneo, que até aquele momento era
monopolizado pelos árabes. As cidades italianas de Gênova e Veneza
foram pioneiras neste comércio e passaram a deter o monopólio de

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navegação. Este momento foi decisivo para que o comércio se tornasse


cadê vez maior e desse início à gestação do sistema capitalista.

O Renascimento Urbano e Comercial:

Na medida em que o comércio se intensificava, os comerciantes


circulavam através de caravanas, que conforme o tempo passava,
tornaram-se importantes rotas comerciais. Estas rotas multiplicaram-
se em seus entroncamentos, os primeiros comerciantes que se
encontravam passaram a realizar as trocas ali mesmo, dando origens
a feiras medievais. Estas feiras cresceram até dar origem as primeiras
cidades, chamadas Burgos. O comerciante habitante do burgo era o
burguês. Assim nasce uma nova classe social, que será a dominante
no sistema capitalista. Os burgos eram totalmente caóticos e não
possuíam saneamento básico. Para a sua proteção eram construídos
grandes muros em formatos de anel. Para adentrarmo-nos na cidade
tínhamos que atravessar os seus portões. Conforme as cidades
cresciam mais eram construídos novos anéis. Sujas e sem circulação
de ar e lotadas de ratos, eram locais muito propícios para a proliferação
de doenças, e epidemias eram frequentes. A mais famosa delas foi a
peste negra. As cidades começaram a crescer muito pois o servo que
fugisse para um burgo, estaria liberto de suas obrigações feudais caso
não fosse resgatado em um ano. Daí um ditado da época: “O ar da
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cidade liberta”. As fugas de servos dos feudos tornaram-se frequentes.

A crise do século XIV:


O século XIV foi marcado por uma série de crises que
acarretaram na decadência total do Feudalismo. Foi um século
marcados por crises de fome, guerras (guerra dos 100 anos e as
guerras camponesas e a peste negra).
 A peste negra atingiu a Europa de forma tão intensa que matou
1/3 da população ocidental. Era a peste bubônica, transmitida

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pelo rato e de fácil e rápida contaminação. As condições


sanitárias europeias aumentavam as chances de contaminação,
mas como não dominavam como era transmitida a doença, não
sabiam cuidar dela e atribuíam a epidemia a um castigo de Deus.
 A fome se tornou constante. A alta mortalidade da população e
fortes invernos fizeram as colheitas declinarem. Isso provocou
um grave conflito entre camponeses e nobreza, pois os senhores
além de aumentarem os impostos, aumentam muito a
exploração e dominação. Isso estimulou o aumento das fugas
para os burgos
 A crise da servidão foi provocada pelo renascimento comercial e
pela superexploração feudal decorrente da diminuição da
população. Os camponeses que permaneceram, revoltaram-se
contra a exploração e passaram a ocorrer guerras entre
camponeses e senhores cada vez mais violentas, além disso os
reinos da Inglaterra e da França disputavam sucessões no trono.
A guerra dos 100 anos e as Jaquieries destruíram a organização
feudal e estimularam a centralização política que viria ao final da
guerra dos 100 anos e a formação do absolutismo Inglês e
Francês.

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5. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS (PARTE 2).

1. "Guerra proclamada pelo Papa em nome de Cristo e travada como


iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou
em defesa da Cristandade contra inimigos externos. O movimento das
Cruzadas era em certo sentido uma extensão da guerra que estava
sendo travada contra os muçulmanos na Espanha e na Sicília."
(LOYN, H.R. "Dicionário da Idade Média")

a) Cite uma motivação de ordem religiosa e outra de ordem


socioeconômica para o início das Cruzadas.
b) Cite e analise duas repercussões do movimento das Cruzadas para
o ocidente medieval.
Resposta:

a) 1. Você poderá citar uma motivação de ordem religiosa do


movimento das Cruzadas tal como: a recuperação de terras
santas tomadas pelos muçulmanos e a retomada da cidade de
Jerusalém, entre outras de mesma natureza.
2. Você poderá citar uma motivação de ordem sócio-econômica
do movimento das Cruzadas tal como: a busca de novos
territórios; o excedente populacional e o processo de expansão
comercial, entre outras de mesma natureza.
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b) Você poderá citar e analisar duas repercussões do


movimento das cruzadas tais como: o domínio europeu das
rotas comerciais do Mediterrâneo; a expansão das atividades
comerciais e urbanas como feiras; o desenvolvimento dos
setores sociais urbanos como a burguesia e a maior presença
de elementos culturais de origem oriental na Europa, entre
outras.

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2. "Em 1348 a peste negra invadiu a França e, dali para a frente, nada
mais seria como antes. Uma terrível mortalidade atingiu o reino. A
escassez de mão-de-obra desorganizou as relações sociais e de
trabalho. Os trabalhadores que restaram aumentaram suas exigências.
Um rogo foi dirigido a Deus, e também aos homens incumbidos de
preservar Sua ordem na Terra. Mas foi preciso entender que nem a
Igreja nem o rei podiam fazer coisa alguma. Não era isso uma prova
de que nada valiam? De que o pecado dos governantes recaía sobre a
população? Quando o historiador começa a encontrar tantas maldições
contra os príncipes, novas formas de devoção e tantos feiticeiros sendo
perseguidos, é porque de repente começou a se estender o império da
dúvida e do desvio."
(Adaptado de Georges Duby, "A Idade Média na França (987-
1460): de Hugo Capeto a Joana D'arc". Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 1992, p. 256-258.)

a) A partir do texto, identifique de que maneira a peste negra


repercutiu na sociedade da Europa medieval, em seus aspectos
econômico e religioso.
b) Indique características da organização social da Europa medieval
que refletiam a ordem de Deus na Terra.

Resposta: 47991593487

a) A peste negra insere-se no contexto da crise do século XIV e


é considerada uma manifestação do esgotamento do sistema
feudal. Quanto ao aspecto econômico, as altas taxas de
mortalidade ocasionaram a escassez de mão-de-obra, levando
à superexploração dos servos pelos senhores feudais e às
consequentes revoltas camponesas, destacando-se as
"jacqueries", além de mudanças nas relações de trabalho. Tais
eventos acabaram por gerar a crise do trabalho servil.

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Outro efeito da mortalidade foi a redução do mercado em um


contexto de retomada do comércio que, juntamente à
paralisação das rotas terrestres, em decorrência
particularmente da Guerra dos Cem Anos, estimularam a
Expansão Marítima e Comercial Europeia.
Quanto ao aspecto religioso, a peste serviu de argumento para
perseguições aos grupos considerados heréticos, culpados de
atrair a ira divina, em razão de as interpretações sobre a peste
estarem inseridas à mentalidade medieval marcada pelo
cristianismo.
b) A concepção de sociedade, na Europa medieval, era
determinada pela Igreja e fundamentada no teocentrismo.
Assim sendo, a sociedade era estratificada, composta de três
ordens: o clero, os que rezam; a nobreza, os que combatem; e
os camponeses, os que trabalham.

3. (Enem 2015) No início foram as cidades. O intelectual da Idade


Média – no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento
urbano ligado às funções comercial e industrial – digamos
modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens
de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão
do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de
preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que,
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profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em


resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades.

LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José


Olympio, 2010

O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no


texto evidencia o(a)

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a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.


b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de trabalho.
c) importância organizacional das corporações de ofício.
d) progressiva expansão da educação escolar.
e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.

Resposta:
[B]

O desenvolvimento urbano e o renascimento cultural


promoveram transformações na sociedade, como o surgimento
de novas profissões urbanas, promovendo, também, uma nova
divisão do trabalho.

4. (Enem PPL 2014) Veneza, emergindo obscuramente ao longo do


início da Idade Média das águas às quais devia sua imunidade a
ataques, era nominalmente submetida ao Império Bizantino, mas, na
prática, era uma cidade-estado independente na altura do século X.
Veneza era única na cristandade por ser uma comunidade comercial:
“Essa gente não lavra, semeia ou colhe uvas”, como um surpreso
observador do século XI constatou. Comerciantes venezianos puderam
negociar termos favoráveis para comerciar com Constantinopla, mas
também se relacionaram 47991593487

com mercadores do islã.

FLETCHER, R. A cruz e o crescente: cristianismo de islã, de Maomé à


Reforma. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

A expansão das atividades de trocas na Baixa Idade Média,


dinamizadas por centros como Veneza, reflete o(a)
a) importância das cidades comerciais.
b) integração entre a cidade e o campo.
c) dinamismo econômico da Igreja cristã.

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d) controle da atividade comercial pela nobreza feudal.


e) ação reguladora dos imperadores durante as trocas comerciais.

Resposta:
[A]

As chamadas cidades comerciais – como Gênova e Veneza


– foram muito importantes para o renascimento urbano-
comercial e para a superação da crise agrícola do fim do
Feudalismo. Nessas cidades o comércio renasceu primeiro, a
burguesia primeiro se formou, e as bases econômicas da Era
Moderna se fundaram.

5. (Enem PPL 2013) Queixume das operárias da seda

Sempre tecemos panos de seda


E nem por isso vestiremos melhor [...]

Nunca seremos capazes de ganhar tanto


Que possamos ter melhor comida [...]

Pois a obra de nossas mãos


Nenhuma de nós terá para se manter [...]
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E estamos em grande miséria


Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para
quem trabalhamos

Grande parte das noites ficamos acordadas


E todo o dia para isso ganhar

Ameaçam-nos de nos moer de pancada

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Os membros quando descansamos

E assim, não nos atrevemos a repousar.

CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente


Medieval. Lisboa: Edições 70, 1992.

Tendo em vista as transformações socioeconômicas da Europa


Ocidental durante a Baixa Idade Média, o texto apresenta a seguinte
situação:
a) Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal.
b) Deslocamento das trabalhadoras do campo para as cidades.
c) Desorganização do trabalho pela introdução do assalariamento.
d) Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e empregadas.
e) Ganho das artífices pela introdução da remuneração pelo seu
trabalho.

Resposta:
[A]

Nas passagens “estamos em grande miséria, mas, com os


nossos salários, enriquece aquele para quem trabalhamos” e
“ameaçam-nos de nos moer de pancada os membros quando
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descansamos” podemos notar a coerção dos trabalhadores


durante o período retratado.

6. (Enem 2011) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da


mentalidade medieval nascido talvez de um profundo
sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava
do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da
cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha.

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DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da


vida privada da
Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990
(adaptado).

As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no


final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de
passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com
a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas.
b) a migração de camponeses e artesãos.
c) a expansão dos parques industriais e fabris.
d) o aumento do número de castelos e feudos.
e) a contenção das epidemias e doenças.

Resposta:
[A]

O final da Idade Média é caracterizado por um processo de


transformações socioeconômicas que envolveram as cidades.
Se durante a Alta Idade Média a cidade manteve-se isolada,
durante a Baixa Idade Média ela tendeu a crescer, impulsionada
por maior circulação de mercadorias provenientes do oriente. O
Renascimento, comercial e urbano, possibilitaram o surgimento
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da burguesia e das raízes do processo de acumulação de


capitais.

7. (Enem 2008) A Peste Negra dizimou boa parte da população


europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O
conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a
epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: "As pessoas
morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em
fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias,

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cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias


mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do
mundo."

Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In:


William M. Bowsky, The Black Death: a turning point in history? New
York: HRW, 1971 (com adaptações).

O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra que


assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que
a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos.
b) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber médico.
c) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte,
porque as vítimas eram poucas e identificáveis.
d) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior
à Peste.
e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os
cadáveres não serem enterrados.

Resposta:
[A]

O testemunho de Agnolo di Tura faz uma associação direta


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entre o enorme número de mortos devido à Peste Negra e o fim


do mundo. Essa associação expressa, por sua vez, uma visão
teocêntrica e dogmática medieval, que considerava que os
diversos fenômenos simultâneos como surtos de fome, a
Guerra dos Cem Anos e a Peste Negra eram sinais da cólera de
Deus, reforçando a crença no final dos tempos.

8. (Enem 2006) Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por


todas as partes ossadas humanas, trapos e bandeiras. No meio desse

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quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor, o


acampamento onde Gauthier havia deixado as mulheres e crianças. Lá
os cristãos tinham sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no
momento em que os sacerdotes celebravam o sacrifício da Missa. As
mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza ou a doença
conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido
levados para a escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A
multidão dos cristãos, massacrada naquele lugar, tinha ficado sem
sepultura.

J. F. Michaud. História das cruzadas. São Paulo: Editora das


Américas, 1956 (com adaptações).

Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492


da Hégira, que os franj* se apossaram da Cidade Santa, após um sítio
de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez que falam nisso; seu
olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles
guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas
o sabre cortante, desembainhado, degolando homens, mulheres e
crianças, pilhando as casas, saqueando as mesquitas.

*franj = cruzados.
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Amin Maalouf. As Cruzadas vistas pelos árabes. 2a ed. São Paulo:


Brasiliense, 1989 (com adaptações).

Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos, que tratam das


Cruzadas.

I. Os textos referem-se ao mesmo assunto - as Cruzadas, ocorridas no


período medieval -, mas apresentam visões distintas sobre a
realidade dos conflitos religiosos desse período histórico.

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II. Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos


e muçulmanos durante a Idade Média e revelam como a violência
contra mulheres e crianças era prática comum entre adversários.
III. Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais
e revelam como as disputas dessa época, apesar de ter havido
alguns confrontos militares, foram resolvidas com base na ideia do
respeito e da tolerância cultural e religiosa.

É correto apenas o que se afirma em


a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

Resposta:
[D]

As cruzadas foram expedições organizadas pela Igreja


Católica e por reis europeus, que pretendiam conquistar terras
e riquezas no oriente próximo, baseadas num discurso de
fanatismo religioso. O confronto entre cristãos e muçulmanos
durou cerca de dois séculos e envolveu diferentes batalhas, nas
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quais não foram poupadas as vidas de mulheres e crianças.

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6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS (PARTE 2).


1. (Espcex (Aman) 2016) Os últimos anos do século X foram
marcados, na Europa Ocidental, pela diminuição das invasões bárbaras
e pela queda da mortandade por epidemias. Tais fatos geraram
estabilidade e crescimento demográfico. A partir do século XI, o
continente experimentaria profundas transformações que levariam ao
que se conhece como Renascimento Comercial.

Com relação ao acima exposto, é correto afirmar que


a) o Iluminismo gerou uma mentalidade de busca pela prosperidade
material, o que levou ao incremento de práticas comerciais.
b) o restabelecimento de rotas comerciais com a Oceania favoreceu o
estabelecimento de novas empresas de comércio na Europa.
c) os avanços tecnológicos elevaram a quantidade da produção agrícola
e o excedente passou a ser vendido.
d) as Cruzadas impediram a circulação de mercadorias entre o
Ocidente e o Oriente.
e) a intensificação do comércio provocou o enfraquecimento de feiras
regulares nos cruzamentos das rotas comerciais.

2. (Fgv 2016) Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de
crescimento econômico (1200-1316) a Europa Ocidental entrou numa
fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no sul e
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princípios do XVI no centro e no norte.


FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed.,
São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 46.

A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é


correto afirmar que

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a) a crise manifestara-se desde o século XI e caracterizou-se pela


queda demográfica acentuada e pela desorganização das atividades
agrícolas e manufatureiras da Europa latina.
b) a falta de moedas e a ausência de minas na Europa provocaram a
paralisação das atividades mercantis e levaram à total desarticulação
do feudalismo a partir do século XIV.
c) estagnação tecnológica, queda demográfica e guerras prolongadas
são fatores que explicam a depressão econômica que marcou a
Europa ocidental a partir do século XIV.
d) a crise foi provocada pelas divisões internas da Igreja de Roma, às
quais se somariam os conflitos com o Sacro Império Romano
Germânico, levando a uma desorganização política da Europa
ocidental.
e) a depressão econômica foi causada pela expansão muçulmana na
Península Ibérica, uma das áreas que haviam impulsionado o
desenvolvimento econômico da cristandade ocidental.

3. (Ufjf-pism 1 2016) Observe a imagem a seguir.

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Sobre o desenvolvimento urbano e comercial no Ocidente Medieval


entre os séculos XII e XIII, marque a alternativa INCORRETA:

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a) Existia uma grande multiplicidade de moedas que circulavam


paralelamente entre si, sendo o cambista a principal figura
responsável pelas conversões nas feiras.
b) A sociedade que se estruturava no meio urbano reproduzia
predominantemente as relações de dependência típicas do meio
rural, como a vassalagem e a servidão.
c) A regulamentação da produção artesanal realizada nos espaços
urbanos aumentava com a criação das Corporações de Oficio em
diferentes setores produtivos.
d) Diversas cidades se desenvolveram a partir do aumento da
circulação de comerciantes em torno de entroncamentos de estradas
e em muralhas de castelos importantes.
e) As grandes rotas de comércio marítimo se concentravam no Mar do
Norte e no Mediterrâneo, com mercadorias vindas inclusive do
Oriente, como a seda.

4. (Ufu 2016) Mas o objetivo da produção, mesmo com meios


modestos, não era um fim abstrato como hoje, mas prazer e ócio. Esse
conceito antigo e medieval de ócio não deve ser confundido com o
conceito moderno de tempo livre. Isso porque o ócio não era uma
parcela da vida separada do processo de atividade remunerada, antes
estava presente, por assim dizer, nos poros e nos nichos da própria
atividade produtiva. 47991593487

KURZ, Robert. A expropriação do tempo. Folha de São Paulo, 3


jan.1999. p. 5 (Adaptado).

A noção de tempo livre assumiu uma qualidade positiva distinta


daquela de ócio, em função de estar articulada a um conjunto de
transformações socioeconômicas, localizadas a partir de fins da Idade
Média, e que se caracterizava

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a) pelo incremento da produção agrícola para o mercado interno,


responsável pelo chamado renascimento feudal do século XV.
b) pela crescente mercantilização das terras da Igreja, cada vez mais
alinhada com as modernas concepções sobre o trabalho.
c) pela descentralização político-administrativa das emergentes
monarquias nacionais, fator de estímulo para o crescimento da
produção mercantil.
d) pela aceleração das atividades urbanas e comerciais, com o
crescimento da produção mercantil e das camadas burguesas da
sociedade.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Para responder à(s) quest(ões) a seguir, considere o texto abaixo.

(...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram


subitamente subtraídos da mentalidade coletiva europeia durante o
século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, “parece lícito
considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo
fantástico, o Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário
do europeu quatrocentista”.

(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções


e descobertas portuguesas no Índico (1498-1554). São Paulo:
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Annablume, 2010, p. 197)

5. (Puccamp 2016) Durante a Idade Média, havia um imaginário


vinculado às cruzadas, pautado pela concepção de que
a) Os nobres tinham a missão sagrada de proteger a população
europeia dos “infiéis” que, após a tomada da Península Ibérica,
vinham impondo violentamente sua crença e cobrando altos
impostos a toda a cristandade.

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b) os vassalos deveriam morrer por meio do “bom combate” pois, ainda


que não houvesse esperança alguma de reconquistar Jerusalém, o
sacrifício humano fortaleceria a fé católica e o poder do Papa.
c) a Guerra Santa iniciada pelos muçulmanos era uma provação que
os cristãos deveriam enfrentar para que a tragédia da Peste Negra e
outros castigos divinos não voltassem a incidir sobre o Ocidente.
d) a longa peregrinação e os combates militares movidos pela fé, a fim
de recuperar a Terra Santa, assegurariam, a todos os participantes,
o perdão de seus pecados e a purificação de suas almas.
e) o enriquecimento obtido através de pilhagens deveria ser
inteiramente destinado às ordens mendicantes instaladas no Oriente
e às famílias pobres muçulmanas como prova do não apego aos bens
materiais pela Igreja católica.

6. (Unesp 2015)

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A imagem reproduz um auto de fé. Essas cerimônias


a) ocorreram em todos os países da Europa e nas regiões colonizadas
por portugueses e espanhóis.
b) permitiram a difusão do catolicismo e tiveram papel determinante
na erradicação do protestantismo na Europa central.

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c) eram conduzidas por autoridades leigas, pois a Igreja Católica não


tinha vínculo com a perseguição e a punição dos hereges.
d) tinham caráter exemplar, expondo publicamente os réus forçados a
pedir perdão, antes de serem encaminhados para a execução.
e) visavam a executar os judeus e islâmicos, não atingindo
protestantes nem católicos romanos ou ortodoxos.

7. (Ufjf-pism 1 2015) Observe as figuras abaixo.

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Dentre os objetivos que impulsionaram os homens medievais a


empreender viagens rumo ao Oriente, podemos destacar, EXCETO:
a) A libertação da Palestina que estava sob domínio muçulmano desde
o século VII, já que todo cristão era um vassalo de Deus e, portanto,
deveria jurar fidelidade e lutar contra os “inimigos da fé cristã”.

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b) Apesar da conquista de riquezas por meio de pilhagens aos


muçulmanos, as Cruzadas não obtiveram sucesso no que diz respeito
ao domínio de territórios, já que os cruzados nunca conseguiram
dominar a Cidade Santa (Jerusalém).
c) O interesse em obter mercadorias raras no Ocidente, principalmente
os produtos conhecidos como especiarias, através do controle das
rotas de comércio no mar Mediterrâneo.
d) A necessidade de regular conflitos, desviando o espírito belicoso dos
senhores feudais para regiões sob ameaça do Islã, tal como
observamos com o Império Bizantino, que recorre à ajuda de
cruzados para proteger suas fronteiras.
e) Os benefícios espirituais concedidos aos cruzados, tal como a
indulgência plenária (perdão dos pecados) dada àqueles que
partissem em peregrinação rumo à Terra Santa para combater os
infiéis

8. (Fgvrj 2015) Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com
identidade menor, a Península Ibérica possibilitava a reunião das ideias
de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa
(engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de
peregrinação (corpo santo apostólico em Santiago de Compostela). A
Reconquista revelou-se especialmente atraente, o que é significativo,
para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais
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constantes participantes ultramontanos da luta anti-moura na


Península.

FRANCO JÚNIOR, Hilário. Peregrinos, monges e guerreiros. Feudo-


clericalismo e religiosidade em Castela Medieval. São Paulo: Hucitec,
1990, p. 161.

Sobre a Reconquista Ibérica, é correto afirmar que se trata de

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a) um conjunto de guerras e conquistas territoriais cujas motivações


foram semelhantes àquelas que estimularam a ação dos cristãos
durante as Cruzadas.
b) um movimento dirigido pelos comerciantes castelhanos,
interessados em se apropriar das riquezas e rotas mercantis do
mundo islâmico.
c) um movimento sem vinculação às crenças religiosas e devocionais
cristãs e estimuladas pelo avanço científico precoce da Península
Ibérica.
d) uma incursão de cavaleiros a serviço da monarquia francesa com o
intuito de anexar a Península Ibérica e reestruturar o antigo Império
Carolíngio.
e) um movimento essencialmente religioso que visava a combater o
fanatismo muçulmano e estabelecer monarquias cristãs que
respeitassem a liberdade religiosa na Península Ibérica.

9. (Fuvest 2015) A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das


trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca
essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um
centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do
bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa,
um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista
“liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.
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GOFF Jacques Le. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010.
Adaptado.

O texto trata de um período em que


a) os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de
organização política e econômica, que produziam alterações na
hierarquia social e nas relações de poder.

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b) o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de


moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros
e dos comerciantes internacionais.
c) o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e
unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa
participação de membros do baixo clero.
d) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais,
enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes
proprietários de terras.
e) as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização
da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela
busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.

10. (Mackenzie 2014) Aquilo que dominava a mentalidade e a


sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu sentimento de
insegurança (...) que era, no fim das contas, a insegurança quanto à
vida futura, que a ninguém estava assegurada (...). Os riscos da
danação, com o concurso do Diabo, eram tão grandes, e as
probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o medo
vencia a esperança.

Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.


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O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança,


como retratado no texto acima. Encontre a alternativa que melhor
condiz com o assunto.
a) A crise econômica decorrente do final do Império Romano, a guerra
constante, as invasões bárbaras, a baixa demográfica, as pestes,
tudo isso aliado a um forte conteúdo religioso de punição divina aos
pecados contribuiu para o clima de insegurança medieval.
b) A peste bubônica provocou redução drástica na demografia
medieval, levando a crenças milenaristas e apocalípticas, sufocadas,

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por sua vez, pela rápida ação da Igreja, disponibilizando recursos


médicos e financeiros para a erradicação das várias doenças que
afetam seus fiéis.
c) O clima de insegurança que predominou em toda a Idade Média
decorreu das guerras constantes entre nobres – suseranos – e servos
– vassalos, contribuindo para a emergência de teorias milenaristas
no continente.
d) As enfermidades que afetavam a população em geral contribuíram
para a demonização de algumas práticas sociais, como o hábito de
usar talheres nas refeições, adquirido, por sua vez, no contato com
povos bizantinos.
e) A certeza da punição divina a pecados cometidos pelos humanos
predominava na mentalidade medieval; por isso, nos vários séculos
do período, eram constantes os autos de fé da Inquisição,
incentivando a confissão em massa, sempre com tolerância e diálogo.

11. (G1 - cps 2014) Durante a Idade Média houve uma grande
circulação de viajantes entre a Europa e o Oriente Médio. Algumas
dessas viagens eram peregrinações religiosas a locais considerados
sagrados como, por exemplo, a cidade de Jerusalém.
No início do século XI, entretanto, essa cidade estava sob o domínio
dos muçulmanos, o que não correspondia aos interesses da Igreja
Católica, por isso, em 1095, o Papa Urbano II fez um apelo à
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cristandade para que nobres e camponeses libertassem Jerusalém.

De acordo com as informações citadas, é correto afirmar que o apelo


do Papa Urbano II deu origem
a) ao Renascimento.
b) ao Protestantismo.
c) à Inquisição.
d) à Contrarreforma.
e) às Cruzadas.

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12. (Fatec 2014) Nos séculos finais da Baixa Idade Média europeia, a
economia de subsistência e de trocas naturais tendia a ser suplantada
pela economia monetária, a influência das cidades passou a prevalecer
sobre os campos, e a dinâmica de comércio levou à mudança e à
ruptura das corporações de ofício medievais.
(SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1988, p.5.
Adaptado)

Analisando as transformações citadas, conclui-se, corretamente, que


elas
a) evidenciaram o surgimento da nova classe social burguesa e a crise
do sistema feudal.
b) fortaleceram a Igreja Católica, que incentivava a prática comercial
no período medieval.
c) prejudicaram a burguesia comercial e favoreceram os proprietários
das terras feudais.
d) demonstraram a força do sistema feudal e dos mecanismos de
subsistência no campo.
e) enfraqueceram os reis absolutistas que dominaram a Europa
durante o período medieval.
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13. (Fgv 2014) [A crise] do feudalismo deriva não propriamente do


renascimento do comércio em si mesmo, mas da maneira pela qual a
estrutura feudal reage ao impacto da economia de mercado. O
revivescimento do comércio (isto é, a instauração de um setor
mercantil na economia e o desenvolvimento de um setor urbano na
sociedade) pode promover, de um lado, a lenta dissolução dos laços
servis, e de outro lado, o enrijecimento da servidão. (...) Nos dois
setores, abre-se pois a crise social.

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(Fernando A. Novais, Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema


Colonial. p. 63-4)

Segundo o autor,
a) a crise foi provocada pelo impacto do desenvolvimento comercial e
urbano na sociedade, pois, na medida em que reforça a servidão,
origina as insurreições camponesas e, quando fragiliza os vínculos
servis, provoca as insurreições urbanas.
b) a crise do feudalismo nada mais é do que o marasmo econômico
provocado pela queda da produção, uma vez que há um número
menor de camponeses livres, o que leva à crise social do campo,
prejudicando também a nobreza.
c) a crise foi motivada por fatores externos ao feudalismo, isto é, o
alargamento do mercado pressiona o aumento da produção no
campo e na cidade, o que leva à queda dos preços e às insurreições
camponesas e urbanas.
d) o desenvolvimento comercial e urbano em si não leva à crise, pois
o que deve ser levado em consideração é a crise social provocada
pelo enfraquecimento dos laços servis, tanto no campo como na
cidade.
e) as insurreições camponesas e urbanas são as respostas para a crise
feudal, pois a servidão foi reforçada tanto no campo como na cidade,
garantindo a sobrevivência da nobreza por meio do pagamento de
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impostos.

14. (Unesp 2014) Mais ou menos a partir do século XI, os cristãos


organizaram expedições em comum contra os muçulmanos, na
Palestina, para reconquistar os “lugares santos” onde Cristo tinha
morrido e ressuscitado. São as cruzadas [...]. Os homens e as
mulheres da Idade Média tiveram então o sentimento de pertencer a
um mesmo grupo de instituições, de crenças e de hábitos: a
cristandade.

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(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)

Segundo o texto, as cruzadas


a) contribuíram para a construção da unidade interna do cristianismo,
o que reforçou o poder da Igreja Católica Romana e do Papa.
b) resultaram na conquista definitiva da Palestina pelos cristãos e na
decorrente derrota e submissão dos muçulmanos.
c) determinaram o aumento do poder dos reis e dos imperadores, uma
vez que a derrota dos cristãos debilitou o poder político do Papa.
d) estabeleceram o caráter monoteísta do cristianismo medieval, o que
ajudou a reduzir a influência judaica e muçulmana na Palestina.
e) definiram a separação oficial entre Igreja e Estado, estipulando
funções e papéis diferentes para os líderes políticos e religiosos.

15. (Pucsp 2013) “O modo de produção feudal, tal como apareceu na


Europa ocidental, deixava em geral aos camponeses apenas o espaço
mínimo para aumentarem o produto de que dispunham dentro das
duras limitações do sistema senhorial.”
Perry Anderson. Passagens da antiguidade ao feudalismo.
Porto: Afrontamento, 1980, p. 208. Adaptado.

O texto caracteriza o modo de produção feudal, destacando que


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a) havia classes distintas e opostas no feudalismo, embora a luta social


fosse atenuada pelas amplas oportunidades de lucro que os senhores
ofereciam aos camponeses.
b) as relações de suserania e vassalagem e o caráter rural do
feudalismo eliminaram as cidades e provocaram o declínio do
comércio e das atividades de serviço.
c) a possibilidade de melhoria da condição econômica dos camponeses
era bastante restrita, devido ao conjunto de obrigações que estes
deviam prestar aos senhores.

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d) as longas jornadas de trabalho nas lavouras e a ampla gama de


impostos impediam os camponeses de ascenderem socialmente e
provocavam a ruína dos senhores de terras.
e) havia oportunidades de transformação social no feudalismo, embora
os camponeses raramente as aproveitassem, pois preferiam se
dedicar prioritariamente ao trabalho.

16. (Fgv 2013) Chegam a Jerusalém a 7 de junho de 1099. Jejuam e


fazem procissões em redor da cidade, esperando que as suas orações
deitem abaixo as muralhas, do mesmo que as trombetas de Josué
tinham derrubado as de Jericó. A chegada a Jafa de navios genoveses,
pisanos e venezianos é para eles de um grande auxílio [...] A cidade
tão cobiçada é tomada a 15 de julho de 1099. Assistimos, então, à
pilhagem e ao massacre sistemático de toda a população. Depois do
regresso dos cruzados ao Ocidente, a posse de Jerusalém torna-se
precária.

Tate, G. “Dois séculos de confronto entre o Oriente e o Ocidente”. In


Arneville, M.-B. D’ e outros, As Cruzadas. Trad. Cascais: Pergaminho,
2001, p. 22.

O texto acima refere-se à 47991593487

a) terceira Cruzada e revela os interesses bizantinos nessa expedição.


b) Reconquista Ibérica e apresenta as motivações religiosas dessa
empreitada.
c) sétima Cruzada e demonstra a forte presença da monarquia
francesa.
d) primeira Cruzada e revela a forte religiosidade da peregrinação
armada.
e) quarta Cruzada e revela a participação exclusiva dos fiéis franceses.

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17. (Upe-ssa 1 2016)

A imagem acima reproduz uma caricatura inglesa do século XIII e


mostra Isaac Jurnett, comerciante judeu, da cidade de Norwich, sendo
questionado pelo diabo em pessoa, sob o olhar vigilante e misterioso
da Santíssima Trindade ao alto.

Nesse contexto, é CORRETO inferir que, na Idade Média,


a) havia grande preconceito contra judeus e comerciantes.
b) os comerciantes eram bem vistos como produtores de riquezas.
c) a Santíssima Trindade abençoava os judeus e os protegia do diabo.
d) os judeus eram aceitos como elementos ativos e participantes da
comunidade feudal.
e) o comércio era uma atividade arriscada, por isso a vida dos
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comerciantes era um inferno.

18. (Upe 2015) A Idade Média, quando se trata de dinheiro,


representa, na longa duração da história, uma fase de regressão. Nela,
o dinheiro, é menos importante, está menos presente que no Império
Romano, e, muito menos importante do que viria a ser a partir do
século XVI, e especialmente do XVIII.

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(LE GOFF, Jacques. A Idade Média e o dinheiro: Ensaio de Antropologia


Histórica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 10. Adaptado)

Sobre a temática e o período destacado no texto, assinale a alternativa


CORRETA.
a) A economia medieval, em especial no período posterior ao século
XIII, foi marcada por um caráter natural, com atividades baseadas
em trocas de produtos.
b) A Europa medieval, em decorrência do feudalismo, assistiu a um
processo de desmonetarização completa da sua economia.
c) Do século X mais ou menos até o fim do século XIV, quando o
dinheiro recua, a circulação de moeda na Europa conhece um recesso
para depois começar um lento retorno.
d) A retração no fluxo de moedas no medievo não teve ligação direta
com as crises financeiras do Império Romano tardio.
e) O grande comércio com o Oriente manterá no Ocidente uma certa
circulação em ouro, sob a forma de moeda bizantina e muçulmana.

19. (Uern 2015) Na Idade Média, um mesmo cavaleiro podia ser


vassalo de um suserano e um suserano de outro cavaleiro. O vassalo
de um vassalo de determinado cavaleiro também era vassalo do
mesmo cavaleiro. E se um cavaleiro fosse vassalo de dois suseranos
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que entravam em guerra? Nesse caso, prevalecia o princípio da


“homenagem lígia”.

(Vainfas, 2010.)

Nesse contexto medieval de suserania e vassalagem, é correto afirmar


que “homenagem” era

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a) a cerimônia de entrega, lealdade submissão de um vassalo a outro


nobre que seria, então, seu suserano.
b) o contrato estabelecido entre as partes, em que constavam os
valores, prazos, direitos e deveres de suseranos e vassalos.
c) o juramento feito diante de toda a comunidade medieval, que
tornava suseranos e vassalos “irmãos na vida e na morte”.
d) o feudo, na forma de terra, pensão, ou rendimento agrícola,
recebido pelo suserano, devido à gratidão do vassalo à sua pessoa.

20. (Uece 2015) No início do século XIV, o fim da ordem templária


marca um importante momento da transição entre a primeira fase do
feudalismo, caracterizada pela cultura cavalheiresca, e a segunda fase,
caracterizada pela formação de uma forte burguesia mercantil. Sobre
a ordem templária, é correto afirmar que foi
a) uma comunidade monástica que, além de evangelizar, difundiu a
cultura antiga por meio do ensino do latim.
b) um grupo que manteve as estruturas de clãs familiares típicas das
classes aristocráticas romanas.
c) uma das quatro ordens religiosas organizadas na época das cruzadas
para libertar a Terra Santa.
d) um grupo de mercadores que partiu em viagem para o Extremo
Oriente através do caminho da seda.
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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[C]

A questão remete ao início da Baixa Idade Média. O texto aponta


para o fim das invasões bárbaras na Europa no século X e ao
crescimento demográfico que ocorreu em seguida, gerando a
necessidade de aumentar a produção de alimento. Daí surgiu a
“Revolução Agrícola” com novas técnicas de plantio e desmatamento.
Neste contexto surgiram o “Renascimento Comercial e Urbano”, a crise
feudal, as Cruzadas, a burguesia e o desenvolvimento do comércio.

Resposta da questão 2:
[C]

O excerto do historiador faz referência à Baixa Idade Média,


século XI ao XV na Europa. Conforme o texto “podemos afirmar que
após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a Europa
Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins
do século XV no sul e princípios do XVI no centro e no norte”. No século
XIV ocorreram inúmeros problemas na Europa, tais como, Grande
Fome, a Peste Negra, a Guerra dos Cem Anos e as Revoltas
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Camponesas.

Resposta da questão 3:
[B]

A sociedade que se estrutura no meio urbano – que virá a originar


a burguesia – não reproduzia as relações básicas do Feudalismo – como
a suserania e a vassalagem. Nas cidades, a base das relações era o
comércio.

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Resposta da questão 4:
[D]

Somente a alternativa [D] está correta. A questão aponta para


algumas transformações estruturais que ocorreram na Baixa Idade
Média, tais como o surgimento da burguesia que dinamizou a economia
através do comércio, moeda e vida urbana, etc. Ocorreu também um
processo de centralização política nas mãos dos reis culminando na
formação dos Estados Nacionais Modernos.

Resposta da questão 5:
[D]

As Cruzadas foram um movimento militar patrocinado e


incentivado pela Igreja Católica. Usando de sua grande influência sobre
a sociedade, a Igreja convocou e convenceu os fiéis para pegarem em
armas para recuperar Jerusalém dos muçulmanos sob a promessa de
que todos os seus pecados seriam perdoados.

Resposta da questão 6:
[D]
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Os autos de fé, promovidos pela Inquisição Católica, visavam,


além de punir os hereges e os infiéis, criar exemplos aos cristãos
acerca das condutas aceitas ou não pela Igreja Católica. Por isso, as
cerimônias eram públicas.

Resposta da questão 7:
[B]

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As Cruzadas foram empreendidas pela vontade da reconquista


da Terra Santa, então sob domínio muçulmano. Durante a ocorrência
das oito cruzadas, houve momentos em que os cristãos dominaram a
Terra Santa e momentos em que os muçulmanos tiveram esse
domínio. Logo, a alternativa [B] está errada.

Resposta da questão 8:
[A]

Somente a proposição [A] está correta. A questão remete as


“Guerras de Reconquista”. Através do ideal da Guerra Santa, o
Islamismo expandiu sobre o Oriente Médio, Norte da África, Mar
Mediterrâneo e Península Ibérica. Surgiu um conflito entre três
civilizações: Católica na Europa, Ortodoxa no Império Bizantino e a
Árabe Islâmica. No contexto das Cruzadas, 1095-1270, ocorreram
conflitos dentro da Península Ibérica entre cristão e muçulmanos
chamados de “Guerras de Reconquista” nos quais os cristãos lutavam
para reconquistar suas terras. As Cruzadas podem ser vistas como a
‘Guerra Santa Católica”. Somente em 1492, no século XV, os últimos
muçulmanos foram expulsos da região de Granada, na Espanha.

Resposta da questão 9:
[A] 47991593487

No final da Idade Medieval, quando o sistema feudal já vivenciava


sua crise, as bases do Feudalismo passaram a coexistir com o
renascimento das cidades e o surgimento de uma nova classe social: a
burguesia. Nesse contexto, quando o Feudalismo sucumbiu, no século
XV, a burguesia assumiu papel central nas transformações que
marcariam o início da Idade Moderna.

Resposta da questão 10:

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[A]

Os medos que circundavam a população europeia da Idade


Média eram tanto materiais quanto espirituais, e estão bem
especificados na alternativa [A]. Esses medos ajudaram a configurar a
Idade Média socialmente, contribuindo para a formação das relações
sociais entre nobres e servos e para o alargamento do poder da Igreja
Católica.

Resposta da questão 11:


[E]

Somente a proposição [E] está correta. O famoso discurso do


Papa Urbano II no Concílio de Clermont em 1095 chamando os fiéis
para lutar contra os muçulmanos infiéis. O texto faz referência as
Cruzadas. Os muçulmanos dominavam algumas regiões sagradas para
o cristianismo e o Papa Urbano II pediu apoio dos nobres e camponeses
para libertar os lugares sagrados. Ocorreram oito cruzadas oficiais
entre 1095-1270. Somente a primeira teve relativo sucesso.

Resposta da questão 12:


[A]
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Durante a crise do século XIV, o sistema feudal entrou em


colapso estrutural. Ao mesmo tempo, devido à reabertura do Mar
Mediterrâneo, as cidades e o comércio renasceram, fazendo surgir uma
nova classe social: a burguesia.

Resposta da questão 13:


[A]

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O texto deixa claro que o renascimento do comércio promoveu


uma série de profundas mudanças na Baixa Idade Média, dentre as
quais o enfraquecimento das relações servis nos locais próximos aos
novos mercados e o enrijecimento das mesmas relações nos locais
afastados dos novos mercados. Esses fenômenos – que provocaram
uma série de revoltas, servis ou urbanas – contribuíram para a crise
do sistema servil.

Resposta da questão 14:


[A]

O texto de Jacques Le Goff afirma que as Cruzadas contribuíram


para reforçar a unidade cristã ocidental bem como a autoridade do
papa. Tal ideia se confirma através da famosa “Querela das
Investiduras” que colocou em conflito Henrique IV, imperador do sacro
Império Romano germânico, e o Papa Gregório VII. O conflito se deu
por conta da nomeação de bispos que era realizada dentro do Sacro
Império Romano Germânico. Na Concordata de Worms, em 1122,
prevaleceu o poder papal sobre o poder temporal do imperador.
Somente a proposição [A] está correta. As proposições seguintes estão
incorretas. Os cristãos não conquistaram definitivamente à Palestina.
Não aumentou o poder dos reis e imperadores. Não ocorreu a
separação entre a esfera religiosa e política.
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Resposta da questão 15:


[C]

Devido à carga de impostos que os servos tinham que pagar no


sistema feudal, a possibilidade de melhora na qualidade de vida desse
grupo social era muito difícil, porque dependia, fundamentalmente, do
aumento do nível de produção.

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Resposta da questão 16:


[D]

A data pode ajudar na resposta à questão, porém é uma


exigência superficial na medida em que os estudantes devem lembrar
que as cruzadas se iniciaram no século XI, mas não precisam decorar
cada uma, sua numeração ou, muito menos, a data de realização. A
Primeira Cruzada foi a única que ocorreu neste século, já nos seus anos
finais, conduzida por líderes religiosos católicos da Europa, num
momento marcado por forte sentimento religioso.

Resposta da questão 17:


[A]

A questão aponta para o judaísmo durante a Idade Média na


Europa. A Igreja católica considerava os muçulmanos “infiéis” e tinha
um olhar muito negativo sobre o judaísmo. Os judeus eram associados
ao comércio, dinheiro, lucro e a usura o que não era permitido pela
Igreja. A Igreja católica defendia o preço justo.

Resposta da questão 18:


[C]
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A ausência quase total de comércio e dinheiro, marca


fundamental do período Medieval, entra, no século XIV, numa fase de
mudança, de ressurgimento das cidades e da volta de circulação
monetária, principalmente a partir da atuação de uma nova classe
social chamada de burguesia

Resposta da questão 19:


[A]

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A relação entre nobres denominada Relação de Suserania e


Vassalagem no Feudalismo era baseada no princípio de lealdade entre
o suserano e o seu vassalo. Esse princípio era firmado na cerimônia de
entrega da terra, chamada de homenagem lígia, na qual o vassalo
afirmava ser fiel a seu suserano em qualquer situação.

Resposta da questão 20:


[C]

Durante o período feudal, a Igreja Católica se organizou para


promover uma cruzada em busca da retomada da cidade de Jerusalém,
então sob domínio muçulmano. Nessa cruzada santa, a Igreja contou
com o apoio da Nobreza para montar exércitos. Uma das ordens
criadas para essa empreitada foi a Ordem dos Templários.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Muito bem querido(a) estudante. Se chegou até aqui é um bom
sinal: o de que tentou praticar todos os exercícios. Não se esqueça da
importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la. Não esqueça
dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcança-los.
Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se
contentará em rastejar”. Te encontro na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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