O documento discute doenças com ação direta e indireta, fornecendo exemplos como poliomielite, periodontia, leptospirose, tracoma e cólera. A ação direta envolve alterações moleculares que resultam em modificações morfológicas, enquanto a ação indireta envolve mecanismos de adaptação que podem também resultar em modificações quando acionados para combater um agente agressor.
O documento discute doenças com ação direta e indireta, fornecendo exemplos como poliomielite, periodontia, leptospirose, tracoma e cólera. A ação direta envolve alterações moleculares que resultam em modificações morfológicas, enquanto a ação indireta envolve mecanismos de adaptação que podem também resultar em modificações quando acionados para combater um agente agressor.
O documento discute doenças com ação direta e indireta, fornecendo exemplos como poliomielite, periodontia, leptospirose, tracoma e cólera. A ação direta envolve alterações moleculares que resultam em modificações morfológicas, enquanto a ação indireta envolve mecanismos de adaptação que podem também resultar em modificações quando acionados para combater um agente agressor.
Etimologicamente Patologia é o estudo das doenças. Do grego pathos:
doença, sofrimento, logos: estudo. “É a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismo que as produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam.” Ela envolve a investigação das causas da doença e os mecanismos básicos do seu desenvolvimento.
Muitas doenças apresentam mecanismos de ação direta e indireta:
Ação direta é o mecanismo que envolve as alterações moleculares que
resultam em modificações morfológicas.
Ação indireta envolve os mecanismos de adaptação que, quando acionados
para combater o agente agressor, podem resultar em modificações morfológicas.
Por exemplo, pode-se citar:
A poliomielite ou “paralisia infantil”, doença infectocontagiosa aguda,
causada por um vírus, de gravidade extremamente variável e, que pode ocorrer sob a forma de infecção ou apresentar manifestações clínicas, frequentemente caracterizadas por febre, mal-estar, cefaleia, distúrbios gastrointestinais e rigidez de nuca, acompanhadas ou não de paralisias. Pode ser direta de pessoa a pessoa, pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe de pessoas infectadas (ao falar, tossir ou espirrar), 1 a 2 semanas após a infecção; ou de forma indireta, pela via fecal-oral (a principal), através de objetos, alimentos, água etc., contaminados com fezes de doentes ou portadores, 1 a 6 semanas após a infecção. Periodontia, doença infecciosa causada diretamente pela ação bacteriana onde as bactérias provocam a formação de bolsas periodontais, transformação do epitélio juncional em epitélio da bolsa, destruição do tecido conjuntivo gengival, ligamento periodontal e reabsorção do osso alveolar. Além da ação direta, as bactérias também promovem destruição tecidual de maneira indireta, ativando componentes do sistema de defesa do hospedeiro. Leptospirose, doença bacteriana infecciosa e febril aguda que afeta homens e animais (zoonose). A bactéria Leptospira spp. é o agente causador da doença e possui como reservatório, principalmente, os roedores (domésticos) das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. Algumas profissões facilitam o contato com as leptospiras, como trabalhadores em limpeza e desentupimento de esgotos, garis, catadores de lixo, agricultores, veterinários, tratadores de animais, pescadores, militares e bombeiros, dentre outros. Contudo, a maior parte dos casos ainda ocorre entre pessoas que habitam ou trabalham em locais com infraestrutura sanitária inadequada e expostas à urina de roedores.
Tracoma, afecção inflamatória crônica da conjuntiva e da córnea, uma
ceratoconjuntivite crônica redicivante que em decorrência das infecções repetidas pode levar a cicatrizes na conjuntiva palpebral. Em casos mais graves evoluem para sequelas, provocando lesões corneanas importantes, podendo produzir cegueira. A transmissão da doença ocorre de forma direta, de olho para olho, ou de forma indireta, através de objetos contaminados (toalhas, lenços, fronhas). As moscas podem contribuir para a disseminação da doença, por transmissão mecânica. A transmissão só é possível na presença de lesões ativas. É importante a investigação epidemiológica dos casos de tracoma não só para elucidar a situação epidemiológica do caso índice como para fornecer subsídios para o conhecimento do quadro epidemiológico da doença no país, possibilitando o desenho de estratégias de intervenção mais ampla e adequada à realidade regional.
Cólera, doença infecciosa aguda, transmissível, caracterizada, em sua
forma mais evidente, por diarreia aquosa súbita, cujo agente etiológico é o Vibrio cholerae (bactéria Gram-negativa, em forma de bastonete encurvado, móvel), transmitida principalmente pela contaminação fecal da água, alimentos e outros produtos que vão à boca. A transmissão da doença pode ser indireta (mais frequente e responsável por epidemias): ocorre contaminação da água ou alimentos (contaminados pela água, mãos sujas ou moscas) que ingeridos, determinarão a ocorrência de novos casos. Ou direta através das mãos contaminadas do próprio infectado ou de alguém responsável por sua higiene pessoal ou de sanitários levadas à boca. A geografia e a instalação da epidemia mostram que a cólera segue o curso da pobreza e da ausência de saneamento básico. É impossível evitar a entrada da cólera em qualquer ambiente, mas ela não se dissemina em locais com boa infraestrutura particularmente no que tange o fornecimento de água de boa quantidade e qualidade e saneamento básico (MEDINA, 1991).
Referências
GALANTE, Cristine Silva. Análise da distribuição temporal dos casos graves de
doenças diarreicas agudas em municípios do Estuário de Santos e São Vicente entre 2000 e 2010. P. 19. Disponível: em http://biblioteca.unisantos.br:8181/bitstream/tede/1481/2/Cristine%20Galante.pdf . Acesso em: 16 de mar. 2020.
RIO COM SAÚDE. Abril 2016. Disponível em:
http://www.riocomsaude.rj.gov.br/site/Conteudo/Ficha.aspx?C=39 Acesso em: 16 de mar. 2020.VARELA, Marília. Noções de patologia. Disponível em: http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-20-54- apostilapatologia.pdf Acesso em: 16 de mar. 2020.
VRANJAC, Prof. Alexandre. CVE Centro de Vigilância Epidemiológica .
Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia- epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/areas-de-vigilancia/oftalmologia- sanitaria/agravos/tracoma Acesso em: 16 de mar. 2020.
VRANJAC, Prof. Alexandre. Normas e instruções: Centro de Vigilância
Epidemiológica Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve- centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas- por-agua-e-alimentos/doc/2002/2002dta_manual_colera.pdf Acesso em: 16 de mar. 2020.