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Direito Financeiro

•Professor: Francisco Elias


-Bacharel em Direito pela UEPB.
- Especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública –
Unipê.
- Especialista em Direito Constitucional – UEPB
- Aprovado no Exame de Ordem 2007.3 – OAB/PB
- Aprovado no III Concurso do TJ/PB – Técnico Judiciário
- Aprovado no Concurso do TJ/PB 2008 – Analista
Judiciário
Bibliografia Sugerida

• CAMPOS, Dejalma de. Direito Financeiro e Orçamentário. Ed.


Atlas Jurídico.
• HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. Ed. Atlas
Jurídico.
• PASCOAL, Valdecir. Direito Financeiro e Controle Externo. Ed.
Impetus.
Direito Financeiro

• Conceito:
“ Direito Financeiro é ramo do Direito Público que estuda a atividade
financeira do estado”

- Relações do Direito Financeiro com outros ramos:

- Direito Constitucional – a norma jurídica que dá fundamento a todo o


ordenamento jurídico é a constituição.
- Direito Administrativo – é por intermédio dele que o Estado presta os
serviços Público.
- Direito Penal – é ele quem impõe punição quando se descumpre a lei.
- Direito Previdenciário – tem relação com este ramo apartir do momento
em que faz o planejamento do orçamento da seguridade social.
- Direito Tributário – na verdade é ramo mais próximo do direito financeiro,
faz parte do elemento receita.

- OBJETO:
“ O objeto do Direito Financeiro é a atividade financeira do Estado”.

- Divisão do Direito Financeiro:

a) Direito Financeiro Constitucional- é parte da Constituição referente as


finanças Públicas.
b) Direito Financeiro Administrativo – é a parte da administração dos
recursos financeiros por parte dos agentes públicos.
- Fontes do Direito Financeiro

As fontes são basicamente divididas em duas: as materiais e as formais.


As fontes formais são as seguintes:

1- Normas Constitucionais – Constituição Federal – hierarquicamente a mais


importante, a base de todo o sistema normativo.
2- Emendas a Constituição – espécie normativa que muda o texto da
Constituição.
3- Leis Complementares – explicita o texto da Constituição, e tem como
quórum maioria absoluta.
4- Leis Ordinárias – tem a finalidade de explicitar o texto da constituição e
tem como quorum a maioria simples.
5 – Medida Provisória – ato normativo previsto na CF/88 no art. 62, exclusivo
do chefe do Poder Executivo e só pode ter como objeto matéria de lei
ordinária.
- Despesa Pública

Conceito:
O professor Aliomar Baleiro diz:

“ O conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito


público, para o funcionamento dos serviços públicos”

“ Veiga Filho entende que a despesa pública é o uso efetivo que o Estado
faz de seus bens e recursos para ocorrer às necessidades normais e
materiais da vida civil e política”

Consiste no conjunto dos dispêndios do Estado para o funcionamento dos


serviços Públicos.
Elementos Constitutivos:

a) Natureza Econômica: a despesa que para o Estado é um gasto e para os


beneficiados é entendido como consumo, na verdade é impulsionador da
economia em todos os seus fenômenos.

b) Natureza Jurídica: no sentido de que o poder público autoriza a execução


da despesa.

c) Natureza Política: no sentido que o Estado com a execução da despesa


esta tentando atender a finalidade do bem comum.
- Classificação Doutrinária

Quanto a duração:

- Despesa ordinária – é a comum, ou seja aquela constante na lei


orçamentária;
- Despesa extraordinária – é a decorrente de uma situação imprevisível;

- Despesa especial – é aquela possível de acontecer mas o Estado não sabe


quando vai ocorrer.

Quanto a esfera de governo:


- Federal;
- Estadual;
- Municipal.
Classificação de acordo com a Lei 4.320/64.

Segue de acordo com as Categorias Econômicas:

1- Despesa Corrente: São os gastos de recursos financeiros com a


manutenção dos serviços já criados, ou recursos se transferem para outras
entidades, aí constituindo receita corrente.

2 – Despesa de Capital: São as dotações para dispêndio que determinam


como contrapartida alterações compensatórias no ativo e passivo.
Requisitos da despesa:

- Utilidade: Consiste na despesa para atender o maior numero de pessoas.


- Possibilidade Contributiva: é a proporcionalidade entre aquilo que se
arrecada e a qualidade dos serviços.
- Discussão pública: vem da idéia de democratizar o erário público, discutir
a despesa do estado com o povo.
- Oportunidade: consiste em realizar gastos mais urgentes em vez de
gastar com coisa sem necessitas.
- Legitimidade: Consiste que a despesa pública deve atender uma
necessidade pública evidente.
- Legalidade: a despesa pública deve ser proveniente da lei.
Estágios da Despesa:

O professor Valdecir Pascoal é categórico em afirmar:

“ A despesa deverá seguir as seguintes etapas: Previsão Orçamentária,


realização de procedimento licitatório, empenho, Liquidação e pagamento”.

1º Estágio – Empenho da despesa

Trata-se na verdade de um instrumento que reserva uma determinada


dotação orçamentária para fazer face a uma despesa.
O instrumento que materializa o empenho é : Nota de Empenho.
Tipos de Empenho:

a) Ordinário: é o utilizado para despesas normais, são despesas de valores


definidos.
b) Estimativa: é utilizado quando não se pode definir o valor da despesa.

c) Global: é utilizado para casos é utilizado para despesas contratuais e


outras, sujeitas a parcelamento.

2º Estágio – Liquidação

Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por


base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
3º Estágio – Pagamento

É o ato pelo qual o Estado faz a entrega do numerário


correspondente, recebendo a devida quitação. Vimos que o pagamento da
despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

Regime da Despesa:

- Regime de Competência: A despesa pertence ao exercício financeiro da


qual ela foi empenhada.
Restos a Pagar

Consiste nas despenhas empenhada em determinado exercício financeiro


e não pagas.

Se dividem em dois tipos:

a) Processadas

b) Não – Processadas.

Precatórios.
Receita Pública

Conceito:
“ Consiste a receita pública no dinheiro que se recolhe ao Tesouro Nacional
e que, por sua natureza, incorpora-se ao patrimônio do Estado”

O professor Kiyoshi Harada conceitua:

“ Receita Pública é o ingresso de dinheiro aos cofres do Estado para


atendimento de suas finalidades”

O professor Dejalma de Campos alerta:


“ Não confundir o termo „ receita‟ com qualquer „entrada‟ ou „ingresso‟ de
dinheiro nos cofres públicos”.
Classificação legal da Receita: (art. 11 da Lei 4.320/64).

- Segundo às Categorias Econômica:

a) Receitas Correntes – São as receitas tributárias, patrimoniais, industriais e


diversas e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos destinadas
as despesas de capital;
b) Receitas de Capital – São as provenientes da realização de recursos financeiros
de constituição de dívida destinada as despesas de Capital.

- Segundo às Fontes:

a) Receitas Tributárias – Provenientes de impostos, taxas e contribuições de


melhoria;
b) Receitas Patrimoniais – Provenientes de receitas imobiliárias, receitas de
valores mobiliários, participações e dividendos.
c) Receitas industriais – Provenientes de receita de serviços industriais.
Classificação Doutrinária

- Segundo à duração:

a) Ordinária- é arrecadada regularmente em cada período financeiro.


b) Extraordinária – é a arrecadada esporadicamente, para enfrentar gastos
extraordinários.

- Segundo o modelo Alemão:

a) Receitas originárias- São as produzidas pelos bens e empresas de


propriedade pública.
b) Receitas derivadas – São as cobradas por força das leis de direito
público.
Preço Financeiro (tarifa)

- Conceito:

“É a quantia em dinheiro que o particular paga ao prestador de serviços


público (concessionário), pela utilização desse serviço”.

Diferenças entre Taxa e Tarifa.


• Receita Derivada

- Tributo

O art. 3º do CTN da a seguinte definição:

“ Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor


nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

- Características:
1- São devidos a um ente público;
2- encontram seu fundamento jurídico no poder do Estado;
3- O poder de tributar é outorgado pela Constituição Federal.
- Funções dos Tributos:

- Fiscal

É a utilização do tributo com instrumento de captação de recursos


para manutenção dos serviços públicos.

- Parafiscal

É a delegação da cobrança de determinados tributos a entidades da


administração indireta.
- Extrafiscal

- É a utilização do tributo como instrumento de mudança social. Como


forma de regular a economia.
• Classificação:

- Quanto à competência legislativa:

a) Federais- São os que pertence a união.


b) Estaduais – São os que pertencem aos Estados-membros
c) Municipais – São os que pertencem aos municípios.

- Quanto à exclusividade:

a) Privativos – São impostos de competência exclusiva a uma entidade da


Federação.
b) Comuns – São as taxas e as contribuições de melhoria de competência
de todos os entes federativos.
c) Residuais – São os que não estão previstos na Constituição, mas podem
ser instituído mediante lei complementar.
- Quanto à vinculação com atividade estatal:

a) Vinculados – São os que são criados em razão de uma atividade estatal.


b) Não vinculados – São aqueles que independem de qualquer atuação do
Estado para serem exigidos.
• Estágios da Receita

1- Previsão: Corresponde à estimativa da receita a ser arrecadada pelo Estado. É


uma estimativa que o Governo faz com o objetivo de planejar melhor os seus
gastos.

2- Lançamento: É o ato pelo qual se verifica a procedência do crédito fiscal, a pessoa


que lhe é devedora, e inscreve o débito desta. Existem três modalidades de
lançamento:

a) De ofício (ou Direto) – O lançamento é efetuado unilateralmente pela


administração sem a intervenção do contribuinte.

b) Por Declaração – O lançamento é efetuado pela Administração com a


colaboração do próprio contribuinte ou de uma terceira pessoa.
c) Por Homologação- O lançamento é efetuado pelo próprio contribuinte e apenas
posteriormente é homologado pela Administração.

3- Arrecadação: É a fase na qual o Estado recebe dos contribuintes, através das


repartições fiscais, de agentes ou da rede bancária, os valores que lhe são
devidos, quer sejam multas, tributos ou qualquer outro crédito.

4 – Recolhimento: é a entrega, pelos agentes arrecadadores (repartições fiscais,


agentes, rede bancária), dos recursos arrecadados à CONTA ÚNICA do tesouro
público.
• Dívida Ativa

O art. 39 da Lei 4320/64 trata da dívida ativa. Diz respeito aos créditos da
Fazenda Pública, de natureza tributária e não-tributária, exigíveis em virtude do
transcurso do prazo para pagamento.
Pode ser dividida em :

a) Dívida ativa tributária – é o crédito da Fazenda Pública proveniente de


obrigação legal relativa a tributos.

b) Dívida ativa não-tributária – é constituída pelos demais créditos da


Fazenda Pública.

- Repartição de Receitas – Transferências Constitucionais


ORÇAMENTO PÚBLICO

Conceito:

Segundo o jurista Aliomar Baleeiro, orçamento público é:

“ Ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza, ao Poder Executivo, por certo
período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos
serviços públicos e outros afins adotados pela política econômica ou geral
do país, assim como arrecadação das receitas já criadas em lei”.
Classificação:

1- Quanto ao número de anos:

a) Anual – é o chamado operativo, porque é executável;


b) Plurianual – não é operativo, sendo apenas programático.

2- Quanto à categoria econômica:

a) Orçamento Corrente: Corresponde as operações relativas à manutenção


e funcionamento de serviços já existentes;
b) Orçamento Capital (de investimentos): Corresponde às operações
relativas à aquisição de bens ou relativas à aquisição ou realização de
obras produtivas.
Natureza Jurídica:

a) Aspecto político: por este aspecto o orçamento revela um proveito de


que grupos sociais ou para solução de que problemas e necessidades
funcionará os serviços estatais;
b) Aspecto econômico: através deste aspecto são apreciados os efeitos
recíprocos da política financeira e da conjuntura econômica, assim como as
possibilidades de o governo utilizá-los;
c) Aspecto técnico: este aspecto envolve o estabelecimento das regras
práticas para realização dos fins indicados anteriormente e para
classificação clara, metódica e racional da receita e despesas;
d) Aspecto jurídico: este aspecto corresponde ao estudo da natureza do
documento orçamentário à luz do Direito e, especialmente das instituições
constitucionais do país.
Orçamento Participativo:

Considerações:
• Princípios Orçamentários

a) Princípio da Unidade – é o que preconiza a existência de um só


documento orçamentário, contendo todas as receitas e todas as despesas
do Estado.

b) Princípio da Anualidade – determina a periodicidade da lei orçamentária


e o ano calendário constitui o melhor espaço de tempo para delimitar o
exercício financeiro do Estado.

c) Princípio da Universalidade – recomenda que todas as receitas e todas


as despesas governamentais devem ser incluídas no orçamento, com a
eliminação de qualquer vinculação entre uma e outra.
d) Princípio da Especialização – manda que a descriminação das receitas e
das despesas se faça por unidade administrativa, de modo a se poder
saber quanto poderá render ou despender cada unidade considerada.

e) Princípio da Exclusividade – por ele, no orçamento não poderá conter


dispositivo estranho à fixação da despesa e a previsão de receita.

- Requisitos Orçamentários

a) Discriminação das Despesas – o orçamento público contém a


discriminação das despesas, principalmente para evitar gastos supérfluos
ou para atender o interesse individual do governante.
b) Proibição de Transposição de Recursos – quando o Poder Legislativo
autoriza o Poder Executivo a efetuar as despesas previstas no orçamento,
não se pode efetuar a utilização de recursos, eventualmente das sobras em
certas dotações para outras com falta de dinheiro ou recursos.

c) Sinceridade – a apresentação da proposta orçamentária dever ser franca,


sincera, demonstrando a real situação do governo.

d) Equilíbrio – tem que existir um equilíbrio entre receita e despesa, não se


gastando mais do que se pode arrecadar.
• Ciclo Orçamentário

Elaboração:

Elaborar ou preparar um orçamento corresponde à tarefa de fazer a


previsão de receita e fixação de despesas.
O art. 165 da Constituição Federal do Brasil determina a existência de
três leis orçamentárias:

a) O plano Plurianual – define o planejamento das atividades


governamentais. Como seu próprio nome diz, ele tem eficácia para mais de
um ano, ou, melhor dizendo, a lei do plano plurianual tem a vigência do
mandato do chefe do executivo.
b) A lei de Diretrizes Orçamentária – orienta a elaboração da lei orçamentária
anual, dependendo de sua aprovação para que a lei orçamentária seja elaborada.

c) A lei Orçamentária Anual – é meramente descritiva visto que a política


orçamentária é fixada pelo plano plurianual e pela lei de diretrizes orçamentária.

Aprovação:

O chefe do executivo, enviará para o parlamento uma mensagem contendo


a lei orçamentária, depois ela passará pelo crivo da comissão de orçamento, onde
poderá sofrer emendas, por último vai para votação plenária.
Com aprovação ela será remetida à sanção do chefe do executivo. Onde
ele poderá vetar em parte ou no todo.
Depois de promulgado o orçamento, o chefe do executivo o dará à
publicidade; através deste ato, firma-se a presunção de ter chegado ao
conhecimento de todos.
Execução:

Corresponde as fases em que se efetivam as receitas e despesas.


As fases da receita são: previsão, lançamento, arrecadação e
recolhimento. Já as fases da despesas são: empenho, liquidação e
pagamento.
A execução do orçamento acontece de forma concomitante a receita
e a despesa.

Controle:

É executado pelo legislativo com auxilio do Tribunal de Contas.


A necessidade de se manter um sistema de controle interno não é
mais somente do Poder Executivo.
Existem duas forma de controle: Interno e externo.
CRÉDITO PÚBLICO

- Conceito:

É o contrato pelo qual alguém transfere a uma pessoa pública – seja ela
política ou meramente administrativa – certa quantia em dinheiro, com a obrigação
desta de entregar igual quantia de dinheiro, com ou sem vantagens pecuniárias, no
prazo convencionado.

- Natureza Jurídica:

Existem três correntes para definir a natureza jurídica do crédito público:


1) É um ato de soberania do Estado;
2) É um ato legislativo;
3) É um contrato entre as partes.
• Classificação do Crédito Público

O crédito público se classifica da seguinte forma:

Empréstimo perpétuo – é aquele que não tem prazo para ser pago.

Empréstimo temporário – é aquele que tem prazo certo para ser pago.

Dívida pública flutuante – é a contraída a curtos prazos para satisfazer


necessidades momentâneas do Tesouro, provenientes de despesas
imprevistas e da falta de receitas ainda não cobradas.

Dívida pública fundada – é a contraída a longo prazo, ou até sem prazo


certo e sem obrigação de resgate com pagamento de prestação e juros.
Empréstimos internos – é aquele que o Estado obtém no âmbito de seu
espaço territorial.

Empréstimo externos – é o que o Estado celebra o contrato de mútuo, em


moeda estrangeira, com uma pessoa não nacional.

Crédito Compulsório – é aquele obtido sem anuência do prestamista,


visto que se assenta no ato de autoridade, no poder de império do Estado,
ou seja, nos princípios tributários.

Crédito Voluntário – é aquele contraído sob a égide do princípio da


autonomia da vontade.
• Classificação Constitucional

1) Operações de crédito por antecipação de receita – é uma


modalidade de empréstimo que o Estado promove com o objetivo
de suprir o déficit de caixa. São empréstimos de curto prazo a
serem devolvidos no mesmo exercício financeiro.

2) Operações de crédito em geral – correspondendo aos


empréstimos de longo prazo que objetivam atender, via de regra,
despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e
transferências de capital).
• Vinculação da receita de impostos

O art. 167, IV da CF/88, faz uma ressalva sobre a possibilidade de


vincular a receita de impostos como garantia de antecipação de receitas
orçamentárias.
O que na verdade vem a ser uma exceção ao princípio da não
vinculação da receita de impostos.
Os bens públicos não podem ser dados como garantia, por serem
revestidos da característica da inalienabilidade.
A forma de adimplemento das obrigações do Estado acontece pelo
sistema de precatório, conforme o art. 100 da CF/88.
• Créditos Orçamentários e Adicionais

A autorização legal para a realização da despesa pública constitui um


crédito, o qual poderá ser orçamentário ou adicional.
Considera-se que o crédito é orçamentário quando a autorização para a
despesa é dada mediante inclusão da respectiva dotação no Orçamento Público.
São créditos adicionais as autorizações de despesas não-computadas ou
insuficientemente dotadas no Orçamento Público. São abertos durante a execução
do orçamento para a efetivação de ajustes ou adição de novas dotações
orçamentárias não-consignadas na LOA. Só passam a constituir efetivas dotações
de despesas após o ato executivo (decreto) que lhe defina a natureza, estabeleça
a destinação e fixe o valor.
• Classificação dos Créditos Adicionais

a) Suplementares – São os destinados a reforço de dotação orçamentária já


existentes, geralmente ao nível de grupos de despesas.
b) Especiais – São os destinados a despesas com programas ou categoria de
programas.
c) Extraordinários – São os destinados a atender despesas imprevisíveis e
urgentes.
O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se a
importância autorizada à dotação que se destinou a reforçar.
Os créditos especiais e extraordinários também se incorporam ao
orçamento, mas conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas à
conta dos mesmos, separadamente.

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