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Perigos químicos
01 Generalidades
O 01
Houve uma enorme evolução na química analítica, permitindo enxergar no alimento muito além do
que há um século atrás conseguíamos enxergar. Grande também foi a evolução no estabelecimento
dos protocolos de avaliação toxicológica e das normas e legislação. Produtos com elevado poder de
contaminação tiveram seu uso abolido, ou seus níveis limitados, controlados e inspecionados.
Neste capítulo faremos um over view dos contaminantes químicos que ao nosso ver merecem
destaque. É importante deixar claro que esta lista não é completa e nem sempre é aplicável, podendo
haver vários outros contaminantes possíveis, dependendo do produto, processo e região de produção.
O mais impor tante é você procurar conhecer bem o produto e seus insumos e trabalhar com foco
na prevenção. Assim agindo, o alimento que você vai produzir será possivelmente mais seguro que o
alimento de seus antepassados.
02 Definição
,jGSRXEQMRERXIWUYuQMGSWGYNEXS\MGMHEHIEKYHETSHITVSZSGEVEKVEZSWMQIHMEXSWkWEHIWITVIWIRXIW
acima do nível aceitável no produto acabado, provocando desde um efeito leve e moderado na saúde do
- Resíduos de produção primária
A produção primária (produtos de origem agrícola ou pecuária) pode ser a origem de substâncias
consumidor, até um risco de morte. Estes efeitos dependem da severidade e da concentração do agente. MRHIWINjZIMWIRXVIIPIW
Exemplos: se em uma limpeza CIP (cleaning in place) não houver enxague adequado, poderá haver resíduo de
ácido clorídrico que,dependendo da concentração ao ser ingerido,poderá causar desde uma leve irritação na
boca e esôfago, até “queimaduras” severas que necessitarão de internação e cuidados médicos. Se o resíduo
- Drogas veterinárias usadas na pecuária, como antibióticos e anabolizantes, quando não respeitadas
as corretas prescrições veterinárias, e se não respeitados os corretos prazos de carência antes
for de soda cáustica concentrada, a contaminação poderá até resultar em morte tal a intensidade dos do abate ou da ordenha.
danos à boca, esôfago e estômago.
)QFSVELENEGSRXEQMREp~IWUYIGEYWIQIJIMXSWEKYHSWEQEMSVMEHSWGSRXEQMRERXIWUYuQMGSWESGSRXVjVMS -corretas
Agrotóxicos usados na agricultura como praguicidas / pesticidas e herbicidas, se não respeitadas as
prescrições agronômicas, e se não respeitados os corretos prazos de carência antes da colheita.
de outras fontes de contaminação para a segurança de alimentos, provoca efeitos à saúde de forma
Alguns dos praguicidas / pesticidas se caracterizam como poluentes persistentes dispersos no
crônica e tardia, como resultado de sua acumulação ao longo da vida de seus consumidores. meio ambiente, tratados mais a seguir no item “Substâncias poluentes persistentes dispersas
Esses contaminantes podem causar efeitos muito severos tais como neoplasias (câncer), efeitos no meio ambiente”.
teratogênicos, carcinogênicos, mutagênicos, disrupções endócrinas, neurológicas e efeitos
psicotrópicos (alucinogênicos), dentre outros. -
Substâncias tóxicas presentes em insumos que, se não controladas apropriadamente, podem resultar
da obtenção de insumos químicos usados em alguma etapa da produção de alimentos, como por
exemplo, acrilamida em resina de troca iônica à base de poliacrilamida usada para desmineralização de água,
04 Tipos de contaminantes químicos de acordo com sua origem HIWEGMHM½GEpnSHIWYGSWHIJVYXEHIWGSPSVEpnSHIEpGEVEPqQHISYXVSWYWSW
3WGSRXEQMRERXIWUYuQMGSWWnSWYFWXlRGMEWMRHIWINjZIMWTVIWIRXIWRSWEPMQIRXSWTSHIRHS - (Mz\MHSHIIR\SJVI¯qYQGSRWIVZERXIYXMPM^EHSRETIWGEHIGEQEVnSIPEKSWXEETzWEGETXYVETEVE
ter várias origens: evitar escurecimento. Se não controlada, a dosagem passa a representar um contaminante. Seu limite
003 004
-banido,
4VEKYMGMHEWTIWXMGMHEWYWEHSWREPEZSYVESYTEVEGSQFEXIHITVEKEW¯QYMXSWXMZIVEQWIYYWS -
Aditivos que em quantidade maior que a autorizada legalmente podem representar perigo à saúde,
como por exemplo, o nitrato e ou/ nitrito de sódio usado em sal de cura para embutidos (exemplo:
mas podem ainda ser encontrados no solo e em alimentos, devido à elevada permanência
RSWSPSIRSEQFMIRXI(IWXEGEQSWSWTVEKYMGMHEWSVKERSGPSVEHSWNjFERMHSWQEWUYIEMRHE presunto). Estes aditivos podem levar à formação de nitrosaminas, substância carcinogênica. No caso
LSNIVITVIWIRXEQYQEHEWQEMSVIWJSRXIWHIVIWuHYSWGPSVEHSWTEVESLSQIQGSQSTSVI\IQTPS IWTIGu½GSHITVSHYXSWGjVRISWWIGSWQEXYVEHSWSYRnSHIEGSVHSGSQYQE-RWXVYpnS2SVQEXMZEHS
DDT, aldrin, toxafeno entre outros. Ministério da Agricultura de 2006, a quantidade de nitrito de sódio (ou de potássio) não pode ultrapassar
a 150 ppm, que é a dose mínima para inibir mínimo a multiplicação de Clostridium Botulinum. Se for
usado nitrato, o limite é de 300 ppm, sendo que nesta caso o nitrato será reduzido a nitrito pelas bactérias.
-usados
Policlorobifenilos, também denominadas de bifenilas policloradas (PCBs), são compostos organoclorados
em várias aplicações industriais como capacitores e transformadores elétricos, bombas de vácuo,
dentre outras. Também têm elevada permanência no ambiente e acabam contaminando os alimentos, -aquecimento
Produtos provenientes de processamento do alimento em condições não apropriadas. Exemplo: no
excessivo das gorduras para fritura de alimentos, acima de 170 C, na presença de fatores
o
que se constituem na fonte mais importante de acumulação destas substâncias nos humanos.
como oxigênio e umidade dentre outros, podem ser formados produtos tóxicos ou cancerígenos,
como acroleína e peróxidos.
- Dioxinas se referem a substâncias membros de uma família de compostos conhecidos quimicamente
por dibenzo-p-dioxinas. Nem toda dioxina é tóxica, mas segundo a FAO, dos cerca de 419 compostos
XMTS HMS\MRE MHIRXM½GEHSW HIPIW WnS GSRWMHIVEHSW EPXEQIRXI Xz\MGSW % HMS\MRE XMTS8'(( q S
-seProdutos provenientes de procedimentos de limpeza e de desinfecção podem contaminar o produto
não houver enxague adequado. Por exemplo, frascos de vidro retornados do mercado podem ser
carcinogênico mais poderoso segundo algumas fontes. A Ingestão Diária Tolerável do TCDD segundo a lavados com soda e ácido clorídrico. Se houver erro e falta de controle, ou se houver falha no enxague,
OMS é da ordem de 1 a 4 picogramas/ kg de peso corporal, sendo uma das substâncias mais tóxicas garrafas de água podem ser envazadas com soda cáustica ou com ácido clorídrico.
para o ser humano. As fontes de dioxina são principalmente queima e incineração de lixo (lixo municipal,
lixo perigoso e lixo hospitalar), mas também produtos secundários resultantes de processos industriais -de7YFWXlRGMEWGSRXEQMRERXIWTVSZIRMIRXIWHIPYFVM½GERXIWHIKVEYRnSEPMQIRXuGMSYWEHSWREQERYXIRpnS
equipamentos onde há risco de contato direto ou indireto.A legislação brasileira não trata deste assunto,
como uso e produção de compostos aromáticos clorados, tais como herbicidas e pesticidas, branqueamento
mas o FDA estabelece as substâncias que podem ser utilizadas e seus limites.
de polpa de papel com cloro, na produção, uso e disposição de PVC, quando estes processos não são
realizados com tecnologia apropriada. Mais de 90% da exposição à dioxina se dá via alimentos, como
carne, lácteos, peixes, moluscos e crustáceos.
-quanto
Solventes usados na manutenção que podem ser contaminantes potenciais. Deve haver especial atenção
aos recipientes usados para guarda do solvente usado. A melhor prática é evitar uso de tambores
HITVSHYXSWXz\MGSWTEVEKYEVHEHIWXIWWSPZIRXIW TEVEUYIRnSLENEYQEGSRXEQMREpnSGSQIWXIW
- Radionuclídeos: especial atenção deve ser dada quando ocorre um desastre em usinas atômicas,
como ocorreu em Chernobyl e mais recentemente no Japão, na usina Fukushima Daiichi, pois
outros produtos tóxicos.
-
vários fatores: temperatura, tempo, presença de antioxidantes, modo de cocção, conteúdo de água e
de matérias-primas. Dependendo das condições de processo, os HAPs podem ser formados em Contaminantes inorgânicos tóxicos
churrascos, embutidos, produtos cárneos ou peixes defumados, mas também especiarias dependendo do
Dependendo da origem dos alimentos, estes podem conter contaminantes tóxicos como metais pesados,
processo de secagem. A legislação brasileira estabelece limites somente para aditivos aromatizantes:
Regulamento RDC N° 2 de 2007 da ANVISA estabelece que aroma de fumaça não devem transferir tanto originados na pesca, na agricultura ou na pecuária.
-
QEMWUYIQMGVSKVEQEWHI&E
4OKHITVSHYXS½REPQEWEPIKMWPEpnSHIEPKYRWTEuWIWNjIWXEFIPIGIQ
limites para outros produtos. Contaminantes químicos provenientes da embalagem
As embalagens podem conter substâncias capazes de migrar para o alimento em quantidades acima do
Há várias outras substâncias tóxicas além destas aqui relacionadas que têm o potencial de contaminar tolerado. A legislação brasileira estabelece listas positivas de componentes e aditivos e seus limites de
EPMQIRXSWTEVEEWUYEMWNjLjPMQMXIWPIKEMWIWXEFIPIGMHSWQEWLjZjVMEWSYXVEWUYIXsQWMHSSFNIXSHITIWUYMWEW tolerância para os quatro grandes grupos de embalagens: vidro, metais, polímeros e materiais celulósicos.
WIQUYINjLENEGSRGPYWnSEVIWTIMXS%WWMQSPIMXSVHIZIJMGEVEXIRXSkIZSPYpnSHEWTIWUYMWEWIWIY Está também previsto que as empresas produtoras de embalagens devam apresentar evidências de que
impacto na legislação. RnSLENEQMKVEpnSTEVESEPMQIRXSEGMQEHSPMQMXIXSPIVEHS
- Metabólitos tóxicos de origem microbiana, como histaminas, originadas de descarboxilação de Os aditivos alimentares têm um papel fundamental na produção de alimentos para melhorar o tempo
de conservação, bem como características organolépticas (cor, sabor, aroma e textura), além de manter
L-histidina por enzimas bacterianas, ou originárias do próprio tecido de peixes escombrídeos.
e/ou aumentar seu valor nutricional.
- Toxinas termoestáveis produzidas por microorganismos, como a toxina estafilocócica 007
Nem todos os aditivos têm potencial tóxico, mas para os que podem causar algum dano
008
-
TVIJIVIRGMEPQIRXIEYHMXERHSSTVSGIWWSHSJSVRIGIHSVSYI\MKMRHSGIVXM½GEpnSHIWMWXIQEHIKIWXnS
HIWIKYVERpEHIEPMQIRXSWVIGSRLIGMHSTIPS+*7-¯+PSFEP*SSH7EJIX]-RMXMEXMZISYWSPMGMXERHSPEYHSW Como as contaminações com agrotóxicos ocorrem na produção agrícola
de análises, ou realizando as análises Primeiramente é importante saber que a contaminação dos alimentos de origem vegetal pode ocorrer
diretamente durante as fases de produção ou de armazenamento. A contaminação pode ser indireta,
-ouRespeitar criteriosamente a quantidade aprovada para a formulação, através de um sistema de pesagem
medição rigorosamente controlado, usando equipamentos e instrumentos calibrados
pela permanência de resíduos de agrotóxicos no solo, provenientes de safras anteriores. No caso do
((8 GYNSYWSJSMTVSMFMHS EWYETIVQERsRGMERSWSPSTSHIEXMRKMVEXq 15 anos. Para alguns herbicidas,
a exemplo das triazinas, há dados que indicam permanência no solo por até 5 anos. Contaminação direta
-Análises de verificação para evidenciar que o limite máximo estabelecido pela legislação vigente pode ocorrer no tratamento de cereais com inseticidas e no tratamento pós colheita de frutas e
é respeitado
hor taliças. Outra forma de contaminação é pela ação do vento, ou pela estocagem em locais
previamente tratados com agrotóxicos.
- -RWXVYp~IW HI VSXYPEKIQ GPEVEW S WYJMGMIRXI TEVE KEVERXMV S TVSHYXS WINE TVITEVEHS SY Os produtores rurais animais devem conhecer e respeitar a legislação brasileira. A Agência Nacional de
usado corretamente.
:MKMPlRGME7ERMXjVME%2:-7%
VIWTSRWjZIPTIPETYFPMGEpnSHEWQSRSKVE½EWHSWEKVSXz\MGSW IWXEFIPIGI
em quais culturas podem ser ou não utilizados, bem como estabelece os seus Limites Máximos de
05.2 Agrotóxicos Resíduo (LMR) nos alimentos.
Devem ser utilizados somente produtos autorizados pela legislação e sob controle de um agrônomo,
Conforme a legislação brasileira, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou
nunca comprando produtos de origem suspeita. Além disso, deve-se:
FMSPzKMGSWHIWXMREHSWESYWSRSWIXSVEKVuGSPEGSQE½REPMHEHIHIEPXIVEVEGSQTSWMpnSHE¾SVESYHE
-*E^IVERjPMWIHIEKVSXz\MGSWRSWSPSTEVEZIVM½GEVWILjGSRXEQMREpnSMREGIMXjZIP
JEYREE½QHITVIWIVZjPEWHEEpnSHERSWEHIWIVIWZMZSWGSRWMHIVEHSWRSGMZSW
Há vários tipos de agrotóxicos, segunda a EMBRAPA:
-Cuidar da correta dosagem do agrotóxico, conforme indicada na rotulagem, e supervisão do
agrônomo responsável. O uso de um produto inapropriado ou em dosagem incorreta pode não
-
Inseticidas combater a praga, exigindo nova aplicação de agrotóxicos e aumentando a poluição ambiental
-
Acaricidas e a probabilidade de contaminação dos alimentos
-
Nematicidas
009
- Observar tempo de carência antes da colheita 010
-
2SGEWSHITIWGEHSWIZMXEVEGSPIXEHITIWGEHSWIQVIKM~IWSRHILENELMWXzVMGSHIGSRXEQMRERXIWUYuQMGSW
(por exemplo mercúrio) ou de agrotóxicos na água. Quando não houver histórico, avaliar os riscos de
anemia aplásica. No Brasil está também proibido o uso de oxitetraciclina, de penicilinas e de sulfonamidas
para a alimentação animal (Instrução Normativa n° 26, de 9 de Julho de 2009). Tratamento com avoparcina
contaminação ambiental da água, bem como riscos ambientais do entorno, como por exemplo, a existência está proibido por tempo indeterminado (Portaria no 818-SVS/MS, de 16 de outubro de 1998).
de indústrias poluentes, tais como indústrias de galvanoplastia.
Dica adicional
- Promotores de crescimento
Vários pesquisadores consideram os estilbenos como drogas de alto risco para à saúde humana.
Caso a empresa produtora ou a empresa consumidora não possa pagar pelas análises,o PARA - Programa de Alguns promotores de crescimento, como avoparcina, virginiamicina e avilamicina, são semelhantes
Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - poderá ser uma fonte útil de dados sobre a contaminação às estruturas de antibióticos de última geração desenvolvidos para os seres humanos (vancomicina,
de agrotóxicos em produtos de origem agrícola, porém sempre tendo em conta que seus resultados são pristinamicina e ziracina, respectivamente) e há o receio de aparecimento de cepas de bactérias resistentes
apenas indicativos por região. em humanos por meio de contaminação cruzada de produtos de origem animal (carne, leite, ovos) com
bactérias de animais tratados com derivados de estilbeno (EMBRAPA, 2002).
O PARA é um programa coordenado pela ANVISA, iniciado em 2001UYIXIQGSQSSFNIXMZSEZEPMEV
O uso de antibióticos na produção animal é considerado pela Organização Mundial de Saúde um risco
os níveis de resíduos de agrotóxicos de alimentos in natura que chegam à mesa do consumidor.
crescente para a saúde humana. Há uma pressão mundial no sentido de haver restrição total ao uso de
antibióticos como promotores de crescimento.
05.3 Resíduos de fármacos de uso veterinário Atenção deve ser dada ao critério de compra dos animais e de seus derivados, evitando compra de
produtos clandestinos.
Resíduo de medicamento veterinário é toda substância que se administra a animais de criação, com
JMRWXIVETsYXMGSWITVS½PjXMGSWSYTEVEQSHM½GEVEWJYRp~IW½WMSPzKMGEWHSWERMQEMWHIWXMREHSWES
consumo humano, que podem deixar resíduos da própria droga original ou de seus metabólitos em
-- Dicas sobre medidas de controle
Do ponto de vista do produtor rural
qualquer porção comestível do produto animal, assim como os resíduos de impurezas relacionadas com Os produtores da pecuária devem conhecer e respeitar a legislação brasileira. As drogas veterinárias
o medicamento veterinário correspondente. devem ser utilizadas somente se autorizadas pela legislação e sob controle de um veterinário,respeitando
Resíduos de medicamentos veterinários em níveis acima dos Limites Máximos Recomendados as dosagens e forma de aplicação recomendadas pelo veterinário e evitando a compra de
(LMRs) pela legislação podem representar perigos à saúde humana, sempre que em seu uso 011 produtos de origem suspeita. 012
1 (ITEVXEQIRXSHI(SIRpEW)QIVKIRXIWI3YXVEW(SIRpEW2SXM½GjZIMW
-
Observar o período de quarentena
-
Manter registros dos produtos aplicados Metais pesados são compostos de antimônio, de arsênio, de cádmio, de crômio (VI), de cobre, de
-
Manter registros dos prazos efetivos de quarentena chumbo, de mercúrio, de níquel, de selênio, de telúrio, de tálio e de estanho.
-
Quando houver alguma suspeita de contaminação, pode ser necessária a realização de análises laboratoriais.
Os riscos de contaminações dos alimentos pelos metais pesados variam segundo o metal específico
e os produtos alimentares. Os estudos de contaminação de alimentos por estes metais indicam
tanto a possibilidade de toxicidade aguda, como crônica, quando há efeito cumulativo nos órgãos
- Do ponto de vista do produtor rural dos animais e do ser humano. Os metais pesados são cumulativos no corpo dos seres humanos e
- Sempre que possível manter um esquema de auditorias às fazendas com frequência
apropriada, para avaliar se o produtor de fato respeita as Boas Práticas de Criação
de vários animais. Par ticularmente os mais perigosos para a saúde humana são o cádmio e o
mercúrio na sua forma orgânica (metil mercúrio). Os metais pesados podem contaminar os
-%PXIVREXMZEQIRXITSHIQWIVI\MKMHSWGIVXM½GEHSWHI+PSFEP+%4IQZI^HEWEYHMXSVMEWWMWXIQE
que prevê o controle sobre todos estes aspectos, além de outros
alimentos através de diversas fontes, das quais as mais impor tantes são a poluição ambiental e as
-quePode-se solicitar laudo de análise laboratorial de resíduos ao produtor, sempre porém considerando
etapas da produção primária, agrícola ou pecuária.
este resultado será pontual e poderá não ser representativo de toda a criação
-)RUYERXSRnSLSYZIVRuZIPHIGSR½ERpEWY½GMIRXIWIQTVIUYITSWWuZIPJE^IVERjPMWIWHSTVSHYXS
para determinar quantidade de resíduos quando do recebimento dos animais. As análises devem ser
--Dicas sobre medidas de controle
Do ponto de vista do produção primária
TVIJIVMZIPQIRXIJIMXEWGSQXIWXIWVjTMHSWIWMQTPIWTEVEUYISWPSXIWWINEQNjVINIMXEHSWERXIWHE Todos produtores devem conhecer e respeitar a legislação brasileira. A Por taria n º 685 do
recepção. Ex. antibióticos no leite - existem kits de resposta rápida para avaliar se há ou não Serviço de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, publicada em de 27 de agosto 1998 estabelece
contaminação em limite inaceitável. os limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos.
No caso de produtos da produção primária é impor tante que o produtor faça análise do
Dica adicional WSPSIGSRLIpEEGSQTSWMpnSIGSRXEQMRERXIWHIGEHEXEPMnSWIQTVIUYISTVSHYXSWINEHIWXMREHS
O Ministério da Agricultura (MAPA) mantém o Programa Nacional de Análise de Resíduos à alimentação humana ou animal. Também é impor tante analisar a água usada para rega, irrigação
de Medicamentos Veterinários em Alimentos Expostos ao Consumo (PNCR). O PNCR prevê ou consumo de animais para verificar se há contaminação inaceitável. Fer tilizantes e rações devem
a adoção de subprogr amas par a o setor da produção de car ne - PCRC , de mel - PCRM, WIVWIPIGMSREHSWHIJSVQEUYIREWIPIpnSWINEQEZEPMEHSWSWGYMHEHSWUYERXSkGSRXEQMREpnS
de leite - PCRL e de pescado - PCRP. com metais pesados. Na seleção de aditivos e materiais auxiliares provenientes da indústria
química, exemplo: ácidos e álcalis metais pesados devem ser uma preocupação.
4EWWS¯%ZEPMEpnSHEWQIHMHEWHIGSRXVSPI Outro aspecto impor tante é que vários organismos da cadeia alimentar têm capacidade de
Há medidas de controle implementadas capazes (conforme demonstrado através de validação) de controlar bioacumulação: crustáceos, mexilhões e ostras têm alta capacidade de acumular cádmio; atum,
o perigo decorrente da potencial contaminação cruzada?
moluscos e crustáceos têm alta capacidade de acumular mercúrio; e mexilhão acumula chumbo.
7MQ¯2nSWnSRIGIWWjVMEWEp~IW:jTEVESTEWWS
- Do ponto de vista da empresa usuária de produtos agrícolas, da pecuária, da pesca ou da
2nS¯:jTEVESTEWWS indústria química:
%WSVMIRXEp~IWWnSEWQIWQEWNjIRYQIVEHEWEYHMXSVMEWGSQJVIUYsRGMEETVSTVMEHESYI\MKsRGMEHI
SOJA - OVOS - LEITE GIVXM½GEpnSEGVIHMXEHEHIWMWXIQEHIKIWXnSHEWIKYVERpEHIEPMQIRXSWSYERjPMWIWJIMXEWTIPSTVSHYXSVSY
solicitação de laudos de análise laboratorial do produto, ou realização de análises, sempre porém
013 considerando que este resultado será pontual e poderá não ser representativo de toda a produção. 014
Conforme o Codex Alimentarius, há produtos de limpeza e de desinfecção que podem apresentar Segundo a Resolução n°105 de 1999 da ANVISA, as embalagens e equipamentos plásticos, nas condições
compostos químicos com efeito tóxico para a saúde humana. Estes efeitos resultam das propriedades TVIZMWuZIMWHIYWSRnSHIZIQGIHIVESWEPMQIRXSWWYFWXlRGMEWMRHIWINjZIMWXz\MGEWSYGSRXEQMRERXIWUYI
de substâncias químicas que podem estar presentes nos produtos de limpeza, ou de desinfecção, que VITVIWIRXIQYQVMWGSkWEHILYQERE VIWTIMXERHSSWPMQMXIWHIQMKVEpnSXSXEPIIWTIGu½GEMRHMGEHSW
apresentam efeitos nocivos para a saúde humana. na legislação vigente. Migração é a transferência de componentes do material em contato com alimentos
Os resíduos de substâncias químicas de limpeza podem permanecer nas tubulações, equipamentos para estes produtos, devido a fenômenos físico-químicos.
e utensílios de preparação de alimentos, sendo consequentemente transferidos para os alimentos de Exemplos importantes de migrantes são os monômeros e oligômeros residuais que permanecem nos
TSPuQIVSWXEMWGSQSSWTPEWXM½GERXIWHIIQFEPEKIRW¾I\uZIMWHI4:'SWEFWSVZIHSVIWHI9:IQ4)8SW
forma direta ou indireta.
corantes,os estabilizantes e outros aditivos.Todos esses compostos têm potencial para migrar para o alimento.
-
Revalidar o procedimento periodicamente e sempre que necessário
-
Treinar os funcionários de forma adequada
8 mg/dm2 de área de superfície da embalagem, nos seguintes casos:
-
embalagens e equipamentos com capacidade inferior a 250 mL; e
-
Verificar os equipamentos e utensílios após limpeza, no mínimo com uma inspeção visual, por
-
material plástico genérico.
GSPEFSVEHSVXVIMREHS8SHEWYNMHEHIZMWuZIPSYWMREPHIKSVHYVEMRHMGEPMQTI^EMREHIUYEHEUYIHIZIWIV
refeita. Sempre que necessário, análises como swab ou por bioluminescência devem ser realizadas.
- Dicas sobre medidas de controle
O controle dos perigos de migração deve ser feito através de:
Deve-se ter conhecimento sobre a forma de atuação destes produtos e processo para avaliar se
de fato há risco de contaminação, e se esta contaminação pode representar perigo à segurança de
-
%HIUYEHSTVSGIWWSHIWIPIpnSHIJSVRIGIHSVIWTSVEYHMXSVMESYSYXVSQIGERMWQSGSQSGIVXM½GEpnS
nas normas FSSC 22000, BRC IoP, ou IFS PACsecure.
alimentos. Dependendo do produto e da quantidade de contaminante, o efeito pode ser de apenas -
Estudos de migração para selecionar um tipo de embalagem
afetar as características organoléticas do produto. Exemplo: ácido peracético é um for te oxidante, e -
Estudos realizados com embalagens aprovadas pelos órgãos competentes
somente se puder estar presente em quantidades que não tenham reagido com a matéria -
6IWTIMXEVEWPMWXEWTSWMXMZEWHITSPuQIVSWVIWMREWIEHMXMZSW2IWXEWPMWXEWTSWMXMZEWIWXnSIWTIGM½GEHEW
VIWXVMp~IWGSQSPMQMXIWHIGSQTSWMpnS0'
IPMQMXIWHIQMKVEpnSIWTIGu½GE01)
HIXIGXEHEW
orgânica presente, é que terá efeito tóxico. 015 016
em simulantes de alimentos.
01 Introdução
Em termos de saúde pública os holofotes vão para os perigos microbiológico, mas são os perigos
UYuQMGSWSWKVERHIW±JERXEWQEW²HSTFPMGSPIMKS5YERXSWHIRzWNjRnSSYZMQSWVIJIVsRGMEES
medo de que o alimento contenha “muita química”?
Mas são os perigos físicos que aparecem como uma das reclamações mais comuns nos SAC
(serviços de atendimento ao consumidor) das empresas e nos PROCONs). Os “pobres” perigos
JuWMGSW Nj GEYWEVEQ KVERHIW XVERWXSVRSW E QYMXSW GSRWYQMHSVIW I QYMXEW IQTVIWEW UYIFVERHS
dentes, causando estragos e inúmeros recalls ao redor do mundo.
O 02
Os perigos físicos têm sido tão “menosprezados”, que a controvérsia existente sobre limites
regulatórios acerca do tamanho tolerável (ou não tolerável) não estava esclarecida até o momento
da edição deste livro. Que controvérsia? Leia mais adiante neste capítulo.
3SFNIXMZSHIWXIGETuXYPSqTVSTMGMEVYQIRXIRHMQIRXSFjWGMSIRXIRHMQIRXSWSFVISWTIVMKSW
físicos potenciais típicos, permitindo tirar algumas dúvidas suas fontes e como controlá-los.
02 Definição e generalidades
Contaminantes físicos se referem a todo corpo estranho ao alimento. Ao tabular dados de reclamações
de consumidores, estes contaminantes são em geral agrupados como “corpos estranhos” pelos PROCONs
brasileiros, sendo registrados em segundo lugar nas reclamações para alimentos e bebidas. Estes contaminantes
respondem por um grande número de reclamações na maioria das empresas.
Analisando conforme o dano causado ao consumidor, podemos concluir que os contaminantes físicos podem:
a)TVSZSGEVHERSWTEVEEWEHISYMRXIKVMHEHIJuWMGEHSGSRWYQMHSV½REP
c)SYEMRHEREQIRXIHSGSRWYQMHSVPIMKSTSHIQTEVIGIVHERSWSWkWEHIIQFSVEHIJEXSRnSSWINEQ 018
-Segurança Percebida: são todos os contaminantes que não fazem de fato mal à saúde, mas
que o consumidor, de acordo com sua percepção, entende que pode fazer mal à saúde, por
desconhecimento, ou por asco / aversão, ou por considerar ofensivo. Exemplos: barata, cabelos, 06 Contaminantes físicos relacionados à segurança intrínseca
colônia de mofo em vinagre etc.
Primeiramente vamos nos dedicar aos contaminantes relacionados à segurança intrínseca, por
04 Danos causados para a saúde humana representarem de fato um perigo à saúde ou integridade física do consumidor.
A seguir damos uma tabela com contaminantes físicos potenciais típicos e suas fontes.
Os contaminantes físicos podem acarretar danos traumáticos como laceração e perfuração de tecidos da Material Contaminantes Danos Fontes
boca, língua, garganta, estômago e intestinos, bem como danos a dentes e gengiva. Mais raramente podem causar Espinhas Peixes
severo efeito de obstrução do sistema respiratório, como no caso de botões. Ossos, espinhas Fragmentos de ossos
Perfuração na boca, Carne de bovinos, suínos,
e mais raramente do ovinos, caprinos
Os danos à saúde ou integridade dependem da idade e do estado de saúde do consumidor, e exoesqueleto
trato digestivo, infecção
Fragmentos de carapaça de
bem como do formato e tamanho do contaminante. Para visualizar como estes fatores influenciam, 0EKSWXEGEVERKYINSWMVMIXG
crustáceos
basta imaginar os efeitos de um botão engolido por uma criança, ou de um fragmento de vidro, Produtos descaroçados como
para uma pessoa que faça uso de anticoagulante. Caroços Fragmentos de caroços Perfuração na boca, infecção EQIM\EE^IMXSREGIVINE
damascos, tâmara etc
)QFSVE S RQIVS HI VIGPEQEp~IW VIJIVIRXIW E GSRXEQMRERXIW JuWMGSW VIKMWXVEHEW ERYEPQIRXI WINE QYMXS Aplicação de vacinas em animais,
Agulhas
WMKRM½GEXMZSXERXSREWIQTVIWEWGSQSRSW463'32WSMQTEGXSIQXIVQSWHIWEHITFPMGERnSXIQWMHS máquinas para costurar sacaria
considerado tão importante como no caso de contaminantes microbiológicos, porque o número de pessoas Pregos Pallets, caixaria
que adoecem por esta razão corresponde a uma população pequena de consumidores. O dano maior ocorre 4VSNqXMP Carne de caça
Perfuração na boca, e mais
raramente no trato digestivo, Equipamento, máquina,
IQJYRpnSHEQuHMEGSQTVINYu^SWTEVEEGVIHMFMPMHEHIHEIQTVIWEHIGSVVIRXIWHEZIMGYPEpnSIMQTEGXSHS Metal Parafusos, porcas, rebites,
utensílios ou consertos
molas, fragmentos de solda cortes, infecção, cirurgia para
JEXSNjUYIWIXVEXEQHIGSRXEQMRERXIWQEMWJEGMPQIRXIZMWYEPM^jZIMW remoção, choque inadequados
Fragmentos Consertos provisórios ou
de arames, manutenção inadequada
-
Palito de madeira Uso de palito nos refeitórios
Vidro ou materiais vítreos Fragmentos de vidro ou outro Cortes, sangramento, podem 0lQTEHEWNERIPEWTEVIHIWHI
como porcelana/cerâmica material vítreo como porcela- requerer cirurgia para remoção vidro, termômetros ou outros O setor de alimentos carece, portanto, neste momento, de regulamentação de forma mais realista,
na ou cerâmica instrumentos de medição que com limites rígidos porém viáveis de serem cumpridos, especialmente para aqueles contaminantes que
possam conter vidro, itens
auxiliares (tais como relógio). de fato oferecem risco sério à saúde do consumidor.
Ref: Ellen Lopes, 2012
- FDA
Vários especialistas do nosso mercado têm referenciado 7mm como limite aceitável para contaminantes
para “requisitos mínimos para avaliação de matérias estranhas macroscópicas e microscópicas em
alimentos e bebidas e seus limites de tolerância” É um avanço, mas há aspectos ainda de difícil
cumprimento. No geral propõe limites mais viáveis do que simplesmente estabelecer que qualquer
JuWMGSWHYVSWITSRXMEKYHSWNYWXM½GERHSUYIXIVMEWMHSIWXIPMQMXIIWXEFIPIGMHSTIPS*(% contaminação é inaceitável. Aqui segue uma síntese da Consulta:
3'SQTPMERGI4SPMG]+YMHI¯'4+7IG *SSHW Adulteration Involving hard or Sharp Foreign Objects
atualizado em 2005 pelo FDA, baseia-se em pesquisa feita pelo FDA de 1972 a 1997, em 190 casos de
a)PMQMXIHIQQTEVESFNIXSWVuKMHSW TSRXMEKYHSWISYGSVXERXIW MKYEMWSYQEMSVIWHSUYIQQ
contaminação. A conclusão foi que este tipo de contaminante, se menor que 7 mm raramente causa
(medido na maior dimensão) que possam causar lesões ao consumidor tais como: pedras, dentes,
trauma ou dano severo à saúde de bebês, pacientes que sofreram cirurgia, ou pessoas idosas
fragmentos de osso, de caroço ou de metal, dentre outros;
e não que fragmentos menores possam ser considerados aceitáveis. Estabelece este estudo 021 022
-
O fato é que sendo PC, PCC ou PPRO, para bom resultado de segurança do alimento produzido, deve-se
TVSNIXEVQSRMXSVEQIRXSWHIXSHSWSWIUYMTEQIRXSWIRZSPZMHSWREIPMQMREpnSSYVIHYpnSHITIVMKSWJuWMGSW Dica 4 - 1SRMXSVEQIRXSIZIVM½GEpnSHIHIXIGXSVHIQIXEP
Este mesmo raciocínio pode ser usado para outros equipamentos eliminadores ou redutores de perigos físicos. ,j GSRXVSZqVWME XEQFqQ WSFVI GSQS HIZI WIV JIMXS S QSRMXSVEQIRXS I E ZIVM½GEpnS 4EVE RSW
fundamentarmos em referência mais inquestionável, recorremos a um trabalho feito em 1999 pelo FSIS
- Dica 2 - Sobre uso de detector de metal
Para maior garantia de ausência de contaminantes metálicos, tem sido cada vez mais comum o uso de
¯Food Safety and Inspection Service, dos Estados Unidos. Neste trabalho, o monitoramento consiste em
fazer testes com corpos de prova feitos na linha de produção no ponto menos sensível da embalagem
detectores de metal no processo de preparação dos alimentos. A presença deste equipamento é HSTVSHYXSEGEHELSVEWIEZIVM½GEpnSGSRWMWXIXEQFqQIQJE^IVXIWXIWGSQGSVTSWHITVSZETSVqQ
considerada essencial por alguns clientes para processo de produção de ingredientes alimentícios e por pessoa independente da Garantia d Qualidade, sendo duas vezes a cada turno.
também pela norma BRC Food Safety versão 6 (quando há perigo de fragmentos de metal). Para esta Vale observar que outros autores entendem que os testes com corpo de prova são monitoramentos
RSVQEWYEEYWsRGMEqEGIMXEQEWHIWHIUYILENENYWXM½GEXMZEXqGRMGEUYIHIQSWXVIUYISRuZIPEGIMXjZIP IUYIEZIVM½GEpnSqEGLIGEKIQHEVIEPM^EpnSHIWXIWXIWXIWTSVYQEJYRpnSMRHITIRHIRXITSVI\IQTPS
HSTIVMKSqGSRWIKYMHSHIEPKYQESYXVEJSVQEUYIEIQTVIWEHIQSWXVIGSQSI½GE^ TSVYQWYTIVZMWSV'SRXVSZqVWMEWkTEVXISUYIqIWWIRGMEPqUYIWINEQJIMXSWSWXIWXIWGSQSWGSVTSW
O princípio de seu funcionamento é a geração de um campo magnético detectando-se a presença de de fora de forma frequente, podendo a frequência ser recomendada pelo fabricante do equipamento.
contaminante metálico no alimento devido às propriedades condutivas e magnéticas de metais eventualmente E qual a frequência do monitoramento a ser adotada? Conforme mencionado no Volume 01, seguindo o
presentes. Há detectores para metais ferrosos, para não ferrosos, ou para ambos, variando o limite de princípio de monitoramento do APPCC/HACCP, os testes de monitoramento devem ser realizados em
detecção diferente de acordo com o tipo de metal e tipo de equipamento. freqüência tal que permita a retenção/ reinspeção do produto ainda nas dependências da empresa (ou em
3MHIEPqUYIHIXIGXSVIWHIQIXEPWINEQIUYMTEHSWGSQWMWXIQEWHIVINIMpnS5YERHSYQWMWXIQEHIVI- etapa de distribuição ainda no controle da empresa). Uma avaliação da relação custo/benefício deve ser
NIMpnSRnSJSVTSWWuZIPSHIXIGXSVHIZIWIVIUYMTEHSWGSQEPEVQIWSRSVSISYPYQMRSWS3JYRGMSREQIRXS feita para considerar se a frequência deve ser maior ou menor, considerando os volumes envolvidos entre os
HSWMWXIQEHIVINIMpnSSYHIEPEVQIHIZIWIVQSRMXSVEHSTIVMSHMGEQIRXI monitoramentos, para não correr o risco de na ocorrência de desvio ter um enorme trabalho de reinspeção.
-
% JVIUYsRGME HI ZIVM½GEpnS HIZI WIV ENYWXEHE GSRJSVQI EZEPMEpnS HI VMWGS HE IQTVIWE QEW
Dica 3 - Detector de metal é ou não PCC? VIGSQIRHEQSWUYIWINEJIMXEUYERHSEMRHESTVSHYXSIWXMZIVRSVEMSHIGSRXVSPIHEIQTVIWETEVEUYI
Antes de qualquer consideração a este respeito, vale observar que um detector de metal deve ter ações corretivas possam ser tomadas em caso de desvio.
-
sensibilidade adequada, o que deve ser discutido com o fabricante do detector. Vários fatores devem ser
levados em conta: tamanho, tipo de metal, tipo de produto, velocidade de funcionamento dentre outros. Dica 5 - Sobre calibração de detector de metal
9QTEVlQIXVSMQTSVXERXITEVEWIYGSVVIXSJYRGMSREQIRXSqSENYWXIHEVIPEpnSIRXVISXEQERLSHI )WXIqQEMWYQTSRXSGSRXVSZIVWS%PKYRWIWTIGMEPMWXEWE½VQEQUYIRnSWIGEPMFVEHIXIGXSV 1EWLj
abertura do detector propriamente dito e o tamanho do produto, considerando como produto exatamente SYXVSWE½VQEQUYIWMQ 'SRXVSZqVWMEWkTEVXI SWJEFVMGERXIWVIGSQIRHEQUYIWINEJIMXEQERYXIRpnS
a unidade que passará pelo detector. Outro parâmetro, é o posicionamento do corpo de prova, que deve TVIZIRXMZETSVIRKIRLIMVSXVIMREHSGSQSSFNIXMZSHIEZEPMEVTVSFPIQEWTSXIRGMEMWIWYKIVMVWSPYp~IW
ser no ponto menos sensível. antes que os problemas ocorram. Periodicamente é importante avaliar na manutenção preventiva se
Se detector de metal é ou não PCC, há muita controvérsia e vale lembrar que esta decisão sempre o campo magnético gerado pela bobina está com a potência esperada. A frequência de manutenção
depende de uma análise crítica. preventiva varia de acordo com o autor, desde a cada seis meses até cerca de um ano, sendo o mais
%PKYRWE½VQEQUYIYQHIXIGXSVqYQEIXETEHITVSGIWWSSYXVSWE½VQEQUYIRnSq3JEXSq apropriado seguir as orientações do fabricante.
UYIRnSLjEMRHEEGSRWEKVEpnSHIYQEPMRLEHIVEGMSGuRMSRMGE,jTVS½WWMSREMWUYIHIJIRHIQEXq 025 026
consideradas reprovadas. O local para acondicionar o produto com desvio não deve ser de fácil acesso,
por exemplo desviando-o para caixas com tranca. Quando estas caixas não existirem, As medidas de controle devem ser preferencialmente focadas na prevenção, mas a exemplo dos
uma pessoa designada e devidamente qualificada deve manusear o produto contaminado. contaminantes relacionados à segurança de alimentos, nem sempre só as medidas de prevenção
conseguem “dar conta do recado”, sendo neste caso também impor tante conhecer as medidas de
Contaminantes físicos relacionados eliminação e de redução desta categoria de contaminantes físicos.
08 à segurança de alimentos percebida
Vamos agor a tr atar dos contaminantes que não são agentes patológicos, por tanto não
08.2 Prevenção
- 'SRXEQMRERXIWUYITSHIQWIVGPEWWM½GEHSWGSQSWIKYVERpEHIEPMQIRXSW
-
Contaminantes que podem ser indicativos de riscos à saúde humana: insetos, roedores, outros
As recomendações gerais relacionadas para contaminantes químicos em termos de prevenção,
também são válidas para esta categoria de contaminantes. Consulte-as no item contaminação extrínseca.
animais, excrementos de animais, parasitos
- Matérias estranhas que podem ser indicativas de falhas de Boas Práticas, e que não são usados como 08.3 2 Eliminação ou redução a níveis aceitáveis
MRHMGEXMZSWHIVMWGSkWEHILYQEREEVXVzTSHIWTVzTVMSWHIHIXIVQMREHEWGYPXYVEWTEVXIWMRHIWINjZIMW
HIQEXqVMEWTVMQEWTsPSWLYQERSWIHISYXVSWERMQEMWEVIMEXIVVEISYXVEWTEVXuGYPEWTEVXIWMRHIWINjZIMW )\MWXIQERjPMWIWTEVEHIXIGXEVIUYERXM½GEVEQEMSVMEHSWGSRXEQMRERXIWXVEXEHSWRIWXIMXIQ8EQFqQ
e outras impurezas e vetores. existem equipamentos e técnicas que podem eliminar ou reduzir muitos destes contaminantes a nível
01 Introdução
O 03
NYHMGMEMWMRHIRM^Ep~IWIHERSWkMQEKIQWnSQEMWEHIUYEHEQIRXIHMVIGMSREHSW
Além de ser um requisito legal no Brasil e de nosso mercado, a avaliação da rastreabilidade em auditorias
da qualidade/segurança de alimentos é uma unanimidade, considerado um requisito indispensável para
as organizações que pertençam à cadeia de alimentos.
02 Definições
“Rastreabilidade é a capacidade de traçar o histórico, a aplicação daquilo que está sendo considerado.”
Esta norma apresenta uma nota, que diz, que ao se considerar um produto, a rastreabilidade pode estar
relacionada com:
- A origem dos materiais e as peças;
- O histórico do processamento;
- A distribuição e localização do produto depois da entrega.
Já a ISO 22005:2007HI½RIVEWXVIEFMPMHEHIGSQS
±'ETEGMHEHIHIWIKYMVS¾Y\SHIYQEPMQIRXSSYVEpnSEXVEZqWHIIWXjKMSW
IWTIGu½GSWHETVSHYpnSTVSGIWWEQIRXSIHMWXVMFYMpnS²
030
03 Importância -WWS½GEQEMWGPEVSUYERHSIRXIRHIQSWSUYIEWTVMRGMTEMWRSVQEWHIKIWXnSVIUYMWMXEQ
-%NYHEREERjPMWIHEGEYWEVEM^HSWTVSFPIQEW3TVSHYXSUYITVIGMWSYWIVVIGSPLMHSTEWWSYTSVYQE
série de controles, que na verdade deveriam ter detectado a não conformidade. Se isso não aconteceu,
%SVKERM^EpnSHIZIIWXEFIPIGIVIETPMGEVYQWMWXIQEHIVEWXVIEFMPMHEHIUYITIVQMXEEMHIRXM½GEpnSHI
lotes de produtos e sua relação com lotes de matérias-primas, processamento e registros de liberação.
HIZIQSW WIKYMV S TVSFPIQE TEVE HIXIVQMREV UYEP E GEYWE HS TVSHYXS RnS XIV WMHS VINIMXEHS RS 3WMWXIQEHIVEWXVIEFMPMHEHIHIZIWIVGETE^HIMHIRXM½GEVSQEXIVMEPVIGIFMHSHIJSVRIGIHSVIWQEMWMQIHMEXSW
processo e prevenir reincidências. IEVSXEMRMGMEPHIHMWXVMFYMpnSHSTVSHYXS½REP
-Capacita a empresa a segregar e preservar produtos de origem vinculada a um claim, ou alegação
(orgânicos, diet, Halal, Kosher, GMO, isento de alergênicos) ou identidade preservada.
As informações contempladas em um robusto sistema de rastreabilidade incluem os itens abaixo, mas
não se restringem a:
--HIRXM½GESWVIWTSRWjZIMWHEGEHIMEVIPEGMSREHSWkSGSVVsRGMEMRHIWINjZIP
- -HIRXM½GEpnSHIXSHSWSWMRWYQSWHSTVSGIWWS2SXEWIUYIqFEWXERXIGPEVSTEVEEWSVKERM^Ep~IW
que o código de rastreabilidade (exemplo: fornecedor, número de lote e/ou data de validade)
04 A prática dos ingredientes de uma formulação e embalagens primárias devem ser contemplados. Não devem
WIVIWUYIGMHSWGSEHNYZERXIWHITVSGIWWSEY\MPMEVIWHIXIGRSPSKMEISYXVSWQEXIVMEMWUYITSWWEQ
ter contato eventual: lubrificantes (tanto os usados em equipamentos ou na produção, como
desmoldantes) e sanitizantes,
A complexidade do sistema de rastreabilidade pode variar dependendo das características do
TVSHYXSIHSWSFNIXMZSWEWIVIQEXMRKMHSW%MQTPIQIRXEpnSHIYQWMWXIQEHIVEWXVIEFMPMHEHITSV - 'SRXVSPIW ETPMGjZIMW RS VIGIFMQIRXS HIWWIW MRWYQSW I GSEHNYZERXIW HI TVSGIWWS )\IQTPSW
resultados de análises realizadas no recebimento, laudos de fornecedores, comprovação da
uma organização, depende de: qualificação do fornecedor.
-Limites técnicos inerentes à organização e aos produtos (isto é: natureza das matérias-primas,
- (IWXMRSHSTVSHYXSEGEFEHS¯TVMQIMVEVSXEHIHMWXVMFYMpnS
tamanho dos lotes, procedimentos de colheita e transporte, processo de produção e embalagem)
- Destino de resíduos e subprodutos, quando relevante. Há casos onde o destino do resíduo pode ser
-Os benefícios de custo (relação custo - benefício) em aplicar o sistema. controlado (exemplo, na comercialização de proteína animal para alimentação de ruminantes).
- Informações sobre estocagem e distribuição, como por exemplo temperatura e umidade
,jUYIQTIRWIUYIEVEWXVIEFMPMHEHIWIPMQMXIEMHIRXM½GEVSPSXIHEWQEXqVMEWTVMQEWI de câmaras eFEWJVMKSVu½GSW
031 032
e PPROs (programas de pré-requisitos operacionais) Para produtos acabados, a informação deve estar muito clara para o cliente/consumidor. É importante que se
- Checklist de inspeção de veículos. YWI YQE JSVQE HI MHIRXM½GEpnS VIWMWXIRXI UYI TIVQERIpE PIKuZIP ES PSRKS HS XIQTS HI EVQE^IREQIRXS
- 6IWYPXEHSWHIMRWTIp~IWSYERjPMWIWPEFSVEXSVMEMWHSTVSHYXS½REP 2SGEWSHSGSRWYQMHSV qHIWINjZIPUYIEQIRSVTSVpnSHIGSRWYQSETVIWIRXIGzHMKSHIVEWXVIEFMPMHEHI
- Registros de higienização da linha antes e durante a fabricação do lote em questão. )\IQYQTEGSXIHIFSQFSRWMHIEPQIRXIGEHEYRMHEHIHIZITSWWYMVYQEMHIRXM½GEpnS
- Nome dos responsáveis envolvidos na fabricação e seus respectivos registros de competência.
Principalmente HEWTIWWSEWGSQEYXSVMHEHIWHI½RMHEWTEVEPMFIVEpnSHITVSHYXSWJMREMW
04.2 Que informações devem constar no meu Procedimento de rastreabilidade?
-'SQTVSZEpnSHIUYISPSXIIQUYIWXnSJSMTVSHY^MHSIQGSRHMp~IWGSQTEXuZIMWGSQEWIWTIGM½GEp~IW
de processo (Exemplo: tempo de fermentação, tempo de secagem, condições de mistura).
- 6IKMWXVSWHISGSVVsRGMEWEGMHIRXEMWSYIQIVKIRGMEMWRSHMEHIJEFVMGEpnSUYIWINEQHMKREWHIRSXE
A RDC 275/2002 da ANVISA determina que:
- SINEQETVIWIRXEHSWHEHSWZMRGYPEHSWES¾Y\SHIMRJSVQEp~IWUYEMWWnSSWJSVQYPjVMSWTjKMREHIHEHSW
de um sistema, onde determinada informação é registrada?
O pessoal envolvido no registro das informações deve estar ciente da relevância do seu trabalho e das
- 7INEHI½RMHSGSQSSTVSHYXSEGEFEHSISWTVSHYXSWMRXIVQIHMjVMSWWnSMHIRXM½GEHSW
conseqüências de falhas nos registros.
- HENEWMWXIQEHIMHIRXM½GEpnSEWMHIRXM½GEp~IWHSWPSXIWHIQEXqVMEWTVMQEWTSHIQWIVYQEWMQTPIW
transcrição das informações da embalagem/carregamento do fornecedor, ou mesmo um código
04.1 Como deve ser a codificação do número de lote? seqüencial gerado internamente (o chamado “lote interno” que tem a vantagem de facilitar a padronização
dos controles internos de rastreabilidade pelos operadores, uma vez que cada fornecedor pode ter
4EVEUYIWIIWXEFIPIpEYQWMWXIQEHIVEWXVIEFMPMHEHIqRIGIWWjVMSHEVYQEMHIRXMHEHIYQEGSHM½GEpnS uma maneira muito diferente de referenciar seus lotes).
RMGETEVEYQGSRNYRXSHIYRMHEHIWHIYQTVSHYXSUYIJSVEQTVSHY^MHEWISYTVSGIWWEHEWSYIQFEPEHEW
sob condições similares. A esta identidade damos o nome de lote. Pela ISO 22000:2005, Os registros de rastreabilidade devem ser mantidos por um período definido
Um lote pode ser definido como uma Ordem de Produção inteira (um sabor de um suco, por para avaliação do sistema, de modo a permitir o tratamento adequado de produtos potencialmente
exemplo), um turno de trabalho, um tanque de matéria-prima completamente esvaziado, toda a nseguros e no eventual recolhimento do produto. Os registros devem estar de acordo com os requisitos
“lotação” de uma retor ta. estatutários e regulamentares e requisitos de clientes, e podem, por exemplo, serem baseados na
Não temos, até o momento, requisitos legais no Brasil para esta codificação. Mais uma vez, o que MHIRXM½GEpnSHSPSXIHSTVSHYXS½REP
determinará a extensão de informações necessárias é a organização, que deve avaliar a complexidade de Podemos considerar como tempo de retenção destes registros no mínimo o prazo de validade do produto.
WIYWTVSGIWWSWIEXqQIWQSGSQSIPEHI½RMYPSXITEVESTVSHYXS 1MRMQEQIRXIEHEXEHIJEFVMGEpnS E quando aplicável, podemos levar em consideração também o tempo da validade do produto do cliente.
HIZIWIVMHIRXM½GEHE3YXVEWMRJSVQEp~IWUYITSHIVnSGSRWXEV
-Data de fabricação (24 horas de um dia) ou suas subdivisões na forma de turno;
04.3 Sou obrigado a ter um software para gerenciamento de dados?
-Ordem de produção, como toda a produção de um determinado sabor/item ao longo de algumas
horas ou dia, antes da ocorrência de troca de produto em linhas versáteis.
É certo que ferramentas que otimizem o trabalho como softwares ou geradores e leitores de códigos
-Para processos em batelada, deve se preferir uma condição de homogeneidade daquela porção
produzida, como por exemplo, o volume de produção correspondente e um volume de bebida
de barra são muito valiosos, porém não são mandatórios. O sistema de rastreabilidade deve ser simples
formulada em um tanque. e não onerar o dia-a-dia da empresa, sendo um processo normal na rotina de produção.
-Numero da linha de processamento, quando existem mais de uma linha produzindo / embalando 4VSGIHMQIRXSWQERYEMWTSHIQWIVYWEHSWWIQVIWXVMpnS TSVqQIWXnSQEMWWYNIMXSWEIVVS
o mesmo produto. LYQERSIHIQERHEQIQKIVEPQEMWXIQTSTEVEUYIEWMRJSVQEp~IWWINEQVIWKEXEHEW
033 034
2) A quantidade produzida deve ser igual à expedida somada ao material em estoque e a eventuais perdas;
Informações sobre o processo,matérias primas,embalagens,produtos acabados,transporte etc.,se vinculam
através de informações de conexão através do sistema de dados. 3) O consumo de uma determinada matéria-prima somada a eventuais perdas deve corresponder ao recebido.
Segundo a ISO 22005, Procedimentos para gerenciar informações sobre rastreabilidade devem incluir
QIMSWTEVEPMKEVIVIKMWXVEVS¾Y\SHIMRJSVQEp~IWVIPEGMSREHEWEQEXIVMEMWITVSHYXSWWIRIGIWWjVMS Para entendimento deste conceito, visualize o seguinte caso:
Mapear e enxergar as informações de conexão é um facilitador para e empresa realizar um rápido exercício Uma empresa que utiliza três matérias-primas para elaboração de um produto, P2. Durante o
HIVEWXVIEFMPMHEHI)WWEWGSRI\~IWQSWXVEQUYEPqEWIUYsRGMEHIMRXIVEpnSIRXVISWHEHSWINYWXM½GEQ processamento há perdas naturais de processo (Exemplo: retirada de cascas de frutas, evaporação
uma etapa na outra. Ex: em certo dia recebi a matéria prima A e a utilizei três dias depois no produto de água em leite condensado, aparos do cor te de Wafers) e perdas por falhas nos equipamentos.
B. Há um formulário para recebimento da matéria-prima, porém é nos registros de formulação que de- A diferença entre os dois casos é que as perdas intrínsecas são previsíveis em condições normais,
screvo o número de lote da matéria prima A. enquanto as perdas por falhas ocorrem de maneira esporádica. A incorporação de reprocesso
2EXEFIPEIRGSRXVEWIMHIRXM½GEHSYQI\IQTPS½GXuGMSHIQETIEQIRXS ocorre com cer ta frequência. Uma das matérias-primas (MP1) é usada em quatro produtos da
empresa (P1, P2, P3, P4). A maior par te dos produtos é expedida para um centro de distribuição
Etapa de processo Registros associados Informação de Conexão
Checklist de inspeção com placa
(CD), mas uma pequena par te é vendida diretamente a clientes finais. Eventualmente podem ocorrer
Recebimento 2SXE½WGEPHIGSQTVE
do caminhão + Laudo da matéria-prima TIVHEWHITVSHYXSEGEFEHSTSVQERINSRSEVQE^IREQIRXSIHMWXVMFYMpnS
Armazenamento Mapa do WMS )QYQEVITVIWIRXEpnSWMQTPM½GEHEIWWIFEPERpSHIQEWWE½GEVMETEVEGEHEGIRjVMS
Pré-preparo Registros de pesagem de matérias-primas Ordem de produção
Mistura Registro de inspeção da peneira Ordem de produção
1) A soma (em unidade de peso, volume ou número de caixas, por exemplo) das entradas e saídas de
Registro de consumo de embalagens
Registro de monitoramento do PCC YQHIXIVQMREHSPSXIHIZIGSVVIWTSRHIVESZSPYQI½REPTVSHY^MHS
Embalagem Ordem de produção
Relatório de perdas de produto
Relatório de monitoramento MP11414¯4IVHEWHITVSGIWWS6ITVSGIWWS!4
Checklist sensorial
Controle de Qualidade Ordem de produção
Teste de Hermeticidade
Perdas de processo= evaporação, sobrepeso, cascas, escamas...
Expedição Relatório de Formação de Pallets 2SXE½WGEPHIZIRHE
Tabela 3.1: Exemplo de mapeamento de informações de conexões.
2) A quantidade produzida deve ser igual à expedida somada ao material ainda em estoque e a eventuais perdas;
Caso 2:
(*) Atenção,pois nesses casos,o balanço de massa não considera o valor total da perda ou reprocesso,nem do
No exercício de rastreabilidade do Produto suco de Pêssego Light lote 186 de 04/07/08 foi
TVSHYXS½REPIWMQEUYERXMHEHIGSVVIWTSRHIRXIHE141 utilizada na formulação de cada produto.
possível recuperar todas as informações solicitadas. São elas: lote do fornecedor de cada
matéria-prima utilizada (embalagem, polpa, açúcar líquido, ácido cítrico, goma, ácido
04.6 Testando o sistema de Rastreabilidade ascórbico) e respectivos laudos e testes no recebimento. Foi verificado o volume entregue
de cada matéria-prima para conciliação de quantidades consumidas. Foram evidenciados os
Testar periodicamente o sistema de rastreabilidade é uma prática que permite monitorar se a resultados de teste de liberação de linha (ATP), resultados de análise microbiológica do lote,
sistemática está funcionando adequadamente e com a agilidade esperada. É mais seguro identificar registro de temperatura de pasteurização e pressão de N2, todos de 04/07/08. Em anexo
falhas na simulação do que na vida real, onde será tarde demais para implementar melhorias. Tais se encontram as cópias dos formulários e telas do computador de onde as informações
falhas podem custar muito para o caixa e reputação da empresa. Também é uma maneira de treinar foram rastreadas.
e conscientizar os envolvidos no processo.
9QXIWXIHIVEWXVIEFMPMHEHITSHIWIVJIMXSIQGSRNYRXSGSQSXIWXIHIVIGSPLMQIRXSTEVE
visualização completa da capacidade da organização responder a uma crise.
Todo o teste de rastreabilidade tem um ponto de par tida, e vai depender do que se quer avaliar
- Escolha de objetivos para o sistema de rastreabilidade.
4EVE EZEPMEV E IJMGjGME HS WMWXIQE HI VEWXVIEFMPMHEHI S IWXEFIPIGMQIRXS HI SFNIXMZSW I QIXEW
(situações 1, 2 ou 3, mencionadas sobre balanço de massa), ou todas, que seria o teste completo. prévias se faz necessário. Qual a porcentagem admissível de incoerência no balanço de massa? Em
Algumas possibilidades: quanto tempo a informação com destino dos produtos, ou origem das matérias primas deve estar
-Um dia específico de produção, tomado ao acaso dos relatórios de produção. disponível para a equipe?
-Um produto retirado da prateleira de um supermercado ou do estoque da fábrica.
-Uma matéria-prima de um fornecedor em par ticular.
- Existe um tempo máximo para eu realizar a rastreabilidade completa?
04.7 Como gerenciar limitações em meu sistema de rastreabilidade? A norma ISO 22000:2005 determina que a organização deve estabelecer e aplicar um sistema
de rastreabilidade que permita a identificação de lotes de produtos e sua relação com lotes de
3MQTSV XERXIqUYIEWPMQMXEp~IWHIGEHEWMWXIQEWINEQVIGSRLIGMHEWIHSGYQIRXEHEW
TIPE matérias primas, processamento e registros de liberação.
organização, que deve saber administrar e lidar com as implicações em caso de uma crise. Alguns O sistema de rastreabilidade deve ser capaz de identificar o material recebido de
cenários podem limitar a precisão das informações de rastreabilidade: fornecedores mais imediatos e a rota inicial de distribuição do produto final.
- Lotes de produtos a granel, como cereais, farinhas, açúcar e leite são misturados em um silo Esse é o chamado sistema de rastreabilidade “um passo para frente, um passo para trás”, que
deveria ser aplicado individualmente por cada organização de maneira a se obter um sistema
principal de abastecimento e direcionados para uma ou mais linhas de processo. O esvaziamento
completo de silos e tanques, com registro de data (considerada um “tempo zero” para a rastreabilidade) completo de rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de alimentos.
reduz a possibilidade do número de lotes de matérias primas misturadas ser cada vez maior no
interior destes reservatórios.
- Uma empresa é capaz de documentar todos os lotes que abastecem um caminhão, mas não
considera viável operacionalmente documentar quem foi exatamente o cliente que recebeu
determinada carga (imagine o cenário onde comércios de rua recebem pequenas quantidades
de produtos diversos).
- Picking, ou pallets com um mix de produtos destinados a pequenos mercados.
- Trocas de produto nas quais não há necessidade de higienização de linha.
Nesses casos, na necessidade de um recolhimento/recall, a empresa deverá arcar com uma
operação de proporções muito maiores para retirar os produtos implicados, pois não será capaz de
identificar exatamente o destino do produto ou lotes que utilizaram determinada matéria-prima.
Os grandes inimigos da rastreabilidade, por serem operacionalmente difíceis de controlar são:
- Produtos a granel, estocados em tanques ou silos que nunca são esvaziados completamente.
- Reprocesso;
- Retirada sem registro de amostras de retenção;
- Número elevado de elos na cadeia de distribuição;
- Matérias-primas obtidas por extrativismo, ou de múltiplos pequenos produtores
- -HIRXM½GEpnSHIPSXIREWXEQTEWIRnSRSGSVTSHIFSQFSREWIXSRqMWTSHIQWIVXVSGEHSW
- Material em status de Inventário e liberação.
039 040
01 Introdução
Em associação aos programas de segurança de alimentos que vimos até aqui, que têm o foco na
contaminação incidental de produtos, observamos na cadeia produtiva de alimentos uma tendência
e uma preocupação cada vez maiores a respeito do chamado food defense (termo ainda sem uma
tradução oficial para o por tuguês, mas que em algumas referências encontramos designado como
“defesa de alimentos” ou “proteção de alimentos”). O foco principal desses programa é a prevenção
da contaminação proposital de produtos, onde indivíduos, motivados ideologicamente ou não,
O 04
deliberadamente podem contaminar produtos por agentes biológicos, químicos, físicos ou, ainda,
VEHMSPzKMGSWGSQSSFNIXMZSHIGEYWEVTVINYu^SWHMVIXSWkWSVKERM^Ep~IWKSZIVRSWSYkTSTYPEpnSIQ
geral. De uma maneira mais abrangente, além da contaminação de produtos, o food defense pode
visar ainda à proteção contra outras formas de agressão à empresa, como danos à propriedade,
à marca ou a seus colaboradores.
Tal preocupação, proveniente historicamente de mercados mais susceptíveis a ameaças de fundo
ideológico, como Estados Unidos e Reino Unido, acabou se difundindo ao redor do mundo.
As primeiras a implementar as sistemáticas foram as multinacionais destes países, impondo seus
requisitos corporativos. Em seguida vieram as normas cer tificáveis internacionais, notadamente as
reconhecidas pelo Iniciativa Global de Segurança de Alimentos (GFSI – Global Food Safety Iniciative),
como o Global Standard for Food Safety do BRC (British Retail Consortion) e a cer tificação FSSC (Food
Safety System Certification). Essas especificações, que tratam sobre a aplicação dos programas de
pré-requisitos para diferentes elos da cadeia produtiva de alimentos, trazem seções inteiramente
dedicadas ao tema da proteção de alimentos, forçando as organizações da cadeia produtiva a
adequarem os seus programas de pré-requisitos, inserindo medidas preventivas e de controle,
voltadas à contaminação proposital de produtos.
O tema é relativamente novo, quando comparado a outras iniciativas em segurança de alimentos,
e ainda gera muitas dúvidas. Muito se discute sobre quais são os requisitos mandatórios para uma
programa de food defense e ainda há muita polêmica a respeito. Ao se implementar um programa
desse tipo, deparamo-nos com questões frequentes como: “é necessário um cadeado em
meu reservatório de água?” ou “o acesso eletrônico a áreas de produção e estocagem de
042
%IWTIGM½GEpnS4%7QIRGMSREEMRHESGSRGIMXSHI8%''4Threath Assesment Critical Control Point), Quanto às edificações e instalações, um dos fatores impor tantes a serem considerados é a
que faz uma analogia com o sistema APPCC, mas tem que ser administrado em paralelo ao mesmo, de implementação de um sistema de círculos concêntricos de segurança conforme demonstrado na Figura 2.
forma independente.Tal como no sistema APPCC, é importante a formação de uma equipe multidisciplinar
Nível 1 Nível 3
que reúna funções pertinentes na empresa para a implementação e gerenciamento do sistema, assegurando Cerca Externa Controle de
acessos gerais
UYIYQTPERSI½GE^HIfood defenseWINEHIWIRZSPZMHSIMQTPIQIRXEHS'SQSEPKYQEWHEWQIHMHEWHI
controle a serem adotadas são bastante estratégicas, e podem envolver esforços distintos da organização,
recomenda-se a participação de áreas diversas como: gerência de produção, representante da área de
recursos humanos, representantes de setores administrativos e de segurança patrimonial (preferencialmente
níveis gerenciais), representantes dos empregados e representantes dos sistemas de gestão integrados,
como Segurança de Alimentos, Qualidade, Saúde e Segurança e Meio Ambiente (para que se possa sempre
avaliar a interface com os mesmos). Especialistas ou técnicos externos podem ser necessários para auxiliar
EIUYMTIIQEWTIGXSWIWTIGu½GSWHIWIKYVERpE
fMQTSVXERXIUYIWINEHIWMKREHSTIPEEPXEHMVIpnSYQGSSVHIREHSVTEVEEHQMRMWXVEVSWXVEFEPLSWHE
equipe, e a mesma pode contar, em todo o momento, com a consultoria externa de empresas especializadas
em segurança patrimonial.
A partir da avaliação de riscos realizada, deve-se estabelecer as medidas de controle, que normalmente Nível 2 Nível 4
Serviços de Acesso a
vigilância áreas críticas
estarão relacionadas a requisitos preventivos para:
- IHM½GEpnSIMRWXEPEp~IW Se uma preocupação da organização é o de garantir, por exemplo, o controle de acesso a produtos
- armazenamento e transporte; meio de proteção? Deveria haver a implementação de várias medidas de segurança no local para garantir
- relação com fornecedores; “círculos concêntricos de segurança” para descrever vários níveis de segurança. Há várias medidas
Armazenamento granel
controle de visitantes.
053
01 Introdução
O 05
e a segurança dos processos. As atividades de manutenção constituem um impor tante processo de
WYTSV XITEVEETVSHYpnSHIEPMQIRXSWWIKYVSWIGSQEUYEPMHEHIHIWINEHEIGSQSXSHSTVSGIWWS
HIZIMRGPYMVYQEGPEVEMHIRXM½GEpnSHIIRXVEHEW EXMZMHEHIW GSRXVSPIW VIGYVWSWLYQERSWIQEXIVMEMW
saídas e indicadores.
3TPERINEQIRXSHIWXITVSGIWWSHIZIGSRWMHIVEVEWEXMZMHEHIWHIMRWTIpnSTPERINEQIRXSTVSKVEQEpnS
execução e controle envolvendo todas as tarefas específicas realizadas por técnicos especialistas
como lubrificador, serralheiro, encanador, mecânico, instr umentista, eletricista, mantenedor,
operador, soldador, etc.
fMQTSVXERXIXIVQSWIQQIRXIEHI½RMpnSHIQERYXIRpnS 1ERYXIRpnSJSMHI½RMHE TIPE%&28
GSQS±XSHEWEWEp~IWRIGIWWjVMEWTEVEUYIYQMXIQWINEGSRWIVZEHSSYVIWXEYVEHSHIQSHSETSHIV
TIVQERIGIVHIEGSVHSGSQEWIWTIGM½GEp~IW²&EWIEHSWRIWXEHI½RMpnSTSHIQSWPIZEVIQGSRWMHIVEpnS
a vida útil ou degeneração do equipamento ao longo do tempo para definir quais são as ações
necessárias para conservação ou restauração do equipamento.
Os processos de manutenção podem ser organizados de forma centralizada ou descentralizada.
Na Manutenção Centralizada, todas as atividades são realizadas e gerenciadas por uma área ou
departamento central independente da produção. Na Manutenção Descentralizada cada área de
produção possui sua estrutura própria de manutenção subordinada ao gestor desta área.
Muitas vezes a empresa não possuirá a especialização necessária para realizar algumas tarefas. Neste
GEWSWIVjRIGIWWjVMSFYWGEVIWTIGMEPMWXEWI\XIVRSWSYWINEXIVGIMVM^EVSWIVZMpS4EVEIWGSPLIVSTVIWXEHSV
HIWIVZMpSTSHIVjWIVVIEPM^EHEYQEWIPIpnSIUYEPM½GEpnSFEWIEHEIQGVMXqVMSWHIUYEPMHEHII
segurança de alimentos, com base em uma avaliação de riscos desse serviço, e após contratado
056
É fundamental que a empresa adote uma sistemática para controlar toda demanda de
manutenções corretivas geradas ao longo do dia. Esta sistemática de gerenciamento das É comum também estabelecer prazos para o cadastro das solicitações de manutenção. Assim não
manutenções corretivas pode estar descrita em um procedimento documentado. A sistemática teremos muitas solicitações no status “Aber ta”; desta forma, daremos um retorno ao solicitante
de gerenciamento deve prever: sobre a previsão da realização do serviço, sem demora indevida. Isso contribui para a avaliação do
processo. Manutenção, podendo até ser um dos indicadores de desempenho do mesmo.
1) Como as solicitações de manutenção serão emitidas pela área operacional e como serão informa- Manter uma lista da situação das manutenções corretivas é uma boa prática e facilita o gerenciamento.
das à equipe de manutenção. 1YMXEWZI^IWXSHSIWWIKIVIRGMEQIRXSqJIMXSTSVWSJX[EVIWIWTIGu½GSW SUYIEKMPM^ESTVSGIWWSI
facilita a manutenção do histórico e o acesso ao mesmo. No caso do uso de softwares, é preciso garantir
Isso pode se dar de diferentes maneiras: UYISTIWWSEPIRZSPZMHSIWXINEXVIMREHSRSWIYQERYWIMS
a)Formal (ver Anexo V) 2) Como a área de manutenção irá organizar o atendimento às solicitações?
)\IQTPSWJSVQYPjVMSSY½GLEHIWSPMGMXEpnSTEVETVIIRGLMQIRXSTIPEjVIESTIVEGMSREPWIRHSXEP fTVIGMWSHI½RMVSGVMXqVMSTEVETVMSVM^EVSEXIRHMQIRXS(YVERXIEERjPMWIHEWWSPMGMXEp~IWVIGIFMHEW
registro enviado ou entregue à área de manutenção; software para registrar a solicitação on line o responsável por esta tarefa precisa tomar uma decisão sobre a prioridade na programação/ agenda-
conectado à área de manutenção. mento do serviço. Para isso, pode partir do seguinte critério:
-Prioridade 1- Falha impacta na Qualidade e/ ou na Segurança de Alimentos
b)Informal -Prioridade 2 - Falha impacta na produtividade
Exemplos: comunicação com a área de manutenção através de rádio ou telefone;
registro da solicitação através de e-mail enviado à área de manutenção; identificação 057 Em sistemas de gestão integrados, outros aspectos como o impacto ambiental e à saúde e 058
-
uma análise crítica, que pode ser mensal, contendo o número e tipo de correções efetuadas no período.
Isso servirá como entrada para a atualização do programa de Manutenção Preventiva. Quais equipamentos e estruturas devem estar no programa de manutenção preventiva?
%WIQTVIWEWTVIGMWEQIZMXEVuRHMGIWEPXSWHIQERYXIRpnSGSVVIXMZEHIZMHSESWTVINYu^SWGEYWEHSWTSV Assim como comentamos sobre a definição de prioridades na execução da manutenção corretiva,
estas imprevisibilidades. Por isso, ter um bom programa de Manutenção Preventiva é a melhor saída. a empresa pode também criar uma ferramenta de avaliação do risco envolvendo risco à qualidade, à
WIKYVERpEHSTVSHYXSkWEHIHSGSPEFSVEHSVIVMWGSHITEVEHEE½QHIHI½RMVUYEMWSWIUYMTEQIRXSW
O pessoal de manutenção deve ser treinado nas suas atividades e também no Manual de Boas Práticas
de Fabricação e nos procedimentos relacionados da empresa. Além destes, um treinamento adicional
deve ser dado de forma à conscientizá-los dos perigos associados às suas atividades.
Os membros da equipe da manutenção devem ter ciência que são colaboradores responsáveis pela
manutenção, da condição básica de limpeza e da conservação de equipamentos, e da infra-estrutura, de
JSVQEUYISWQIWQSWRnSGSRXEQMRIQSTVSHYXSIJYRGMSRIQGSRJSVQISTPERINEHS)PIWXsQEGIWWS
às áreas de produção e, portanto, são veículos de contaminação que devem ser considerados. Portanto,
para se evitar a contaminação do ambiente de processo e dos produtos, todo cuidado citado acima deve
ser repassado através de um bom programa de conscientização e treinamento.
067
01 Introdução
Em um processo produtivo, todas as etapas podem contribuir para a introdução ou para o controle
de perigos nos materiais, insumos, produtos em processo ou terminados. A seleção de medidas de
controle a serem aplicadas e / ou o rigor com que estas tomam forma no dia a dia da empresa é o
que diferencia uma situação da outra.
%EHSpnSHIQIHMHEWHIGSRXVSPII½GE^IWqMQTSVXERXIIWYEWIPIpnSIVMKSVHITIRHIQHIJEXSVIW
O 06
como criticidade e vulnerabilidade do material, insumo, produto em processo ou terminado, assim
como da existência ou não de outras medidas de controle ao longo do processo produtivo.
A qualidade e a segurança de um produto se dá, portanto, pelo somatório de controles existentes
ao longo de todo processo.
3WZIuGYPSWYXMPM^EHSWTEVEXVERWTSVXIHSWEPMQIRXSWIHIQEXIVMEMWHIIQFEPEKIQHIZIQWIVZIVM½GEHSW
antes e durante o descarregamento para se atestar se a qualidade e segurança dos materiais foram
QERXMHEWHYVERXISXVERWTSVXI)\IQTPSWHIGSRXVSPIWWnSGSRJIVsRGMEHIPEGVIWMRXEGXSWZIVM½GEpnSHI
vestígios de infestações, estado de limpeza e conservação da carroceria, supervisão de registros de
XIQTIVEXYVEIYQMHEHIIRXVISYXVSW'SRZqQUYIIWXEZIVMJMGEpnSWINEVIEPM^EHEIQ100% dos
VIGIFMQIRXSWHIQEXIVMEMWIUYIWINEHSGYQIRXEHEEXVEZqWHIYQJSVQYPjVMSIWTIGu½GS%SVKERM^EpnS
HIZITSVXERXSMHIRXM½GEVUYEMWTEVlQIXVSWWnSVIPIZERXIWTEVESWIYTVSHYXSIHIXIVQMREVUYEMWMXIRW
HIZIQWIVZIVM½GEHSW ,jWMXYEp~IWIQUYIWIYXMPM^EYQRMGSJSVQYPjVMSTEVEXSHEWEWGEXIKSVMEWHI
materiais recebidos pela organização. Em outros casos, busca-se maior detalhamento com a utilização
HIQSHIPSWIWTIGu½GSWTSVGEXIKSVME )\ 1EXIVMEMWXqGRMGSWYXMPM^EHSWTIPEQERYXIRpnSIIRKIRLEVME
matérias primas e ingredientes; materiais de embalagens; produtos químicos, entre outros.
Além do veículo, todos os materiais recebidos devem ser inspecionados, testados 070
- inspeção visual no recebimento Sabe-se que as instalações físicas devem ser sanitárias e adequadas ao tipo de material armazenado,
- GIVXM½GEHSWHIGSRJSVQMHEHI devendo prover proteção contra poeira, condensação e outras fontes de contaminação. Devem ser
TVSNIXEHEWSYSVKERM^EHEWTEVETIVQMXMVWITEVEpnSHIQEXqVMEWTVMQEWTVSHYXSIQTVSGIWWSITVSHYXS
- GIVXM½GEHSWHIERjPMWI acabado. Esta separação pode ser realizada por meios físicos (parede ou divisória) ou por meios técnicos,
- amostragem e ensaio de produtos GSQSGSVVIHSVSYIWTEpEQIRXS EPqQHIMHIRXM½GEpnS%HIGMWnSUYERXSkRIGIWWMHEHIHIMWSPEQIRXS
do espaço físico irá depender da probabilidade e característica da potencial contaminação cruzada.
Registros devem ser mantidos para demonstrar a base para a aceitação de cada lote de matérias-primas.
Instalações físicas destinadas ao armazenamento de materiais e produtos acabados devem permitir
1EXIVMEMWUYIRnSIWXINEQIQEHIVsRGMEGSQEIWTIGMJMGEpnSVIPIZERXIHIZIQWIVWIKVIKEHSWI IWTEpSHIXVEFEPLSWY½GMIRXIIGETEGMHEHIHIEVQE^IREQIRXSHIQSHSUYIXSHEWEWSTIVEp~IWWINEQ
identificados como material não conforme, de modo a evitar seu uso de forma acidental. realizadas adequadamente e em condições seguras de higiene.
Recomenda-se a existência de um procedimento documentado para a gestão de materiais Como boa prática, recomenda-se que:
não-conformes, que inclua: - Os pisos do setor de armazenamento devem ser adequadamente resistentes para atender as
- EI\MKsRGMEUYERXSEMHIRXM½GEpnSHSHIWZMSIVIPEXSWSFVISTVSHYXSRnSGSRJSVQI demandas da operação, e resistir aos materiais e métodos de limpeza. Eles devem ser impermeáveis
A identificação dos materiais recebidos deve permitir uma rápida rastreabilidade e localização de - Tetos devem ser preferencialmente lisos, construídos, acabados e mantidos para evitar o risco
de contaminação do produto. Treliças e estruturas aéreas de difícil acesso para a limpeza devem ser
GEHEYQEHEWYRMHEHIWUYIGSQT~IQXSHSSPSXI'SRZqQUYIYQWMWXIQEMRJSVQEXM^EHSWINEEHSXEHS evitadas. Onde há forros, estes devem permitir acesso para inspeção do controle de pragas e para
para auxiliar na aplicação destes controles. No entanto, diversas organizações conseguem demonstrar PMQTI^EEQIRSWUYISJSVVSWINEXSXEPQIRXIZIHEHSMWSPEHSHEjVIEHIEVQE^IREQIRXS
QIHMHEWI½GE^IWYXMPM^ERHSVIKMWXVSWQERYEMW - 7IQTVIUYILSYZIVNERIPEWIEFIVXYVEWTVSNIXEHEWTEVE½RWHIZIRXMPEpnSI\EYWXnSIWXIWHIZIQWIV
adequadamente protegidos para evitar a entrada de pragas. Recomenda-se o uso de tela milimétrica
Para evitar a contaminação dos materiais, a área de recebimento deve ser protegida contra intempéries,
com abertura inferior a 2 mm, de material resistente.
além de contar com um programa de controle integrado de pragas. Os materiais recebidos e aprovados
devem ser imediatamente destinados para seus respectivos locais de armazenamento, não
- -PYQMREpnSEHIUYEHEIWY½GMIRXIHIZIWIVJSVRIGMHETEVEEGSVVIXESTIVEpnSMRWTIpnSHITVSHYXSW
e limpeza eficaz. Ressalta-se que as lâmpadas devem ser protegidas contr a queda e
devendo permanecer nas docas de recebimento por tempo além do estritamente necessário. 071 explosões acidentais. 072
-Cereais que contém glúten, como trigo, centeio, aveia, cevada e malte; - (EHSWHIWIKYVERpEIIWTIGM½GEp~IW½GLEWXqGRMGEWHSWTVSHYXSWTIVQMXMHSW
-Crustáceos; - 'SR½VQEpnSHEEHIUYEpnSHSWTVSHYXSWUYuQMGSWTIVQMXMHSWTEVEYWSTSVSVKERM^Ep~IWHIRXVSHE
-Ovos e derivados;
cadeia produtiva de alimentos;
-
-Pescados;
-
6IKVEWTEVEMHIRXM½GEpnSHITVSHYXSWUYuQMGSW
-%QIRHSMQWSNEIWYFTVSHYXSW
073
Armazenamento segregado e seguro com acesso restrito somente ao pessoal autorizado.
074
-Denominação; - 6IKVEWTEVEGSQTEVXMPLEQIRXSHIZIuGYPSWGSQSYXVEWIQTVIWEWEPMQIRXuGMEWSYWINEGEVKEQMWXE
-Lote;
sendo transportada por terceiros;
-
-Data de fabricação;
Necessidade de inspeção ou conhecimento de cargas anteriores à expedição. Item principalmente
relevante para carregamentos a granel.
-Data de validade;
-Registro no órgão competente, quando aplicável.
Os veículos de transporte devem ser inspecionados em relação à sua integridade e estado de conservação
e limpeza antes do carregamento. Esta inspeção deve ser registrada.
Assim como no armazenamento, cuidados com materiais alergênicos merecem especial atenção.
Recomenda-se regras claras para o manuseio destes materiais. Uma avaliação de risco documentada
A inspeção deve garantir que os veículos estão:
deve ser realizada para identificar as rotas de contaminação e estabelecer políticas e procedimentos
- Em uma condição adequadamente limpa;
documentados para manusear materiais e produtos acabados para assegurar que a contaminação
- Livre de odores fortes e de outros produtos não alimentícios;
cruzada é evitada. A avaliação de risco deve contemplar :
- - Bem conservados para evitar danos aos produtos durante o transporte;
Consideração do estado físico do material alergênico (se o mesmo é um pó, particulado ou se está,
por exemplo, na forma de um líquido); - Equipados para garantir que os requisitos de temperatura possam ser mantidos na cadeia de frio.
--HIRXM½GEpnSHITSRXSWTSXIRGMEMWHIGSRXEQMREpnSGVY^EHEEXVEZqWHS¾Y\SHSTVSGIWWS
-
-HIRXM½GEpnSHIQIHMHEWHIGSRXVSPIEHIUYEHEWTEVEVIHY^MVSYIPMQMREVSVMWGSHIGSRXEQMREpnSGVY^EHE
As operações de carga e descarga devem ser realizadas fora dos locais de fabricação dos alimentos.
Este local, assim como a área reservada para o recebimento de materiais, deve ser protegido contra
intempéries. Deve ser evitada a contaminação dos produtos e do ar por gases de combustão.
As medidas de controle para gestão de alergênicos podem envolver uso de uniformes específicos
Os meios de transporte do alimento preparado devem ser higienizados, sendo adotadas medidas a
para a atividade ou avaliação quanto à presença de contaminantes após manipulação de alergênicos,
½QHIKEVERXMVEEYWsRGMEHIZIXSVIWITVEKEWYVFEREW3WQqXSHSWHIPMQTI^EIHIWMRJIGpnS
uso de utensílios ou ferramentas diferenciadas e exclusivas, segregação de áreas para
devem ser adequados às características dos produtos e dos veículos de transportes. De modo
manuseio destes materiais, procedimentos validados de higienização de ambiente e/ou de 075 076
-
Remoção dos resíduos de desinfetante com aplicação de água potável. - O aumento da temperatura da superfície do produto alimentício congelado durante este
deslocamento até o valor de -15°C pode ser tolerado. Qualquer temperatura da superfície do
-
Os métodos de limpeza e desinfecção devem ser adequados às características dos produtos e meios
de transportes, aprovados pela autoridade sanitária competente.
produto maior que -18°C deve ser reduzida o mais rapidamente possível, pelo menos no valor
de -18°C.
-
A limpeza deve ser efetuada com água potável da rede pública ou tratada com hipoclorito de
sódio a 2,5%.
As tomadas de temperaturas devem, de preferência, ser feitas nas embalagens situadas nas
-
A desinfecção pode ser realizada com água quente, com vapor ou com substâncias químicas. Estes produtos
químicos devem ser registrados no Ministério da Saúde. (Portaria CVS 15,91).
mesmas posições, por ocasião do carregamento e descarregamento, levando em consideração as
seguintes recomendações:
Os veículos devem ser dotados de cober tura para proteção da carga. A fim de se evitar a - Obter uma temperatura precisa no ponto de medida, utilizando equipamento adequado;
contaminação cruzada, deve ser proibido o transpor te de alimentos com cargas mistas, isto é, - Selecionar um número representativo de posições para a tomada de medida e fornecer informações
representativas da temperatura média do lote, bem como as variações dentro do lote.
manter no mesmo contêiner ou transpor tar no mesmo compar timento de um veículo, alimentos
prontos para o consumo, outros alimentos e substâncias estranhas que possam contaminá-los ou
São recomendados dois métodos para a medida da temperatura, a saber:
corrompê-los. Excetuam-se desta exigência, os alimentos embalados em recipientes hermeticamente
- temperatura interna do produto;
fechados, impermeáveis e resistentes, salvo quando misturados com produtos tóxicos.
Quando a natureza do alimento assim o exigir deve ser colocado sobre prateleiras e estrados, quando
- temperatura da superfície do produto ou da embalagem primária do produto.
079
01 Introdução
Todas as normas de gestão são unânimes: as auditorias internas são mandatórias para acompanhar
a “saúde” do que foi implementado. Elas garantem que o sistema será regularmente monitorado
para que não perca suas características originais, não quebre suas rotinas mínimas e ainda aprenda
com os próprios erros, melhorando continuamente. Dessa forma, deve ser uma prioridade para a
alta direção.
3WSFNIXMZSWHEEYHMXSVMEMRXIVREHIZIQWIVGSQTVIIRHMHSWTIPSTIWWSEPTSVXSHEEIQTVIWEHI
O 07
maneira que se entenda que elas existem para gerar melhoria e não para descobrir se alguém “está
JE^IRHSEPKYQEGSMWEIVVEHE²%WEYHMXSVMEWMRXIVREWHIZIQTVSZIVMRJSVQEpnSGSR½jZIPTEVEWIV
HMWGYXMHEIEREPMWEHEREWVIYRM~IWHEEPXEHMVIpnSTIVQMXMRHSEMHIRXM½GEpnSHIVIGYVWSWRIGIWWjVMSW
é focar nas áreas problemáticas.
As auditorias internas são uma ferramenta para garantir contínua conformidade com as políticas da
empresa e os procedimentos, devendo ser considerada pela alta direção como crítica à operação.
3WSFNIXMZSWHEEYHMXSVMEMRXIVREWnS
- -HIRXM½GEVWISWWMWXIQEWTVSGIWWSWSYTVSGIHMQIRXSWEXIRHIQSYRnSEXIRHIQVIUYMWMXSWGVMXqVMSW
HEEYHMXSVME
ISFNIXMZSW
- 6IKMWXVEVMRJSVQEpnSSFNIXMZE¯XERXSEWGSRJSVQMHEHIWUYERXSEWRnSGSRJSVQMHEHIW
- +EVERXMVUYIEp~IWGSVVIXMZEWETVSTVMEHEWWINEQXSQEHEWUYERHSEWHI½GMsRGMEWWnSIRGSRXVEHEW
- 4VSZIVMRJSVQEpnSXMPUYIVIXVSEPMQIRXISWKIWXSVIWTEVEERjPMWIGVuXMGEEZEPMEpnSIMHIRXM½GEpnSHI
ações, incluindo provisão de recursos.
Para se colocar em prática as auditorias internas, um guia muito útil é a ISO 19011:2002,
“Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão da qualidade e/ ou ambiental”. Ela define
auditoria como:
082
03 O processo de auditoria interna acontecendo. Muito corriqueiramente, temos as avaliações de boas práticas de fabricação, na qual se observa
EMRXIKVMHEHIJuWMGEHEWMRWXEPEp~IW 7nSEXMZMHEHIWQEMWWMQTPIWIWYTIV½GMEMW TSHIRHSWIVVIEPM^EHETSV
YQKVYTSHITVS½WWMSREMWHIJSVQEpnSQIRSWIWTIGu½GE
Consensar Adicionalmente recomendamos definir o
o escopo objetivo da auditoria interna nesta etapa. Auditores envolvidos em auditorias de “cumprimento de procedimentos” podem ter menos
I\TIVMsRGMEIQEWTIGXSWQEMWEQTPSWHSWSFNIXMZSWHSWMWXIQENjUYIWIYTETIPTVMQjVMSq
- Determinar se o procedimento é praticável (corretamente descrito).
Elaborar o plano de auditoria
com base na avaliação do risco - Entender o procedimento.
- 3FXIVIZMHsRGMESFNIXMZEHIWYEETPMGEFMPMHEHIRSEQFMIRXIHIXVEFEPLS
-implementação.
Avaliar a adequação do treinamento e nível de compreensão do pessoal responsável pela
Identificar os auditores que sejam
adequadamente treinados e independentes
3WEYHMXSVIWHI±WMWXIQEW²HIZIQXIVGSRLIGMQIRXSWQEMWEQTPSWHSWSFNIXMZSWHSWMWXIQETEVE
HIXIVQMREV WI SW TVSGIHMQIRXSW IWXEFIPIGMHSW TEVE EXMRKMV SW SFNIXMZSW WnS EHIUYEHSW UYERHS
Identificar os pré-requesitos a Comunicar à alta direção as
serem auditados e preparar o check-list constatações para a análise crítica. implementados por pessoal treinado.
Não há requisito normativo ou diretriz para se determinar a competência mínima para um auditor
interno. Cada organização pode determinar a sua, dentro do que o senso comum tenha como mínimo.
Definir os prazos para a auditoria: Verificar e documentar se as ações Contudo, como orientação, as organizações podem adotar um ou mais critérios constantes no anexo B
Quando será feita e período corretivas foram concluídas.
da ISO 22003:2005 quando as auditorias forem de segurança de alimentos. Porém, podem ser criadas
versões mais brandas para os requisitos abaixo, pois afinal de contas eles foram estabelecidos para
Coletar e documentar efidência objetivas Consensar não-conformidades, prazo e EYHMXSVIWTVS½WWMSREMWEXYERXIWIQ3VKERMWQSWHI'IVXM½GEpnS
de conformidade e não-conformidade responsáveis para as ações correttivas.
- Treinamento do auditor: Técnicas de auditoria baseadas na ISO19011 e em assuntos de
Referência: Guia de auditorias internas do BRC. segurança de alimentos relacionadas a HACCP Codex alimentarius,análise de perigos e biossegurança.
Figura 7.1¯4VSGIWWSHI%YHMXSVME-RXIVRE 083 084
- Experiência em auditoria (para a primeira vez): pelo menos 100 dias de Consultoria em HACCP/ Todos
Garantia /
¯
¯
Reunião de abertura
4.1/ 4.21/ 4.2.2/ 4.2.3
Reunião de abertura
4.1/ 4.21/ 4.2.2/ 4.2.3 / 4.2.4/ 5.2/ 5.3/ 5.4.1/
segurança de alimentos em duas empresas diferentes da categoria ou 20 dias de auditoria em 4 empresas
Gestão da Qualidade 7.2 (RDC 275) documentos 5.4.2/ / 8.5.2 / 8.5.3 (procedimentos)
HMJIVIRXIWHIRXVSHEGEXIKSVMEWSFEPMHIVERpEHIYQEYHMXSVUYEPM½GEHSSYEMRHEGSQFMREp~IWHIEQFSW
- )\TIVMsRGME IQ EYHMXSVME TEVE QERXIV E UYEPM½GEpnS
EYHMXSVMEW TSV ERS IQ TIPS QIRSW
IQTVIWEW HMJIVIRXIW HIRXVS HE GEXIKSVME I YQE ZI^ TSV ERS E GSR½VQEpnS HE GSQTIXsRGME ZME
Vendas ¯ 5.6.1
Almoço
7.2
auditoria testemunho (a auditoria testemunho é uma avaliação documentada realizada por um auditor PCP ¯ - 7.1/ 7.5/ 8.2.3
mais experiente, dando um parecer sobre o desempenho do avaliado). Produção / Laboratório / ¯ 6.3/ 6.4/ 7.2 (RDC 275) 6.3/ 6.4/ 5.3
Almoxarifado / Supply Chain documentos e implementação 7.1/7.2/ 7.5/ /8.2.3/ 8.2.4 8.3/8.5.2/8.5.3
/ 7.6.4, 7.6.5, 7.10.1, 7.10.2,
7.10.3 (enfoque prático)
Além dos requisitos relacionados ao conhecimento, experiência e treinamento, alguns atributos
Tabela 7.1: Plano de Auditoria Interna no Sistema de Gestão
TIWWSEMWWnSHIWINjZIMWESWEYHMXSVIWMRXIVRSW
O plano de auditoria é um documento impor tante no programa de auditoria interna tanto para
'SRZqQUYIYQEYHMXSVWINE
o auditor como para o auditado. Para o auditor servirá como um guia para estabelecer seu itinerário
IGSR½VQEVUYIXSHSWSWTVSGIWWSWJSVEQEYHMXEHSW .jSEYHMXEHSYWESTPERSTEVETVITEVEVWITEVE
- fXMGSMWXSqNYWXSZIVHEHIMVSWMRGIVSLSRIWXSIHMWGVIXS
receber o auditor no horário determinado no plano de auditoria.
- Mente aberta, isto é, disposto a considerar idéias ou pontos de vista alternativos O nome dos auditores normalmente é incluído em uma coluna ao lado dos processos aos quais foram
- Diplomático, isto é, com tato para lidar com pessoas designados para auditar. No plano de auditoria interna é possível checar a imparcialidade do processo de
- Observador, isto é, ativamente atento à circunvizinhança e às atividades físicas EYHMXSVMETSMWqTSWWuZIPZIVM½GEVWISEYHMXSVIWXjEYHMXERHSWIYTVzTVMSTVSGIWWS
- Perceptivo, isto é, instintivamente atento e capaz de entender situações O exemplo de plano de auditoria acima refere-se às auditorias internas “de sistemas”, as quais são
- :IVWjXMPMWXSqWIENYWXITVSRXEQIRXIEHMJIVIRXIWWMXYEp~IW realizadas com uma freqüência estabelecida no Programa de Auditoria Interna. Ao estabelecer um
- 8IRE^MWXSqTIVWMWXIRXIJSGEHSIQEPGERpEVSFNIXMZSW Programa de Auditoria Interna de um Sistema de Gestão é importante levar em consideração os resultados
- Decisivo, isto é, chegue a conclusões oportunas baseado em razões lógicas e análise, e das Análises Críticas da Alta Direção, resultados das auditorias anteriores e importância e complexidade
- Autoconfiante, isto é, atue e funcione independentemente, enquanto interage de forma eficaz das áreas a serem auditadas.
com outros. Já para as auditorias internas de “cumprimento de procedimentos” normalmente não são estabelecidos
Planos de Auditoria, por se tratar de avaliações de situações pontuais. Para este tipo de auditoria interna
04.2 Plano de Auditoria uma análise de risco indica a freqüência da auditoria.
Exemplo de Análise de Risco para Frequência de Auditoria de “cumprimento de procedimentos”:
9QEXEVIJETVIPMQMREVHEEYHMXSVMEqSTPERINEQIRXSHSXIQTSHIHMGEHSEGEHEWIXSVTVSGIWWSEWIV -quebradiços
A política de controle de vidros da empresa declara que todos os vidros, plásticos e materiais
são listados e sua condição é checada numa frequência baseada na análise de risco
auditado, os requisitos a serem auditados, quem irá realizar a auditoria, data e horário.
conforme a seguinte tabela:
085 086
O auditor deve dedicar tempo e preparar-se previamente para auditar a área. Isso pode ser feito
através de ações como: 05.1 Reunião de Abertura
'EVEGXIVuWXMGEWRIKEXMZEWHIEYHMXSVIWUYITVINYHMGEQEGSQYRMGEpnS
-
Atitudes condescendentes 06.1 Produção do relatório
-
Hostilidade e agressividade; faz críticas
-
Se acha expert em tudo 36IPEXzVMSHI%YHMXSVMEHIZIWIVGSRGMWSIMRGPYMVSWHEHSWHEEYHMXSVMEHEXEIWGSTSSFNIXMZSW
-
'SRGIRXVEWIIQHIXEPLIWUYIRnSWnSWMKRM½GEXMZSW as não conformidades e a conclusão da equipe auditora.
-
(IWSVKERM^EHSIMRGSRWMWXIRXIIQNYPKEQIRXSW % HIWGVMpnS HE RnS GSRJSVQMHEHI HIZI MRGPYMV E HIWGVMpnS HE IZMHsRGME SFNIXMZE IRGSRXVEHE I
indicar: o elemento da norma, procedimento (se houver), a área/departamento/ função.
Na execução da auditoria, os auditores irão buscar evidências de auditoria: Ao descrever a não-conformidade, o auditor deve tomar cuidado para não inferir no processo
- 0IRHS(SGYQIRXSWTVSGIHMQIRXSWMRWXVYp~IWIWTIGM½GEp~IWGSRXVEXSWIXG
auditado. Exemplo de descrição inadequada de não-conformidades:
- Analisando Registros (laudos, monitoramento de PCCs/ PPROs, atas de reuniões, etc.).
-terceirizados,
Entrevistando pessoas (operadores, supervisores, gestores, analistas de laboratório, mecânicos,
etc.).
“Faltam suportes para vassouras”
- Observando atividades. Neste caso, o correto seria indicar o que o auditor evidenciou (a falha encontrada, o que não
funcionou) e o que deveria ser cumprido (um breve resumo do requisito não atendido). Exemplo
As evidências de auditoria encontradas são registradas na documentação do programa de auditoria
de descrição adequada de não-conformidade:
MRXIVREGSRJSVQIHI½RMHSRSTVSGIHMQIRXSPMWXEHIZIVM½GEpnSVIPEXzVMSHIEYHMXSVMEJSVQYPjVMSW
de Não-conformidades, etc.).
“Foram encontradas vassouras encostadas em equipamentos e em lixeiras nas áreas de embalagem
ITIWEKIQHIMRKVIHMIRXIW'SRJSVQITVSGIHMQIRXS<48¯VIZEWZEWWSYVEWTSHIQTIVQERIGIV
Durante as entrevistas o auditor deve:
nas áreas desde que dispostas em suportes na parede em local delimitado.”
-*E^IVTIVKYRXEWEFIVXEWGPEVEWISFNIXMZEWYWIEWTEPEZVEW'31332()59%2(3359)
POR QUE, QUEM, MOSTRE-ME).
-6IKMWXVEVXYHSRnSGSR½EVREWYEQIQzVME O auditor também precisará registrar informações dos processos auditados de forma a mostrar
-Ser calmo e educado. sua conformidade com os critérios da auditoria. Exemplo de redação adequada de conformidade:
%S½REPM^EVEEYHMXSVME EIUYMTIEYHMXSVETSHIVjWIVIYRMVTEVEGSR½VQEVWIXSHEWEW
089 090
4EVEGEHEGIRjVMSTSXIRGMEPJSVEQHI½RMHEWEp~IWQMXMKEXzVMEW3WTVSHYXSW
afetados são avaliados pelo Departamento da Qualidade e tratados de acordo 4) 'SR½VQEVUYIEEpnSGSVVIXMZEJSMGYQTVMHEIMQTPIQIRXEHEGSQSTVSKVEQEHSSFXIVIZMHsRGMEW
GSQSTVSGIHMQIRXS46>+(5¯'SRXVSPIHI4VSHYXSRnSGSRJSVQI
de que não houve recorrência após a implementação da ação).
Tabela 7.4: Exemplo de Descrição de Conformidade
Exemplos de evidências que podem ser encontradas para fechar as não conformidades abertas na
auditoria interna:
06.2 Acompanhamento da Auditoria Interna
Descrição da Correção/ Responsável/ Ação Corretiva/ Responsável/
Não-conformidade Prazo/ Evidência Prazo/ Evidência
%IQTVIWEHIZIKEVERXMVUYIEp~IWGSVVIXMZEWWINEQXSQEHEWWIQHIQSVEMRHIZMHETEVEXSHEWEWRnS Resultado de swab Limpar o equipamento Exemplo de causa: Falha no tempo de ação do sanitizante.
de superfície acima novamente / Operador de Ação: Estabelecer o tempo correto; validar novo procedimento;
conformidades apontadas nas auditorias internas. É preciso investigar as causas da não conformidade, do padrão Linha/ Imediato/ Inspeção atualizar instrução de limpeza; treinar responsáveis pela limpeza
determinar e programar a implementação das ações corretivas. visual. dos equipamentos/ Analista da Qualidade/ 15 dias/ Registros de
validação; nova versão da instrução de limpeza; lista de trein-
amento; novos resultados de swab.
Os seguintes passos podem ser tomados para cada Não-conformidade apontada:
Não havia evidência de Treinar o operador / Analista Exemplo de causa: Falha na atualização do programa de
treinamento em BPF do de Qualidade/ 15 dias/ lista treinamento quando operadores são transferidos entre áreas.
1) Corrigir o problema existente (ação de correção, ação imediata, disposição, etc.). operador da masseira 1 de presença Ação: Incluir como etapa da atividade de transferência a revisão
das necessidades de treinamentos; atualizar o programa de
treinamento/ Gerente de RH/ 1 mês/ Nova versão do
2)(IXIVQMREVEI\XIRWnSHSTVSFPIQEEFVERKsRGME¯ZIVWII\MWXISQIWQSTVSFPIQEIQSYXVEW Procedimento de RH; Planilha do Programa de Treinamentos;
registros de treinamentos das últimas transferências de áreas.
áreas ou processos ou outros casos na mesma área).
Não foi preenchido Realizar rastreabilidade das Exemplo de causa: Falta de recurso humano.
o check-list de mercadorias recebidas: avaliar
3) Estabelecer ações corretivas que previnam a reincidência das não conformidades (analisar a causa recebimento de a conformidade com os padrões
raiz do problema e estabelecer uma ação para eliminar a causa raiz). mercadorias no do que estiver em estoque;
dia 15 /04 revisar as últimas ocorrências
de não conformidades em
4) Quando necessário, implementar mecanismos temporários que minimizem os efeitos da não processo a partir do dia 15/04;
avaliar reclamações de cliente
GSRJSVQMHEHIEXqUYIEp~IWGSVVIXMZEWITIVQERIRXIWTSWWEQWIVMHIRXM½GEHEWIMQTPIQIRXEHEW. relacionadas aos lotes de produto
MHIRXM½GEHSWREVEWXVIEFMPMHEHI
Imediato/ Analista da Qualidade.
A forma como a empresa irá analisar a causa raiz do problema pode ser a mesma metodologia Tabela 7.5: Exemplo de evidencias de Ações tomadas.
estabelecida no sistema de gestão para o tratamento de ações corretivas.
091 092
Os dados a seguir dão um exemplo de uma auditoria não programa como parte de investigação
07.1 Auditoria de Análise Crítica Anual de Controle de Produtos Não Conformes
de uma reclamação de cliente. Apesar desta não ser auditada de acordo com o check list padrão da
empresa, ela ainda deve conter todos os detalhes de uma auditoria programada, detalhando o que foi
Data: 12 a 14 de maio de 2009
inspecionado e quais as ações que precisam ser tomadas.
Auditora: Ana Maria
Com cópia ao diretor geral, gerente de operações, gerente de produção e gerente de higiene.
Data: Terça feira, 13 de maio de 2009
Requisito BRC Política da Empresa Evidência Horário: 1¯11:45
A empresa deve garantir que todos os materiais, Ação corretiva documentada no formulário Todas as não conformidades foram compiladas Auditor: José Silva
componentes e produtos não conformes padrão detalhado no QM 011. Análise críticas de IERjPMWIWGSQVIPEpnSEXIRHsRGMEW¯VIPEXzVMS
WnSGPEVEQIRXIMHIRXM½GEHSWVSXYPEHSW ações corretivas - em andamento - discutidas em anexo. A ser discutido na análise crítica de Acompanhantes: Fabiana Souza, João Filho
segregados, investigados e documentados. em reuniões gerenciais diárias e semanais. gerenciamento em 20/05/09. Formulário de
perdas de 01/04/09 a 20/04/09 foi comparado Área auditada: Linha 1 de Embalagem
-
aos registros de não conformidades - foram
descartadas duas bobinas de embalagem
no dia 03/04/09 que não foram contadas. Razão da Auditoria
Procedimentos claros sobre o controle Procedimento QM 011IWTIGM½GEXSHSWSWVIUYMWMXSW Procedimento QM 011 de 11/05/07 V3 em uso. Reclamação de cliente recebida sobre um corpo estranho plástico azul em um frasco de cebola em
de materiais e produtos não conformes, que produtos não conformes são armazenados Registros de 14/04/08 a 22/04/08 mostram a
MRGPYMRHSVINIMpnSWIKVIKEpnSEGIMXEpnS IQYQEHEWXVsWjVIEWMHIRXM½GEHEWHIEGSVHSGSQ liberação por pessoal autorizado. Funcionários GSRWIVZEGSQHEXEHIZEPMHEHIHI.YRLSHI3SFNIXMZSHEEYHMXSVMEqGSR½VQEVWIEWTVjXMGEWRE
TSVGSRGIWWnSSYVIGPEWWM½GEpnSTEVE o tipo de produto, rotulados com os dizeres foram aleatoriamente escolhidos: Antonio, Joaquim
um uso alternativo, devem ser implan- ±VIXMHS²±VINIMXEHS²SY±ETVSZEHS²*SVQYPjVMS e Isabela e foram questionados sobre o que
jVIEHIIRZEWIWnSGSRHY^MHEWGSVVIXEQIRXIIGLIGEVSWQEXIVMEMWHEjVIETEVEMHIRXM½GEVUYEMWUYIV
tados e entendidos por todo pessoal a ser completado e anexado a cada produto, deveria ser feito com um corte de carne não fontes potenciais de corpos estranhos.
autorizado. GSQGzTMETEVESKIVIRXIIWTIGu½GS0MFIVEpnS conforme e demonstraram conhecimento.
-
somente por pessoal autorizado listado.
Em caso de presença de materiais e produtos )WTIGM½GEHSRSTVSGIHMQIRXS51 Registros condizem com as condições de descarte. Resumo das descobertas da auditoria
não conformes, todos os produtos não como descrito acima. Exemplos atuais de não conformidades audita-
conformes devem ser retrabalhados ou das na prática:13/04/09: excesso de 1,5 Kg de um A origem do corpo estranho não pode ser estabelecida visto que não condiz com nenhum plástico
descartados de acordo com a natureza MRKVIHMIRXIEHMGMSREHSHYVERXISTVSGIWWS¯JSM
do problema e/ou de acordo com os GPEVEQIRXIMHIRXM½GEHSGSQEXEVNEHIVIXMHS
observado como sendo utilizado dentro da linha 1 de embalagem (maiores detalhes estão contidos nos
VIUYMWMXSWIWTIGM½GEHSWTIPSGPMIRXI armazenado na área de segregação e autorizado documentos relativos à reclamação). Os funcionários foram observados e utilizavam uniforme adequado
para descarte pelo gerente de compras
na área da linha 1 de embalagem e foram observados procedimentos de higiene como lavagem
de mãos. Matérias primas foram analisadas corretamente antes de serem utilizadas na linha.
093 094
- Não Conformidades
095
Alergias alimentares são reações do sistema imunológico envolvendo um alimento em particular, que
são chamados por isso, de alérgenos ou alergênicos. Essas reações são caracterizadas pela rápida liberação
de substâncias que causarão os sintomas, que podem ocorrer instantaneamente ou levar algumas horas
(e, em alguns casos, até dias) para se manifestarem. Uma dessas substâncias é a histamina, que tem ação
vasodilatadora e produtora de edemas, além de outros efeitos em nosso organismo, podendo ocasionar
SGLSUYIERE½PjXMGS UYITSHIPIZEVkQSVXI%WWYFWXlRGMEWGEYWEHSVEWTSHIQWIVHISVMKIQERMQEP
ZIKIXEPSYUYuQMGEWIRHSUYISWTVMRGMTEMWEPqVKIRSWEPMQIRXEVIWMHIRXM½GEHSWWnSHIREXYVI^ETVSXIMGE
Estas proteínas podem estar presentes em grandes quantidades em determinados alimentos e podem
permanecer em boa parte dos processamentos envolvidos na transformação de alimentos.
O 08
Além das alergias alimentares, existem outros tipos de reações de hipersensibilidade, como as falsas
alergias e a intolerância. No caso das falsas alergias, ocorre a liberação de histamina em função de
substâncias presentes no próprio alimento, sem envolvimento direto do sistema imunológico. Exemplos
de alimentos envolvidos em falsas alergias são os alimentos liberadores de histamina que agem ao terem
contato com a mucosa intestinal (Ex. clara de ovo, peixes, carne de porco e algumas frutas); alimentos
naturalmente ricos em histaminas (peixes, alguns alimentos fermentados); alimentos ricos em tiramina
VIWYPXERXIHEHIWGEVFS\MPEpnSHEXMVSWMREHYVERXITVSGIWWSHIQEXYVEpnSSYHIJIVQIRXEpnS)\UYIMNSW
IJqGYPEWGYNSGSRWYQSI\GIWWMZSTSHISGEWMSREVETVSHYpnSHILMWXEQMREHYVERXISTVSGIWWSHMKIWXMZS
.jEWMRXSPIVlRGMEWWnSIRJIVQMHEHIWVIPEGMSREHEWkTVIHMWTSWMpnSKIRqXMGEMRHMZMHYEPUYIPIZEEYQHq½GMX
HIHIXIVQMREHEWIR^MQEW SUYITSHITVINYHMGEVSWTVSGIWWSWHMKIWXMZSW fSGEWSHEWMRXSPIVlRGMEWES
KPXIRHSIRpEGIPuEGE
IkPEGXSWI4EVEWMQTPM½GEVYQTSYGSEQIRpnSEIWXEWWYFWXlRGMEWXVEXEVIQSW
durante este capítulo todos elas como “alérgenos”.
O gerenciamento de alérgenos (também chamados de alergênicos) tem se tornado uma das questões
QEMWHIWE½EHSVEWTEVEEWSVKERM^Ep~IWUYIJE^IQTEVXIHEGEHIMETVSHYXMZEHIEPMQIRXSW
%HM½GYPHEHITVMRGMTMEUYERHSWIXIRXEVIWTSRHIVkWIKYMRXITIVKYRXE UYEMWWnSSWEPMQIRXSWUYI
devemos, de fato, considerar como alérgenos nos nossos processos produtivos?
%VITSWXEESUYITEVIGIYQETIVKYRXEWMQTPIWRnSqQYMXSJjGMP%TVzTVMEHI½RMpnSHIUYEMWWnSEW
substâncias que devem ser consideradas em um programa de controle de alérgenos esbarra na grande
variedade de alimentos causadores de sensibilidade.Pode-se dizer que é uma tarefa inviável tentar
controlar a contaminação cruzada entre todos eles. Em função disso, normalmente considera-se 098
de alérgenos. Como as descober tas científicas a respeito do tema são constantes estas informações
Cereais contendo glúten Codex Stan 1 (1985) Rev.7 Food Allergen Labeling Diretiva 2007/68/CE
precisam ser atualizadas constantemente em um sistema de gestão de segurança de alimentos da (trigo, centeio, cevada, aveia, (2010) and Consumer Protection da Comissão de 27 de
espelta) Act of 2004 (FALCPA) Novembro de 2007
organização. Em função disso, a melhor maneira de se abordar um programa de controle de alérgenos
qGSQFEWIRSGMGPS4('%TVSTSWXSTSV(IQMRKGYNEETPMGEpnSXSVREWIFEWXERXIMRXIVIWWERXIHEHSS Crustáceos e derivados X X X
dinamismo com que surgem novas informações e melhorias a serem incorporadas ao programa.
Ovos e derivados X X X
%TVIWIRXEVIQSWEWIKYMVYQTEWWSETEWWSTEVESTPERINEQIRXSMQTPIQIRXEpnSZIVMJMGEpnSI
implementação de ações para atualização e melhoria de um programa de alérgenos. Peixes e derivados X X X
Amendoim e derivados X X X
de controle de alérgenos deve ser a definição de quais são efetivamente as substâncias que serão
Nozes e derivados X X X
gerenciadas neste programa.
Do ponto de vista de legislação deve-se adotar a legislação do país ou bloco de países ao qual o 7YP½XSW X X
produto se destina, por exemplo, Estados Unidos, ou União Europeia. Até o momento desta publicação
(10 mg/kg ou mais) X
são poucos os requisitos regulamentares no Brasil sobre o tema, possivelmente porque alguns trabalhos
GMIRXu½GSWXsQQSWXVEHSUYIIWXIJIR|QIRSHEEPIVKMEqITMHIQMSPSKMGEQIRXIQIRSWWMKRM½GEXMZSRS Dióxido de enxofre X
Brasil que em relação à Europa ou em alguns outros países desenvolvidos. Há dados que apontam que
Aipo e derivados X
os riscos aumentam à medida que os alimentos consumidos são cada vez mais processados.
Fundamental é informar-se sobre os requisitos de clientes. Aqui se deve adotar certa cautela, pois muitas Gergelim e derivados X
vezes os próprios clientes podem não estar muito certos sobre quais alérgenos irão ser considerados e,
por cautela, acabam desenvolvendo extensas listas contendo substâncias que não fazem par te das Frutos secos e derivados X
PMWXEWXVEHMGMSREMWHSWKVERHIWEPqVKIRSWfHIWYQEMQTSV XlRGMEIRXnSUYIIWXIWVIUYMWMXSWWINEQ
Mostarda e derivados X
mutuamente acordados.
Com relação ao ponto de vista técnico, pode-se adotar como referência listagem do Codex Alimentarius, Tremoço e derivados X
do FDA ou da União Europeia. A tabela abaixo reúne as principais substâncias alergênicas (responsáveis
Moluscos e derivados X
por mais de 90% de todas as alergias alimentares) e pode servir como um bom ponto de partida para
o estabelecimento do programa:
099 100
fTSWWuZIPUYIETzWIWWEEZEPMEpnSWIMHIRXM½UYIERIGIWWMHEHIHIEPKYQEWQSHM½GEp~IWHITVSGIWWS 7MQ¯*MREPM^EV
pois é comum perceber durante a análise de perigos que há vários pontos potenciais de contaminação 2nS¯:jTEVESTEWWS1
que não são controlados na prática. O resultado da análise deve ser revisado constantemente para
realimentar o programa de controle de alérgenos. Convém ressaltar que, independente da análise de Tabela 8.2: Modelo de árvore decisória para rotulagem de alérgenos
perigos,certas medidas preventivas descritas a seguir sempre devem ser adotadas,estabelecendo-se
uma base de programas de pré-requisitos voltados ao controle de alérgenos. 101 102
1) Pessoal
%½KYVEEFEM\SQSWXVESWTVMRGMTEMWJEXSVIWUYITSHIQSGEWMSREVGSRXEQMREpnSGVY^EHETSVEPqVKIRSW
em um processo produtivo: 2) Matérias-primas e cadeia de fornecimento
5)Embalagem
6)Desenvolvimento de produtos
Coadjuvantes Tecnológicos Transporte
1)Pessoal
Todo o pessoal (incluindo pessoal temporário e terceiros) envolvido em qualquer etapa do processo
Embalagem Pessoas
produtivo deve ser conscientizado quanto à importância do tema da alergia alimentar e as consequências
Contaminação Cruzada da contaminação dos produtos da organização. É importante que os treinamentos deixem bem claro a
importância do tema e a severidade dos efeitos adversos à saúde para as populações sensíveis que, em
Cadeia de Fornecimento Limpeza muitos casos, podem ser fatais. As principais medidas preventivas contra a contaminação cruzada por
alérgenos nas diferentes áreas também devem ser incluídas nos treinamentos.
É recomendável que os procedimentos relativos ao controle de alérgenos tenham um caráter bastante
Ar Ambiente na Produção
Equipamentos ZMWYEPIMPYWXVEXMZSIUYIIWXINEQGPEVEQIRXIHMWTSRuZIMWRSWPSGEMWHIXVEFEPLS
Compartilhados
Os treinamentos e a conscientização a respeito de alérgenos devem incluir alguns pontos básicos como:
- Reconhecimento de quais ingredientes são alérgenos, ou quais contêm alérgenos.
- -HIRXM½GEpnSHIWMXYEp~IWTSXIRGMEMWHIGSRXEQMREpnSGVY^EHE
- Lavagem de mãos.
Retrabalho Outros? - Requisitos para uniformes incluindo troca e lavagem.
- Procedimentos para retrabalho.
- Procedimentos para gerenciamento de resíduos.
- Procedimentos de limpeza.
- Requisitos para equipamentos e utensílios dedicados (se disponíveis).
- Movimentação de pessoal pela planta, por exemplo, troca de linhas, idas ao refeitório, incluindo visitantes.
-FERHINEW
1SZMQIRXEpnSHIIUYMTEQIRXSWREYRMHEHITVSHYXMZE)\ JIVVEQIRXEW ½PXVSW TIRIMVEW
GEM\EWIXG
103 104
-
Quantidades muito pequenas, às vezes traços de determinado alérgeno podem causar reações ad-
Separação Física ZIVWEW MRGPYMRHSTSXIRGMEMWGLSUYIWERE½PjXMGSW 4SVXERXS TVSGIWWSWHIPMQTI^EHIZIQWIVI½GE^IWI
A separação física pode ser considerada para ingredientes de “alto risco”, como leite em baby food. sempre que possível, devem ser validados para reduzir o risco de contaminação cruzada. Um padrão
Portanto a possibilidade na mudança do leiaute das instalações deve ser considerada. Também se deve ±ZMWYEPI½WMGEQIRXIPMQTS²FEWIEHSWSQIRXIIQMRWTIpnSZMWYEPRnSHIZIGSRWXMXYMVERMGEJSVQEHI
avaliar a facilidade de limpeza de equipamentos. Deve-se evitar o cruzamento de linhas de processo e ZEPMHEVIZIVM½GEVSWTVSGIWWSWHIPMQTI^EHIPMRLEWHITVSHYpnSSYjVIEWHITVSGIWWS
permitir espaço adequado para limpeza efetiva de maneira a se minimizar os riscos. 4VjXMGEWHIPMQTI^EUYIQYMXEWZI^IWWnSWEXMWJEXzVMEWTEVESYXVEW½REPMHEHIWTSHIQRnSWIVWY½GMIRXIW
-
para remover alguns vestígios de alérgenos,. Sua validade para este processo pode ser avaliada por meio
Sistema de Ar HIXIWXIWHIVIWuHYSWREWWYTIVJuGMIWSYEQFMIRXIZIVEWIpnSVIJIVIRXIkZIVM½GEpnSHSTVSKVEQEHI
Onde possível, deve-se considerar a adequação dos fluxos de ar. Por exemplo, onde produtos alérgenos incluindo testes analíticos).
derivados de nozes e produtos livres desse alérgeno são produzidos na mesma área, pode ser Pode ser necessária a desmontagem de equipamentos para assegurar que pontos de difícil limpeza
possível dedicar um sistema de condicionamento e extração de ar com par tículas de nozes, ou fiquem livres de resíduos. Materiais par ticulares (por exemplo, pós, sementes, pastas e par ticulados)
utilizar sistemas de pressão positiva nas salas onde se utiliza as nozes (ou inversamente, nas áreas ETVIWIRXEQTVSFPIQEWWMKRM½GEXMZSWHIPMQTI^E 4VSGIHMQIRXSW MRGPYMRHSWMWXIQEHIVIKMWXVSW HIZIQ
livres, se for minoria). Ao se programar as produções, pode-se primeiramente realizar as produções estar implementados para a limpeza dos maquinários de produção e embalagem. Quando a limpeza
com não alérgenos. A programação de produções mais longas de produtos com alérgenos deve ser adequada não é possível, isto deve ser avaliado na análise de riscos, devendo-se considerar a utilização de
considerada para se minimizar trocas. rotulagem alertando sobre a presença do alérgeno.
-
Cuidados também devem ser tomados para assegurar que a limpeza de uma linha não leve à presença
Armazenamento HIEPqVKIRSWIQPMRLEWEHNEGIRXIW)\EXVEZqWHIVIWTMRKSWSYYXMPM^EpnSHIEVGSQTVMQMHS
SYjVIEWNj
%MHIRXM½GEpnSIEVSXYPEKIQHITVSHYXSWMRXIVQIHMjVMSWHIZIQWIVGSRWMHIVEHEWEPqQHEUYIPEWTEVE limpas (por exemplo, é indicado realizar a limpeza de cima para baixo).
QEXqVMEWTVMQEWITVSHYXSW½REMWXSQERHSWIXSHEWEWTVIGEYp~IWTEVEWIIZMXEVEQMWXYVEHITVSHYXSW A limpeza de ferramentas de manutenção também deve ser considerada, uma vez que as mesmas
3QIWQSWIETPMGEEQEXIVMEMWHIIQFEPEKIQUYIWINEQTEVGMEPQIRXIYXMPM^EHSWIQPMRLEWHITVSHYpnS podem ser utilizadas em diferentes linhas de processo, podendo levar a contaminações cruzadas quando
Se estes materiais de embalagem estiveram em uso em uma linha que processava alérgenos, é as mesmas não são dedicadas.
MQTSV XERXIUYIIPIWWINEQXSXEPQIRXITVSXIKMHSWIHMVIGMSREHSWEYQEjVIEHIHMGEHEHSIWXSUYI Os procedimentos de limpeza também devem se estender aos uniformes e roupas de proteção
Os produtos que por razões de qualidade podem ser consumidos por funcionários, ou vendidos em quando estes têm contato com substâncias alérgenas.
PSNEMRXIVREHIJjFVMGEHIZIQWIVWYFQIXMHSWESQIWQSWMWXIQEHIMHIRXMJMGEpnSUYERXSkTVIWIRpE Em resumo, o investimento no desenvolvimento e implementação de regimes de limpeza válidos para
de alérgenos. EIPMQMREpnSHIEPqVKIRSWIUYIWINEQQSRMXSVEHSWIZIVM½GEHSWGSRXMRYEQIRXIENYHEVjEQMRMQM^EVE
-
ocorrência da contaminação e os custos decorrentes com recalls relacionados à alérgenos.
Retrabalho
O retrabalho que contém ingredientes alérgenos deve ser utilizado somente em produtos que contenham 5) Embalagem
estes alérgenos na formulação. Por exemplo, chocolate que contenha nozes ou seus resíduos Pode-se dizer que a maior causa de recalls ligados a alérgenos é a embalagem ou rotulagem
deve somente ser utilizado em produções de outros chocolates contendo nozes. O retrabalho 107 incorreta de produtos. No Brasil, por exemplo, os principais recalls de alimentos nos últimos 108
'SQFEWIRSWVIWYPXEHSWHEWZIVM½GEp~IWIXEQFqQGSQEGSRWXERXIEXYEPM^EpnSHIMRJSVQEp~IWE
respeito do tema, deve-se constantemente realimentar o programa de gestão de alérgenos. Quaisquer
QSHM½GEp~IWVIPEXMZEWESTVSGIWWSTVSHYXMZSSYMRXVSHYpnSVIJSVQYPEpnSHITVSHYXSWUYITSWWEEJIXEV
o risco de contaminação cruzada por alérgenos deve ser considerada. A mudança de um produto, por
exemplo, de uma unidade produtiva para outra, pode representar a introdução de riscos antes inexistentes.
Nestes casos a análise de perigos deve ser revisada, podendo se utilizar a árvore decisória relativa à
rotulagem de produtos.
Deve haver uma clara correlação do programa de controle de alérgenos com o programa de recolhimento
e recall da organização. Caso se saiba ou se suspeite que um produto liberado para o mercado possa
conter um alérgeno não declarado, o sistema de recall deve ser utilizado. As oportunidades de
melhoria detectadas durante a aplicação do sistema de recall também devem ser utilizadas para 111 112
Exercício de Rastrabilidade
Local:
Data:
Hora Hora Final Duração (horas):
Inicial:
Objetivos
Permitir a avaliação do sistema de rastreabilidade de maneira a assegurar que é mantida a correlação entre os lotes de produto
½REPGSQEVSXEMRMGMEPHIHMWXVMFYMpnS GSQSWPSXIWHIJSVRIGIHSVIWMQIHMEXSWHIQEXqVMEWTVMQEW MRKVIHMIRXIWIQEXIVMEMWHI
contato com produto e com os principais controles de processo e de produto relacionados à qualidade e à segurança de alimentos.
Produto Escolhido
Nome:
Lote:
ANEXOS
Data de Fabricação
Quantidade Lote:
Parte 1 - Rota Inicial de Distribuição
Local Data Quantidade
Cliente 1
Cliente 2
CD 1
CD 2
Quantidade em
Estoque
Perdas
Total
Percentual Rastreado
Parte 2 - Matérias-Primas. Ingredientes e Materiais em Contato com Produtos Utilizados
Material Lote Quantidade Utilizada Quantidade Esperada Balanço
MP 1
MP 2
Embalagem 1
Reprocesso
114
Produto Utilizado
P1
Data Quantidade - Segurança externa:
1) Há medidas de controle de food defense para a área externa das instalações?
P2
P3 S N N/A
Quantidade em Estoque As imediações são seguras para prevenir a entrada de pessoas não autorizadas
(ex. portões, cercas, portas de entrada e saída)?
Perdas
,jWY½GMIRXIMPYQMREpnSJSVEHSTVqHMSTEVEUYIWIQSRMXSVIETPERXEkRSMXIIESEQERLIGIV#
Total
As saídas de emergência possuem travas e/ou alarmes?
Balanço de Massa
Conclusão e Oportunidades de Melhoria
2) As seguintes áreas são protegidas contra o acesso de pessoas não autorizadas com travas, lacres ou
sensores quando não houver ninguém por perto (por horas ou semanas)
Responsáveis S N N/A
Nome Cargo Assinatura Portas e portões de acesso externos
Janelas
Aberturas no telhado
Aberturas de ventilação
Carretas do caminhão?
Escotilhas de caminhão tanque?
Container ferroviário
Silos e tanques
3) A empresa tem procedimentos de food defense para pessoas e veículos que adentram na instalação
ou no estacionamento?
S N N/A
A propriedade é controlada ou tem guarda na entrada?
3WJYRGMSRjVMSWHEXVERWTSVXEHSVEZIuGYPSWWnSMHIRXM½GEHSWYXMPM^ERHSWITPEGEWHIGEPUYIWSY
EPKYQEJSVQEHIMHIRXM½GEpnSZMWYEP#
:IuGYPSWEYXSVM^EHSWHIZMWMXERXIWLzWTIHIWWnSMHIRXM½GEHSWYXMPM^ERHSWITPEGEWHIGEPUYIWSY
EPKYQEJSVQEHIMHIRXM½GEpnSZMWYEP#
115 116
117 118
S N N/A
O acesso a matérias primas, incluindo áreas refrigeradas e secas é restrito
S N N/A
I\TSVXEWXVERGEHEWSYSYXVS
EJYRGMSRjVMSWIWTIGu½GSW#
Os caminhões na instalação são mantidos trancados ou com o lacre quando não estão sendo
Há registro do controle de acesso para a área de estocagem de matérias primas?
carregados ou descarregados?
3EGIWWSESIWXSUYIHIMRKVIHMIRXIWRnSGjVRISWqVIWXVMXSWSQIRXIEJYRGMSRjVMSWIWTIGu½GSW#
Os caminhões a granel nas instalações são mantidos trancados ou com o lacre quando
Há um registro de controle de acesso para a área de produtos não cárneos? não estão sendo carregados ou descarregados?
3EGIWWSkjVIEHITVSHYXSWEGEFEHSWqVIWXVMXSEJYRGMSRjVMSWIWTIGu½GSW# O carregamento e descarregamento de veículos transportadores de matérias primas, produtos
3EGIWWSkIWXSGEQIQjVIEI\XIVREqVIWXVMXEEJYRGMSRjVMSWIWTIGu½GSW# acabados ou outros materiais usados no processamento de alimentos, são monitorados de perto?
Realiza inspeções regulares de segurança das instalações de armazenamento Há procedimento implementado para a disposição segura de químicos perigosos?
(incluindo veículos temporários de estocagem)?
Mantém-se registros dos resultados da inspeção da instalação?
O inventário de uso de ingredientes restritos (ex. nitrito) é conferido com 14) A empresa possui procedimentos de food defense implementados para manuseio de produtos expedidos?
base no consumo real de tais ingredientes e de forma periódica?
Os rótulos e embalagens são mantidos de forma controlada para prevenir roubo ou uso indevido?
São realizados inventários de produto acabado regularmente para checar acréscimos S N N/A
ou desaparecimentos do estoque? As cargas expedidas são lacradas de forma que se permita observar adulteração?
O número do lacre dos produtos expedidos é anotado em documentos?
Os caminhões, e/ou containeres, são inspecionados para detectar-se a presença de qualquer
material, sólido ou líquido, nos tanques antes de se carregar produtos líquidos?
12) Quais dos seguintes procedimentos de food defense a empresa tem implementada para a
Se mantém registros das inspeções acima mencionadas dos tanques ou containeres?
estocagem de materiais químicos perigosos como pesticidas, químicos industriais, produtos de
limpeza, sanitizantes e desinfetantes? Os registros referentes à cadeia de fornecimento são mantidos para caminhões tanque
ou vagões ferroviários?
S N N/A
O acesso para o interior e exterior de áreas de estocagem de materiais químicos perigosos
como pesticidas, químicos industriais, produtos de limpeza, sanitizantes e desinfetantes é
restrito de forma que somente pode ser usada por funcionários designados?
É feito um inventário regular de materiais químicos perigosos?
As discrepâncias do inventário diário de materiais químicos perigosos são imediatamente investigadas?
As áreas de armazenamento de materiais químicos perigosos são construídas e ventiladas
de forma segura de acordo com as normas nacionais ou locais de construção civil?
Há procedimento implementado para recebimento e estocagem segura de químicos perigosos?
Há procedimento implementado para a disposição segura de químicos perigosos?
119 120
121 122
A planta controla o acesso de empregados A carga está sem sinais de infestação por pragas ou sinais visíveis de ocorrência destes?
e terceiros durante horários fora do expediente
%XIQTIVEXYVEHEGEVKEIWXjGSRJSVQISIWTIGM½GEHS#8!CCCCCCCCCC'
(ex. acesso limitado por cartão com senha ou código de acesso)?
A planta tem alguma forma de restringir que %YQMHEHIHEGEVKEIWXjGSRJSVQISIWTIGM½GEHS#9!CCCCCCCCCCCC
empregados temporários e terceiros Os paletes utilizados estão em bom estado de conservação, limpos e secos?
(incluindo pessoal de construção civil, limpeza e caminhoneiros)
tenham acesso a áreas relevantes a seu trabalho? O lote físico do produto confere com os dados descritos na Nota Fiscal e no laudo de análise?
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departamentos (ex. de cor de uniformes)? * não se aplica
É mantida uma agenda de pessoal por turno
(ex. quem faltou, substitutos, funcionários em integração)
mantidas para a gestão de cada turno?
A planta permite itens pessoais dentro da área de produção?
Se faz inspeções dos armários de funcionários?
Os funcionários e/ou visitantes são limitados em relação
ao que podem trazer à fábrica (ex. câmeras)?
Os funcionários são proibidos de retirar uniformes ou EPI das instalações?
123 124
0MWXEHI:IVM½GEpnS
Área:
_________________________________________________________________________________ Auditor:
_________________________________________________________________________________ Data da Auditoria:
_________________________________________________________________________________ 1. Pessoal
_________________________________________________________________________________ 4SRXSWHI:IVM½GEpnS
_________________________________________________________________________________ Item Descrição Sim Não
_________________________________________________________________________________ 1.1 Colaboradores encontram-se treinados a respeito de alérgenos
e medidas de controle associadas? São mantidos registros dos treinamentos?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 1.2 Colaboradores são capazes de reconhecer quais ingredientes são
alérgenos e quais são as potenciais situações de contaminação cruzada?
_________________________________________________________________________________
1.3 Há procedimentos de higienização de mãos claramente estabelecidos
_________________________________________________________________________________ e implementados após o manuseio de materiais alérgenos?
_________________________________________________________________________________ Instruções para se evitar a contaminação cruzada por uniformes
1.4
_________________________________________________________________________________ (incluindo troca de luvas e lavagem de uniformes) estão implementadas?
1.5 Há procedimentos estabelecidos para movimentação de pessoal entre as áreas, por exemplo
mudança de linhas de processo, pessoal de manutenção, idas ao refeitório e visitantes?
Responsável: ______________________________________________________________________ 2. Matérias-primas e cadeia de fornecimento
4SRXSWHI:IVM½GEpnS
Assinatura: ________________________________________________________________________ Item Descrição Sim Não
2.1 Há procedimentos para avaliar a situação de presença de alérgenos em ingredientes?
:IVM½GEpnSCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC 2.2 Existem procedimentos para avaliar alérgenos utilizados por fornecedores e empacotadores?
2.3 Os procedimentos asseguram que quaisquer mudanças nos
Data: ____/____/____ JSVRIGIHSVIWWnSEGSQTERLEHEWTSVZIVM½GEp~IWETVSTVMEHEW#
2.4 %WMXYEpnSHIEPqVKIRSWHIXSHSWSWMRKVIHMIRXIWqZIVM½GEHENYRXSESWJSVRIGIHSVIW
e revisada regularmente?
2.5 3WJSVRIGIHSVIWRSXM½GEQESJEFVMGERXIWSFVIQYHERpEW
na situação de alérgenos dos materiais fornecidos?
125 126
3.1 1 fTSWWuZIPUYISWMRKVIHMIRXIWEPqVKIRSWWINEQTIRIMVEHSWETzWXSHSWSWSYXVSWMRKVIHMIRXIW# 6.3 É considerado o impacto de estender uma marca a um diferente tipo de produto,
por exemplo uma marca de chocolate estabelecida, que passa a nomear um produto
3.12 Peneiras são limpas após o peneiramento de ingredientes alérgenos? HMJIVIRXIGSQSYQWSVZIXI¯IWTIGMEPQIRXIWIYQEPqVKIRSqMRXVSHY^MHSIRnS
3.13 3QEXIVMEPHIVIXVEFEPLSqGPEVEQIRXIMHIRXM½GEHSHIQERIMVEEWIVVEWXVIEHSESPSRKS estava presente no produto original.
do processo produtivo? Por exemplo, óleos utilizados para preparo de ingredientes 6.4 São tomadas medidas, quando conduzidos testes de produção,
alérgenos (pescados, crustáceos, nozes) não deveriam ser utilizados subsequentemente para se evitar a contaminação cruzada com produtos existentes?
para processamento de ingredientes não alérgenos.
6.5 Há procedimentos provendo informações sobre alérgenos
4. Limpeza durante testes com consumidores?
4SRXSWHI:IVM½GEpnS 6.6 Se alimentos livre de alérgenos são produzidos, há procedimentos para assegurar que
Item Descrição Sim Não as chamadas de rotulagem existentes são atendidas?
4.1 Há procedimentos de limpeza implementados para equipamentos de produção e 6.7 As listas de alimentos contendo alérgenos e livre de alérgenos são regularmente
embalagem, e registros são mantidos? revistadas e atualizadas?
4.2 Há procedimentos para assegurar que a limpeza de uma linha de produção não contamine
ESYXVEGSQSTSVI\IQTPSEXVEZqWHSYWSHIEVGSQTVMQMHS
SYYQEjVIEUYINjXIRLE
sido limpa? Áreas secas são limpas de cima para baixo?
4.3 Vazamentos que ocorram durante a produção, armazenamento e transporte são
limpos imediatamente de maneira a se prevenir a contaminação cruzada posterior?
4.5 Há utensílios dedicados (ou procedimentos de limpeza adequados quando utensílios
não são dedicados) para ingredientes alérgenos?
4.6 O procedimentos de limpeza é validado e seu cumprimento monitorado?
4.7 Os procedimentos de limpeza incluem a lavagem de roupas de proteção?
127 129
AUTORES
Controle de ordens de serviço RE XXXX-XX
Número da Mantenedor 4VE^STPERINEHS Prazo executado Status
ordem de serviço responsável
129
Juliane Dias Gonçalves é Engenheira de Alimentos e especialista em Gestão da Qualidade )PPIR 0STIW q (SYXSVE TIPE *'* ¯ 974 GSQ XIWI IQ -73 -RWXVYXSVE GVIHIRGMEHE IQ
e Segurança dos Alimentos, pela Unicamp. Atuou em indústrias como Danone, Bimbo e Sadia, HACCP pela International HACCP Alliance, e pelo BRC - British Retail Consor tium para normas
na área de produção e Garantia da Qualidade. Tem vivência em implementação e auditorias em BRC . Auditora líder em ISO 9001, do BRC e do GMA SAFE. Docente de vários cursos de
países da América Latina, além de haver realizado trabalhos de pesquisa científica em microbiologia especialização em Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos: Unicamp, UFMT, UEL, F. E. Barretos,
de alimentos. Foi consultora credenciada do PAS (Senai). Auditora líder em ISO 9001, BRC Food SBM dentre outros. Membro do Comitê Codex Alimentarius de Higiene de Alimentos, da CEET da
e FSSC 22000 pelo Bureau Veritas Cer tification. Foi auditora do programa GMA-Safe pela Food %&28IHSTVSNIXS*SSH8VIRHW*SMI\EQMREHSVEHS425IQ1996, 1997 e 1998. Na Food
Design. Membro da CEET da ABNT, par ticipando da tradução oficial das normas da família ISO (IWMKR GSSVHIRSY ZjVMSW TVSNIXSW HI WMWXIQEW HI KIWXnS HE UYEPMHEHI WIKYVERpE HI EPMQIRXSW
22000. Docente do curso de especialização em Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos, integrados ou não a outros sistemas, para várias empresas no Brasil e exterior, incluindo Argentina,
da Unicamp. Diretora de relacionamento da Flavor Food Consulting e editora-chefe do blog www. Chile, Canadá, Estados Unidos dentre outros. Diretora Executiva da Food Design Consultoria.
foodsafetybrazil.com.
131 132
Fernando Ubarana é Engenheiro de Alimentos, formado pela UNICAMP e especializado em Luciana Regina Heredia é Engenheira de Alimentos e pós-graduação em Gestão e Engenharia de Produtos
Qualidade e Produtividade pela Escola Politécnica - USP. Sócio Gerente e Consultor da Assyste TIPE9RMZIVWMHEHIHI7nS4EYPS)WGSPE4SPMXqGRMGEEXYSYRE4IVHMKnSIREVIHIHIZEVINS'ME&VEWMPIMVE
Assessoria em Sistemas de Gestão Ltda. desde 2006, prestando serviços de consultoria, auditoria de Distribuição, na área de Garantia da Qualidade. Foi gerente na divisão Bens de Consumo da SGS do
e treinamento em sistemas de gestão da qualidade e segurança de alimentos e outras normas Brasil. Auditora líder em ISO 9001, BRC Food, ISO 22000 e Global GAP. Membro da CEET da ABNT,
relacionadas à cadeia produtiva de alimentos (BRC, GLOBALGAP). Auditor Líder registrado pelo TEVXMGMTERHSHEXVEHYpnSS½GMEPHEWRSVQEWHEJEQuPMEISO 22000. Docente do curso de Formação de
IRCA e tutor líder aprovado do curso formação de auditores líderes em ISO 220005. Mais de Especialistas em Segurança de Alimentos, da SGS.
quinze anos de experiência na área, tendo atuado como Gerente Técnico da Divisão de Bens de
Consumo da SGS do Brasil Ltda.
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Ana Claudia Frota, Engenheira de Alimentos e especialista em Vigilância Sanitária pela USP. Atua
em implantação, manutenção e avaliação de sistemas da qualidade e segurança de alimentos, tendo
desenvolvido sistemas de gestão cer tificados baseados nas normas BRC Food, ISO22000,
FSSC22000 e ISO9001 para diversas empresas de alimentos, em segmentos como panificação, serviço
de alimentação, balas e confeitos, logística, abate de aves, ingredientes, chocolate, sucos e néctares,
açúcar, lácteos, fórmulas infantis, biscoitos, gelados comestiveis, cereais e embalagens. Membro da
CEET da ABNT, par ticipando da tradução oficial das normas da família ISO 22000. Gerente técnica
Referências
da Flavor Food Consulting.
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