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TESTE INTERMÉDIO DE PORTUGUÊS


SÍNTESE DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
12º ANO

Poesia Trovadoresca
 Cantigas de amigo
- A variedade do sentimento amoroso (amor, saudade, alegria, raiva, tristeza…).
- O drama sentimental da donzela (aparentemente espontâneo e natural).
- A confidência amorosa (amigas, mãe, Natureza).
 Cantigas de amor
- A coita de amor (sofrimento amoroso) e o amor cortês: a “senhor” e o sofrimento do
poeta.
- O elogio cortês.
 Cantigas de escárnio e maldizer
- A crítica individual ou social de recorte caricatural.
- A dimensão satírica: a crítica de costumes, a paródia ao código de amor cortês.

Fernão Lopes, Crónica de D. João I


 Capítulo XI: relata o alvoroço que se gerou na cidade de Lisboa, por causa do perigo de
vida que corria D. João I.
 Capítulo CXV: aborda o momento em que a cidade de Lisboa se viu cercada e o modo
como a população de Lisboa se preparou para enfrentar o cerco castelhano.
 Capítulo CXLVIII: refere, por um lado, a falta de solidariedade e de esperança da
população por causa da fome e, por outro, a união na defesa da cidade, apesar do
desespero.
 A criação de uma memória nacional: grandes feitos e grandes heróis, protagonistas de
identidade coletiva.
 Atores individuais (D. João I e os seus adjuvantes).
 Atores coletivos: o povo (sobretudo o de Lisboa).
 A afirmação da consciência coletiva: a força e os sacrifícios dos atores na defesa dos
interesses nacionais.

Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira


 O casamento como projeto de libertação e de promoção social.
 O desejo de um marido “avisado” e “discreto” e a “experiência”, que dá “lição”.
 A segurança de um marido “rico, honrado”.
 A dimensão satírica: as mudanças sociais, a crise de valores, o conflito intergeracional.
 O recurso ao cómico: linguagem, caráter, situação.

Luís de Camões, Rimas


 A representação da amada:
- perfeição física e espiritual (retrato idealizado, à maneira petrarquista);
- neoplatonismo: inatingibilidade da mulher amada.
 A representação da Natureza.

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 A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor:
- o amor como sentimento complexo, inexplicável e paradoxal;
- a centralidade e superioridade do Amor (entidade referida com recurso à maiúscula);
 A reflexão sobre a vida pessoal.
 O tema do desconcerto:
- confusão, arbitrariedade, ambição, injustiça, conflituosidade, desorganização (crise
de valores).
 O tema da mudança:
- a mudança social e moral.
 Linguagem, estilo e estrutura:
- a lírica tradicional portuguesa (medida velha; redondilha menor e maior);
- a influência clássica (medida nova; decassílabo; soneto petrarquista);
- recursos expressivos mais frequentes: a aliteração, a hipérbole, a anáfora, a
metáfora, a antítese, o oxímoro e a apóstrofe.

Luís de Camões, Os Lusíadas


 Imaginário épico:
- matéria épica – feitos heroicos e viagem;
- sublimidade do canto;
- mitificação e dimensão simbólica do herói, representante da coletividade.
 Reflexões do poeta (visão antiépica):
- considerações ideológicas e propósitos moralizadores e didáticos;
- críticas: à falta de cultura nacional, que despreza as artes e as letras; à ingratidão e à
falta de reconhecimento do mérito; ao poder do dinheiro e aos meios indignos de
atingir a fama; à decadência moral do país.
 Linguagem estilo e estrutura:
- a epopeia: natureza e estrutura da obra;
- os quatro planos narrativos: viagem, mitologia, História de Portugal e reflexões do
poeta.
- distribuição estrófica, métrica e esquema rimático: oitavas em verso decassilábico,
com esquema rimático abababcc;
- recursos expressivos mais frequentes: a anáfora, a anástrofe, a apóstrofe, a
comparação, a enumeração, a hipérbole, a metonímia, a interrogação retórica.

História Trágico-Marítima
 As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565; excertos).
 Aventuras e desventuras dos Descobrimentos portugueses.
 O imaginário épico:
- matéria épica: feitos históricos e viagem (as desventuras dos Descobrimentos);
- enaltecimento do(s) herói(s).
 “Epopeia de morte e de pavor” por oposição à “epopeia de glória” de Os Lusíadas.
 A crítica às causas humanas de muitos dos naufrágios (ambição desmedida, desleixo
na construção e carregamento dos barcos, desrespeito pelos ciclos naturais e
condições atmosféricas adequadas, ataques de corsários).

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Padre António Vieira, Sermão de Santo António
 Capítulos I e V (integrais) e excertos dos restantes capítulos.
 A crítica social de base alegórica – as virtudes e os vícios dos peixes como
representação metafórica dos defeitos humanos:
- desrespeito pela palavra de Deus;
- fraqueza, exploração, arrogância, parasitismo, ambição, vaidade, hipocrisia e traição.
 Objetivos da eloquência:
- docere: ensinar, explicando e expondo argumentos;
- delectare: agradar e deleitar, captando a atenção do auditório, de modo a não causar
aborrecimento;
- movere: comover, apelando às emoções e tentando tocar os sentimentos do
auditório, de forma a influenciar e alterar comportamentos).
 Linguagem, estilo e estrutura:
- estrutura argumentativa;
- discurso figurativo: a alegoria, a comparação, a metáfora;
- outros recursos expressivos: a anáfora, a antítese, a apóstrofe, a enumeração e a
gradação.

Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa


 A dimensão patriótica e a sua expressão simbólica.
 O Sebastianismo: História e ficção.
 O (in)cumprimento da lei das três unidades da tragédia clássica: ação, tempo e espaço.
 O sentimento amoroso de caráter trágico e inviabilizado pela força do destino e da
ordem social, conforme os preceitos da estética romântica.
 A ausência de um personagem “mau para contraste”.
 A mulher-anjo romântica, demasiado perfeita para ser deste mundo.
 A defesa dos interesses e da identidade coletiva (Manuel de Sousa Coutinho).

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição


 Introdução e conclusão; Capítulos I, IV, X e XIX.
 A obra como crónica de mudança social:
- a revolta e o desencanto face ao país;
- o herói romântico em conflito com os valores morais e as convenções sociais
vigentes.
 O amor paixão: forte, transcendente (realizando-se na morte) e de carácter quase
sagrado, absoluto.
 A mulher-anjo romântica, demasiado perfeita para ser deste mundo.
 O amor ligado à união física e, sobretudo, espiritual.
 O amor subjugado às convenções sociais.

Eça de Queirós, Os Maias


 O amor-paixão e a instabilidade emocional (Pedro da Maia).
 A volubilidade amorosa (Carlos da Maia, antes do envolvimento com Maria Eduarda).
 O amor-paixão e a tragédia (Carlos da Maia).
 A sensibilidade romântica e o erotismo (João da Ega).
 Características trágicas dos protagonistas (Afonso da Maia, Carlos da Maia e Maria
Eduarda).

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 A crítica social na crónica de costumes (personagens e episódios representativos da
segunda metade do século XIX): jantar no Hotel Central, corridas em Belém, jantar dos
Gouvarinhos, episódios dos jornais, sarau no Teatro da Trindade.
 O papel da hereditariedade, da educação e do meio na formação da personalidade,
conforme os princípios da estética realista.
 Linguagem, estilo e estrutura:
- o romance: pluralidade de ações; complexidade de tempo (utilização da analepse),
do espaço (físico, social e psicológico) e dos protagonistas; extensão.
- recursos expressivos mais frequentes: a comparação, a ironia, a metáfora, a
sinestesia, uso expressivo do adjetivo e do advérbio, utilização do diminutivo com
valor irónico e/ou pejorativo;
- utilização do discurso indireto livre.

Antero de Quental
 A angústia existencial.
 O pessimismo.
 A necessidade de evasão e a morte.
 Linguagem estilo e estrutura:
- o discurso conceptual;
- o soneto;
- recursos expressivos mais frequentes: a apóstrofe, a metáfora, a personificação.

Cesário Verde
 A representação da cidade e dos tipos sociais.
 Deambulação e imaginação: o observador acidental.
 Perceção sensorial e transfiguração poética do real (parnasianismo).
 O imaginário épico (em Sentimento dum Ocidental):
- o poeta denuncia a realidade decadente e antiépica do final do século XIX;
- a viagem pela cidade como atualização da viagem marítima (o desfasamento entre a
realidade desejada e a realidade efetiva); cruzamento de tempos e espaços ao longo
do poema (viagem e história, o século XVI e o século XIX);
- o confronto entre as figuras épicas celebradas por Camões e as personagens (anti-
heroicas) que o poeta encontra na sua deambulação noturna.
 A mulher, objeto de sentimentos diversos:
- a mulher natural, frágil, que desperta admiração e carinho;
- a mulher fatal, bela e fria, que seduz e se associa (negativamente) à cidade.
 Recursos expressivos frequentes: a comparação, a enumeração, a hipérbole, a
metáfora, a sinestesia, o uso expressivo do adjetivo e do advérbio.

Fernando Pessoa – Ortónimo e Heterónimos


 Poesia do ortónimo
- O fingimento artístico.
- A dor de pensar.
- A fragmentação do “eu”.
- O sonho em confronto com a realidade.
- A nostalgia da infância.
- Recursos expressivos mais frequentes: a anáfora, a antítese, a apóstrofe, a
enumeração, a gradação, a metáfora e a personificação.

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 Alberto Caeiro
- O fingimento artístico: Alberto Caeiro, o poeta bucólico.
- Reflexão existencial: o primado das sensações (com ênfase especial na visão) por
oposição à negação da utilidade ou valor do pensamento.
 Ricardo Reis
- O fingimento artístico: Ricardo Reis, o poeta “clássico”.
- Reflexão existencial: a consciência e a encenação da mortalidade.
- A noção da efemeridade da vida e da inexorabilidade da morte.
- O estoicismo, a ataraxia e o conceito clássico do carpe diem.
- O individualismo e a dimensão doutrinária da poesia.
 Álvaro de Campos
- O fingimento artístico: Álvaro de Campos, o poeta da modernidade.
- Reflexão existencial: sujeito, consciência e tempo; nostalgia da infância.
- A fase decadentista (Opiário): o enfado, o cansaço, a náusea, a necessidade de novas
emoções, a vontade de fuga à monotonia.
- A fase modernista (o imaginário épico): a exaltação do Moderno; o arrebatamento do
canto; o turbilhão de sensações.
- A fase intimista: abulia, apatia e tédio.
 Livro do Desassossego
- O imaginário urbano.
- O quotidiano.
- Deambulação e sonho: o observador acidental.
- Perceção e transfiguração poética do real.
- A natureza fragmentária da obra: espécie de diário sem qualquer fio condutor.

Fernando Pessoa, Mensagem


 O Sebastianismo.
 O imaginário épico:
- a natureza épico-lírica da obra;
- a dimensão simbólica do herói, representante do coletivo;
- a exaltação patriótica;
- o sonho do Quinto Império: o percurso simbólico do império material ao império
espiritual.
 Recursos expressivos mais frequentes: a apóstrofe, a enumeração, a gradação, a
interrogação retórica e a metáfora.

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